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Helinaldo Corrêa da Conceição helinaldouea@gmail.com 2015 Helinaldo Correa da Conceição Universidade do Estado do Amazonas 23/09/2015 Bucomaxilofacial Helinaldo Corrêa da Conceição helinaldouea@gmail.com O Senhor Jesus é meu Mestre Helinaldo Correa nasceu em Manicoré Amazonas em 19-11-1985 Cursou até o 3 º período de Matemática na UFAM Campos Humaitá – Am Foi monitor de Prótese Parcial Removível entre Agosto a Dezembro de 2014 Atualmente cursa Odontologia na UEA Campos Manaus – Am. Curriculum Lattes: http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4462273Y5 Blogger: http://correamani.blogspot.com.br/ Wordpress: http://helinaldouea.wordpress.com Twitter: https://twitter.com/Aldohelinaldo Helinaldo Corrêa da Conceição helinaldouea@gmail.com O Senhor Jesus é meu Mestre Sumário P1 REVISÃO I) Cirurgia e traumatologia Bucomaxilofacial: princípios, conceitos e limites. II) Cirurgia dos dentes inclusos III) Tratamento cirúrgico das infecções odontogênicas IV) Propedêutica para diagnóstico das fraturas faciais V) Traumatismo dento-alveolar VI) Tratamentos cirúrgicos dos cistos odontogênicos P2 Helinaldo Corrêa da Conceição helinaldouea@gmail.com O Senhor Jesus é meu Mestre REVISÃO O NERVO TRIGÊMEO (V) É assim denominado por possuir três ramos calibrosos distribuídos por áreas extensas da face, tanto superficiais como profundas. Nervos: Oftálmico Maxilar=> forame redondo cai em concurso‼‼‼! Mandibular=> forame oval Gânglio Trigeminal=> É a maior massa ganglionar do nosso corpo. É o único gânglio localizado no interior do crânio, protegido por um recesso formado por uma camada dupla de dura-máter, além de pia-máter e aracnoide. O gânglio trigeminal=> Localiza-se na fossa média do crânio, alojado em uma depressão encontrada próximo ao ápice da parte petrosa do osso temporal, chamada impressão trigeminal. No gânglio trigeminal=> Encontram-se os neurônios responsáveis pela sensibilidade exteroceptiva (dor, temperatura, tato e pressão) da maioria das estruturas da face e sensibilidade proprioceptiva, advinda da articulação temporomandibular. Helinaldo Corrêa da Conceição helinaldouea@gmail.com O Senhor Jesus é meu Mestre Nevio maxilar y sus ramas(Rs, Ramas; N, Nervio). (Datos de Liebgott B: The anatomical basis of dentistry, 2ª. Ed., St. Louis, 2001, Mosby.) Semiologia Semiologia: estudo dos sinais e sintomas. Sintoma: manifestação subjetiva. Sinal: manifestação objetiva. Sinal patognomônico: exclusivo de uma doença e indica de maneira absoluta sua existência, especificando-lhe o diagnóstico. Quadro clínico ou sintomatologia: é o conjunto de sinais e sintomas. Síndrome: conjunto de sinais e sintomas comuns a uma determinada doença. Pródromo: conjunto de sintomas que antecedem o surgimento do quadro clínico de uma doença. Semiotécnica (manobras de diagnóstico): técnica de colheita dos sinais e sintomas. Inspeção: visão a olho nu. Palpação: tato ou compressão. Percursão: batidas (ato de percutir). Auscultação: ouvir sons ou ruídos produzidos no organismo. Propedêutica clínica: interpretação dos dados da semiotécnica. Diagnóstico: identificação e conhecimento da doença através da observação de seus sinais e sintomas. Prognóstico: conhecimento sobre a evolução da doença. Tratamento ou terapêutica: conjunto de medidas utilizadas para resolução da doença ou agravo. Helinaldo Corrêa da Conceição helinaldouea@gmail.com O Senhor Jesus é meu Mestre Proservação: período após o tratamento em que o paciente é acompanhado. Anamnese Identificação: nome, idade (data de nascimento), sexo, raça, estado civil, procedência, endereço, profissão. Documentação! Queixa principal: razão principal da visita do paciente. Características: sucinta, com as palavras do paciente. Pode incluir: dor, ferida, queimação, sangramento, amolecimento de dentes, distúrbios de erupção dos dentes, boca seca ou excesso de saliva, inchaço, gosto ruim, mau hálito, dormência, estética, dificuldade para falar, dificuldade para mastigar, e outras. História da doença atual: história da queixa principal, desde seu início, fatos modificadores, tratamentos já realizados, até o momento do exame. Pode incluir: início, duração, intensidade, alívio ou agravamento, o que o paciente tentou fazer para tratar, fatos ou situações que o paciente relaciona ao início da doença. História pregressa: toda a história de saúde do paciente. História médica: doenças agudas ou crônicas, internações, cirurgias, uso de medicação, alergias, gestação, tabagismo, alcoolismo, e outros hábitos. História odontológica: tratamentos realizados, uso prévio de anestesia local, cicatrização de feridas bucais, sangramentos, doenças recorrentes (herpes, aftas), hábitos de higiene e outros hábitos bucais. História familiar: distúrbios de saúde de ascendentes ou descendentes do paciente, história de contatos no convívio sócio familiar com pacientes doentes. Exame físico geral: estado geral do paciente (BEG, debilitado), biótipo, marcha, postura, palidez, cianose, icterícia, tumefações visíveis, pressão arterial, frequência cardíaca, regularidade e força do pulso, fácies. Exame físico loco-regional: Extrabucal: face, olhos, nariz, ouvido, pescoço, linfonodos, musculatura cervico-facial. Intrabucal: pele e semimucosa dos lábios, mucosas labial, alveolar, jugal, soalho bucal, ventre da língua, dorso e bordas laterais da língua, gengiva e rebordo alveolar, palato duro, palato mole e pilares tonsilares, orofaringe. (BORAKS, 2011) Quem não sabe o que procura não interpreta o que acha. Claude Bernard Helinaldo Corrêa da Conceição helinaldouea@gmail.com O Senhor Jesus é meu Mestre IMAGINOLOGIA Revelador 15 segundos Água Fixador 2 minutos Resolução 29/02 e 43/02 do CFO → cirurgião dentista que está na área cirúrgica pode realizar requisição de exames, desde que contribuam para o diagnóstico ou tratamento proposto para o paciente. Ex: se há desconfiança de que o paciente é soropositivo, pode-se solicitar o exame sem problemas. Helinaldo Corrêa da Conceição helinaldouea@gmail.com O Senhor Jesus é meu Mestre Como será feito: Receituário próprio ou impressos fornecidos pelos laboratórios (carimbo e assinatura de quem está requisitando). Manaus, 31 de Maio de 2013 Solicito ao paciente Helinaldo Corrêa da Conceição os seguintes exames laboratoriais pré- operatórios: 1- Hemograma completo; 2- Exames de coagulação; 3- Glicemia; 4- Uréia e creatinina; 5- Urina. Dr: Flaviano Ferreira CRO 3421 Rua Padre Torquato, Bairro São Domingos Sávio, 676. Manobras básicas de cirurgias • Assepsia (campos, EPIS, Instrumental) • Antissepsia (Extra oral clorexidina a 4% e intra oral 0,12%) • Diérese (incisão e afastamento do tecido, divulsão) • Exérese (remoção do material) • Hemostasia (controle do sangramento) • Síntese (sutura) (Aula I) CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA BUCOMAXILOFACIAL: PRINCÍPIOS, CONCEITOS E LIMITES. Segundo o Conselho Federal de Odontologia Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofaciais é a especialidade que tem como objetivo o diagnóstico e o tratamento cirúrgico e coadjuvante das Helinaldo Corrêa da Conceição helinaldouea@gmail.com O Senhor Jesus é meu Mestre doenças, traumatismos,lesões e anomalias congênitas e adquiridas do aparelho mastigatório e anexos, e estruturas craniofaciais associadas. As áreas de competência para atuação do especialista em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofaciais incluem: a) Implantes, enxertos, transplantes e reimplantes; b) Biópsias; c) Cirurgia com finalidade protética; d) Cirurgia com finalidade ortodôntica; e) Cirurgia Ortognática; e, f) Tratamento cirúrgico de cistos, afecções radiculares e periradiculares; doenças das glândulas salivares; doenças da articulação temporomandibular; lesões de origem traumática na área bucomaxilofacial; malformações congênitas ou adquiridas dos maxilares e da mandíbula; tumores benignos da cavidade bucal; tumores malignos da cavidade bucal, quando o especialista deverá atuar integrado em equipe de oncologista; e, de distúrbio neurológico, com manifestação Maxilofacial, em colaboração com neurologista ou neurocirurgião. O leque da cirurgia bucomaxilofacial é muito amplo, pois tem que dominar Anatomia, Anestesiologia, Patologia, Traumatologia, Tratamento de ATM, Cirurgia Ortognática que requer um conhecimento extremamente amplo, difícil de o cirurgião bucomaxilofacial sair de um curso de residência e especialização dominando, raramente o especialista sai fazendo cirurgia Ortognática. O cirurgião bucomaxilofacial faz o implante muito bem feito, pois a Implantodontia surgiu a partir da Bucomaxilofacial, porém não tem o acompanhamento da prótese. Dentro das áreas de ocupação da cirurgia bucomaxilofacial, temos: o básico que envolve exodontias, implantes, transplante, enxertos, cirurgia de terceiros molares. Cirurgia de terceiros molares às vezes tem dentes que dão trabalho, então devemos estar preparados para remover terceiros molares. Na aula de dente incluso vocês verão que fazemos um acesso na região retromolar, fazendo uma incisão relaxante e descolamento seguindo toda a instrução da cirurgia. Muitas vezes para removermos o terceiro molar de forma atraumática sem colocarmos Helinaldo Corrêa da Conceição helinaldouea@gmail.com O Senhor Jesus é meu Mestre muita força na mandíbula do paciente, pois quando se percebe que está exercendo muita força é porque há alguma coisa de errado. Portanto, neste caso devemos fazer uma osteotomia, pois a cortical na mandíbula não expande e, assim sendo, resultaria em fratura de mandíbula caso exerça uma pressão muito forte na mandíbula. Em um dente incluso, raramente tentaremos extrair sem fazer uma manobra de osteotomia. A osteotomia é feita pela vestibular, não devemos mexer pela lingual. O porquê seria o nervo lingual! Há trabalhos que falam que o nervo lingual passa encostado do terceiro molar. Então, lâmina de bisturi na região lingual de terceiros molares nunca, descolamento com sindesmotomo na região lingual nunca, brocas na região lingual nunca. Imagina o transtorno que causaria ao paciente deixando ele com parestesia na metade da língua. A partir do momento que fazemos uma osteotomia ou canaleta, conseguimos tirar a resistência do dente, dependendo de como está impactado não conseguiremos extrair o dente inteiro, então, devemos passar para a outra etapa, cortar o dente, essa etapa facilita a redução do tempo de procedimento. Na odontossecção sempre deixamos uma ponte de esmalte na região lingual, e em seguida, fazemos a clivagem. Portanto, ficará melhor para remover as raízes. Essa é uma questão de dominar as etapas cirúrgicas e lançar mão dessas etapas. Porém, existe intercorrências nesses tipos de extração, por isso, temos relatos de fraturas de mandíbulas ou porque o dente está mal posicionado associado a uma patologia ou realmente é por falta de conhecimento do profissional que está responsável pela exodontia. Hoje em dia é uma realidade todo hospital ter um cirurgião bucomaxilofacial, portanto, as fraturas de face ficam a cargo deste profissional. O princípio da redução de fratura é o princípio da redução funcional que é fazer um bloqueio transcirúrgicos através de uma amarilha (odontosíntese), pois devemos por o paciente em oclusão e, em seguida, fazemos a redução anatômica da fratura. Porque se reduzimos a fratura mais deixamos o paciente com a mordida errada, não temos sucesso no caso. Isso acontecia quando o médico fazia redução anatômica e não funcional o porquê seria que ele não tem conhecimento de oclusão. O princípio da redução de fratura de face é justamente dar prioridade na redução funcional e depois realizar redução anatômica. Helinaldo Corrêa da Conceição helinaldouea@gmail.com O Senhor Jesus é meu Mestre A contenção na região intra bucal se dar por um instrumental chamado trocaters. Figura (instalação de trocater percutâneo) Incisão feita na região de fora para a transfixação do trocater e no espaço da região da fratura é colocado introduzindo dentro do canal que fica transfixando a percutânea do paciente, depois da redução é removido essa odontosíntese e o paciente não sai de boca fechada, diferente de antigamente. Com a ausência das placas e de parafusos essa fratura iria ser fixada com fio de aço. Portanto, o paciente ficaria no mínimo 45 dias com a boca fechada até a consolidação óssea, hoje não, fazemos o uso da placa e do parafuso usando a fixação do bloqueio transoperatório e depois que estiver fixo removemos o bloqueio transoperatório. Existe também uma preocupação com a exodontia dos dentes superiores (Aula II) CIRURGIA DOS DENTES INCLUSOS Falaremos de cirurgia de dentes inclusos, que é um dos principais pilares da buco-maxilo. Para fazer cirurgia de dentes inclusos, precisa ser buco-maxilo? Não. Mas de preferência faça com o buco, mas não obrigatoriamente necessita ser com o buco. Cada um tem que conhecer seus limites. Um cirurgião-dentista mesmo sem ser especialista pode fazer com destreza, com a habilidade e com qualidade uma cirurgia de dente incluso. Só que cada um tem que saber seus limites. De repente um dente com uma inclusão muito profunda, com alto Helinaldo Corrêa da Conceição helinaldouea@gmail.com O Senhor Jesus é meu Mestre grau de dificuldade, talvez não seja adequado àquele profissional fazer. Mas como via de regra, qualquer profissional formado pode fazer. É uma cirurgia muito abordada na buco-maxilo, é um desafio. Porque normalmente é bem tranquilo, mas quando resolve complicar, complica tudo. Complica, dá trabalho, a chance de insucesso existe. Eu tive insucesso e cirurgia de dentes inclusos, mas há muito tempo não tenho. A gente vai se aprimorando. Alguns casos a gente faz com anestesia geral, dá um conforto maior para o paciente e por diversos aspectos, algumas vezes precisa ser feita em ambiente hospitalar. Controle da ansiedade: ainda tem aquele estigma do dentista causar dor, tratamento odontológico. Isso é histórico e é fato. Nós temos que tranquilizar os nossos pacientes. Quando eu era mais novo eu tinha muita dificuldade em controlar o paciente. Hoje em dia não. Existem vários métodos de controlar a ansiedade. Mas o principal método é a verbalização. O que é verbalizar? Conversar com o paciente, explicar como é a cirurgia. O Malamed cita que não devemos falar a palavra ‘dor’, mas eu discordo, porque o Malamed não é buco-maxilo. Nós podemos falar a palavra ‘dor’, mas depende da conotação, dependendo da conotação que se dá à palavra ‘dor’, ela soa de forma positiva, na minha humilde experiência. Se vocês observarem, muitas vezes o aluno está com dificuldade de anestesiar, aí o professor senta, e não faz nada, e o paciente deixa de sentir dor. É porque o paciente sabe que vocês são alunos. Mexe com o psicológico do paciente. Essa verbalização, essa tranquilização é o principal pilar do controle do paciente. Quando não dá na conversa, o que acontece? nós temos alguns outros meios: Sedação consciente oral Sedação conscienteinalatória Anestesia geral SEDAÇÃO CONSCIENTE ORAL Helinaldo Corrêa da Conceição helinaldouea@gmail.com O Senhor Jesus é meu Mestre É o uso dos benzodiazepínicos. O Diazepam, Midazolan... Quando eu era recém-formado eu morria de medo de usar benzodiazepínico. Porque seda o paciente, o dentista, na ignorância, acha que o paciente vai morrer. Essa droga é usada há mais de 50 anos nos EUA, e há muito tempo no Brasil. Uma das drogas mais seguras que a gente pode usar na Odontologia. É difícil ter contra indicação. É mais fácil o paciente ter problema na anestesia do que com Midazolan. São drogas seguras. Professor, na prática, como eu faço para prescrever? Já ouviram falar na vigilância sanitária? Então, tem que pegar o CRO de vocês, ir lá à vigilância sanitária, e o profissional faz o cadastro de vocês. Aí, pede o receituário azul, e eles vão dar autorização apra que vocês emitam boleto no nome de vocês. Parece um talão de cheque. Para cada paciente a gente vai prescrever uma caixinha de Midazolan 15 mg? Não faço isso! Eu prescrevo para minha secretária, ela vai e compra. Deixem no consultório de vocês. Como nós não prescrevemos em longo prazo. Por exemplo: paciente vai fazer uma cirurgia de dente incluso hoje, ele tem que tomar um comprimido de Midazolan, 1 hora antes da cirurgia e não tomar mais. Para o paciente é um comprimido, por isso, melhor o paciente tomar no meu consultório. Normalmente na odontologia é o Midazolan 15 mg. Por que não o Diazepam? Porque ele seda por muito tempo, cerca de 10 horas. O midazolam seda por cerca de 4 horas. Para a gente está bom. Paciente tem que levar um acompanhante. Por que ele é indicado para diabéticos, hipertensos e cardiopatas? Adrenalina é um hormônio hiperglicêmico, aumenta a glicemia do sangue. Então se o paciente estiver nervoso, ansioso, ele vai ter um descarga de adrenalina e o açúcar vai aumentar. Se ele está relaxado essa descarga não vai acontecer. A tendência é que o açúcar se mantenha em um nível normal. Hipertenso nem se fala. PRILOCAÍNA 3% +FELIPRESSINA FELIPRESSINA • Atua sobre os receptores V1 da vasopressina presentes no músculo liso da parede dos vasos sanguíneos, sendo esta ação muito mais acentuada na microcirculação venosa que na arteriolar. Helinaldo Corrêa da Conceição helinaldouea@gmail.com O Senhor Jesus é meu Mestre • A Prilocaína pode ser usada em paciente diabético compensado, pois esse vasoconstritor não induz alterações de pressão arterial. • Paciente com alterações cardiovasculares controlados, pois a Prilocaína não causa alteração de pressão. • Prilocaína pode ser usada em hipertenso que já se encontra em tratamento médico, pois não produz efeito cardiovascular. GESTANTE PRILOCAÍNA • Apresenta perfil farmacológico semelhante ao da lidocaína, contudo, causa menos vasodilatação, o que permite um maior tempo de duração do efeito anestésico na ausência de vasoconstritor. Também apresenta menor toxicidade para o sistema nervoso central, porque se distribui melhor por todos os tecidos, o que diminui a penetração neste sistema. Seu metabólito, produzido no fígado, apresenta um radical de orto-toluidina, com conhecida capacidade de produzir meta-hemoglobinemia (FARIA, MARZOLA, 2001). A hemoglobina fetal é um tanto diferente da hemoglobina do adulto e, sem dúvida, o feto e os neonatos não apresentam bateria enzimática adequada para fazer a conversão desta meta-hemoglobina em hemoglobina. Assim, seu uso em gestantes deveria ser evitado, apenas por precaução, uma vez que não se dispõe de dados clínicos adequados sobre a segurança do anestésico para o feto, mas sabe-se que a dosagem empregada nos tubetes para uso odontológico é praticamente insignificante (FARIA, MARZOLA, 2001). Também é antidiurético. • A FELIPRESSINA deve ser evitada devido a sua semelhança com o hormônio ocitocina (responsável pela contração uterina), e a fenilefrina, devido à lentidão de sua biotransformação, permanecendo assim por mais tempo na corrente circulatória materno- fetal (CORRÊAet al., 2003). ARTICAÍNA 4% + EPINEFRINA (ADRENALINA) 1:100 000 ARTICAÍNA • A metemoglobinemia é um efeito colateral potencial da administração de grandes doses de articaína. Tal relação foi observada depois da administração intravenosa para fins de Helinaldo Corrêa da Conceição helinaldouea@gmail.com O Senhor Jesus é meu Mestre anestesia regional; ainda não foram descritos casos em que a articaína foi administrada do modo e nos volumes habituais em procedimentos odontológicos. LIDOCAÍNA 2% + EPINEFRINA (ADRENALINA) 1:1000 000 Esse anestésico é o mais recomendado para gestantes, já que não está associado a nenhum fator que possa contraindicá-lo. É seguro durante a gestação desde que se utilize a lidocaína a 2% com adrenalina 1: 100.000 com limite máximo de 2 tubetes por sessão (dose mínima efetiva), uma vez que o feto não consegue metabolizar a droga anestésica eficientemente (ROOD, 1981). A adrenalina é o vasoconstritor mais potente e mais utilizado na Odontologia2 e atua diretamente nos receptores α- e β-adrenérgicos. Pequenas doses de adrenalina dilatam os vasos que irrigam os músculos esqueléticos, onde predominam os receptores β2. Doses grandes estimulam os receptores α, produzindo vasoconstrição. Do ponto de vista clínico, essa diferença de ação sobre os receptores α ou β determina a hemostasia alcançada durante os procedimentos cirúrgicos. A injeção direta do anestésico com adrenalina no local da cirurgia resulta em altas concentrações teciduais da substância, estimulando predominantemente os receptores α, obtendo a hemostasia desejada. As funções de um agente vasoconstritor são: diminuir a circulação local, evitar a rápida absorção do anestésico, prolongar a sua ação, diminuir sua toxicidade e promover hemostasia, assegurando um período de latência e duração suficientemente longos6, aumentando sua eficiência e segurança4. Assim, a importância de um vasoconstritor é indiscutível. Entretanto, estudos mostraram que os anestésicos contendo vasoconstritor, como a adrenalina, podem causar efeitos colaterais indesejáveis em pacientes com discrasias cardiovasculares, como aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial. Alguns autores afirmaram ainda que a administração de 1 a 2 tubetes odontológicos com diluição de adrenalina a 1:100.000 aumenta a pressão arterial sistólica, a frequência cardíaca, causa aumento no rendimento cardíaco, no ritmo cardíaco e na taxa cardíaca. Apesar desses efeitos colaterais relacionados à utilização dos vasoconstritores, a realização de procedimentos odontológicos com anestesia inadequada certamente resultaria em estresse e dor ao paciente, estimulando a produção endógena das catecolaminas em doses acima daquelas utilizadas durante os procedimentos. Além disso, estudos demonstraram que pacientes que receberam adrenalina em pequenas doses tiveram uma redução na pressão arterial. Chernow et al.20 relataram que anestésicos locais contendo adrenalina geralmente são bem suportados por pacientes com discrasia cardiovascular de grau leve a moderado. Helinaldo Corrêa da Conceição helinaldouea@gmail.com O Senhor Jesus é meu Mestre Cuidado! Aumenta o açúcar no sangue diabete tipo I e II (A adrenalina tem a ação farmacológica oposta a insulina, logo é considerada um hormônio hiperglicêmico) Diabetes tipo I=> Caracterizada pela ausência da produção de insulina. Os pacientes geralmente exibem hiperglicemia grave e cetoacidose. A doença é tipicamente diagnosticada na infância e os pacientes necessitam de injeções exógenas de insulina para sobreviver. Diabetes tipo II=> É mais difícil de diagnosticar. Geralmente ocorre em adultos mais velhos e obesos. Apesar de a hiperglicemia estar presente, a cetoacidose raramente se desenvolve. Além disso, os pacientespodem ser capazes de produzir certa quantidade de insulina endógena. Sintomas do diabetes: • Polidpsia • Poliúria • Polifagia • Perda de peso • Xerostomia Paciente alérgico ao paracetamol e a dipirona sódica o que fazemos? A opção é pelo Ibuprofeno, que em doses mais baixas apresenta atividade analgésica similar à da dipirona. Adultos: comprimidos de 200 mg , com intervalos de 6 horas. (Advil ou genérico) Crianças: solução gotas 50 mg/ml (Alivium ou genérico) Regra prática: 1 gota/kg de peso corporal, a cada 6 a 8 horas, não excedendo o máximo de 40 gotas por dose.(Eduardo Dias, 2012) Dr. Estou com dor de dente, porém estou grávida. O que devo tomar para passar a dor? Resposta: Paracetamol, pois ele é um analgésico que pode ser tomado durante a gravidez, mas sem exageros e sob orientação. Importante: Quando comparado com outros analgésicos, o paracetamol continua sendo o mais seguro para ser utilizado durante a gravidez. Anti – inflamatório Nimesulida comp. 500mg______________________1comp. de 12/12 horas 3 dias V O Amoxicilina 500mg_________________________1 comp. De 8/8 horas 7dias V O Helinaldo Corrêa da Conceição helinaldouea@gmail.com O Senhor Jesus é meu Mestre Analgésicos Dipirona Sódica comp. 500mg (6 comprimidos)______ 1 comp. De 4/4 horas V O Paracetamol comp. 500mg___________________ 1 comp. De 4/4 horas V O Paracetamol comp. 750mg(12comprimidos)______________ 1 comp. De 6/6 horas V O Antibiótico Paciente sem históricos de alergias aos derivados de penicilina Amoxicilina 500mg_________________________1 comp. De 8/8 horas 7dias ou 5 dias V O Paciente com históricos de alergias aos derivados de penicilina Clindamicina comp. 300mg___________ 1 comp. De 8/8 horas 7 dias V O Azitromicina comp. 300mg__________ 1 comp./ dia durante 3 dias V O Inflamação Por muito tempo, a inflamação foi considerada uma doença, e somente a partir do século XVIII é que Hunter propôs que a mesma fosse uma resposta benéfica. Desde Celsus (contemporâneo de Cristo) que se caracteriza a inflamação por quatro sinais "cardinais": rubor, calor, tumor e dor. Virchow, no século XIX, acrescentou um quinto sinal: a perda da função. Aulus Cornelius Celsus Livro “De Medicina”, 30 A.C. 4 sinais cardinais da inflamação: • rubor, tumor, calor e dor. Rudolph Virchow, 1793, 5º sinal: perda de função. Como fazer uma prescrição: P/ Nome do Paciente R/ (esse R significa receba) Uso interno / Via Oral Helinaldo Corrêa da Conceição helinaldouea@gmail.com O Senhor Jesus é meu Mestre Amoxicilina --------- 500mg – (9/12 cápsulas) Tomar 1 comprimido de 8 em 8 horas durante 3 dias. (Se for mais de um medicamento, numerar) Ex: 1)Amoxicilina 2) Dipirona sódica Manaus, data............... de…… de 20…… E embaixo carimbo do professor. DISCUSSÃO SOBRE ANESTÉSICOS LOCAIS PARA DENTES INCLUSOS Anestésico local não tem um melhor que o outro. Cada um tem a sua indicação. Lidocaína é um grande anestésico. Muito seguro. Articaína é um anestésico excelente. Para dente incluso eu prefiro articaína. Buco maxilo prefere articaína. Prilocaína não é um bom anestésico para cirurgia. Por quê? Porque não promove vasoconstrição. A Prilocaína não é indicada para a cirurgia porque não promove a vasoconstrição. Fazendo uma síntese para a cirurgia, três anestésicos articaína, lidocaína e mepivacaína. Por que articaína seria mais indicada para dentes inclusos? O que ele tem de diferencial? Qual a propriedade que ela tem que é mais indicada para cirurgia do que a lidocaína e a mepivacaína? Difusão óssea, difusão tecidual, ela penetra com mais facilidade nos tecidos. Tem muitos professores de fora que estão contra indicando articaína para dentes inclusos. Por que seria contra indicado para bloqueio mandibular? PARESTESIA. Existem fortes relatos que associam o uso da articaína com parestesia pós-operatória nos bloqueios mandibulares. Isso aí, segundo os pesquisadores, é pela concentração desse anestésico. A concentração da articaína é 4%, a lidocaína é 2%, Prilocaína 3% aqui no Brasil e nos EUA e Canadá é 4%. Helinaldo Corrêa da Conceição helinaldouea@gmail.com O Senhor Jesus é meu Mestre Pesquisa feita no Canadá: Articaina e Prilocaína a 4 % apresentaram maior incidência de parestesia (sensação prolongada de anestesia) pós-operatória. Ao invés de ficar anestesiado no mento por 2 a 3 horas, ficam semanas, às vezes meses, anos... (dormente). Isso pode gerar um problema judicial. Na minha dissertação de mestrado eu fiz uma comparação entre articaína e lidocaína. Na minha opinião, eu não acredito que articaína dê mais parestesia que outros anestésicos. A gente só opera com articaína e não tem parestesia. Tem dentista que acredita e tem dentista que não acredita. Em muitos lugares, em São Paulo (São Leopoldo Mandic), por exemplo, os professores e os alunos são proibidos de bloquear com Articaína. E como eles fazem com dentes inclusos? Eles bloqueiam com a LIDOCAÍNA e ais fazem infiltração com Articaína. Por quê? Porque a infiltração vai difundir pelo osso e não vai depositar anestésico perto do alveolar inferior, então ele vai depositar Lidocaína no bloqueio, ai pega e infiltra ao redor da região com Articaína. Por que eles fazem isso? Porque lá em São Paulo os negócios de processos estão terríveis. Aqui nós usamos Articaína e não tem dado parestesia. Articaína está relacionado a uma possível maior incidência de parestesia pós- operatória, mas eu continuo achando o melhor anestésico. TERAPÊUTICA APLICADA: Aprenda um negócio, esse aqui é excelente: Dexametasona 4 ou 8 mg, ou seja, 1 ou 2 comprimidos, 1 hora antes da cirurgia é uma droga muito boa. É um anti- inflamatório corticóide excelente para dente incluso. Se você não teve a oportunidade de prescrever Dexametasona, você entra com Nimesulida 100 mg (é um anti-inflamatório que não irrita muito a mucosa gástrica), 1 comprimido a cada 12 horas por 3 dias, é o protocolo que a gente usa na escola depois da cirurgia. Atenção: Dexametasona é antes da cirurgia e Nimesulida é depois da cirurgia!! Se prescrever Dexametasona antes da cirurgia, não precisa Nimesulida após, a não ser que tenha sido aquela cirurgia de 3 ou 4 horas, é prudente prescrever. Dipirona ou Paracetamol e Amoxicilina. Mas prestem atenção nesse detalhe. Existe amoxicilina de 500 mg ( 1 cápsula de 8 em 8 horas por 3 dias ou 5 dias ou 7 dias dependendo da indicação). Prestem atenção numa boa opção, por exemplo, se vocês não fizeram a Dexametasona pré- operatória, ai vão fazer Nimesulida de 12 em 12 horas, Dipirona de 6 em 6 horas e Amoxicilina de 8 em 8 horas, o paciente vai ficar doido, o que se pode fazer pra facilitar a vida do paciente? Helinaldo Corrêa da Conceição helinaldouea@gmail.com O Senhor Jesus é meu Mestre Prescrever Nimesulida de 12 em 12 horas, dipirona de 6 em 6 horas e opta por esse aqui, Amoxicilina de 875 mg (1 comprimido, NÂO é cápsula, que é de 12 em 12 horas por 3, 5, 7 dias), ai o paciente toma junto, no mesmo horário facilitando a vida dele. Aluno pergunta: você falou que o anestésico que a gente mais usa aqui na clínica é a Articaína, mas em um paciente diabético compensado a gente usa a Prilocaína, pode? Professor: Se for paciente compensado pode lidocaína, prilocaína, articaína. E um paciente levemente descompensado, glicemia 150 ou 170, pode usar lidocaína? Ou tem que usar prilocaína? Tem que esperar, mas se o paciente tiver morrendo de dor e você tem que infiltrar um anestésico ali para tirar a dor do paciente. Pode usar a lidocaína. O que diz a literatura hoje? Tem que botar na balança, a prilocaína é indicada só que depende do procedimento por causa da duração de ação, a duração dela é curta e tem a vasoconstrição. Você pode usar sem problema nenhuma lidocaína, contanto que no máximo 2 tubetes no paciente adulto, é seguro. Dente incluso não pode ser operado quando paciente tem infecção. O conceito antibioticoterapia profilático ou terapêutico é baseado na presença ou não de infecção estabelecida. Se você operou o paciente e não tinha infecção (por mais que você prescreva depois) é profilático. Tem-se uma infecção, um abscesso, é terapêutico. O que determina profilático não é porque foi prescrito antes ou depois o antibiótico, o que estabelece terapêutico ou profilático é a presença ou não de infecção. Profilático o uso sempre é com um espaço de tempo menor e terapêutico sempre é maior, por isso que normalmente 7 dias o uso é terapêutico. Infecção? 7 dias, 10 dias. E quando é pra supostamente prevenir uma infecção, normalmente o uso é de 3 a 5 dias. Eu só faço depois da cirurgia. Por que eu faço depois, profilático? Porque existe dente incluso que você tira em 5 minutos sem desgastar osso, eu não acho necessário prescrever antibiótico e a literatura também não acha. Incluso mais prevalente: o mais prevalente é o terceiro molar inferior, é o que mais acontece e é o que dá mais trabalho, mas terceiro molar superior quando resolve complicar é o que complica mais. Vai para o seio maxilar, vai para a fossa infra temporal... Acessos para cirurgia de dentes inclusos Helinaldo Corrêa da Conceição helinaldouea@gmail.com O Senhor Jesus é meu Mestre Incisão de Maurel (Figura do Alan, 2012) Cirurgia de dente incluso é um procedimento traumático, muitas vezes corta bastante osso, fica um edema pós-operatório muitas vezes importante por mais que se faça Dexametasona, é uma cirurgia importante e muitas vezes traumática. O que nós devemos saber em termos de considerações anatômicas, anatomia, para remover um terceiro molar inferior? Em cirurgias de terceiro molar inferior nós temos estruturas importantes que geram ações judiciais quando são lesadas. Quais seriam essas estruturas mais importantes? Nervo alveolar inferior e nervo lingual. O alveolar inferior tem um trajeto intraósseo no canal mandibular e o nervo lingual tem um trajeto pela mucosa, de forma mais superficial. Qual deles é o mais fácil de nós lesionarmos? O nervo lingual, pois é mais superficial. Qual seria o de melhor prognóstico se ocorrer uma parestesia? Ou seja, qual é aquele que tem chance maior de regenerar? Se ocorrer uma parestesia no alveolar inferior o paciente vai se queixar de dormência no lábio e no queixo porque o alveolar inferior termina no mentoniano. Ele vem por dentro do canal e se exterioriza no mentoniano. O mentoniano é a continuação do alveolar inferior. E o lingual se for lesionado o paciente vai se queixar de dormência na língua. Torçam para que vocês não causem uma parestesia no lingual. Se vocês causarem parestesia no alveolar inferior à chance de regeneração e dessa parestesia sumir é bem maior, porque o alveolar inferior caminha dentro do canal mandibular, então se ele for lesionado ele tem chance de encontrar o caminho e se regenerar, o lingual esta solto na mucosa, o prognóstico do lingual é bem pior. Aluno pergunta: é normal a parestesia? Helinaldo Corrêa da Conceição helinaldouea@gmail.com O Senhor Jesus é meu Mestre Professor: A incidência de parestesia em cirurgia é normal, só que na literatura diz que mais de 99% são parestesias temporárias, depois de 2 ou 3 semanas retorna, e menos de 1 % são parestesias definitivas normalmente relacionadas ao trauma cirúrgico. Às vezes o dente esta lá em cima do canal, por mais que se opere tudo direitinho, atinge o canal. (AULA 2015/1) DENTES INCLUSOS Um dente impactado é aquele que não conseguiu erupcionar na arcada dentária dentro do tempo esperado. Ele se torna impactado devido aos dentes adjacentes, recobrimento por osso denso, excesso de tecido mole, ou uma anormalidade genética que evita a erupção. Uma vez que os dentes impactados não erupcionam, são mantidos por toda a vida dos pacientes a menos que sejam removidos cirurgicamente ou expostos em virtude da reabsorção do tecido de recobrimento. O termo não-erupcionado inclui dentes impactados e dentes que estão em processo de erupção. (Peterson, 2009). Observação: Os dentes supranumerários também são considerados dentes inclusos. Os dentes normalmente tornam-se impactados devido ao inadequado comprimento dos arcos dental e espaço em que erupcionam; ou seja, o comprimento total do arco ósseo alveolar é menor que o comprimento total do arco dental. Os dentes impactados mais comuns são os terceiros molares maxilares e mandibulares, seguidos pelos caninos maxilares e pré-molares mandibulares. Os terceiros molares, em geral, são os mais impactados porque são os últimos dentes a erupcionarem; consequentemente, são os mais sujeitos à impacção, por terem espaço inadequado para erupção. (Peterson, 2009). Etiopatogenia dos dentes inclusos • Geralmente é o resultado de uma obstrução mecânica que impede a formação e migração do dente do estado normal e a posição fisiológica na arcada dentária. • Espaço e/ou maxila e mandíbula diminuta. Razões embriológicas um processo de adaptação ausência dos terceiros molares e agenesia incisivos laterais. • Crescimento da caixa craniana • Dieta cada vez menos exigentes do sistema estomatognático • Consciência de uma odontologia preventiva na infância e na adolescência (EUA) • Presença de dentes supranumerários podem impactar dentes permanentes • Condição anormal ou injúria de um germe dental Helinaldo Corrêa da Conceição helinaldouea@gmail.com O Senhor Jesus é meu Mestre • Traumatismo dento alveolar • Intrusões de dentes decíduos • Revestimento mucoso e ósseo denso • Alterações do desenvolvimento (Disostose Cleidocraniana) • Fendas palatinas tendem a deslocar os dentes fazendo que eles percam a direção de erupção • Raquitismo • Atrofia Facial • Hipoipituitarismo (deficiência na produção do hormônio do crescimento) Tumor Odontogênico Queratocisto Desloca o dente, principalmente o 3º molar. Classificação de Winter Em 1926, Winter classificou os terceiros molares inclusos, baseando – se na angulação do longo eixo do dente incluso em relação ao longo eixo do 2º molar (inferior e superior), desta forma, temos: 1. Inclusão vertical 2. Inclusão mesioangular 3. Inclusão distoangular 4. Inclusão horizontal 5. Inclusão invertida 6. Inclusão bucoangular 7. Inclusão linguoangular 8. Inclusão lingual total 9. Inclusão rara – fora do processo alveolar 1. Inclusão vertical Helinaldo Corrêa da Conceição helinaldouea@gmail.com O Senhor Jesus é meu Mestre 2. Inclusão mesioangular 3. Inclusão distoangular 4. Inclusão horizontal Helinaldo Corrêa da Conceição helinaldouea@gmail.com O Senhor Jesus é meu Mestre 5. Inclusão invertida 6. Inclusão bucoangular 7. Inclusão linguoangular Helinaldo Corrêa da Conceição helinaldouea@gmail.com O Senhor Jesus é meu Mestre 8. Inclusão lingual total 9. Inclusão rara – fora do processo alveolar Em 1933, Pell e Gregory classificaram os terceiros molares inferiores de acordo com a relação do dente incluso com a borda anterior do ramo ascendente mandibular e com o plano oclusal em: Classe 1 – O diâmetro mesiodistal da coroa está completamente à frente da borda anterior do ramo mandibular Classe 2 – O diâmetro mesiodistal da coroa está cerca de sua metade coberta pelo ramo mandibular. Classe 3 – O diâmetro mesiodistal da coroa está localizado completamente dentro do ramo mandibular. Posição A – A face oclusal do dente incluso está quase ou no mesmo nível do plano oclusal do segundo molar. Posição B – A superfície oclusal do dente incluso está entre o plano oclusal do dente e a linha cervical do segundo molar. Helinaldo Corrêada Conceição helinaldouea@gmail.com O Senhor Jesus é meu Mestre Posição C – A superfície oclusal do dente incluso está abaixo da linha cervical do segundo molar. Classe 1 Classe 2 Classe 3 POSIÇÕES (Classificação de Pell e Gregory) posição A Posição B Helinaldo Corrêa da Conceição helinaldouea@gmail.com O Senhor Jesus é meu Mestre Posição C CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO AS INCLUSÕES Inclusão óssea – é caracterizada pela inclusão completa do dente no interior do tecido ósseo, que o cerca de todos os lados. Inclusão submucosa – ocorre quando um dente está no interior do tecido ósseo, exceto uma parte da coroa, recoberto pela fibromucosa. Semi – incluso – ocorre quando o dente já rompeu a fibromucosa que o recobria, mas não terminou sua erupção. Inclusão óssea Helinaldo Corrêa da Conceição helinaldouea@gmail.com O Senhor Jesus é meu Mestre Inclusão submucosa Semi – inclusão Observação: As variações anatômicas dos superiores são maiores do que as dos inferiores. Procedimentos cirúrgicos Apoio da alavanca sempre por mesial. Toalete - (Aula III) PROPEDÊUTICA PARA DIAGNÓSTICO DAS FRATURAS FACIAIS É importante saber a propedêutica de como abordar o paciente com fratura de face porque muitas vezes o paciente pode estar chegando ao consultório. Portanto, é importante o cirurgião dentista saber como ele irá fazer o diagnóstico de uma fratura de mandíbula, por exemplo. Helinaldo Corrêa da Conceição helinaldouea@gmail.com O Senhor Jesus é meu Mestre Uma fratura de maxila como você vai proceder a conduta a ser empregada, enfim, quem trata a é o cirurgião bucomaxilofacial, porém quem faz o diagnóstico, assim como, outras doenças de base é o cirurgião dentista. Então, essa ideia de como atuamos em um paciente que foi vitima de um trauma de face é de extrema importância saber. Por isso, iremos falar sobre os principais diagnósticos. Inicialmente quando estamos, por exemplo, dentro de um pronto socorro somos orientados em relação à sistematização de um atendimento. Então, basicamente a realidade para atender um paciente vitima de um politraumatismo é através de uma sistematização que irá fazer uma avaliação rápida das lesões e através dessas avaliações iremos instituir medidas terapêuticas contando que o tempo é essencial, então, iremos aprender uma regra que é seguida dentro do pronto socorro, porém tudo acontece de forma simultânea, mas nem sempre o cirurgião bucomaxilofacial estará atuando nesse primeiro momento. Exemplos onde o bucomaxilofacial estará atuando no primeiro momento: sangramento nasal, orofaríngeo. Nestes casos sim, são situações em que o paciente pode sofrer afogamento, dificuldades respiratórias...Aí sim o bucomaxilofacial faz um tamponamento inicial. Na maioria das vezes o paciente chega e quem faz o atendimento inicial é um plantonista médico e a partir do momento que ele fizer o diagnostico das lesões, ele estará ativando as especialidades. Exemplo: paciente com tratamento de face o médico plantonista solicitará a presença de um bucomaxilofacial, paciente com fratura cervical um neurocirurgião, fratura torácica um cirurgião torácico e assim sucessivamente. Existe uma regra de atendimento desses pacientes e essa regra foi posta em um livro chamada de ATLS (Suporte avançado de vida ao traumatizado). Houve a necessidade de criar uma regra de como atender um paciente com fratura de face. A história do livro é interessante porque quem elaborou as regras foi um médico norte americano que era piloto e acabou caindo de avião com a família em uma cidade totalmente remota (cidade do interior), assim sendo, é muito diferente o tratamento de uma cidade grande (capital) e de uma cidade do interior. A grande dificuldade da prioridade as lesões, porque os médicos que os atenderam não tinham uma conduta correta, a filha do medico piloto acabou falecendo do acidente ocorrido. A partir de então ele decidiu escrever um livro ATLS, colocando em ordem sempre do que mata mais para o que mata menos. Portanto, hoje é regra na maioria dos Países a equipe de pronto atendimento deverá estar treinada para fazer esse tipo de tratamento. Foi constituído em 1978 em Nebraska e atualmente é aceito em 41 Países e é baseado em três princípios básicos. ABCDE ou falamos ABCD da vida. Helinaldo Corrêa da Conceição helinaldouea@gmail.com O Senhor Jesus é meu Mestre Os únicos profissionais que podem fazer o curso são os médicos e os cirurgiões dentistas. 1. Não causar dano (não devemos tirar um paciente do lugar e lesar a coluna cervical dele, por isso, o primeiro procedimento a ser feito é por o colar cervical). Basicamente o atendimento inicial é separado em fase de preparação, avaliação primária e reanimação quando necessária, avaliação secundária: é nessa hora que o cirurgião bucomaxilofacial vai atuar, assim como outras especialidades. Uma vez que já passou da fase crítica o tratamento definitivo e o tratamento reabilitador. O que seria essa preparação? Nada mais é do que a equipe chegando no local do acidente (SAMU OU BOMBEIRO), então, nessa hora o médico que estará chegando na ambulância juntamente com o paramédico eles darão prioridade para manutenção das vias aéreas e estabilização da coluna cervical. Portanto, o paciente tem que está pelo menos respirando e com a coluna cervical estável para que não venha causar nenhum dano neurológico a esse paciente. Depois disso, o médico fará o controle da hemorragia através de compressões, pois é o que fazemos de imediato frente a uma hemorragia. Fazer o controle do choque hipovolêmico através de soro fisiológico (acessos periféricos e centrais) para a reposição da volemia do paciente e também é ideal que se coloque no paciente um cobertor térmico para controlar a hipotermia do paciente. Deve – se fazer a imobilização da fratura e/ou fratura exposta quando existe e o mecanismo do trauma são informações que o paramédico coleta no local do acidente e que deve ser passada a equipe que está no hospital, bem como qual a situação do paciente. Portanto, a equipe tem que está muito bem alinhada. Na fase de preparação, porém dentro do hospital toda equipe se imobilizará para atender o paciente. Como o planejamento havia sido antecipado: preparação dos equipamentos, preparação das soluções cristaloides (repositores de sangue), equipamentos de monitorização, convocação de mais médicos se necessários. Se o paciente sofreu fratura de face, se houve sangramento, obstrução. O bucomaxilofacial é acionado neste primeiro momento e a resposta rápida do laboratório e de radiologia, pois às vezes queremos fazer uma tipagem sanguínea, reposição de plasma ou reposição de sangue, portanto, o laboratório tem que está disponível para esse primeiro atendimento. FRATURAS DO TERÇO MÉDIO DA FACE Helinaldo Corrêa da Conceição helinaldouea@gmail.com O Senhor Jesus é meu Mestre Classificadas em: Não-disjuncionais: são aquelas que não causam alteração na oclusão maxilar. Ex.: se tiver uma fratura de zigoma, não vai ter alteração diretamente na oclusão. Exemplos: fratura do zigomático ou do complexo do zigomático ou arcozigomático, fraturas nasoorbitoetmoidais, fraturas nasais, fraturas orbitais ou orbitárias. Disjuncionais: são aquelas que atingem o maxilar, vai haver movimentações. Há o comprometimento do posicionamento da maxila, quase sempre determinando maloclusão traumática. Vai haver alteração de oclusão. Classificação por René Le Fort Le Fort I: Também chamada de fratura horizontal da maxila ou fratura da arcada flutuante ou fratura de Guérin. Limites: traço de fratura horizontal desde a base da abertura piriforme até os processos pterigóides, passando logo acima dos ápices dos dentes. (*abertura piriforme: abertura da cavidade nasal; *proc.pterigoides: atrás da tuberosidade, entre a tuberosidade e o esfenoide, músculos da mastigação se inserem no pterigoide medial e lateral (um na fossa e outro na lâmina medial)). Característ. clínicas: disjunção maxilar total, decorrente de trauma no sentido frontal sobre a região anterior maxilar, mais propriamente no filtro labial. Quedas de moto e bicicletas podem ocasionar essas fraturas. A maxila fica solta por isso é chamada disjuncional. Outras caract.: Helinaldo Corrêa da Conceição helinaldouea@gmail.com O Senhor Jesus é meu Mestre Ferimento corto-contuso regional associado – quem sofre um trauma nessa região vai ter uma contusão (corto-contuso) até comprimir, até chegar no osso. Vai haver um ferimento, uma laceração, vai haver uma concussão nessa região; Equimose em fundo de sulco gengivo-labial – ou mais precisamente no fórnix do vestíbulo, fundo de sulco; Perda oclusal com rotação para trás da maxila – pq ela soltou; Crepitação e mobilidade da maxila, crânio-caudal e latero-lateral – crânio-caudal (pra cima de pra baixo, como se tivesse provando uma prótese total, só que o movimento que se faz é com a maxila); Pode haver associação com fraturas do rebordo alveolar e também com avulsão – além de fraturar toda a maxila pode fratura também os processos alveolares vindo junto o dente; Exame clínico: pinçar a maxila com o polegar e o indicador aplicando pressão lateral, superior e inferior para avaliar mobilidade maxilar (Le Fort I). * paciente de frente pra você, com a cabeça encostada, você vai fazer movimentos de lateralidade e de crânio-caudal (pra cima e pra baixo e para os lados). *cuidado pra não confundir com luxação dentária onde se mexem só 2 ou 3 dentes, na Le Fort I é o conjunto todo que se movimenta, sai do lugar. Exame radiográfico: Panorâmica Lateral da face Mento-naso (Waters) – paciente fica ligeiramente inclinado com a cabeça pra trás e o raio incide na parte inferior do mento; Tratamento: todo tratamento de fratura óssea se faz com placas e parafusos de titânio. Redução de fratura – aproximar, juntar, unir os cotos ou segmentos da fratura. Ou abre com bisturi (expõe a fratura, o segmento) ou não abre (sem fazer incisão, basta colocar no lugar e fixar com uma barra de Erich, paciente fica com bloqueio maxilo-mandibular, boca travada, por aproximadamente 40-60 dias). Helinaldo Corrêa da Conceição helinaldouea@gmail.com O Senhor Jesus é meu Mestre Redução cruenta ou incruenta. Redução incruenta: bloqueio maxilo-mandibular. Indicação: fraturas com pouco desvio em pacientes com oclusões estáveis. Redução cruenta: abordagem intra-oral com incisão e divulsão realizados através de abordagem Caudwell-Luc ampliada. Fixação rígida. Barra de Erich – tem uma parte superior e inferior e um fio de aço unindo essas partes. O paciente não abre a boca de jeito nenhum, porque se houver movimentação vai ter uma pseudofibrose. Para estes casos usa-se a fixação interna rígida ou FIR. Caso não consiga reduzir corretamente a maxila, você pode usar o fórceps de Rowe pra colocar no lugar a maxila. Usa-se muito esse fórceps em cirurgia ortognática. Le Fort II Também chamada de fratura piramidal (lembra uma pirâmide). Oriunda de trauma sobre a raiz nasal de direção frontal-lateral. *na região entre a sutura nasofrontal ou frontonasal, processo maxilofrontal. Áreas anatômicas afetadas: Região naso-etmoido-orbitária (casos mais severos) com componenente cominutivo nasal; Desinserção do ligamento cantal medial – *a nossa pálpebra está presa por um ligamento. Na região medial e próximo ao osso lacrimal existe um ligamento que exerce a função de manter o nosso globo ocular e as pálpebras na posição. Às vezes, o trauma é tão grande que o ligamento se rompe, Helinaldo Corrêa da Conceição helinaldouea@gmail.com O Senhor Jesus é meu Mestre fica solto e então é preciso fazer uma cirurgia pra repor e suturar esse ligamento cantal (no canto do olho). Desloca-se um fragmento que inclui a porção central do viscerocrânio, palato e processo alveolar. Movimentação de todo esse complexo (viscerocrânio, palato e proc. alveolar) Limites: envolve bilateralmente: � osso nasal � processo frontal da maxila � osso lacrimal � assoalho de orbita � processo zigomático da maxila � superfície póstero-lateral do seio maxilar � processo pterigoide do esfenoide � Por isso que a maxila fica solta, porque esse traço de fratura sai “rasgando” tudo. A abordagem é feita através de uma abertura coronal ou bicoronal, faz incisão até a região periauricular (de um lado pro outro), descola toda a região pericraniana pericoronariamente e vai ter o acesso a todo as fraturas. Aspectos clínicos: � Deformidade nasal acompanhada de epistaxe; � Hematoma periorbitário e subconjuntival; � Alongamento da altura do terço médio da face; � Inoclusão dentária *Pode fazer uma abordagem intra-oral, mas também tem que fazer extra-oral. Usa também placas e parafusos. Le Fort III: o viscerocrânio se desprende do neurocrânio. Caracterizada por uma linha de fratura horizontal alta, passando de cada lado pelas seguintes estruturas: � Sutura frontomaxilar � Sutura frontonasal � Fissura orbital superior � Osso lacrimal � Asa maior do esfenoide (porção orbitária) � Osso etmoide Helinaldo Corrêa da Conceição helinaldouea@gmail.com O Senhor Jesus é meu Mestre � Sutura frontozigomática A união dessas estruturas forma uma linha horizontal que promove a disjunção, a separação do viscerocrânio e neurocrânio, mais grave, com muitas sequelas. A abertura é feita do mesmo modo da Le Fort II, a incisão e o acesso às fraturas é o bicoronal. O CTBMF pode fazer esse acesso, ele só não pode ultrapassar os limites da cortical óssea do osso frontal, ele não pode mexer na parede distal (posterior) do seio frontal pq aí já vai tá invadindo cérebro (o neurocirurgião que entra). Faz todo o descolamento da pele, epiderme da região pericraniana até chegar na região da fratura, coloca as placas e parafusos. Exame: *semelhante a Le Fort I Palpação para avaliação da mobilidade da maxila e sutura frontozigomática. Considerações: � Constitui a denominada disjunção crânio facial, a separação do viscerocrânio do neurocrânio – traz uma projeção exógena da porção do viscerocrânio, separação dessas duas estruturas (viscero e neurocrânio). � Coexiste o comprometimento do seio frontal e base anterior do crânio � Os esqueletos fixos da face geralmente desloca-se inferiormente e posteriormente determinando oclusão dentária com mordida aberta anterior. O que diferencia Le Fort II de Le Fort III é o traço de fratura, mas a abordagem e convenção são as mesmas. Sinais clínicos: Helinaldo Corrêa da Conceição helinaldouea@gmail.com O Senhor Jesus é meu Mestre � Epistaxe com comunicação nasal; � Pode coexistir fratura NOE (nasoorbitoetmoidal) com desinserção do ligamento cantal medial e arredondamento da fissura medial da pálpebra; � Hematoma palpebral bilateral com sufusão hemorrágica subconjuntival – a conjuntiva fica toda vermelha, porque rompeu vários vasos nessa região. Como isso é uma classificação, não significa que não pode haver um politraumatismo generalizado (Le Fort I misturada com Le Fort II), mas a Le Fort I é a que acontece mais e a que tem melhor prognóstico. Le Fort I se faz muito em cirurgias ortognáticas, você faz a fratura, pra avançar ou recuar a maxila, solta o processo pterigoideo, o acesso pode ser intra-oral porque o traço de fratura está visível. IV) TRATAMENTO CIRÚRGICO DAS INFECÇÕES ODONTOGÊNICAS Microbiologia que afeta ou causa uma infecção facial: Flora na cavidade bucal: Onde temos mais de 700 bactérias.Na cavidade bucal, onde a maioria são estreptococos, na maioria Gram + aeróbias (consumidoras de O2). Normalmente essas bactérias não tem acesso aos tecidos profundos da cavidade bucal (téc. ósseo, músculo), geralmente elas têm acesso à mucosa que muitas vezes é queratinizada e o mais profundo que ela vai ter é o ligamento periodontal do sulco gengival sadio. Qual tamanho tem o sulco periodontal sadio? De 2-3 mm, acima disso é um sulco periodontal ñ sadio, o paciente pode até ainda não ter a doença, mas não é normal. As bactérias não têm acesso a esses tecidos profundos e quando você vai fazer um procedimento cirúrgico (anestesia, incisão, punção, extração de um dente) a bactéria que está na cavidade bucal vai ter acesso a esse tecido profundo(ñ se consegue “esterilizar” a cavidade bucal do paciente, o máximo que eu posso fazer é desinfeccionar a cavidade, o que não elimina 100% as bactérias, por mais que você use corretamente seu EPI, lave as mãos, calçar as luvas campo do paciente, do profissional, do auxiliar; se você não quebrar essa cadeia asséptica o paciente mesmo assim vai ter bactéria entrando na sua “loja” cirúrgica. Demais condições patogênicas: Bactéria da flora bucal ter acesso a um tecido profundo por uma manobra odontológica que você vai fazer, ou uma doença que o paciente tenha, como uma fratura óssea, rasgou a pele , a musculatura; paciente teve cárie e contaminou o tecido pulpar, ocasionando uma pulpite . A bactéria vai entrar pelo canal tenho acesso ao tecido ósseo, formando abcesso, cisto. Helinaldo Corrêa da Conceição helinaldouea@gmail.com O Senhor Jesus é meu Mestre Aqui temos uma orelha e essa é a fossa articular, aqui é a eminência e estamos tirando o côndilo, o paciente teve uma fratura do côndilo e não tinha mais condições de manter. Naturalmente a bactéria da pele não tem acesso à fossa candilar, mas vai ter na cirurgia, pois eu fiz um assepsia e desinfecção da pele, eu não esterilizei, então se eu quebrar a cadeira asséptica operando esse paciente ele vai desenvolver uma infecção, ou uma condição patogênica. Eu tenho a orelha do paciente, a mandíbula, o mento, aqui está a boca e aqui eu tenho um a miíase (lar de mosca), o paciente é morador de rua, não tem higiene, geralmente são etilistas, consomem álcool, não tem boa nutrição, fisiologia descompensada; a mosca vai lá põe um ovo e começa a “comer” o paciente, olho, nariz se não tirar leva a óbito . Eu tenho uma natureza polimicrobiana, onde tem vários tipos de bactérias na cavidade bucal, aeróbias na maioria dos casos e anaeróbias nos tecidos mais profundos sem acesso ao O2. Predominam o Streptococcus aeróbios, Streptococcus anaeróbios. No início de uma infecção eu vou ter mais bactérias aeróbias, em uma infecção já evoluída eu vou ter mais bactérias anaeróbias, a importância dessa transação está em saber qual tipo d antibiótico irei usar, pois tenho tipos de antibióticos mais específicos para aeróbias e para anaeróbias e tem antibiótico q ñ pega na aeróbia, dependendo da condição q vc vai tratar, vc vai “cessar”(09:39) ,fazer associação de 2-3 antibióticos. Como ela progride? No início quando eu tenho a inoculação do microorganismo no tecido profundo, vc anestesiou, incisou , descolou, fez a osteotomia, então quando a bactéria teve acesso ao tecido profundo, na maioria dos casos ela é aeróbia; vai acontecer q aquela bactéria vai evoluir, vai proliferar, e quando isso acontece ela começa a morte celular, tanto do organismo, ou seja músculo, tecido ósseo , periósteo, como a própria bactéria q está ali, pois ela tem um tempo de vida. Então todas a s vezes q vais haver essa morte de célula, esse progresso de necrose, começa a diminuir o aporte vascular e com isso as células de defesa e O2 , com essa diminuição na quantidade de O2, bactéria aeróbia ñ vive sem O2 então começa a morrer, se tal bactéria morre sobra espaço para as bactérias anaeróbia proliferarem. Então temos uma progressão da bactéria aeróbia para a anaeróbia, essa morte de células, necrose tecidual vai produzir líquido inflamatório que vai começar a acumular e formar o pus; então no início como eu tenho uma infecção generalizada, onde o organismo não conseguiu circunscrever aquela infecção a gente chama de celulite, se você não controlar ela evolui para o abcesso. Dependendo da origem da infecção e com quais estruturas ela está se relacionando vamos saber para onde ela esta se direcionando. O processo infeccioso vai evoluindo, chega um hora que aquele espaço não é suficiente, você teve proliferação de bactéria, aumento d tempo inflamatório, formação de pus q para algum lugar aquilo Helinaldo Corrêa da Conceição helinaldouea@gmail.com O Senhor Jesus é meu Mestre vai, ñ para por si só, pois ñ é auto limitante Eu preciso saber de onde vem essa infecção, para onde ela pode ir, pois dependendo daí ou vou fazer o ponto de ataque dessa infecção . Primeira coisa que eu tenho que saber é para onde ela vai disseminar; falando de infecções odontológicas geralmente são de origem dentária. Essa raiz, ápice esta mais perto da taboa óssea vestibular ou palatina? Vestibular. Aqui ela disseminou para os dois lados, extravasando primeiro pela palatina, o q vai variam normalmente é q incisivo lateral superior tem a raiz mais para a palatina do um canino. Então quando vcs verem um abaulamento no palato, sugerindo uma formação de pus, uma “bolsa de infecção”, na maioria dos casos é pelo lateral ou central, dificilmente vai ser por um canino. Através de uma radiografia periapical vc vai ver q geralmente é o lateral q está c infecção. Espessura óssea: Se a infecção está mais perto da taboa óssea vestibular, a chance dela drenar p vestibular é maior do q para a palatina. O molar superior tem 3 raízes, 2 vestibulares e 1 palatina, sendo a infecção na raiz palatina essa pus tende a ir mais para a palatina, então só a localização da infecção já te ajuda no diagnóstico. O dente está dentro do alvéolo, q é um estrutura óssea q está na maxila e mandíbula, essa maxila e mandíbula se inter-relacionam c as outras estruturas, principalmente c os músculos; então dependendo d onde está a raiz c o foco da infecção e a inserção do músculo, esse abcesso, pus, pode tanto drenar para dentro da boca, formar aqui no fundo de vestíbulo, como ele pode ir para fora formando uma bolsa. A importância de saber disso é q se a bolsa se formar por dentro da boca irei drenar por dentro, e se formar por fora entre a pele e o músculo, irei drenar por fora. Para isso tenho q saber a musculatura da face, os músculos q interagem com cada inserção dentária, é fundamental saber a anatomia. Temos 2 moares superiores(foto), os 2 estão drenando para a vestibular, estão para a vestibular, um intrabucal e o outro extrabucal, qual é a relação aqui?O q vcs observam de diferente? Aqui temos o músculo bucinador, onde ele começa na região posterior do Bucinador? Essa raíz de um molar superior está abaixo da inserção do músculo, então o pus veio p baixo; essa outra raíz está acima da inserção do músculo, isso varia entre pacientes e entre os dentes. A raíz mais longa da cavidade bucal é a de canino, então normalmente vai drenar extrabucal. Recaptulando: Bactéria na cavidade bucal, acessa o tecido profundos ou pela doença cárie, ou por cirurgia, ou qualquer outra coisa; ela vai proliferar, formar uma infecção, gerando uma lesão, está evoluindo. Essa lesão pode drenar para palatina ou lingual , vamos usar a lingual, dependendo se a lesão está mais próxima da lingual, ou pode drenar para a vestibular. Helinaldo Corrêa da Conceição helinaldouea@gmail.com O Senhor Jesus é meu Mestre Se ela drenar para a vestibular e abaixo da inserção muscular se for na maxila, e se for na mandíbula acima a tendência dessa infecção é se formar por dentro da cavidade bucal, se essa infecção progredir além da linhada inserção muscular, a tendência dela é ir extra facial. E nos pontos extra faciais ela vai drenar para o q chamamos de espaços extra faciais primários; na maxila existem 3 a na mandíbula existem 4. Eu posso remover um abscesso por vestibular ou lingual se ele for p dentro da cavidade bucal, se ele drenar p fora vai para o que chamamos de espaços faciais. Espaços faciais são áreas entre músculo e pele, onde eu não tenho nada q impeça a progressão da lesão, nem fáscia muscular, pois o músculo é inserido direto na pele, assim como os músculos da mímica; são áreas q conforma a infecção vai progredindo ela vai distendendo, esses são os espaços primários. Os secundários são envolvidos depois que se tem o primário, o primário é envolvido diretamente na lesão, se você não tratar ela vai evoluir e contaminar os secundários. (QUESTÃO DE PROVA). Aqui (foto) temos uma formação de pus por palatina, aqui o lateral está envolvido, onde a sua raiz normalmente está para o osso palatino, é uma raiz curta, não está acima da linha de inserção da musculatura, então normalmente vai drenar p dentro da cavidade bucal e por palatina, por estar abaixo da inserção do músculo e voltada para o osso palatino; o que não quer dizer que se essa lesão progredir ela pode acabar indo para a vestibular e romper a tábua óssea vestibular também, normalmente vai primeiro para o osso e tem um acesso mais rápido e continuando a crescer pode ir para vestibular. Espaços faciais primários: Temos q conhecer o músculo Bucinador, pois se drenar abaixo dele vai ser intrabucal e se ele drenar acima vai ser extrabucal. Se for um molar e drenar acima da inserção vai ser intrabucal, e se drenar abaixo da inserção vai ser extraoral. Se o molar inferior drenar para a lingual, se ele drena acima do milo-hióideo vai para o assoalho bucal, e assim meu acesso vai ser por dentro da boca. Se ele drenar abaixo do milo-hióideo, vai estar entre o milo-hióideo e a pele , o acesso vai ser extraoral. Se esse aqui(foto) drenar para a apalatina vai formar um abcesso no palato, e se drenar p dentro do seio(ou cavidades como órbita, região torácica e pulmonar) vai formar um empiema(mas pesquisei e achei empiema) q é uma infecção dentro de cavidade anatômica natural c formação de pus. Ex.: Se for por nariz-Embiema na cavidade nasal, se for na óbita-Embiema em órbita. Maxila: Tenho 3 espaços faciais primários: Canino, Infratemporal e Bucal. Helinaldo Corrêa da Conceição helinaldouea@gmail.com O Senhor Jesus é meu Mestre 1º-Espaço facial Canino: Fica entre o músculo levantador da boca e o lábio superior, geralmente o canino superior está envolvido, se o ápice do canino superior estiver acima da inserção desse músculo quando formar uma infecção de canino superior, ele chegar a formar pus e isso formar uma bolsa; essa bolsa vai se formar bem na asa lateral do nariz, ai vc vai fazer o acesso pelo násio extraoral. 2º -Espaço facial Infratemporal: Localizado posterior à Maxila, na região infratemporal; entre o arco zigomático, maxila e coronóide, q passa o músculo temporal, pterigoideo lateral e medial, essa é a área infratemporal. Geralmente está relacionado c 3º molar superior, eu ñ consigo ver e nem palpar isso clinicamente no paciente, pois está em “vitalidades ósseas”. Qual a dificuldade, por ex. paciente c trismo, o principal músculo q faz a boca abrir é o pterigoideo lateral, se ele está passando pela região infratemporal, e vc tem um siso incluso la, q por algum motivo revolveu infectar , ou por estar reabsorvendo a raíz do 2º molar ou dentro do seio maximar e causando sinusite, começou a acumular líquido e lesão la, o musculo vai ter dificuldade de trabalhar, é o q ocorre no caso do trismo pelo pterigoideo lateral, esse é um diagnóstico clínico e por imagem. 3º- Espaço facial Bucal (3º da maxila e 1º da mandíbula): Tanto da maxila como da mandíbula, pois tem origem no molares superiores e inferiores e sua relação é c o músculo Bucinador. Se a origem vem de molar sup. e está acima da inserção do Bucinador, vai drenar pela a maxila, fazendo um abcesso pela bochecha; se ele tem origem de molar e drenar abaixo da inserção do Bucinador, tmb vai formar um abcesso na bochecha, só q de origem d molar, tumefação abaixo do arco zigomático, ñ é por ser abaixo d zigomático q eu posso garantir q é d um molar d maxila, pode ser da mand. Relação Bucinador maxila e Bucinador mandíbula: Se a origem for de molar d maxila e drenar acima da inserção do bucinador vai p espaço facial primário Bucal. Se for de molar inferior e drenar p vestibular e abaixo da inserção do bucinador vai espaço facial primário Bucal da mandíbula. Mandíbula: Tenho 3 espaços faciais primários: Submentoniano, Submandibular e Sublingual. V) TRAUMATISMO DENTO-ALVEOLAR É um assunto multidisciplinar porque envolve diversas disciplinas ou especialidades para tentar exatamente para tentar inverter as diversas classificações voltadas para esse tipo de traumatismo. De Helinaldo Corrêa da Conceição helinaldouea@gmail.com O Senhor Jesus é meu Mestre modo que surpreendentemente esse foi um tema que foi sorteado no concurso de cirurgia da UEA. Portanto, esse assunto é muito vasto porque envolve: Dentística, Periodontia, Odontopediatria. Traumatismo dento alveolar na visão da cirurgia, principais causas: • Acidentes Automobilísticos (Moto principalmente). • Quedas esportes. VI) TRATAMENTOS CIRÚRGICOS DOS CISTOS ODONTOGÊNICOS Cisto => É uma cavidade patológica, com conteúdo fluido, semi fluido ou gasoso. Normalmente, por ser um cisto, também tem revestimento epitelial. Estatisticamente, é considerada uma das lesões mais comuns na cavidade bucal, principalmente os cistos de ordem inflamatória. Os cistos começam de maneira silenciosa, sem nenhuma manifestação clínica, dificilmente se tem uma sintomatologia, a não ser que ele infeccione, aumentando de volume ou que ele desloque estruturas nobres, dentes. À medida que ele cresce e toma espaço, desloca e empurra estruturas, causando uma deformação que pode chamar atenção exatamente pelo abaulamento da cortical óssea, começando a ser notado. Ele pode se exteriorizar, aumento de tamanho, de volume, rompe as corticais, chegando até um processo infeccioso a partir desta comunicação. Logo, o cisto tem esta característica de evolução, de começo silencioso, consegue-se detectar quando se tem um volume um pouco mais avantajado. Os cistos epiteliais odontogênicos são aqueles com maior incidência tanto na maxila, quanto na mandíbula. Dentre eles, os cistos de ordem inflamatória são os que aparecem com maior incidência, pela reação apical, reação periapical, causada por um processo carioso que invadiu a polpa, e este processo vai ter seu destino no ápice. O corpo, como tentativa até mesmo de barrar esta infecção, transforma a lesão em cisto radicular, cisto residual (após a remoção de um dente), e o cisto paradental. Os cistos inflamatórios são os que mais aparecem, encontra-se estes cistos em tratamento de rotina, como exodontias, tratamento endodôntico, região radiolúcida, densa, podemos sugerir que seja cisto. Uma imagem não confirma nada, quem confirma é o histopatológico. Houve uma mudança na classificação dos cistos, o Queratocisto Odontogênico passou a ser chamado, pela OMS, de Tumor Helinaldo Corrêa da Conceição helinaldouea@gmail.com O Senhor Jesus é meu Mestre Odontogênico Queratocisto. O Cisto Odontogênico Epitelial Calcificante passou a ser chamado de Tumor Odontogênico Calcificante Cístico. Estudos demonstraram que de acordo com seu desenvolvimento, não houve as características de um cisto, por isso foram classificados em outra ordem. Começando a planejar a cirurgia, precisamos fazer uma boa anamnese, exame físico, exames por imagem. Uma punção exploratória que você faz no ato da cirurgia, ou atémesmo num exame bucal, o conteúdo que vem dessa lesão pode sugerir a presença de uma lesão cística. Na maioria das vezes vem líquido um líquido característico de cisto, também pode estar infectado, mas não fecha diagnóstico. De qualquer forma, em se tratando em lesão com aumento de volume, temos que nos preocupar se aquilo não seja uma lesão tumoral, vascular (Hemangioma), então fazemos, como rotina, exames, em toda cirurgia que há sugestão de cisto. Biópsia para confirmar, remover parte da lesão, parte do tecido, manda para o laboratório e vem o laudo, daí partimos para a escolher, a melhor técnica para se tratar este cisto. O diagnóstico é fundamental, juntando todas as peças do quebra - cabeças, posso dar um diagnóstico e formular um prognóstico. A previsibilidade de sucesso é grande, no que diz respeito ao tratamento e ele não recidivar. Pode deixar sequelas, defeitos ósseos, mas é melhor do que ser uma lesão mais grave ou uma lesão maligna. Os exames por imagem nos sugerem, a literatura é muito claro quanto à imagenologia do cisto, uma imagem radiolúcida circunscrita, com um halo radiopaco. Associado a uma unidade dentária inclusa, impactada. Tudo isso junto, vai propor um diagnóstico e consequentemente o prognóstico. Claro, devemos levar em consideração uma tomografia, radiografia oclusal, radiografia panorâmica, radiografia periapical. A punção exploratória não necessariamente na hora da cirurgia, no exame bucal, para que se já tenha uma noção do que você possa estar encontrando, pode-se fazer a punção exploratória. Com esta técnica você vai fazer uma anestesia local, se for o caso, fazer um bloqueio. Normalmente se usa uma seringa de 20 ml, com uma agulha grossa, para que se consiga fazer a aspiração, pois o liquido cístico é muito viscoso. Perfura-se a cortical, se é que ela exista tanto maxilar quanto mandibular. Na mandíbula, em um cisto não se desenvolvendo para a cortical, fica difícil de fazer uma punção, então você faz via crista marginal, isso vai das condições que encontrarmos. Coloração normalmente amarelo-citrino ou cero-sanguinolento ou purulento, se ele estiver infectado. A obtenção de ar e sangue é negativa e punção negativa, provavelmente mostra que, não se trata de um cisto. Helinaldo Corrêa da Conceição helinaldouea@gmail.com O Senhor Jesus é meu Mestre Técnicas para tratamento de cistos Depois do diagnóstico formado, definido, essa escolha vai depender do tamanho da lesão, ou seja, de acordo com o volume, localização dessa lesão, esses fatores são importantes na escolha da técnica para escolha do tratamento de cisto. Temos técnicas isoladas e técnicas compartilhadas ou associadas. 1) Descompressão 2) Marsupialização 3) Tapizamento 4) Curetagem 5) Enucleação Posso começar com uma descompressão e depois completar com uma Enucleação, posso fazer uma marsupialização completando com uma Enucleação ou posso remover o cisto e também fazer uma curetagem, não somente com a cureta, mas posso pegar uma broca em baixa rotação, esférica e tentar descorticalizar um pouco as paredes do cisto. A descompressão é o próprio conceito de tratamento do cisto, tem que: descomprimir, diminuir aquela pressão interna, para que o tecido volte exatamente a se regenerar, principalmente o tecido ósseo, pois a reabsorção ocorre por expansão do conteúdo cístico e esse aumento de volume vai reabsorvendo estruturas ósseas. O conteúdo cístico vai cada vez mais se deteriorando e aumentado de volume. Sempre que fizer uma descompressão, tem que fazer Enucleação. Pode fazer marsupialização para não ter que fazer Enucleação depois. Se notar que houve uma fragmentação do conteúdo, tem que completar com curetagem. A marsupialização é uma forma de tratamento para alguns cistos e tumores odontogênicos, que foi descrita pela primeira vez por Carl Partsch em 1892. Esta técnica está indicada principalmente nos casos de cistos extensos, onde a cirurgia para remoção completa da lesão (Enucleação) poderia exigir a anestesia geral do paciente e aumentaria o risco de comprometimento de estruturas nobres próximas ao campo operatório como dentes, feixes vásculo-nervosos, seio maxilar, cavidade nasal, etc. A marsupialização consiste em estabelecer cirurgicamente uma comunicação entre a cavidade patológica e o meio bucal, eliminando a pressão hidrostática no interior do cisto, o que Helinaldo Corrêa da Conceição helinaldouea@gmail.com O Senhor Jesus é meu Mestre invariavelmente leva à redução progressiva da lesão. Dependendo do tamanho da comunicação estabelecida pela cirurgia e da sua localização, poderá ser necessária a confecção de um obturador para manutenção da patência da abertura cirúrgica. Em alguns casos a marsupialização leva a remissão completa da lesão, enquanto que em outros, apesar da diminuição da lesão, há a necessidade de um segundo procedimento para a Enucleação do remanescente cístico. A marsupialização é também empregada no tratamento dos tumores odontogênicos Queratocistos (Queratocistos odontogênicos) extensos. Estas neoplasias têm como uma das suas principais características a cápsula fina e friável. A marsupialização além de levar à regressão da lesão em decorrência da metaplasia das células do revestimento tumoral, pelo contato da superfície da lesão com a mucosa bucal, também causa o espessamento da cápsula, facilitando o procedimento cirúrgico de Enucleação e reduzindo a taxa de recorrência. A descompressão tem que diminuir a pressão interna faz uso de um dispositivo, colocar uma peça para que a cavidade fique aberta e o paciente venha a ficar lavando ou trocando o conteúdo, isso vai diminuir a pressão interna. A marsupialização não, eu removo parte da membrana cística junto com a membrana saudável que esteja recobrindo e eu suturo em volta da cavidade da membrana epitelial cística com a mucosa saudável. Figura marsupialização (Castro, 2014) O que queremos na marsupialização é a metaplasia => É uma alteração reversível na qual um tipo celular adulto (epitelial ou mesenquimal) é substituído por outro tipo celular adulto. Helinaldo Corrêa da Conceição helinaldouea@gmail.com O Senhor Jesus é meu Mestre Enucleação é a remoção toda, de tudo, fragmentada ou não, inteira ou não, depende da espessura. Normalmente os cistos de grande volume tem um epitélio bastante espesso, você consegue tirar ele inteiro. As lesões médias e pequenas se fragmentam dificilmente se consegue tirar ele todo. A descompressão é uma manobra conservadora, tem o objetivo de diminuir a pressão interna do cisto e provoca ou faz com que haja uma comunicação da cavidade cística com o meio bucal. É uma variação da marsupialização, pois nesta não há colocação de dispositivo, há uma sutura da mucosa saudável na membrana do cisto. Figura descompressão (Marzola, 2010) Indicada para lesões císticas de grande volume e que estejam próximas de estruturas nobres. Tenho um cisto, faço uma abertura para lavagem do conteúdo, drenagem, com o tempo a membrana cística vai reduzindo de tamanho. Ao mesmo tempo vai havendo a regeneração óssea. Vai chegar um ponto em que se eu não quiser mais manter o dispositivo, uma nova cirurgia vai ser feita, de Enucleação, para remover a membrana cística e promover o restante da regeneração. Se não fizermos a Enucleação, o cisto vai crescer novamente. Não é a técnica mais confortável para o paciente, pois para se alimentar ele precisa fechar o dispositivo. A técnica de tapizamento é indicada para cistos de grande volume, removendo a membrana cística e a tendência é que haja cicatrização por 2 ou 3ª intenção, pois vai haver uma epitalização daquela região, no caso óssea. Tem uma lesão extremamente volumosa, próxima a uma região nobre, como o canal mandibular, associada a um dente incluso. Faz-se a incisão, descompressão, no rebatimento se faz a osteotomia
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