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Prática de Ensino: Observação e Projeto- Unidade I

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<minicurrículo início> 
Wanderlei Sérgio da Silva 
O professor Wanderlei Sérgio da Silva é graduado em Geografia pela Universidade 
de São Paulo (USP), mestre em Ciências (Geografia Humana) também pela USP e 
doutor em Geociências e Meio Ambiente pela Universidade Estadual Paulista Júlio de 
Mesquita Filho (Unesp). Durante quinze anos, trabalhou no Instituto de Pesquisas 
Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT) com pesquisas relacionadas às 
geociências e ao meio ambiente. Atuou como consultor em trabalhos da área durante 
seis anos, totalizando cerca de cem projetos de pesquisa, muitos deles como 
coordenador de equipe. Em 2001, ingressou na Universidade Paulista (UNIP), onde 
lecionou disciplinas do curso presencial de Turismo relacionadas à geografia, ao meio 
ambiente e ao planejamento, bem como as disciplinas didático-pedagógicas no curso 
presencial de Psicologia (licenciatura). 
Atualmente, é membro da Coordenadoria de Estágios em Educação e professor nos 
cursos de Letras e Matemática da UNIP Interativa, sendo responsável pelas disciplinas 
relacionadas a Prática de Ensino, Didática Geral, Estrutura e Funcionamento da 
Educação Básica e Planejamento e Políticas Públicas da Educação. 
<minicurrículo fim> 
 
<minicurrículo início> 
Raquel Maia Bokums 
A professora Raquel Maia Bokums possui pós-graduação em Formação em 
Educação à Distância pela Universidade Paulista (UNIP), mestrado em Educação 
Física na área de concentração Biodinâmica do Movimento Humano pela Escola de 
Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo (EEFE/USP), pós-
graduação em Educação Física Escolar pelas Faculdades Metropolitanas Unidas 
(UniFMU) e licenciatura e bacharelado em Educação Física pelo Centro Universitário 
Nove de Julho (Uninove). 
De 2007 a 2009, foi integrante do Laboratório de Comportamento Motor (Lacom) da 
EEFE/USP, com pesquisas realizadas na área. 
Entre os anos de 2008 a 2010, foi bolsista da Capes e integrante do Grupo de 
Estudo e Pesquisa em Capacidades e Habilidades Motoras (Gepcham) da Escola de 
Artes, Ciências e Humanidades da USP (Each/USP), com trabalhos e artigos 
publicados. 
 
Desde 2011, é membro da Coordenadoria de Estágios em Educação e professora 
nos cursos de Letras e Matemática da UNIP Interativa, sendo responsável pelas 
disciplinas Prática de Ensino: Observação e Projeto e Integração Escola Comunidade. 
Atua principalmente nos seguintes temas: educação, prática de ensino, educação a 
distância, metodologia da pesquisa, diferenças individuais, desenvolvimento motor, 
educação física escolar e aprendizagem motora. 
<minicurrículo fim> 
 
 
Apresentação 
De modo geral, a disciplina Prática de Ensino: Observação e Projeto visa a levá-lo a 
compreender os conceitos “observação” e “projeto”, além de conduzi-lo a uma 
aproximação com relação à educação que o rodeia, dirigindo o seu olhar para observar 
mais de perto as escolas e outros ambientes educativos (teatros, parques, ginásios de 
esporte, museus, bibliotecas públicas etc.) existentes no seu cotidiano onde ocorre a 
educação em diferentes formas e níveis. 
Além disso, no âmbito dessa atividade, solicita-se a elaboração de um relato de 
observação e, com base nisso, um pequeno projeto pedagógico de integração entre 
um ambiente não escolar e uma escola, com o intuito de propiciar a ação pedagógica e 
colocar em efetiva prática os conteúdos teóricos da disciplina. 
Dessa forma, o processo de construção da sua identidade profissional será 
desenvolvido pela vivência e identificação dos diferentes ambientes educativos 
(escolares ou não), possibilitando selecionar e organizar dados de maneira crítica e 
reflexiva para a elaboração de um projeto pedagógico. 
 
UNIDADE I 
 
1 INTRODUÇÃO À PRÁTICA DE ENSINO 
 
Inicialmente, é importante relembrar o contexto em que se insere essa atividade na 
dimensão prática do curso. 
A prática de ensino será desenvolvida em seis semestres, com atividades 
distribuídas por cada um deles. Naturalmente, deve haver uma articulação entre elas, 
perpassando todo o curso. 
As atividades relacionadas à prática de ensino são as seguintes: 
 
 
 
 
 
Quadro 1 
 
Prática de Ensino 
1º sem. 2º sem. 3º sem. 4º sem. 5º sem. 6º sem. 
Introdução à 
Docência 
Observação 
e Projeto 
Integração 
Escola - 
Comunidade 
Vivência no 
Ambiente 
Educativo 
Trajetória 
da Práxis 
Reflexões 
 
De modo geral, a Prática de Ensino: Observação e Projeto, ora em 
desenvolvimento, visa a levá-lo a observar diferentes ambientes educativos (escolares 
e não escolares) existentes em locais que fazem parte do seu cotidiano e fazer uma 
relação pedagógica entre um dos ambientes não escolares (teatro, museu, biblioteca, 
parque, ginásio etc.) com uma escola. Isso é feito de maneira a identificar, por meio de 
um projeto de integração – ou seja, uma proposta de ação – os aspectos que o 
ambiente não escolar poderia contribuir para uma aprendizagem mais significativa dos 
alunos nas diversas disciplinas que existam em uma eventual escola (Português, 
Matemática, Língua Estrangeira, Ciências, Geografia, Educação Física etc.). 
Essa disciplina utiliza, para isso, conceitos consagrados nas ciências sobre os 
termos “observação” e “projeto”, orientando a prática de modo a levá-lo a discernir e a 
aplicar seus significados nas atividades propostas. 
 
<Lembrete início> 
 
Essa disciplina visa a levá-lo a observar diferentes ambientes educativos e fazer 
uma relação pedagógica entre um dos ambientes não escolares e a sua área de 
atuação, culminando com a elaboração de um pequeno projeto pedagógico. 
 
<Lembrete fim> 
 
2 OBSERVAÇÃO 
 
2.1 Aspectos conceituais 
As atividades de Prática de Ensino: Observação e Projeto apoiam-se nos conceitos 
destes dois termos, observação e projeto, de modo que sejam resguardados os seus 
rigores científicos. Particularmente no que diz respeito ao termo “observação”, o 
 
entendimento conceitual baseado no conhecimento popular é permeado de 
significados polêmicos e confusos. 
Para fins de utilização em atividades acadêmicas, é necessário utilizar conceitos 
com base científica sólida, com origem comprobatória, para que não pairem dúvidas 
sobre as atividades a realizar. Deste modo, a seguir são apresentadas definições 
esclarecedoras sobre o termo. 
Observação, em seu sentido amplo, é uma técnica de coleta de dados 
para conseguir informações e utiliza os sentidos na obtenção de 
aspectos da realidade. Exerce papel importante no contexto da 
descoberta. Obriga o investigador a um contato direto com a realidade 
estudada (CERVO et al., 2007). 
Não consiste apenas em ver e ouvir, mas também em examinar, entender fatos ou 
fenômenos que se deseja estudar. É um elemento básico de investigação científica, 
utilizado na pesquisa de campo, principalmente do tipo “exploratória”. Exerce um papel 
muito importante no contexto da descoberta, pois é por meio dele que se inicia todo o 
estudo dos problemas. 
 
<Observação início> 
 
Essa é uma das técnicas de coleta de dados que diz respeito ao método científico. 
Observar é aplicar atentamente os sentidos físicos a um objeto para obter um 
conhecimento claro e preciso. Sem a observação, o estudo da realidade e de suas leis 
seria reduzido à simples conjectura e adivinhação (CERVO et al., 2007). 
 
<Observação fim> 
 
A observação deve ser atenta, exata, completa, precisa, sucessiva e metódica; por 
isso, o investigador precisa apresentar algumas características para uma boa 
observação, tais como paciência e coragem para resistir às ânsias de conclusões 
rápidas, além de imparcialidade na observação dos fenômenos estudados (BARROS; 
LEHFELD, 2007). 
Conforme Marconi e Lakatos (2006), a observação é o ponto de partida da 
investigaçãosocial e oferece vantagens e limitações: 
2.2 Vantagens 
As principais vantagens da observação em relação a outras técnicas de 
investigação científica são que ela: 
 possibilita meios diretos para o estudo de uma ampla variedade de 
fenômenos; 
 
 exige menos do observador do que outras técnicas; 
 depende menos da introspecção ou da reflexão; 
 permite a evidência de dados não constantes do roteiro de entrevistas ou de 
questionários. 
2.3 Limitações 
As principais limitações são: 
 a tendência a criar impressões favoráveis ou desfavoráveis no observador; 
 a ocorrência espontânea não poder ser prevista, o que impede, muitas 
vezes, o observador de presenciar o fato; 
 o fato de que vários aspectos da vida cotidiana ou particular podem não ser 
acessíveis ao pesquisador. 
 
2.4 Tipos de observação 
 
Diversos autores, como Silva e Menezes (2001), Marconi e Lakatos (2006), Cervo 
et al. (2007) e Barros e Lehfeld (2007), apontam para as diferentes configurações da 
observação, de acordo com a finalidade e a forma como é executada. Entre elas, 
destacamos algumas para os fins desta atividade: 
 
2.4.1 Observação assistemática 
 
Também denominada “não estruturada”, “espontânea”, “ordinária”, “simples”, “livre”, 
“ocasional” e “acidental”. Consiste em recolher e registrar os fatos da realidade sem a 
utilização de meios técnicos especiais ou perguntas diretas pelo pesquisador. É mais 
empregada em estudos exploratórios e não tem planejamento e controle previamente 
elaborados com rigor. O êxito desta técnica vai depender do observador, de sua 
atenção, de sua perspicácia, discernimento, preparo e treino. No registro dos dados, a 
fidelidade é fator importantíssimo para a pesquisa científica. Resumidamente falando, 
a observação assistemática consiste em recolher e registrar os fatos da realidade, sem 
a utilização de meios técnicos especiais ou perguntas diretas. 
 
 
2.4.2 Observação sistemática 
 
Também designada como “estruturada”, “planejada” e “controlada”, utiliza 
instrumentos para a coleta de dados ou fenômenos (quadros, escalas, dispositivos 
mecânicos etc.). Caracteriza-se por um planejamento prévio e utilização de recursos 
técnicos, mecânicos e eletrônicos para sua efetivação. A observação sistemática utiliza 
instrumentos para a coleta de dados ou fenômenos. Tem planejamento e realiza-se em 
condições controladas, para responder a propósitos preestabelecidos. Na observação 
sistemática, o observador sabe o que procura e o que tem importância em determinada 
situação. Ele deve ser objetivo, reconhecer possíveis erros e eliminar ou diminuir sua 
influência sobre o que vê ou registra. Em síntese, a observação sistemática utiliza 
instrumentos para a coleta de dados ou fenômenos, tem planejamento e realiza-se em 
condições controladas para responder a propósitos preestabelecidos. 
 
2.4.3 Observação não participante 
 
O pesquisador toma contato com a comunidade, grupo ou realidade estudada, mas 
sem integrar-se a ela. Presencia o fato, mas não participa dele. Não se deixa envolver 
pelas situações, cumprindo principalmente o papel de espectador. Entretanto, essa 
observação deve ser consciente, dirigida e ordenada para um fim determinado. Na 
observação não participante, o pesquisador presencia o fato, mas fica de fora, ou seja, 
não participa dele. 
 
2.4.4 Observação participante 
Consiste na participação real do pesquisador com a comunidade ou grupo. Ele se 
incorpora ao grupo, confunde-se com ele. Como membro do grupo que está 
estudando, participa de suas atividades normais. Apresenta uma dificuldade 
metodológica que reflete a dificuldade de manter a objetividade da pesquisa pelo fato 
de exercer influência no grupo ou ser por ele influenciado. Requer, portanto, muito zelo 
científico por parte do pesquisador. O objetivo, ao participar, é ganhar a confiança do 
grupo e levá-lo a compreender a importância da investigação científica. Em certas 
circunstâncias, há mais vantagens no anonimato. 
Quando a observação é realizada por um só pesquisador, temos a “observação 
individual”. 
 
 
 
 
2.4.5 Observação em equipe 
 
Consiste em envolver um grupo na observação da realidade a ser estudada. É mais 
aconselhável que a individual, pois o grupo pode observar a ocorrência por vários 
ângulos, com a oportunidade de confrontar os dados posteriormente, para prevenir 
eventuais falhas. Na observação em equipe a observação é feita por várias pessoas 
com o mesmo propósito, ainda que em tempos e lugares distintos. 
 
2.4.6 Observação na vida real 
 
É realizada no ambiente real, registrando-se os dados à medida que forem 
ocorrendo, espontaneamente, sem preparação. A melhor ocasião para o registro dos 
dados é o local e o horário em que o evento ocorre, para evitar equívocos ou 
esquecimentos. 
 
2.4.7 Observação em laboratório 
 
Esse procedimento possibilita descobertas em condições cuidadosamente 
planejadas e controladas com a utilização de aparelhos de medição e registros. O uso 
de instrumentos adequados leva a realização de observações mais refinadas do que 
aquelas proporcionadas apenas pelos sentidos. 
 
3 OBSERVAÇÃO CIENTÍFICA 
 
3.1 Aprofundamento conceitual 
 
A observação, do ponto de vista científico, é o estágio da investigação em que se 
tomam nota de acontecimentos, ocorrências, fatos ou objetos que acontecem sem 
nenhuma preparação prévia do observador, embora escolhidos, selecionados e 
interpretados por ele (VARGAS, 1985). 
Assim, é importante delimitar, num ambiente múltiplo, aquilo que deve ser 
efetivamente visto e não se perder na multiplicidade. Observar fatos ou objetos que 
compõem a paisagem, como no caso dessa atividade, é especialmente instigante, pois 
“paisagem” é um termo estudado e conceituado por cientistas das mais diversas 
 
formações: arquitetos, geógrafos, artistas plásticos, entre outros. Há, no entanto, um 
fato que é constante em todos os conceitos conhecidos de paisagem: parte-se 
sempre de um observador. O observador é, portanto, essencial para refletir a 
realidade a ser estudada. 
Ora, como o observador é um sujeito, a apreciação da paisagem estará sempre 
impregnada de conotações culturais e ideológicas. Além disso, vários elementos 
podem interferir na captação da paisagem, como o ângulo escolhido, a posição e a 
distância do observador com relação ao objeto observado, a incidência de luz, o jogo 
de luz e sombra, resultando em realce ou ocultação de detalhes, dependendo do caso. 
A observação tende a ganhar qualidade, na medida em que o observador conceba 
primeiro mentalmente o fenômeno a ser observado, uma vez que ela inclui, 
necessariamente, uma interação recíproca entre o observador e o fato observado. 
A observação, como parte de uma investigação científica, requer percepção de 
fatos, acontecimentos ou objetos, para que possa ser caracterizada como tal. Essa 
percepção envolve alguns elementos essenciais nos diferentes momentos do seu 
desenvolvimento, que podem ser sintetizados da seguinte maneira: 
 inicialmente, é essencial que haja intenção do observador em conhecer o 
que pretende observar, ou seja, o interesse; 
 num segundo momento, é necessário que o observador tenha consciência 
de que a sua mentalidade e subjetividade podem influir na observação; 
 em seguida, é requerido certo conhecimento teórico do que se está 
observando. 
A percepção do objeto observado é tão fundamental quanto polêmica em termos de 
sua adoção para fins de observação científica. Afinal, psicologicamente, cada pessoa 
percebe diferentemente as coisas e essa percepção aprimora-se com o passar do 
tempo, ou seja, a observação cresce em qualidade com a adoção de diferentesmomentos de percepção. 
A seguir, dois exemplos são abordados que ilustram este aspecto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exemplo 1: O que você vê? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1 
 
Geralmente, num primeiro momento de percepção, temos a tendência de enxergar 
um cavalo. No entanto, se prestarmos a atenção devida, perceberemos (num segundo 
momento de percepção) que a mesma figura também se trata de um sapo. Basta 
rotacionarmos a figura em 90º. Nem todas as pessoas enxergam o cavalo ou o sapo 
instantaneamente, devido a diversos fatores inerentes à imagem da figura, ao 
ambiente de observação ou mesmo a características iminentemente pessoais. 
Para fins desta atividade de observação, admite-se que, apesar da percepção ser 
única, ela é necessariamente emoldurada pela inteligência humana, que oferece 
diferentes formas cognitivas para os inúmeros conteúdos perceptivos (SILVA, 2006). 
Como os mecanismos perceptivos e cognitivos são próprios da espécie humana, a 
imagem mental que as pessoas constroem do ambiente onde vivem segue 
determinados padrões. Pode-se, assim, falar de uma imagem pública, que é a síntese 
das imagens individuais. E é com essa imagem pública que a ciência pode e deve 
lidar. 
No processo de observação científica, além da percepção, são necessárias 
intenção, interpretação (a compreensão mental do fenômeno que está sendo 
estudado) e descrição. Observação é, então, uma percepção de coisas ou fatos, tanto 
quanto possível livre de elementos subjetivos, conscientes ou inconscientes, 
acompanhada de certo conhecimento prévio sobre o fato a observar e expressa por 
uma descrição. 
 
 
 
 
 
 
<Lembrete início> 
 
Observação é um processo que requer percepção, intenção, interpretação, e 
descrição. 
 
<Lembrete fim> 
 
Uma pessoa leiga, que não tenha a intenção de observar um determinado elemento 
na paisagem, muitas vezes não o perceberá, não interpretará o fato e não o 
descreverá; portanto, no final do processo, a observação não terá ocorrido. O que 
ocorreu foi apenas o olhar. E mesmo esse olhar é subjetivo, o que pode ser 
analogamente verificado na leitura do texto do Prof. Rubem Alves
1
, a seguir. 
 
<Texto em destaque início> 
 
Os dois olhos 
 
Temos dois olhos. Com um nós vemos as coisas do tempo, efêmeras, que 
desaparecem. Com o outro nós vemos as coisas da alma, eternas, que 
permanecem. Assim escreveu o místico Ângelus Silésius. 
No consultório do oftalmologista, estava uma gravura com o corte anatômico do 
olho. Científica. Verdadeira. Naquela noite, o mesmo oftalmologista foi encontrar-se 
com sua bem-amada. Olhando apaixonado os seus olhos e esquecido da gravura 
pendurada na parede do seu consultório, ele falou: “Teus olhos, mar profundo...” No 
consultório ele jamais falaria assim. 
Falaria como cientista. Mas os olhos da sua amada o transformaram em poeta. 
Cientista, ele fala o que vê com o primeiro olho. Apaixonado, ele fala o que vê com 
o segundo olho. Cada olho vê certo no mundo a que pertence. 
O filósofo Ludwig Wittgenstein criou a expressão “jogos de linguagem” para 
descrever o que fazemos ao falar. Jogamos com palavras... Veja esse jogo de 
palavras chamado “piada”. O que se espera de uma piada é que ela provoque o 
riso. Imagine, entretanto, que um homem, em meio aos risos dos outros, lhe 
pergunte: “Mas isso que você contou aconteceu mesmo?” Aí você o olha perplexo e 
pensa: “Coitado! Ele não sabe que nesse jogo não há verdades. Só há coisas 
engraçadas.” 
 
1
 Rubem Alves (1933) é um psicanalista, educador, teólogo e escritor brasileiro. Autor de livros e artigos abordando 
temas religiosos, educacionais e existenciais, além de uma série de livros infantis. 
 
Vamos agora para outro jogo de palavras, a poesia “... e, no fundo dessa fria luz 
marinha, nadam meus olhos, dois baços peixes, à procura de mim mesma.” Aí o 
mesmo homem contesta o que o poema diz: “Mas isso não pode ser verdade. Se a 
Cecília Meireles estivesse no fundo do mar, ela teria se afogado. E os olhos não são 
peixes...” 
Pobre homem. Não sabe que a poesia não é a linguagem para dizer as coisas que 
existem. É jogo para fazer beleza. A ciência também é um jogo de palavras. É o 
jogo da verdade, falar o mundo como ele é. 
Acontece que nós, seres humanos, sofremos de uma “anomalia”: não conseguimos 
viver no mundo da verdade, no mundo como ele é. O mundo como ele é, é muito 
pequeno para o nosso amor. Temos nostalgia de beleza, de alegria e – quem sabe? 
– de eternidade. Desejamos que as alegrias não tenham fim! 
Mas beleza e alegria, onde se encontram essas “coisas?” Elas não estão soltas no 
mundo, ao lado das coisas do mundo tal como ele é. Elas não são, existem não 
existindo, como sonhos, e só podem ser vistas com o “segundo olho". Quem as vê 
são os artistas. E se alguém, no uso do primeiro olho, objeta que elas não existem, 
os artistas retrucam: “Não importa. As coisas que não existem são mais bonitas” 
(Manoel de Barros). Pois os sonhos, no final das contas, são a substância de que 
somos feitos. 
Como disse Miguel de Unamuno: “Recuerda, pues, o sueña tu, alma mía la fantasía 
es tu sustancia eterna lo que no fue; con tus fulguraciones hazte fuerte, que eso es 
vivir, y lo demás es muerte.” 
É no mundo encantado de sonhos que nascem as fantasias religiosas. As religiões 
são sonhos da alma humana que só podem ser vistos com o segundo olho. São 
poemas. E não se pode perguntar a um poema se ele aconteceu mesmo. 
Jesus se movia em meio às coisas que não existiam e as transformava em 
parábolas, que são histórias que nunca aconteceram. E, não obstante a sua não 
existência, as parábolas têm o poder de nos fazer ver o que nunca havíamos visto 
antes. O que não é, o que nunca existiu, o que é sonho e poesia tem poder para 
mudar o mundo. “O que seria de nós sem o socorro das coisas que não existem?”, 
perguntava Paul Valèry. 
Leio os poemas da criação. Nada me ensinam sobre o início do universo e o 
nascimento do homem. Sobre isso falam os cientistas. Mas eles me fazem sentir 
amoravelmente ligado a esse mundo maravilhoso em que vivo, do qual minha 
vocação é ser jardineiro... Leio a parábola do Filho Pródigo, uma história que nunca 
aconteceu. Mas, ao lê-la, minhas culpas se esfumaçam e compreendo que Deus 
não soma débitos nem soma créditos... 
Dois olhos, dois mundos, cada um vendo bem no seu próprio mundo... 
 
Aí vieram os burocratas da religião e expulsaram os poetas como hereges. Sendo 
cegos do segundo olho, os burocratas não conseguem ver o que os poetas veem. E 
os poemas passaram a ser interpretados literalmente. E, com isso, o que era belo 
ficou ridículo. Todo poema interpretado literalmente é ridículo. Toda religião que 
pretenda ter conhecimento científico do mundo é ridícula. 
Não haveria conflitos se o primeiro olho visse bem as coisas do seu lugar e o 
segundo olho visse bem as coisas do seu lugar. Conhecimento e poesia, assim, de 
mãos dadas, poderiam ajudar a transformar o mundo. 
 
Fonte: Alves, 2005, p. 35-40. 
<Texto em destaque fim> 
 
Não terá sentido nenhum dizer, portanto, que diante de um fenômeno o cientista e 
seu filho (criança) observam a mesma coisa. Segundo Vargas (1985), a observação é 
a do cientista. Seu filho vê algo, mas como não compreende o que se passa, não 
realiza uma observação. 
A descrição do fato observado é, também, essencial, pois o resultado palpável de 
qualquer observação é o que está escrito ou anotado, e nada mais (VARGAS, 1985). 
Em outras palavras, observações devem ser descritas, isto é, escritas numa linguagem 
em que se adotam definições precisas de cada termo empregado, de forma que seu 
significado seja, tanto quanto possível, o mesmo para todos os seus leitores. Salienta-se que as descrições, além de escritas, podem ser realizadas por meio de desenhos 
ou fotografias, as quais podem dominar sobre os textos, embora não devam ser 
apresentadas sem eles. 
A descrição do que foi observado deve refletir a realidade que se revela ao 
observador. Assim, o essencial na observação científica não reside apenas no ato de 
observar, mas, também, na expressão do que foi observado. 
Sucintamente, pode-se afirmar, portanto, que a observação envolve os atos de 
olhar, perceber, interpretar e descrever o fato observado, tudo isto de modo integrado. 
A tentativa de separar esses elementos pode destruir a observação como um todo, 
pois eles estão indelevelmente misturados. 
<Lembrete início> 
 
Observações são escritas com definições precisas. Observar implica, 
necessariamente, expressar o que está sendo observado. 
 
<Lembrete fim> 
 
 
3.2 Atividade de observação 
 
Tendo adquirido o conhecimento sobre o entendimento conceitual do termo, o que 
se requer, nesta atividade, é que você realize uma observação “assistemática”, “não 
participante” e “na vida real”. 
Você deverá colocar em prática o conhecimento adquirido e realizar uma tarefa que 
servirá como preparação básica das demais atividades práticas da sequência do curso 
e para a sua avaliação nesta disciplina. 
Você deve seguir exatamente a orientação a seguir. Qualquer relato diferente do 
que está sendo aqui proposto poderá levá-lo à reprovação, ou seja, o relatório aqui 
solicitado não poderá ser substituído por qualquer outro tipo de relato. 
Trabalho 1: Relato de Observação 
Você deve escolher um determinado espaço físico, um raio de aproximadamente 
500 metros nas imediações de sua residência, escola ou trabalho e observar os vários 
ambientes educativos existentes: museus, escolas, teatros, bibliotecas, clubes, igrejas, 
parques etc. 
A seguir, deve elaborar um pequeno relato daquilo que foi observado, ou seja, 
quantos e quais são os ambientes educativos identificados naquele contexto, com 
breve comentário sobre cada um deles, separando os ambientes educativos em 
escolares e não escolares. 
Para os fins desta atividade, os ambientes educativos a serem observados e 
relatados são: 
 os ambientes educativos escolares: trata-se de, de acordo com o 
Dicionário Houaiss (2001), de “estabelecimento público ou privado, onde se 
ministra ensino coletivo”, vinculado à educação básica (escolas de 
Educação Infantil, de Ensino Fundamental e/ou Médio) e educação 
superior. A escola deve ser devidamente reconhecida, registrada no 
Ministério da Educação. Nas escolas, a educação que acontece é a 
intencional formal, ou seja, todo sistema educativo que seja estruturado e 
tenha um nível de organização e planejado sistematicamente e 
intencionalmente é considerado formal; 
 os ambientes educativos não escolares: os vários ambientes presentes 
no espaço físico escolhido em que existe uma tentativa educacional 
organizada e sistemática que, normalmente, se realiza fora dos quadros do 
 
sistema formal de ensino, ou seja, ambientes em que a educação ocorre 
fora da educação escolar e que são denominadas de educação não formal. 
 
<Saiba mais início> 
O texto a seguir pode propiciar um entendimento maior sobre os diferentes 
ambientes educativos, ou seja, a relação da educação intencional formal (escolas) x 
não formal (ambientes não escolares): 
SOUZA, J. A.; TAVARES, H. M. O Educador Contemporâneo nos Espaços 
Educativos Não Escolares: Desafios e Possibilidades. Revista Educação Popular, 
Uberlândia, v. 8, p. 41-54, 2009. 
<Saiba mais fim> 
Ressalta-se que esse trabalho é obrigatório e servirá como um dos requisitos para 
a avaliação na disciplina. Seguem algumas informações importantes quanto à 
realização desse relato. 
 A realização do relato deverá ser em grupo, com cerca de 5 alunos, do 
mesmo curso. A única possibilidade de o aluno realizar os trabalhos 
individualmente é no caso de ser o único aluno matriculado no referido 
curso. Caso contrário, os trabalhos deverão ser realizados em grupo. 
 Deve conter capa com o nome completo dos alunos do grupo, RA e campus; 
 Deve conter, no máximo, três páginas, excetuando-se a capa; 
 É optativo ao grupo inserir fotos, desde que não ultrapasse o limite de 
páginas e nem substitua o conteúdo escrito; 
Veja um exemplo de relato de observação. 
<Texto em destaque início> 
Localização: informar a área escolhida com raio de 500 m da sua residência, 
escola ou trabalho que foi observado. 
Ambientes educativos escolares encontrados: informar as escolas presentes no 
espaço físico escolhido, com um breve comentário sobre cada uma delas. 
Ambientes educativos não escolares encontrados: informar os vários ambientes 
presentes no espaço físico escolhido, com um breve comentário sobre cada um 
deles. 
A seguir estão algumas observações feitas de ambientes não escolares: 
 
Biblioteca Municipal: conta com grande acervo de livros de literatura, revistas, 
jornais e material didático, que normalmente já é recomendado pelos professores da 
rede municipal e estadual de ensino, para ser utilizado como fonte de pesquisa. 
Associação Casa do Boneco: centro cultural de resgate da cultura africana, em 
que acontecem diversas atividades voltadas para a comunidade, como dança afro, 
rodas de leitura, encontros de hip hop e capoeira. 
Igreja São Miguel: igreja católica, onde acontecem missas às quartas e aos 
domingos. Ensino bíblico e religioso. 
Parques, escolas de inglês ou música e outros ambientes educativos não 
escolares existentes. 
<Texto em destaque fim> 
 
<Observação início> 
 
Importante: nesta disciplina você será avaliado com base nas atividades propostas 
neste livro-texto. Não haverá prova. 
 
<Observação fim> 
 
4 PROJETO 
4.1 Aspectos conceituais 
 
A elaboração de um projeto é um processo de planejamento que visa a atingir os 
fins com maior rapidez e satisfação. É um processo que leva à concretização de ideias. 
Projeto é um termo que deriva do latim projectu, particípio passado do verbo 
projicere, que significa “lançar para diante”. Em português, caracteriza-se como um dos 
possíveis resultados de um processo de planejamento. 
Mesmo sem perceber, estamos sempre planejando em nossa vida, seja uma 
viagem, uma carreira profissional etc. Fazemos isso, regra geral, de maneira 
espontânea, assistemática. 
Elaborar um projeto de trabalho é planejar um caminho de desenvolvimento de 
atividades de forma clara, organizada, detalhada e rigorosa, incluindo, entre outras 
coisas, a escolha da bibliografia, dos métodos e técnicas, dos recursos, dos prazos 
etc. 
 
Projeto é, portanto, o resultado de um trabalho de elaboração mental, a ser 
apresentado de modo escrito. Ele tem por finalidade guiar os passos a serem seguidos 
e demonstrar o que se pretende realizar futuramente, envolvendo, principalmente, 
“como fazer” e “onde se pretende chegar”. 
 
4.2 Estrutura de um projeto 
 
Da observação e do levantamento dos dados resultam um projeto de pesquisa, o 
que envolve responder algumas perguntas: 
 
Quadro 2 
 
O que fazer? 
Delimitação da área 
É a definição da área do conhecimento, ou seja, consiste 
em definir um campo de atuação ou de observação para 
o projeto. 
Delimitação do tema 
Refere-se à escolha do assunto a ser trabalhado, que 
deve estar diretamente ligado à área em que se quer 
trabalhar. Deve-se evitar uma abrangência exagerada, 
sendo recomendado selecionar-se um aspecto apenas 
da realidade. 
Definição do problema 
Formular o problema significa apresentar claramente o 
grau de dificuldade com o qual nos defrontamos na 
pesquisa. Pode ser apresentado na forma de pergunta 
(questionamento) ou não. 
Por que 
fazer? 
Justificativa da escolha 
do problemaCorresponde à apresentação das razões que motivaram 
a elaboração do projeto, e deve apontar, também, a 
importância pessoal e social da sua elaboração. 
Para que 
fazer? 
Definição do(s) 
objetivo(s) 
A definição de objetivos esclarece as questões: O quê 
eu pretendo com este trabalho? Qual a finalidade de sua 
realização? 
Como fazer? 
Revisão bibliográfica 
Para se apresentar um trabalho apoiado em bases 
sólidas, há necessidade de revisão de conhecimentos, 
selecionando textos relevantes, lendo obras pertinentes 
ao tema e fazendo resumos e anotações. 
Procedimentos 
metodológicos 
Essa apresentação tem por finalidade demonstrar o 
caminho considerado mais racional para se atingir os 
objetivos propostos para o seu projeto. Método é, por 
assim dizer, o caminho a ser seguido, a fim de que os 
objetivos sejam alcançados. 
 
 
 
 
 
 
<Lembrete início> 
 
Projeto é um dos possíveis resultados de um processo de planejamento. Reflete 
um trabalho de elaboração mental, apresentado de modo escrito. 
 
<Lembrete fim> 
 
Os objetivos podem ser divididos em: 
 gerais: são mais amplos e ligados diretamente ao conhecimento que se 
pretende alcançar, desenvolver ou ampliar. Devem ser coerentes com a 
área do conhecimento e com o tema (ou assunto) delimitados. São 
expressos pelas ideias: ampliar, implantar, analisar, propor algo; 
 específicos: referem-se às ações que serão desenvolvidas para se atingir 
os objetivos gerais. São exemplos de objetivos específicos: 
― identificar elementos de um fenômeno; 
― verificar documentação; 
― classificar, levantar dados; 
― comparar etc. 
Os objetivos, tanto gerais como específicos, devem ser iniciados sempre com 
verbos no infinitivo. 
 
4.3 Elaboração do projeto pedagógico 
 
Nessa atividade, pretende-se orientá-lo a uma iniciação, “um ensaio” na elaboração 
de um pequeno projeto de cunho pedagógico. 
Para a apresentação do projeto proposto nessa disciplina, sugerimos que você se 
atenha aos itens a seguir, estruturação básica de um projeto de pesquisa. Assim, 
alguns itens deverão conter neste projeto. 
 Capa: tem a finalidade de evidenciar dados importantes. Deve conter: nome 
da instituição de ensino (UNIP), nome e RA dos alunos do grupo, título do 
projeto, local (município) e data (mês e ano) em que ele está sendo 
realizado. 
 Folha de rosto: trata-se da primeira folha imediatamente após a capa. 
Deve-se colocar: o nome do autor na parte superior, centralizado; o título do 
trabalho, no centro da página, também centralizado, e, na margem direita da 
 
página, centralizado a partir da metade da página, um retângulo com as 
informações básicas. Exemplo: “Projeto apresentado à Universidade 
Paulista – UNIP, do curso de ________, como um dos requisitos para a 
obtenção da nota na disciplina Prática de ensino: Observação e Projeto, 
ministrada pela Profa. ________”. Na parte inferior da página, o local e o 
ano da realização do projeto. 
 Sumário: apresentação dos capítulos e suas subdivisões constitutivas do 
projeto, indicando a página em que se iniciam. 
 Introdução: deve motivar a apreciação do projeto e antecipar ao leitor uma 
visão geral. Envolve a identificação do tema, sua importância, seu contexto 
problemático e os objetivos e as justificativas do projeto. 
 Desenvolvimento: nessa parte, você apresenta o aprofundamento teórico 
sobre o tema escolhido do projeto com os dados obtidos durante o percurso 
da observação. Apresenta a descrição do caminho adotado para atingir os 
objetivos e a ordem cronológica em que as atividades acontecerão. 
 Resultados esperados: apresenta os resultados da pesquisa em função 
dos objetivos propostos. 
 Conclusão: deve apresentar uma síntese geral do conteúdo do trabalho, 
inserindo algumas observações críticas julgadas convenientes. Nas 
conclusões, devem-se evidenciar os aspectos mais importantes da 
pesquisa. 
 Referências bibliográficas: deve apresentar a relação das obras 
consultadas que foram efetivamente utilizadas para a redação do texto. 
O projeto pode ser definido como um guia a ser apresentado a alguém. Tem por 
finalidade demonstrar o que se pretende fazer, como fazer e aonde se quer chegar. 
Nesse sentido, é necessário que você aprenda algumas regras básicas de como se 
dar forma adequada a uma ideia e de como concretizá-la e projetá-la antes de colocá-
la em prática. 
Sendo assim, ao elaborar o projeto para essa disciplina, deverão ser adotadas as 
seguintes normas tipográficas, baseadas na Associação Brasileira de Normas 
Técnicas (ABNT): 
 margens: esquerda: 3 cm; direita: 2 cm; superior: 3 cm e inferior: 2 cm; 
 parágrafo: recuado da margem esquerda em 1,25 cm, com espaçamento 
entre linhas duplo; 
 
 numeração de páginas: começando na folha de rosto, mas não 
aparecendo nela. Os números devem ser posicionados no canto superior 
direito; 
 redação: sempre na forma impessoal, evitando verbos que indiquem 
subjetividade, como: acha-se que, acredita-se que etc. 
 
4.4 Atividade de projeto 
 
Trabalho 2: Projeto Pedagógico de Integração 
 
Tendo adquirido o conhecimento sobre a realização de um projeto no capítulo 
anterior, deverá ser elaborado um pequeno projeto pedagógico, de acordo com as 
seguintes etapas: 
1) Você deve escolher um dos ambientes educativos observados (propostos na 
atividade relativa ao item 3.2 deste livro-texto), que não seja uma escola. 
2) Deve identificar os aspectos desse ambiente que poderiam contribuir para 
uma aprendizagem mais significativa dos alunos de uma determinada escola 
que exista na região. 
3) Com base nessa identificação, deve ser elaborada (sem a necessidade de 
aplicação) uma proposta de ação por meio de um projeto nas normas ABNT, 
seguindo as orientações do livro-texto sobre como esse ambiente pode ser 
aproveitado para promover a aprendizagem no maior número possível de 
disciplinas existentes na eventual escola (Português, Matemática, Língua 
Estrangeira, Ciências, Geografia, História, Educação Física etc.). 
<Observação início> 
O grupo deverá elaborar uma nova proposta. Não poderá apresentar um projeto já 
existente de integração entre um ambiente formal e não formal. 
<Observação fim> 
Você deve seguir exatamente as orientações deste livro-texto. Qualquer projeto 
diferente do que está sendo aqui proposto poderá levá-lo à reprovação, ou seja, o 
trabalho aqui solicitado não poderá ser substituído por qualquer outro tipo de projeto 
eventualmente desenvolvido. 
Ressalta-se que esse trabalho é obrigatório e servirá como um dos requisitos para 
a avaliação na disciplina. Seguem algumas informações importantes quanto à 
realização desse projeto. 
 
 É obrigatória a realização do projeto em grupo com cerca de 5 alunos do 
mesmo curso. A única possibilidade de o aluno realizar os trabalhos 
individualmente é no caso de ser o único aluno matriculado no referido 
curso. Caso contrário, os trabalhos deverão ser realizados em grupo. 
 Deve conter capa com o nome completo dos integrantes do grupo, RA e 
campus. 
 Esse projeto deverá ser apresentado de modo sucinto: de 3 (três) a no 
máximo 10 (dez) páginas. 
 O projeto deverá ser de acordo com as normas ABNT. 
 É optativo ao grupo inserir fotos, desde que não ultrapasse o limite de 
páginas e nem substitua o conteúdo escrito. 
 Basta elaborar o projeto “no papel”, sem a necessidade de aplicá-lo. 
 O grupo deverá elaborar uma proposta de ação relacionando o ambiente 
educativo não escolar com o maior número possível de disciplinas 
existentes em uma escola que poderiam ser trabalhadas nesse ambiente 
não formal. 
<Observação início> 
Importante: na disciplina você será avaliado com base nas atividades propostas 
neste livro-texto (Relato deObservação + Projeto Pedagógico de Integração). Não 
haverá prova. 
<Observação fim> 
 
5 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO 
Os critérios de avaliação para os trabalhos exigidos nessa disciplina serão: 
 conteúdo: apresentação do conteúdo de acordo com a proposta da 
disciplina, ou seja, relato de observação e projeto pedagógico de integração, 
conforme orientações recebidas no decorrer da disciplina 
 formatação: 
― relato: capa + relato; 
― projeto: normas ABNT (capa, folha de rosto, sumário, introdução, 
desenvolvimento, resultados, conclusão, referências bibliográficas. 
 qualidade da escrita: a) capacidade do grupo em elaborar e redigir um 
relato e um projeto com clareza e coerência; b) compreensão do grupo da 
 
ideia fundamental apresentada na disciplina Projeto de Observação e 
Projeto; c) capacidade do grupo em desenvolver uma relação pedagógica, 
articulando as ideias propostas na disciplina sobre integração. 
6 EXAME 
Os alunos que não atingirem a média final para aprovação deverão refazer os dois 
trabalhos solicitados pelo professor. 
O grupo deverá refazê-los de acordo com os apontamentos do professor para que 
sejam reavaliados. 
 
7 RELEMBRANDO: ATIVIDADES DE OBSERVAÇÃO E PROJETO PARA 
AVALIAÇÃO NA DISCIPLINA 
 
As atividades propostas na disciplina são as seguintes: 
 Relato de Observação (atividade em grupo – valor: 3,0): você deve ler 
atentamente o texto referente ao título 3.2 e redigir um relato de observação 
(no máximo 3 páginas) dos vários ambientes educativos existentes, em 
conformidade com as orientações ali detalhadas. 
 Projeto Pedagógico de Integração (atividade em grupo – valor: 7,0): 
seguindo o mesmo raciocínio da atividade que acabamos de mencionar, 
você deve ler atentamente o texto referente ao capítulo 4 e elaborar um 
pequeno projeto pedagógico de integração entre um ambiente não escolar e 
uma escola (de 3 a 10 páginas de acordo com as normas da ABNT), em 
conformidade com as orientações ali detalhadas. 
8 LINKS DE APOIO PARA ELABORAÇÃO DO PROJETO 
A seguir, apresentamos uma lista de artigos que podem ser utilizados como apoio 
para a elaboração do projeto. 
Interação Museu de Ciências – Universidade: Contribuições para o Ensino Não 
Formal de Ciências, de Robson Coutinho-Silva, Pedro M. Persechini, Masako Masuda 
e Eleonora Kutenbach. Disponível no site 
<http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?pid=S0009-
67252005000400015&script=sci_arttext&tlng=en>. 
Aprendizagem Não Formal/Formal das Ciências: Relações Entre os Museus de 
Ciência e as Escolas, de Isabel Chagas. Disponível no site 
<http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/ichagas/index.html/artigomuseus.pdf>. 
 
Análise do Potencial Pedagógico de Espaços Não Formais de Ensino para o 
Desenvolvimento da Temática da Biodiversidade e sua Conservação, de Sandra 
Regina Pardini Pivelli e Clarice Sumi Kawasaki. Disponível no site 
<http://www.nutes.ufrj.br/abrapec/venpec/conteudo/artigos/1/pdf/p674.pdf>. 
Explorando Geometria na Horta Comunitária do Colégio Estadual Dom Veloso, de 
Antomar Araújo Ferreira. Disponível no site 
<http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:r9P9n2b05ScJ:www.sbem.c
om.br/files/ix_enem/Comunicacao_Cientifica/Trabalhos/CC63866862687T.doc+&cd=1
&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br>. 
 
<Resumo início> 
De início, é importante saber a contextualização da disciplina Prática de Ensino: 
Observação e Projeto na dimensão prática do curso. Essa prática encontra-se no 
segundo semestre do curso, havendo uma articulação entre as demais práticas. 
A Prática de Ensino: Observação e Projeto visa a levá-lo a praticar a técnica da 
observação dos diversos ambientes educativos existentes ao seu redor (escolares e 
não escolares), além de estimular a elaboração de um projeto nas normas ABNT, 
relacionando um ambiente educativo não escolar com as diversas disciplinas 
existentes na educação formal. 
Os dois conceitos estudados são a observação e o projeto. Dentro de cada um, 
outros aspectos são abordados, tais como: aspectos conceituais, vantagens e 
limitações da observação, tipos de observação, observação científica e estrutura e 
elaboração de um projeto acadêmico. Com base nesse conhecimento teórico, a 
disciplina propõe duas atividades para a avaliação do aluno – ambas realizadas em 
grupo. 
O primeiro trata-se do Relato de Observação, uma observação assistemática, não 
participante e na vida real. O segundo envolve a elaboração de um Projeto Pedagógico 
de Integração, ou seja, uma proposta de ação em que os aspectos educativos do 
ambiente não escolar possam ser utilizados na melhora da aprendizagem dos alunos 
de escolas nas diversas disciplinas. 
Lembrando: a elaboração desses trabalhos é obrigatória e não haverá prova na 
disciplina. 
<Resumo fim> 
 
 
FIGURAS E ILUSTRAÇÕES 
Figura 1 
 
F0789717ACCB0B223E28C913F97D24EB.JPG. Disponível em: 
<http://www.brasilescola.com/fisica/ilusao-optica.htm>. Acesso em: 1 ago. 2013. 
 
REFERÊNCIAS 
Textuais 
ALVES, R. Os dois olhos. In: ___. A maçã e outros sabores. Campinas: Papirus, 
2005. 
BARROS, A. J. S.; LEHFELF, N. A. S. Fundamentos de Metodologia científica. 3. 
ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007. 
CERVO, A. L.; BERVIAN, P. A.; SILVA, R. Metodologia científica. 6. ed. São Paulo: 
Pearson Prentice Hall, 2007. 
CHAGAS, I. Aprendizagem não formal/formal das ciências: relações entre os 
museus de ciência e as escolas. [s.d.]. Disponível em: 
<http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/ichagas/index.html/artigomuseus.pdf>. Acesso em: 
1 ago. 2013. 
COUTINHO-SILVA, R. et al. Interação Museu de Ciências – Universidade: 
contribuições para o ensino não formal de ciências. Ciência e Cultura, v. 57, n. 4, São 
Paulo, out./dez. 2005. Disponível em: 
<http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?pid=S0009-
67252005000400015&script=sci_arttext&tlng=en>. Acesso em: 1 ago. 2013. 
FERREIRA, A. A. Explorando geometria na horta comunitária do Colégio Estadual 
Dom Veloso. Disponível em: 
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&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br>. Acesso em: 1 ago. 2013. 
HOUAISS, A.; VILLAR, M. S.; FRANCO, F. M. Grande dicionário Houaiss da língua 
portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. 
MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M. Técnicas de pesquisa. 6. ed. São Paulo: Atlas, 
2006. 
 
PIVELLI, S. R. P.; KAWASAKI, C. S. Análise do potencial pedagógico de espaços 
não formais de ensino para o desenvolvimento da temática da biodiversidade e sua 
conservação. [s.d.]. Disponível em: 
<http://www.nutes.ufrj.br/abrapec/venpec/conteudo/artigos/1/pdf/p674.pdf>. Acesso 
em: 1 ago. 2013. 
SILVA, E. L.; MENEZES, E. M. Metodologia da pesquisa e elaboração de 
dissertação. 3. ed. Florianópolis: Laboratório de Ensino a Distância da UFSC, 2001. 
SILVA, W. S. da. Proposição de índice de qualidade ambiental de vida municipal. 
2006. 132 p. Tese (Doutorado) – Instituto de Geociências e Ciências Exatas (IGCE). 
Universidade Estadual Paulista: Rio Claro, 2006. 
SOUZA, J. A.; TAVARES, H. M. O educador contemporâneo nos espaços 
educativos não escolares: desafios e possibilidades. Revista Educação Popular, 
Uberlândia, v. 8, p. 41-54, 2009. 
VARGAS, M. Metodologia da pesquisa tecnológica. Rio de Janeiro: Globo, 1985.

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