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Membrana Celular - Bioeletricidade Membrana Celular - Bioeletricidade A diferença de potencial elétrico nas células é causado por uma distribuição de íons desigual entre os dois lados da célula (O interior é sempre mais negativo e o exterior sempre positivo. Célula - Bioeletricidade Em equilíbrio a diferença de potencial elétrico (DDP), através da membrana plasmática de células em repouso, é denominada POTENCIAL DE REPOUSO da membrana. POTENCIAL DE REPOUSO = FIXO. Membrana Celular - Bioeletricidade LEMBRE-SE: • A maioria da células tem um potencial de repouso inalterado, desde que não haja influência externa. • Este potencial de repouso varia de célula para célula. – Células musculares tem potencial mais negativo cerca de -90 mV,. – Células epiteliais o potencial de repouso pode chegar a -20 mV. – O potencial de repouso no neurônio oscila entre -70 e -80 mV. Membrana Celular - Bioeletricidade Células epiteliais Células musculares Neurônios 6 Como determinar o potencial elétrico das células teoricamente??? ➢ Para calcular o Potencial de Repouso de uma célula usa a equação desenvolvida por Goldman (1941) e Hodgkin & Katz (1949). ➢ A análise da permeabilidade levou a uma equação mais realística. ➢Nela considera na equação os termos PNa , PK e PCl que são as permeabilidades dos íons de Na, K e Cl através da membrana. ➢ Como a permeabilidade para os outros íons é desprezível, os termos referentes aos outros íons não são incluídos na equação. Equação de Goldman-Hodgkin-Katz (GHK) Potencial de Ação - Repouso Equação de Goldman-Hodgkin-Katz (GHK) Correção para a equação de Nernst foraCldentroKdentroNa dentroClforaKforaNa s ClPKPNaP ClPKPNaP Z mV V ][][][ ][][][ log 58 PNa , PK e PCl são as permeabilidades dos íons de Na, K e Cl respectivamente. Íon Concentração iônica intracelular [Íon]dentro (mM) Concentração iônica extracelular [Íon]fora (mM) Permeabilidade iônica (cm/s) Cl- 5 120 1.10-8 K+ 150 4 5.10-7 Na+ 15 145 5.10-9 Fonte: Garcia, E. A. C. Biofísica. Editora Savier, 2000 (pg. 10) Aplicando-se a equação GHK temos: VK - 83,5 mV, bem próximo ao valor determinado experimentalmente (de -85 a -95 mV). Potencial de Ação - Repouso foraCldentroKdentroNa dentroClforaKforaNa s ClPKPNaP ClPKPNaP log z mV V ][][][ ][][][58 Exemplo de aplicação da GHK http://www.physiologyweb.com/calculators/ghk_equation_calculator.html Potencial de Ação • A modificação do Potencial de Repouso em determinaddas células, • Fundamental para funções como: – CONTRAÇÃO MUSCULAR – DISTRIBUIÇÃO DE INFORMAÇÕES PELOS NEURÔNIOS – TRANSPORTE DE SUBSTÂNCIAS NOS TUBOS RENAIS E NA MUCOSA DO TRATO DIGESTIVO. • Isso gerado um potencial de ação…. Potencial de Ação Surge e se instaura entre as superfícies interna e externa da membrana quando ocorre um aumento brusco da permeabilidade da membrana ao sódio devido a algum estímulo (pressão, químico, térmico...). Potencial de Ação O potencial de ação é um evento de natureza elétrica que se inicia no ponto em que a célula é estimulada, e se estende por toda a célula, podendo-se propagar também para células vizinhas. Há células especiais, auto-excitáveis, que geram ritmicamente o potencial de ação - exemplos células que compõem tecidos com movimentos biológicos repetitivos : batimentos cardíacos. 13 Potencial de Ação Na+ K+ K+ Na+ K+ -70 0 +30 mv -50 1.DESPOLARIZAÇÃO REPOUSO 2.INATIVAÇÃO 3.REPOLARIZAÇÃO K+ K+ REPOUSO PL I ESTÍMULO Na+ Na+ Na+ A I II I A A AA A A A A A A GATE ATIVAÇÃO CANAL Na+: RESPONDE RÁPIDO À DESPOLARIZAÇÃO GATE INATIVAÇÃO CANAL Na+/ GATE ATIVAÇÃO CANAL K+: RESPONDE LENTAMENTE À DESPOLARIZAÇÃO Tempo (ms) ESTADO DOS CANAIS (Na+/ K+) DURANTE O POTENCIAL DE AÇÃO * Animação • Etapas do Potencial de Ação: – Repouso: é o potencial de repouso da membrana que se encontra polarizada. – Despolarização: aumento da permeabilidade da membrana ao íon sódio através da abertura dos canais de sódio e o influxo de sódio para dentro da célula. – Repolarização: diminuição da permeabilidade da membrana ao íon sódio e aumento da permeabilidade ao íon potássio – Hiperpolarização: não ocorre em todas as células, ocorrendo quando os canais de potássio ficam abertos mais tempo que o normal. Fase do Potencial de Ação Animação do funcionamento dos canais durante as fases de despolarização e repolarização. Os canais de Na+, dependentes de voltagem abrem-se, permitindo a elevação do potencial, gráfico ao lado. Vemos claramente os íons do Na+ (cargas positivas) entrando na célula, e o potencial de membrana respondendo a essa entrada no gráfico Nessa fase vemos a repolarização, onde as cargas positivas (indicadas em verde), devido aos íons de K+, saem da célula, concomitantemente temos a queda do potencial de membrana no gráfico ao lado. O canal de K+ também é indicado em verde. Esse canal fica aberto durante toda a fase de repolarização. V o lt a g e m ( m V ) Tempo(ms) Potencial de repouso Hiper-polarização Fonte: http://psych.hanover.edu/Krantz/neurotut.html Potencial de Ação Estímulos que podem deflagrar o potencial de ação Para você imaginar como acontece o impulso nervoso. A percepção da dor aguda quando um objeto pontiagudo entra em seu pé é causada pela geração de certos potenciais de ação em certas fibras nervosas na pele. Acredita-se que a membrana destas fibras possui canais de sódio que se abrem quando o terminal nervoso da célula é esticado. A cadeia inicial de eventos é assim: 1. Objeto pontiagudo entra na pele; 2. A membrana das fibras nervosas na pele é esticada; 3. Os canais permeáveis ao sódio (Na+) se abrem. 4. Surge o potencial de ação e ele se propaga. 18 Potencial de Ação Anestésicos locais: A anestesia local é resultado do bloqueio da transmissão sensitiva de uma área do corpo. Sabemos que a transmissão dessa informação se passa através do potencial de ação das células. Para impedir a formação do potencial de ação alguns anestésicos locais, tais como lidocaína ou benzocaína, bloqueiam os canais de Sódio (Na). Assim esses anestésicos bloqueiam ou reduzem a permeabilidade da membrana aos íons de sódio, suspendendo temporariamente o desenvolvimento dos potenciais de ação. Fase Potencial de Ação https://www.youtube.com/watch?v=sOSdF_xS-2Y https://www.youtube.com/watch?v=iC2AlRZvQnE Sinapse Nervosa/ Eletrocardiograma Eletrocardiograma ELETROCARDIOGRAMA É o registro elétrico cardíaco e é efetuado pelo equipamento chamado de eletrocardiógrafo, que possui um equipamento capaz de registar a diferença de potencial elétrico entre duas regiões onde foram aplicados eletrodos, isso possibilita o registo dos fenômenos elétricos cardíacos. ELETROCARDIOGRAMA ESTRUTURA DO CORAÇÃO E SEU FUNCIONAMENTO: 1 – Átrio Direito 2 – Átrio Esquerdo 3 – Ventrículo Direito 4 – Ventrículo Esquerdo ELETROCARDIOGRAMA PROPAGAÇÃO DO POTENCIAL DE AÇÃO NO MÚSCULO DO CORAÇÃO (MIÓCITOS CARDIÁCOS): ELETROCARDIOGRAMA PROPAGAÇÃO DO POTENCIAL DE AÇÃO NO MÚSCULO DO CORAÇÃO (MIÓCITOS CARDIÁCOS): Nó atrioventricular(AV) Nó sinoatrial (SA) ou marcapasso Fibras de condução atrial Feixe de His Ramo direito e esquerdo do Feixe de His Fibras de Purkinje Fase do Potencial de Ação – Músculo cardíaco 4 – Potencial de repouso. 0 – Inicio do Potencial de ação Canais de Na+ são abertos (entraNa). 1 – Fechamento dos Canais de Na+ e abertura dos canais de K+(sai K+) . 2 – Canais de K+ são abertos (sai K) e abre os canais de Ca++ (entra Ca++). 3 – Canais de Ca++ se fecham e K+ continuam aberto. 4 – Potencial de repouso. Eletrocardiograma O eletrocardiograma (ECG) é um exame de saúde empregado na área de cardiologia no qual é feito o registro da variação dos potenciais elétricos gerados pela atividade elétrica do coração em estado de repouso. Composto por 3 elementos principais: Onda P (traduz a ativação elétrica dos átrios, câmaras menores e superiores do coração), despolarização dos átrios direito e esquerdo. Complexo QRS (traduz a despolarização dos ventrículos, câmaras maiores e inferiores do coração) e despolarização sequencial das fibras do miocárdio ventricular Onda T (traduz a repolarização dos ventrículos). Ocasionalmente, uma onda u poderá ser visualizada num ECG normal. https://www.youtube.com/watch?v=PIyfkR7RNa4 Eletrocardiograma ELETROCARDIOGRAMA Normal Intervalo de P-R (3 a 5 quadrado) Intervalo QRS (menos de 3 quadrado) Intervalo de Q-T (8 a 10 quadrado) 30 Sinapse nervosa 31 Sinapse nervosa https://www.youtube.com/watch?v=fHRC8SlLcH0&t=53s Sinapses nervosas são os pontos onde as extremidades de neurônios vizinhos se encontram e o estímulo passa de um neurônio para o seguinte por meio de mediadores químicos, os neurotransmissores. As sinapses ocorrem no "contato" das terminações nervosas chamadas axônios, com os dendritos de outro neurônio. Onde ocorre a troca de informações entre duas células e assim os neurônios se comunicam com a célula alvo. Sinapse nervosa Neurônios – Como funcionam O neurônio é constituído por: corpo celular (onde se encontra o núcleo celular), Dendrites, Axônio. Célula do sistema nervoso responsável pela condução do impulso nervoso. Há cerca de 86 bilhões de neurônios no sistema nervoso humano. Sinapses Nervosa- Tipos Fonte: http://psych.hanover.edu/Krantz/neurotut.html Sequência de abertura de canais de Na+(em vermelho), seu fechamento e abertura dos canais de K+(em verde). O resultado é o aumento da concentração dos íons de Na+ no interior do axônio, o que aumenta o potencial de membrana promovendo a abertura de mais canais de Na+, o potencial de ação irá propagar-se ao longo do axônio, na direção do terminal devido a difusão interna. Propagação do Potencial de Ação - Sinapse Sequência de abertura de canais de Na+(em vermelho), seu fechamento e abertura dos canais de K+(em verde). O resultado é o aumento da concentração dos íons de Na+ no interior do axônio, o que aumenta o potencial de membrana promovendo a abertura de mais canais de Na+, o potencial de ação irá propagar-se ao longo do axônio, na direção do terminal devido a difusão interna. Propagação do Potencial de Ação - Sinapse https://www.youtube.com/watch?v=4p4GBvtl7X0 Potencial de Ação 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1: Potencial em repouso 2: Estímulo para despolarização 3: A membrana despolariza até o limiar (Os canais de Na+ voltagem dependente se abrem) 4: A entrada de Na+ despolariza a célula 5: Os canais de Na+ se fecham e abrem os canais de K+ 6: O K+ move-se da célula para o fluido extracelular 7: Os canais continuam abertos e mais K+ sai, hiperpolarizando a célula 8: os canais de K+ voltagem dependente se fecham e um pouco de K+ entra na célula 9: As células retornam a permeabilidade iônica de repouso (PMR) Garcia, E. A. C. Biofísica. Editora Savier, 2000. Purves, W. K., Sadava, D., Orians, G. H., Heller, H. G. Vida. A Ciência da Biologia. 6a ed. Artmed editora. 2002. Okuno E., Caldas, I.L.; Chow, C. – Física para Ciências Biológicas e Biomédicas – Ed. Habra Guyton e Hall - Fisiologia Médica - 9ª Edição Cap. 1-13 Referências
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