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Aula 8 Slides exclusão

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Refletindo sobre a noção de exclusão
 
“se atualmente a maioria dos problemas sociais são apreendidos através desta noção, é preciso ver aí, ao mesmo tempo, o resultado da degradação do mercado de emprego, particularmente forte no inicio desta década, e também a evolução das representações e das categorias de analise” (PAUGAM, 1996)
 - Renê Lenoir: concepção de exclusão não mais como um fenômeno individual, mas social, cuja origem deveria ser buscada nos princípios de funcionamento das sociedades modernas
“excluídos são todos aqueles que são rejeitados de nossos mercados materiais ou simbólicos, de nossos valores” (XIBERRAS, 1993)
- Nova pobreza
 “No campo internacional, a passagem do predomínio do termo pobreza para exclusão significou, em grande parte, o fim da ilusão de que as desigualdades sociais eram temporárias...a exclusão emerge, assim, no campo internacional, como um sinal de que as tendências do desenvolvimento econômico se converteram. Agora – e significativamente – no momento em que o neoliberalismo se torna vitorioso por toda parte, as desigualdades aumentam e parecem permanecer” (NASCIMENTO, 1995)
Segundo Sposatti (1996) a exclusão está diretamente relacionada com uma discriminação econômica, cultural, politica e étnica e por mais que atinja pessoas, ela não é um processo individual, mas sim uma situação de privação coletiva.
Conceitos que compõem esse universo:
A desqualificação;
A 	“desinserção”;
A “desafiliação”;
d) A apartação social.
Exclusão social: Fenômeno multidimensional
Naturalização do fenômeno da exclusão e o papel do estigma.
“a estigmatização da pobreza funciona através da lógica que faz os direitos serem transformados em favores” (TELLES, 1990)
A exclusão contemporânea é diferente das formas existentes anteriormente de discriminação ou mesmo de segregação, uma vez que tende a criar, internacionalmente indivíduos inteiramente desnecessários ao universos produtivo, para os quais parece não haver mais possibilidades de inserção. Poder-se ia dizer que os novos excluídos são seres descartáveis
Baumann: “Refugo”
 “Removemos os dejetos da maneira mais radical e efetiva – tornando-os invisíveis, por não olha-los, e inimagináveis, por não pensarmos neles”. (BAUMAN, 2004, p.38). 
- José de Souza Martins : “Inclusão perversa”
- Sawaia: Dialética exclusão-inclusão e sofrimento ético politico. 
 
“Em síntese, o sofrimento ético-politico abrange as múltiplas afecções do corpo e da alma que mutilam a vida de diferentes formas. Qualifica-se pela maneira como sou tratada e trato o outro na intersubjetividade, face a face ou anônima, cuja dinâmica, o conteúdo e qualidade são determinados pela organização social. Portanto, o sofrimento ético-politico retrata a vivencia cotidiana das questões sociais dominantes em cada época histórica, especialmente a dor que surge da situação social de ser tratado como inferior, subalterno, sem valor, apêndice inútil da sociedade”. (SAWAIA, 2010)
[...] conhecer o sofrimento ético-politico é analisar as formas sutis de espoliação humana por trás da aparência da integração social, e, portanto, entender a exclusão e a inclusão como as duas faces modernas de velhos e dramáticos problemas – a desigualdade social, a injustiça e a exploração”. (SAWAIA, 2010)

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