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CURSO ONLINE – AFO PARA ANALISTA DO TRF-02 PROF. GRACIANO ROCHA Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br Página 1 de 48 AULA 03 Saudações, caro aluno! Dando início ao terceiro encontro de nosso curso, veremos hoje as vertentes mais cobradas em concursos sobre receita pública. Além do perfil orçamentário da matéria, em alguns pontos, conhecimentos relativos a Direito Tributário serão apresentados. Apesar de os concursos normalmente focarem nas classificações da receita, é necessário trazer alguns comentários iniciais, para o próprio entendimento do que vem a ser a receita pública. Além disso, ao final, trazemos comentários sobre a dívida ativa, item também relacionado ao tema. Muito bem, vamos começar. Boa aula! GRACIANO ROCHA CURSO ONLINE – AFO PARA ANALISTA DO TRF-02 PROF. GRACIANO ROCHA Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br Página 2 de 48 CONCEITOS DE RECEITA PÚBLICA Receita – enfoque patrimonial Comecemos por comentários bem introdutórios. A palavra “receita”, para leigos, ou mesmo para estudiosos pegos num momento de distração, pode remeter imediatamente à ideia de “dinheiro”. No entanto, para a ciência da Contabilidade, o registro de receita significa um aumento na situação patrimonial de uma entidade, devido a um incremento do Ativo (grupo contábil composto de bens e direitos) ou a uma diminuição do Passivo (grupo contábil composto por obrigações). Esse aumento da situação patrimonial pode, ou não, envolver o recebimento de dinheiro. Por exemplo, se uma empresa presta determinado serviço a um consumidor, o registro contábil da receita decorrente da operação corresponde ao momento da entrega do serviço, ainda que o consumidor só venha a efetuar o pagamento tempos depois. Além dessa “entrada” de receita, ao mesmo tempo, registra-se, no Ativo, um direito a receber. Com isso, o patrimônio da empresa sofre um aumento, correspondente ao valor da operação comercial. Posteriormente, com o consumidor pagando o serviço prestado, o dinheiro apenas substituirá esse direito a receber. Assim, essa entrada financeira não leva a um aumento patrimonial. Outra situação, ainda mais desafiadora para o estereótipo da receita como dinheiro: na fazenda de uma empresa agropecuária, nascem 100 bezerros num mês. A empresa fica mais rica com esse fato. Como registrar o correspondente aumento de riqueza? Não tenha dúvida: o valor de avaliação comercial dos bezerros será registrado como receita (aumento do Ativo), embora não tenha havido nem sombra de movimentação financeira. CURSO ONLINE – AFO PARA ANALISTA DO TRF-02 PROF. GRACIANO ROCHA Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br Página 3 de 48 Resumindo, para a Contabilidade, o registro de receita e a entrada de recursos em caixa podem ser fatos desvinculados. Pode haver receita sem entrada financeira, ou com o respectivo ingresso de recursos em momento bem posterior. Anote aí, que isso é importante: essa é a forma como o setor privado lida com a receita, seguindo o enfoque patrimonial (considerando-se a receita como resultado de qualquer variação positiva do patrimônio, sem se dar atenção ao aspecto financeiro). ENFOQUE PATRIMONIAL => REGIME DE COMPETÊNCIA Assim, pensando no enfoque patrimonial, adota-se o regime de competência, que implica fazer registros contábeis a partir dos fatos geradores. Em nossos exemplos, os fatos geradores de receita foram a prestação do serviço e o nascimento dos bezerros. Só para adiantar um pouco o assunto, o regime de competência se aplica também à despesa, mas de forma inversa: despesa consiste na diminuição da situação patrimonial da entidade, contabilizada a partir de seu fato gerador, com ou sem saída financeira. Receita – enfoque orçamentário Agora, vamos a um raciocínio em sentido oposto. Já ficamos a par de que a receita, no entender da Ciência Contábil, é apurada sob o enfoque patrimonial e segundo o regime de competência. Isso representa atenção especial sobre a afetação do patrimônio, no momento do fato gerador, e não, sobre a movimentação do caixa. Por outro lado, na Contabilidade Pública, historicamente, adotou-se o regime de caixa para considerar a realização da receita (ao contrário da despesa pública, que, como na esfera privada, é contabilizada sob o regime de competência). A partir desse entendimento, as movimentações financeiras que aumentam a disponibilidade do caixa público é que levam ao registro da receita. CURSO ONLINE – AFO PARA ANALISTA DO TRF-02 PROF. GRACIANO ROCHA Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br Página 4 de 48 Assim está configurado o enfoque orçamentário, tendo a movimentação de recursos como requisito para o registro de receita. Portanto, falando-se de receitas orçamentárias, no setor público, pensaremos normalmente em ingressos financeiros – entrada de dinheiro (com ou sem aumento patrimonial). ENFOQUE ORÇAMENTÁRIO => REGIME DE CAIXA Atenção para a novidade! Ultimamente, tem havido um rearranjo na Contabilidade Pública brasileira, liderado pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN), com o fim de harmonizar os procedimentos contábeis nacionais com as melhores práticas internacionais. Essas “melhores práticas internacionais” têm a ver com os procedimentos da Contabilidade Comercial, ou seja, isso significa que o regime patrimonial, além do orçamentário, também é considerado atualmente no registro da receita, na Contabilidade Pública. Nesse contexto, o fato gerador é tomado como referência para o registro da receita. Isso demonstra uma aproximação da Contabilidade Pública com a Contabilidade aplicada ao setor privado. No exercício de 2010, isso ainda se dá de forma facultativa, mas, a partir de 2013, todos os entes federados (União, Estados e DF, desde 2012) deverão estar ajustados às novas normas. Assim, concluindo, os entes públicos registrarão receitas sob o regime de caixa, olhando os ingressos no caixa, como sempre fizeram; mas efetuarão também registros contábeis de receita sob o regime de competência, a fim de se controlar continuamente a posição patrimonial dos órgãos, entidades, fundos etc. Veja só o que diz a Portaria Conjunta STN/SOF nº 02/2009: CURSO ONLINE – AFO PARA ANALISTA DO TRF-02 PROF. GRACIANO ROCHA Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br Página 5 de 48 Art. 7º As variações patrimoniais serão reconhecidas pelo regime de competência patrimonial, visando garantir o reconhecimento de todos os ativos e passivos das entidades que integram o setor público, conduzir a contabilidade do setor público brasileiro aos padrões internacionais e ampliar a transparência sobre as contas públicas. Parágrafo único. São mantidos os procedimentos usuais de reconhecimento e registro da receita e da despesa orçamentárias, de tal forma que a apropriação patrimonial: I - não modifique os procedimentos legais estabelecidos para o registro das receitas e das despesas orçamentárias; Portanto, temos uma novidade a considerar para os próximos concursos. Era comum aceitar simplesmente que, para a receita pública, aplicava‐se o regime de caixa, e, para a despesa pública, o de competência. Esse entendimento tradicional deve ser flexibilizado, como vimos. Como isso cai na prova? 1. (CESPE/ANALISTA/ANAC/2009) A contabilidade aplicada ao setor público, assim como qualquer outro ramo da ciência contábil, obedece aos princípios fundamentais de contabilidade. Dessa forma, aplica-se, em sua integralidade, o princípio da competência, tanto para o reconhecimento da receitaquanto para a despesa. Essa questão é uma das recentes que já adotam o novo posicionamento da STN. Além do regime de caixa, também são feitos registros contábeis sob o regime de competência quanto à receita pública. Questão CERTA. Conceitos de receita pública: strictu sensu e lato sensu Como acabamos de ver, estudando receita pública, pensaremos, via de regra, em movimentação financeira: no enfoque orçamentário, receitas são CURSO ONLINE – AFO PARA ANALISTA DO TRF-02 PROF. GRACIANO ROCHA Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br Página 6 de 48 contabilizadas sob o princípio de caixa. Assim, no setor público, o registro da receita corresponde, normalmente, ao recebimento de recursos. Esse é um “ordenamento geral”, mas, partindo dele, há desdobramentos a considerar. Segundo uma das definições apresentadas pela STN, “receita pública é a entrada que, integrando-se ao patrimônio público sem quaisquer reservas, condições ou correspondência no passivo, vem acrescer o seu vulto como elemento novo e positivo”. Essa é uma visão compartilhada por um grande teórico brasileiro do direito tributário e financeiro, chamado Aliomar Baleeiro. Para ele, receita pública é qualquer recebimento de recursos que aumenta efetivamente o patrimônio público, sem expectativa de devolução posterior. Por isso, ele empregou a bonita expressão “elemento novo e positivo”. Receita pública strictu sensu: ingresso financeiro que afeta positivamente o patrimônio público. Outra definição, também trazida pela STN, é de que receitas públicas são “todas e quaisquer entradas de fundos nos cofres do Estado, independentemente de sua origem ou fim”. Nesse caso, utiliza-se o simples critério de afetação do caixa, sem julgar se a entrada financeira aumenta efetivamente o patrimônio público. A doutrina utiliza os termos “entrada” e “ingresso” para se referir a quaisquer recursos que adentram os cofres públicos. Receita pública lato sensu: qualquer ingresso financeiro que adentra os cofres públicos. Como discriminado nos quadros, essas duas posições representam, respectivamente, as classificações da receita strictu sensu e lato sensu. Na primeira, encara-se receita de forma semelhante aos parâmetros da ciência contábil: temos um ingresso financeiro que aumenta o patrimônio CURSO ONLINE – AFO PARA ANALISTA DO TRF-02 PROF. GRACIANO ROCHA Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br Página 7 de 48 líquido da entidade. Na segunda, a visão é bem generalista: se ingressam recursos no caixa do ente público, eles são considerados receitas, não importando as condições envolvidas. A adoção desse critério lato sensu envolve a possibilidade de serem considerados “receita” até mesmo recursos que não pertencem ao ente público, mas que são depositados na conta do Tesouro, como veremos posteriormente. Além disso, o critério lato sensu permite classificar receitas orçamentárias como efetivas e não efetivas. Mais um comentário sobre isso. Efetivas são as receitas que impactam positivamente o patrimônio, razão pela qual são tratadas como fatos contábeis modificativos aumentativos. As receitas não efetivas são as que não implicam aumento patrimonial, o que permite correlacioná-las a fatos contábeis permutativos (ou por mutação). Como isso cai na prova? 2. (FCC/ANALISTA/MP-PE/2006) Pode-se definir receita orçamentária efetiva como aquela que proporciona aumento real do saldo patrimonial, porque não existe aumento do passivo permanente nem uma redução do ativo permanente. 3. (CESPE/ACE/TCU/2007) Conforme os efeitos produzidos, ou não, no patrimônio líquido, a receita orçamentária pode ser classificada como efetiva ou não-efetiva. 4. (ESAF/ANALISTA/ANA/2009) As receitas efetivas modificam a situação patrimonial líquida da entidade somente quando é possível o seu registro pelo regime de competência. A questão 2 está CERTA. Receitas efetivas são fatos aumentativos, que impactam positivamente o patrimônio – ou seja, sem aumento de obrigações (passivo) nem redução de bens/direitos (ativo). Na questão 3, reafirma-se a possibilidade de receitas poderem, ou não, afetar positivamente o patrimônio público. Questão CERTA. CURSO ONLINE – AFO PARA ANALISTA DO TRF-02 PROF. GRACIANO ROCHA Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br Página 8 de 48 A questão 4 está ERRADA. A modificação da situação patrimonial, na esfera pública, ocorre normalmente com a entrada dos recursos na conta do governo, ou seja, em observância ao princípio de caixa. RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS E EXTRAORÇAMENTÁRIAS Um questionamento que se pode fazer aqui – e que as provas sempre fazem – é o seguinte: “receitas orçamentárias” significam “aquelas previstas no orçamento”? Para pensar nisso, vamos elaborar uma situação hipotética, para pensar no dinheiro que efetivamente entra no caixa público. Suponha que um observador curioso dedicasse todo seu ano de 2011 a verificar a arrecadação das receitas federais. Considerando todos os depósitos na conta única do Tesouro, ele poderia chegar ao fim do exercício financeiro e constatar um volume de entradas até mesmo superior ao previsto na LOA. A partir disso, poderia concluir que os recursos previstos na Lei Orçamentária, e arrecadados durante o exercício, são receita orçamentária, e os que entraram “por fora” do orçamento, acima da estimativa, seriam receita extraorçamentária. Parece bem lógico, né? Sim, parece lógico, e esse é o perigo explorado por bancas de concursos. O critério para classificação de receitas públicas como orçamentárias ou extraorçamentárias não é o fato de constarem do Orçamento. No art. 57 da Lei 4.320/64, temos a seguinte redação: Art. 57. Ressalvado o disposto no parágrafo único do artigo 3º desta lei, serão classificadas como receita orçamentária, sob as rubricas próprias, todas as receitas arrecadadas, inclusive as provenientes de operações de crédito, ainda que não previstas no Orçamento. Portanto, o critério legal é bem abrangente: até mesmo receitas não previstas no Orçamento, se arrecadadas, serão consideradas orçamentárias, CURSO ONLINE – AFO PARA ANALISTA DO TRF-02 PROF. GRACIANO ROCHA Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br Página 9 de 48 e, dessa forma, poderão ser utilizadas para aplicação em ações governamentais. Receitas orçamentárias são aquelas que podem ser utilizadas pelo ente público para cobrir despesas orçamentárias. Observação: a Lei 4.320/64 traz no art. 57 uma afronta ao conceito de receita sob o enfoque patrimonial, como vimos no começo da aula. Sob o enfoque orçamentário, até os recursos provenientes de operações de crédito – empréstimos – serão classificados como receita orçamentária. Na contabilidade privada, empréstimos não seriam considerados receita, em vista da não afetação do patrimônio (ao mesmo tempo em que ingressam os recursos no caixa – ativo –, registra‐se, em contrapartida, uma obrigação a pagar – passivo). Preste atenção à observação feita pelo art. 57 da Lei 4.320/64, que reproduzimos agora há pouco: “Ressalvado o disposto no parágrafo único do artigo 3º desta lei”. Vejamos o que há nesse dispositivo ressalvado: Art. 3º A Lei de Orçamentos compreenderá todas as receitas, inclusive as de operações de crédito autorizadas em lei. Parágrafo único. Não se consideram para os fins deste artigo as operações de credito por antecipação da receita, as emissões de papel-moeda e outras entradas compensatórias, no ativo e passivo financeiros. Aqui, temos o seguinte: mesmo tendo expectativa do recebimento de certos recursos duranteo exercício, a LOA não faz a previsão deles. É como se o orçamento “desprezasse” alguns recursos que entrarão no caixa. Para bem entender isso, considere que o caixa também recebe recursos que não pertencem ao ente público, de sorte que não podem ser utilizados para custear despesas orçamentárias. São recursos que deverão, de alguma forma, CURSO ONLINE – AFO PARA ANALISTA DO TRF-02 PROF. GRACIANO ROCHA Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br Página 10 de 48 ser devolvidos posteriormente – razão pela qual se chamam, tecnicamente, de entradas compensatórias. O ente público age, nessas ocasiões, apenas como depositário dos valores. Receitas extraorçamentárias são entradas compensatórias no ativo e no passivo financeiros, que não precisam de autorização legislativa para sua arrecadação, e não são utilizadas para cobrir despesas orçamentárias. A Secretaria do Tesouro Nacional prefere a utilização do termo “ingressos extraorçamentários”, ao invés de receitas extraorçamentárias, para deixar bem claro que essas operações não afetam em nada o patrimônio público. Como as provas podem utilizar ambas as expressões, vamos nos familiarizar com elas. Outros exemplos de entradas compensatórias estão lá no parágrafo único do art. 3º da Lei 4.320/64: operações de crédito por antecipação da receita (as já conhecidas ARO) e emissões de papel-moeda. Mas há outras hipóteses além dessas: recebimento de depósitos judiciais, recebimento de cauções de licitantes para participação em licitações... Para firmar o conceito, operações de crédito por Antecipação da Receita Orçamentária, ou, abreviadamente, ARO, são empréstimos tomados pelos entes públicos para suprir insuficiências momentâneas de caixa. Isso significa que a LOA previu certas receitas para atender a algumas despesas, mas, durante a execução do orçamento, a arrecadação não se realizou como previsto. Diante disso, para custear as obrigações assumidas, sem esperar pela arrecadação atrasada, o ente público pode contratar esse tipo de empréstimo, se houver autorização na LOA para tanto, custeando imediatamente a despesa orçamentária. CURSO ONLINE – AFO PARA ANALISTA DO TRF-02 PROF. GRACIANO ROCHA Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br Página 11 de 48 Quando a receita atrasada for finalmente arrecadada, não atenderá mais à despesa para a qual foi prevista; ela servirá para honrar a operação do tipo ARO, que a substituiu. Por isso, a ARO não constitui recursos orçamentários, mas uma operação substituta deles; ela representa uma entrada no ativo financeiro (dinheiro) e no passivo financeiro (recurso a restituir), ou seja, exatamente o conceito de receita extraorçamentária. Como isso cai na prova? 5. (FCC/ANALISTA/MP-SE/2009) A operação de crédito por antecipação de receita deverá ser registrada como (A) transações orçamentárias. (B) transações extraorçamentárias. (C) receita de capital. (D) receita patrimonial. (E) receita corrente. 6. (CESPE/ANALISTA/MPU/2010) A receita orçamentária, sob as rubricas próprias, engloba todas as receitas arrecadadas e que não possuem caráter devolutivo, inclusive as provenientes de operações de crédito. Por sua vez, os ingressos extraorçamentários são aqueles pertencentes a terceiros, arrecadados pelo ente público, exclusivamente para fazer face às exigências contratuais pactuadas para posterior devolução. 7. (CESPE/TÉCNICO/MPU/2010) Por não ser possível prever no orçamento todos os casos em que o órgão público fará a alienação de algum bem do seu patrimônio, a receita proveniente das alienações pode ser classificada como orçamentária ou extraorçamentária. CURSO ONLINE – AFO PARA ANALISTA DO TRF-02 PROF. GRACIANO ROCHA Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br Página 12 de 48 8. (ESAF/TÉCNICO SUPERIOR/ENAP/2006) A receita pública, quanto à sua natureza, é dividida em Orçamentária e Extraorçamentária. Assinale abaixo a única receita que é classificada como Receita Orçamentária. a) Depósitos de terceiros. b) Receita de operações de crédito. c) Salários não-reclamados. d) Operações de crédito por antecipação de receita. e) Cauções em dinheiro. Como acabamos de ver, as operações do tipo ARO não constituem receitas orçamentárias, diferentemente das operações de crédito “normais”. O gabarito da questão 5 é a letra B. A questão 6 se constitui num bom resumo para distinguir receitas orçamentárias e extraorçamentárias, repetindo as diferenças que demarcamos. Questão CERTA. A questão 7 está ERRADA. A receita obtida com a alienação de ativos públicos é sempre orçamentária, pelo fato de não constituir recursos devolutivos. Das alternativas da questão 8, apenas a receita de operações de crédito é considerada, pela legislação vigente, como item das receitas orçamentárias. As demais assertivas dizem respeito a recursos devolutos. Gabarito: B. CLASSIFICAÇÃO ECONÔMICA DA RECEITA (OU POR NATUREZA DA RECEITA ORÇAMENTÁRIA) Vou pedir atenção especial a esse tópico da aula. Os próximos comentários são fortíssimos candidatos a questões da prova, já que esta classificação da receita é talvez a mais importante e frequente em concursos. A classificação por natureza da receita (também aplicada à despesa, como veremos na próxima aula) está normatizada na Lei 4.320/64. CURSO ONLINE – AFO PARA ANALISTA DO TRF-02 PROF. GRACIANO ROCHA Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br Página 13 de 48 Essa lei, por tratar de normas gerais de direito financeiro, obriga todos os entes federados – União, Estados, DF e Municípios – a adotar essa mesma classificação e sua codificação contábil. Como resultado, torna-se possível avaliar os efeitos econômicos da participação do setor público nacional na economia, a partir, por exemplo, da contabilização da arrecadação tributária de todos os entes, ou da aplicação de recursos de todos os entes em investimentos públicos. Volto a ressaltar que essa classificação é aplicável apenas a receitas orçamentárias. Os ingressos extraorçamentários, por não constituírem receitas próprias do Estado, ficam de fora da classificação por categorias econômicas. A classificação econômica da receita traz os seguintes níveis: • categoria econômica; • origem; • espécie; • rubrica; • alínea; • subalínea. Um mnemônico que se pode usar para guardar essa informação é “CORES RUBRAS”, a partir das iniciais dessa série: Categoria – ORigem – ESpécie – RUBRica – Alínea – Subalínea. Assim, quanto à natureza da receita, o primeiro nível da codificação diz respeito às “categorias econômicas”, que permitem dividir as receitas em receitas correntes e receitas de capital. As receitas correntes são, tipicamente, receitas de custeio: servem para suportar a manutenção e o funcionamento de atividades administrativas (que são caracterizadas pelas despesas correntes). CURSO ONLINE – AFO PARA ANALISTA DO TRF-02 PROF. GRACIANO ROCHA Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br Página 14 de 48 Talvez você já tenha visto na mídia a expressão “custeio da máquina pública”, referindo-se à aplicação de recursos em atividades e serviços próprios das atribuições do ente público. Por sua vez, receitas de capital servem à aquisição ou formação de bens de capital. Bens de capital, segundo a teoria econômica, seriam aqueles capazes de gerar novos bens ou serviços, produzindo riqueza. Cabe registrar, também, a identidade dessa classificação com a afetação patrimonial. Lembra do Aliomar Baleeiro, mais no início da aula? Pois então, dizíamosque ele era partidário do conceito strictu sensu de receita pública: esta seria sempre um “elemento novo e positivo”, que ingressaria no patrimônio público, aumentando-o, sem reservas ou condições. Via de regra, as receitas correntes são receitas efetivas; elas aumentam o patrimônio público. Ora são resultado da atividade arrecadatória do Estado, ora da atividade empresarial/comercial pública. Seu registro corresponde a fatos contábeis modificativos aumentativos da situação patrimonial. Já as receitas de capital, também via de regra, são receitas por mutação, não efetivas, e, por isso, não afetam o patrimônio. Envolvem registros contábeis que se compensam mutuamente. Observação importante: uma novidade que vem sendo cobrada em concursos é a classificação das receitas em receitas correntes intraorçamentárias e receitas de capital intraorçamentárias. Isso foi instituído pela Portaria Interministerial STN/SOF nº 338/2006, a qual destacou que essas classificações “não constituem novas categorias econômicas de receita, mas especificações das categorias econômicas corrente e capital”. A função das receitas intraorçamentárias é a mesma das categorias econômicas (receitas correntes e de capital). As receitas intraorçamentárias estão relacionadas à realização de despesas dentro da mesma esfera de governo. Assim, operações entre “órgãos, fundos, autarquias, fundações, empresas estatais dependentes e outras entidades integrantes dos orçamentos fiscal e da seguridade social”, relacionadas à aquisição de materiais, CURSO ONLINE – AFO PARA ANALISTA DO TRF-02 PROF. GRACIANO ROCHA Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br Página 15 de 48 bens e serviços, pagamento de impostos, taxas e contribuições terão registro de receita intraorçamentária no órgão/entidade que receber os recursos. Isso impede que, quando a União for fechar seus balanços, contabilize receitas e despesas que não existiram fora da Conta Única, evitando a duplicidade de registros. Para detalhar a classificação econômica da receita, vamos utilizar o seguinte diagrama: RECEITAS CORRENTES RECEITAS DE CAPITAL Receita Tributária Operações de Crédito Receita de Contribuições Alienação de Bens Receita Patrimonial Amortização de Empréstimos Receita Agropecuária Transferências de Capital Receita Industrial Outras Receitas de Capital Receita de Serviços Mnemônico: OPERA-ALI-AMOR-TRANSOU Transferências Correntes Outras Receitas Correntes Mnemônico: TRICÔ-PAÍS-TRANSOU Es se diagrama, adaptado da Lei 4.320/64 (art. 11, § 4º) é importantíssimo, de forma que merece ser decorado. Utilize os mnemônicos que anotei; tentar CURSO ONLINE – AFO PARA ANALISTA DO TRF-02 PROF. GRACIANO ROCHA Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br Página 16 de 48 “aprender” qual receita é corrente e qual é de capital pela “essência” de cada uma nos fará perder tempo. Essas subdivisões das receitas correntes e de capital, como vimos nos comentários iniciais, chamam-se origens. Elas classificam as receitas tipicamente segundo seu fato gerador. Assim, a partir da origem da receita, verifica-se se ela foi obtida em razão das atribuições de arrecadação coercitiva do Estado, ou pela ação do Estado como um agente econômico comum, ou pela obtenção de transferências de outros agentes etc. Como isso cai na prova? 9. (CESPE/CONTADOR/UNIPAMPA/2009) As receitas são classificadas em dois segmentos: receitas correntes e receitas de capital. Essa divisão obedece a um critério econômico, dentro da idéia de demonstrar a origem das diversas fontes. As receitas de capital derivam do exercício de poder, próprio do Estado, de tributar as pessoas e agentes econômicos ou do exercício da atividade econômica. 10. (ESAF/ANALISTA/RFB/2009) As receitas intraorçamentárias decorrem de pagamentos efetuados por entidades integrantes do Orçamento Fiscal e da Seguridade Social. 11. (CESPE/ADMINISTRADOR/AGU/2010) Receitas intraorçamentárias são diferentes de receitas correntes e de capital. 12. (FCC/ANALISTA/TRE-SE/2007) As receitas correntes são destinadas a atender despesas classificáveis em despesas correntes. 13. (CESPE/ANALISTA/ANTAQ/2008) O 1.º nível da codificação da natureza da receita é utilizado para mensurar o impacto das decisões do governo na economia nacional. A questão 9 está ERRADA. A metade inicial estava certa, mas, ao final, misturou-se a classificação econômica com a classificação quanto à coercitividade. CURSO ONLINE – AFO PARA ANALISTA DO TRF-02 PROF. GRACIANO ROCHA Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br Página 17 de 48 A questão 10 tem uma redação ruim, mas a essência está OK: receitas intraorçamentárias resultam de pagamentos feitos entre órgãos e entidades abrangidos pelos orçamentos fiscal e da seguridade social. Questão CERTA. Na questão 11, mostra-se exatamente o contrário do que estudamos. Receitas intraorçamentárias (correntes e de capital) são iguais às orçamentárias (correntes e de capital), exceto pelo fato de ocorrerem entre órgãos e entidades compreendidas no orçamento fiscal e da seguridade social. Questão ERRADA. A questão 12 está CERTA. A utilização “normal” das receitas correntes dá-se pela cobertura das necessidades de manutenção das atividades públicas, que são caracterizadas pelas despesas correntes. A questão 13 está CERTA. O primeiro nível de classificação por natureza da receita (correntes e de capital) indica o perfil de participação do Estado na economia – mais custeio ou mais investimento. Veremos a seguir os detalhes de algumas das origens mais cobradas em provas, a partir das observações feitas no Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público. Receita Tributária Corresponde a ingressos provenientes da arrecadação de impostos, taxas e contribuições de melhoria. Trata-se de um conjunto de receitas coercitivas, derivadas, as quais os contribuintes devem recolher ao erário público. As definições do Código Tributário Nacional para essas figuras são: • imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte; • as taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como CURSO ONLINE – AFO PARA ANALISTA DO TRF-02 PROF. GRACIANO ROCHA Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br Página 18 de 48 fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição; • a contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado. Exemplos: imposto de renda, imposto sobre produtos industrializados, taxas de custas judiciais, taxa de fiscalização de serviços de energia elétrica etc. Distinção: taxa X preço público Vamos traçar um comparativo entre as taxas e o preço público, também conhecido como tarifa. Para início de conversa, enquanto taxas são espécies tributárias, preços públicos não são tributos. Assim, características como a obrigatoriedade de pagamento, a utilização apenas potencial dos serviços taxados, os próprios princípios tributários (legalidade, anterioridade, capacidadede pagamento), não se aplicarão aos preços públicos. Ambas as figuras aqui tratadas podem ser utilizadas para custear serviços públicos divisíveis e de consumo mensurável. Entretanto, se a remuneração dos serviços se der mediante taxa, haverá o estabelecimento de uma alíquota válida para todos os contribuintes (a taxa da coleta de lixo, por exemplo, é invariável, não importa a quantidade de lixo produzido). Caso seja adotada a tarifa como forma de remuneração dos serviços, a cobrança será proporcional ao uso (contas de telefone, água, luz...). CURSO ONLINE – AFO PARA ANALISTA DO TRF-02 PROF. GRACIANO ROCHA Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br Página 19 de 48 Por fim, uma característica exclusiva dos preços públicos, ou tarifas, é a possibilidade de sua exigência por pessoas jurídicas de direito privado – como as empresas concessionárias de serviços públicos. As taxas, em sentido contrário, só podem ser cobradas e administradas por pessoas de direito público. O Manual Técnico de Orçamento traz alguns comentários sobre essa questão, que valem a pena ser examinados: Há casos em que não é simples estabelecer se um serviço é remunerado por taxa ou por preço público. Como exemplo, podemos citar o caso do fornecimento de energia elétrica. Em localidades onde estes serviços forem colocados à disposição do usuário, pelo Estado, mas cuja utilização seja de uso obrigatório, compulsório (por exemplo, a lei não permite que se coloque um gerador de energia elétrica), a remuneração destes serviços é feita mediante taxa e sofrerá as limitações impostas pelos princípios gerais de tributação (legalidade, anterioridade,...). Por outro lado, se a lei permite o uso de gerador próprio para obtenção de energia elétrica, o serviço estatal oferecido pelo ente público, ou por seus delegados, não teria natureza obrigatória, seria facultativo e, portanto, seria remunerado mediante preço público. Receita de contribuições Ingressos provenientes de contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas. Também são receitas derivadas (coercitivas). Essas contribuições são definidas da seguinte forma: • contribuições sociais – destinadas ao custeio da seguridade social, que compreende a previdência social, a saúde e a assistência social; • contribuições de intervenção no domínio econômico – derivam da contraprestação à atuação estatal exercida em favor de determinado grupo ou coletividade. CURSO ONLINE – AFO PARA ANALISTA DO TRF-02 PROF. GRACIANO ROCHA Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br Página 20 de 48 • contribuições de interesse das categorias profissionais ou econômicas – destinadas ao fornecimento de recursos aos órgãos representativos de categorias profissionais legalmente regulamentadas ou a órgãos de defesa de interesse dos empregadores ou empregados. Apesar de as contribuições constituírem uma espécie de tributo, nessa classificação da receita haverá uma separação entre eles. Como vimos, na origem “receita tributária”, encontram-se os tributos que o CTN previu em 1966: impostos, taxas e contribuições de melhoria. As contribuições representam uma origem à parte. As bancas gostam de “brincar” com esse aspecto da classificação econômica. Às vezes, misturam-se as contribuições de melhoria (que são receita tributária) com as contribuições, somente. Ou, como nesse caso, tenta-se “forçar a barra”, empurrando o candidato para que ele classifique, também nesse âmbito, as contribuições como tributos. Para não ficarem de fora, vamos falar da quinta espécie tributária existente no Brasil, os empréstimos compulsórios. Eles também não são classificados como receita tributária, mas como operações de crédito (receita de capital). Os empréstimos compulsórios são a única espécie tributária com previsão de devolução ao contribuinte; isso é o que justifica a denominação “empréstimos”. Exemplos de receita de contribuições: Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins), Contribuição sobre a Receita de Loterias. Receita Patrimonial Corresponde a ingressos provenientes do aproveitamento do patrimônio público pelo Estado, pela exploração de bens imobiliários ou mobiliários, e dos recebimentos de recursos por participação societária em entidades de direito privado. São receitas originárias, já que não advêm do exercício do poder coercitivo do Estado. CURSO ONLINE – AFO PARA ANALISTA DO TRF-02 PROF. GRACIANO ROCHA Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br Página 21 de 48 Exemplos: aluguéis, arrendamentos, taxa de ocupação de terrenos da União, receita de concessões e permissões. Transferências Correntes Ingressos provenientes de outros entes/entidades, efetivados mediante condições preestabelecidas ou mesmo sem qualquer exigência, desde que o objetivo seja a aplicação em despesas correntes. Exemplos: transferências dos Estados, transferências dos Municípios, transferências do exterior. Outras receitas correntes São os ingressos correntes provenientes de outras origens, não classificáveis nas anteriores. Nesse grupo, encontram-se as Multas e Juros de Mora, Indenizações e Restituições, Receita da Dívida Ativa e Receitas Diversas. Operações de Crédito Ingressos provenientes da venda de títulos públicos no mercado ou da contratação de empréstimos e financiamentos obtidos junto a entidades estatais ou privadas. Também são exemplos de receitas originárias. Exemplos: venda de títulos do Tesouro Nacional, operações de crédito internas, empréstimos compulsórios. Alienação de Bens Ingressos provenientes da alienação de componentes do ativo imobilizado ou intangível. Novamente, trata-se de receitas originárias, agindo o Estado sem estatura de entidade de direito público. Exemplos: alienação de estoques, alienação de veículos, alienação de imóveis urbanos. CURSO ONLINE – AFO PARA ANALISTA DO TRF-02 PROF. GRACIANO ROCHA Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br Página 22 de 48 Amortização de Empréstimos É o ingresso proveniente do recebimento de parcelas de empréstimos ou financiamentos concedidos em títulos ou contratos. Classifica-se como receita originária. Transferências de Capital Ingressos provenientes de outros entes/entidades, efetivado mediante condições preestabelecidas ou mesmo sem qualquer exigência, desde que o objetivo seja a aplicação em despesas de capital. Exemplos: transferências dos Estados, transferências dos Municípios, transferências do exterior. Outras receitas de capital Constituem-se dos ingressos de capital provenientes de outras origens, não classificáveis nas anteriores. Como desdobramento desse título encontram-se as receitas provenientes de Integralização do Capital Social, Resultado do Banco Central do Brasil, as Remunerações do Tesouro Nacional, os Saldos de Exercícios Anteriores e Outras Receitas. Pessoal, vocês podem perceber, pela longa listagem, que não dá pra esperar um “aprendizado exemplar” dessas origens de receitas. O negócio é decoreba mesmo. Aprenda os mnemônicos que postei abaixo da tabelinha e preste atenção nas observações que fui pontuando. Como isso cai na prova? 14. (FCC/ANALISTA/TCE-GO/2009) De acordo com a Lei nº 4.320/64, as receitas classificam-se nas categorias econômicas Receitas Correntes e Receitas de Capital. As Receitas Correntes compreendem as receitas tributária, de contribuições, CURSO ONLINE – AFO PARA ANALISTA DO TRF-02 PROF. GRACIANO ROCHA Prof. Graciano Rochawww.pontodosconcursos.com.br Página 23 de 48 (A) de serviços, de operações de crédito e alienação de bens. (B) patrimonial, agropecuária e de operações de crédito. (C) patrimonial, de operações de crédito e alienação de bens. (D) patrimonial, agropecuária, industrial e de serviços. (E) agropecuária, industrial, de serviços e alienação de bens. 15. (CESPE/ECONOMISTA/MIN. SAÚDE/2009) As transferências de recursos intergovernamentais podem constituir, para o ente beneficiário, receitas correntes ou receitas de capital. 16. (FCC/ANALISTA/TRE-AM/2009) De acordo com a Lei nº 4.320/64, as receitas correntes são constituídas, entre outras, pelas Receitas de Contribuições. Um item classificado como Receita de Contribuição é aquele oriundo de (A) contribuição de melhoria. (B) multas e juros de mora da contribuição do salário-educação. (C) contribuição social para o financiamento da seguridade social − COFINS. (D) fundo de participação dos municípios − FPM. (E) restituições de convênios. 17. (FCC/ANALISTA/TCE-GO/2009) A receita orçamentária compreende os recursos auferidos na gestão a serem computados na apuração do resultado do exercício e desdobrados em receitas correntes e receitas de capital. Constituem receita de capital as receitas (A) tributária, de alienação de bens e patrimonial. (B) imobiliária, com valores mobiliários e agropecuária. (C) de serviços, patrimonial, industrial e de contribuições rurais. (D) industrial, de operações de crédito e de alienação de bens. CURSO ONLINE – AFO PARA ANALISTA DO TRF-02 PROF. GRACIANO ROCHA Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br Página 24 de 48 (E) de operação de crédito, de alienação de bens e de transferências de capital. 18. (CESPE/ANALISTA/ANCINE/2006) As receitas correntes, também denominadas primárias ou efetivas, correspondem a receitas tributária, de contribuições, patrimonial, agropecuária, industrial, de serviços e de operações de créditos. 19. (FCC/ANALISTA/MP-SE/2009) A receita instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado, será classificada como (A) receita de serviços. (B) taxa. (C) contribuição social. (D) contribuição de intervenção no domínio econômico. (E) contribuição de melhoria. A questão 14 não traz, em suas opções, toda a listagem de origens das receitas correntes. Devemos encontrar a opção que traz itens pertencentes a essa classificação. Lembrando de nosso mnemônico, a sequência do TRICO- PAIS-TRANSOU é patrimonial, agropecuária, industrial e de serviços. Gabarito: D. A questão 15 está CERTA. O que permite classificar uma transferência como corrente ou de capital é a utilização que o beneficiário dará aos recursos. Na questão 16, que talvez tenha exagerado na profundidade da cobrança do assunto, temos, na ordem, exemplos de: receita tributária; outras receitas correntes; receita de contribuições; transferência corrente; outras receitas correntes. Gabarito: C. CURSO ONLINE – AFO PARA ANALISTA DO TRF-02 PROF. GRACIANO ROCHA Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br Página 25 de 48 Na questão 17, novamente com a ajuda de nosso mnemônico, podemos identificar como receitas de capital as receitas de operações de crédito, de alienação de bens e de transferências de capital. Gabarito: E. A questão 18 faz uma correlação errada entre as classificações. “Correntes”, “primárias” e “efetivas” são formas diferentes de classificar as receitas, não podendo ser utilizadas como sinônimos. Além disso, as operações de crédito são receitas de capital. Questão ERRADA. A questão 19 traz, em seu enunciado, o conceito legal da contribuição de melhoria. Gabarito: E. Superávit do orçamento corrente O superávit do orçamento corrente (SOC) representa uma previsão, na LOA, da diferença positiva a se obter entre o total da arrecadação de receitas correntes e o total da execução das despesas correntes em um exercício. Significa que o governo espera contar com recursos de custeio mais que suficientes para sustentar sua máquina administrativa, seus serviços, seu custo de operação. A Lei 4.320/64 determina que o SOC seja classificado como receita de capital (art. 11, § 2º), embora não deva constituir item da receita orçamentária (art. 11, § 3º). Isso não é muito intuitivo, vamos dizer assim, né? Vamos pensar na seguinte previsão de receitas e despesas orçamentárias, a partir de um montante fixado em R$ 150 bilhões: CORRENTES DE CAPITAL Receitas: R$ 100 bilhões Receitas: R$ 50 bilhões Despesas: R$ 80 bilhões Despesas: R$ 70 bilhões No caso acima, há uma diferença positiva de R$ 20 bilhões a favor das receitas correntes. Esse valor é o SOC, que será contabilizado como receita de capital. CURSO ONLINE – AFO PARA ANALISTA DO TRF-02 PROF. GRACIANO ROCHA Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br Página 26 de 48 Dessa forma, as receitas de capital “originais” teriam o acréscimo do SOC de R$ 20 bi, alcançando a monta de R$ 70 bi. A lição transmitida pela lei é a seguinte: se o governo arrecada mais do que gasta com seu custeio, a sobra financeira deverá ser aplicada em favor do patrimônio duradouro do Estado, para gerar mais riqueza (ou para evitar o endividamento). Portanto, a vocação do superávit do orçamento corrente é ser aplicado em despesas de capital. Daí ser classificado como receita de capital. E essa história de o SOC não constituir “item da receita orçamentária”? Significa que ele não pode ser contabilizado como “nova arrecadação”. O SOC está compreendido na estimativa de arrecadação das receitas correntes; considerá-lo novo item de receita orçamentária – nova arrecadação – seria incorrer em duplicidade. Esse erro ocorreria, utilizando o exemplo acima, no caso de se somar R$ 20 bilhões à estimativa total de arrecadação de R$ 150 bi, chegando-se à quantia irreal de R$ 170 bi. Como isso cai na prova? 20. (FCC/ANALISTA/MP-SE/2009) O superávit do orçamento corrente é um exemplo de receita (A) financeira. (B) de capital. (C) patrimonial. (D) extraorçamentária. (E) intraorçamentária. 21. (FCC/ANALISTA/TRE-SE/2007) O superávit do orçamento corrente constituirá item de receita orçamentária. 22. (CESPE/ANALISTA/MPU/2010) O superavit do orçamento corrente constitui item de receita orçamentária, resultando do balanceamento dos CURSO ONLINE – AFO PARA ANALISTA DO TRF-02 PROF. GRACIANO ROCHA Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br Página 27 de 48 totais das receitas e despesas correntes somadas ao passivo circulante e divididas pelo total da receita patrimonial. 23. (CESPE/TÉCNICO SUPERIOR/MIN. SAÚDE/2008) Não existe nem deve existir perfeita correspondência entre as respectivas categorias de receitas e de despesas. No entanto, é recomendável que exista um saldo positivo entre receitas de capital e despesas de capital, para a formação de poupança que financie os novos investimentos. Na questão 20, como acabamos de ver, a classificação aplicável ao SOC é a de receita de capital. Gabarito: B. A questão 21 está ERRADA: a lei dispõe que o SOC não constituirá item de receita orçamentária, justamente pelo fato de representar uma “previsão de sobra” dos recursos arrecadados. A questão 22 está ERRADA. Como vimos, o SOC não constitui item de receita orçamentária. Além disso, a operação matemática referida pela questão não existe. Quantoà questão 23, a poupança do governo, para financiar investimentos, ou para pagar dívida, se dá pela manutenção de um saldo positivo entre receitas correntes e despesas correntes (ou seja, o SOC). Questão ERRADA. CLASSIFICAÇÃO DA RECEITA POR GRUPOS (AGENTES) Como informa o Manual Técnico de Orçamento da SOF/MPOG, “a classificação da receita por grupos identifica quais agentes públicos possuem competência legal para arrecadar, fiscalizar e administrar as receitas públicas; dessa forma, é instrumento orçamentário-gerencial identificador de determinados segmentos arrecadadores do setor público”. Os grupos de receita são formados pela associação entre tipos específicos de unidades orçamentárias (que abrangem os “agentes responsáveis”) e de naturezas de receita. Os grupos são: “Receitas Próprias”, “Receitas Administradas”, “Receitas de Operações de Crédito”, “Receitas Vinculadas” e “Demais Receitas”, como detalhado em seguida. CURSO ONLINE – AFO PARA ANALISTA DO TRF-02 PROF. GRACIANO ROCHA Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br Página 28 de 48 Receitas Próprias As receitas próprias são aquelas arrecadadas a partir do esforço próprio de órgãos e demais entidades nas atividades de fornecimento de bens ou serviços e na exploração econômica do próprio patrimônio. A remuneração dessas atividades econômicas dá-se por preço público ou tarifas, bem como o produto da aplicação financeira desses recursos. Geralmente, são receitas com fundamento na bilateralidade, ou seja, sem o exercício do poder coercitivo estatal. Sua natureza é contratual e, por isso, criam obrigações recíprocas para as partes contratantes (Estado e particulares). São recursos que, por um lado, não possuem destino específico e, portanto, não são vinculadas por lei à determinada despesa; por outro, pertencem à unidade orçamentária arrecadadora. Receitas Administradas As receitas administradas são auferidas pela Receita Federal, que detém a competência para fiscalizar, arrecadar e administrar esses recursos, com amparo legal no Código Tributário Nacional e leis afins. Nesse grupo, concentra-se a maior parte dos tributos instituídos pela União, principalmente depois da unificação das Secretarias da Receita Federal e da Receita Previdenciária. Receitas de Operações de Crédito Receitas financeiras provenientes da colocação de títulos públicos no mercado ou da contratação de empréstimos e financiamentos junto a entidades estatais ou privadas. CURSO ONLINE – AFO PARA ANALISTA DO TRF-02 PROF. GRACIANO ROCHA Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br Página 29 de 48 Receitas Vinculadas As receitas vinculadas são aquelas que a lei determina a finalidade específica de aplicação, exceto as classificadas como “Receitas Administradas”. Geralmente, são receitas cuja fiscalização, administração e arrecadação ficam a cargo das próprias entidades arrecadadoras, às quais resta a obrigação de efetuar o recolhimento para a Conta Única do Tesouro Nacional. Exemplos: Recursos de concessões, autorizações e permissões para uso de bens da União ou para exercício de atividades de competência da União. Demais Receitas As demais receitas são aquelas previstas em lei ou de natureza contratual, que não se enquadram em nenhum dos grupos anteriores. Como isso cai na prova? 24. (CESPE/PROCURADOR/PGE-PE/2009) Receitas próprias dos órgãos da administração pública, como tarifas e preços públicos, têm registro na LOA. 25. (CESPE/ANALISTA/STF/2008) Uma diferença que usualmente se estabelece entre receitas correntes e receitas de capital é o caráter recorrente das primeiras e esporádico das últimas. Do mesmo modo, entre as receitas próprias e as receitas de transferências: as primeiras são livres, e as últimas, vinculadas. A questão 24 está CERTA. As receitas, independentemente de seu agente responsável, devem ser previstas na LOA, e, quando arrecadadas, registradas como receitas orçamentárias. A questão 25 está ERRADA: apesar da correlação correta no primeiro caso, tendo em vista esperar-se das receitas correntes maior frequência na arrecadação, na segunda parte do enunciado faz-se uma inversão. As receitas próprias comumente recebem vinculação quanto a sua aplicação, e as CURSO ONLINE – AFO PARA ANALISTA DO TRF-02 PROF. GRACIANO ROCHA Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br Página 30 de 48 transferências, muitas vezes, representam recursos sem utilização definida, como é o caso das transferências constitucionais. DÍVIDA ATIVA Inicialmente, para tratar desse tema, vamos pensar numa situação ilustrativa. Um servidor federal, no ano de 2010, após preencher sua declaração de imposto de renda, verifica, pelo sistema da Receita Federal, que deverá ainda pagar R$ 500,00 referentes a esse imposto ao Fisco, além daquilo que foi abatido na fonte de seus pagamentos durante todo o ano de 2009. Entretanto, por razões quaisquer, deixa de recolher os R$ 500,00 junto à Receita, ultrapassando-se o prazo de pagamento. A Receita Federal havia registrado os R$ 500,00 como estimativa de receita. Porém, diante do não pagamento por parte do servidor contribuinte, ao invés de a contabilidade acusar recebimento de receita tributária, fará um registro de um “direito não recebido a receber” – afinal de contas, o referido servidor deverá pagar esse “resto” de imposto, mais cedo ou mais tarde. Essa historinha nos apresenta uma hipótese de registro de dívida ativa. A dívida ativa constitui um direito a receber por parte do ente público. Ela representa a possibilidade de ocorrência de fluxos de receita em momento futuro, quando as obrigações dos devedores forem cumpridas. Por isso, é contabilizada no ativo do ente. No exemplo que vimos, ela é tributária, porque o pagamento não realizado tem essa natureza (imposto de renda não recolhido). Portanto, impostos, taxas, contribuições de melhoria, além dos adicionais, juros e multas incidentes sobre essas figuras, podem dar ensejo ao registro de dívida ativa tributária, caso não seja feito o correspondente pagamento. Entretanto, a dívida ativa também pode ser não tributária: nesse caso, o não pagamento relaciona-se a obrigações não tributárias (atraso de pagamento de CURSO ONLINE – AFO PARA ANALISTA DO TRF-02 PROF. GRACIANO ROCHA Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br Página 31 de 48 concessão de uso de bem público, de aluguel de imóvel público, custas processuais etc.), que não foram cumpridas pelos respectivos devedores. Vale ressaltar que a dívida ativa abrange valores adicionais, como atualização monetária e juros. Vou deixar a Lei 4.320/64 responder por mim: Art. 39, § 4º - A receita da Dívida Ativa abrange os créditos mencionados nos parágrafos anteriores, bem como os valores correspondentes à respectiva atualização monetária, à multa e juros de mora e ao encargo de que tratam o art. 1º do Decreto-lei nº 1.025, de 21 de outubro de 1969, e o art. 3º do Decreto- lei nº 1.645, de 11 de dezembro de 1978. Assim, a dívida ativa compreende o principal e os acessórios que incidem sobre ele. Dívida ativa segundo o MCASP A partir de agora, vamos falar da dívida ativa conforme as orientações do Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público. Para começar, considere que, antes mesmo do registro da dívida ativa, houve o registro de um crédito anterior. O ente público faz estimativas de arrecadação tributária e de recebimento de receitas próprias, e lança essas estimativas como créditos a receber. Vamos chamá-los de “créditos iniciais”. Se os devedores pagaremem dia suas obrigações, esses “créditos iniciais” são extintos, registra-se a receita orçamentária, e acabou-se a história. Porém, se os devedores atrasarem o pagamento, o crédito inicial é convertido em dívida ativa – um direito a receber. Outro detalhe curioso é que, na esfera federal, as unidades responsáveis pelo crédito inicial e pela dívida ativa correspondente são diferentes. Na esfera federal, por exemplo, a Receita Federal é a principal responsável pela arrecadação dos impostos; mas a responsabilidade pela execução da dívida ativa (exigência do pagamento) é da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, unidade integrante da Advocacia-Geral da União. CURSO ONLINE – AFO PARA ANALISTA DO TRF-02 PROF. GRACIANO ROCHA Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br Página 32 de 48 Assim, se o devedor atrasar seu pagamento, dando ensejo ao registro da dívida ativa, ocorre uma “transferência de créditos” entre as unidades envolvidas: a responsável pelo crédito inicial dá baixa no crédito inicial, e a responsável pela dívida ativa registra uma entrada de crédito, no valor correspondente. Assim, no “nascimento” da dívida ativa, a unidade responsável por ela registra um direito a receber junto ao devedor, em razão de sua inadimplência, e a unidade originária, responsável pelo crédito inicial, registra uma baixa em seu Ativo. Desse modo, o registro de dívida ativa afeta positivamente o patrimônio da unidade responsável pela cobrança, embora não tenha efeitos sobre o caixa. Por isso, em alguns concursos, já se falou que o registro da dívida ativa é exceção ao princípio de caixa. Entretanto, é temerário entender exatamente dessa forma; o que afeta positivamente o patrimônio, nesse caso, não é “receita”, já que não há ingresso de recursos. Na contabilidade pública, tecnicamente, classifica-se esse fato como uma “variação ativa”. Assim, dizer que a dívida ativa é uma “exceção ao princípio de caixa” não corresponde muito bem à realidade. Mas, volta e meia, as provas trazem esse entendimento, e não nos cabe brigar com as bancas. Prosseguindo com o raciocínio, ao ser quitada, a dívida ativa é convertida em receita orçamentária pertencente ao exercício do pagamento, sob a classificação econômica “outras receitas correntes”. Reforçando o que eu disse, a dívida ativa em si, como direito a receber, não corresponde a uma receita, mas a um fato contábil aumentativo, independente da execução orçamentária – a “variação ativa” que ressaltamos. Vamos deixar bem assentado que essa receita orçamentária proveniente do pagamento da dívida ativa envolve a baixa do direito a receber – ou seja, temos aí uma receita não efetiva (sem aumento no patrimônio). O patrimônio público já havia sido incrementado antes, com o registro do direito a receber. CURSO ONLINE – AFO PARA ANALISTA DO TRF-02 PROF. GRACIANO ROCHA Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br Página 33 de 48 Como isso cai na prova? 26. (FCC/TÉCNICO/TCM-PA/2010) Em um governo municipal, um exemplo de receita de capital é aquela oriunda do recebimento de tributos inscritos em dívida ativa. 27. (FCC/PROCURADOR/TCE-CE/2006) Na execução da dívida ativa de natureza tributária, a representação da União cabe à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, observado o disposto em lei. 28. (ESAF/ANALISTA/ANA/2009) Acerca da Dívida Ativa, é correto afirmar: a) a Dívida Ativa inscrita goza da presunção de liquidez e certeza, e tem equivalência de prova pré-constituída contra o devedor. b) no âmbito da União, compete à Receita Federal do Brasil apurar a liquidez e certeza dos créditos tributários a serem inscritos em Dívida Ativa. c) apenas créditos tributários são passíveis de inscrição em Dívida Ativa. d) considera-se absoluta a presunção de liquidez e certeza de crédito inscrito em Dívida Ativa. e) no âmbito da União, compete à Receita Federal do Brasil apurar a liquidez e certeza dos créditos não tributários a serem inscritos em Dívida Ativa. 29. (CESPE/ANALISTA/TRE-TO/2006) Os créditos inscritos em dívida ativa não são objeto de atualização monetária, juros ou multas, previstos em contratos ou em normativos legais, não sendo, portanto, esses valores incorporados ao valor original inscrito. Como já vimos anteriormente, a receita decorrente do pagamento da dívida ativa, pelo devedor, é uma receita corrente (“outras receitas correntes”). A questão 26 está ERRADA. A questão 27 reproduz corretamente a titularidade da execução da dívida ativa da União, por parte da PGFN. Além disso, o enunciado é uma disposição constitucional (art. 131, § 3º). CURSO ONLINE – AFO PARA ANALISTA DO TRF-02 PROF. GRACIANO ROCHA Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br Página 34 de 48 Afastando a Receita da titularidade quanto ao processamento e execução da dívida ativa, excluímos as letras B e E da questão 28. Adicionalmente, como vimos, receitas não tributárias também podem ser inscritas em dívida ativa, o que elimina a letra C. Resta-nos, portanto, considerar se a presunção de liquidez e certeza da dívida ativa é absoluta ou não. Conforme o art. 204 do Código Tributário Nacional, “A dívida regularmente inscrita goza da presunção de certeza e liquidez e tem o efeito de prova pré-constituída”. Isso é flexibilizado pelo parágrafo único do mesmo artigo, que diz: “A presunção a que se refere este artigo é relativa e pode ser ilidida por prova inequívoca, a cargo do sujeito passivo ou do terceiro a que aproveite”. Dessa forma, o gabarito é a letra A. A questão 29 está ERRADA. Já vimos que os adicionais cobrados sobre o valor principal da dívida ativa passam a integrar o débito. Bom, caro aluno, finalizamos aqui nossa aula de hoje. Espero você na semana que vem, para tratarmos de despesa pública e tópicos relacionados, e a qualquer momento, no fórum de dúvidas. Bons estudos! GRACIANO ROCHA CURSO ONLINE – AFO PARA ANALISTA DO TRF-02 PROF. GRACIANO ROCHA Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br Página 35 de 48 RESUMO DA AULA 1. Para a ciência da Contabilidade, o registro de receita significa um aumento na situação patrimonial de uma entidade, devido a um incremento do Ativo ou a uma diminuição do Passivo. Esse aumento da situação patrimonial pode, ou não, envolver o recebimento de dinheiro. 2. Mesmo receitas não previstas no Orçamento, se arrecadadas, serão consideradas orçamentárias, e, dessa forma, poderão ser utilizadas para aplicação em ações governamentais. 3. Receitas extraorçamentárias são entradas compensatórias no ativo e no passivo financeiros, que não precisam de autorização legislativa para seu ingresso no caixa. 4. Segundo o critério strictu sensu, “receita pública é a entrada que, integrando-se ao patrimônio público sem quaisquer reservas, condições ou correspondência no passivo, vem acrescer o seu vulto como elemento novo e positivo”. 5. Segundo o critério lato sensu, receitas públicas são “todas e quaisquer entradas de fundos nos cofres do Estado, independentemente de sua origem ou fim”. 6. O critério lato sensu permite classificar receitas orçamentárias como efetivas e não efetivas (sob o critério strictu sensu, receitas sempre serão efetivas). 7. A classificação econômica da receita traz os seguintes níveis: categoria econômica; origem; espécie; rubrica; alínea; subalínea. 8. As receitas correntes são, tipicamente, receitas de custeio: servem para suportar a manutenção e o funcionamento de atividades administrativas. Por sua vez, receitas de capital servem à aquisição ou formação de bensde capital. Bens de capital, segundo a teoria econômica, seriam aqueles capazes de gerar novos bens ou serviços, produzindo riqueza. 9. Via de regra, as receitas correntes são receitas efetivas; elas aumentam o patrimônio público. Ora são resultado da atividade arrecadatória do Estado, ora da atividade empresarial/comercial pública. CURSO ONLINE – AFO PARA ANALISTA DO TRF-02 PROF. GRACIANO ROCHA Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br Página 36 de 48 10. As receitas de capital, também via de regra, são receitas por mutação, não efetivas, e, por isso, não afetam o patrimônio. Envolvem registros contábeis que se anulam. 11. Receitas primárias representam todas as receitas orçamentárias que não têm interface financeira (obtenção de empréstimos, venda de títulos, recebimento de operações de crédito etc.). Ou seja, são receitas sem relação com o endividamento público. 12. As transferências de recursos intergovernamentais podem constituir receitas correntes ou receitas de capital. 13. O superávit do orçamento corrente representa a diferença positiva entre o total da arrecadação de receitas correntes e o total da execução das despesas correntes em um exercício. Significa que o governo teve recursos de custeio mais que suficientes para sustentar sua máquina administrativa. Essa sobra financeira deverá ser aplicada em favor do patrimônio duradouro do Estado, para gerar mais riqueza. 14. As receitas intraorçamentárias estão relacionadas à realização de despesas dentro da mesma esfera de governo. Nesse caso, ocorre apenas uma “circulação interna” de recursos, que não saem do caixa do Tesouro Nacional. 15. A classificação da receita por grupos identifica quais agentes públicos possuem competência legal para arrecadar, fiscalizar e administrar as receitas públicas. 16. Receitas próprias são aquelas arrecadadas a partir do esforço próprio de órgãos e demais entidades nas atividades de fornecimento de bens ou serviços e na exploração econômica do próprio patrimônio. 17. As receitas administradas são auferidas pela Receita Federal, que detém a competência para fiscalizar, arrecadar e administrar esses recursos. 18. A dívida ativa constitui um direito a receber por parte do ente público, e pode ser classificada como tributária ou não tributária, a depender do tipo de obrigação que lhe deu origem. CURSO ONLINE – AFO PARA ANALISTA DO TRF-02 PROF. GRACIANO ROCHA Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br Página 37 de 48 19. A dívida ativa abrange a obrigação principal e os valores correspondentes à respectiva atualização monetária, à multa e juros de mora. CURSO ONLINE – AFO PARA ANALISTA DO TRF-02 PROF. GRACIANO ROCHA Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br Página 38 de 48 QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA 1. (CESPE/ANALISTA/ANAC/2009) A contabilidade aplicada ao setor público, assim como qualquer outro ramo da ciência contábil, obedece aos princípios fundamentais de contabilidade. Dessa forma, aplica-se, em sua integralidade, o princípio da competência, tanto para o reconhecimento da receita quanto para a despesa. 2. (FCC/ANALISTA/MP-PE/2006) Pode-se definir receita orçamentária efetiva como aquela que proporciona aumento real do saldo patrimonial, porque não existe aumento do passivo permanente nem uma redução do ativo permanente. 3. (CESPE/ACE/TCU/2007) Conforme os efeitos produzidos, ou não, no patrimônio líquido, a receita orçamentária pode ser classificada como efetiva ou não-efetiva. 4. (ESAF/ANALISTA/ANA/2009) As receitas efetivas modificam a situação patrimonial líquida da entidade somente quando é possível o seu registro pelo regime de competência. 5. (FCC/ANALISTA/MP-SE/2009) A operação de crédito por antecipação de receita deverá ser registrada como (A) transações orçamentárias. (B) transações extraorçamentárias. (C) receita de capital. (D) receita patrimonial. (E) receita corrente. 6. (CESPE/ANALISTA/MPU/2010) A receita orçamentária, sob as rubricas próprias, engloba todas as receitas arrecadadas e que não possuem caráter devolutivo, inclusive as provenientes de operações de crédito. Por sua vez, os ingressos extraorçamentários são aqueles pertencentes a terceiros, arrecadados pelo ente público, exclusivamente para fazer face às exigências contratuais pactuadas para posterior devolução. CURSO ONLINE – AFO PARA ANALISTA DO TRF-02 PROF. GRACIANO ROCHA Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br Página 39 de 48 7. (CESPE/TÉCNICO/MPU/2010) Por não ser possível prever no orçamento todos os casos em que o órgão público fará a alienação de algum bem do seu patrimônio, a receita proveniente das alienações pode ser classificada como orçamentária ou extraorçamentária. 8. (ESAF/TÉCNICO SUPERIOR/ENAP/2006) A receita pública, quanto à sua natureza, é dividida em Orçamentária e Extraorçamentária. Assinale abaixo a única receita que é classificada como Receita Orçamentária. a) Depósitos de terceiros. b) Receita de operações de crédito. c) Salários não-reclamados. d) Operações de crédito por antecipação de receita. e) Cauções em dinheiro. 9. (CESPE/CONTADOR/UNIPAMPA/2009) As receitas são classificadas em dois segmentos: receitas correntes e receitas de capital. Essa divisão obedece a um critério econômico, dentro da idéia de demonstrar a origem das diversas fontes. As receitas de capital derivam do exercício de poder, próprio do Estado, de tributar as pessoas e agentes econômicos ou do exercício da atividade econômica. 10. (ESAF/ANALISTA/RFB/2009) As receitas intraorçamentárias decorrem de pagamentos efetuados por entidades integrantes do Orçamento Fiscal e da Seguridade Social. 11. (CESPE/ADMINISTRADOR/AGU/2010) Receitas intraorçamentárias são diferentes de receitas correntes e de capital. 12. (FCC/ANALISTA/TRE-SE/2007) As receitas correntes são destinadas a atender despesas classificáveis em despesas correntes. 13. (CESPE/ANALISTA/ANTAQ/2008) O 1.º nível da codificação da natureza da receita é utilizado para mensurar o impacto das decisões do governo na economia nacional. CURSO ONLINE – AFO PARA ANALISTA DO TRF-02 PROF. GRACIANO ROCHA Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br Página 40 de 48 14. (FCC/ANALISTA/TCE-GO/2009) De acordo com a Lei nº 4.320/64, as receitas classificam-se nas categorias econômicas Receitas Correntes e Receitas de Capital. As Receitas Correntes compreendem as receitas tributária, de contribuições, (A) de serviços, de operações de crédito e alienação de bens. (B) patrimonial, agropecuária e de operações de crédito. (C) patrimonial, de operações de crédito e alienação de bens. (D) patrimonial, agropecuária, industrial e de serviços. (E) agropecuária, industrial, de serviços e alienação de bens. 15. (CESPE/ECONOMISTA/MIN. SAÚDE/2009) As transferências de recursos intergovernamentais podem constituir, para o ente beneficiário, receitas correntes ou receitas de capital. 16. (FCC/ANALISTA/TRE-AM/2009) De acordo com a Lei nº 4.320/64, as receitas correntes são constituídas, entre outras, pelas Receitas de Contribuições. Um item classificado como Receita de Contribuição é aquele oriundo de (A) contribuição de melhoria. (B) multas e juros de mora da contribuição do salário-educação. (C) contribuição social para o financiamento da seguridade social − COFINS. (D) fundo de participação dos municípios − FPM. (E) restituições de convênios. 17. (FCC/ANALISTA/TCE-GO/2009) A receita orçamentária compreende os recursos auferidos na gestão a serem computados na apuração doresultado do exercício e desdobrados em receitas correntes e receitas de capital. Constituem receita de capital as receitas (A) tributária, de alienação de bens e patrimonial. CURSO ONLINE – AFO PARA ANALISTA DO TRF-02 PROF. GRACIANO ROCHA Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br Página 41 de 48 (B) imobiliária, com valores mobiliários e agropecuária. (C) de serviços, patrimonial, industrial e de contribuições rurais. (D) industrial, de operações de crédito e de alienação de bens. (E) de operação de crédito, de alienação de bens e de transferências de capital. 18. (CESPE/ANALISTA/ANCINE/2006) As receitas correntes, também denominadas primárias ou efetivas, correspondem a receitas tributária, de contribuições, patrimonial, agropecuária, industrial, de serviços e de operações de créditos. 19. (FCC/ANALISTA/MP-SE/2009) A receita instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado, será classificada como (A) receita de serviços. (B) taxa. (C) contribuição social. (D) contribuição de intervenção no domínio econômico. (E) contribuição de melhoria. 20. (FCC/ANALISTA/MP-SE/2009) O superávit do orçamento corrente é um exemplo de receita (A) financeira. (B) de capital. (C) patrimonial. (D) extraorçamentária. (E) intraorçamentária. CURSO ONLINE – AFO PARA ANALISTA DO TRF-02 PROF. GRACIANO ROCHA Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br Página 42 de 48 21. (FCC/ANALISTA/TRE-SE/2007) O superávit do orçamento corrente constituirá item de receita orçamentária. 22. (CESPE/ANALISTA/MPU/2010) O superavit do orçamento corrente constitui item de receita orçamentária, resultando do balanceamento dos totais das receitas e despesas correntes somadas ao passivo circulante e divididas pelo total da receita patrimonial. 23. (CESPE/TÉCNICO SUPERIOR/MIN. SAÚDE/2008) Não existe nem deve existir perfeita correspondência entre as respectivas categorias de receitas e de despesas. No entanto, é recomendável que exista um saldo positivo entre receitas de capital e despesas de capital, para a formação de poupança que financie os novos investimentos. 24. (CESPE/PROCURADOR/PGE-PE/2009) Receitas próprias dos órgãos da administração pública, como tarifas e preços públicos, têm registro na LOA. 25. (CESPE/ANALISTA/STF/2008) Uma diferença que usualmente se estabelece entre receitas correntes e receitas de capital é o caráter recorrente das primeiras e esporádico das últimas. Do mesmo modo, entre as receitas próprias e as receitas de transferências: as primeiras são livres, e as últimas, vinculadas. 26. (FCC/TÉCNICO/TCM-PA/2010) Em um governo municipal, um exemplo de receita de capital é aquela oriunda do recebimento de tributos inscritos em dívida ativa. 27. (FCC/PROCURADOR/TCE-CE/2006) Na execução da dívida ativa de natureza tributária, a representação da União cabe à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, observado o disposto em lei. 28. (ESAF/ANALISTA/ANA/2009) Acerca da Dívida Ativa, é correto afirmar: a) a Dívida Ativa inscrita goza da presunção de liquidez e certeza, e tem equivalência de prova pré-constituída contra o devedor. b) no âmbito da União,compete à Receita Federal do Brasil apurar a liquidez e certeza dos créditos tributários a serem inscritos em Dívida Ativa. CURSO ONLINE – AFO PARA ANALISTA DO TRF-02 PROF. GRACIANO ROCHA Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br Página 43 de 48 c) apenas créditos tributários são passíveis de inscrição em Dívida Ativa. d) considera-se absoluta a presunção de liquidez e certeza de crédito inscrito em Dívida Ativa. e) no âmbito da União, compete à Receita Federal do Brasil apurar a liquidez e certeza dos créditos não tributários a serem inscritos em Dívida Ativa. 29. (CESPE/ANALISTA/TRE-TO/2006) Os créditos inscritos em dívida ativa não são objeto de atualização monetária, juros ou multas, previstos em contratos ou em normativos legais, não sendo, portanto, esses valores incorporados ao valor original inscrito. CURSO ONLINE – AFO PARA ANALISTA DO TRF-02 PROF. GRACIANO ROCHA Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br Página 44 de 48 QUESTÕES ADICIONAIS 30. (FCC/TÉCNICO/TRT-24/2011) Configuram apenas receitas extraorçamentárias: (A) alienação de bens e depósitos de terceiros. (B) cauções e consignações. (C) ICMS e ARO. (D) ganhos com aplicação financeira e cauções. (E) imposto de renda retido na fonte e convênios recebidos. 31. (FCC/ANALISTA/TRF-04/2010) É exemplo de receita extraorçamentária: (A) depósito recebido como garantia para participação em licitação. (B) multa relativa a tributos pagos com atraso. (C) taxa cobrada pela prestação de serviços públicos. (D) receita da dívida ativa do ente público. (E) receita de operações de empréstimo efetuadas pelo ente público. 32. (CESPE/ANALISTA/TRE-MA/2009) Só podem ser consideradas receitas orçamentárias aquelas que já estejam formalmente incluídas na LOA. 33. (CESPE/ANALISTA/TRT-17/2009) No conceito de receita orçamentária, estão incluídas as operações de crédito por antecipação de receita, mas excluídas as emissões de papel-moeda e outras entradas compensatórias no ativo e passivo financeiros. 34. (CESPE/ANALISTA/ANAC/2009) A receita orçamentária efetiva, no momento do seu reconhecimento, constitui fato contábil modificativo aumentativo, aumentando a situação líquida patrimonial da entidade. 35. (FCC/TÉCNICO SUPERIOR/PGE-RJ/2009) As receitas orçamentárias no Brasil são classificadas por categoria econômica, de acordo com o artigo 11 da Lei nº 4.320/64, em CURSO ONLINE – AFO PARA ANALISTA DO TRF-02 PROF. GRACIANO ROCHA Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br Página 45 de 48 (A) Receitas Tributárias e Receitas Patrimoniais. (B) Receitas Correntes e Operações de Crédito. (C) Receitas Orçamentárias e Receitas Extraorçamentárias. (D) Receitas Correntes e Receitas de Capital. (E) Receitas Tributárias e Receitas de Serviço. 36. (CESPE/ANALISTA/TRE-GO/2008) Os termos receita corrente e receita intraorçamentária corrente podem ser considerados sinônimos, já que o termo intraorçamentário destina-se apenas a distinguir a receita orçamentária da receita extraorçamentária. 37. (FCC/TÉCNICO/TRE-PB/2007) Impostos, Taxas e Contribuição de Melhoria são fontes classificadas em receita (A) de capital. (B) fiscal. (C) tributária. (D) patrimonial. (E) de transferência corrente. 38. (FCC/ANALISTA/TRE-SE/2007) São exemplos de receitas de capital as provenientes da conversão em espécie, de bens e direitos. 39. (CESPE/ANALISTA/ANATEL/2009) As receitas intraorçamentárias se contrapõem às despesas intraorçamentárias e se referem a operações entre órgãos e entidades integrantes dos orçamentos fiscal e da seguridade social da mesma esfera governamental. 40. (CESPE/CONSULTOR/SEFAZ-ES/2009) A contribuição de melhoria, cobrada pela União, pelos estados, pelo Distrito Federal ou pelos municípios, no âmbito de suas respectivas competências, tem como fato gerador a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público posto à disposição do contribuinte. CURSO ONLINE – AFO PARA ANALISTA DO TRF-02 PROF. GRACIANO ROCHA Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br Página 46 de 48 41. (FCC/ANALISTA/TCE-AM/2008) No âmbito da receita pública, (A) as receitas correntes nunca podem
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