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1 Prof. Me. Luiz Felipe Cougo Logística Reversa Aula 6 Tema 1 – Princípios Legais Ambientais Logística Reversa e a Legislação Ambiental Associada � A legislação ambiental brasileira se apresentou crescente, a partir da década de 80, com a Política Nacional do Meio Ambiente (Lei 6931:81). (...) (...) Após, tornou-se uma das melhores referências jurídicas ambientais no mundo. Entretanto, é grande o viés da fiscalização Logística Reversa: Setores com Legislação No Brasil Objetivos estratégicos � Cumprimento da legislação: obrigatoriedade de equacionar o retorno � Redução de multas: atitudes ambientais não adequadas � Garantia de destino: adequado aos bens retornados 2 Legislação Ambiental Associada � Entre 2000 e 2009, segmentos como embalagens de agrotóxicos e de óleos lubrificantes, pneus, dentre outros, (…) (…) implementaram Sistemas de Logística Reversa com abrangência em vários Estados brasileiros. Em 2011, o Ministério do Meio Ambiente instaurou o comitê orientador para a implementação de Sistemas � Em 2011, o Ministério do Meio Ambiente instaurou o comitê orientador para a implementação de Sistemas de Logística Reversa junto aos setores de descarte de medicamentos, (…) (…) embalagens em geral, embalagens de óleos lubrificantes, eletroeletrônicos e lâmpadas fluorescentes Exemplos de empresas � Setor de Pneumáticos � Setor de Agrotóxicos � Setor Farmacêutico � Setor de Óleos Lubrificantes � Baterias de veículos 3 Legislações Ambientais e a Logística Reversa no Brasil Responsabilizam as empresas da cadeia produtiva pelo retorno Todos produtos: duráveis e descartáveis Acompanham legislações europeias Política Nacional de Resíduos Sólidos Tema 2 – Logística Reversa e a PNRS Logística Reversa Compulsória � A Lei No 12.305, de agosto de 2010, que trata da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) e regulamentada pelo Decreto 7.404/10, tornou a L.R. no Brasil de caráter obrigatório PNRS � Pela legislação, fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes, consumidores e o poder público possuem Responsabilidade Compartilhada pelos resíduos resultantes do pós-consumo dos produtos. (…) (…) Desta forma, é preciso haver a estruturação de um sistema que viabilize a Logística Reversa Lei No 12.305, de 2 de Agosto de 2010. Política Nacional de Resíduos Sólidos (Altera a Lei No 9.605/1998) 4 � Logística reversa: instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, (...) (...) procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada Objetivos • Reconhecimento do resíduo sólido reutilizável e reciclável como um bem econômico e de valor social, gerador de trabalho e renda e promotor de cidadania Instrumentos • A coleta seletiva, os sistemas de logística reversa e outras ferramentas relacionadas à implementação da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos Disposições gerais • Na gestão e no gerenciamento de resíduos sólidos deve ser observada a seguinte ordem de prioridade: � não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos 5 Tema 3 – Setores Sujeitos à Logística Reversa pela PNRS LR x PNRS � Todos os produtos industrializados terão que implementar sistemas de Logística Reversa no Brasil? • Resposta: Sim, desde que haja viabilidade técnica e econômica para a sua implementação. O grau, bem como a extensão do impacto à saúde pública e ao meio ambiente também devem ser avaliados � Existem, porém, alguns produtos que são explicitamente citados na lei e, por isso, obrigados a estruturar Sistemas de Logística Reversa, devido: • À Periculosidade: agrotóxicos (e suas embalagens); pilhas e baterias; pneus; óleos lubrificantes (resíduos e embalagens); lâmpadas fluorescentes de vapor de sódio, de mercúrio e de luz mista); produtos eletrônicos (e seus componentes) • À Elevada Quantidade Descartada: produtos comercializados em embalagens plásticas, metálicas ou de vidro; demais produtos e suas embalagens 6 Tema 4 – Artigos Relevantes e Aplicáveis da PNRS PNRS Artigos Selecionados � Art. 30. É instituída a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, abrangendo os fabricantes, os importadores, (...) (...) os distribuidores e os comerciantes, os consumidores e os titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos II – promover o aproveitamento de resíduos sólidos, direcionando-os para a sua cadeia produtiva ou para outras cadeias produtivas IV – incentivar a utilização de insumos de menor agressividade ao meio ambiente e de maior sustentabilidade 7 V – estimular o desenvolvimento de mercado, a produção e o consumo de produtos derivados de materiais reciclados e recicláveis PNRS – Artigos � Art. 31. Sem prejuízo das obrigações estabelecidas no plano de gerenciamento de resíduos sólidos e com vistas a fortalecer a responsabilidade compartilhada e seus objetivos, os fabricantes, (...) (...) os importadores, os distribuidores e os comerciantes têm responsabilidade que abrange: II – divulgação de informações relativas às formas de evitar, reciclar e eliminar os resíduos sólidos associados a seus respectivos produtos III – recolhimento dos produtos e dos resíduos remanescentes após o uso, assim como sua subsequente destinação final ambientalmente adequada, no caso de produtos objeto de sistema de logística reversa IV – compromisso de, quando firmados acordos ou termos de compromisso com o Município, participar das ações previstas no plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos, no caso de produtos ainda não inclusos no sistema de logística reversa 8 � Art. 33. São obrigados a estruturar e implementar sistemas de logística reversa, mediante retorno dos produtos após o uso pelo consumidor, (...) (...) de forma independente do serviço público de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, os fabricantes, os importadores, os distribuidores e os comerciantes de: I – agrotóxicos, seus resíduos e embalagens, assim como outros produtos cuja embalagem, após o uso, constitua resíduo perigoso, observadas as regras de gerenciamento de resíduos perigosos II – pilhas e baterias III – pneus IV – óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens V – lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista VI – produtos eletroeletrônicos e seus componentes Tema 5 – A Logística Reversa e o E-Commerce 9 � Setor Editorial de Revistas = 50% � Setor Editorial de Livros = 20% a 30% � E-commerce = 35% Taxa de Retorno de Pós-Consumo � Setor de Distribuição de Livros = 10% a 20% � Distribuição de Produtos Eletrônicos = 10% a 12% � Fabricantes de Computadores = 10% a 20% � Fabricantes de CD-ROMs = 18% a 25% � Impressoras para Computador = 4% a 8% � Peças Automotivas = 4% a 6% Dados: EUA/Brasil – LEITE, 2009. O Que Não Retorna � 98% de celulares � 85% de plásticos � 90% de embalagem longa vida � 90% de lixo eletrônico* � 90% lâmpadas de mercúrio* � 16.000 ton. /dia de lixo em São Paulo *estimativasL.R. X E-commerce 10 E-commerce Fonte: SEBRAE, 2014. L.R./E-commerce Fonte: SEBRAE (2014) Fonte: SEBRAE (2014) Tema 6 – Razões para Usar a Logística Reversa Vantagens da Logística Reversa 1.Geração de Emprego e Renda 2.Questões Ambientais 3.Economia de Energia 4.Economia de Água 5.Redução de custos 6.Vantagem competitiva 7.Diferenciação da imagem corporativa 8.Elevação do nível de serviço ao cliente 11 Razões para usar a logística reversa � O Brasil gera diariamente milhares de toneladas de resíduos sólidos – 240 mil toneladas � Segundo o Ministério do Meio Ambiente, por meio dos incentivos e novas exigências, o país tentará resolver o problema da produção de lixo das cidades, que chega a 150 mil toneladas por dia. (...) (...) Deste total, 59% são destinados aos “lixões” e apenas 13% têm destinação correta em aterros sanitários Redução de Custos � Os processos de logística reversa têm trazido consideráveis retornos para as empresas. (...) (...) O reaproveitamento de materiais e a economia com embalagens retornáveis têm trazido ganhos que estimulam cada vez mais novas iniciativas e esforços em desenvolvimento e melhoria nos processos de logística reversa A Logística Reversa no Projeto de Realização do Produto – Brasil � Custo da logística reversa nas condições atuais = 0,5% PIB • Grande parte devido ao pós-venda • Pouco de pós-consumo 12 � Custo no Brasil atual = R$ 18,5 Bilhões � Média geral de retorno do varejo = 6% Todas empresas realizam logística reversa! O que difere é o impacto que ela causa na empresa Logística Reversa nas Empresas Logística Reversa – E para Encerrar... “Sem dúvida, vivemos um momento histórico na nossa sociedade. O processo da Logística Reversa vem para colocar o Brasil no caminho do desenvolvimento sustentável. (…) (…) Isto significa a geração de novos empregos e o aumento da competitividade em sintonia com o meio ambiente. (…) (…) No entanto, a implantação de um sistema economicamente viável e ambientalmente correto de gestão de materiais “inúteis” é um processo gradual e que precisa do engajamento de toda a sociedade. (…) (…) Faça a sua parte como empresário e cidadão para transformar o inútil em algo útil para nosso país.” Adaptado de FIEP, 2014.
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