Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Definição, classificação, etiologia, quadro clínico Tratamento, recuperação nutricional Profa. Priscila Bueno de Miranda Desnutrição ConceitoConceito Desnutrição protéicoDesnutrição protéico--energética (DPE) corresponde a energética (DPE) corresponde a um estado crônico de carência calóricoum estado crônico de carência calórico--protéica, protéica, proveniente da deficiência na ingestão, digestão ou proveniente da deficiência na ingestão, digestão ou absorção, resultando em perda de peso. absorção, resultando em perda de peso. Epidemiologia Epidemiologia Epidemiologia Epidemiologia Epidemiologia Epidemiologia Epidemiologia Epidemiologia Ingestão insuficiente (fome, anorexia, disfagia) Doenças que alteram o apetite, digestão, absorção ou metabolismo dos nutrientes: Doenças que afetam a função gastrintestinal (má digestão, má absorção, obstrução) Distúrbios consuntivos (Hipertireoidismo, DM1, citocinas e hormônios reguladores, AIDS, câncer, alcoolismo ) Doença grave (TMB aumentada, degradação protéica, lipólise) EtiologiaEtiologia Reversível com terapia nutricionalReversível com terapia nutricional Correção da causaCorreção da causa PRIMÁRIAPRIMÁRIA SECUNDÁRIASECUNDÁRIA Diagnóstico adultosDiagnóstico adultos Diagnóstico crianças e adolescentesDiagnóstico crianças e adolescentes Curvas de crescimento OMS DiagnósticoDiagnóstico Diagnóstico Exame Físico História Alimentar Exames Laboratoriais Resposta Metabólica à InaniçãoResposta Metabólica à Inanição Baixa ingestão Mobilização de proteínas e gorduras como energia Preservação de proteínas viscerais (albumina) Baixa produção e sinalização de leptina Aumento no cortisol Lipólise DESNUTRIÇÃODESNUTRIÇÃO Resposta metabólica na inaniçãoResposta metabólica na inanição Diminui a utilização da glicose Preservação de 15% do glicogênio hepático Aumenta lipólise e produção de corpos cetônicos Produção de glicose reduz pela metade Lipólise é maior que o dobro dos valores encontrados em 12h de jejum Maior produção de corpos cetônicos JEJUM 24hJEJUM 24h JEJUM 3 diasJEJUM 3 dias Resposta metabólica na inaniçãoResposta metabólica na inanição Produção de corpos cetônicos aumenta em 75 vezes, passando a fornecer 70% das necessidades energéticas Corpos cetônicos ultrapassam as barreiras hematoencefálicas, diminuindo a utilização e glicose e evitando maior degradação muscular Rins passam a produzir glicose através da glutamina liberada pelos músculos, passando a compor 50% da produção de glicose TMB reduz em 15% JEJUM 7 diasJEJUM 7 dias Resposta metabólica na inaniçãoResposta metabólica na inanição Tecido adiposo é responsável por 90% das necessidades energéticas Produção de glicose reduz muito, ofertando energia apenas para tecidos glicolíticos e cérebro Reduz a utilização de proteínas musculares TMB reduz em 25% JEJUM > 14 diasJEJUM > 14 dias Nas crianças...Nas crianças... Afeta o crescimento e desenvolvimentoAfeta o crescimento e desenvolvimento MARASMOMARASMO KWASHIORKORKWASHIORKOR NANISMO NANISMO NUTRICIONALNUTRICIONAL MARASMOMARASMO Redução de proteínas no músculo esquelético e preservação de proteínas viscerais Costelas, articulações e ossos faciais proeminentes Pele fina e frouxa, posicionando-se nas dobras Cabelo fino e ralo, facilmente arrancados Crianças apáticas e fracas. Anemia Atrofia das papilas da língua Alternância entre constipação e diarréia. Fezes com muco. Infecções intercorrentes, deficiência imunológica Perda ponderal e depleção acentuada do tecido adiposo Perda ponderal e depleção acentuada do tecido adiposo subcutâneo e da massa muscularsubcutâneo e da massa muscular KWASHIORKORKWASHIORKOR Doença aguda relacionada ao estresse fisiológico de uma Doença aguda relacionada ao estresse fisiológico de uma infecção, que induz uma cascata metabólica nociva em uma infecção, que induz uma cascata metabólica nociva em uma criança já desnutrida. criança já desnutrida. Deficiência protéica é maior que a redução de calorias totais. Deficiência protéica é maior que a redução de calorias totais. Comum em países empobrecidos, onde a alimentação é Comum em países empobrecidos, onde a alimentação é composta predominantemente por carboidratos.composta predominantemente por carboidratos. A presença de edema periférico é o que a diferencia do marasmo.A presença de edema periférico é o que a diferencia do marasmo. KWASHIORKORKWASHIORKOR Comumente observada após desmame Depleção de tecido gorduroso subcutâneo e muscular menos acentuada que no marasmo Redução de proteínas nos órgãos viscerais (fígado: albumina). Perda de peso mascarada pela retenção de líquidos: Edema leve a generalizado. Membrana celular defeituosa/enfraquecida, que permite o movimento de potássio e outros íons para o espaço extracelular, aumentando a carga osmótica no interstício. Hipoalbuminemia. KWASHIORKORKWASHIORKOR Abdome protuberante, distensão intestinal, hepatomegalia (nunca ascite) e esteatose hepática Cabelos com coloração amarelo-avermelhada Crianças apáticas e letárgicas. Anemia. Irritabilidade quando seguradas. Infecções intercorrentes, deficiência imunológica NANISMO NUTRICIONALNANISMO NUTRICIONAL O organismo diminui a velocidade de crescimento para economizar energia, chegando a anulá-la completamente em casos extremos Em menores de dois anos esse atraso é potencialmente reversível CaracterizaCaracteriza--se por atraso do crescimento esquelético, se por atraso do crescimento esquelético, apresentando baixa estatura e retardo no desenvolvimento apresentando baixa estatura e retardo no desenvolvimento sexual, entretanto, o peso pode ser normal para a alturasexual, entretanto, o peso pode ser normal para a altura NANISMO NUTRICIONALNANISMO NUTRICIONAL COMPOSIÇÃO CORPORAL Tecido adiposo pode ser completamente depletado Massa muscular pode ser depletada em até 50% Alterações induzidas pela desnutriçãoAlterações induzidas pela desnutrição ÁGUA CORPORAL Redução do volume intravascular (baixa ingestão de água e sódio) Edema (redução de PTN plasmáticas, capilares e células enfraquecidos, volume intersticial aumentado) Alterações induzidas pela desnutriçãoAlterações induzidas pela desnutrição PELE Ressecamento, enrugamento Atrofia de camadas Fissura, descamação, pele fina Alterações induzidas pela desnutriçãoAlterações induzidas pela desnutrição CABELOS Escasso, fino e facilmente arrancado. Perda de pêlos axilares e pubianos Lanugem excessiva Alterações induzidas pela desnutriçãoAlterações induzidas pela desnutrição TRATO GASTRINTESTINAL Deterioração estrutural e funcional do intestino, pâncreas e fígado. Atrofia e achatamento das vilosidades Redução das secreções gástricas, pancreáticas e biliares, comprometendo a digestão e absorção Abdome protuso: hipomotilidade e distensão provocada pelos gases Hepatomegalia: acúmulo de tecido adiposo (mobilização) Alterações induzidas pela desnutriçãoAlterações induzidas pela desnutrição CORAÇÃO Redução da massa, FC (40bpm), débito cardíaco e hipotensão PULMÃO Alteração na função dos músculos respiratórios Redução do volume na inspiração Alterações induzidas pela desnutriçãoAlterações induzidas pela desnutrição RINS Na desnutrição grave: redução da massa, filtração glomerular, habilidade de excretar ácidos e sódio e concentrar a urina Proteinúria MEDULA ÓSSEA Suprime produção de hemácias e leucócitos (eritrócitos) Leucopenia, linfocitopenia e anemia Alteraçõesinduzidas pela desnutriçãoAlterações induzidas pela desnutrição MÚSCULOS Perda de massa, alteração no potencial de ação e fadiga CÉREBRO Integridade preservada Alterações induzidas pela desnutriçãoAlterações induzidas pela desnutrição SISTEMA IMUNE Atrofia dos tecidos linfóides (timo, amígdalas e linfonodos) Imunossupressão SISTEMA ENDÓCRINO Menor concentração de insulina Inativação dos hormônios da tireóide Maior concentração de cortisol Alterações induzidas pela desnutriçãoAlterações induzidas pela desnutrição METABOLISMO ENERGÉTICO Redução do gasto energético Hipotermia Fadiga, como mecanismo de defesa contra atividade física Alterações induzidas pela desnutriçãoAlterações induzidas pela desnutrição TratamentoTratamento Inicial Reposição com fluidos e eletrólitos antes da realimentação; Suplementação vitamínica Realimentação Pequenos volumes em intervalos frequentes Oral/Enteral Objetivo: Prevenir deterioração adicional, restaurar funções orgânicas e repor os depósitos de energia Atentar-se à Sd da Realimentação (5 dias – arritmia, diarréia, intolerância à glicose, desequilibrio hidroeletrolítico) Referências bibliográficasReferências bibliográficas
Compartilhar