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Depressão 1929

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Referências seção 1
Grande Depressão de 1929
Causas
Várias causas pontuadas para a crise de 1929:
Estopim: quebra da Bolsa de Nova York (crash do mercado de ações). 
Antecedentes da crise:
Fim da 1ª Guerra Mundial, países europeus encontravam-se devastados, com economia enfraquecida e retração no consumo
EUA lucraram com a exportação de alimentos e produtos industrializados no período pós-guerra.
 - aumento da produção e emprego
 - preços eram estáveis, com relativa queda
 - aumento dos lucros comerciais
Causas
EUA lucraram com a exportação de alimentos e produtos industrializados no período pós-guerra.
 - boom no mercado imobiliário da Flórida  especulação imobiliária (início da década de 20)
  já em 1926: reversão desse boom (menos compradores, preços começaram a declinar, inadimplência)
 - crença dos americanos em um enriquecimento rápido e sem esforço no mercado de ações
 - contexto do “American Way of Life”: perspectivas favoráveis, lucros das companhias eram bons e crescentes, crédito abundante e barato
 - preços das ações subiam  especulação 
Causas
Especulação na Bolsa de Valores
	- Algumas empresas trocaram produção por especulação no mercado de ações
 - Os bancos de NY podiam tomar empréstimo do Banco da Reserva Federal a 5% e reemprestá-lo ao mercado a 12%.
 - Bancos comerciais mantinham empréstimos para especulação no mercado de títulos com ajuda do crédito da reserva oficial.
Causas
Outras causas apontadas:
	- Política monetária mal planejada pela Reserva Monetária dos EUA, nos anos que precederam a Grande Depressão
  Inação com os sintomas de especulação e valorização demasiada de ações e empréstimos bancários;
Crise de 1929
Quebra da Bolsa: especuladores profissionais começaram a perceber o momento em que não haveria mais dinheiro para lastrear as ações
Iniciaram um movimento de venda
Incerteza se espalhou
Com todo mundo querendo vender  preços cairam vertiginosamente
Instaura crise...
BAER, W. O inicio do desenvolvimento industrial In: A Economia Brasileira
Consequências para o Brasil
Consequências Grande Depressão
Canais de transmissão pelo Balanço de Pagamentos:
Queda das exportações brasileiras 
US$ 445 milhões em 1929 para US$ 180,6 milhões em 1932
Preço do café em 1931 atingiu 1/3 do preço médio entre 1925 e 1929.
Entrada de capital estrangeiro cessou quase por completo
Aumento das remessas de lucros de entidades privadas
Como consequência:
Governo suspendeu parte dos pagamentos da dívida externa  totalizava mais de USS 1,3 bilhão em 1931
Consequências Grande Depressão
País foi primeiro país da América Latina a introduzir o controle de câmbio e outros controles diretos
Combinado com a desvalorização da moeda, reduziram drasticamente o valor das importações 
US$ 416,6 milhões em 1929 para US$ 108,1 milhões em 1932.
Consequências Grande Depressão
Proteção ao setor cafeeiro:
Responsável por 71% das exportações totais e cerca de 10% do PNB – Produto nacional bruto.
Crise coincidiu com grande produção do produto, resultado do plantio na década de 20.
Criação do Conselho Nacional do Café em 1931
Compra de todo o café, destruindo grandes quantidades que não podiam ser vendidas ou armazenadas
Ajuda a produtores rurais  adiamento de pagamento de dívidas e redução em até 50%: “reajustamento econômico”
Amortecedor parcial dos choques na agricultura brasileira: rápido crescimento da produção de algodão em São Paulo.
Crescimento industrial durante a Depressão
A restrição de importações e a contínua demanda interna que resultou da receita gerada pelo programa de apoio ao café causou:
Escassez de bens manufaturados e consequente aumento de seus preços relativos
Catalisador para um arrancada da produção industrial:
1928-1930: queda da produção
1931-1939: produção industrial mais que dobra
crescimento expressivo de setores (artigos têxteis, produtos de metal, artigos de papel)
Crescimento industrial durante a Depressão
Crescimento da produção a partir da segunda metade da década de 30, foi acompanhado de expansão da capacidade 
Nova fábrica da Belgo Mineira em João Monlevade.
Política de proteção de café: “Programa anticíclico keynesiano” segundo Celso Furtado.
Programa financiado pela expansão de crédito
Dinheiro injetado na economia a fim de adquirir e parcialmente destruir o café excedente resultaram em criação de renda.
Valor do produto que foi destruído era muito menor do que receita que foi criada.
Crescimento industrial durante a Depressão
Política de proteção de café: “Programa anticíclico keynesiano” segundo Celso Furtado.
Compra de café e garantia de preços mínimos possibilitou manter o nível de emprego do setor cafeeiro, e indiretamente, de setores relacionados.
Manutenção da renda interna e poder aquisitivo, queda das importações, aumento relativo dos preços industriais e fortalecimento do mercado interno  crescente demanda interna estimulou produção industrial doméstica
Inconscientemente, Brasil assumiu política anticíclica
Crescimento industrial durante a Depressão
Posição contrária a Celso Furtado: Carlos M. Peláez.
Sustenta que a maioria dos recursos para compra de estoques do café se originou dos impostos de exportação desse produto.
Como governo adotava políticas monetárias ortodoxas, os créditos fornecidos pelo BB para o apoio ao programa refletiam uma queda nos créditos a outros setores  portanto, houve pouca criação de crédito líquido.
Afirma que programa foi prejudicial à industrialização do país por ter distorcido artificialmente a lucratividade relativa favorecendo setor cafeeiro.
Crescimento industrial durante a Depressão
Estudo empírico realizado por Simão Silver: análise de Furtado estava correta
Apenas parte das compras foram financiadas com os impostos de exportação
Além disso, impostos não eram totalmente sustentados pelo setor cafeeiro  parte era partilhado pelos consumidores de café (baixa elasticidade de demanda pelo produto) efeito final dos impostos sobre setor era menor do que alegado por Pelaez
Desvalorização do câmbio manteve a renda dos exportadores e política evitou que as condições de comércio tivessem caído ainda mais
Maior demanda agregada resultante da defesa atraiu mais investimento para o setor industrial do que para o próprio setor cafeeiro

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