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Aula 03 (4)

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Aula 03
Educação inclusiva: princípios e desafios
A discussão sobre inclusão/exclusão social está presente no cenário atual brasileiro e vem mobilizando um amplo debate sobre os mecanismos socioculturais que viabilizam, dificultam ou impedem o acesso permanente aos direitos políticos, civis e sociais a todas as pessoas que compõem a sociedade. No campo educacional, o movimento da educação inclusiva assegura o direito à educação a todos os alunos, independentemente de suas características ou necessidades especiais.
Nesta aula, vamos conhecer os fundamentos da educação inclusiva e a proposta de atendimento educacional especializado que procura garantir os serviços e suportes de apoio à escolarização do aluno com deficiência ou transtorno global de desenvolvimento, matriculado na escola regular, convivendo, interagindo e construindo conhecimentos junto com os demais alunos.
Destacamos a reflexão sobre a importância da parceria:
ESCOLA – FAMÍLIA – COMUNIDADE
No movimento da educação inclusiva e na construção de uma rede de apoio aos alunos com necessidades educacionais especiais.
Acompanhando a história da Educação Especial no Brasil, a partir das décadas de 60 e 70, observamos o surgimento, ainda que reduzido, de políticas públicas que procuravam garantir e orientar o trabalho neste campo. Veja a seguir essas manifestações:
Lei de Diretrizes e Bases  LDB (Lei nº 4.024/61) : Fica explícita a preocupação do poder público com a educação especial no país.
Lei nº 5.692/71 : Introduz a visão tecnicista em relação ao aluno com deficiência no contexto escolar e sugere a implementação de técnicas e serviços especializados para seu atendimento.
O Conselho Nacional de Educação Especial – CENESP : Foi criado por decreto, em 1973, com o intuito de funcionar como representação do poder público neste campo específico da educação.
Nos anos 80, desponta pela primeira vez no cenário brasileiro a discussão sobre as transformações significativas que deveriam ocorrer para a viabilização de projetos educacionais mais inclusivos, orientados pelo novo paradigma de suporte e o debate sobre a inclusão da pessoa com deficiência na sociedade.   
No cenário político-social brasileiro, as iniciativas mais pontuais em relação à necessidade de se criar mecanismos de inclusão no sistema educacional encontram apoio e subsídios nas ideias levantadas por diferentes movimentos sociais, documentos e leis, que surgiram como resultado de uma maior mobilização da sociedade em relação à necessidade de garantir o direito de todos à educação e ao exercício da cidadania.
Ao longo dessa trajetória, destacamos também:
Constituição Federal de 1988 : Recomenda o “atendimento educacional especializado preferencialmente na rede regular de ensino” (art. 208).
Declaração de Salamanca : Redigida em 1994, por cerca de cem países reunidos em conferência internacional apoiada pela UNESCO, realizada em Salamanca, na Espanha, como um importante marco na luta pelos direitos humanos, pela igualdade de oportunidades para todas as pessoas e pela participação social efetiva da pessoa com deficiência como cidadão.
Após a Declaração de Salamanca, o movimento de educação inclusiva ganha força e vários países passam a orientar suas ações tendo como base os princípios e as propostas redigidas e assinadas em comum acordo. Neste documento, diferentes países defendem a ideia de que o sistema educacional deve organizar-se de forma a atender a todos os alunos, onde o sistema de segregação de alunos com necessidades educacionais especiais em instituições especializadas não é recomendado.
Segundo este princípio, a escola deverá utilizar recursos, programas, serviços e tecnologias disponíveis para todos os alunos, adaptando o currículo, apenas quando necessário, para atender aos alunos com necessidades especiais. Na perspectiva da inclusão, é de responsabilidade do sistema educacional e das instituições escolares a criação dos suportes para viabilizar o acesso ao currículo e a quebra de barreiras que impeçam ou dificultem o aprendizado de todos os alunos.
Desde a década de 90 até os dias de hoje, observamos que a proposta da inclusão foi aceita como desafio e algumas transformações ocorreram no sistema educacional brasileiro com o objetivo de oferecer condições para sua implementação.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais, publicados em 1998, reafirmam a intenção do governo em trabalhar neste sentido, e também as orientações do MEC e da Secretaria de Educação Especial, que determinam “o direito ao acesso ao ensino público, preferencialmente na rede regular de ensino, a toda e qualquer criança com necessidades educacionais especiais”.
O governo procura implementar a educação inclusiva, através das políticas educacionais instituídas, por meio da legislação (Lei de Diretrizes e Bases da Educação, nº 9.394/96; Lei 7.853/89), de documentos norteadores (Resolução do CNE/CEB nº 2/2001 que institui as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica, entre outros) e de ações, que procuram garantir o acesso e permanência do aluno com necessidades educacionais especiais no ensino comum.
ATENÇÃO!
 De acordo com o Parecer CNE/CEB nº 13/2009, que trata das “Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica, modalidade Educação Especial”, a educação especial é uma modalidade de educação que não tem caráter substitutivo à escolarização comum do aluno com deficiência física, intelectual, sensorial, do aluno com transtornos globais de desenvolvimento e do aluno com altas habilidades. Segundo este parecer, o AEE- Atendimento Educacional Especializado- deve ser oferecido a este aluno de forma complementar ao ensino comum, em turno inverso ao da escolarização, com o objetivo de garantir seu acesso à educação comum e de disponibilizar os serviços, apoios e recursos que complementam a formação deste aluno nas classes comuns da rede regular de ensino.  
Sabemos que existem barreiras e dificuldades a serem superadas pela sociedade em relação ao processo de inclusão educacional do aluno com alguma deficiência física, intelectual e/ou sensorial ou com transtornos globais de desenvolvimento. Aos poucos, amplia-se a conscientização social sobre o caráter discriminador e segregador que perpassa a proposta de trabalho em espaços especiais, destinados somente ao atendimento de alunos com necessidades especiais de aprendizagem, de forma isolada dos demais alunos.
Atualmente, no contexto educacional brasileiro, observamos várias iniciativas do poder público que procuram criar medidas legais para que seja garantido o acesso desse aluno ao ensino regular. Porém, sabemos que ainda é bastante contraditório e problemático esse processo de inclusão educacional. A inclusão não ocorre somente com a inserção do aluno num mesmo espaço físico, nem está condicionada apenas à assinatura de um decreto ou lei.
O desafio da escola e de todos aqueles envolvidos no processo educativo é mediar esse processo de inclusão e criar condições para remover as barreiras de aprendizagem, sem isolar o aluno que apresente alguma dificuldade ou necessidade educacional especial.
Inúmeras transformações são necessárias, e essas transformações dependem de uma complexa rede de adaptações por parte de diferentes setores, para que, efetivamente, o aluno sinta-se integrado ao grupo, participando do processo de construção de conhecimento e de socialização.
Barreiras físicas, humanas, sociais ou políticas, como por exemplo, a inadequação dos prédios escolares, a falta de uma orientação política e educacional que priorize e viabilize a inclusão, a incompreensão e não aceitação dos responsáveis, o despreparo dos profissionais da educação, o preconceito em relação à deficiência são alguns dos problemas que perpassam a educação e dificultam as iniciativas inclusivas.
ATIVIDADE PROPOSTA:
RESPOSTA:
	
	 1a Questão 
	
	
	A inclusão só é possível na medida em que se respeite a identidade sociocultural dos sujeitos, suas particularidades socioeducativase linguísticas. Diante deste enfoque, as adaptações curriculares para educação especial devem oferecer aos alunos:
		
	
	atividades assistemáticas e abertas, que trabalhem aspectos da vida diária e conduzam à socialização.
	
	escolas especiais integrais com profissionais qualificados que atendam às necessidades individuais.
	
	propostas homogeneizadoras que atendam às diferenças individuais.
	 
	alterações estruturais, de conteúdo, estratégias, metodologias e recursos como mobiliário, equipamentos e sistemas de comunicação alternativos.
	
	equipe de apoio composta de psicólogos, médicos, psicopedagogos e assistentes sociais.
	 2a Questão 
	
	
	A Educação Inclusiva requer um novo modelo de escola em que é possível o acesso e permanência de todos os alunos. Assinale a afirmativa que apresenta a orientação que deve ser adotada pela escola para tornar-se inclusiva:
		
	
	Substituir mecanismos de seleção e discriminação por procedimentos que favoreçam a segregação social e aprendizagem.
	 
	Substituir mecanismos de seleção e discriminação por procedimentos de identificação e remoção de barreiras para aprendizagem
	
	Substituir mecanismos de inclusão por processos de trabalho individuais.
	
	Substituir mecanismos de segregação social por processos discriminatórios.
	
	Substituir mecanismos de discriminação por procedimentos que favoreçam a seleção dos grupos.
	 3a Questão 
	
	
	Após a Declaração de Salamanca, o movimento de educação inclusiva ganha força e vários países passam a orientar suas ações tendo como base os princípios e as propostas redigidas e assinadas em comum acordo. Neste documento, diferentes países defendem a ideia de que o sistema educacional deve organizar-se de forma a atender a todos os alunos, não sendo recomendado a:
		
	
	Avaliação
	
	Educação
	
	Escolarização
	
	Transformação
	 
	Segregação
	 4a Questão 
	
	
	De acordo com o documento elaborado a partir da Conferência Mundial de Educação Especial (1994), o princípio fundamental da escola inclusiva é o de que:
		
	
	escolas inclusivas devem assegurar uma educação de qualidade a todos através de um currículo único e com conhecimentos básicos.
	
	todas as crianças devem frequentar escolas comuns de ensino, sendo a classe especial o lugar apropriado para o aluno com deficiência intelectual.
	
	escolas inclusivas devem reconhecer e responder às necessidades diversas de seus alunos, somente quando for possível para o professor de sala de aula fazer isso.
	
	todas as crianças que tiverem diagnóstico de mais de uma deficiência deverão ser atendidas em escolas especiais.
	 
	todas as crianças devem aprender juntas, sempre que possível, independentemente de quaisquer dificuldades ou diferenças que elas possam ter.
	 5a Questão 
	
	
	Você foi convidado (a) para planejar um seminário de capacitação para educadores da rede pública do Município de São Gonçalo cujo tema era "Inclusão social e acadêmica da pessoa com deficiência". Das frases abaixo assinale a única que representa uma inverdade dentro das Diretrizes Operacionais para Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica, Modalidade Educação Especial (2009).
		
	
	A Educação regular passar a ter como responsabilidade o ensino das pessoas com deficiências físicas, sensoriais, mentais, Transtornos Globais do Desenvolvimento e Altas Habilidades, uma vez que é uma modalidade educativa respaldada legalmente.
	
	Um importante ganho que essas diretrizes trouxeram para o ensino dos deficientes foi a garantia de que eles não ficariam mais segregados em instituições especiais, nas quais a apropriação que eles poderiam fazer do conhecimento construído na interação com colegas não deficientes é bem menor.
	 
	A Educação Especial é assegurada por lei nacional, entretanto visa conciliar as necessidades de ambos os sistemas educacionais: o regular e o especial, tendo em vista que algumas deficiências são apenas corrigíveis na educação realizada em instituições especificamente estruturadas para atender deficientes.
	 
	A educação Especial receberá apoio técnico e financeiro do Governo Federal para atendimento especializado a fim de complementar o ensino realizado na escola regular.
	
	O avanço que a Educação Especial alcançou no ano de 2009 foi justamente trazer orientações que garantissem a acessibilidade dos alunos com deficiências e condições especiais de aprendizagem.
	 6a Questão 
	
	
	Ao longo da história da Educação Especial no Brasil, observamos que algumas instituições foram pioneiras em relação ao trabalho educacional voltado para alunos com deficiência. Nesse contexto, podemos afirmar que a fundação do Instituto Benjamin Constant no Rio de Janeiro foi:
		
	 
	Foi um fato importante já que é considerado como a primeira instituição especializada no Brasil, na área de deficiência visual.
	
	Foi um fato importante já que é considerado como a primeira instituição particular especializada no Brasil, na área de deficiência física.
	
	Foi um fato que provocou reação negativa da sociedade porque excluía os alunos com deficiência da escola regular.
	
	Foi um fato importante já que é considerado como a primeira instituição particular especializada no Brasil, na área de deficiência auditiva.
	
	Foi um fato que provocou reação negativa do governo porque a instituição foi fundada por iniciativa privada.
	 7a Questão 
	
	
	Em relação à educação Especial no sistema de ensino brasileiro, complete as lacunas: A Educação Especial é ________________ e _______________________ , deve ser oferecida em todas as etapas, níveis e modalidades educacionais. As palavras que podem completar a frase corretamente são:
		
	
	para maioria/privada
	
	para deficientes/ seus familiares
	
	disciplinar/democrática
	
	para deficientes/incapazes
	 
	complementar/transversal
	 8a Questão 
	
	
	No período anterior aos anos 70, o campo da Educação Especial no Brasil, caracterizou-se por algumas premissas, EXCETO:
		
	
	ações que não priorizavam o caráter pedagógico da educação.
	
	ações que enfatizavam o cuidado e a proteção do aluno com necessidades educacionais especiais.
	 
	ações que buscavam incluir os alunos com necessidades especiais em todas as atividades do cotidiano escolar.
	 
	ações que favoreciam práticas educacionais segregadoras.
	
	ações orientadas por uma visão médico-assistencialista do campo.

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