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literatura comparada balzac ilusões perdidas

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	INTRODUÇÃO
A obra "Ilusões perdidas" de Honoré Balzac foi publicada no período entre os anos de 1836 a 1843, dividida em três partes: Les Deux poètes (Os dois poetas), Un grand homme de province à Paris (Um grande homem da província em Paris) e Ève et David (Eva e David, que na versão final aparece como Les souffrances de l'inventeur). Inspirado pela sua própria experiência como impressor, o autor aborda a capitalização da literatura, ou seja, a transformação de todo o meio literário em mercadoria, através da história do jovem poeta provinciano, Lucien.
	Em busca da glória em Paris, o protagonista figura como suas ilusões a visão que possui do universo literário e de sua ascenção social atuando como escritor, bem como sua família e amigos se iludem quanto ao lado humano de Lucien. São estas perspectivas que vão sendo desmateladas ao decorrer da narrativa, pelo fracasso gradual do jovem aspirante à poeta em sua carreira e responsabilidade familiar.
	A história da obra se passa durante a Restauração Francesa, que parte da queda do Primeiro Império Francês (6 de abril de 1814) à Revolução de (29 de julho) 1830. Esta foi uma contra-revolução que derrubou Napoleão do poder e intentava restituir os governos anteriores à Revolução Francesa. Contrapôs-se à este ideal o fato de o cenário não ser como o Antigo Regime, e esta "nova ordem" ignorava às ideias propostas pelas revoluções burguesas. Este quadro histórico é pintado por Balzac entremeado à ficção da obra, não ressaltando de forma explícita quaisquer acontecimentos, mas sim figurando a transição e o novo aspecto que a sociedade passava a portar; ou seja, o autor mostra o processo e o resultado desse acontecimento da história quanto à postura do ser humano diante da mudança capitalista. 
	A trama balzaquiana descreve detalhadamente cada cena e personagem, tornando-se uma unidade multiforme (LUKÁCS, p.102), na qual todos os pontos, se levados ao extremo, terminam em um paradoxo, ou seja, são tão bem amarrados que retornam ciclicamente ao evento principal da narração. Os personagens secundários de Balzac que não recebem a devida atenção em uma obra, acaba por ganhá-la em outro escrito do autor, que é minucioso em detalhes.
	O presente trabalho intenta focar no relacionamento da mulher aristocrata em ascenção com um jovem poeta pobre, transcritos através dos personagens Louise e Lucien. A relação dos dois é crucial para os mais diversos acontecimentos da história da obra e possui diversas nuances características para explicitar a denúncia politico-social de Balzac. Destas gradações serão tratadas, em especial: (i) as influências dos ambientes provínciano e metropolitano, interpretados como o input da condição histórico-social em que vivem os personagens; e (ii) a resposta, ou seja, o output produzido por Louise e Lucien após o processo de internalização da nova cultura adquirida em Paris.
	A primeira parte da exposição traz um panorama do relacionamento, destacando a questão da paixão e admiração dos amantes em seus dois momentos mais marcantes: o ponto alto da adoração da pessoa amada e o distanciamento em crescente repulsão, ambas as situações munidas da recíproca de Lucien e Louise. A segunda parte enfoca a cena em que Lucien vai à casa da Sra. de Bargeton para mostrar à alta sociedade de Angoulême seu dito talento promissor como poeta. O recorte feito desta parte se deve à condensação dos elementos focais que o autor desenvolve na obra, ou seja, encontra-se no caos situacional e emocional desta cena os pontos principais da crítica de Balzac, alguns já em pleno desenvolvimento e outros ainda a serem desmistificados.
	LUCIEN E A SENHORA DE BARGETON
Este romance central em Ilusões Perdidas de Balzac apresenta dois opostos na sociedade: Um poeta de origem humilde, jovem e belo, que possui o talento para a poesia, e uma mulher já casada, de família nobre. Eles se conhecem quando um homem que almejava a aproximação com a senhora de Bargeton (Nais), apresenta o jovem poeta à mulher, dizendo que ele era um jovem prodígio da poesia. Quando Lucien se encontra pela primeira vez com a senhora de Bargeton, eles se apaixonam. Ele vê nela a classe e a altivez que ele não possuía, e ela se apaixona pela ingenuidade, timidez e beleza do rapaz. 
A senhora de Bargeton – Marie-Louise-Anais – antes de se casar, teve uma educação muito diferente da maioria das meninas que viviam no campo. Ela fora educada por um abade chamado Niollant, que ensinou a ela italiano e alemão, música e literatura, quando esta era apenas uma jovem. Isso fez com que nela despertasse o senso crítico, e um genuíno desprezo pela humanidade. Mas apesar de tanto conhecimento, não possuía os bons modos de uma verdadeira dama. Quando seu pai a casou, o fez com o senhor de Bargeton, um homem pouco espirituoso, que daria a liberdade à Anais de controla-lo. No entanto, a diferença de idade entre os dois era bastante grande. Anais tinha 36 anos enquanto o senhor de Bargeton tinha 58. O pai de Anais morreu antes do marido, o que não era esperado, e ela acabou por morar em Angoulême, onde conheceu Lucien.
O jovem poeta, Lucien Chardon, é filho de um boticário, que casou-se com uma mulher nobre, mas que fora obrigada a deixar qualquer fortuna e trabalhar em serviços considerados humilhantes para uma mulher que um dia fora da nobreza. O pai de Lucien morreu tentando dar a melhor educação possível aos filhos, sem muito sucesso. A irmã de Lucien e este herdaram uma grande beleza de sua mãe, mas infelizmente nenhum dinheiro. Mas era desejo de sua irmã Eve e sua mãe que Lucien fosse bem sucedido, afinal, era muito talentoso como poeta, e trabalhavam duro afim de pagar os estudos e outras coisas necessárias para que este alcançasse o sucesso.
Então, Lucien, após ser apresentado à senhora de Bargeton, passa a frequentar a casa dessa, e os dois tornam-se amantes, apesar de Louise tentar lutar contra este sentimento, por saber que eles eram de mundos opostos. Rumores começam a correr pela cidade, trazendo alguns problemas à Anais, mas esta não se deixa abalar. Espalha-se que Lucien é filho de uma mulher que trabalhava de lavadeira para outra família, o que era muito humilhante. Insinuava-se que a presença de Lucien era muito inferior para que ele frequentasse sua casa, mas a rainha de Angoulême continuou a persistir com a presença de Lucien. Era muito difícil manter uma relação de amante com Lucien, e qualquer passo em falso poderia destruir sua reputação. Anais estava quase sempre rodeada de pessoas, e mesmo quando não estava fisicamente, falavam dela. Como era considerada como a rainha de Angoulême, era sempre observada por todos, mesmo os mínimos movimentos. E esta tomou o poeta humilde como a criança que ela queria transformar em homem, poeta famoso. Queria ensinar-lhe modos e fazer com que ele fosse aceito na alta sociedade. E o jovem estava ávido por alcançar essa posição, e talvez por isso tenha se apaixonado por Louise, como assim passou a chama-la. 
Mesmo com os amigos de Anais aconselharem-na a não se apaixonar por ele, ela não lhe deu ouvidos. Apaixonou-se pelas suas poesias e por sua imagem. Também chegou a pedir para que ele adotasse o nome de sua mãe, mesmo isso sendo proibido naquela época. Porém, um incidente fez com que a paixão dos dois transparecesse: Stanislas viu a cena de Lucien caindo de joelhos e chorando aos joelhos da senhora de Bargeton, o que fez com que boatos maldosos corressem rapidamente. Sabendo disso, Louise pediu ao marido que fosse tirar satisfações sobre as acusações de que estava sendo vítima, e o marido assim o fez, desafiando Stanislas para um duelo, e alvoroçando toda a cidade. Porém, Anais planejou fugir de Angoulême, indo para Paris, e chamando Lucien, que aceitou após alguma aceitação, deixando seu grande amigo David e sua irmã para trás, os dois prestes a se casar. 
Era esta, uma fuga para o amor, mas para Lucien também, era um passo mais próximo de realizar suas ambições. Estaria ele indo para Paris, o local dos poetas. Então os dois fugiram, masnem tudo ocorreu às mil maravilhas. O jovem poeta levou pouco dinheiro – mas que era quase tudo de que dispunham Eve e David – e poucas mudas de roupas. Porém, não muito depois que chegou em Paris, percebeu que sua vida havia mudado completamente, e que nada seria belo como pensava. Percebeu que a vida na cidade grande era muito cara, e ele não conseguiria mantê-la. Ficara em um hotel barato em um bairro pobre, e passou a ver raramente Louise. Quando esta levou-o para conhecer a prima dela, ele percebeu o quanto sua amada era desajeitada perto das verdadeiras damas de Paris, e o quanto ele mesmo era patético e mal vestido perto dos nobres daquela cidade, e assim também viu Louise. 
Lucien, poucos dias depois de sua chegada em Paris, em contato com as novas personalidades, incluindo a senhora d’Espard, viu em Louise a figura de uma mulher velha de pele áspera, quebrando toda a sua imagem de bela mulher que possuía por ela, chegando a envergonhar-se de tê-la amado. O sentimento, todavia, era mútuo, e Anais não via mais em Lucien o brilhante poeta que vira em Angoulême, e sim um jovem qualquer, sem o brilho dos jovens da grande cidade, que possuíam o requinte e educação que a encantava. Lucien quis mudar sua forma de agir e de vestir, e para isso gastou quase todo seu dinheiro. Gostaria, com isso, de conquistar a senhora d’Espard, não se importando mais com sua paixão de outrora, e Louise percebeu as intenções de Lucien. Porém, ele é completamente ignorado pela sua nova paixão, logo após de ser apresentado a ela. Posteriormente, encontrou Louise totalmente mudada, visto que esta havia obtido alguns conselhos de como se vestir e se comportar com sua prima. Estava muito mudada. Ambas passaram de carruagem, ignorando Lucien. “‘Que felicidade a minha ter mantido este pequeno patife a distância e não lhe ter nada concedido!’ pensou a senhora de Bargeton” (BALZAC, p. 218)
 Este se sentiu muito humilhado, e prometeu assim conquistar a marquesa d’Espard e dominar aquela sociedade que o escorraçara, almejando o topo.
“Lucien, envergonhado por ter amado aquela espinha de peixe, prometeu-se aproveitar do primeiro acesso de virtude de sua Louise para deixa-la” (BALZAC, p. 207)
Observa-se então que a paixão que Lucien cativou por Anais talvez não fosse pela personalidade desta, e sim pela imagem de poder que esta lhe passava, e a possibilidade de Anais proporcionar o mesmo ao jovem poeta. Assim como a paixão que a senhora de Bargeton tinha por Lucien. Ela se desfez quando esta se encontrou com jovens nobres, tão belos ou ainda mais que Lucien, que tinham uma educação muito superior. Isso a impressionou. É como se o objeto de paixão dos dois fosse despedaçado pela realidade da nobreza de Paris, tão diferente e superior à de Angoulême. Seria esta ou todas, paixões ilusórias e tão frágeis?
	A APRESENTAÇÃO DE LUCIEN À NOBREZA DE ANGOULÊME
A despeito da enorme distância social entre ele (poeta de L’Houmeau) e todos aqueles que frequentavam a casa da sra. de Bargeton, Lucien estava decidido a se apresentar diante da nobreza de Angoulême. Ainda ingênuo, o jovem poeta não tinha real consciência das obscuridades contidas naquele meio.
Tendo sido o primeiro a chegar à casa de sua amada Louise, devido à ansiedade de poeta e de amante, Lucien pode observar todas as personalidades que adentravam o local. Ainda que cada figura possuísse suas próprias peculiaridades, todos tinham em comum o ar prepotente e a pose de criatura repleta de sabedoria. Sabiam, aliás, que de fato deveriam saber o mínimo para se fingirem de sábios, ou ao menos dominar a arte do silêncio oportuno.
Quando todos se posicionaram para ouvir Lucien declamar uma poesia, a ansiedade tomou conta do poeta. Talvez não tanto por sua estreia, mas principalmente por se notar sendo chamado pela maioria pelo sobrenome de Chardon, que herdara do pai farmacêutico e que naquele meio não só soava como chacota como era de fato motivo para tal. Mas Lucien estava esperando esse momento para brilhar, pois imaginava que, ao ler o poema, aqueles intelectuais pretenciosos se entregariam à poesia e iriam admira-lo. Como já foi dito, o jovem poeta ainda era inocente.
Lucien leu dois poemas de André Chénier. O primeiro, chamado “Jovem Doente”, era o mais curto e foi bem aceito. Já o segundo, cujo nome era “Cego” evidenciou para o poeta a natureza daquela gente. Reclamavam por ser longo demais, cansativo demais, bocejavam e mostravam desinteresse de desatenção. Aquilo tudo feria o coração de Lucien, que, como poeta, se entristecia e se enfurecia pelo descaso por aquele poema. Lucien se sentiu também desiludido, aquele momento que ele acreditava que seria o momento de sua glória, foi na verdade como o primeiro soco da realidade daquele mundo. O poeta percebeu que a única pessoa ali que possuía a inteligência que aparentava era a sra. de Bargeton. Com exceção de mais três ou quatro pessoas que não pareciam entediadas, todo o resto ali não tinha a capacidade de apreciar a beleza de uma poesia, ou de qualquer leitura que fosse.
Ao fim da leitura, comentários de todo tipo começaram a surgir. E entre aqueles ignorantes o que tomou grande proporção foi o que de aqueles versos não era de autoria de Lucien, com tons de indignação. Esse mal entendido ecoou no salão, mas não foi ouvido pelo poeta, que se encontrava absorto em sua leitura depois de sua desilusão. Mas as reclamações dos ignorantes chegaram até a sra. de Bargeton. Diziam que haviam ido para ouvir a poesia de Lucien, e que a presença do poeta só era justificável devido a seu talento, exigindo assim a leitura de um poema da autoria de Lucien.
Sendo assim o jovem poeta se posicionou e declamou aquele que julgava seu melhor poema: um poema feito para sua querida Louise, que intitulou “Para Ela”. Mais um soco da realidade. Os comentários maldosos foram imediatos. O invejoso Du Châtelet jogou o poema no lugar comum de todo jovem. As mulheres, por suas vez, se corroíam de inveja por, diferente de Naïs, não possuírem um jovem e belo poeta que lhes escrevesse poemas comparando-as a anjos e divinizando-as. Estas não só se esforçaram por produzir os piores tipos de comentários como algumas ainda proibiram seus maridos de produzir qualquer tipo de elogio direto ou indireto. Aqueles que não receberam nenhuma proibição davam continuidade aos comentários das esposas, para agrada-las. Quando esses comentários chegaram diretamente a Lucien, em forma de perguntas irônicas, ele finalmente viu com a mais pura clareza do que aquela sociedade era feita: falsos intelectos, poses de faixada, falsos interesses e inveja. Aquele salão era um antro de obscuridade que se evidenciava mais a cada vez que alguém naquele lugar abria a boca.
Atordoado, ele não era capaz de responder, mas Louise o defendia com respostas afiadas. Por fim, para sustentar sua resposta ao comentário do bispo, ela pede que o poeta recite “São João em Patmos”, mas quando Lucien se levanta e se depara com o total desprezo daquela gente, perde as forças e alega não se lembrar bem do poema para recita-lo. 
Irritada com a forma com que receberam seu poeta, Louise se retira e atrai Lucien para junto de si. Ela o consola e diz a ele que aquele era o caminho que o esperava se quisesse alcançar a glória. Encontraria outros como aqueles ignorantes do salão, outros até piores. Mas lembrou a ele que é o sofrimento de um poeta que o faz grande e o imortaliza, dando a Lucien novas forças. Um pouco depois receberam a presença do bispo e da filha da sra. de Rastignac, que dirigiram ao poeta palavras de incentivo e elogios.
Naquela noite, Lucien contemplou o mundo que o aguardava. Mas escolheu não se abater com aquela terrível experiência. Em vez disso tirou dela forças e mais determinação. Ele queria conquistar aquele mundo que o enojava. Se tornaria grande e colocaria aquela gente em seu devido lugar. Voltou para casa pelo caminho mais longo para organizar estes pensamentos, e começou a se preparar para o caminho de espinhos que começara a percorrer aquela noite.
Referências bibliográficas:BALZAC, Honoré de. Ilusões Perdidas. Ed. Penguin Companhia, pdf.
LUKÁCS, Georg. Balzac: Les Illusions Perdues. In: "Ensaios sobre Literatura". Ed. Civilização Brasileira S. A., 1965.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Illusions_perdues - acessado: 10/10/2014
http://pt.wikipedia.org/wiki/Primeiro_Imp%C3%A9rio_Franc%C3%AAs – acessado: 10/10/2014
http://pt.wikipedia.org/wiki/Restaura%C3%A7%C3%A3o_francesa – acessado: 11/10/2014

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