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MECÂNICA DOS SOLOS AGDA CHRISTIE T. GUIMARÃES COMPACTAÇÃO DE SOLOS COMPACTAÇÃO DOS SOLOS Muitas vezes na prática da Engenharia Geotécnica, o solo de determinado local não apresenta as condições requerida pela obra. Pouco Resistente Muito compressível COMPACTAÇÃO DOS SOLOS Uma das possiblidades é tentar melhorar as propriedades de engenharia do solo local, lançando mão de técnicas de estabilização. Estabilização de Solos são procedimentos que visam melhorar as propriedades de resistência, deformabilidade e permeabilidade dos solos. COMPACTAÇÃO Compactação é o processo manual ou macânico que visa reduzir o volume de vazios do solo, através da expulsão dos vazios, melhorando as suas características de resistência, deformabilidade e permeabilidade. CURTO PRAZO ADENSAMENTO Adensamento é o processo de redução de vazios pela expulsão da água intersticial, natural ou artificialmente, em médio ou longo prazo. COMPACTAÇÃO A compactação objetiva, transformar o solos natural em um material mais denso, aumentando seu peso específico. Com isso ocorrem melhorias em suas propriedades, como aumento da resistência ao cisalhamento, redução na compressibilidade e permeabilidade. COMPACTAÇÃO Fatores fundamentais na compactação: − o teor de umidade do solo; − a energia empregada na aproximação dos grãos e que se denomina energia de compactação. COMPACTAÇÃO A maior aproximação e entrosamento das partículas, ocasiona um aumento da coesão e do atrito interno e, consequentemente, da resistência ao cisalhamento; Através do aumento da resistência ao cisalhamento, obter-se-á maior capacidade de suporte; − com redução do índice de vazios, a capacidade de absorção de água e a possibilidade de haver percolação diminuem substancialmente, tornando mais estável. APLICAÇÃO - aterros de barragens; - rodovias - ferrovias e autovias; - camadas de pavimentos rodoviários; - muros de arrimo; - reaterro de valas escavadas e etc. PRINCÍPIOS O engenheiro Americano Ralph Proctor (1933) estabeleceu os princípios básicos das técnicas de Compactação. “A densidade que um solo atinge quando compactado sob uma dada energia de compactação depende da umidade do solo no momento da compactação.” DENSIDADE SECA V P nγ V Ps d γ h%100 100 .γγ natd COMPACTAÇÃO DOS SOLOS ME-129/94 – COMPACTAÇÃO UTILIZANDO AMOSTRAS TRABALHADAS ME-162/94 – COMPACTAÇÃO UTILIZANDO AMOSTRAS NÃO TRABALHADAS Proctor P=2,5 kg 30,5 cm V 1.000 cm3 10 cm 12,7 cm AASHTO 15,2 cm 18,55 cmV 2.000 cm3 45,7 cm P=4,5 kg 6,35 cm 12,2 cm ENERGIA DE COMPACTAÇÃO CILINDRO ENERGIA DE COMACTAÇÃO NORMAL INTERMEDIÁRIO MODIFICADO GRANDE SOQUETE GRANDE GRANDE GRANDE Nº DE CAMADAS 5 5 5 Nº DE GOLPES 12 26 55 DISCO ESPAÇADOR 83,5 mm 83,5mm 83,5mm CURVA DE COMPACTAÇÃO s smax hot curva de saturação S = 100% teor de umidade h (%) ENERGIA DE COMPACTAÇÃO Os valores de PESO ESPECÍFICO SECO máximo são fundamentalmente função do TIPO de SOLO, da QUANTIDADE DE ÁGUA utilizada e da ENERGIA ESPECÍFICA aplicada pelo equipamento que será utilizado, a qual depende do tipo e peso do equipamento e do número de passadas sucessivas aplicadas. ENERGIA DE COMPACTAÇÃO A energia de compactação empregada em um ensaio de laboratório pode ser facilmente calculada mediante uso da seguinte equação: V nNhP E ONDE: P – peso do soquete (N) h – altura de queda do soquete (m) N – número de golpes por camada n – número de camadas V – volume do solo compactado (m3) ENERGIA DE COMPACTAÇÃO ALTURA (cm) BASE (cm) VOLUME (cm³) PESO (kg) SAPATA (cm) ALTURA (cm) PROCTOR NORMAL 11,7 10,2 940 2,5 5 30,5 25 3 6 PROCTOR MODIFICADO 11,7 10,2 940 4,5 5 45,7 55 5 27,2 MÉTODO A (DNER) 17,8 15,2 2.090 4,5 5 45,7 12 5 5,87 MÉTODO B (DNER) 17,8 15,2 2.090 4,5 5 45,7 26 5 12,73 SOQUETE EN nENSAIO CILINDRO TIPOS DE ROLOS • ESTÁTICOS Compreendendo os lisos de rodas de aço e suas variações (rolos grelha e de roda segmentada), os pé-de-carneiro. • VIBRATÓRIOS Com a vibração integrada aos vários tipos de rolo. • EQUIPAMENTOS DE PERCUSSÃO Soquete mecânicos ROLOS LISOS São constituídos de um cilindro metálico oco, usado para aplicar o esforço de compactação no solo, sendo encontrado na forma rebocável ou autopropulsora. Podem-se empregar vários tipos de lastro dentro do tambor (água, areia, pó-de- pedra etc). 15cm ROLOS LISOS ROLOS PNEUMÁTICOS Esses equipamentos podem ser divididos em rebocados e autopropulsores. Os primeiros rolos são mais leves 10 a 13 t e os mais novos mais pesados 8 a 36t. Neles a pressão de contato relaciona-se diretamente com a pressão de enchimento dos pneus (pneumático). 30 cm ROLO PNEUMÁTICO CAMADAS ATÉ 40 CM DE GRANULAÇÃO FINA E ARENOSA BASES E SUB-BASES CAPAS ASFÁLTICAS ROLOS PÉ-DE-CARNEIRO Uma máquina autopropelida (trator) ou rebocada, de compactação e terraplanagem, dotada de rolos com pequenos degraus em sua estrutura que garantem uma precisa compactação Consiste de um cilindro metálico oco em que na superfície se afixam peças metálicas denominadas pés ou patas, com comprimento na faixa de 15 a 25 cm. O peso desses equipamentos é da ordem de 3 a 12t. O diâmetro da tambor situa-se, em geral, entre 1 e 1,5m. ROLO PÉ-DE-CARNEIRO Pode ser vibratório ou não. O pé de carneiro compacta de baixo para cima. As patas do pé de carneiro penetram a camada solta superior e compactam a camada inferior. Quando o pé sai do solo ele joga para cima o material e o resultado é uma camada de material solto em cima. Espalhando mais material, este permanecerá solto e a máquina compactará a camada anterior. SOLOS NÃO ARENOSOS PÉ-DE-CARNEIRO ROLOS TANDEM É um tipo rolo compactador dotado de dois cilindros lisos, vibratórios ou não. Pelo fato de não ser dotado de pneus de borracha, é amplamente utilizado para compactação de camadas asfálticas, principalmente na finalização, por não deixar marcas de pneu no asfalto. CONTROLE DE COMPACTAÇÃO tipo de solo espessura da camada entrosamento das camadas número de passadas tipo de equipamento umidade do solo grau de compactação alcançado CUIDADOS 1. A espessura da camada lançada não deve exceder 30cm, a espessura da camada compactada deverá ser menor que 20cm; 2. Deve-se realizar a manutenção da umidade do solo o mais próximo possível da umidade ótima; 3. Deve-se garantir a homogeneização do solo a ser lançado, tanto no que se refere à umidade quanto ao material. O ideal é que o solo seja tratado na jazida. NA PRÁTICA 4. Coletam-se amostras de solo da área de empréstimo e efetua-se em laboratório o ensaio de compactação. 5. No campo, a proporção em que o aterro for sendo executado, deve-se verificar, para cada camada compactada, qual o teor de umidade empregado e compará-lo com a umidade ótima determinada em laboratório. Este valor deve atender a seguinte especificação: wcampo - 2% < wot < wcampo + 2%. 6. Determina-se também o peso especifico seco do solo no campo, comparando-o com o obtido no laboratório. Define-se então o grau de compactação do solo, dado pela razão entre os pesos específicos secos de campo e de laboratório (CG). Devem-se obter sempre valores de grau de compactação superiores a 95%. 7. Caso estas especificações não sejam atendidas, o solo terá de ser revolvido, e uma nova compactação deverá ser efetuada. NA PRÁTICA NA PRÁTICA Camada de sub leito ou reforço (esforços menores) GC ≥ 100% do proctor normal h ± 2% em torno da ótima Camada de base e sub base (esforços maiores)GC ≥ 100% do proctor intermediário h ± 1% em torno da ótima NÚMERO DE PASSADAS Com o progresso da compactação em campo, o número de passadas do rolo vai perdendo a sua eficiência na compactação do solo. Este número dependerá do tipo de solo a ser compactado, do tipo de equipamento disponível e das condições particulares de cada caso. No caso de grandes obras, empregam-se geralmente aterros experimentais para se determinar o número ótimo de passadas do rolo. EQUIPAMENTOS DE CAMPO I MOTONIVELADORA MOTONIVELADORA CAMINHÃO PIPA GRADE DE DISCOS CARREGADEIRA CAMINHÃO BASCULANTE INDÍCE SUPORTE CALIFÓRNIA ISC INDICE SUPORTE CALIFÓRNIA O Índice Suporte Califórnia (CBR) é utilizado como base para dimensionamento de pavimentos flexíveis. O ensaio CBR visa determinar: Propriedades expansivas do material; Índice Suporte Califórnia. solo Rp Rs % R R ISCCBR P s 100 brita padrão Porter (1929) – California Bearing Ratio (CBR) ou (ISC) Definição: relação entre resistências Permite avaliar a expansibilidade do solo quando saturado Pode ser realizado com amostras indeformadas e in situ CBR TRIPÉ PORTA - EXTENSÔMETRO IMERSÃO CORPO-DE-PROVA CILINDRO (d = 5 cm) SOBRECARGA ANELAR (4,5 kg) EXTENSÔMETRO (penetração) EXTENSÔMETRO (anel dinamométrico) MOLDE Tempo (min) Penetração Pressão Padrão (kg/cm2) mm pol 1,0 1,27 0,05 2,0 2,54 0,1 70 4,0 5,08 0,2 105 6,0 7,62 0,3 8,0 10,16 0,4 PRESSÃO PADRÃO CBR “IN SITU”
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