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Slides de Aula (1) literatura

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Unidade I
LITERATURA PORTUGUESA: POESIA
Profa. Ana Lúcia Machado
Literatura portuguesa
 Abordagem diacrônica e com base em leituras – autores
e obras decisivas para a formação da cultura literária em 
Portugal, desde a Idade Média até a contemporaneidade.
 Proporcionar-lhe o reconhecimento do desenvolvimento
e das características específicas da literatura portuguesa, por 
meio do estudo de autores e de algumas obras, considerando 
o contexto histórico, cultural e social de cada período e as 
características específicas dos escritores pesquisados.
Trovadorismo 
 Dependente da música e da coreografia, pois a poesia era feita 
para ter o acompanhamento musical de algum instrumento.
Pessoas envolvidas nas apresentações musicais e poéticas:
 trovador – geralmente da nobreza, compunha os poemas 
por prazer;
 jogral – canta e recita composições dos outros, fazendo
disso sua profissão;
 segrel – classe intermediária entre o trovador e o jogral, 
apenas no galego-português; recebe pagamento pelo ofício, 
e do jogral, porque é fidalgo;
 menestrel – o termo substitui jogral, quando este passa a ser 
pejorativo e designar somente o vagabundo ou jogral
que faz sua arte de graça.
Trovadorismo
 Poemas eram denominados de cantigas por serem 
acompanhados de música, canto e instrumentos musicais. 
Tais cantigas eram escritas e cantadas em galego-português 
(Portugal e Galiza).
Cancioneiros (compilações escritas):
 Cancioneiro d’Ajuda – século XIII, portanto o único que 
remonta à época trovadoresca;
 Cancioneiro da Vaticana – na biblioteca do Vaticano;
 Cancioneiro da Biblioteca Nacional – inclui um tratado 
da poética trovadoresca;
 cantigas trovadorescas – divididas em dois tipos principais: 
cantigas lírico-amorosas e cantigas satíricas.
Cantigas de amor
Hun tal home sei eu, ai ben talhada,
que por vós tem a sa morte chegada;
vede quem é e seed’em nenbrada;
eu, mia dona.
Hun tal home sei eu que preto sente
de si morte chegada certamente;
vede quem é e venha-vos em mente;
eu, mia dona.
Hun tal home sei eu, aquest’oide:
que por vós morr’ e vo-lo em partide,
vede quem é e non xe vos obride;
eu, mia dona.
Cantigas de amor
 O eu-lírico dessa cantiga, cujo autor é D. Dinis, sofre por sua 
amada a ponto de declarar que irá morrer de amor.
Características:
 submissão absoluta à sua dama;
 vassalagem humilde e paciente;
 promessa de honrá-la e servi-la com fidelidade.
Cantigas de amigo
 Eu-lírico feminino, que dirige seu apelo amoroso à natureza
e não raro é ambientada no meio rural ou marítimo.
 Eu-lírico feminino: de camada social inferior, se apresenta 
como uma pastora ou camponesa, portanto distante da 
idealização da figura feminina das cantigas de amor.
 Cantiga de barcarola: no mar.
 Cantiga de serranilha ou pastorela: no campo.
 Cantiga de bailada: em ambientes de festa.
 Cantiga de romaria: em ambiente religioso.
Ai flores, ai, flores do verde pino,
se sabedes novas do meu amigo?
ai, Deus, e u é?
Ai flores, ai flores do verde ramo,
se sabedes novas do meu amado?
ai, Deus, e u é?
Se sabedes novas do meu amigo,
aquel que mentiu do que pôs comigo?
ai, Deus, e u é?
Se sabedes novas do meu amado,
aquel que mentiu do que mi á jurado?
ai, Deus, e u é?
Cantigas satíricas: cantigas de escárnio e maldizer
 Satirizam os aspectos da vida feudal, sem poupar nenhuma 
camada social, atingindo nobreza, clero e povo.
 Nas cantigas de escárnio, há uma crítica indireta; e nas 
de maldizer, direta, inclusive com a citação de nomes.
Ai dona fea! Foste-vos queixar
porque vos nunca louv’en meu trobar
mais ora quero fazer un cantar
em que vos loarei toda via;
e vedes como vos quero loar:
dona fea, velha e sandia!
Interatividade 
Nas cantigas de amor:
a) o trovador expressa o amor à mulher amada, encarando-a 
como um objeto acessível a seus anseios. 
b) o trovador velada ou abertamente ironiza personagens 
da época. 
c) o “eu-lírico” é feminino, expressando a saudade da ausência 
do amado. 
d) o poeta pratica a vassalagem amorosa, pois, em postura 
platônica, expressa seu amor à mulher amada. 
e) existe a expressão de um sentimento feminino, apesar 
de serem escritas por homens. 
Resposta
Nas cantigas de amor:
a) o trovador expressa o amor à mulher amada, encarando-a 
como um objeto acessível a seus anseios. 
b) o trovador velada ou abertamente ironiza personagens 
da época. 
c) o “eu-lírico” é feminino, expressando a saudade da ausência 
do amado. 
d) o poeta pratica a vassalagem amorosa, pois, em postura 
platônica, expressa seu amor à mulher amada. 
e) existe a expressão de um sentimento feminino, apesar 
de serem escritas por homens. 
Humanismo – poesia palaciana
 Poemas dos séculos XV e XVI foram reunidos no Cancioneiro 
Geral, de Garcia Resende, em 1516.
 Os poemas têm como principais características a autonomia 
em relação à música e o uso de temas ligados à vida social
da corte.
Novas técnicas e estruturas poéticas:
 a esparsa, uma única estrofe de 8 a 16 versos;
 a trova, composta de 2 ou mais estrofes;
 o vilancete, mote composto de 2 ou 3 versos, seguido
de voltas ou glosas, ou seja, estrofes em que o poeta
retomava e desenvolvia as ideias contidas no mote;
 a cantiga, um mote de 4 ou 5 versos e de uma glosa 
de 8 a 10 versos.
Humanismo – o teatro de Gil Vicente
 Teatro alegórico: objetos e personagens representam 
abstrações ou ideias como o Bem e o Mal.
 Personagens-tipo: representam determinada classe social, 
profissão, sexo, idade.
 Teatro cômico e satírico: a maioria das peças é comédia 
de costumes, seguindo o lema latino de Plauto: ridendo
castigat mores (“pelo riso corrigem-se os costumes”).
Humanismo – o teatro de Gil Vicente
 Autos pastoris: Auto pastoril português e Auto pastoril 
da Serra da Estrela.
 Autos de moralidade: Auto da barca do inferno, Auto da barca 
do purgatório, Auto da barca da glória, Auto da Lusitânia.
 Farsas: Farsa de Inês Pereira, O velho da horta, Quem tem 
farelos?
Todo o Mundo e Ninguém, de Gil Vicente
Ninguém: Como hás nome, cavaleiro?
Todo o Mundo: Eu hei nome Todo o Mundo
e meu tempo todo inteiro
sempre é buscar dinheiro
e sempre nisto me fundo.
Ninguém: Eu hei nome Ninguém,
e busco a consciência.
Belzebu: Esta é boa experiência:
Dinato, escreve isto bem. 
Dinato: Que escreverei, companheiro?
Belzebu: Que ninguém busca consciência
e todo o mundo dinheiro.
A farsa de Inês Pereira, de Gil Vicente
Inês: Pero: 
Andar! Pero Marques seja! I onde quiserdes ir 
Quero tomar por esposo vinde quando quiserdes vir, 
quem se tenha por ditoso estai quando quiserdes estar. 
de cada vez que me veja. Com que podeis vós folgar 
Por usar de siso mero, que eu não deva consentir? 
asno que leve quero,
e não cavalo folão;
antes lebre que leão,
antes lavrador que Nero.
 A fala de Inês ocorre no momento em que aceita casar-se
com Pero Marques, após o malogrado matrimônio com
o escudeiro.
 O primeiro marido de Inês (Brás da Mata) tratava-a 
de modo agressivo e tirânico. 
Auto da barca: inferno e crítica social
 Gil Vicente fez parte do humanismo: o período entre 
o dogmatismo teocêntrico da Idade Média e a revolução 
antropocêntrica do Renascimento.
 o autor foi, ao mesmo tempo, religioso e observador
crítico da sociedade decadente. Ele evidencia seus vícios, 
fazendo-os desfilar, ironicamente, numa galeria variada
de tipos e personagens, como o fidalgo, o frade, o judeu,
o procurador e a alcoviteira, entre outros.
Auto da barca do inferno, de Gil Vicente
E chegando à barca da glória, diz ao Anjo:
Brísida:
Barqueiro, mano, meus olhos,prancha a Brísida Vaz!
Anjo:
Eu não sei quem te cá traz...
Brísida:
Peço-vo-lo de giolhos!
Cuidais que trago piolhos,
anjo de Deus, minha rosa? (continua...)
Auto da barca do inferno, de Gil Vicente
Eu sou Brísida, a preciosa,
que dava as môças aos molhos. 
A que criava as meninas
para os cônegos da Sé...
Passai-me, por vossa fé,
meu amor, minhas boninas,
olhos de perlinhas finas!
Diabo:
Cavaleiros, vós passais
e não perguntais onde is?
Cavaleiro:
Vós, Satanás, presumis?
Atentai com quem falais!
Outro cavaleiro:
Vós que nos demandais?
Siquer conhecê-nos bem.
Morremos nas partes d’além,
e não queirais saber mais.
Interatividade 
Sobre o Auto da barca do inferno, de Gil Vicente, é correto 
afirmar que:
a) é um romance renascentista que faz profundas 
críticas sociais.
b) seu texto barroco rebuscado é voltado para reflexões 
sobre sociedade e religião.
c) é um texto que se insere no humanismo e tem
reflexões antropocêntricas.
d) o seu estilo, marcado pela valorização do campo e das 
coisas simples, é típico do Arcadismo.
e) possui personagens trovadorescas construídas a partir 
do cotidiano da sociedade portuguesa.
Resposta 
Sobre o Auto da barca do inferno, de Gil Vicente, é correto 
afirmar que:
a) é um romance renascentista que faz profundas 
críticas sociais.
b) seu texto barroco rebuscado é voltado para reflexões 
sobre sociedade e religião.
c) é um texto que se insere no humanismo e tem
reflexões antropocêntricas.
d) o seu estilo, marcado pela valorização do campo e das 
coisas simples, é típico do Arcadismo.
e) possui personagens trovadorescas construídas a partir 
do cotidiano da sociedade portuguesa.
Classicismo
 Imitação dos autores greco-romanos.
 Preocupação com a forma: exigência quanto à métrica e à 
rima dos poemas; correção gramatical, clareza na expressão 
do pensamento, sobriedade e lógica.
 Construção frasal: inversão dos termos na oração, 
influência latina.
 Utilização da mitologia greco-latina: efeito mais artístico, 
os mitos simbolizam ações, demonstram sentimentos 
e atitudes humanas.
 Universalidade e impessoalidade: preocupação com 
verdades universais.
Sá de Miranda
 Medida velha é uma técnica tradicional caracterizada por 
redondilha menor (composição poética com versos de cinco 
sílabas) e por redondilha maior (verso de 7 sílabas poéticas):
Comigo me desavim,
sou posto em todo perigo;
não posso viver comigo
nem posso fugir de mim.
Soneto, Sá de Miranda
O sol é grande: caem coa calma as aves,
Do tempo em tal sazão, que sói ser fria.
Esta água que de alto cai acordar-me-ia,
Do sono não, mas de cuidados graves.
Ó cousas, todas vãs, todas mudáveis,
Qual é tal coração que em vós confia?
Passam os tempos, vai dia trás dia,
Incertos muito mais que ao vento as naves. (continua...)
coa: com a / sazão: estação / sói: costuma, é comum.
Soneto, Sá de Miranda
Eu vira já aqui sombras, vira flores,
Vi tantas águas, vi tanta verdura,
As aves todas cantavam de amores.
Tudo é seco e mudo; e, de mistura,
Também mudando-me eu fiz doutras cores.
E tudo o mais renova: isto é sem cura!
 Preocupação com a efemeridade do tempo.
 Soneto italiano ou petrarquiano, atribuído ao
célebre poeta italiano Francesco Petrarca.
Luís Vaz de Camões
 Os Lusíadas é um poema épico ou epopeia, em que os
heróis são os “lusíadas”, os lusos, o povo português. 
 10 cantos; 1101 estrofes; oitava rima (ABABABCC); 8816 
versos decassílabos heroicos (com acentuação na sexta e 
décima sílabas poéticas) e sáficos (acentuação na quarta, 
oitava e décima sílabas poéticas). 
 Partes: proposição – exalta o heroísmo do povo português; 
invocação – o poeta invoca as ninfas do rio Tejo, Tágides, 
como suas musas inspiradoras; dedicatória – Os Lusíadas é 
dedicado ao Rei D. Sebastião; narração – narração mítica 
(deuses gregos coadjuvantes do enredo) e histórica (viagem 
de Vasco da Gama às Índias e outros grandes feitos de 
Portugal); epílogo – encerra de forma lamentosa e crítica (o 
país, antes um grande império, encontra-se em decadência).
Luís Vaz de Camões
 Produção poética: redondilhas, sonetos, sextilhas, oitavas, 
éclogas, elegias, canções, odes.
 Camões continuou a tradição dos antigos trovadores, 
renovando-a pelo renascimento das ideias clássicas.
A presença dos índices das cantigas é inequívoca, vertidos 
em humorismo, trocadilhos e jogos de conceitos:
 cantigas de iniciativa feminina, que se assemelham 
a serranilhas, pastorelas, barcarolas;
 vassalagem e culto à mulher amada;
 delicadeza do retrato e do tratamento;
 elogio hiperbólico;
 leveza e descompromisso do estilo palaciano.
Soneto 
Amor é fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói, e não se sente;
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer.
É um não querer mais que bem querer;
é um andar solitário entre a gente;
é nunca contentar se de contente;
é um cuidar que ganha em se perder. (continua...)
Soneto 
É querer estar preso por vontade;
é servir a quem vence, o vencedor;
é ter com quem nos mata, lealdade.
Mas como causar pode seu favor
nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor?
Interatividade 
Na lírica de Camões:
a) o tipo de verso usado para a composição dos sonetos 
é a redondilha maior.
b) encontram-se sonetos, odes, sátiras e autos.
c) cantar a pátria é o centro das preocupações.
d) encontra-se uma fonte de inspiração de muitos poetas 
brasileiros do século XX.
e) a mulher é vista em seus aspectos físicos, despojada de 
espiritualidade.
Resposta 
Na lírica de Camões:
a) o tipo de verso usado para a composição dos sonetos 
é a redondilha maior.
b) encontram-se sonetos, odes, sátiras e autos.
c) cantar a pátria é o centro das preocupações.
d) encontra-se uma fonte de inspiração de muitos poetas 
brasileiros do século XX.
e) a mulher é vista em seus aspectos físicos, despojada de 
espiritualidade.
Barroco
 Consequência da Reforma Protestante, iniciada em 1517
por Martinho Lutero e que dividiu a Igreja entre católicos 
e protestantes.
 Contrarreforma da Igreja Católica: a instituição do Tribunal 
do Santo Ofício ou Tribunal da Inquisição, que julgava os
atos ditos contra a fé (católica); criação da Companhia de 
Jesus, que devia combater os infiéis e expandir a fé cristã
nas colônias.
 Mundo dicotômico, dividido entre o catolicismo e o 
protestantismo, entre a fé e a ciência, que dá espaço 
à estética barroca.
Barroco
 Em 1578, o Rei de Portugal, D. Sebastião, com apenas 
quatorze anos, desapareceu na batalha de Alcácer-Quibir,
na África, não deixando herdeiros diretos.
 O desaparecimento de D. Sebastião incitou o imaginário 
popular, dando origem a um posicionamento místico 
denominado sebastianismo, no qual muitos acreditavam 
no retorno de D. Sebastião como um salvador, um messias.
 Em 1580, o Rei da Espanha, Filipe II, herdeiro mais próximo 
da coroa portuguesa, anexou Portugal a seu país. Foi um 
dos períodos mais desesperadores para a história de Portugal 
e, culturalmente, um período de grande estagnação. 
Estilo barroco
 A literatura barroca é marcada pelo rebuscamento da 
linguagem e pela sobrecarga de figuras de estilo como a 
metáfora, a alegoria, a hipérbole e a antítese.
 Conceptismo: mais comum na prosa, essa corrente segue as 
orientações do poeta espanhol Quevedo. Valoriza o raciocínio 
lógico, os silogismos, pelo uso de jogos de ideias.
 Cultismo: mais comum na poesia, essa corrente segue as 
orientações de Gôngora, poeta espanhol, por isso é também 
chamada de gongorismo. Nela são valorizados os jogos de 
palavras, a linguagem rebuscada, com trocadilhos e
sentidos ambíguos.
Francisco Rodrigues Lobo
Fermoso Tejo meu, quão diferente
Te vejo e vi, me vês agorae viste:
Turvo te vejo a ti, tu a mim triste,
Claro te vi eu já, tu a mim contente.
A ti foi-te trocando a grossa enchente
A quem teu largo campo não resiste;
A mim trocou-me a vista em que consiste
O meu viver contente ou descontente! (continua...)
Francisco Rodrigues Lobo
Já que somos no mal participantes,
Sejamo-lo no bem. Oh, quem me dera
Que fôramos em tudo semelhantes!
Mas lá virá a fresca Primavera:
Tu tornarás a ser quem eras dantes,
Eu não sei se serei quem dantes era.
Arcadismo
 Combateu a mentalidade religiosa da Contrarreforma
e retomou a cultura renascentista: uma arte mais equilibrada, 
baseada na razão, e cuja temática voltava-se para a vida 
simples, cultivada longe dos grandes centros urbanos.
 Iluminismo: teve início na Inglaterra e seu apogeu na 
Revolução Francesa, com o lema “Igualdade, Liberdade 
e Fraternidade”.
 Portugal se encontrava muito aquém do desenvolvimento 
político, econômico e cultural do restante da Europa; havia 
despotismo. Marquês de Pombal (Sebastião José de 
Carvalho), primeiro-ministro do Rei, interferiu na educação, 
proibindo o ensino dos jesuítas e os expulsando do país
e das colônias. Fez reformas políticas e culturais, 
imbuído dos ideais iluministas.
Arcadismo: características 
 Fugere urbem: “fuga da cidade”, pois
a felicidade só existe no campo.
 Aurea mediocritas: “lugar da mediocridade”,
cultua-se uma vida simples e equilibrada.
 Locus amoenus: “lugar ameno”, no campo,
um lugar que propicie os encontros amorosos.
 Inutilia truncat: “cortar o inútil”, acabando
com os excessos barrocos na linguagem.
Manuel Maria Barbosa de Bocage 
 Poesia erótico-satírica: linguagem obscena e agressiva.
 Poesia lírica.
Magro, de olhos azuis, carão moreno,
Bem servido de pés, meão na altura,
Triste de facha, o mesmo de figura,
Nariz alto no meio, e não pequeno;
Incapaz de assistir num só terreno,
Mais propenso ao furor do que à ternura;
Bebendo em níveas mãos, por taça escura,
De zelos infernais letal veneno; (continua...)
Manuel Maria Barbosa de Bocage 
Devoto incensador de mil deidades
(Digo, de moças mil) num só momento,
E somente no altar amando os frades,
Eis Bocage em quem luz algum talento;
Saíram dele mesmo estas verdades,
Num dia em que se achou mais pachorrento.
 Em autorretrato bem humorado, o poeta confessa sua vida 
boêmia, cheia de prazeres, seu espírito inquieto e certo 
repúdio à religião. Era considerado um homem bonito.
Interatividade 
Bocage foi: 
a) o poeta mais representativo do Arcadismo em Portugal.
b) o poeta mais representativo do Arcadismo no Brasil.
c) um poeta pré-romântico.
d) o escritor-chave para a compreensão do movimento barroco. 
e) um cronista medieval. 
Resposta 
Bocage foi: 
a) o poeta mais representativo do Arcadismo em Portugal.
b) o poeta mais representativo do Arcadismo no Brasil.
c) um poeta pré-romântico.
d) o escritor-chave para a compreensão do movimento barroco. 
e) um cronista medieval. 
ATÉ A PRÓXIMA!
	Slide Number 1
	Literatura portuguesa
	Trovadorismo 
	Trovadorismo
	Cantigas de amor
	Cantigas de amor
	Cantigas de amigo
	Slide Number 8
	Cantigas satíricas: cantigas de escárnio e maldizer
	Interatividade 
	Resposta
	Humanismo – poesia palaciana
	Humanismo – o teatro de Gil Vicente
	Humanismo – o teatro de Gil Vicente
	Todo o Mundo e Ninguém, de Gil Vicente
	A farsa de Inês Pereira, de Gil Vicente
	Auto da barca: inferno e crítica social
	Auto da barca do inferno, de Gil Vicente
	Auto da barca do inferno, de Gil Vicente
	Slide Number 20
	Interatividade 
	Resposta 
	Classicismo
	Sá de Miranda
	Soneto, Sá de Miranda
	Soneto, Sá de Miranda
	Luís Vaz de Camões
	Luís Vaz de Camões
	Soneto 
	Soneto 
	Interatividade 
	Resposta 
	Barroco
	Barroco
	Estilo barroco
	Francisco Rodrigues Lobo
	Francisco Rodrigues Lobo
	Arcadismo
	Arcadismo: características 
	�Manuel Maria Barbosa de Bocage �
	�Manuel Maria Barbosa de Bocage �
	Interatividade 
	Resposta 
	Slide Number 44

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