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AULA 08
O aluno com transtornos globais do desenvolvimento e sua escolarização
Vamos estudar as características do aluno com transtornos globais do desenvolvimento e a adequação do trabalho pedagógico para sua escolarização. O objetivo será oferecer subsídios básicos para o educador desenvolver o processo de ensino e aprendizagem do aluno no contexto escolar. Os alunos com TGD apresentam variações e diferenças em relação à interação social, comunicação, comportamento, interesses repetitivos e estereotipados e alterações no desenvolvimento neuropsicomotor. Incluem-se nessa definição alunos com autismo clássico, síndrome de Asperger, síndrome de Rett, transtorno desintegrativo da infância (psicoses) e transtornos invasivos sem outra especificação.
O trabalho pedagógico adequado deve valorizar as interações de grupo, as leituras e manejos adequados das regras sociais dentro de um espaço estimulador e desafiante para o aluno. Neste contexto, o aluno encontrará um ambiente que promove seu bem-estar, equilíbrio emocional e oportunidade de estabelecer interações sociais significativas e desenvolver seu processo de aprendizagem e construção de conhecimentos.
A escolarização do aluno com transtornos globais de desenvolvimento (TGD) inserido na escola inclusiva é uma abordagem que vem suscitando debates e pesquisas no contexto educacional atual.
Vários pesquisadores indicam a proposta inclusiva como a alternativa mais adequada para o desenvolvimento de habilidades sociais e acadêmicas desse aluno e apontam estratégias que atendam suas necessidades sociais e educacionais específicas.
Durante muito tempo, a sociedade considerou a pessoa com transtornos globais de desenvolvimento como incapaz de aprender e de se beneficiar do processo de escolarização. A justificativa para essa exclusão era fundamentada na ideia de que a escola não poderia contribuir frente a crianças com comportamentos tão diferenciados. 
No contexto atual, não só os aspectos legais garantem o acesso e permanência do criança/jovem com TGD na escola, mas também, vários estudos e pesquisas apontam para a conclusão de que a escola tem papel fundamental no desenvolvimento global desses alunos.
É preciso conhecer as especificidades cognitivas, sensoriais, sociais e comportamentais do aluno com TGD para que o processo de ensino-aprendizado possa ser planejado e desenvolvido, atendendo suas características individuais e criando as mediações facilitadoras de sua escolarização no ambiente inclusivo.
A compreensão de que muitos dos alunos com TGD percebem o ambiente físico e apresentam condições de aprendizado de uma forma diferenciada dos demais alunos é condição para a construção de uma proposta pedagógica adequada. Segundo VASQUES & BAPTISTA (acessado em 10/10/2010), a escola é o espaço destinado a todas as crianças e “a aprendizagem de conhecimentos específicos mas, sobretudo, de conhecimentos existenciais que são veiculados em todo ato educativo, submete os aprendentes às marcas comuns ao humano - na medida em que transmitem a história e filiam à cultura. Através da educação se estabelecem vínculos de filiação e pertença entre sujeitos e, se isso é primordial para todas as crianças, para aquelas com problemas graves, torna-se essencial”.
De acordo com o art. 4º da Resolução nº 4, de 2 de outubro de 2009, o aluno com TGD é incluído como público-alvo do serviço de Atendimento Educacional Especializado, que deve ser oferecido como apoio e suporte ao aluno matriculado em classe comum de escola regular.
Os alunos com transtornos globais de desenvolvimento são caracterizados como aqueles que “apresentam um quadro de alterações no desenvolvimento neuropsicomotor, comprometimento nas relações sociais, na comunicação ou estereotipias motoras. Incluem-se nessa definição alunos com autismo clássico, síndrome de Asperger, síndrome de Rett, transtorno desintegrativo da infância (psicoses) e transtornos invasivos sem outra especificação.”
Esses cinco transtornos têm em comum a redução ou perda das habilidades sociais, da comunicação, da imaginação e a presença de padrões atípicos e/ou restritivos de comportamento e interesse (NUNES & LEMOS, 2009). Podem ser englobados na definição dos transtornos do espectro autístico, que é compreendido como um quadro de alterações nas interações sociais, na comunicação e no comportamento, em interesses restritos e estereotipados. Essas características foram inicialmente descritas pela Dra. Lorna Wing e compõe a tríade de Wing, ou seja, o conjunto de manifestações apresentadas pela pessoa com TGD, em intensidades e qualidades diversas (SMITH, 2008).
No contexto escolar, o trabalho pedagógico proposto deve valorizar as interações de grupo, as leituras e manejos adequados das regras sociais dentro de um espaço estimulador e desafiante para o aluno com TGD. Neste contexto, o aluno encontrará um ambiente que promove seu bem-estar, equilíbrio emocional e oportunidade de estabelecer interações sociais significativas e desenvolver seu processo de aprendizagem e construção de conhecimentos.
O transtorno global de desenvolvimento envolve diferentes transtornos que apresentam alterações qualitativas em funções envolvidas do desenvolvimento humano. Dessa forma, as alterações características do TGD envolvem a qualidade das interações sociais, da comunicação e do comportamento do aluno em relação ao processo de ensino-aprendizado. Essas características exigem atendimento educacional especializado e a utilização de recursos de comunicação alternativa e a mediação adequada do educador para a aprendizagem e interação social do aluno.
As estratégias e os recursos pedagógicos utilizados devem favorecer a organização e segurança do aluno, auxiliando-o a se organizar, comunicar, interagir e se comportar em diferentes situações.
O aluno com TGD apresenta uma forma diferenciada de percepção, compreensão e de inserção no mundo, o que refletirá na qualidade de suas interações no contexto escolar e social. Um ambiente inclusivo pode ser mais motivador ao aluno com TGD, além de poder oferecer uma variedade maior de comportamentos e de oportunidades de aprendizagem e interação social.
Algumas estratégias de ensino podem facilitar o trabalho no contexto escolar inclusivo e, dentre elas, destacamos a necessidade de elaboração de um Plano Individualizado de Ensino para o aluno com transtornos globais de desenvolvimento. Esse plano deve ser elaborado em conjunto, envolvendo a participação da escola, da família e de outros profissionais envolvidos com o aluno, e deve conter tanto objetivos acadêmicos quanto objetivos funcionais. Dentre os objetivos funcionais, deve-se abranger o desenvolvimento de habilidades sociais; habilidades na linguagem/comunicação perceptiva e expressiva; habilidades cognitivas (atenção, processamento de informações); comportamentos adaptativos (controle do estresse, independência, convívio em grupo); habilidades sensoriais (MARTINS & PIRES, 2008).
A relação educador-educando é essencial no processo de construção de conhecimento e as propostas pedagógicas deverão ser adaptadas para atender às necessidades especiais desse aluno. Um ambiente escolar organizado e uma proposta pedagógica adequada, que possibilite a interação do aluno com outros grupos e com outros ambientes são fundamentais para a construção de uma proposta inclusiva. Além desses aspectos, é preciso ressaltar a importância do trabalho integrado entre os profissionais do campo da educação e da saúde para que, a partir da inserção escolar, seja possível a construção de um trabalho integrado que favoreça à retomada e reordenação da estruturação psíquica do sujeito (VASQUES & BAPTISTA, acessado em 10/10/2010).
	 1a Questão 
	
	
	De acordo com Decreto 7611 de 2011 e lei do autismo 2012, o aluno com TGD é incluído como público-alvo do serviço de Atendimento Educacional Especializado, que deve ser oferecido como apoio e suporte ao aluno matriculado em:
		
	 
	classe comum de escola regular.
	
	centros especializados municipaisclasse especial de atendimento
	
	escola especializada em transtornos
	
	centros de atendimento especial
	 2a Questão 
	
	
	Filme: Temple Gandin
Sinopse:  Temple Grandin, jovem autista, tem  sua maneira particular de ver o mundo, se distanciou dos humanos, mas chegou a conseguir, entre outras conquistas, defender seu doutorado. Com uma percepção de vida totalmente diferenciada, dedicou-se aos animais e revolucionou os métodos de manejo do gado com técnicas que surpreenderam experientes criadores e ajudaram a indústria da pecuária americana.
Considerando aspectos estudados a respeito dos transtornos globais do desenvolvimento, o filme Temple Gandin foi  baseado em:
 
		
	
	uma história real, pois toda pessoa com TGD possui grande conhecimento e interação com animais.
 
	
	uma ficção, pois o transtorno global do desenvolvimento está sempre atrelado a deficiência intelectual.
 
	 
	uma  história real, de uma pessoa autista que alcançou estágios avançados de desenvolvimento.
 
	
	uma ficção, pois uma pessoa não tem como perceber o mundo de maneira diferente, os órgãos dos sentidos funcionam de maneira semelhante em todos os seres humanos.
 
	
	uma ficção, não tem como uma pessoa com TGD  ingressar em uma Universidade.
	 3a Questão 
	
	
	O aluno com TGD é incluído como público-alvo do serviço de Atendimento Educacional Especializado, que deve ser oferecido como apoio e suporte ao aluno matriculado em classe comum de escola regular. No contexto escolar, o trabalho pedagógico proposto deve valorizar os seguintes aspectos. EXCETO:
		
	
	Um ambiente estimulador e desafiante para o aluno.
	 
	A segregação do convívio social na comunidade escolar
	
	Promover o bem-estar e oportunidades de interações sociais
	
	Desenvolver o seu processo de aprendizagem.
	
	Leituras e manejos adequados das regras sociais.
	 4a Questão 
	
	
	Marque V para afirmativa verdadeira e F para falsa, no que se refere ao manejo acadêmico de alunos portadores dos Transtornos Globais do Desenvolvimento:
( ) Paulo é um aluno autista com dificuldades severas de comunicação, sua professora deve adotar a Comunicação Alternativa, como pranchas de comunicação com figuras, objetos concretos etc.
( ) Jussara possui um aluno que apresenta comportamentos inadequados, como recurso pedagógico ela redireciona a atenção deste aluno para uma atividade que é do seu agrado, oferecendo atividades de curto tempo, sempre elogiando suas conquistas.
( ) A preocupação em manter uma interlocução com os profissionais da saúde: fonoaudiólogos, fisioterapeutas, psicólogos, assistentes sociais, médicos não contribui nas estratégias pedagógicas desenvolvidas por professores com alunos portadores de necessidades educativas especiais incluídos.
( ) Helena possui um aluno autista inserido em sua turma, ela possui bastante preocupação com a arrumação de sua sala, possuindo espaços definidos, para as diferentes tarefas, pois seu aluno autista apresenta baixa tolerância às mudanças.
A sequência correta, de cima para baixo, é:
		
	 
	V V F V
	
	F F V V
	
	F F F V
	
	V F V F
	
	F V F V
	 5a Questão 
	
	
	Muitos educadores sentem dificuldades apara compreender os quadros que fazem parte dos Transtornos Globais dos Desenvolvimentos. Quais são esses quadros?
		
	
	Neurose, Psicopatia e Paranóia
	
	Síndrome de Asperger, Altas Habilidades e Superdotação
	 
	Transtornos Desintegrativos da Infância, Autismos, Síndrome de Asperger e Rett
	
	Transtorno de Humor Bipolar, Retardo Mental e Psicose Infantil
	
	Psicose, Retardo Mental e Esquizofrenia
	 6a Questão 
	
	
	Das definições abaixo, qual está correta sobre os Transtornos Globais do Desenvolvimento?
		
	
	São todos os alunos que apresentam retardo mental moderado ou severo.
	
	São todos os alunos que apresentam um atraso generalizado no desenvolvimento em função em quadros psiquiátricos crônicos e incuráveis.
	
	São alunos com histórico de problemas graves de saúde após a puberdade.
	
	São os autistas e os psicóticos, pessoas com nível normal de inteligência, mas vivem no seu mundo por terem dificuldade nas habilidades sociais.
	 
	Alunos que apresentam alterações nos quadros de desenvolvimento neuropsicomotor, nas relações sociais e na comunicação.
	 7a Questão 
	
	
	 
O Secretário de Educação da cidade X está promovendo um curso de formação com os profissionais da rede pública de ensino. O objetivo do curso é capacitar profissionais das creches, para identificação precoce de sinais em crianças com transtorno global do desenvolvimento. O Secretário afirma que a identificação de sinais de risco de autismo é importante para realizar o encaminhamento do aluno para avaliação e permitir uma intervenção precoce, aumentando a chance da criança desenvolver  suas funcionalidades.
            Esta ação do Secretário de Educação  da cidade X é:
 
		
	 
	correta, pois  a inclusão do aluno com transtorno global do desenvolvimento deve acontecer desde da creche, atrelada a inclusão em projeto de estimulação precoce.
 
	
	utópica, pois segundo a legislação, alunos com transtornos globais do desenvolvimento são excluídos do sistema educacional.
 
	
	desnecessária, pois toda criança recebe o diagnóstico de autismo, através do resultado do teste do pezinho, realizado na maternidade.
	
	questionável, porque não existe comportamento observável que caracterize possível diagnóstico autista antes dos quatro anos de idade.
 
	
	errada, pois não tem como identificar sinais dos transtornos globais de desenvolvimento antes dos quatro anos de idade.
 
	
	
	
	
	 8a Questão 
	
	
	Os pais de uma criança com autismo procuraram uma escola regular e matricularam o filho numa turma regular. A escola como um todo está envolvida na elaboração do planejamento individualizado para atender suas características. Podemos destacar que esse plano individual deve levar em consideração alguns aspectos importantes, tais como:
		
	 
	a qualidade das interações sociais, da comunicação e do comportamento do aluno em relação ao processo de ensino-aprendizado.
	
	o grau de comprometimento da deficiência física que a criança com autismo necessariamente apresenta.
	
	o comprometimento da audição que está necessariamente associado ao autismo.
	
	o tipo de dificuldade visual que apresenta e que é típica da criança com autismo.
	
	a possibilidade da família arcar com as despesas da contratação de um mediador já que é uma condição para matricula na escola inclusiva.

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