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UNICESUMAR – CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ 1 PRÓ-REITORIA ACADÊMICA DIRETORIA DE PLANEJAMENTO DE ENSINO Disciplina: Física I Professor: Claudio Ichiba Curso: Engenharia Civil Energia Mecânica CONSERVAÇÃO DA ENERGIA MECÂNICA Considere um objeto descendo um plano inclinado sem atrito que forma um ângulo com a horizontal a partir de uma velocidade 0v do alto do plano de uma altura h0 e que passa por um ponto de altura h com velocidade v (NUSSENZVEIG,2002), ver figura 120 Figura 120. A aceleração do corpo é dada por sen.ga g a sen . (128) O deslocamento s é dado por sen hh s s hh sen 00 . (129) Por meio da equação de Torricélli, equação (61), s.a.2vv 20 2 , e a substituição das equações (128) e (129), a descrição do movimento fica sen )hh( .sen.g.2vv 020 2 )hh(g.2vv 0 2 0 2 . (130) Separando os termos em instante final e inicial, tem-se UNICESUMAR – CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ 2 PRÓ-REITORIA ACADÊMICA DIRETORIA DE PLANEJAMENTO DE ENSINO 0 2 00 2 0 2 h.g2h.g.2v)hh.(g.2vv 0 2 0 2 h.g2vh.g.2v , e simplificando os dois lados da igualdade por 2, chega-se a 0 2 0 2 h.g 2 v h.g 2 v . (131) Este resultado é análogo a o de um objeto lançado com uma velocidade 0v em queda livre a partir de uma altura h0. Esse objeto passará por uma altura h com uma velocidade v , e uma aceleração g (aceleração da gravidade), ver figura 121 Figura 121. Que na descrição da equação de Torricélli, fica também )hh.(g.2vv 0 2 0 2 0 2 0 2 h.g 2 v h.g 2 v . (132) As equações (131) e (132) obtidas tanto na análise do plano inclinado sem atrito, quanto na queda livre (sem resistência do ar) são equivalentes, ou seja, se um objeto for abandonado de uma determinada altura em queda livre e outro for solto num plano inclinado da mesma altura e não houver qualquer força de resistência, ambos chegarão ao final numa mesma altura com a mesma velocidade. No entanto, isso não significa que farão os trajetos ao mesmo tempo, porque a trajetória de um é mais longo do que o outro (h – h0 < s) e aceleração de um é menor que a do outro (a < g), deste modo o tempo do objeto no plano inclinado é maior. A análise desses casos também se assemelha a outros como ilustrados na figura 122 UNICESUMAR – CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ 3 PRÓ-REITORIA ACADÊMICA DIRETORIA DE PLANEJAMENTO DE ENSINO Figura 122. A equação (131) ou (132) aplicável a esses casos mostra que a grandeza: h.g 2 v2 é constante, ou seja, o seu valor final é igual ao valor inicial, independentemente da trajetória, desde que não haja atrito ou resistência do ar. Esse resultado já era conhecido desde Galileu Galilei, numa abordagem que chegaria mais tarde ao conceito de inércia, como já visto anteriormente. No entanto, alguns contemporâneos e os que sucederam perceberam algo diferente do que havia apenas na equação (132). Para entender isso, considere uma abordagem proposta inicialmente por Descartes e que posteriormente foi analisada por Newton e por Leibniz: no MRU, tem-se a equação (48), vista anteriormente .ctevv 0 Se essa equação for multiplicada pela massa m do corpo em movimento, a igualdade continua valendo .ctev.mv.m 0 .cteQQ 0 Esse resultado nada mais é do que o princípio da conservação da quantidade de movimento, também discutido anteriormente (no módulo 9 da frente F11). No entanto, essa análise é feita livre da ação de uma força resultante externa. Se for considerado o MRUV, tem-se a equação (51) dada por t.avv 0 . Se essa equação for multiplicada pela massa m do corpo em movimento, a igualdade continua valendo t.a.mv.mv.m 0 t.FQQ 0 F t Q . Esse resultado simplesmente é a 2ª. Lei de Newton. Leibniz propõe também multiplicar a equação de Torricélli pela massa m do corpo em movimento que leva a s.a.m.2v.mv.m 20 2 . (133) UNICESUMAR – CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ 4 PRÓ-REITORIA ACADÊMICA DIRETORIA DE PLANEJAMENTO DE ENSINO Leibniz chama a grandeza m.v2 pela expressão vis viva - força viva, apresentada no módulo 31. Apesar de ter feito uma análise aparentemente semelhante a Newton, há algo fundamental que diferencia os dois processos: a de Newton foi uma análise vetorial, ou seja, o princípio da conservação da quantidade de movimento é o princípio da conservação de uma grandeza vetorial, por outro lado, a análise feita por Leibniz na equação de Torricélli é uma análise escalar, pois v2, v02 e a.s são grandezas escalares. A velocidade v é grandeza vetorial, no entanto, 22 vv é grandeza escalar, porque v.v representa a ação de um vetor sobre ele mesmo e isso não muda a sua direção e sentido, apenas a sua intensidade, ou seja, o seu módulo. Da mesma forma, s.as.a , pois representa a operação do vetor a na direção de s , que não muda a sua orientação. Esse tipo de multiplicação é chamado de produto escalar de duas grandezas vetoriais e seu resultado é uma grandeza escalar. Essa observação é verdadeiramente importante, porque mostra a expressão vis viva – força viva = m.v2 inadequada. Força é grandeza vetorial e m.v2 é grandeza escalar. Porém, a atitude de Leibniz, propõe uma abordagem que será mais bem compreendida posteriormente por: Daniel Bernoulli (1700 - 1782), Lazare Nicolas Marguérite Carnot (1753 - 1823), Gaspard de Coriolis (1792-1843), Thomas Young (1773-1829) e William Thomson - Lord Kelvin (1824-1907). Cada um contribuiu de modo significativo para que o conceito vis viva evoluísse e modificasse para a expressão energia mecânica Em. Nessa evolução, a equação (132) oriunda dos casos das figuras 120 e 121, acabou por ser multiplicada pela massa m do corpo em movimento, a ficar 0 2 0 2 h.g.m 2 v.m h.g.m 2 v.m , (134) Na qual, a grandeza h.g.m 2 v.m E 2 m (135) é a definição da energia mecânica, e ela é conservada na medida em que o corpo se movimenta sem a ação de forças de atrito ou de resistência do ar. Deste modo, o trabalho de todos esses ilustres personagens da ciência leva outro princípio fundamental da natureza: o princípio da conservação da energia mecânica: A energia mecânica do sistema é constante desde que não haja forças dissipativas. A equação (135) mostra que a energia mecânica possui dois termos independentes: mv2/2 e m.g.h. Se h = 0, o corpo ainda possui energia mecânica , da mesma forma se v = 0. Cada um se apresenta como uma forma da energia mecânica independente da outra. Essas formas são denominadas de: - energia cinética: 2 v.m K 2 ; (136) - energia potencial gravitacional: h.g.mU . (137) Obs. velocidade e altura são grandezas relativas a um referencial, portanto as medidas da energia cinética e energia potencial são também relativas a um referencial. Assim, a equação (135) pode ser escrita na forma final: UKE m . (138) O princípio da conservação da energia mecânica é um caso particular de outro princípio maior, discutido anteriormente, o princípio da conservação da energia. UNICESUMAR – CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ 5 PRÓ-REITORIA ACADÊMICA DIRETORIA DE PLANEJAMENTO DE ENSINOSistema Conservativo Um sistema é chamado conservativo quando não há ação de forças dissipativas, como atrito ou a resistência do ar, deste modo é válido o princípio da conservação da energia mecânica, e numa análise mais ampla também é obedecido o princípio da conservação da energia. Todavia, este último é sempre obedecido, qualquer que seja o sistema mesmo quando há forças dissipativas, pois se a energia mecânica não é conservada, a energia como todo o é, o atrito ao dissipar parte daquela energia a transforma em energia térmica. Sendo assim, pela análise da equação (134) que foi obtida em qualquer um dos casos ilustrados nas figuras 120, 121 e 122, pode-se chegar a seguinte conclusão: Num sistema for conservativo a energia mecânica será a mesma independentemente do caminho a ser seguido desde o ponto inicial até o final. Veja o caso do pêndulo da figura 123 Figura 123. Se o corpo de massa m sair do ponto A numa altura hA com velocidade vA, passar por B numa altura hB com velocidade vB e passar pelo ponto C numa altura hC com velocidade vC, sem qualquer força dissipativa, então a energia mecânica é constante, ou seja, )C(m)B(m)A(m EEE )C()C()B()B()A()A( UKUKUK )C( 2 )C( )B( 2 )B( )A( 2 )A( h.g.m 2 v.m h.g.m 2 v.m h.g.m 2 v.m . (139) Este resultado mostra que se v(A) = 0 e v(C) = 0, então h(A) = h(C), ou seja, se o corpo for abandonado no ponto A então ele chegará no ponto C no máximo à mesma altura de onde saiu e jamais passará desse ponto (inclusive esse resultado já havia sido obtido por Galileu numa época em que nem se existia o conceito de energia). Neste sentido, o princípio da conservação da energia mecânica mostra que durante o movimento há contínua transformação de energia potencial gravitacional em energia cinética, e vice-versa. O responsável por essas transformações é a força peso, uma força externa, porém não é dissipativa, mas ao contrário, é uma força conservativa. UNICESUMAR – CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ 6 PRÓ-REITORIA ACADÊMICA DIRETORIA DE PLANEJAMENTO DE ENSINO Gráfico da Energia Mecânica Graficamente se for analisado medida da energia cinética (K), da energia potencial gravitacional (U) e da energia mecânica (Em) entre os pontos A, B e C do gráfico 41 se obtém os gráficos Gráfico 41. Gráfico 42. Gráfico 43. UNICESUMAR – CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ 7 PRÓ-REITORIA ACADÊMICA DIRETORIA DE PLANEJAMENTO DE ENSINO Energia Mecânica e Colisões Nas colisões perfeitamente elástica, perfeitamente inelástica e semi-elásticas sempre é válido o princípio da conservação da quantidade de movimento, da mesma forma é válido o princípio da conservação da energia, no entanto, o princípio da conservação da energia mecânica se aplica somente à colisão perfeitamente elástica, pois nesse caso o coeficiente de restituição = 1, caracteriza a restituição integral de toda energia mecânica. Deste modo, na colisão semi-elástica há perda de energia mecânica e na colisão perfeitamente inelástica há muita perda de energia mecânica. O princípio mais geral de conservação de energia é válido sempre, deste modo, com exceção da colisão perfeitamente elástica, as colisões transformam parte da energia mecânica em outras formas de energia, como térmica, sonora, entre outras. Exercícios de Propostos 01. Um corpo é abandonado de uma altura de 20m em relação ao solo. Admitindo g = 10m/s2, desprezando a resistência do ar e utilizando o Princípio da Conservação da Energia Mecânica, determine a velocidade com que ele atinge o solo. 02. (GASPAR) A figura a seguir representa um pêndulo balístico. Um projétil de massa 20g é disparado horizontalmente contra um bloco de madeira de massa 5,0kg suspenso, em repouso. Após o impacto, o projétil se aloja no bloco e ambos sobem uma altura h = 20 cm. a) Qual é a velocidade do conjunto imediatamente após o choque? b) Qual a velocidade do projétil ao atingir o bloco? (Admita g = 10m/s2.) 03. Uma esfera de massa m desliza, com atrito desprezível, ao longo de um trilho em laço, conforme a figura abaixo. A esfera parte do repouso no ponto y = 4R acima do nível da parte mais baixa do trilho. Assinale a alternativa que mostra os valores corretos para a velocidade da esfera (vx) e da força normal (fn) exercida sobre a esfera, no ponto x (ponto mais alto da trajetória circular): UNICESUMAR – CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ 8 PRÓ-REITORIA ACADÊMICA DIRETORIA DE PLANEJAMENTO DE ENSINO a) gR4v x ; fn = 4mg b) gR4v x ; fn = 3mg c) gR3v x ; fn = 4mg d) gR3v x ; fn = 3mg e) gR2v x ; fn = 2mg 04. (GASPAR) Um corpo cai sobre uma plataforma apoiada numa mola e volta (veja a figura abaixo). Ele pode atingir na volta uma altura maior do que aquela de que foi abandonado? Justifique. 05. Numa situação real, no lançamento oblíquo de projéteis, a energia mecânica inicial é maior, menor, ou igual a energia mecânica final. Justifique. 06. Um corpo de massa 2,0 kg está caindo com velocidade de 6,0m/s e está a 1,5m de altura do solo. Admitindo g = 10m/s2, determine a sua energia mecânica. 07. (HEWITT) Um professor de física demonstra a conservação de energia soltando um pêndulo pesado, como mostra a ilustração, permitindo que ele oscile para frente e para trás. O que aconteceria se, em seu entusiasmo, ele desse um ligeiro empurrão na bola do pêndulo quando esta deixasse seu nariz? Explique. UNICESUMAR – CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ 9 PRÓ-REITORIA ACADÊMICA DIRETORIA DE PLANEJAMENTO DE ENSINO 08. (HEWITT) Considere duas bolas idênticas, soltas na pistas A e B a partir do repouso, como mostrado. Quando elas alcançarem as extremidades finais das pistas, qual será mais veloz? 09. Um carrinho de massa m = 300kg percorre uma montanha russa cujo trecho BCD é um arco de circunferência de raio R = 5,4m, conforme a figura adiante. A velocidade do carrinho no ponto A é vA = 12m/s. Considerando g = 10m/s2 e desprezando o atrito, calcule; a) a velocidade do carrinho no ponto C; b) a aceleração do carrinho no ponto C; c) a força feita pelos trilhos sobre o carrinho no ponto C. 10. (HEWITT) Considere um aparelho com um conjunto de pêndulos com bolas. Se duas bolas são erguidas e liberadas, o mometum (quantidade de movimento) é conservado quando duas bolas saltam do outro lado com a mesma rapidez no impacto das bolas que foram liberadas. Mas o momentum também seria conservado se apenas uma bola saltasse do outro lado com o dobro da rapidez. Explique por que isso jamais ocorre? HEWITT, PAUL G. – Física Conceitual. 9ª. Edição, Bookman Companhia Editora, Porto Alegre, RS, 2002, p. 130. UNICESUMAR – CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ 10 PRÓ-REITORIA ACADÊMICA DIRETORIA DE PLANEJAMENTO DE ENSINO Teorema da Energia Cinética Quando um objeto acelera, ele ganha energia cinética. Este ganho vem do trabalho realizado sobre ele. O trabalho é resultado de alguém que está gastando sua energia, que por sua vez está sendo transferida para o objeto. Por exemplo, quando você arremessa uma bola de boliche, no momento inicial ela está em repouso na sua mão, em seguida o seu corpo gasta energia na forma de trabalho sobre a bola, esta recebe essa energia convertida na forma de energia cinética que é acrescida à energia inicial. Deste modo, com mais energia cinética ela sai de sua mão com maior velocidade. Resumidamente o ganho de energia que a bola teve, provém do trabalho que você realizou sobre ela, ver figura 124 Figura 124. Sendo o trabalhomecânico (W) igual a variação da energia mecânica (Em), mEW , oriundo do processo de transformação, e usando a definição de energia mecânica, tem-se )UK(UKEEEW )0()0()0(mmm )0()0( UUKKW , (140) como U = U – U(0) = 0, pois não há mudança na sua energia potencial, logo a equação (140) passa a expressar a transformação de trabalho em energia cinética dada por KW , (141) ou seja, o trabalho mecânico é igual à variação da energia cinética, também chamado de teorema da energia cinética. UNICESUMAR – CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ 11 PRÓ-REITORIA ACADÊMICA DIRETORIA DE PLANEJAMENTO DE ENSINO De forma análoga, acontece quando essa bola pára após rolar sobre o piso durante certo tempo. A sua energia cinética, nesse caso, foi dissipada pelo trabalho da força de atrito, ou seja, a energia cinética se transformou em trabalho do atrito. E o que aconteceu com o trabalho do atrito? Essa energia se transformou em energia térmica que é dissipada para o ambiente, processo chamado calor. Quanto maior é a energia cinética de um objeto, maior será o trabalho necessário para detê-lo. Se a energia cinética for o dobro, então o trabalho também será o dobro. Quando um automóvel é freado sua energia cinética se transforma em trabalho da força de atrito que ao mesmo tempo transforma isso em energia térmica dissipada para o meio, na figura 125 mostra o disco de freio em brasa de um carro de corrida quando ele é freado http://splashandgo.zip.net/images/brakes-renault.jpg Figura 125. Trabalho da Força Resultante Usando a equação (141), num corpo como o da figura 126 Figura 126 se obtém 2 v.m 2 v.m KW 2 0 2 202 vv 2 m W , (142) UNICESUMAR – CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ 12 PRÓ-REITORIA ACADÊMICA DIRETORIA DE PLANEJAMENTO DE ENSINO Substituindo a equação de Torricélli – equação (61), s.a.2vv 20 2 , na equação (142), o trabalho mecânico fica 2020 vs.a.2v 2 m W s.a.mW , (143) Mas, F = ma é a 2ª lei de Newton e definição da força resultante, logo substituindo essa definição na equação (143), se obtém Ks.FW . (144) Esse resultado mostra que ação de uma força resultante F sobre um corpo ao longo de um deslocamento s , é o resultado da realização de um trabalho mecânico W que fornece ao corpo uma quantidade de energia cinética Ec. No caso da força resultante ser oposta ao movimento, tem-se W = - K, este resultado significa que o corpo sofreu uma perda energia cinética. Sendo assim, a equação (144) expressa plenamente o teorema energia cinética, cujo enunciado é: O trabalho da força resultante que atuam sobre um corpo ao longo de um deslocamento é igual à variação da energia cinética sofrida por esse corpo. O trabalho W é grandeza escalar, pois não possui direção e sentido, portanto o produto s.Fs.F é chamado de produto escalar de duas grandezas vetoriais e é uma grandeza escalar. Como dito anteriormente, o produto escalar significa a ação de um vetor ao longo da direção de outro vetor. Como essa ação de um vetor não modifica a direção e o sentido deste último vetor, pois atua ao longo deste, não possui direção e sentido, por isso é uma grandeza escalar. Assim, a força resultante F que age num deslocamento s , é o trabalho W. Exercícios Propostos 01. Um automóvel que tem velocidade igual a 30km/h necessita de uma certa distância para parar. Se esse mesmo automóvel estiver com velocidade igual a 60km/h, então qual será a distância necessária para parar, caso ele venha a frear da mesma forma? 02. Um automóvel de 1000 kg com velocidade de 36km/h é acelerado até atingir a velocidade de 108km/h. Qual é o trabalho necessário para isso acontecer? 03. Um projétil de massa 10 g com velocidade v0 = 600m/s colide com um bloco de gel balístico (gel que possui propriedades físicas parecidas com os órgãos em geral do corpo), ver figura a seguir. Ele penetra 10cm até parar. Determine a força de resistência que o gel produz para frear o projétil. UNICESUMAR – CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ 13 PRÓ-REITORIA ACADÊMICA DIRETORIA DE PLANEJAMENTO DE ENSINO 04. Um automóvel de massa 1000 kg tem velocidade de 36km/h quando acelera e atinge uma velocidade de 72km/h. Qual o trabalho da força resultante que atua sobre o automóvel? 05. Uma pessoa em repouso sobre um piso horizontal observa um cubo, de massa 0,20 kg, que desliza sobre o piso, em movimento retilíneo de translação. Inicialmente, o cubo desliza sem atrito, com velocidade constante de 2 m/s. Em seguida, o cubo encontra pela frente, e atravessa em linha reta, um trecho do piso, de 0,3 m, onde existe atrito. Logo após a travessia deste trecho, a velocidade de deslizamento do cubo é de 1 m/s. Para aquele observador, qual foi o trabalho realizado pela força de atrito sobre o cubo? 06. Um veículo está rodando à velocidade de 36 km/h numa estrada reta e horizontal, quando o motorista aciona o freio. Supondo que a velocidade do veículo se reduz uniformemente à razão de 4 m/s em cada segundo a partir do momento em que o freio foi acionado, determine a) o tempo decorrido entre o instante do acionamento do freio e o instante em que o veículo pára; b) a distância percorrida pelo veículo nesse intervalo de tempo. 07.Uma bala de 20 g, com velocidade de 1000 m/s, atinge e penetra 10 cm uma parede horizontalmente. Determine o trabalho realizado pela parede sobre a bala. Dado: 1 g = 10-3kg. 08.Um carro movendo-se possui energia cinética. Se ele acelera até ficar duas vezes mais rápido, quanta energia cinética ele possui, comparativamente? 09. Um bola de tênis de 100 g de massa antes de bater na raquete tem uma velocidade de 20m/s. Imediatamente após a batida tem velocidade de 40m/s. Determine: a) o trabalho realizado pela raquete; b) o ganho de energia cinética que ela teve. 10. (HEWITT) Um carro que viaja numa rodovia horizontal com rapidez v pisa nos freios e derrapa até parar. Se a força de atrito sobre o carro valer metade do peso do carro, quão longe ele derrapará? UNICESUMAR – CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ 14 PRÓ-REITORIA ACADÊMICA DIRETORIA DE PLANEJAMENTO DE ENSINO Teorema da Energia Potencial Gravitacional Considere um objeto sendo elevado de uma altura h0 para uma altura h > h0 com velocidade constante, por exemplo, como num guindaste. Para isso acontecer um trabalho foi realizado sobre ele, ver figura 127 Figura 127. Sendo o trabalho mecânico (W) igual a variação da energia mecânica (Em), mEW , oriundo do processo de transformação e usando a definição de energia mecânica, tem-se )UK(UKEEEW )0()0()0(mmm )0()0( UUKKW , (145) como K = K – K(0) = 0, pois não há mudança na sua energia cinética (v = cte), logo a equação (145) passa a expressar a transformação de trabalho em energia potencial gravitacional dada por UW , ( 146) ou seja, o trabalho mecânico é igual à variação da energia potencial gravitacional, também chamado de teorema da energia potencial. A ação da força F foi equilibrada pela força peso P , pois, a aceleração e a força resultante foram nulas. Porém, essa força F forneceu ao objeto energia potencial gravitacional que fica armazenada até que seja necessária para produzir movimento. Quando esse objeto é abandonado desta altura h, se for desprezada a resistência do ar, ele cai em queda livre. Durante a queda a força peso realizaum trabalho que gasta aquela energia potencial gravitacional. Ao longo da queda, esta energia é transformada pelo trabalho do peso em energia cinética Ec, conservando assim a energia mecânica Em do corpo. Se a colisão com o chão for totalmente elástica haverá restituição total da energia, assim, o objeto retorna até a altura h para recomeçar tudo novamente. Se a colisão for parcialmente elástica, parte dessa energia mecânica irá se transformar em energia térmica (calor) que é dissipada para o ambiente, a outra parte será restituída e fará o objeto subir uma altura menor do que a anterior. A cada nova queda o objeto subirá uma altura menor até que toda energia mecânica seja convertida em energia térmica. Se a colisão for inelástica, então de imediato a energia mecânica se transforma integralmente em energia térmica. UNICESUMAR – CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ 15 PRÓ-REITORIA ACADÊMICA DIRETORIA DE PLANEJAMENTO DE ENSINO Trabalho da Força Peso ou Força Resultante na Queda Livre Usando a equação (146), num corpo em queda livre como o da figura 128 Figura 128 se obtém )h.g.mh.g.m(UW 0 , (147) o valor negativo se refere à perda da energia potencial, assim a equação (147) fica )hh.(g.mW 0 , (148) Substituindo a equação da força peso, P = -m.g, com P = F = força resultante e s = h – h0, na equação (148), o trabalho mecânico fica Us.FW . (149) Sendo assim, a equação (149) expressa plenamente o teorema energia potencial, cujo enunciado é: O trabalho da força peso que atua sobre um corpo ao longo de um deslocamento é igual a menos à variação da energia potencial sofrida por esse corpo. O resultado da equação (149) mostra que a ação da força resultante F , nesse caso a força peso P , sobre um corpo ao longo de um deslocamento s na queda livre, realiza um trabalho mecânico W que significa um consumo de uma quantidade de energia potencial gravitacional U. Esse sinal negativo tem grande importância porque ele dá significado ao que está acontecendo. Perceba que ao longo da queda numa análise feita pela equação (144), KW ,há um ganho de energia cinética que o corpo teve entre os instantes inicial e final, e numa análise pela equação (149), UW , há um gasto de energia potencial que o corpo teve entre os mesmos instantes. Se forem somadas essas duas equações para se obter o trabalho total WT, tem-se 0)U(KW T , (150) UNICESUMAR – CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ 16 PRÓ-REITORIA ACADÊMICA DIRETORIA DE PLANEJAMENTO DE ENSINO isto mostra que o trabalho total é nulo, ou seja, se o sistema não tem um saldo de energia mecânica, então ela foi conservada. Isso significa que a força peso P é uma força conservativa e o sistema é chamado de sistema conservativo. No caso de haver atrito com o ar a K < U, então o trabalho total seria dado por 0)U(KW T . (151) O sinal negativo desse resultado mostra uma perda de energia mecânica devido a uma força dissipativa – a força de atrito do ar, cujo trabalho pode ser obtido por s.FW )a()a( , (152) na qual, W(a) é o trabalho da força de atrito e F(a) é a força de atrito. Resumidamente, o trabalho da força peso pode ser: a) negativo – quando o corpo é elevado, pois o seu sentido é oposto do deslocamento, enquanto a variação da energia potencial é positiva (há um ganho); b) positivo – quando o corpo desce, pois o seu sentido é a favor do deslocamento, enquanto a variação da energia potencial é negativa (há um gasto). Exercícios Propostos 01. Um guindaste eleva a velocidade constante, um corpo de massa 500 kg do chão até uma altura igual a 20m. Considere g = 10m/s2. a) Qual é o trabalho realizado pelo guindaste? b) Quanta energia potencial o corpo passou a ter? 02. Uma pessoa de 60 kg deve subir 5 andares de um edifício, cada andar tem 3 m. Determine quanta energia potencial essa pessoa irá adquirir? Por que o trabalho total realizado pelo corpo da pessoa não é igual ao trabalho mecânico? 03. Determine a energia potencial de um objeto de 20 kg que é elevado até uma altura de 2m. Dado: g = 10m/s2. 04. Um bate-estacas está sendo usado para fincar uma estaca no solo. O peso do bate-estacas é abandonado, sucessivamente, de duas alturas diferentes. UNICESUMAR – CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ 17 PRÓ-REITORIA ACADÊMICA DIRETORIA DE PLANEJAMENTO DE ENSINO a) Em qual caso a estaca penetrará mais no solo ao ser atingida pelo peso? b) Então, em qual situação o peso do bate-estaca possuía maior energia potencial gravitacional? 05. Uma pequena bola de borracha, de massa 50g, é abandonada de um ponto A situado a uma altura de 5,0 m e, depois de chocar-se com o solo, eleva-se verticalmente até um ponto B, situado a 3,6m. Considere a aceleração local da gravidade 10m/s2. a) Calcule a energia potencial gravitacional da bola nas posições A e B. Adote o solo como nível horizontal de referência para a medida da energia potencial; b) Por que motivo a bola não subiu até a altura inicial? Proponha uma explicação. 06. Um menino, situado no alto de um edifício, cuja altura é 8,0 m, deixa cair um corpo de massa m = 10kg. (Considere g = 10m/s2.) a) Qual é a Ep gravitacional do corpo, no alto do edifício? b) Qual é a Ep gravitacional do corpo ao passar por um ponto B, situado a uma altura hB = 2,0m acima do solo? c) Qual o trabalho realizado pelo peso do corpo no deslocamento de A para B? 07. Um lustre , de massa m = 2,0 kg, desprende-se do teto, caindo sobre o chão da sal, de uma altura há = 3,0m. a) Qual era a energia potencial do lustre em relação ao chão, quando ele se encontrava no teto? b) Qual é o trabalho que a força peso irá realizar sobre o lustre até o chão? c) Qual será a variação da energia cinética do lustre do teto ao chão? d) Qual será a velocidade do lustre ao chegar ao chão? 08. Uma caixa d’água, cuja capacidade é de 2000L, está situada a 6,0m de altura acima de um reservatório. Uma bomba, funcionando durante 20minutos, eleva verticalmente a água, enchendo completamente a caixa. Calcule o trabalho realizado pela bomba para elevar a água até a caixa? Dado: densidade da água = 1kg/L. UNICESUMAR – CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ 18 PRÓ-REITORIA ACADÊMICA DIRETORIA DE PLANEJAMENTO DE ENSINO Trabalho de Uma Força Constante Quando se estudou o princípio da conservação da quantidade de movimento se definiu que a taxa de variação da quantidade de movimento p de um corpo ou sistema varia apenas quando há ação de uma força resultante externa F em relação ao tempo expressa por dt pd F . Desta definição, se construiu o conceito de impulso dt.FI , cujo significado é: as mudanças no movimento de um objeto dependem tanto da força como de quão longa é a sua atuação, que neste caso significa: duração de sua ação. No entanto, o “quão longo” também pode significar distância. Deste modo, os teoremas das energias cinética e energia potencial, mostraram pelas equações (144), Ks.FW ,e (149), Us.FW , que uma força que atua ao longo de uma distância também produz mudança no movimento, mas nesse caso, uma mudança na sua energia cinética e/ou potencial. Essa mudança é chamada de trabalho W. Se a força F for constante e tiver a mesma direção e sentido do deslocamento s , ver figura 129 Figura 129. O trabalho W é definido na forma generalizada .s.FW (153) No entanto, se a força F atuar numa direção diferente de s , então o trabalho será realizado pelacomponente de F na mesma direção de s , ver figura 130 Figura 130. No caso a intensidade da componente xF é dada por F F cosθ x cos.FFx . (154) ‘ Substituindo a equação (154) na equação (153) se obtém cos.s.FW . (155) O cosseno do ângulo pode variar de -1 ≤ ≤ 1, deste modo, o trabalho pode variar de: - F.s ≤ W ≤ F.s Nos casos em que = 90º ou = 270º , o cos 90º = cos 270º = 0, logo W = 0. UNICESUMAR – CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ 19 PRÓ-REITORIA ACADÊMICA DIRETORIA DE PLANEJAMENTO DE ENSINO Gráfico Força x distância Considere uma força constante atuando sobre um corpo ao longo do seu deslocamento. Esse movimento pode ser descrito pelo gráfico a seguir: Gráfico 44. Com relação a isso, ao considerar a equação (153) pode-se perceber que a medida da força F corresponde à medida da altura do retângulo formado abaixo da linha do gráfico e o deslocamento s é a base deste retângulo, deste modo, multiplicando-se a base pela altura, obtém-se a área geométrica do gráfico. Por conseguinte, isso corresponde à medida do trabalho realizado pela força em questão, ver gráfico 45 Gráfico 45. UNICESUMAR – CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ 20 PRÓ-REITORIA ACADÊMICA DIRETORIA DE PLANEJAMENTO DE ENSINO Diferença entre Impulso e Trabalho Apesar das analogias feitas no início deste módulo entre impulso e trabalho, há uma diferença significativa em seus conceitos: impulso é grandeza vetorial, deste modo, na sua definição a força F é a força resultante externa que modifica o movimento, portanto não se determina o impulso de cada força que atua num corpo, mas sim o impulso da força resultante; de outra forma, trabalho é grandeza escalar, portanto, pode haver trabalho de qualquer força que atue no corpo ao longo do deslocamento, assim, o trabalho total é a soma algébrica dos trabalhos realizados por todas as forças. Para entender isso, reveja o caso do teorema da energia potencial, ver figura 131 Figura 131. Neste caso, o corpo foi elevado da altura h0 até a altura h por uma força F constante para cima de intensidade igual ao seu peso, consequentemente a força resultante foi nula e não houve impulso, mas houve trabalho tanto da força para cima quanto da força peso. Se o trabalho da força para cima foi WF = m.g.h e o trabalho do peso foi WP = -m.g.h, então o trabalho total aparentemente deveria ser nulo. Sendo assim, como explicar o acréscimo de energia potencial que o corpo adquiriu? Essa confusão surge quando se considera apenas a análise vetorial das forças envolvidas, por exemplo, no caso a força resultante é nula, portanto o seu trabalho é nulo. De fato o é. No entanto, há mais coisas a serem consideradas. Primeiro, considere que o corpo seja lançado para cima com velocidade v0 sem ação da força F ou de forças dissipativas, como o atrito com o ar, portanto age sobre ele apenas a força peso P . Neste caso, o corpo inicialmente possuía uma quantidade de energia cinética. Durante a subida, a força peso oposta ao movimento realiza um trabalho igual a WP = - m.g.h = -K. O sinal negativo representa que o trabalho da força peso exauriu a energia cinética que havia no corpo até atingir a altura máxima, porém, devido o princípio da conservação da energia mecânica a exaustão da energia cinética não significa o seu desaparecimento, mas sim sua conversão em energia potencial gravitacional, ou seja, o trabalho da força peso, apenas serviu para transformar a energia cinética em energia potencial gravitacional. Se compararmos a energia mecânica no início do movimento com a do final, não se perceberá qualquer acréscimo ou decréscimo, pois o sistema é conservativo, e a força peso, como já se sabe não é uma força dissipativa. Apesar de haver uma força resultante, no caso a força peso, e de haver um trabalho dessa força, o sistema não sofre nenhum acréscimo na energia mecânica, ou seja, para a quantidade total da energia mecânica, o trabalho da força resultante não modificou nada, aliás foi o UNICESUMAR – CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ 21 PRÓ-REITORIA ACADÊMICA DIRETORIA DE PLANEJAMENTO DE ENSINO responsável pela sua manutenção. Segundo, considere apenas a ação da força F constante vertical para cima com valor igual ao peso do objeto, mas sem de fato existir a ação da gravidade. Neste caso, o corpo iria acelerar para cima com aceleração de módulo igual a g. Essa aceleração faria a velocidade do corpo aumentar de um valor v0 para um valor v > v0, consequentemente, o corpo aumentaria a sua energia cinética K e não aumentaria a sua energia potencial devido à ausência da aceleração da gravidade. Se fosse comparada a energia mecânica inicial com a final, haveria uma diferença entre elas, ou seja, a força F não é uma força conservativa e o corpo teria um ganho de energia mecânica, ou, no caso energia cinética. Terceiro, considere a ação da força F constante vertical para cima, com o corpo iniciando o seu movimento com uma velocidade inicial v0 que se mantém constante e sob ação da gravidade. Este caso, que é o da figura 131, é uma mescla entre os dois anteriores, mostra que a força F não é uma força conservativa e produziria um acréscimo na energia cinética do corpo. No entanto, a ação da força peso é conservativa e impede esse aumento de velocidade e, por conseguinte, um aumento na energia cinética, pois a força resultante dessas forças para cima e para baixo se anulam. Pelo teorema da energia cinética não houve trabalho da força resultante. Isto é verdade, no entanto, a energia mecânica não é feita apenas da energia cinética, mas também da energia potencial, que nesse caso teve um ganho, portanto houve trabalho. Esse trabalho é o acréscimo de energia que a força F faria em energia cinética, que foi impedido pela força peso, que por sua vez transformou esse acréscimo em energia potencial gravitacional. Por fim, de onde veio a energia da forca F ? Veio do esforço de quem levantou o corpo, ou seja, alguém levantou a massa e gastou energia para fazê-lo e nesse processo houve trabalho. Essa discussão foi necessária para mostrar e reforçar o que foi dito no módulo 31: o trabalho é o processo pelo qual uma energia se transforma em outra, ou é uma maneira de transferir energia de um lugar para outro. Sem transformação ou transferência não há trabalho. Exercícios Propostos 01. Um homem puxa a sua mala de viagem por meio de um fio com uma força F de intensidade 100N. O fio forma com a horizontal um ângulo de 60º. Determine o trabalho realizado pela força F para um deslocamento de 20m. 02. Um pingo de chuva massa 5,0.10-5 kg cai com velocidade constante de uma altitude de 120 m, sem que sua massa varie, num local onde a aceleração da gravidade g é 10m/s². Nestas condições, a força de atrito Fa do ar sobre a gota e a energia Ea dissipada durante a queda são respectivamente: a) 5,0.10-4 N e 5,0.10-4 J. b) 1,0.10-3 N e 1,0.10-1 J. c) 5,0.10-4 N e 5,0.10-2 J. d) 5,0.10-4 N e 6,0.10-2 J. e) 5,0.10-4 N e 0 J. 03. Numa câmara frigorífica, um bloco de gelo de massa m=8,0kg desliza sobre rampa de madeira da figura a seguir, partindo do repouso, de uma altura h=1,8m. UNICESUMAR – CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ 22 PRÓ-REITORIA ACADÊMICA DIRETORIA DE PLANEJAMENTO DE ENSINO a) Se o atrito entre o gelo e a madeira fosse desprezível, qual seria o valor da velocidade do bloco ao atingir o solo (ponto A da figura)? b) Entretanto, apesar de pequeno, o atrito entre o gelo e a madeira não é desprezível, de modo que o bloco de gelo e chega à base da rampa com velocidade de 4,0m/s. Qual foi a energiadissipada pelo atrito? 04. Um homem empurra um carro de mão (carriola) com uma força de 500N inclinada em 30º com a horizontal. Determine o trabalho realizado por essa força se o deslocamento for de 100m. 05. Um bloco de10 kg desce um plano inclinado com atrito desprezível. O plano forma um ângulo de 60º com a horizontal e seu comprimento é de 10m. Determine: a) a força resultante; b) o trabalho da força resultante; c) A velocidade do bloco ao final do plano se ele partiu do repouso. 06.Um objeto de 20kg desliza um plano inclinado com velocidade constante. O plano forma com a horizontal um ângulo de 30º. Sendo a altura do plano 2m e g = 10m/s2, determine: a) A intensidade da força de atrito (Dica: decomponha P em Px e Py); b) A energia potencial inicial; c) O comprimento do plano inclinado; d) A energia dissipada pelo atrito; e) A velocidade final do objeto. 07. Por que a força da gravidade não realiza trabalho sobre (a) uma bola de boliche rolando sobre a pista e (b) um satélite em órbita circular ao redor da Terra? 08. Por que a força da gravidade realiza trabalho sobre um carro enquanto ele desce uma colina, mas não enquanto ele está percorrendo um trecho horizontal da estrada? 09. Um corpo de massa 2 kg é abandonado no alto de um piano inclinado, a 30 m do chão, conforme a figura. 30m 30 o Na ausência de atrito e imediatamente após 2 s de movimento, calcule as energias: a) cinética; b) potencial. F = 500N 30 o UNICESUMAR – CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ 23 PRÓ-REITORIA ACADÊMICA DIRETORIA DE PLANEJAMENTO DE ENSINO 10. Um sistema mecânico faz com que um corpo de massa Mo, após um certo tempo em queda, atinja uma velocidade descendente constante Vo devido ao efeito do movimento de outra massa m, que age como freio. A massa m é vinculada a uma haste H, presa ao eixo E de um cilindro C, de raio Ro, conforme mostrado na figura a seguir. Quando a massa Mo cai, desenrola-se um fio que movimenta o cilindro e o eixo, fazendo com que a massa m descreva um movimento circular de raio Ro. A velocidade Vo é mantida constante, pela força de atrito, entre a massa m e a parede A, devido ao coeficiente de atrito μ entre elas e à força centrípeta que age sobre essa massa. Para tal situação, em função dos parâmetros m, Mo, Ro, Vo, μ e g, determine: NOTE E ADOTE: O trabalho dissipado pela força de atrito em uma volta é igual ao trabalho realizado pela força peso, no movimento correspondente da massa Mo, com velocidade Vo, a) o trabalho Tg, realizado pela força da gravidade, quando a massa Mo, percorre uma distância vertical correspondente a uma volta completa do cilindro C. b) o trabalho TA, dissipado pela força de atrito, quando a massa m realiza uma volta completa. c) a velocidade Vo, em função das demais variáveis. UNICESUMAR – CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ 24 PRÓ-REITORIA ACADÊMICA DIRETORIA DE PLANEJAMENTO DE ENSINO Trabalho de Uma Força Variável e Teorema da Energia Potencial Elástica Força Elástica – Lei de Hooke Robert Hooke (1635 - 1703) em 1676 publicou um trabalho na qual apresentava um tipo de força variável que surgia a partir de corpos elásticos. Corpos elásticos são objetos que ao sofrerem deformações tendem a retomar a forma original espontaneamente. Em seu estudo, ele observou que o comportamento mecânico de uma mola - um corpo elástico - seguia uma lei, na qual a força necessária para deformá-la era diretamente proporcional a deformação. Para ilustrar isso, considere um exemplo de uma mola que está suspensa numa base metálica presa em uma de suas extremidades, ver figura 132 Figura 132. Na extremidade livre inferior da mola, pendura-se um corpo pesado, ver figura 133 Figura 133. A mola alonga-se até a força exercida por ela, chamada força elástica, .E lastF , equilibrar a força peso, P , que atua sobre o corpo a ficar numa posição de equilíbrio (O), ver figura 134 UNICESUMAR – CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ 25 PRÓ-REITORIA ACADÊMICA DIRETORIA DE PLANEJAMENTO DE ENSINO Figura 134. A força elástica é proporcional a deformação que a mola sofreu e é definida pela lei de Hooke dada por x.kF .Elast (156) Onde k é a constante elástica da mola e x é a deformação da mola ou deslocamento, o sinal negativo indica que a força elástica tem sentido oposto à deformação. Se a força peso fosse maior, então a força elástica e a deformação seriam também maiores. Para se produzir uma força elástica, também se pode associar várias molas. Basicamente há duas formas distintas de associação: em série e em paralelo. Associação de Molas em Série Duas molas são associadas em série, quando a extremidade de uma está ligada ao começo da outra, ver figura 135 (a), cada uma pode ter constantes elásticas distintas ou não. A característica fundamental dessa forma de associação é que a força elástica é a mesma em ambas as molas associadas. Considere as molas associadas da figura 135 (b) com massas desprezíveis. Figura 135. UNICESUMAR – CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ 26 PRÓ-REITORIA ACADÊMICA DIRETORIA DE PLANEJAMENTO DE ENSINO A mola superior suporta o peso P do corpo, portanto sua força elástica para no equilíbrio dever ser PF .Elast . Da mesma forma, a mola inferior também suporta o mesmo peso. No entanto, cada uma sofre sua própria deformação, a primeira, uma deformação x1, cujo módulo é dado por 1 .Elast 1 k F x ; (157) a segunda, uma deformação x2, cujo módulo é dado por 2 .Elast 2 k F x ; (158) e ambas se comportam como se fossem uma só com deformação total xT, cujo módulo é dado por T .Elast T k F x , (159) na qual kT é a constante elástica da mola equivalente ao conjunto. A deformação total é a soma da deformação da primeira mola com a da segunda, ou seja 21T xxx . (160) Substituindo as equações (157), (158) e (159) na equação (160) se obtém 2 .Elast 1 .Elast T .Elast k F k F k F , (161) simplificando a FElast em ambos os membros se tem 21T k 1 k 1 k 1 . (162) Essa equação possibilita determinar a constante elástica kT de uma mola equivalente ao conjunto de molas associadas em série. Se no conjunto houver n molas associadas em série, a equação (162) pode ser generalizada para n21T k 1 ... k 1 k 1 k 1 . (163) Associação de Molas em Paralelo Duas molas são associadas em paralelo, quando as suas extremidades estão ligadas aos mesmos suportes das outras, ver figura 136 (a), cada uma pode ter constantes elásticas distintas ou não. A característica fundamental dessa forma de associação é a deformação de todas serão iguais. Considere as molas associadas da figura 136 (b) com massas desprezíveis. UNICESUMAR – CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ 27 PRÓ-REITORIA ACADÊMICA DIRETORIA DE PLANEJAMENTO DE ENSINO Figura 136. Neste caso, cada mola suporta uma parte do peso, portanto, a mola de constante k1 exerce uma força elástica 1F ,cujo módulo é dado por 12.1 x.kF ; (164) a mola de constante k2 exerce uma força elástica 2F ,cujo módulo é dado por 22.2 x.kF ; (165) e ambas se comportam como se fossem uma só com força elástica TF , cujo módulo é dado por TT.T x.kF ; (166) na qual kT é a constante elástica da mola equivalente ao conjunto. Aforça elástica total é a soma das forças elásticas de cada mola, ou seja 21T FFF . (167) Substituindo as equações (164), (165) e (166) na equação (167) se obtém 2211TT x.kx.kx.k , (168) simplificando xT , com x1 e x2, pois são iguais em ambos os membros se tem 21T kkk , (169) Essa equação possibilita determinar a constante elástica kT de uma mola equivalente ao conjunto de molas associadas em paralelo. Se no conjunto houver n molas associadas em série, a equação (169) pode ser generalizada para n21T k...kkk . (170) UNICESUMAR – CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ 28 PRÓ-REITORIA ACADÊMICA DIRETORIA DE PLANEJAMENTO DE ENSINO Trabalho de Uma Força Variável No caso de uma força variável que atua na direção do deslocamento, o trabalho pode ser calculado por meio de um gráfico que descreva como essa força varia ao longo do deslocamento, ver gráfico 46 Gráfico 46. Foi visto anteriormente que se a força for constante ao longo do deslocamento, o trabalho é determinado pela área geométrica do retângulo formado pelo gráfico. No entanto, o gráfico 46 descreve uma força variável, mas que pode ser tratado da seguinte forma: decompor a curva do gráfico em trechos menores de deslocamentos iguais de força constante, ver gráfico 47 Gráfico 47. Neste caso, a curva foi fragmentada em quatro trechos menores, em cada um foi considerado um deslocamento com uma força constante igual um valor médio da força neste intervalo. Em cada um, UNICESUMAR – CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ 29 PRÓ-REITORIA ACADÊMICA DIRETORIA DE PLANEJAMENTO DE ENSINO pode-se calcular o trabalho de sua correspondente força média. A as quatro forças produzem quatro trabalhos, ver gráfico 48 Gráfico 48. Nesse procedimento o trabalho total WT não é o trabalho realizado pela força variável WF, no entanto, é um valor aproximado, dado por: F4321T WWWWWW . (172) Apesar do resultado ser aproximado, esse mesmo procedimento sugere como se pode diminuir essa diferença: basta fragmentar o deslocamento em trechos ainda menores, ver gráfico 49 Gráfico 49. O trabalho total WT ainda não é o trabalho realizado pela força variável WF, no entanto, é um valor mais próximo, dado por: F87654321T WWWWWWWWWW . (173) UNICESUMAR – CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ 30 PRÓ-REITORIA ACADÊMICA DIRETORIA DE PLANEJAMENTO DE ENSINO Neste raciocínio, quanto mais fragmentar o deslocamento em intervalos menores, mais próximo WT estará de WF. Sendo assim, se for fragmentado em n partes WT pode ser descrito na forma Fn21T WW...WWW , (174) ou melhor na forma F n 1i iT WWW , (175) Na qual, o símbolo (sigma maiúsculo do alfabeto grego) significa somatório, um somatório de valores de W que vão de um primeiro com índice i = 1 até o último com índice i = n (o índice i enumera os diferentes trabalhos). Apesar disso tudo, equação (175) ainda é um valor aproximado. Para se chegar ao valor exato, deve-se fragmentar o deslocamento em intervalos ainda menores de modo que n e s 0 (n tende ao infinito e s tende ao limite zero), ver gráfico 50 Gráfico 50. Que pode ser expressa na forma geométricaáreads.FW T , (176) Teorema da Energia Potencial Elástica Um aplicação simples da equação (176) em que a força é variável, é o caso de um sistema formado por uma mola de constante elástica k que sofre uma deformação x. A lei de Hooke expressa pela equação (156), tem módulo cujo valor é dado por x.kF .Elast , (177) O gráfico dessa função do 1º grau da força F(x) em função de x é dado por UNICESUMAR – CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ 31 PRÓ-REITORIA ACADÊMICA DIRETORIA DE PLANEJAMENTO DE ENSINO Gráfico 51. Neste caso, o trabalho dessa força pode ser calculado pela equação (176), que é simplificada na forma da área de um triângulo, Gráfico 52. Cujo valor é dado por 2 x.k.x 2 F.x W .Elast . 2 x.k W 2 (178) Por definição UNICESUMAR – CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ 32 PRÓ-REITORIA ACADÊMICA DIRETORIA DE PLANEJAMENTO DE ENSINO )0(mmm EEEW . (179) Se for considerado um sistema na qual uma mola é esticada e em repouso conforme a figura 137 Figura 137. A equação (178) substituída na equação (179) fica )0()0( 2 KUKU 2 x.k . (180) Como K = K(0) = 0 e U(0) = 0, logo 2 x.k U 2 . (181) Este resultado mostra que há outra forma de energia potencial que pode ser armazenada em corpos elásticos. Ela é chamada de energia potencial elástica e a equação (181) é chamada de teorema da energia potencial elástica. Exercícios Propostos 01. (GASPAR) A mola da figura abaixo sofre um alongamento de 5,0 cm quando solicitada por uma força de 2,5N. Determine: a) a constante elástica dessa mola em N/m; b) o alongamento sofrido por essa mola quando solicitada por uma força F = 6,0 N; c) a energia potencial elástica quando a mola é alongada 10 cm. 02. Uma partícula que se deslocava em movimento retilíneo e uniforme, com velocidade v0=3m/s no sentido positivo do eixo X, sofre a ação da força F(x), que atua na direção x e que varia com o gráfico abaixo: F UNICESUMAR – CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ 33 PRÓ-REITORIA ACADÊMICA DIRETORIA DE PLANEJAMENTO DE ENSINO Se a massa da partícula é 0,5 Kg, pede-se: a) calcule o trabalho realizado por esta força sobre a partícula. b) calcule a velocidade da partícula no ponto x1=4m. 03. Um bloco de 4,0 kg de massa, e velocidade de 10m/s, movendo-se sobre um plano horizontal, choca- se contra uma mola, como mostra a figura Sendo a constante elástica da mola igual a 10000N/m, o valor da deformação máxima que a mola poderia atingir, em cm, é a) 1 b) 2 c) 4 d) 20 e) 40 04. A figura a seguir apresenta gráficos da relação entre a força F aplicada a uma mola e o alongamento x dessa mola para cinco tipos diferentes de molas (I, II, III, IV, V). F (N) x(m)1 x =21 3 x =420 1 2 3 4 v UNICESUMAR – CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ 34 PRÓ-REITORIA ACADÊMICA DIRETORIA DE PLANEJAMENTO DE ENSINO A mola que apresenta maior constante elástica é a) I. b) II. c) III. d) IV. e) V. 05. Estica-se certa mola com uma força F, que depende do deslocamento conforme o diagrama abaixo. O trabalho realizado pela força aplicada, entre as posições x = 0 metros e x = 1,21 metros será, em joules, de : a) 12,5 b) 24,9 c) 6,23 d) 11,5 06. Um corpo de massa m se move ao longo do eixo x sob a ação de uma força F , cujo módulo é representado no gráfico a seguir, em função do módulo do deslocamento. Tanto a força F quanto o deslocamento x possuem a mesma direção e o mesmo sentido. A partir da análise do gráfico, pode-se afirmar que o trabalho realizado pela força ao deslocar o corpo desde a origem até a posição x' é a) 'x'F 2 1 b) F’x’ c) 2F’x’ d) (F’x’)2 e) (F’x’)1/2 10,3 F(N) x (m)1,210 UNICESUMAR – CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ 35 PRÓ-REITORIA ACADÊMICA DIRETORIA DE PLANEJAMENTO DE ENSINO 07. Uma massa m = 40 kg, encontra-se suspensa ao conjunto de molas ilustrado na figura abaixo, Suas constantes elásticas são k1 = k2 = 30N/m. a) Calcule a constante elástica total equivalente do conjunto; b) Calcule adeformação do sistema no equilíbrio; c) Calcule a energia potencial elástica do sistema. 08. Num conjunto arco e flecha, a energia potencial elástica é transformada em energia cinética da flecha durante o lançamento. A força da corda sobre a flecha é proporcional ao deslocamento x, como ilustrado na figura. a) Quando a corda é solta, o deslocamento é x = 0,6 m e a força é de 300 N. Qual a energia potencial elástica nesse instante? b) Qual será a velocidade da flecha ao abandonar a corda? A massa da flecha é de 50 g. Despreze a resistência do ar e a massa da corda. 09. Sensores de dimensões muito pequenas têm sido acoplados a circuitos microeletrônicos. Um exemplo é um medidor de aceleração que consiste de uma massa m presa a uma micromola de constante elástica k. Quando o conjunto é submetido a uma aceleração a , a micro-mola se deforma, aplicando uma força elF na massa (ver diagrama abaixo). O gráfico ao lado do diagrama mostra o módulo da força aplicada versus a deformação de uma micro-mola utilizada num medidor de aceleração. UNICESUMAR – CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ 36 PRÓ-REITORIA ACADÊMICA DIRETORIA DE PLANEJAMENTO DE ENSINO a) Qual é a constante elástica k da micro-mola? b) Qual é a energia necessária para produzir uma compressão de 0,10 m na micromola? c) O medidor de aceleração foi dimensionado de forma que essa micromola sofra uma deformação de 0,50 m quando a massa tem uma aceleração de módulo igual a 25 vezes o da aceleração da gravidade. Qual é o valor da massa m ligada à micromola? REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BASSALO, J.M.F. A Evolução do Conceito de Calor: Fogo, Flogístico, Calórico e Forma de Movimento. Disponível em: < http://www.seara.ufc.br/folclore/folclore143.htm.> Disponível em: < BUCUSSI, A. A. Introdução ao Conceito de Energia. Textos de Apoio ao Professor de Física, v.17, n.3, Instituto de Física, UFRS, Porto Alegue, 2006. Disponível em: < http://www.if.ufrgs.br/tapf/v17n3_Bucussi.pdf> GASPAR, Alberto. Física – Mecânica, Ed. Ática, São Paulo, SP, 2002. HEWITT, PAUL G. – Física Conceitual. 9ª. Edição, Bookman Companhia Editora, Porto Alegre, RS, 2002. NUSSENZVEIG, H. Moysés. Curso de Física Básica - 1 Mecânica. 4ª. ed, ed. Edgard Blücher Ltda, São Paulo, SP, 2002.
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