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Módulo 2 Análise do Discurso Francesa Categorias Analíticas

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19/02/2018 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/15
A determinação sócio-histórica-ideológica do sujeito
A Análise do Discurso Francesa (ADF) procura entender como a linguagem faz sentido,
constituindo os sentidos e os sujeitos, materializando as ideologias que os determinam,
marcadas no discurso de modo a evidenciar sua capacidade de significar e significar-se sócio-
histórico-ideologicamente.
A ADF critica o tratamento dado à linguagem pela prática da ciência social e da linguística
moderna, e vai além delas refletindo sobre a maneira como a linguagem está materializada na
ideologia e como se manifesta na língua. A ADF trabalha a relação entre língua, discurso e
ideologia, como diz Pêcheux (1975), não há discurso sem ideologia, somente assim, a língua
faz sentido.
A ADF considera que a linguagem não é transparente, não procura encontrar o sentido (único,
referencial e verdadeiro), o que ela busca é o texto e seu significado. Ela vê o texto como
material simbólico próprio e significativo e o concebe em sua discursividade e historicidade.
Reunindo a estrutura e o acontecimento, a forma material da linguagem é vista como
significante em um sujeito afetado pela história. Aí está a contribuição da psicanálise, com o
deslocamento da noção de homem para de sujeito, pois nele se constitui a relação com o
simbólico na história. Isso redunda em dizer que o sujeito discursivo funciona pelo
inconsciente e pela ideologia, pois a palavra dita em nosso cotidiano já vem carregada de
significado. Desse modo, a ADF se faz herança dos três conhecimentos psicanálise, marxismo
e linguística, a ADF trabalhando com essas três áreas e rompe com o passado tendo um novo
objeto de estudo, o discurso.
A partir daqui, iremos enumerar as principais categorias teóricas e de análise da ADF.
 
 O Discurso
Todo discurso se estabelece na relação com um discurso anterior e aponta para um outro, faz
uma ligação (intertextual ou interdiscursiva), através desse cruzamento vai construindo
sentido, ideologia e, já com um objeto analisado, abre espaço para novas possibilidades, uma
vez que a análise não se esgota em uma descrição e ainda pode ser diferente nas diferentes
formas de análise.
O objetivo da ADF é apreender a linguagem entendida como discurso, materializando o
contato entre o linguístico e o não linguístico. “O discurso é a materialidade específica da
língua, e a língua é a materialidade específica do discurso” (ORLANDI, 2006b, 17).
Elencaremos, a seguir, os conceitos das categorias analíticas da ADF que evidenciam o
funcionamento da determinação sócio-histórica-ideológica do sujeito por meio do
assujeitamento ideológico.
 
·Assujeitamento - Refere-se ao processo de interpelação (chamamento, convocação) dos
indivíduos por uma certa ideologia, numa relação de identidade com um conjunto de valores
de uma prática discursiva ideologicamente determinada pelas condições de produção sociais
que envolvem tais indivíduos. Condições estas necessárias para que o indivíduo torne-se
sujeito do seu discurso ao submeter-se, “livremente”, às condições de produção impostas pela
ordem superior estabelecida em certa prática discursiva, instituída por um aparelho ideológico
19/02/2018 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
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do estado ao qual esteja vinculada, embora, para este funcionamento se efetivar, estes
indivíduos assujeitados precisam ter a ilusão de autonomia (cf ORLANDI, 2000).
Conforme teorizou L. Althusser, “os indivíduos vivem na ideologia, não havendo, portanto,
uma separação entre a existência da ideologia e a interpelação do sujeito por ela, o que
ocorre é um movimento de dupla constituição: se o sujeito só se constitui através do
assujeitamento é pelo sujeito que a ideologia torna-se possível já que, ao entendê-la como
prática significante, concebe-se a ideologia como a relação entre sujeito, língua e história na
produção dos sentidos”.
 
·Sujeito – “Resultado da relação com a linguagem e a história, o sujeito do discurso não é
totalmente livre, nem totalmente determinado por mecanismos exteriores. O sujeito é
constituído a partir relação com o outro, nunca sendo fonte única do sentido, tampouco
elemento onde se origina o discurso. Ele estabelece uma relação ativa no interior de uma
dada FD; assim como é determinado ele também a afeta e determina em sua prática
discursiva. Assim, a incompletude é uma propriedade do sujeito e a afirmação de sua
identidade resultará da constante necessidade de completude”. O indivíduo é convocado /
interpelado em Sujeito pela Ideologia para que se produza o dizer. Deste ponto de vista,
somos sempre já sujeitos e por isso esquecemos o processo de assujeitamento-subordinação
que parece realizar-se sob a forma da autonomia, da liberdade, mas na verdade está
atravessado pela determinação e domesticação do dizer. Devemos lembrar que o sujeito
discursivo é pensado como ‘posição’ e não como pessoa física. (cf ORLANDI, 2000). Nesse
sentido, os sujeitos são intercambiáveis. O mesmo indivíduo pode ser assujeitado e produzir
sentidos diferentes através de diferentes posições subjetivas: padre, pedófilo, torcedor do
Corinthians, partidário político da esquerda neo-liberal, telespectador, consumidor, paciente
etc
 Não se trata de examinar um corpus como se
tivesse sido produzido por um determinado sujeito, mas de 
 considerar qual os enunciadores se revelam substituíveis. Assim, os textos
tomados em sua singularidade, nem os
corpora tipologicamente pouco marcados (socialmente historicamente e ideologicamente)
dizem respeito verdadeiramente à AD.
(MAINGUENEAU, 1989, p14).
Ainda sobre o conceito de Sujeito, Orlandi acrescenta:
 
 O sujeito não se apropria da linguagem num ideológica.
Nela está refletido o modo como o sujeito é assujeitado, 
 ou seja, sua interpelação pela ideologia.O sujeito também está reproduzido nela,
acreditando ser fonte exclusiva de seu discurso
quando, na realidade, retoma sentidos pré-existentes. No funcionamento enunciativo, ao
invés de falar, ele é falado pela ideologia no
discurso. A isso chamamos “ilusão discursiva do sujeito”... a seleção que o 
 sujeito faz entre o que diz e o que não diz também é significativa: ao longo
do dizer vão-se formando famílias parafrásticas
que significam. (ORLANDI, 2007a, p 19).
 
 
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·Forma-sujeito: “É a forma pela qual o sujeito do discurso se identifica com a formação
discursiva que o constitui. Esta identificação baseia-se no fato de que os elementos do
interdiscurso, ao serem retomados pelo sujeito do discurso, acabam por determiná-lo.
Também chamado de sujeito do saber, sujeito universal ou sujeito histórico de uma
determinada formação discursiva, a forma-sujeito é responsável pela ilusão de unidade do
sujeito”.
 
·Posição-sujeito: “Resultado da relação que se estabelece entre o sujeito do discurso e a
forma-sujeito de uma dada formação discursiva. Uma posição-sujeito não é uma realidade
física, mas um objeto imaginário, representandono processo discursivo os lugares ocupados
pelos sujeitos na estrutura de uma formação social. Deste modo, não há um sujeito único,
mas diversas posições-sujeito, as quais estão relacionadas com determinadas formações
discursivas e ideológicas”.
 
·Autor: “Uma das posições assumidas pelo sujeito no discurso, sendo ela a mais afetada pela
exterioridade (condições sócio-históricas e ideológicas) e pelas exigências de coerência, não-
contradição e responsabilidade. Ao se converter em autor, o sujeito da enunciação sofre um
apagamento no discurso, dividindo-se em diversas posições-sujeito; ou seja, o autor é que
assume a função social de organizar e assinar uma determinada produção escrita, dando-lhe
a aparência de unicidade (efeito ideológico elementar). Foucault fala em princípio de autoria,
uma vez que se trata de considerar o autor não como um indivíduo inserido num determinado
contexto histórico-social (sujeito em si), mas como uma das funções enunciativas que este
sujeito assume enquanto produtor de linguagem”.
 
·Leitor: “Uma das posições que o sujeito assume no discurso. Todo sujeito move-se em um
discurso guiado pela relação que construiu com os textos lidos em sua história de leitor, ou
seja, constituindo-se dentro de uma memória social de leitura. Assim, ao ser colocado diante
de um discurso, o sujeito leitor está sendo impelido a interpretá-lo e esse movimento de
leitura estará necessariamente vinculado às condições sócio-histórico-ideológicas que o
envolvem e que determinam tanto o leitor e sua formação, quanto a leitura a ser feita por
este sujeito[3]”.
 
 
·Condições De Produção (CP) - Elas abrangem o sujeito e a situação dentro de um
contexto sócio-histórico-ideológico e de uma memória discursiva – Esse contexto tanto pode
ser o imediato (o aqui e o agora compreendendo as circunstâncias da enunciação) como pode
ser o contexto mais amplo (mais especificamente o contexto sócio-histórico-ideológico). Mas
na prática não se pode separa os dois. As CP são ainda responsáveis pelo estabelecimento das
relações de força e poder no interior do discurso, mantendo com a linguagem uma relação
necessária e constituindo com ela o sentido do texto.
 
·Formação Discursiva (FD) - Termo emprestado de Michel Foucault, que se relaciona à
determinação/demarcação social, histórica e ideológica dos dizeres, materializando no
discurso os efeitos criados pelas ideologias. As FDs representam as Formações Ideológicas no
discurso. As posições ideológicas evidenciam suas regularidades no funcionamento discursivo.
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Mesmo assim, as FDs não são estáticas, elas são fluidas, permitindo contradições, rupturas.
As FDs são a manifestação, no discurso, de uma determinada formação ideológica em uma
situação de enunciação específica: funcionam como matrizes de sentidos, regulando o que o
sujeito pode e deve dizer e, bem como, o que não pode e não deve ser dito. Funcionam como
lugares de articulação entre língua e discurso. Uma FD é definida a partir de sua rede
interdiscursiva (formações discursivas distintas articuladas num conjunto), podendo ser
estabelecidas tanto em relações de conflito quanto de aliança. Conforme sustenta Foulcault
(apud PÊCHEUX 1975; ORLANDI, 2000) sempre que se puder definir, entre um certo número
de enunciados, uma regularidade, se estará diante de uma formação discursiva. Na Análise do
Discurso este conceito aparece reformulado e associado à noção de ideologia e de formação
imaginária.
 
 
·Formações Imaginárias (FI) - Estão intrinsecamente relacionadas com o processo de
constituição do Sujeito. Definem-se pelas Relações de Força, Relações de Sentidos, e
Antecipações. Estas são relações hierárquicas de subjetividade – que vão da cumplicidade à
oposição – que se constituem a partir da imagem que o Sujeito faz do Outro, baseado nas
imagens já constituídas das Posições-Sujeito, determinadas pela sociedade. São um poderoso
mecanismo de antecipação regulador da argumentação. Dizem respeito às imagens e
projeções das Posições do Sujeito no discurso. Conforme sustenta Orlandi (2000), o conceito
de FI se define a partir da concepção de Lacan sobre o imaginário. Pêcheux (1975) postula
que as formações imaginárias resultam dos processos discursivos anteriores. Manifestado-se
no processo discursivo, através da antecipação, das relações de força e de sentido: “na
antecipação, o emissor projeta uma representação imaginária do receptor e, a partir dela,
estabelece suas estratégias discursivas. O lugar de onde fala o sujeito determina as relações
de força no discurso, enquanto as relações de sentido pressupõem que não há discurso que
não se relacione com outros. O que ocorre é um jogo de imagens: dos sujeitos entre si, dos
sujeitos com os lugares que ocupam na formação social e dos discursos já-ditos com os
possíveis e imaginados. As formações imaginárias, enquanto mecanismos de funcionamento
discursivo, não dizem respeito a sujeitos físicos ou lugares empíricos, mas às imagens
resultantes de suas projeções”.
 
 
·Formação Ideológica (FI) – “Conjunto complexo de atitudes e de representações, não
individuais nem universais, que se relacionam às posições de classes em conflito umas com as
outras. A FI é um elemento suscetível de intervir como uma força em confronto com outras
forças na conjuntura ideológica característica de uma formação social. Pêcheux (1975) afirma
que as palavras, expressões, proposições, mudam de sentido segundo as posições
sustentadas por aqueles que as empregam, sentidos esses que são determinados, então, em
referência às formações ideológicas nas quais se inscrevem estas posições (ver formação
discursiva)[2]”.
 
·Esquecimentos no Discurso - O esquecimento é estruturante na produção discursiva.
(Cf. Pêcheux, 1975; Orlandi, 2000). Há dois tipos de esquecimento no processo enunciativo-
discursivo:
1. Esquecimento ideológico – inconsciente – temos a ilusão de ser a origem do que
dizemos, quando o que fazemos é retomar sentidos pré-existentes. (Ex. A memória sobre
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eleições, ditadura, medo etc.).
2. Esquecimento enunciativo – formulação parafrástica ao longo do dizer – ilusão
referencial – esquecimento semi-consciente. O sujeito esquece os outros sentidos possíveis.
Ao falarmos o fazemos de uma forma e não de outra (Ex. “Vote sem medo” / “Vote com
coragem” – cf ORLANDI, 2000).
 
·Interdiscurso e Intradiscurso – a interdiscursividade diz respeito à relação de um
discurso com outros, ou seja, o entremear de vozes discursivas manifestadas em certo
discurso e interferindo no seu sentido. Estes discursos alheios penetram no discurso em
estudo, interferindo assim no seu sentido. A interdiscursividade, assim, está relacionada à
noção de heterogeneidade discursiva, de formação discursiva e de pré-construído. O
Interdiscurso é a Memória Discursiva, que possibilita relacionar o dito (Intradiscurso) ao já-
dito, o pré-construído que está na base do que é dito. Por isso, o dizer não é propriedade
particular/original, pois está ancorado historicamente na memória enunciativo-discursiva. O
Interdiscurso abrange o conjunto das formações discursivas e se inscreve no nível da
constituição do discurso, no sentido de que trabalha com a re-significação do sujeito sobre o
que já foi dito, (no repetível), determinando os deslocamentos e rupturas promovidos pelo
sujeito nos limites de uma formação discursiva: ele determina materialmente o efeito de
encadeamento e articulação de tal modo que aparece como o puro "já-dito". Já o
Intradiscurso diz respeito ao “simulacro material do interdiscurso, na medida em que fornece-
impõe a "realidade" ao sujeito,matéria-prima na qual o indivíduo se constitui como sujeito
falante numa determinada formação discursiva que o assujeita. Ao pensarmos o discurso
como uma teia a ser tecida podemos dizer que o intradiscurso é o "fio do discurso" de um
sujeito; a rigor, é um efeito do interdiscurso sobre si mesmo, uma vez que incorpora, no eixo
sintagmático (linear), a relação de possibilidade de substituição entre elementos (palavras,
expressões, proposições), como se esses elementos, assim encadeados entre si, tivessem um
sentido evidente, literal. O que está em evidência, no intradiscurso, é a formulação de um
discurso a partir da realidade presente" (FERREIRA, 2001, p.18).
 
CONCEITOS QUE PERMEIAM A CONSTRUÇÃO DOS SENTIDOS NA ADF
 
1. SENTIDO – TRANSPARÊNCIA OU OPACIDADE: a noção de transparência da
linguagem é uma ilusão e está ligada à tradição linguística, que priorizava a informação, como
já foi mencionado. Para a AD, o sentido e a verdade não estão relacionados à informação, mas
a um processo material de construção determinado sócio-histórico-ideológico por meio das
práticas discursivas. O texto traz em si a materialidade do processo de significação e da
constituição do sentido e do sujeito.
 
2. SENTIDO – PARÁFRASE E POLISSEMIA: no processo de constituição dos sentidos
na linguagem, a partir dos quais se distinguem criatividadee produtividade;a relação entre
a paráfrase (re-produção variada do mesmo) e a polissemia (o diferente, a criatividade, o
deslocamento, o movimento dos sentidos), como já dito, é constitutiva da produção de
sentidos.
 
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https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 6/15
“A paráfrase convive em tensão constante com o outro processo: a polissemia. A polissemia
desloca o “mesmo” e aponta para a ruptura, para a “criatividade” (...), conflito entre o
produto, o institucionalizado, e o que tem de se instituir (...) a tensão constante com o que
poderia ser” (ORLANDI, 1987/2006a, p. 136).
 
3. SENTIDO E INCOMPLETUDE: a incompletude – movimento, deslocamento e ruptura
– é uma condição para a linguagem fazer sentido. “A linguagem não é transparente e os
sentidos não são conteúdos” (ORLANDI, 2007a, p. 53).
É importante você perceber que no processo de produção textual, há um apagamento
necessário, pois os sentidos não só retornam, mas se projetam em (re)significações. “Pela
natureza incompleta do sujeito, dos sentidos, da linguagem (do simbólico), ainda que todo
sentido se filie a uma rede de constituição, ele pode ser um deslocamento nessa rede”
(ORLANDI, 2007a, p. 54). Assim, conforme a autora, o discurso é incompleto assim como são
incompletos os sujeitos e os sentidos.
Os sentidos devem ser encarados como percursos simbólicos e históricos, não acabados
porque estão sempre à deriva de se deslocarem, de se movimentarem, de se ressignificarem.
A incompletude é um indício da abertura do simbólico, dos deslocamentos do sentido e do
sujeito, da falha, do possível (cf. ORLANDI, 2006a, p. 114).
 Vale lembrar que esse todo em que o texto se
constitui é de natureza incompleta. Indo mais além, 
 podemos afirmar que a condição de existência da linguagem é a incompletude...
Outro aspecto a se considerar sem
relação à incompletude é que, uma vez que se constitui na interação, o sentido do texto 
 não se aloja em cada um dos interlocutores
separadamente, mas está no espaço discursivo criado pelos 
 dois interlocutores” (ORLANDI, 2007c, p. 22).
 
 
4. SENTIDO LITERAL E EFEITO DE SENTIDO: de certa forma, nessa discussão,
retomamos os funcionamentos supracitados (opacidade x transparência; paráfrase e
polissemia). Em se descentralizando o conceito de informação (transparência) em favor de
integração e de confronto entre sentidos e sujeitos no acontecimento enunciativo-discursivo
(relacionado à opacidade), torna-se necessário pensar o sentido em sua pluralidade
(polissemia).
 
Entenda que nessa perspectiva, não se sustenta a noção de um sentido “literal” em relação
aos outros sentidos, pois os efeitos de sentido se constituíram no uso da linguagem,
justamente nos espaços de disputa pela palavra e pela verdade, no confronto de sentidos e
sujeitos. Não há um sentido nuclear que se estabeleça como sentido “literal”, em cujas
margens estariam os sentidos periféricos, extensivos, associados, marginalizados, desviados
(efeitos de sentido). No espaço da produção de sentidos, só há margens! Todos os sentidos
são possíveis. Entretanto, é preciso dizer que, em certas condições de produção, há a
“dominância” de um deles (cf. ORLANDI, 2006a, p. 143-144).
 
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https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 7/15
O sentido literal é um efeito discursivo. O que há é um sentido dominante, que se
institucionaliza como produto da história e é tomado como literal. A palavra lixo em nossa
cultura, por exemplo, circula nos dicionários, nas gramáticas, nos manuais de língua (que são
espaços oficiais, autorizados, estabilizados e elitizados de imposição de verdades/sentidos na
linguagem) descrita como “aquilo que se deve jogar fora”, entretanto, para um número
considerável de pessoas em nossa sociedade, a palavra “lixo” remete imediatamente à prática
social de recolher esse material e trazê-lo para dentro de casa, para a própria subsistência,
inclusive! Além dos sentidos de “lixo” que orbitam nesse espaço de significação, há ainda
outros referentes à reciclagem (cooperativas de trabalho), renovação de recursos, agressão
ao meio ambiente, produção de arte a partir desse material. 
 
A institucionalização de um sentido dominante sedimentado lhe atribui o prestígio da
legitimidade, de modo que qualquer um concordará que o sentido central, literal de lixo é
“aquilo que se deve jogar fora”, mas em muitos funcionamentos vemos que as possibilidades
de deslocamento, ruptura e ressignificação dos sentidos são múltiplas e ilimitadas.
 
A história dos sentidos cristalizados é a história do jogo de poder na/da linguagem. Os
provérbios são um excelente exemplo de certos sentidos historicamente cristalizados que
estão passíveis de mobilização, subversão, deslocamentos, ruptura! Para começar, podemos
considerar que os provérbios, quando mobilizados em uma situação enunciativo-discursiva,
nunca falam do que realmente estão falando, ou seja, os sentidos mobilizados no dizer
proverbial vão sempre ser deslocados para outras situações e outros sujeitos. Veja como
exemplo a música de Chico Buarque, Bom conselho:
Tipologia Discursiva: Lúdica, Polêmica e Autoritária
Você sabia que o problema da organização/classificação tipológica dos discursos interessa
fortemente aos diferentes olhares teóricos dos estudos do texto e do discurso? Esse tema está
sempre em discussão, pois em razão dos critérios instáveis e relativos às Condições de
Produção discursivas. 
 
1- TIPOS: lúdico, polêmico, autoritário.
2- GÊNEROS:
carta, outdoor, depoimento policial, classificados, e-mail,
telefonema, telegrama, pronunciamento parlamentar, receita
culinária, sinopse de filme, cordel, história em quadrinho,
propaganda, editorial, ensaio científico etc.
3- DOMÍNIOS
DISCURSIVOS:
jurídico, político, religioso, sindical, midiático, feminista,
sexista, pornográfico, cinematográfico, artístico, literário,
humorístico, senso comum etc.
 
Em outras palavras, Orlandi (2006a, 2007a, 2007c) estabelece um critério para distinguir
diferentesmodos organizacionais de funcionamento tipológico do discurso:
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DISCURSO
AUTORITÁRIO
A polissemia é contida, o locutor apaga sua relação com o
interlocutor. A troca de papéis tende a ser zero, o objeto
do discurso está oculto pelo dizer, centralizando um
locutor exclusivo. “O exagero é a ordem no sentido
militar, isto é, o assujeitamento ao comando”
DISCURSO POLÊMICO
A polissemia é controlada, a relação de disputa pelos
sentidos é tensa entre os interlocutores. A troca de
papéis entre os interlocutores acontece sob certas
condições direcionadas pelos interlocutores. “O exagero é
a injúria”;
DISCURSO LÚDICO
A polissemia está aberta, os interlocutores se expõem
aos efeitos dessa presença, não regulando sua relação
com os sentidos. A troca de papéis é plena entre os
interlocutores: “O exagero é o non sense”[4].
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
É essencial lembrar que estes critérios citados não devem ser tidos como juízos de valor.
Temos apenas uma descrição do funcionamento discursivo, em relação às suas determinações
históricas, sociais e ideológicas.
Essas tipologias não são o mais importante na análise do discurso, elas são internas ao
funcionamento do próprio discurso, e também não se tem dentro do discurso uma tipologia
pura, temos uma mistura delas. Elas servem mais para reconhecer os traços formais que
caracterizam o discurso.
Sobre o valor de verdade da informação veiculado no/pelo discurso, ou seja, a sua função
referencial, entendemos que:
No Discurso Lúdico, temos a carga informacional com valor menos relevante. Em seu
funcionamento polissêmico e interacional interessam mais o seu caráter poético e fático, não
a sua referencialidade informacional, pois até o “non sense” é possível.
No Discurso Polêmico, a referencialidade informacional é importante e respeitada: a
verdade é disputada pelos sujeitos interlocutores.
No Discurso Autoritário, a relação com a verdade é assimétrica, hierárquica, ou seja,
determinada pelo locutor (de cima para baixo): a verdade é imposta.
Orlandi sustenta que o discurso lúdico é o contraponto entre os outros dois porque em nossa
sociedade o lúdico representa o desejável, ou seja, o prazer, o encantamento no uso da
linguagem, contrastados fortemente com os usos da linguagem voltados para objetivos
imediatos, práticos, hierárquicos etc, como ocorre nos discursos polêmico e autoritário. Assim,
não há lugar para o lúdico em nossa sociedade, pois o lúdico é a ruptura, o desvio.
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Exercício 1:
Qual sequência de conceitos elencados abaixo faz parte do arcabouço teórico da
Análise de Discurso Francesa?
A)
Conhecimento de mundo - Formação Discursiva - Esquecimentos Enunciativo e
Ideológico. 
B)
Intradiscurso - Interdiscurso - Conhecimento partilhado.
C)
Formação Imaginária - Formação Discursiva - Formação Ideológica. 
D)
Inferências - Polissemia - Efeito de textualidade. 
E)
Condições de Produção - Paráfrase - Intertextualidade - Coerência e Coesão. 
Comentários:
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Exercício 2:
De acordo com os princípios da Análise do Discurso Francesa, o sujeito que
produz o discurso apresenta as características das alternativas abaixo, com
exceção de:
A)
O sujeito do discurso é um sujeito ideológico, isto é, sua fala reflete os valores, as
crenças de um momento histórico e de um grupo social.
B)
O sujeito do discurso não é único, mas divide o espaço do seu discurso com o
outro na medida em que orienta, planeja, ajusta sua fala, tendo em vista seu
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interlocutor e, também, porque dialoga com a fala de outros sujeitos
(interdiscursividade). 
C)
Na fala do sujeito outras vozes também falam, o sujeito do discurso se forma, se
constitui nessa relação co o outro, com a alteridade. 
D)
O sujeito do discurso não se reconhece como tendo uma determinada identidade
na relação com outros discursos produzidos, não tendo com eles, portanto,
diálogo e nem comparação dos pontos de vista. 
E)
O sujeito do discurso é essencialmente marcado pela historicidade. Isto é, não é o
sujeito abstrato da gramática, mas um sujeito situado na história da sua
comunidade, num tempo e num espaço concreto. 
Comentários:
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Exercício 3:
A Formação Discursiva determina "o que pode e deve ser dito" pelo falante a
partir do lugar, da posição social, histórica e ideológica que ele ocupa. Qual
discurso não está de acordo com o ideário, podendo ser o sujeito considerado
dissidente?
A)
Nosso planeta não é descartável e de nada adiantará acumularmos riquezas
individuais ou tomarmos o poder se a Terra torna-se incapaz de sustentar a vida!
- A FALA DE UM MILITANTE DO PARTIDO VERDE. 
B)
Vamos invadir o MC Donald`s - CONVOCA UM DOS PARTICIPANTES DO FÓRUM
SOCIAL MUNDIAL CONTRÁRIOS À GLOBALIZAÇÃO. 
C)
índio só é bom depois de morto. - CRENÇA DOS COLONIZADORES NA AMÉRICA. 
D)
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"Mammy, hoje é dia das Mães e eu desejo-lhe milhões de felicidades e tudo mais
que a senhora sabe" - DESEJO EM CARTÃO DE FELICITAÇÕES ESCRITO POR UMA
FILHA. 
E)
Enfim, Afeganistão livre! Após mais de um mês de bombardeio, a liberdade
finalmente chegou ao povo afegão. Pode os homens agora fazerem a barba, beber
cachaça, jogar bola e comprar revista eróticas nas bancas. As mulher finalmente
poderão rasgar as burgas, usar minissaias, calças jeas e posar para a "Playboy". -
CONCLUSÃO ESFUZIANTE DE AFEGÃO CONTRA A ENTRADA DOS COSTUMES
OCIDENTAIS NO PAÍS. 
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Exercício 4:
Conforme as teorias da Análise do Discurso Francesa, na Formação Lingúistica, a
relação entre o MESMO e o DIFERENTE, entre a PRODUÇÃO e a CRIATIVIDADE,
diz respeito a que par conceitual?
A)
Interdiscurso e Intradiscurso.
B)
Formação Discursiva e Formação Ideológica. 
C)
Formação Imaginária e Formação Discursiva. 
D)
Paráfrase e Polissemia.
E)
Esquecimento Ideológico e Assujeitamento. 
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Exercício 5:
Como proposta inovadora no campo da tipologia discursiva, Eni Orlandi apresenta
três grandes modos organizacionais do discurso: O LÚDICO, O POLÊMICO E O
AUTORITÁRIO. Leia as afirmativas abaixo e a seguir assinale a alternativa correta
que caracteriza os modos citados.
 
I. O discurso autoritário repete uma fala já sacramentada pela instituição.
II. O discurso lúdico apresenta uma forma aberta e democrática de polissemia.
III. Um certo grau de persuasão e uma abertura poslissêmica controlada
caracterizam o discurso polêmico.
IV O discurso autoritário apresenta reversibilidade controlada. 
A)
Somente as afirmativas I e II estão incorretas. 
B)
Somente as afirmativas II e III estão corretas. 
C)
Somente as afirmativas I, II e III estão corretas. 
D)
Somente as afirmativas II, III e IV estão corretas.
E)
Todas as alternativas estão corretas. 
Comentários:
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Efeito de Sentido é um conceito originado nas discussões de Foucault. Que
alternativa, abaixo, define bem o conceito de Efeito de Sentido para a Análise do
Discurso Francesa?
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A)
Efeito de sentido é o resultado das relações corpóreas, sensório-motoras, mentais
e cognitivas, pois remetem a significação à produção empírica de atos de fala por
um falante intencional que produz ações e sentidos no uso da linguagem. 
B)
O Efeito de Sentido que explica a SIGNIFICAÇÃO, baseada na relação de
correspondência entre linguagem e mundo, em que a construção do sentido é
produto de um cálculo formal entre: SENTIDO (CONCEITO) + REFERENTE
(OBJETO) + SIGNO (CÓDIGO). Veja-se que nesse cálculo não há lugar para
SUJEITO, entre outras coisas. 
C)
Efeito de Sentido diz respeito ao funcionamento da paráfrase que convive em
tensão constante com o outro processo: a polissemia. A parágrase desloca o
"mesmo" e aponta para a ruptura, para a "criatividade", revelando o conflito entre
o produto, o institucionalizado, e o que tem de se instituir e a tenção constante
com o que poderia ser."
D)
O Efeito de Sentido diz respeito às diferentes possibilidades de significação que
um mesmo enunciado pode assumir de acordo com a formação discursiva na qual
está inscrito e (re)produzindo. Os sentidos são todos igualmente evidentes por
meio de um efeito ideológico que provoca no gesto da interpretação a ilusão de
que um enunciado quer dizer o que está relamente dizendo. 
E)
Efeito de Sentido no processo de produção textual é o apagamento inconsciente e
necessário, para que os sentidos não só retornem, mas se projetem em
(re)significações. Pela natureza incompleta do sujeito, dos sentidos, da linguagem
(do simbólico), ainda que todo sentido se filie a uma rede de constituição, ele
pode ser um deslocamente nessa rede, possibilintado a significação literal. 
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Exercício 7:
O sujeito que produz o discurso, de acordo com os princípios da Análise do
Discurso Francesa, apresenta as seguintes características, exceto: 
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A)
o sujeito do discurso não se reconhece como tendo uma determinada identidade
na relação com outros discursos produzidos, não tendo com eles, portanto,
diálogo nem coparação dos pontos de vista. 
B)
na fala do sujeito outras vozes também falam, o sujeito do discurso se forma, se
constitui nessa relação com o outro, com a alteridade. 
C)
o sujeito do discurso não é único, mas divide o espaço do seu discurso com o
outro na medida em que orienta, planeja, ajusta sua fala, tendo em vista seu
interlocutor e, tabém, porque dialoga com a fala de outros sujeitos (nível
interdiscursivo).
D)
O sujeito do discurso é um sujeito ideológco, isto é, sua fala reflete os valores, as
crenças de um momento histórico e de um grupo social. 
E)
O sujeito do discurso é, essencialmente, marcado pela historicidade, isto é, não é
o sujeito abstrato da gramática, mas um sujeito situado na história da sua
comunidade, num tempo e num espaço concreto. 
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Exercício 8:
A análise do discurso francesa (ADF) recusa fortemente o pressuposto da
informacionalidade e representação do mundo/verdade como características
essenciais e primordiais da linguagem. Quanto ao processo de produção de
sentidos nos textos, de acordo com a ADF, podemos dizer que:
I. relaciona os elementos linguísticos à sua exterioridade discursiva, considerando
as relações de poder entre as posições-sujeito em seu funcionamento e as
determinações ideológicas que ancoram as formações discursivas por trás dos
textos.
II. os sentidos produzidos nos textos vão muito além da sua literalidade lexical e
estão marcados pela sua historicidade na memória enunciativo-discursiva.
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III. é relevante considerar que a linguagem simplesmente “informa”, representa
de maneira neutra uma verdade que está fora dela, no mundo.
 
A)
Apenas I está correta.
 
B)
Apenas II está correta.
C)
Apenas III está correta.
D)
Apenas I e II estão corretas.
E)
Todas estão corretas. 
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