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Módulo 6 Linguagem e Globalização em uma Perspectiva Crítica

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19/02/2018 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/16
 LINGUAGEM E GLOBALIZAÇÃO EM UM
PERSPECTIVA CRÍTICA
 
Linguagem e globalização na perspectiva da análise de discurso crítica
 
Norman Fairclough conceitua a linguagem sempre vinculada às mudanças sociais contemporâneas, ao
impacto da linguagem na vida social e à forma como os sujeitos utilizam a linguagem e os sentidos
produzidos. Fairclough (2006) ao tratar sobre Linguagem e Globalização em apresenta uma discussão
sobre a reestrutura e a reescala do capitalismo que trarão um ingrediente semiótico que instaura uma nova
ordem do discurso e novas relações entre gêneros, discurso e estilo para a análise da linguagem. 
Segundo o autor, a transformação do capitalismo teve um sentido semiótico baseado na economia do
conhecimento e na sociedade do conhecimento e da informação. O autor acrescenta que essa
transformação envolveu o movimento dos discursos e a questão da reescala, e cita como exemplo os
discursos da nova gerência pública e da gerência de qualidade que apresentam novas maneiras de agir, de
interagir e novos gêneros. Isso é tratado em Fairclough (2006) na relação que a linguagem da globalização
estabelece com os movimentos políticos, organizações não governamentais (ONGs) e outras vozes da
globalização.
Outra afirmação de Fairclough (2003b, 2006) consiste na ideia de que as transformações no capitalismo
têm ramificações em toda a vida social e, ao utilizar-se da globalização como tema de pesquisa, deve-se
voltar para os interesses de como as transformações sociais no capitalismo impactam a política, a
instrução, a produção artística e outras áreas da vida social. 
Para o autor, a atual transformação envolve uma reestruturação das relações entre os domínios
econômicos, políticos e sociais que inclui a marketização dos campos – a lógica econômica do mercado.
Trata-se de um projeto político para facilitar a reestrutura e a reescala das relações sociais de acordo com
as demandas do capitalismo global (Fairclough, 2003b, 2006; Bourdieu, 1998).
 
Linguagem e relação de Poder na ADC
 
A abordagem sobre linguagem e suas relações de poder foi apresentada, respectivamente, por Fairclough
em Language and Power (1989) e em Critical Discourse Analysis (1995). O foco dessa investigação é
centrado na ligação que há entre linguagem em uso e relações desiguais de poder, com o propósito de
desvelar como o exercício de poder na sociedade é instaurado na análise da linguagem e no diálogo com
teóricos sociais que privilegiaram a questão da linguagem nas suas teorias, especialmente Pierre Bourdieu
e Jürgen Habermas. Além disso, há a proposta de abordar a linguagem em uma perspectiva interdisciplinar
e da articulação do quadro tridimensional para o estudo do discurso.
Em Fairclough (1996), a relação da linguagem com questões ligadas à economia foi apresentada na
primeira conferência internacional sobre ADC, realizada na Universidade de Lisboa. Ele considera que as
mudanças dos processos sociais são mediadas linguisticamente. Assim, ele aproxima a pesquisa em ADC
às transformações econômicas, sociais, políticas e culturais da vida contemporânea.
Outro ponto relevante desse encontro foi a ideia defendida por Fairclough de que, na Teoria Social, a forma
linguística tem de ser compreendida pela mudança na linguagem, uma vez que os aspectos da vida social
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estão centrados na linguagem.
Fairclough (1996) estabeleceu o conceito de marketização do discurso, aliando-o às transformações
econômicas que se instauraram nos processos de mudança do novo capitalismo e da constante
influência das novas tecnologias. 
Esse modelo de sociedade transforma as relações entre linguagem e economia, além de possibilitar o
surgimento de novos domínios das práticas discursivas do mercado. Dessa forma, a linguagem passa por
céleres mudanças ao ser econômica e linguisticamente interpenetrada, e devido ao fato de as mercadorias
apresentarem cada vez mais aspectos culturais e semióticos. A mercadoria linguística inclui os produtos da
cultura industrial e passam a representar um instrumento importante nas relações sociais, econômicas e
culturais que se estabeleceram na era da globalização.
Um exemplo de como esse processo ocorre é demonstrado por Fairclough (1996) por meio do design. As
funções e os aspectos estéticos próprios do design, tais como a produção de programas de entrevistas, de
propagandas e de notícias de TV, têm como meta persuadir e atrair o consumidor.
Fairclough estabelece que o design estético da linguagem como mercadoria tem uma característica
multissemiótica, principalmente em textos contemporâneos que permitem atribuir o conceito de linguagem
mercadológica, e que ele se vincula a uma abordagem transdisciplinar ao contemplar os aspectos de uma
economia política cultural. O linguista entende que o discurso é o novo caminho para perceber e pesquisar
a linguagem como uma forma de prática social e essa relação se constitui no decorrer de seus trabalhos.
Em Fairclough (1992), o termo discurso está associado ao uso da linguagem falada ou escrita e com
indícios de inclusão dos elementos semióticos. Ao referir-se ao uso da linguagem como discurso, o
autor sinaliza o seu desejo de investigá-lo por um método informado social e teoricamente, como forma de
prática social. Percebe-se, com isso, que a linguagem está vinculada à prática social e, portanto, deve ser
investigada como modo de ação e de representação. Assim, a pesquisa crítica sobre o discurso é o
caminho de ação para realizar tal investigação.
Fairclough (2000) discute o poder da linguagem no jogo de interesses, que envolve as relações entre os
agentes nas práticas sociais por meio da ADC do novo trabalhismo britânico. O autor refere-se ao fato de
que eventos e personalidades políticas passam à condição de produtos e a linguagem utilizada nessa
prática social molda-se para satisfazer a necessidade discursiva de uma economia neoliberal, bem
caracterizada pelo contexto do novo trabalhismo retratado nessa obra.
Nesse contexto, ele aponta como fundamental o papel da linguagem como parte da prática social.
Para exemplificar a importância da linguagem, o autor utiliza o cenário político-governamental do novo
trabalhismo em que a linguagem é incrementada por aspectos multimodais por meio da imagem e da
postura de Tony Blair, então primeiro-ministro britânico.
 
Vozes da Globalização como mediação e construção de sentido
 
Em Language and Globalization (FAIRCLOUGH, 2006) classifica algumas vozes da
globalização (análise acadêmica, agências governamentais, organizações não-
governamentais, mídia e pessoas comuns). Ressaltarei aqui a importância que o
autor dá à voz da mídia e à mediação, com o propósito de entender a mediação
como parte de um modo de superar a distância na comunicação. As pessoas, ao
se comunicarem com outras distantes, usam mídias particulares, tais como a
televisão (TV), a Internet, o telefone, o rádio. Essas mídias têm seus próprios
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códigos, convenções, formatos, gêneros e assim por diante, os quais afetam o
caráter da comunicação de maneira particular (SILVERSTONE, 1999).
Fairclough (2006) afirma que as pessoas têm suas próprias experiências da
globalização na sua vida comum e nas várias comunidades das quais fazem parte,
por meio do que elas recebem dos meios de comunicação (TV, Internet, rádio e
outros). As pessoas reagem a isso de modo muito particular e diverso e agem em
resposta ao que recebemda produção de representações que se constituem como
parte significante da fala e da escrita a respeito da globalização.
Como a voz da mídia transita por todas as outras vozes, ela tem uma força maior
no processo de construção dos significados e, dessa forma, produz
representações, as quais são também uma parte significante de toda fala e escrita
a respeito da globalização. As outras vozes circulam na voz da mídia e esta
também transita nas outras vozes. Este processo dialético se dá do seguinte
modo:
 
 A reconfiguração da Linguagem na Globalização (Mark Poster) modos de
informação – conhecimento.
Para Mark Poster (2000 apud ORMUNDO, 2007), os meios de comunicação de massas
introduzidos no século XX, como telefone, rádio, televisão e internet, instauraram novos tipos
de ação e de discurso. Para o autor, a vida cotidiana transformou-se radicalmente no último
século devido aos avanços tecnológicos e são essas transformações que distinguem,
especificamente, a globalização. Justamente essas transformações devem ser consideradas
por meio dos discursos que determinam os sujeitos. Para a compreensão dessa relação, deve-
se estudar o papel da linguagem que se reconfigura na nova mídia. Será por meio do
entendimento dos novos discursos que se instauram nesse meio que se poderá entender a
constituição da linguagem.
Poster (2000) encara os sistemas de comunicação eletrônica como linguagens determinantes
da vida dos indivíduos e dos grupos em todos os seus aspectos (social, econômico, cultural e
político), muito mais do que ocorreu na perspectiva do marxismo tradicional, em que
funcionavam como simples dispositivos instrumentais, que em nada ou muito pouco alteraram
as relações de poder.
Os meios e as formas de comunicação constituem, segundo o autor, tipos de discurso
determinantes das relações de poder e de dominação nas sociedades contemporâneas. Assim,
Poster (2000 apud ORMUNDO, 2007, p. 71) defende como tese geral que “o modo de
informação decreta uma reconfiguração radical da linguagem, que constitui sujeitos fora do
padrão do indivíduo racional e autônomo”.
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É interessante em Poster que o modo de informação mostrará como o “sujeito familiar
moderno é deslocado pelo ‘modo de informação’ em favor de um que seja múltiplo,
disseminado e descentrado”. Esse movimento da visão do sujeito consiste na marca da
globalização e da sociedade contemporânea, que é caracterizada pela instabilidade,
flexibilidade e descentralização. Essa discussão apontada em Ormundo (2007, 2013) é
relevante para a perspectiva discursiva crítica nas pesquisas que analisam a forma como o
sujeito e a estrutura social são transformados por meio da reconfiguração da linguagem,
especificamente no trabalho sobre a linguagem no campo linguístico online. Eles são
marcados pela influência da globalização e pela instabilidade das coisas, uma vez que a
rapidez com que as mudanças ocorrem devido ao conhecimento e circulação da informação
transforma a relação do sujeito com o conhecimento.
Um dos exemplos de Poster (1996, 2000) sobre como o modo de informação dissolve o que
era estável na modernidade consiste na transformação que aconteceu na passagem da
informação impressa à informação eletrônica em tempo real. O autor cita o exemplo do livro
impresso: no processo de interação entre produtor e receptor há um isolamento espaço-
temporal entre eles, devido à materialidade espacial da imprensa, a linearidade das frases, a
estabilidade da palavra impressa na página e o espaço ordenado de forma sistemática, por
meio das letras pretas em um fundo branco. Isso tudo promove, segundo Poster, o
afastamento, já que o produto é consumido no isolamento. Esse exemplo serve para demonstrar
como a relação de autoridade é criada na modernidade, por meio do distanciamento entre quem produz e
quem consome o produto.
A proposta teórica de Poster sobre como o modo de informação entende as linguagens no ambiente
tecnológico é contrária à teoria tradicional de como a informação circulava. A lacuna existente na imprensa
entre produtor e receptor também aparece no ambiente tecnológico, mas há alteração no processo
relacional devido à possibilidade de comunicação em tempo real e de interação entre os agentes
envolvidos nessa relação, possibilitada pelas ferramentas próprias dos gêneros de comunicação dos
websites.
A comunicação mediada pelo computador possibilita tanto a aproximação como o distanciamento entre os
agentes envolvidos na situação comunicativa. Poster (2000, p. 73) diz que nas comunicações eletrônicas
“a linguagem é entendida como performativa, retórica, como um veículo ativo na construção e
posicionamento do sujeito”. O papel do agente no processo de comunicação mediada pelo computador
aparece em Poster (2000, p. 73) como alguém que se constitui como um “outro”, pois está em um
ambiente dinâmico e sujeito a ser reconfigurado em “diferentes pontos do tempo e do espaço”, conforme
consta em Ormundo (2007).
Por meio das questões apontadas em Poster, pode-se verificar em Ormundo (2007) como esse movimento
possibilita entender que a linguagem já não representa a realidade e não é uma ferramenta instrumental
que enfatiza a racionalidade mecânica das estruturas sociais. A linguagem reconfigura a realidade.
Dessa forma, as estruturas sociais são afetadas por meio da linguagem. Não se pode manter imune
diante dessa reconfiguração; ao reconhecê-la, as formas de organização das estruturas sociais são
transformadas e a perspectiva da ADC fornece os elementos teóricos para tratar dessa mudança social no
que se refere às mudanças na linguagem no momento da globalização.
Para compreender essa questão, a autora recorre aos estudos de Norman Fairclough (2006), no que se
refere ao fato de que os meios de comunicação de massa foram apresentados desempenhando um papel
importante na constituição de novas escalas e na transformação das relações entre elas, na reescala das
entidades espaciais e na construção e consolidação da nova “dificuldade” entre um regime de acumulação
e um modo de regulamentação social.
Para o autor, todos esses processos dependem da disseminação social dos discursos, narrativas, ideias,
práticas, valores etc., sobre a sua legitimação, a posição e mobilização dos públicos em relação a eles e a
geração do consentimento para no mínimo aceitarem a mudança. Fairclough (2006) apresenta cinco
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pontos para explicar resumidamente os meios de comunicação de massa e mediação na globalização.
Vejamos:
1) os meios de comunicação de massa são um elemento crucial na difusão da informação global e
notícias, e de reações para a interpretação deles, assim como de novas estratégias, discursos, ideias e
práticas, novas normas e valores em atividades econômica, sistemas políticos e processos, instituições
sociais, organizações e a conduta da vida ordinária, mudanças na atitude, sentimentos, identidades etc.
Mensagens sobre todos os aspectos virtuais da vida social agora circulam globalmente;
2) as mensagens são mediadas, o que significa que qualquer aspecto da vida social é representado no
meio de comunicação de massa e passa por códigos semióticos particulares, convenções, normas e
práticas de mídias específicas, sendo suas formas e significados transformados no processo. A análise do
discurso crítica pode contribuir para analisar esses códigos, convenções, normas e práticas; 
3) o domínio global de corporações da mídia transnacional e a conexão íntima com os centros de poder
na política, governo e negócios significa que, posteriormente, podem usar o meio de comunicação de
massa como veículo para disseminar suas própriasmensagens no adiantamento de suas próprias
estratégias; 
4) o impacto do meio de comunicação de massas e mediação não pode ser levado em conta para
admitir, porque isso depende da recontextualização da mídia, mensagens em ambientes diversos de
recontextualização, cujas características específicas estruturais, históricas, institucionais, sociais e culturais
específicas e circunstanciais amoldam a recepção e o impacto da mídia-mensagem; e
5) a globalização dos meios de comunicação de massa tem contribuído para a construção de um público
e opinião pública globais, igualando a esfera comum cosmopolita na qual são gerados os debates, ações e
mobilização em uma base global. Entretanto, esse é ainda um fenômeno limitado e emergente por várias
razões, incluindo a continuidade da centralidade da escala nacional para a imprensa e radiodifusão
(broadcasting). A ADC pode produtivamente ser usada para mostrar como o meio de comunicação de
massa constrói e contribui para construir certos eventos globais e audiências como um público global. 
 
Mídia, agentes sociais e relações de poder na perspectiva da análise de discurso crítica
 
Fairclough (2003a, p. 51-52) e Chouliaraki e Fairclough (1999) afirmam que a comunicação a distância é
um dos traços definidores da “globalização” contemporânea que facilitam o exercício do poder: é a
possibilidade de ações transcenderem diferenças no espaço e no tempo, unindo eventos e práticas sociais
diferentes por meio de alguma tecnologia de comunicação.
Os autores consideram as mídias de massa como uma parte do aparelho de governância, em que um
gênero de mídia, como o jornal, insere-se em um processo altamente complexo de recontextualização e de
transformação de outras práticas sociais, tal como política e governo, apresentados em textos e em
interações de diferentes práticas, como a vida cotidiana. Isso está relacionado ao que foi apontado como a
importância da voz da mídia.
A ação das pessoas e a capacidade de persuasão que elas terão para atingir determinados objetivos
consistem no que Castells esboçou sobre as estratégias de desenvolvimento local. Essas estratégias
devem contemplar os fatores necessários para que se tenha no campo uma inserção competitiva. Para
isso, como mencionado anteriormente, é necessário que o meio possibilite uma infraestrutura adequada (a
partir do acesso a serviços essenciais, de um sistema de comunicação que assegure a conectividade, da
informação e da existência de recursos humanos capazes de produzir e gerenciar no novo sistema técnico-
econômico).
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Com todos esses fatores, os modelos de realidade linguística podem, a um só tempo, ser antagônicos na
disputa pela hegemonia no campo da produção, mas estar em solidariedade orgânica na divisão do
trabalho de dominação organizada. Dessa forma, importa o papel dos agentes no campo. Castells (1999)
definiu três pontos que permitem verificar esse papel, por meio:
 
1. da produção: consiste na ação da humanidade sobre a matéria, visando a sua apropriação para
transformá-la em benefício próprio;
2. da experiência: é entendida como a ação dos sujeitos sobre si mesmos, determinada pela interação
entre as identidades biológicas, culturais e seus ambientes sociais e naturais;
3. do poder: definido como a relação entre os sujeitos que, por meio da produção e experiência, vão
impor a vontade de alguns sobre a de outros pelo emprego potencial ou real da violência física ou
simbólica.
 
Os pontos destacados por Castells permitem compreender os elementos que estabelecem a dinâmica das
formas de linguagens utilizadas no campo linguístico online, por meio dos aspectos multimodais,
hipertextuais, interativos e das relações existentes entre usuário e produtor, naquilo que este tem
acumulado em produção, experiência e poder sobre o que enuncia, gerando capital simbólico para si,
conforme trabalho sobre reconfiguração da linguagem na globalização. 
 
PROPOSTA DE ATIVIDADE 
Com o avanço das novas tecnologias de informação e comunicação, houve uma reconfiguração no sistema
de produção baseado pelos modos de informação. Uma dessas reconfigurações consistiu na
disponibilização do sistema de livros digitais. Reflita a respeito, considerando seu conhecimento sobre
gêneros discursivos (textuais) - a superestrutura e as características de acesso dos livros digitais e dos
livros impressos.
 
A mídia e interação na Perspectiva da Análise de Discurso Crítica (ADC) 
Ao considerar a perspectiva teórica que será discutida nesta disciplina, é também importante introduzir na
discussão inicial o estudo de Thompson (1998, 2002) sobre a forma como ocorreu o advento das
telecomunicações, que se configura como uma disjunção entre o espaço e o tempo na transmissão da
informação e do conteúdo simbólico, levando à descoberta da simultaneidade não espacial e afetando as
maneiras pelas quais os indivíduos experimentam as características de espaço e de tempo da vida social.
Para Thompson, há três tipos de interação:
 
1) a quase-interação mediada (quase-interação midiática);
2) a interação face a face;
3) a interação mediada; e
 
O autor entende que a quase-interação mediada consiste na extensa disponibilidade de informação e de
conteúdo simbólico no tempo e no espaço, na disseminação no tempo e no espaço, no estreitamento das
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deixas simbólicas, na produção de formas simbólicas para um número indefinido de receptores potenciais
e no caráter predominantemente monológico.
Com o surgimento da quase-interação midiática como uma forma significativa de intercâmbio social das
sociedades modernas atuais, ocorreu a transformação da natureza da publicidade e da visibilidade de um
indivíduo ou evento. Até então, antes do desenvolvimento da mídia, o público – que é o visível ou acessível
a outros, diferentemente do privado, que é um ato invisível, desempenhado secretamente entre um círculo
restrito de pessoas – ligava-se à partilha de um local comum, a publicidade tradicional de copresença e
potencialmente de caráter dialógico. Com o advento dos meios de comunicação, criaram-se novas formas
de publicidade, não mais ligadas à partilha de um lugar comum, mas sem substituí-la, ampliando-a e
transformando-a. É essa que Thompson chama de publicidade midiática.
Quanto à organização social da quase-interação mediada, Thompson (1998) apresenta duas regiões
presentes em uma ação interativa: a região frontal e a região de fundo. A região frontal pode ser entendida
como certas suposições e as características físicas do ambiente em que ocorre a ação, e a região de fundo
é aquela que comporta determinadas ações e expressões consideradas inadequadas. Nesta, o agente
social relaxa e tem comportamentos incompatíveis com as utilizadas na região frontal. Tal ação interativa é
o que Fairclough (2003a) e Chouliaraki e Fairclough (1999) chamam de ação à distância e é um dos traços
definidores da “globalização” contemporânea que facilitam o exercício do poder: é a possibilidade de ações
transcenderem diferenças no espaço e no tempo, unindo eventos sociais e práticas sociais diferentes, por
meio de alguma tecnologia de comunicação - é a (inter)ação mediada. Eles consideram as mídias de
massa como uma parte do aparelho de governância, em que um gênero de mídia, como os jornais, insere-
se em um processo altamente complexo de recontextualização e de transformação de outras
práticas sociais, tal como política e governo, presentes em textos e em interações de diferentes práticas,
como a vida cotidiana. 
Um dos exemplos mais desenvolvidos por Poster de como o modo de informação dissolveo sujeito estável
da modernidade, autônomo e crítico, é a transformação operada pela passagem da informação impressa à
informação eletrônica feita em tempo real.
 
Formas mediadas
Temos, assim, uma nova forma de interação, em um fluxo de mensagem unidirecional, com uma quase-
participação. Os receptores elaboram e reelaboram as mensagens recebidas via meios de
comunicação de massa, passando-as aos receptores secundários. Dessa forma, temos o que
Thompson (1995, p. 321) chama de “mediação ampliada”, para o qual a capacidade de gerenciamento
da visibilidade se faz essencial. Com esse quadro, tornou-se difícil aos que exercem o poder
controlar e restringir o acesso à informação; na nova arena política, surge uma nova forma de
interação, que o autor chama de quase-interação mediada, através da qual tanto os laços de
lealdade e de afeto como os de rejeição podem ser criados.
Na perspectiva da análise de discurso crítica (ADC), recorremos a Chouliaraki e Fairclough (1999, p.137) e
à discussão que apresentam sobre escala e reescala, em uma perspectiva discursiva e social, com foco
nas questões de linguagem. Os autores analisam os espaços e as práticas sociais, em que pessoas, como
cidadãos, dialogam sobre questões de interesse comum de forma que podem afetar a política e provocar
mudança social. Na perspectiva da ADC, esferas públicas como práticas sociais significam que, apesar de
terem um momento discursivo, elas não são simplesmente discursivas: são práticas de ação social e
política, conjunturas em que pessoas reúnem recursos para fazer algo sobre questões ou problemas.
Nelas, dialogar é uma atividade primária.
Segundo Chouliaraki e Fairclough (1999), com a pluralidade e a fragmentação da vida social da
modernidade tardia, a literatura da pós-modernidade enfatiza a diferença social. Os autores mostram que
isso se reflete nos processos linguísticos pela fragmentação e pela diferenciação.
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O período da pós-modernidade é retratado em Chouliaraki e Fairclough (1999) como sociedade tardia. Os
autores consideram que nesse período as análises da esfera pública eram feitas considerando-a como
simples e unitária (HABERMAS apud CHOULIARAKI; FAIRCLOUGH, 1999), mas as recentes análises
sugerem a existência de muitas esferas públicas diferentes, plurais e inacabadas e de fronteiras
permeáveis, cujo diálogo se dá pelo trabalho da diferença.
Habermas concebe a esfera pública como um espaço social no qual os debates sobre as questões sociais
e políticas são livremente direcionados a grupos de cidadãos fora das estruturas do Estado burguês,
constituindo uma forma de usar a linguagem em público. Ou seja, a configuração dessas esferas como
sendo a “esfera dos públicos”.
Não há como discutir as questões de linguagem sem correlacioná-las com o modelo de sociedade
configurado pelos avanços tecnológicos advindos da globalização e da expansão da internet na vida das
pessoas. Isso interfere no âmbito público como um espaço global e nos convida a discutir sobre o modelo
de sociedade baseado nos modos de informação veiculada pelas mídias. Isso, com a explosão da internet
na última década do século XX, reconfigura não só a linguagem como também a forma de produção das
mídias sob interferência do avanço tecnológico de transmissão de dados via satélite.
Esse modelo de reconfiguração pode ser exemplificado por meio de ferramentas da sociedade tecnológica
ao criar novos softwares. Esses softwares possibilitam não só a circulação rápida de qualquer evento
social que ocorra na aldeia global como também nas condições de quem pode produzir e retransmitir a
informação sobre qualquer evento social.
 
Mudanças sociais e tecnológicas: interação midiática
 
O papel dos meios de comunicação no processo de mudança social já foi apontado por Fairclough (1992,
1995) e Chouliaraki e Fairclough (1999) como a forma pela qual a linguagem da mídia se configura nas
relações de poder e do impacto dos sentidos produzidos na relação de interação.
Norman Fairclough (1995) aponta o quanto é importante compreender o papel dos meios de comunicação
de massa para a mudança social, uma vez que as transformações dependem da influência desses meios,
bem como das crenças, das práticas, dos valores, das atitudes, das identidades e da mediação; a
experiência social das pessoas é uma complexa combinação de vivências não mediadas, que ocorrem por
meio de interação direta e trocas com outras pessoas e, também, da experiência mediada, na qual cada
uma molda e direciona sua resposta ao outro.
Com isso, tem-se a interação, em um fluxo de mensagem unidirecional, com uma quase-participação. Os
receptores elaboram e reelaboram as mensagens recebidas via meios de comunicação de massa,
passando-as aos receptores secundários. Isso nos remete ao que Thompson (1995, p. 321) chama
de mediação ampliada. Em uma sociedade globalizada, a informação circula em uma velocidade
acelerada, em tempo real, e com isso uma nova forma de divulgar a informação se constitui por meio dos
avanços tecnológicos que surgem no contexto de uma sociedade tecnologicamente globalizada. Essa
tecnologização da sociedade reconfigura as formas de interação por meio da comunicação midiática e a
interação, especificamente no ambiente da internet, é reapresentada por Poster (2000, p. 52) da seguinte
forma:
[...] as novas tecnologias instalam o interface, “face entre as faces”; a face que insiste em lembrar-nos que
temos “faces”, lados que estão presentes no momento do enunciado, e que não estamos presentes de
uma forma simples ou imediata. O interface tornou-se um fator crítico para o êxito da internet. Para ser
apelativa para muitas pessoas, a internet não pode ser apenas eficiente, útil ou proporcionar distrações: ela
tem de apresentar-se de uma forma agradável.
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Veja que, como proposto pelo autor, a reconfiguração da linguagem pelo modo de informação altera
também as formas de interação – outro processo de mudança social e tecnológica. Para ele, a
internet deve, além de eficiente, ser agradável, por isso a interface reconfigura a relação máquina e
usuário, por meio de um parecer “transparente”, ou seja, “não deve parecer um interface, algo que está
presente entre dois seres estranhos” (POSTER, 2000, p. 52). O autor afirma ainda que ao mesmo tempo
em que a internet demonstra o seu lado fascinante, por meio do anúncio de novidades deve encorajar
“uma exploração das diferenças inerentes à máquina”.
Poster (2000) afirma que o problema da internet não consiste meramente na tecnologia, mas na mecânica,
no sentido de romper a fronteira que há entre homem e máquina, visando a criar mecanismos para atrair o
homem à tecnologia, com o propósito de transformar a máquina em “equipamento já usado” e o homem
em “cyborg, numa interligação com a máquina”. Ormundo (2007) chama a atenção para o exposto até aqui,
uma vez que isso traduz a relação entre modo de informação e modo de produção. No modo de produção,
o centro era o homem e suas necessidades de classe, sem relação direta com as novas tecnologias da
época, que consistiam no modo marxista baseado na diferença entre classes. Já o modo de informação
reconfigura essa relação, associando o homem a novas tecnologias.
O conceito de mediação na proposta de Poster inclui a noção de comunicação feita por um meio que tem
propriedades específicas que afetam a natureza da comunicação. Esse meio intervém no processo da
comunicação a partir das ferramentas da internet que alteram, significativamente, os gêneros da
comunicação por meio dos websites e novas mídias sociais.
 
Mediação e interação midiática na perspectiva de autoresda análise de discurso crítica
 
Chouliaraki e Fairclough (1999, p. 42) vão discutir sobre a natureza textualmente mediada da vida social
contemporânea. Para os autores, o discurso escrito é um discurso mediado no sentido de que um meio
técnico é usado para aumentar o distanciamento espaço-temporal. Outras características do texto mediado
são a ruptura de contextos de produção e de recepção, a redução do conhecimento compartilhado e a
redução do âmbito dos recursos simbólicos disponíveis para construir e para interpretar significado.
Em Fairclough (2003a), o termo mediação, com base nos estudos de Silverstone, foi usado como
“movimento de significado” de uma prática social a outra, de um evento a outro, de um texto a outro. Trata-
se de um processo complexo, que se dá por meio da “cadeia” ou “rede” de textos transformados e
transformativos. Para Fairclough, tal rede envolve a formação em rede de diferentes práticas sociais por
meio de diferentes domínios ou campos da vida social. Também perpassa diferentes escalas da vida social
e depende de processos mais complexos de mediação textual de eventos sociais. Temos, assim, a
capacidade de influenciar ou de controlar processos de mediação como um importante aspecto do poder
nas sociedades contemporâneas e que produzem significados de acordo com a atuação de todos os
elementos (semióticos, poder) dos agentes do campo. 
A associação da mídia e o conceito de mediação permitem compreender como os eventos sociais são
reportados em narrativas dos noticiários e a sua forma e significado são transformados de acordo com as
convenções do gênero narrativo de notícias. O autor cita como exemplo o que ele tem desenvolvido como
recontextualização no processo de mudança de significado, pois ela implica a reconfiguração – ao tirá-
lo de um meio e recolocá-lo no outro, altera-se a forma e o significado. Conforme Silverstone, a
movimentação do significado de um texto a outro, de um discurso a outro, de um evento a outro, vai
envolver transformações constantes nos significados, por meio das propriedades específicas do local em
que os textos, discursos e eventos foram (re)locados. A linguagem é reconfigurada pela propriedade
específica dos meios; com isso, ela implica a mudança do significado, tendo, assim, questões culturais,
econômicas, políticas, ideológicas e de poder.
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Exercício 1:
Norman Fairclough conceitua a linguagem sempre vinculada às mudanças sociais
contemporâneas, ao impacto da linguagem na vida social e à forma como os
sujeitos utilizam a linguagem e os sentidos produzidos. O autor, ao tratar sobre
Linguagem e Globalização, estabelece a discussão sobre:
 
A)
a configuração da linguagem nos modos de produção com base nas mudanças
sociais.
B)
a reestrutura e a reescala do capitalismo que trarão um ingrediente semiótico que
instaura uma nova ordem do discurso e novas relações entre gêneros, discurso e
estilo para a análise da linguagem.
C)
o processo de interferência ideológica nas atividades de produção de texto em
situações de hierarquia e poder.
D)
a reestruturação da nova ordem social em um contexto social mais amplo,
marcado por novas práticas discursivas e ideológicas marcadas pela luta de
classe.
E)
a configuração da sociedade em rede e o contexto da cibercultura.
 
Comentários:
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Exercício 2:
Fairclough ao tratar das questões sobre linguagem e globalização considera que a
transformação do capitalismo teve um sentido semiótico com base:
 
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A)
na economia do conhecimento e na sociedade do conhecimento e da informação.
B)
nos modos de produção e na revolução tecnológica.
C)
na reestruturação da economia com base na divisão do trabalho.
D)
nos modos de informação e na reestruturação da sociedade moderna.
E)
nos meios de comunicação de massa e nas mídias tradicionais. 
Comentários:
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Exercício 3:
Fairclough considera que a transformação do capitalismo envolveu o movimento
dos discursos e a questão da reescala e exemplifica por meio dos discursos da
nova gerência pública e da gerência de qualidade por:
A)
apresentarem maneiras de agir centradas nos modos de produção industrial. 
B)
discorrerem sobre práticas sociais e ordens do discurso associadas às práticas
discursivas.
C)
discorrerem sobre temas locais e gêneros discursivos situados em um
determinado ambiente tecnológico.
D)
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apresentarem pesquisas sobre a espetacularização dos eventos sociais no
contexto midiático.
 
E)
apresentarem novas maneiras de agir, de interagir e novos gêneros na relação
que a linguagem da globalização estabelece com os movimentos políticos,
organizações não governamentais (ONGs) e outras vozes da globalização.
Comentários:
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Exercício 4:
Fairclough ao discorrer sobre Linguagem e Teoria Social considera que:
A)
a investigação da forma linguística deve ser viabilizada no campo estrutural.
B)
a pesquisa linguística e os processos de mudança da linguagem ocorrem na
perspectiva cognitiva determinista.
C)
a teoria social reestrutura a pesquisa das formas de linguagem em uma
abordagem centrada na discussão da ideologia.
 
D)
a forma linguística tem de ser compreendida pela mudança na linguagem, uma
vez que os aspectos da vida social estão centrados na linguagem.
E)
o processo de mudança linguística está direcionado para o processo de mudança
social desvinculando a ação dos agentes sociais.
Comentários:
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Exercício 5:
Para Fairclough, o conceito de marketização do discurso está aliado:
 
A)
ao processo de reestruturação das formas linguísticas associadas as mudanças
nas práticas sociais.
B)
às transformações econômicas que se instauraram nos processos de mudança do
novo capitalismo e da constante influência das novas tecnologias.
C)
ao mecanismo de divulgação das práticas discursivas e suas ordens do discurso –
distribuição e consumo.
D)
aos procedimentos dos processos de produção tecnológica advindos da revolução
industrial.
E)
ao funcionamento ideológico e hegemônico de determinada sociedade.
Comentários:
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Exercício 6:
Para a abordagem da Análise de Discurso Crítica interessa investigar as relações
entre linguagem e economia para desvelar o surgimento de novos domínios das
práticas discursivas do mercado e analisar a forma como
I. a linguagem passa por céleres mudanças ao ser econômica e
linguisticamente interpenetrada;
II. as mercadorias apresentarem cada vez mais aspectos culturais e semióticos.
III. a mercadoria linguística inclui os produtos da cultura industrial e passam a
representar um instrumento importante nas relações sociais, econômicas e
culturais que se estabeleceram na era da globalização.
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A)
Apenas I está correta.
B)
Apenas II está correta.
C)
I, II e III estãocorretas. 
D)
 
Apenas II e III estão corretas.
E)
Apenas I e III estão corretas.
Comentários:
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Exercício 7:
Para Fairclough, o design estético da linguagem como mercadoria tem uma
característica multissemiótica, principalmente
A)
em textos contemporâneos que permitem atribuir o conceito de linguagem
mercadológica, e que ele se vincula a uma abordagem transdisciplinar ao
contemplar os aspectos de uma economia política cultural.
B)
por meio das práticas discursivas.
 
C)
 por meio do modelo de análise tridimensional.
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D)
em etapas da análise social, dos eventos sociais e das ordens do discurso.
E)
 na configuração da estrutura social e o momento semiótico correspondente – a
linguagem.
 
Comentários:
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Exercício 8:
Fairclough (2000) considera fundamental o papel da linguagem como parte da
prática social quando:
I. discute o poder da linguagem no jogo de interesses, que envolve as relações
entre os agentes nas práticas sociais por meio da ADC do novo trabalhismo
britânico.
II. refere-se ao fato de que eventos e personalidades políticas passam à
condição de produtos e a linguagem utilizada nessa prática social molda-se
para satisfazer a necessidade discursiva de uma economia neoliberal, bem
caracterizada pelo contexto do novo trabalhismo retratado nessa obra.
III. para exemplificar a importância da linguagem, o autor utiliza o cenário
político-governamental do novo trabalhismo em que a linguagem é
incrementada por aspectos multimodais por meio da imagem e da postura de
Tony Blair, então primeiro-ministro britânico.
 
A)
 Apenas I está correta.
B)
Apenas II está correta.
C)
Apenas II e III estão corretas.
D)
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 Apenas I e III estão corretas.
E)
 I, II e III estão corretas.
Comentários:
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