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Perfuração Equipamentos da sonda de perfuração Sistema de sustentação de cargas: mastro (estrutura treliçada ou tubular subdividida em 3 ou 4 seções) ou torre (grande número de peças montadas uma a uma), subestrutura (vigas de aço especial montados sobre a base, onde são instalados os equipamentos de segurança do poço) e base (estrutura rígida apoiada sobre solo resistente, suportando as deflexões, vibrações e deslocamentos provocados pela sonda) Manobra: broca retirada até a superfície e substituída por outra Sistema de geração e transmissão de energia: fontes de energia (Normalmente motores diesel. Em sonda marítima com reserva de gás, turbina a gás. Energia elétrica quando disponível. Precisam operar com velocidade e toque variáveis.) Sondas mecânicas: energia dos motores a diesel levada a uma transmissão principal (compound) através de acoplamentos hidráulicos (conversores de torque) e embreagens. Sondas diesel-elétricas: do tipo AC/DC. Há a necessidade da frequência aplicada aos motores em contraposição à retificação da corrente como nas sondas mecânicas. Sistema de movimentação de carga: permite movimentar as colunas de perfuração, de revestimento e outros equipamentos. Guincho (2 tambores, sendo o principal responsável por cargas pesadas e o auxiliar por cargas leves. Possui freio principal (mecânico) e secundário (hidráulico ou eletromagnético), bloco de coroamento (conjunto estacionários de 4 a 7 polias para suportar todas as cargas que lhe forem transmitidas pelo cabo de perfuração), catarina (conjunto de 3 a 6 polias e fica suspensa pelo cabo de perfuração que passa alternadamente pelas polias do bloco de coroamento e suas polias. Seu gancho possui sistema de amortecimento interno), cabo de perfuração (cabo de aço traçado em torno de um núcleo), gancho e elevador (possui forma de anel bipartido e é utilizado para movimentar elementos tubulares). Sistema de rotação: mesa rotativa (transmite a rotação à coluna de perfuração), kelly (transmite a rotação da mesa para a coluna de perfuração. Possui seção quadrada para terra e hexagonal para mar), swivel (separa os elementos rotativos daqueles estacionários na sonda de perfuração. Superior = estática, inferior = rotativa. O fluido de perfuração é injetado no interior da coluna através dele) Top drive: perfuração com motor conectado no topo da coluna, eliminando o uso da mesa rotativa e do kelly. Permite perfurar o poço de 3 em 3 tubos. A retirada ou descida da coluna pode ser feita com tanto com rotação quanto com circulação de fluido de perfuração em seu interior. Motor de fundo: o giro no motor hidráulico só se dá na parte inferior do motor de fundo. Empregado na perfuração de poços direcionais (coluna de perfuração não gira => torque imposto a ela é nulo, minimizando seu desgaste). Sistema de circulação: fase de injeção (fluido de perfuração succionado dos tanques pelas bombas de lama e injetado na coluna de perfuração até passar pelo espaço anular entre o poço e a coluna pelos jatos da broca. Bombas em paralelo na fase inicial), fase de retorno (saída do fluído pelos jatos da broca até sua chegada até a peneira vibratória através do espaço anular) e fase de tratamento (eliminação de sólidos ou gás que se incorporam durante a perfuração e tratamento químico.Peneira vibratória -> desareiador -> dessiltador -> mud cleaner -> Centrífuga -> Centrífuga de alta velocidade). O desgaseificador está sempre presente. Sistema de segurança do poço: cabeça de poço (diversos equipamentos que permitem a ancoragem e vedação das colunas de revestimento na superfície: cabeça de revestimento, carretel de perfuração, adaptadores, carretel espaçador e seus acessórios) e preventores anular (fechar o espaço anular comprimindo um elemento de borracha que se ajusta contra a tubulação, funcionando em qualquer diâmetro de tubulação) e de gaveta (permite o fechamento do espaço anular deslocando duas gavetas, uma contra a outra). Usa- se 2 ou 3 de cada tipo geralmente. Sistema de monitoração: manômetro (pressão de bombeio), indicador de peso no gancho e sobre a broca, torquímetro (torque na coluna de perfuração e nas conexões da coluna de perfuração ou revestimento), tacômetro (velocidade da mesa rotativa e da bomba de lama). Indicador mais importante é o que mostra a taxa de penetração da broca. Colunas de perfuração Comandos (Drill Collars – DC): elementos tubulares de aço forjado que possuem alto peso linear. Fornecem peso sobre a broca e provém rigidez à coluna, aumentando o controle sobre a trajetória do poço. Tubos pesados (Heavy-Weight Drill Pipes – HWDP): promovem a transição de rigidez entre os comandos e os tubos de perfuração, diminuindo a possibilidade de falha por fadiga. Tubos de perfuração (Drill Pipes – DP): tubos tratados internamente com aplicação de resinas para diminuição do desgaste interno e corrosão. Características importantes: peso nominal, diâmetro nominal, tipo de reforço para soldagem das uniões, grau do aço (E, X95, G105, S135), comprimento nominal (range) e tipo de rosca. Tool joints: conexões cônicas nas extremidades dos tubos de perfuração. Drift: máximo diâmetro do tubo. Acessórios da coluna de perfuração: substitutos (de içamento, de broca, e de cruzamento), estabilizadores (garantem maior rigidez à coluna e auxiliam a manter o calibre – diâmetro – do poço), escareadores (=estabilizadores, para rochas duras), alargadores (permitem o aumento de diâmetro em trechos específicos), amortecedores de vibração vertical da coluna de perfuração induzidas pela broca. Ferramentas de manuseio da coluna: chaves flutuantes (mantidas suspensas na plataforma e responsáveis por fornecer o torque necessário ao aperto e desaperto das uniões cônicas da coluna), cunhas (mantêm a coluna de perfuração totalmente suspensa na mesa rotativa durante as conexões de tubos de perfuração e comandos) e colar de segurança (evita a queda da coluna no poço em caso de deslizamento pelas cunhas). Dimensionamento da coluna de perfuração: seleção dos comandos (seu tipo e comprimento afetam a seleção dos tubos de perfuração. São usados dois critérios: de linha neutra de flambagem – o peso sobre a broca deve ser menor que o empuxo dos comandos – (mais utilizado) e de linha neutra de tração). Linha neutra de flambagem < Linha neutra de tração) e seleção dos tubos de perfuração (resistência ao colapso => tubos da porção inferior. Resistência a tração => tubos da porção superior) Brocas Sem partes móveis: baixa probabilidade de falhas. Os principais tipos são de lâminas de aço –primeira broca a ser usada, perfura por cisalhamento. Vida útil da estrutura cortante é muito curta, praticamente inutilizada hoje em dia– , diamantes naturais –perfura por esmerilhamento, usada para testemunhagem– e diamantes artificiais –perfura por cisalhamento, utilizada para formações moles com altas taxas de penetração– Com partes móveis: estrutura cortante (de dentes de aço ou de insertos. Sua ação envolve a combinação de raspagem –rochas moles-, lascamento, esmagamento –rochas duras- e erosão por impacto dos jatos de lama) e rolamentos (rolamentos não-selados: lubrificação através do fluido de perfuração. Rolamentos selados: sistema de lubrificação que não permite o contato do fluido de perfuração com os rolamentos. Rolamentos tipo journal: roletes substituídos por mancais de fricção revestidos com metais nobres, e possuem lubrificação interna; baixo índice de falha) Fluidos de perfuração Propriedades dos fluidos de perfuração: densidade (pressão de poro – pressão atuante no fluido presente noespaço poroso da rocha -< limite da variação de densidade < pressão de fratura – pressão em que a rocha se rompe -. Adiciona- se ao fluido para aumentar a densidade: baritina (4,25). Para diminuir: água (1,0) ou óleo diesel (0,82)), parâmetros reológicos, forças géis (inicial – resistência inicial para colocar o fluido em fluxo. Final – resistência do fluido para reiniciar o fluxo depois de ter ficado em repouso. Grau de tixotropia – característica de fluidos que adquirem estado semi-rígido quando em repouso e fluidez enquanto em movimento - = diferença entre essas forças), parâmetros de filtração (influxo da fase líquida do fluido do poço para a formação. Há a criação do reboco - uma camada de partícula sólidas úmidas sobre as rochas permeáveis fundamental para o sucesso da perfuração e da completação do poço. Filtrado: fase líquida do fluido de perfuração, que deve invadir os poros das rochas), teor de sólidos (deve ser o menor possível para evitar problemas tais como desgaste de equipamentos de circulação, fratura das formações, prisão das colunas e redução na taxa de penetração. Tratamentos preventivo e corretivo para reduzir o teor de sólidos), pH (deve estar no intervalo 7-10, para reduzir a taxa de corrosão dos equipamentos e evitar a dispersão das formações argilosas), alcalinidades (parcial do filtrado, da lama e total do filtrado. Necessário porque o teste de pH só mede H+, aqui se mede carbonatos e bicarbonatos), salinidade, teor de sólidos ativos. Classificação dos fluidos de perfuração: fluidos à base de água (não inibidos, inibidos, baixo teor de sólidos, emulsionados com óleo), fluidos à base de óleo (alto custo inicial e grau de poluição) e fluidos à base de gás. Uma das principais funções do fluido de perfuração é exercer pressão hidrostática sobre as formações a serem perfuradas pela broca. Operações normais de perfuração Alargamento e repassamento: repassar o poço no trecho descalibrado. Baixo peso e baixa rotação na broca. Conexão, manobra e circulação: Conexão é realizada quando o topo do kelly atinge a mesa rotativa, sendo necessário acrescentar um novo tubo de perfuração à coluna, elevando a coluna de perfuração apenas até que a primeira conexão apareça. Manobra é a retirada e descida de toda a coluna de perfuração. Circulação é apenas manter a broca pouco acima do fundo do poço enquanto ocorre a circulação do fluido de perfuração para remover os cascalhos do espaço anular. Revestimento de um poço de petróleo: O poço é perfurado em fases (3-8). Cada fase é concluída com a descida de uma coluna de revestimento e sua cimentação. É um dos maiores custos da perfuração de um poço (15%-20% em mar, 50% em terra). Devem possuir a menor espessura possível, apresentar facilidade de conexão, ser resistente à corrosão e à abrasão, prevenir o desmoronamento das paredes do poço. Classificação das colunas de revestimento: Condutor – 10m- 50m. Revestimento de Superfície – 100m-600m. Revestimento Intermediário (Liner de Perfuração) – 1km-4km. Revestimento de Produção (Liner de Produção): Descido com a finalidade de permitir a produção do poço, suportando suas paredes e possibilitando o isolamento entre os vários intervalos produtores. Dimensionamento: considera a resistência mínima que os tubos devem apresentar para suportar as solicitações de tração, pressão interna e colapso. Liner: coluna curta de revestimento descida e cimentada no poço visando cobrir apenas sua parte inferior. Econômico, versátil e rápido de operar. Pode substituir o liner de perfuração e o liner de produção. Cimentação de poços de petróleo: Tipos de cimentação: cimentação primária – realizada após a descida de cada coluna de revestimento. Cimentação secundária – corretiva da cimentação primária. Utilizada a cimentação para tampões quando ocorre o abandono do poço. Cimento Portland: Cal (60%-67%), Sílica (17%- 25%), Alumina (3%-8%), Óxido de Ferro (0,5%-6%). CSAF. Classes A, B, C, D, E, F, G e H, (substituem os cimentos A-E. Até 8000 pés. Mais utilizados na indústria) J (12000-16000 pés). Perfilagem: medição das propriedades das formações fundamentais para a caracterização e avaliação econômica. Movimentação da sonda: terminado o poço, é necessário mudar a sonsa para a nova locação. Em terra, ocorre a DTM (Desmontagem, Transporte e Montagem). Em Mar, ocorre a DMM (Desmobilização, Movimentação e Mobilização) e consiste na preparação da UPM (Unidade de Perfuração Marítima) para sua movimentação por rebocadores ou propulsão própria até que se chegue na nova locação. Otimização da perfuração Programa de revesimento: escolhido em função das pressões de poro e de fratura da formação. Há um aumento na pressão de poros com a profundidade, há um aumento na densidade do fluido de perfuração. Mas a pressão de fratura das formações mais acima limita a máxima densidade que o fluido de perfuração pode atingir. Por isso é que são descidas colunas de revestimento (isolar as formações superiores quando o limite está próximo de ser atingido). O fluido que está no poço deve fornecer pressão hidrostática maior que a pressão de poros para evitar o kick. Programa de fluido de perfuração: escolhido de acordo com as formações para evitar problemas de inchamento das argilas, desmoronamentos, alargamentos excessivos etc. Densidade, teor de sólidos, filtrado e viscosidade são os que mais influenciam na taxa de penetração => custo. Programa de brocas: determinado utilizando os dados de poços de correlação, dados dos fabricantes e perfis geológicos. O custo métrico é acompanhado em intervalos de tempo predeterminados => momento certo para trocar a broca (quando começa a aumentar). Parâmetros mecânicos: peso sobre a broca e sua rotação. Drill Off Test: usado para estimar a perfurabilidade das formações. Parâmetros hidráulicos: máxima velocidade nos jatos, máxima potência nos jatos, máxima força de impacto e máxima força de impacto efetiva são as teorias desenvolvidas para se encontrar o ponto ótimo desses parâmetros. Operações especiais de perfuração Controle de kicks: formações de pressões normais e anormais (normal – pressão de poro equivalente à pressão hidrostática exercida por uma coluna de água doce ou salgada que se estenda desde a formação até a superfície: 0,1- 0,107 kgf/cm²/m. Fora desses limites, a pressão é anormal. Movimentos tectônicos, rapidez da taxa de deposição, intercomunicação de zonas de pressões diferentes etc podem criar formações de pressão anormal. O conhecimento das pressões implica diretamente na taxa de penetração). Causas de kick (peso de lama insuficiente, abastecimento incorreto do poço durante a manobra. Ao se retirar a coluna de perfuração do poço, o volume do aço retirado deve ser substituído pelo mesmo volume de lama, mantendo a mesma pressão hidrostática no fundo do poço) Kick: influxo controlável dos fluidos das formações para dentro do poço. Quando incontrolável, diz-se que o poço está em Blowout. Pistoneio: pressões negativas criadas quando se retira a coluna de perfuração, diminuindo a preção hidrostática efetiva abaixo da broca. Lama cortada por gás: gás liberado dos poros nos cascalhos diminuem a densidade do fluido de perfuração => menor pressão hidrostática exercida pela lama. Cimentação inadequada Indícios de kick (aumento nos volumes dos tanques de lama, aumento da vazão de retorno, poço em fluxo com bombas desligadas, poço aceitando menos lama que o volume de aço retirado, poço aceitando menos lama que o volume de aço descido no seu interior). Controle do poço em kick (circulação do fluido invasor para fora do poçoe elevação do peso da lama para conter a pressão de formação, evitando novo kick) Pescaria: todas as operações relativas à recuperação ou liberação do “peixe (qualquer objeto estranho que esteja impedindo a continuação do processo de perfuração) ”. Usa-se magneto, subcesta e cesta de circulação reversa nesse processo para pequenos objetos. Caso ocorra quebra, queda ou prisão da coluna usa-se carga explosiva para a recuperação. Para os cabos, usa-se um arpão posicionado que roda com a coluna de perfuração. Testemunhagem: obtenção de amostra real de rocha de subsuperfície. Obtém=- se informações de geologia, engenharia de reservatórios, completação e perfuração, tais como litologia, textura, porosidade, permeabilidade. São três as formas - com barrilete convencional (descida de uma broca vazada e dois barriletes, de forma que o testemunho seja encaminhado pelo barrilete interno), a cabo (= com barrilete convencional sem a necessidade de realizar a manobra) e lateral (cilindros ocos presos a um canhão são arremessados contra a parede da rocha) Perfuração direcional Controle da verticalidade em poços verticais: Se ultrapassarem 5º de inclinação fora da vertical, ações corretivas devem ser implementadas. Poços tortuosos: aqueles que se desviam bastante da vertical. Suas causas são: variação das características das formações, mudança brusca no peso sobre a broca, diâmetro do poço grande para os comandos usados, perfuração com coluna não estabilizada, desbalanceamento dos parâmetros de perfuração (peso sobre a broca e rotação). Perfuração de poços direcionais: técnica de, intencionalmente, desviar a trajetória de um poço da vertical para atingir objetivos que não estão diretamente abaixo da sua locação de superfície. Os principais elementos desse tipo de poço são a profundidade do ponto de desvio (kick-off point – KOP) e o afastamento horizontal. Perfuração marítma CANSEI NA PÁGINA 107 PORQUE DEUS NÃO TÁ SENDO AMIGO HOJE
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