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Pontes e Grandes Estruturas MPhil. Sandro V. S. Cabral 1 Concepção Estrutural • Sumário • Sistemas estruturais • Seções transversais • Tipologia dos apoios • Dimensões mínimas • Pré-dimensionamento Prof. MPhil Sandro Cabral • Sistemas Estruturais Pontes em viga/treliça Pontes em pórtico Pontes em arco Pontes estaiadas Pontes pênseis Prof. MPhil Sandro Cabral Prof. MPhil Sandro Cabral Pontes em viga Vigas bi-apoiadas sem balanços (vãos <50m) Vigas bi-apoiadas com balanços Vigas contínuas Vigas Gerber 1 Concepção Estrutural Prof. MPhil Sandro Cabral Longarinas Transversinas Tabuleiro (laje/pista de rolamento Guarda rodas Parapeito Modelo de ponte viscinal Pontes contínuas Vãos extremos 20% menores do que os centrais Juntas nos tabuleiros: a cada 100m para aparelhos de apoio normais e até 400m para aparelhos de apoio especiais (à base de tefron) Cuidados com recalques Vãos até 300m Prof. MPhil Sandro Cabral Ponte Tancredo Neves (vão 220m) Prof. MPhil Sandro Cabral 1 Concepção Estrutural Prof. MPhil Sandro Cabral Pontes contínuas com mísula Pontes Gerber Comportamento próximo a vigas contínuas se os dentes são localizados nos pontos de momento fletor nulo Buscar-se um comportamento isostático Problemática com relação a manutenção e detalhamento Prof. MPhil Sandro Cabral Prof. MPhil Sandro Cabral Pontes em viga de maior vão 1 Concepção Estrutural Prof. MPhil Sandro Cabral Pontes em pórtico Não são comuns no Brasil Vencem grandes vãos como as em vigas contínuas Cuidados especiais necessários na transmissão de esforços entre a super e meso-estruturas Prof. MPhil Sandro Cabral Prof. MPhil Sandro Cabral 1 Concepção Estrutural Pontes em arco A forma contribui para a diminuição da flexão Vencem maiores vãos do que pontes em viga (até 500m) Altos custos de formas e cimbramentos Empuxos do arco resistidos por solos mais resistentes Pode ser executado com balanços progressivos com aduelas protendidas Prof. MPhil Sandro Cabral Prof. MPhil Sandro Cabral Prof. MPhil Sandro Cabral Prof. MPhil Sandro Cabral Prof. MPhil Sandro Cabral Ponte da Amizade (vão 290m) Prof. MPhil Sandro Cabral 1 Concepção Estrutural Pontes Estaiadas Vencem vãos maiores do que as pontes em arco Tipos de torres Prof. MPhil Sandro Cabral Tipos: a) Mono b) Harp (Harpa) c) Fan (Leque) d) Star (Estrela) Ponte Erasmus em Rotterdam (mono e leque com maior vão de 284m) Prof. MPhil Sandro Cabral Prof. MPhil Sandro Cabral Ponte sobre o rio Negro –AM (trecho estaiado com 400m) Ponte Rion-Antirion (Grécia) – maior vão 560m Prof. MPhil Sandro Cabral • Video: Construção de ponte estaiada com balanços Sucessivos (link do youtube https://www.youtube.com/watch?v=FbWckBa5SIc&t=37s ) Ponte Construtor João Alves – Aracaju – SE Prof. MPhil Sandro Cabral Ponte Construtor João Alves – Aracaju – SE (maior vão: 200m) Prof. MPhil Sandro Cabral • Detalhes construtivos dos cabos Em concreto Prof. MPhil Sandro Cabral Em aço Prof. MPhil Sandro Cabral Prof. MPhil Sandro Cabral Ponte Cabedelo-Lucena (arco+estaiada) Arcos em concreto armado Tabuleiro e superestrutura em aço Meso-estrutura em concreto e aço Infraestrutura não definida Maior vão: 430 m Retângulo navegável: 300x55m. Pilares árvore a cada 48m (vão no tabuleiro de 24m) Prof. MPhil Sandro Cabral 1 Concepção Estrutural Pontes Pênseis • São as pontes que vencem os maiores vãos do mundo • Recorde mundial: 2km (Ponte Akashi Kaikyo no Japão) • Acidente mais conhecido: Tacoma Narrows bridge (1940) • Deriva do conceito de funicular das forças (forma parabólica) • É composta de torres, cabos principais, pendurais, ancoragens e tabuleiro enrijecido (vigas de rigidez) Prof. MPhil Sandro Cabral Prof. MPhil Sandro Cabral Prof. MPhil Sandro Cabral • Estágios de construção Prof. MPhil Sandro Cabral • Video: Animação da construção de uma ponte pensil (link do youtube https://www.youtube.com/watch?v=_9hk6x3p1so&t=33s ) • Manutenção da ponte Hercílio Luz Prof. MPhil Sandro Cabral Prof. MPhil Sandro Cabral • Video: INOVAÇÃO!!!! Ponte pênsil com múltiplos vãos e fundações flutuantes. Link no youtube https://www.youtube.com/watch?v=EQn4mB6Zigw Prof. MPhil Sandro Cabral 1 Concepção Estrutural SEÇÕES TRANSVERSAIS • Para o tabuleiro em concreto as seções transversais podem ser em laje (maciça e vazada) e em viga (T ou celular) • Escolha da seção transversal: a) Vão e sistema estrutural b) Altura de construção disponível ou esbeltez desejada (lo/h).lo é a distancia entre momentos fletores nulo no diagrama de momentos devido a carga permanente. c) Processos de construção, meios disponíveis, equipamentos e outros fatores. d) Economia: seções mais esbeltas podem consumir mais aço mas também podem reduzir o custo de movimento de terra nos acessos, melhorar a estética e melhorar as condições de atendimento aos gabaritos. Prof. MPhil Sandro Cabral e) Relação carga móvel/carga permanente (q/g): valores altos, em concreto protendido, implica em alto consumo de concreto na parte tracionada. PONTES em LAJE • Indicada para vãos pequenos (<20m para tramo único e <30m para vãos contínuos com misula) • É especialmente indicada para pontes esconsas ou bifurcações de vias com largura variável • Seções variáveis são esteticamente mais atraentes • Possui elevado peso próprio e consumo de concreto • Para alturas maiores do que 60cm é preferível utilizar furos Prof. MPhil Sandro Cabral PONTES em VIGA • Seção T • Indicada para situações onde os momentos fletores dominantes são positivos • Para seções moldadas in loco é melhor utilizar apenas duas longarinas exceto para passarelas onde é melhor utilizar uma. • Para seções pré-moldadas é melhor utilizar várias longarinas • Seção Celular • Indicada para: Vigas contínuas Vigas curvas Tabuleiros com um único pilar central • Tendência em se utilizar apenas uma célula • Praticamente inevitável em balanços sucessivos e deslocamentos progressivos SEÇÕES TÍPICAS (EM LAJE E EM VIGA T) Prof. MPhil Sandro Cabral a) Laje b) Laje com furos c) T d) T com talas e) Multi-celular f) Bi-celular g) Unicelular h) Unicelular com diagonais Prof. MPhil Sandro Cabral 7x5.8m Prof. MPhil Sandro Cabral TIPOLOGIA DOS APOIOS • Aparelhos de apoio • Meso e infra-estrutura (encontro, pilares e fundações) 1 Concepção Estrutural Prof. MPhil Sandro Cabral • APARELHOS DE APOIO Fixos – rotação livre (metálicos ou de concreto) Móveis – rotação e translação livres, esforço horizontal desprezível (metálicos ou de concreto) Elásticos - rotação e translação livres, esforço horizontal considerável (elastômeros – neoprene). Aparelhos de apoio de aço (fixos e móveis) Prof. MPhil Sandro Cabral Aparelhos de apoio de concreto (fixos e móveis) Prof. MPhil Sandro Cabral Aparelhos de apoio elásticos (neoprene = elástomero à base de policloropleno) • APARELHOS DE APOIO ELÁSTICOS Baixos módulos de deformação transversal e longitudinal Tensão normal de compressão de serviço com valor comparável ao concreto Grande resistência às intempéries Prof. MPhil Sandro Cabral • Tipos de Neoprene Neoprene Neoprene fretado Neoprene com teflon Prof. MPhil Sandro Cabral • MESO E INFRA-ESTRUTURA Encontros – elementos de transição entre a ponte e o terrapleno, tendo a dupla função de suporte da superestrutura e proteção dos aterros. Prof.MPhil Sandro Cabral • MESO E INFRA-ESTRUTURA Pilares De estrutura reticulada De estrutura formada por lâminas Maciços (pouco utilizados) As seções transversais podem ser maciças, caixão ou celulares Prof. MPhil Sandro Cabral Prof. MPhil Sandro Cabral Terceira Ponte (Vitória-Vila Velha) Prof. MPhil Sandro Cabral Milau Viaduct (Norman Foster) Pilares celulares com 245 m de altura • MESO E INFRA-ESTRUTURA Fundações Diretas (sapatas e blocos) Estacas (pré-moldadas ou moldadas in loco) Tubulões (a céu aberto ou ar- comprimido) Especiais Escolha das fundações: Tipo de solo Presença de água Forma dos pilares Cargas atuantes Prof. MPhil Sandro Cabral Ensecadeira para fundações em ponte Prof. MPhil Sandro Cabral Prof. MPhil Sandro Cabral Tubulões a céu aberto e ar comprimido • Video: Tubulão em água Link no youtube https://www.youtube.com/watch?v=KKgTq8JievA Prof. MPhil Sandro Cabral DIMENSÕES MÍNIMAS Espessura de lajes maciças – trafego ferroviário- 15cm. Tráfego rodoviário – 15cm e demais casos – 12cm. Dimensões de lajes nervuradas: Espessura da mesa – 10cm ou a/12 Distância dos eixos das nervuras (a) <150mm Espessura da alma das nervuras – 12cm Lajes ocas Mesma dimensões das lajes nervuradas com espessura da mesa inferior mínima de 8cm. 1 Concepção Estrutural Prof. MPhil Sandro Cabral Prof. MPhil Sandro Cabral Prof. MPhil Sandro Cabral Vigas com seção retangular e nervuras das vigas com seção T, duplo T ou celular concretadas no local b w =20cm, podendo-se reduzir para b w =12cm vigas pré- moldadas da seção T ou duplo T, fabricadas em usina, com a utilização de técnicas adequadas e controle de qualidade rigoroso. Pilares com dimensão mínima de 40cm e esbeltez máxima de 25. Pilares celulares com esp. mínima de 20cm e quando executado com formas deslizantes aumentar para 25cm (acrescendo cobrimento de 2.5cm). Paredes estruturas com espessura mínima de 20cm e esbeltez máxima de 25. OBS: Aberturas permanentes obrigatórias em estruturas celulares NORMAS PERTINENTES NBR 6118:2014 – Projeto de estruturas de concreto – Procedimento NBR 6123:1988 – Forças devidas ao vento em edificações – Procedimento NBR 7187:2003 – Projeto de pontes de concreto armado e de concreto protendido - Procedimento NBR 7188:2013 – Carga móvel rodoviária e de pedestres em pontes, viadutos, passarelas e outras estruturas – Procedimento NBR 7189: 1985 – Cargas móveis para projeto estrutural de obras ferroviárias – Procedimento NBR 8681:2003 – Ações e segurança nas estruturas – Procedimento NBR 10839:1989 – Execução de obras de arte especiais em concreto armado e protendido NBR 12655:1996 – Concreto, preparo, controle e recebimento PRÉ-DIMENSIONAMENTO Pontes em laje: 1 Concepção Estrutural Prof. MPhil Sandro Cabral Pontes em viga: Obs: 1. Para pontes celulares estas relações podem ser diminuídas para 15 a18 para CA e 18 a 22 para CP em pontes rodoviárias. 2. É razoável admitir os valores inferiores para vigas isostáticas e superiores para vigas contínuas. Prof. MPhil Sandro Cabral Espessura da laje do tabuleiro Prof. MPhil Sandro Cabral • Pré-dimensionamento de pilares • Critério da esbeltez: l/b<25 • Critério da área suficiente: A>2P/fck • P=50000Ainf para pontes rodoviárias ou ferroviárias e P=1500Ainf para passarelas • fck min – tab. 7.1 da NBR 6118 • Ainf –área de influência fck mínimo (kg/cm2) Classe Tipo de ambiente CA CP I Rural e submerso 200 250 II Urbano 250 300 III Marinho e Industrial 300 350 IV Industrial e respingos de maré 400 400 b h D Prof. MPhil Sandro Cabral Exemplos: a) Pré-dimensione as lajes, vigas e pilares de uma ponte rodoviária em viga bi-apoiada em concreto armado com 30m de vão, altura do maior pilar de 20m e largura de 12.8m (duas faixas e dois acostamentos). b) O mesmo caso anterior mas para a ponte com vigas contínuas em concreto protendido. Prof. MPhil Sandro Cabral
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