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AULA 07
A inclusão do aluno surdo na escola regular
Nesta aula, vamos conhecer as principais características do aluno surdo e a proposta de ensino inclusivo que prevê sua inserção em turmas comuns de ensino regular, recebendo apoio e suporte do serviço oferecido pelo atendimento educacional especializado. Destacaremos a importância do ensino bilíngue e o reconhecimento da Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS como primeira língua do aluno surdo. Essa proposta tem como objetivo contribuir para romper com as barreiras linguísticas e pedagógicas e superar preconceitos que podem interferir no processo de inclusão do aluno com surdez na escola regular.
A concepção atual de que a educação inclusiva é a melhor proposta para a escolarização do aluno surdo decorre, dentre outros fatores, da valorização da diversidade humana, do respeito às diferenças e do reconhecimento da importância da linguagem e das interações sociais na constituição e formação do ser humano.
A proposta inclusiva de educação, que envolve o trabalho integrado entre alunos surdos e ouvintes, desde a educação infantil, reconhece que “as trocas simbólicas provocam a capacidade representativa desses alunos, favorecendo o desenvolvimento do pensamento e do conhecimento, em ambientes heterogêneos de aprendizagem” (Silva, 2007, p.13).
O convívio social e o potencial de desenvolvimento do ser humano, interagindo com a diversidade humana e em diferentes ambientes, são valorizados.
Nessa perspectiva educacional, além da questão linguística que perpassa todo processo de ensino-aprendizado, é preciso destacar as ações que a escola precisa concretizar para garantir a construção de um espaço educacional estimulador, desafiante e inclusivo, que explore as diferentes capacidades e interesses dos alunos.
A inclusão do aluno com surdez na escola regular parte do pressuposto de que a escola deve estar aberta para todos e que os processos curriculares e pedagógicos devem ser, continuamente, avaliados e replanejados para atender à diversidade dos alunos.
É preciso investigar e oferecer os meios e mediações adequados que contribuam para o aprendizado significativo, as trocas simbólicas com o meio físico e social e o desenvolvimento dos alunos surdos e ouvintes.
A surdez, clinicamente, é compreendida como a redução ou ausência da capacidade de ouvir determinados sons que uma pessoa apresenta, devido a fatores que afetam o aparelho auditivo. O grau da surdez, a idade ou estágio em que ocorreu a perda auditiva e a forma de comunicação que a pessoa utiliza, dentre outros aspectos, precisam ser considerados no processo de construção da proposta pedagógica que atenda às necessidades do aluno surdo.
Para garantir a efetiva inclusão escolar, esse aluno deve frequentar a classe regular de uma escola comum e o atendimento educacional especializado, no turno oposto à escolarização regular. O atendimento especializado deve oferecer apoio e suporte para o ensino da Língua Brasileira de Sinais (Libras), o ensino em Libras e o ensino da Língua Portuguesa.
A garantia de oferta do ensino bilíngue (Libras – Português) são conquistas que contribuem para o rompimento de barreiras linguísticas e pedagógicas e para a superação de preconceitos que interferem no processo de inclusão. A educação bilíngue busca inserir a pessoa surda no cenário social, ao mesmo tempo em que, reconhece Libras como a primeira língua e como principal meio de comunicação da comunidade surda.
Acompanhando a história da educação da pessoa com surdez, constatamos que três tendências educacionais marcaram essa trajetória:
Oralista.
Comunicação total.
Bilinguismo.
Nem sempre a proposta de ensino bilíngue foi reconhecida como a mais adequada para o aluno com surdez. Segundo Lopes (2007), o enfoque clínico-reabilitador e oralista se impôs durante muito tempo. As primeiras tentativas de educação de alunos surdos, ocorridas no século XVI, baseavam-se nos métodos de ensino oralista e na proposta de desmutização da pessoa surda.
A tendência pedagógica baseada no ensino oralista tem como objetivo capacitar a pessoa com surdez para que utilize a língua da comunidade ouvinte na modalidade oral, como única forma de comunicação e expressão. Essa abordagem renega a língua de sinais como possibilidade linguística e focaliza o trabalho no treino de uso da voz e nos exercícios de leitura labial.
A proposta baseada na comunicação total defende a ideia de que a pessoa surda deve utilizar todos os recursos disponíveis para comunicação. Explora a combinação da linguagem gestual visual, os textos orais, os textos escritos e as diversas formas de interação social. Segundo Sá (1999), essa abordagem não valoriza a Língua de Sinais e desfigura a estrutura da mesma.
Já a abordagem educacional por meio do bilinguismo tem como objetivo o ensino de duas línguas distintas: a Língua de Sinais e a língua da comunidade ouvinte. Essa tendência pedagógica reconhece a Libras como primeira língua do surdo. Ganha força no cenário social e educacional brasileiro, a partir do Decreto 5.626/05 que regulamentou a lei de Libras. De acordo com Damázio (2007, p.20), “esse decreto prevê a organização de turmas bilíngues, constituídas por alunos surdos e ouvintes onde as duas línguas, Libras e Língua Portuguesa são utilizadas no mesmo espaço educacional. Também define que para os alunos com surdez a primeira língua é a Libras e a segunda é a Língua Portuguesa na modalidade escrita”.
No Brasil, a partir da década de 1990, os movimentos organizados das pessoas surdas são acentuados em prol da conquista de um espaço surdo, da luta pelos direitos dos surdos terem uma língua e de ser reconhecidos como um grupo cultural (Lopes, 2007). No campo educacional, o grupo de educadores e especialistas que defendem a filosofia do bilinguismo argumentam que essa proposta defende e respeita a diferença surda e entende que a língua de sinais é a língua própria dos surdos.
No contexto da educação inclusiva, a superação de barreiras linguísticas e educacionais depende de propostas que respeitem as especificidades e características do aluno, suas diferentes formas de ser, aprender e estar no mundo. Sendo assim, concluímos que as questões que envolvem a educação da pessoa surda exige a implementação de políticas educacionais que reconheçam e respeitem a diferença surda e contribuam para a construção de uma escola e sociedade menos excludente.
RESUMO DA AULA: A surdez é compreendida clinicamente como uma redução ou ausência da capacidade de ouvir determinados sons que uma pessoa apresenta, devido a fatores que afetam o aparelho auditivo. O grau da surdez, a idade ou estágio em que ocorreu, a forma de comunicação que a pessoa utiliza, dentre outros aspectos, precisam ser considerados no processo de construção da proposta pedagógica que atenda às necessidades do aluno surdo.
O reconhecimento da educação inclusiva como melhor alternativa para a escolarização do aluno com surdez decorre da valorização das diferenças no convívio social e do potencial de cada ser humano se desenvolver na interação com a diversidade humana e em ambientes heterogêneos de aprendizagem.
Nessa perspectiva, a educação bilíngue LIBRAS/Português busca inserir a pessoa surda no cenário social, reconhecendo LIBRAS como a primeira língua e principal meio de comunicação da comunidade surda.
	 1a Questão 
	
	
	Das alternativas abaixo marque a que responde corretamente o que é deficiência auditiva:
		
	
	Uma condição anormal da percepção visual que envolve um sério déficit cognitivo e dificulta a audição.
	
	Uma incapacidade de diferenciar sons em função da perda auditiva por mutismo seletivo.
	 
	É a privação parcial ou total, congênita ou adquirida, do sentido de ouvir.
	
	É a incapacidade de ouvir o que não faz parte do seu interesse imediato.
	
	Uma incapacidade de falar e ser ouvido pelo outro.
	 2a Questão 
	
	
	...  Eu sou surdo e sou feliz. Minha trajetória de sucesso começou na família, com a absoluta aceitaçãoda diversidade da minha natureza, principalmente por parte de minha mãe, que desde a descoberta da surdez teve a intuição de  que o mais importante em sua relação comigo seria termos uma comunicação satisfatória, partindo do princípio de que ela deveria se adequar à forma de comunicação mais fácil e natural para mim, e não ao contrário ...
 
(Nelson Pimenta - texto extraído do Anais do Seminário do INES- Surdez: Diversidade Social. 2001.)
 
 
Atualmente, a criança surda tem direito a ter  como primeira língua:
		
	 
	Libras que deverá ser ensinada nos primeiros meses de vida, sendo ideal que o aluno frequente uma creche bilíngue:  Língua Portuguesa e Libras.
	
	Língua Portuguesa como língua materna.
	
	A Língua Portuguesa, assim terá mais facilidade nas interações sociais. Deverá aprender Libras, a partir do sexto ano de escolaridade.
	
	Libras, que deverá ser ensinada quando o aluno ingressar no primeiro ano de escolaridade.
	
	Língua Portuguesa que deverá ser ensinada nos primeiros meses de vida.
	 3a Questão 
	
	
	Um aluno com surdez foi incluído numa turma regular de uma escola da rede pública. Nesse contexto de trabalho ele deve ser alfabetizado em quais línguas, de acordo com a proposta bilíngue de educação da pessoa surda?
		
	
	Língua Portuguesa (leitura e escrita) e Inglês.
	
	LIBRAS e Braille.
	
	Língua Portuguesa (leitura e escrita) e Inglês (leitura e escrita).
	 
	LIBRAS e Língua Portuguesa (leitura e escrita).
	
	LIBRAS e Inglês.
	
	
	 4a Questão 
	
	
	Dentre as escolas especializadas no trabalho junto ao aluno surdo, destacamos como pioneiro o trabalho desenvolvido no:
		
	
	Instituto de Surdos Ana Nery
	
	Instituto Pestalozzi
	 
	INES Instituto Nacional de Educação de Surdos
	
	Instituto Benjamim Constant
	
	APAE
	 5a Questão 
	
	
	Uma proposta de trabalho na escola que visa a inclusão do aluno surdo deve ser orientada por pressupostos bem definidos. Assinale a única afirmativa que NÃO está de acordo com essa proposta:
		
	
	É um processo onde a sociedade se adapta para poder incluir a pessoa com necessidades específicas em seus sistemas gerais.
	 
	É um processo que visa a segregação do aluno surdo.
	
	É um processo que envolve a força bilateral onde a sociedade e as pessoas buscam parcerias.
	
	É um movimento que busca respeitar as diferenças e valorizar a diversidade humana.
	
	É um processo social que busca equiparação de direitos para todos.
	 6a Questão 
	
	
	Dentre os aspectos citados abaixo, assinale o que devemos, prioritariamente, levar em consideração quando planejamos o trabalho pedagógico para o aluno surdo na escola inclusiva:
		
	
	A cultura do professor mediador.
	
	A cultura geral dos ouvintes.
	 
	A cultura surda.
	
	A cultura dominante.
	
	A cultura erudita dos ouvintes.
	 7a Questão 
	
	
	Atualmente, a terminologia considerada mais adequada para nos referirmos ao aluno que apresenta redução na sua capacidade de audição é:
		
	
	Aluno surdo-mudo.
	
	Aluno ouvinte.
	
	Aluno excepcional.
	 
	Aluno com surdez.
	
	Aluno deficiente.
	 8a Questão 
	
	
	Em relação à questão da surdez e da pessoa surda, podemos afirmar que:
		
	
	O preconceito em relação à pessoa surda contribui para o processo de inclusão social.
	 
	Atualmente, os mitos sobre a surdez estão sendo derrubados dando lugar ao reconhecimento da cultura surda.
	
	Em países desenvolvidos a deficiência auditiva não ocorre porque possuem recursos financeiros que impedem seu aparecimento.
	
	Os avanços tecnológicos atuais são suficientes para acabar com o preconceito em relação à pessoa com surdez.
	
	Na Antiguidade, a sociedade era mais receptiva em relação às pessoa com surdez em comparação aos tempos atuais.

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