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RESUMO LIVRO ENCOL

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Empresarial IV 
Resumo crítico do livro “Encol, o sequestro, tudo que você não sabia”
O livro “Encol, o sequestro, tudo que você não sabia” escrito por Pedro Paulo de Souza conta os verdadeiros motivos que levaram à falência um dos maiores conglomerados empresariais de capital privado do Brasil. O livro cria uma fluidez para que seja possível entender, por exemplo, seu surgimento, como foi montado, sobre o golpe dentro do Banco do Brasil para inviabilizar a Encol financeiramente, como também sobre as pessoas ambiciosas e tudo que levou a Encol à falência, prejudicando adquirentes de imóveis, funcionários da companhia, além do suicídio de funcionários do Banco.
De forma em volvente através de relatos de Pedro Paulo de Souza temos conhecimento do caso que envolveu a Encol com detalhes chocantes que não tinham sido mencionados antes, e de um ângulo interno.
Pedro Paulo de Souza veio de família humilde, passou dificuldades na infância, foi pra cidade grande estudar e para ele as opções eram ou fracassar e voltar para a casa dos pais ou vencer o enorme desafio e se formar em engenharia. Depois de formado não conseguiu uma remuneração boa, então veio para Goiânia. Aqui criou uma empresa de tacos para pisos, surgiu assim a Encol Engenharia e Comercio Ltda no dia 27 de julho de 1961. Tempos depois resolveu que a Encol seria uma empresa de construção civil, pois este era o grande alvo de Pedro. Muitos problemas surgiram inclusive com a ditadura, onde muitos pagamentos não saiam.
A Encol teve grandes oportunidades com a construção de casas e apartamentos, ganhando status de médio porte, assim abriram sua filial em Brasília. Com isso puderam sair das obras publicas e irem para o trabalho no setor privado. A primeira obra foi um edifico que esta na Av. Tocantins, aqui em Goiânia, e a partir daí vieram varias outras obras inclusive internacionais.
Com a chegada do Plano Real, depois do momento conturbado que o Brasil encontrava, veio um clima de confiança para o povo brasileiro, porém a situação da Encol também mudava devido à situação das instituições bancarias. Mudanças como prazos, juros, financiamentos e outras medidas que afetavam as empresas.
No dia 16 de março de 1999, Pedro Paulo de Souza, acionista majoritário da Encol, escutou em rede nacional sua prisão decretada assim como a falência da Encol. Nessa parte do livro começamos a entender tudo que levou a Encol a falência e o grande golpe que ela sofreu, onde dia 16 de julho de 1999 Pedro foi preso acusado de estelionato, sonegação, lesão internacional aos clientes da Encol, desvio de dinheiro para o exterior e outros crimes mais. 
Pedro Paulo de Souza começa a relatar todos os acontecimentos marcantes que viveu em todo processo de falência da Encol, ele mostra o envolvimento com a campanha do presidente Fernando Henrique Cardoso, o primeiro encontro em NY com Edson Soares Ferreira, que parecia ser um “expert” em finanças que o ajudaria na Encol em busca de financiamentos para regularizar toda situação, porém mais tarde percebemos que tudo fazia parte de um grade sequestro da empresa. A situação da Encol fica muito delicada devido às pessoas ambiciosas, que atrasaram e atrapalharam o funcionamento da empresa, no que diz respeito a quitar as dividas como ate mesmo para que pudesse crescer e se reerguer, muitos financiamentos foram negados, houve mudança em contratos e varias reportagens prejudicaram a empresa.
No livro podemos perceber quanta coisa ruim aconteceu, sem dar chances para a Encol se fortalecer. Muitos funcionários tiveram que sair da empresa, e ate mesmo Pedro Paulo teve que sair da presidência. A única solução oferecida a ele foi, através da ordem da diretoria do Banco do Brasil, que ele devia deixar tudo na mão de outras pessoas, para que assim a Encol tivesse uma chance de melhorar e receber investimento. Foi inegociável, era a única opção. Não querendo prejudicar a sua empresa, Pedro Paulo entregou a presidência. 
O Banco do Brasil teve papel de altíssima relevância na história da empresa, sendo que muitos fatos golpistas só foram descobertos na CPI e com a ajuda de funcionários de dentro do próprio Banco. Como tudo ficou fora de seu alcance, Pedro se tornou refém do golpe que já estava sendo tramado com o exclusivo objetivo de sequestrar a Encol, Edson Soares e Jorge Washington (presidente escolhido a dedo que o substituiu) foram os que mais afetaram a Encol.
Pedro reassumiu o comando da sua empresa, entrando mo meio de toda aquela confusão para ainda tentar salvar o que avia sobrado da sua empresa. Apenas em 2004 ficou sabendo de tudo que ocorreu na tentativa de que ele pedisse autofalência, aonde Edson Soares fez de tudo para que fosse decretada a autofalência. Assim se tivesse sido procedente e assinado ele seria mais uma fez prejudicado, pois Jorge Washington seria nada mais nada menos que o sindico da massa falida.
A solução foi então buscar a concordata, onde tinham dois anos para sanar a empresa e quitar todas as dívidas, e fez todo esforço possível para implantar um Plano de Recuperação Emergencial, um meio de solucionar a crise e voltar operar normalmente. Porém com a situação complicada dia 16 de março de 1999 foi decretada a falência, não sendo mais uma solução de crise e sim uma execução coletiva. Aqui fica claro para entender tudo que se estudou até o presente momento em empresarial, o momento é bastante delicado para a empresa, bem como o quanto é complexo para se buscar uma recuperação e como é desgastante o processo de falência, onde se percebe que isso afeta muitas pessoas. 
O livro foi escrito para mostrar os verdadeiros culpados, onde Pedro passou meses buscando por relatos de funcionários, provas, informações e documentos internos que apontavam que a diretoria do Banco do Brasil estava agindo de maneira criminosa contra a Encol e contra alguns funcionários do próprio banco. Muitos funcionários suicidaram, tiveram que procurar tratamentos médicos, ficaram depressivos, o prejuízo foi enorme e incalculável.
O juiz substituto Cloves Barbosa de Siqueira da 12ª Vara Federal Criminal no dia 02 de dezembro de 2015 decidiu absolver Pedro Paulo de Souza, Jair Antonio Bilachi (gerente da SAI) e Manoel Pinto de Souza Junior. Condenando Edson Soares Ferreira, Paulo Cesar Ximenes Alves Ferreira, Carlos Gilberto Gonçalves Caetano, João Batista Camargo, Ricardo Sergio de Oliveira, Hugo Dantas Pereira e Ricardo Alves da Conceição e assim a diretoria foi condenada por crime contra o sistema financeiro nacional, gestão temerária e crime de desvio de credito dos recursos do BNDS.
A Encol foi levada a falência por um desvio moral dos diretores do BB na condução de seus assuntos, foi tudo um grande golpe de mestre, de muita ganância, visando apenas interesses próprios. A meu ver concordo com Pedro quando ele diz que “todo mal causado à Encol, aos funcionários, clientes e ainda ao Banco do Brasil, poderia ser evitado se Edson fosse um homem honesto”.

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