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UNOPAR / Ciências Contábeis 2º Semestre APOSTILA: CONTABILIDADE EMPRESÁRIAL E TRABALHISTA UNOPAR – agosto/2014 WEB AULA 1 Unidade 1 – Previdência Social1 O que é Previdência Social A Previdência Social é o seguro social para a pessoa que contribui. É uma instituição pública, que tem como objetivo reconhecer e conceder direitos aos seus segurados. A renda transferida pela Previdência Social é utilizada para substituir a renda do trabalhador contribuinte, quando ele perde a capacidade de trabalho, seja pela doença, invalidez, idade avançada, morte e desemprego involuntário, ou mesmo a maternidade e a reclusão. Saúde e Segurança Ocupacional Em 2006, foram registrados 503.890 acidentes e doenças do trabalho, entre os trabalhadores assegurados da Previdência Social. Observem que este número, que já é alarmante, não inclui os trabalhadores autônomos (contribuintes individuais) e as empregadas domésticas. Estes eventos provocam enorme impacto social, econômico e sobre a saúde pública no Brasil. Entre esses registros, contabilizou-se 26.645 doenças relacionadas ao trabalho e, parte destes acidentes e doenças teve, como consequência, o afastamento das atividades de 440.124 trabalhadores devido à incapacidade temporária (303.902 até 15 dias e 136.222 com tempo de afastamento superior a 15 dias), 8.383 trabalhadores por incapacidade permanente e o óbito de 2.717 cidadãos. Para termos uma noção da importância do tema saúde e segurança ocupacional, basta observar que, no Brasil, ocorre cerca de 1 morte a cada 3 horas, motivadas pelo risco decorrente dos fatores ambientais do trabalho e, ainda, cerca de 14 acidentes ocorrem a cada 15 minutos na jornada diária. Se considerarmos exclusivamente o pagamento pelo INSS, dos benefícios devido a acidentes e doenças do trabalho, somado ao pagamento das aposentadorias especiais decorrentes das condições ambientais do trabalho, encontraremos um valor superior a R$ 10,5 bilhões/ano. Se adicionarmos despesas, como o custo operacional do INSS mais as despesas na área da saúde e afins, o custo - Brasil atinge valor superior a R$ 39 bilhões. A dimensão dessas cifras apresenta a premência na adoção de políticas públicas voltadas à prevenção e proteção contra os riscos relativos às atividades laborais. Muito além dos valores pagos, a quantidade de casos, assim como a gravidade, geralmente apresentada como consequência dos acidentes do trabalho e doenças profissionais, ratificam a necessidade emergencial de implementação de ações para alterar esse cenário. O tema prevenção e proteção contra os riscos derivados dos ambientes do trabalho e aspectos relacionados à saúde do trabalhador, felizmente ganha, a cada dia, maior visibilidade no cenário mundial, e o Governo Brasileiro está sintonizado a esta onda. http://www.previdenciasocial.gov.br/conteudoDinamico.php?id=39 Políticas de Saúde e Segurança Ocupacional O Departamento de Políticas de Saúde e Segurança Ocupacional é vinculado à Secretaria de Políticas de Previdência Social. Entre as principais atividades do Departamento figuram: subsidiar a formulação e a proposição de diretrizes e normas relativas à interseção entre as ações de segurança e saúde no trabalho e as ações de fiscalização e reconhecimento dos benefícios previdenciários decorrentes dos riscos ambientais do trabalho; coordenar, acompanhar, avaliar e supervisionar as ações do Regime Geral de Previdência Social, bem como a política direcionada aos Regimes Próprios de Previdência Social, nas áreas que guardem inter-relação com a segurança e saúde dos trabalhadores; coordenar, acompanhar e supervisionar a atualização e a revisão dos Planos de Custeio e de Benefícios, em conjunto com o Departamento do Regime Geral de Previdência Social, relativamente a temas de sua área de competência; realizar estudos, pesquisas e propor ações formativas visando ao aprimoramento da legislação e das ações do Regime Geral de Previdência Social e dos Regimes Próprios de Previdência Social, no âmbito de sua competência; propor, no âmbito da previdência social e em articulação com os demais órgãos envolvidos, políticas voltadas para a saúde e segurança dos trabalhadores, com ênfase na proteção e prevenção. http://www.previdenciasocial.gov.br/conteudoDinamico.php?id=462 Perfil Profissiográfico Previdenciário - PPP O Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP) é um formulário com campos a serem preenchidos com todas as informações relativas ao empregado, como por exemplo, a atividade que exerce o agente nocivo ao qual está exposto, a intensidade e a concentração do agente, exames médicos clínicos, além de dados referentes à empresa. O formulário deve ser preenchido pelas empresas que exercem atividades que exponham seus empregados a agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física (origem da concessão de aposentadoria especial após 15, 20 ou 25 anos de contribuição). Além disso, todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais e do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional, de acordo com Norma Regulamentadora nº 9 da Portaria nº 3.214/78 do MTE, também devem preencher o PPP. O PPP deve ser preenchido para a comprovação da efetiva exposição dos empregados a agentes nocivos, para o conhecimento de todos os ambientes e para o controle da saúde ocupacional de todos os trabalhadores. Legislação específica: o Instrução Normativa INSS/PRES nº 27, de 30 de abril de 2008 o Anexo XV: Formulário do Perfil Profissiográfico Previdenciário - PPP o Anexo XII: Declaração de exercício de Atividade Rural http://www.previdenciasocial.gov.br/conteudoDinamico.php?id=465 Anuário Estatístico da Previdência Social 2007 Seção XII - Contabilidade Esta seção apresenta informações contábeis extraídas do Balancete Analítico de Receitas e Despesas, elaborado pela Coordenação-Geral de Orçamento, Finanças e Contabilidade do INSS. RECEITAS São apresentadas informações das receitas previdenciárias, segundo as fontes de recursos e o valor mensal das rubricas principais de receita por Unidade da Federação. A seguir, são conceituadas as principais rubricas de receitas deste capítulo: Receita Corrente – valor das receitas definidas na Lei nº 8.212/91 para cobertura das despesas correntes e de capital da Seguridade Social, provenientes de contribuições e de outras receitas. Receita de Contribuições – valor das receitas arrecadadas diretamente pela Previdência Social, oriundas de contribuições de empresas, empregadores domésticos, segurados, inclusive domésticos, e contribuintes individuais, conforme Lei nº 8.212/91. Receita Patrimonial – valor das receitas de aluguéis, arrendamentos, juros, taxas de ocupação de imóveis, juros de títulos de rendas, dividendos e outras receitas provenientes de aplicações do patrimônio da Entidade, conforme Lei nº 8.212/91. Outras Receitas Correntes – valor de outras receitas correntes referentes a serviços administrativos, multas e juros previstos em contrato, atualizações monetárias, indenizações, restituições, receita de dívida ativa e outras conforme Lei nº 8.212/91. Receita de Capital – valor proveniente de alienação ou resgate de bens móveis, bem como alienação de títulos mobiliários, amortização de empréstimos e repasse de capital, conforme Lei nº 8.212/91. Repasse da União – recursos adicionais do Orçamento Fiscal, fixados obrigatoriamentena lei orçamentária anual, destinados ao pagamento dos Encargos Previdenciários da União – EPU e à cobertura de eventuais insuficiências financeiras decorrentes do pagamento de benefícios. As contribuições sociais das empresas cujas bases de incidência são o faturamento (conhecidas como Cofins) e o lucro e, ainda, as que incidem sobre a receita de concursos de prognósticos são recolhidas pela União e, posteriormente, transferidas para a Previdência Social. O valor acumulado da receita total do INSS em 2007 foi de R$ 204,5 bilhões, o que correspondeu a um aumento de 17,8% em relação ao ano anterior. A participação da receita de contribuições e do repasse da União foi, respectivamente, de 67,2% e 31,2% do total da receita. A maior parcela do repasse da União, contudo, tem origem previdenciária (convênio INSS-FNAS/MPAS, contribuição para o Finsocial e CPMF), o que faz com que os recursos ordinários transferidos pela União, propriamente ditos, representem apenas 0,2% daquele total. As principais rubricas de receita foram: contribuição de empresas; contribuição para o Finsocial; e contribuição de segurados, cujas participações atingiram, respectivamente, 27,4%, 18,4% e 13,6% da receita total. DESPESAS São apresentadas tabelas com informações do valor mensal de despesas, segundo as principais rubricas, e valor de despesas segundo as fontes de recursos. Os conceitos das principais rubricas nas tabelas deste capítulo são: Despesas Correntes – despesas realizadas com a manutenção e o funcionamento do sistema previdenciário. Pessoal e Encargos Sociais – relativa à remuneração do pessoal ativo e inativo, incluindo as obrigações patronais e o imposto de renda. Benefícios – pagamento de benefícios a cargo da Previdência Social, conforme legislação. Serviços de Terceiros – despesas com serviços prestados por pessoas físicas e jurídicas e das despesas com encargos diversos. Sentenças Judiciárias – despesas decorrentes de débitos da Previdência Social, objeto de precatórias. Despesas de Capital – relativas a investimentos ou inversões financeiras que venham proporcionar acréscimos aos bens patrimoniais da Previdência Social, bem como as transferências de capital a outras pessoas de direito público ou privado. Em 2007, o valor da despesa total do INSS foi de R$ 200,5 bilhões, o que significou um aumento de 10,3% em relação ao ano anterior. As rubricas com maior participação nas despesas foram a aposentadoria por tempo de contribuição, a pensão por morte previdenciária e as aposentadorias por idade, cujas participações foram de 22,4%, 19,5% e 18%, respectivamente. Os benefícios assistenciais representaram 6,7% do total das despesas e as despesas com pessoal e encargos sociais participam com 3,5% daquele total. http://www.previdenciasocial.gov.br/conteudoDinamico.php?id=603 Agora que você leu sobre a parte contábil da previdência social, acesse as Tabelas e saiba sobre as receitas e despesas. Para saber mais: Dentre estes recortes, temos muitas outras informações sobre a previdência social no sitehttp://www.previdenciasocial.gov.br/, no qual você poderá saber mais sobre diversos temas úteis para o departamento de pessoal de uma empresa. Unidade 1 – Contribuintes Assegurados Contribuem para o Regime Geral da Previdência Social – RGPS, a empresa e a entidade a ela equiparada, o empregador doméstico e o trabalhador. São segurados obrigatórios as seguintes pessoas físicas: empregado, empregado doméstico, contribuinte individual, trabalhador avulso e segurado especial. Existem, ainda, os que se filiam à Previdência Social por vontade própria, os segurados facultativos. A cada tipo de contribuinte é definida uma forma específica de contribuição. A seguir, são conceituados os principais contribuintes da Previdência Social: Empresa – firma individual ou sociedade que assume o risco de atividade econômica urbana ou rural, com fins lucrativos ou não, bem como os órgãos e entidades da administração pública direta, indireta e fundacional. Equipara-se a empresa, para fins previdenciários, o contribuinte individual em relação ao segurado que lhe presta serviço, bem como a cooperativa, a associação ou a entidade de qualquer natureza ou finalidade, a missão diplomática e a repartição consular de carreiras estrangeiras. Empregador Doméstico – pessoa ou família que admite a seu serviço, sem finalidade lucrativa, o empregado doméstico. Trabalhador – pessoa que presta serviço com ou sem vínculo empregatício a empresa; aquele que exerce por conta própria atividade econômica remunerada. A fonte das informações sobre os contribuintes da Previdência Social é o Cadastro Nacional de Informações Sociais – CNIS, que é uma base de dados nacional que contém informações sobre trabalhadores (empregados, inclusive domésticos, trabalhadores avulsos, contribuintes individuais, segurados especiais e facultativos), e empregadores. O CNIS é composto de quatro bases de dados: a) Cadastro de Trabalhadores; b) Cadastro de Empregadores; c) Cadastro de Vínculos Empregatícios e Remunerações do Trabalhador Empregado e Recolhimentos do Contribuinte Individual; e d) Agregados de Vínculos Empregatícios e Remunerações por Estabelecimento Empregador. Os dados dessas bases são provenientes de diversos instrumentos, tais como: Programa de Integração Social – PIS; Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público – PASEP; Relação Anual de Informações Sociais – RAIS; Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – CAGED; Guia da Previdência Social – GPS e Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social – GFIP, dentre outros. A mais relevante dessas bases é a GFIP. Esse documento, implantado em janeiro de 1999, deve ser entregue mensalmente por todas as pessoas físicas ou jurídicas que estejam sujeitas ao recolhimento do FGTS, conforme estabelecido na Lei nº 8.036/90, e às contribuições ou informações à Previdência Social, conforme estabelecido na Lei nº 8.212/91. Na GFIP, as empresas informam todos os fatos geradores de contribuições previdenciárias, individualizando as informações sobre vínculos e remunerações, constituindo-se no documento base para aperfeiçoamento na forma de funcionamento dos serviços prestados pela Previdência Social, principalmente na concessão e manutenção de benefícios e na arrecadação e fiscalização das contribuições previdenciárias. CONTRIBUINTES PESSOAS FÍSICAS Para a construção do universo de pessoas que contribuem para a Previdência Social, foi necessário identificar as diversas formas como uma contribuição e o respectivo contribuinte pode ser registrado no sistema da Previdência Social. Para os “contribuintes empregados”, a fonte da informação é o registro mensal do vínculo empregatício e a remuneração, informados pela GFIP. Para os “outros contribuintes” existem duas formas, não excludentes, de registro de sua contribuição. A contribuição pode ser registrada por meio de uma GPS paga na rede bancária ou, caso do contribuinte individual que tenha prestado serviço a empresas ou equiparadas, por meio do registro da prestação do serviço na GFIP, entregue pela empresa (conforme mencionado, nesse caso a empresa é obrigada a reter a contribuição do contribuinte individual e efetuar seu pagamento, juntamente com as demais contribuições da empresa). Essas formas de contribuição não são excludentes entre si, podendo uma pessoa contribuir como empregado, prestar serviço como contribuinte individual e, ainda, pagar uma GPS na rede bancária em um mesmo mês ou em meses distintos ao longo do ano. O cruzamento das informações provenientes da GFIP e da GPSpermite a identificação da pessoa física que contribuiu para a Previdência Social e de que forma sua contribuição foi registrada. São apresentadas informações sobre a quantidade de contribuintes da Previdência Social, o número médio mensal de contribuintes, o valor das remunerações, por Unidades da Federação, sexo, grupos de idade e pelo número de contribuições efetuadas no ano. A quantidade de contribuintes pessoas físicas em 2007 foi de 49,8 milhões e o valor da remuneração atingiu R$ 480 bilhões, o que correspondeu a aumentos de 6,6% e 15,2% em relação ao ano anterior. As pessoas do sexo masculino participaram com 58,9% da quantidade, 66,8% do valor das remunerações, o que fez com que o valor médio das remunerações do sexo masculino fosse 40,5% maior do que o do sexo feminino (R$ 11.149,06 contra R$ 7.934,69). A faixa etária dos 20 aos 29 anos foi a faixa decenal, que apresentou a maior quantidade de contribuintes (32,6%), e a maior participação no valor da remuneração foi a da faixa dos 30 aos 39 anos, com 30,2% do total. A participação dos contribuintes com 12 contribuições anuais aumentou de 40,4%% em 2006 para 44,2% em 2007. CONTRIBUINTES EMPREGADOS Contribuem para o RGPS os trabalhadores contratados sob o regime da CLT, constituídos, principalmente, pelo empregado, aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural a empresa, em caráter não eventual, sob sua subordinação e mediante remuneração, inclusive como diretor empregado; pelo trabalhador avulso, aquele que presta a uma ou mais empresas, sem vínculo empregatício, serviços de natureza urbana ou rural com intermediação de sindicatos ou de órgãos gestores de mão-de-obra (normalmente portuários). As informações apresentadas contemplam a quantidade de contribuintes, o valor da remuneração, a quantidade de vínculos e o número médio mensal de contribuintes por Unidade da Federação; a quantidade de contribuintes, o valor da remuneração e o número médio de contribuintes por sexo e grupos de idade, e por sexo e faixas de valor; a quantidade de vínculos, o valor da remuneração e o número médio mensal de vínculos por setor de atividade econômica. OUTROS CONTRIBUINTES Além dos segurado empregado e trabalhador avulso, contribuem, também, para o RGPS, o contribuinte individual, o empregado doméstico, o contribuinte facultativo e o segurado especial, agrupados, para efeito deste anuário, como “outros contribuintes”. As tabelas com informações sobre a quantidade e o valor das contribuições efetuadas por “outros contribuintes” são classificadas por: sexo e tipo de contribuinte, tipo e Unidades da Federação, sexo e grupos de idade, tipo e faixas de valor da contribuição e número de contribuições no ano. TIPO DE CONTRIBUINTE – classificação dos contribuintes em: Contribuinte individual – aquele que presta serviços de natureza urbana ou rural, em caráter eventual, a uma ou mais empresas, sem relação de emprego; ou, aquele que exerce, por conta própria, atividade econômica remunerada de natureza urbana ou rural, com fins lucrativos ou não. Empregado doméstico – aquele que presta serviço de natureza contínua, mediante remuneração mensal, à pessoa ou família, em atividade sem fins lucrativos. Segurado especial – o produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais, o pescador artesanal e o assemelhado, que exerçam essas atividades, individualmente, ou em regime de economia familiar, ainda que com auxílio eventual de terceiros, bem como seus respectivos cônjuges ou companheiros e filhos maiores de 16 anos de idade ou a eles equiparados, desde que trabalhem, comprovadamente, com o grupo familiar respectivo. Facultativo – o maior de 16 anos de idade que se filia ao Regime Geral de Previdência Social, mediante contribuição, desde que não esteja exercendo atividade remunerada que o enquadre como segurado obrigatório ou que esteja vinculado a outro regime de Previdência Social. A categoria de contribuinte individual foi criada pela Lei nº 9.876, de 26 de novembro de 1999, unificando os segurados empresários, trabalhadores autônomos e equiparados. A referida Lei considera como contribuintes individuais, dentre outros: o produtor rural pessoa física, o garimpeiro, o ministro de confissão religiosa, o brasileiro civil que trabalha no exterior para organismo oficial internacional, quando não vinculado a regime próprio, o empresário urbano ou rural e o trabalhador autônomo que presta serviços, quer seja em caráter permanente ou eventual. O inciso V do art. 9º do Regulamento da Previdência Social – RPS, aprovado pelo Decreto nº 3.048, de 6 de maio de 1999, arrola, ainda, como contribuintes individuais, dentre outros: o associado eleito para cargo de direção em cooperativa, associação ou entidade de qualquer natureza ou finalidade, bem como o síndico ou administrador eleito para exercer atividade de direção condominial, desde que recebam remuneração; o aposentado de qualquer regime previdenciário nomeado magistrado da Justiça Eleitoral; o bolsista da Fundação Habitacional do Exército contratado em conformidade com a Lei nº 6.855, de 18/11/80; e o árbitro e seus auxiliares que atuem em conformidade com a Lei nº 9.615, de 24/03/98. VALOR DA CONTRIBUIÇÃO As empresas, em geral, contribuem com 20% sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas a qualquer título, durante o mês, aos segurados empregados, contribuintes individuais e trabalhadores avulsos que lhes prestem serviços, mais um adicional de 1%, 2% ou 3%, conforme o risco da atividade da empresa, para o financiamento de benefícios concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade, decorrente dos riscos ambientais do trabalho. No caso de instituições financeiras, além dessas contribuições, será devido adicional de 2,5%. Tratando-se de serviços tomados de cooperados por intermédio de cooperativas de trabalho, a contribuição da empresa é de 15% sobre o valor da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços. O empregador doméstico contribui com 12% do salário-de-contribuição do empregado doméstico a seu serviço e a contribuição do segurado empregado, inclusive o doméstico, é calculada mediante a aplicação de alíquotas sobre o seu salário-de-contribuição mensal. Para o contribuinte individual que trabalha por conta própria, a alíquota de contribuição é de 20% sobre a remuneração percebida. Para o contribuinte individual que presta serviços a uma ou mais empresas, a alíquota de contribuição é de 11% sobre a remuneração percebida, descontada e recolhida pela empresa contratante. Se o valor pago ao contribuinte individual for inferior ao salário mínimo, este está obrigado a complementar a contribuição. Nesta hipótese, o percentual incidente sobre a diferença é de 20%. Para o segurado facultativo, o salário-de-contribuição é o valor por ele declarado e a alíquota de contribuição é de 20%. A Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, instituiu, a partir de abril de 2007, o Plano Simplificado de Previdência Social, reduzindo de 20% para 11% a alíquota de contribuição para contribuinte individual que trabalha por conta própria, sem relação de trabalho com empresa ou equiparada e contribuintes facultativos, para salário-de-contribuição igual a salário mínimo. O segurado especial e o produtor rural pessoa física contribuem com 2,0% e o produtor rural pessoa jurídica com 2,5% incidentes sobre a receita bruta da comercialização da produção rural, além de mais 0,1% para o custeio dos benefícios concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa, decorrente dos riscos ambientais do trabalho. A contribuição do segurado especial, a quem é garantido benefício no valor de um saláriomínimo, é sub-rogada ao adquirente da produção. Caso queira melhorar o valor de seu benefício, o segurado especial poderá contribuir facultativamente sobre valor superior ao salário mínimo. Nos termos do § 6° do art. 57 da Lei n° 8.213, de 1991, a contribuição destinada ao financiamento de benefícios concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade decorrente dos riscos ambientais do trabalho terá suas alíquotas acrescidas de 12%, 9% e 6%, conforme a atividade exercida pelo segurado empregado a serviço da empresa ou cooperado de cooperativa de produção. Este acréscimo financiará a concessão de aposentadoria especial aos 15, 20 ou 25 anos de contribuição, respectivamente. No caso de cooperativa de trabalho, a alíquota é de 9%, 7% e 5%, devida pelo tomador de serviços. Com a edição da Medida Provisória nº 83, de 2002, convertida na Lei nº 10.666, de 8 de maio de 2003, a partir de 1º de abril de 2003, os percentuais relativos à contribuição destinada ao financiamento de benefícios concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade decorrente dos riscos ambientais do trabalho podem ser reduzidos em até 50% ou elevados em até 100%, em razão do desempenho da empresa em relação à respectiva atividade econômica, conforme critérios de avaliação fixados em regulamento. A quantidade de outros contribuintes, em 2007, foi de 11,1 milhões de trabalhadores, um aumento de 5,4% quando comparado com o ano anterior. O valor das contribuições aumentou 6,4% no período, atingindo R$ 8,3 bilhões. A participação do sexo feminino foi de 53,6% na quantidade e 50,1% no valor das contribuições, o que fez com que o valor médio da contribuição dos homens (R$ 808,30) fosse 15,2% maior do que o das mulheres (R$ 701,40). Os contribuintes individuais representaram 75% da quantidade e 74,2% do valor das contribuições. Os domésticos participaram com 18,2% da quantidade e 18,7% do valor das contribuições. Em 2007, a faixa etária decenal dos 40 aos 49 anos foi a que apresentou maior participação, tanto na quantidade de outros contribuintes (27,9%), quanto no valor das contribuições (30,2%). Cerca de 22,15% dos outros contribuintes se encontravam na faixa de abaixo de 1 piso previdenciário, 81,1% contribuíram com até 2 pisos e 94,4% com até 5 pisos. Na distribuição do valor da remuneração, 6,1% encontrava-se na faixa de abaixo de 1 piso previdenciário, 49,4% na faixa de até 2 pisos e 74,8% com até 5 pisos. Cerca de 41,2% da quantidade de outros contribuintes foram de segurados, que efetuaram 12 contribuições anuais. A análise por documento de captação revela que os outros contribuintes utilizaram a GPS em 47% do total de documentos, a GFIP em 50,5% e ambos em 2,5%. Unidade 1 – Benefícios Sociais - parte 1 Benefícios consistem em prestações pecuniárias pagas pela Previdência Social aos segurados ou aos seus dependentes, de forma a atender a cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada, maternidade, salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda e pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e dependentes. Benefícios de prestação continuada são caracterizados por pagamentos mensais contínuos, até que alguma causa (a morte, por exemplo) provoque sua cessação. Enquadram-se, nessa categoria, as aposentadorias, pensões por morte, auxílios, rendas mensais vitalícias, abonos de permanência em serviço, os salários-família, maternidade, etc, cujas descrições são encontradas no Quadro I. 1. O processo normal de entrada e saída de um benefício do sistema previdenciário envolve três etapas: Concessão, Manutenção e Cessação. A Concessão trata do fluxo de entrada de novos benefícios no sistema; a Manutenção abrange os benefícios ativos e suspensos constantes no cadastro; a Cessação corresponde aos benefícios que não mais geram créditos. Além disto, mensalmente, é gerado o total de benefícios ativos, o que compõe a Emissão. Cabe ressaltar, que a apresentação, concomitante, de informações sobre a quantidade de benefícios concedidos, mantidos e cessados permitiria, em princípio, a construção da dinâmica anual dos benefícios no sistema previdenciário, ou seja, o estoque de benefícios no final do ano poderia ser calculado pela adição ao estoque inicial dos benefícios concedidos e a subtração dos cessados. Este exercício, no entanto, fica comprometido, uma vez que a concessão tem como marco temporal a Data de Despacho do Benefício – DDB e não a Data de Início do Benefício – DIB. Também, as informações de cessação são parciais, porque um benefício pode receber a marca de cessado meses depois da data da efetiva cessação. Benefício de prestação única é aquele cujo pagamento é efetuado em uma só vez. Atualmente, só é concedido o pecúlio especial de aposentados que retornaram à atividade. O pecúlio é pago quando se faz necessário reembolsar o segurado do valor corrigido de contribuições por ele efetuadas após a aposentadoria. Embora extinto pela Lei nº 8.870/94, este pecúlio ainda é pago para aqueles que contribuíram até março/94, quando deixarem definitivamente a atividade. Desde abril de 1992 (data em que efetivamente se operacionalizou a Lei nº 8.213/91), todos os novos benefícios concedidos estão sendo enquadrados segundo o código estabelecido pelo Instituto Nacional do Seguro Social – INSS. A existência de benefícios com a antiga codificação rural permanece apenas para aqueles concedidos antes desta data, enquanto os mesmos se encontrarem no Cadastro de Benefícios. Os benefícios eram corrigidos, anualmente, segundo índice estipulado por atos legais (Leis ou Medidas Provisórias), no mês de maio. A partir de 2006, passaram a ser corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC, calculado pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, no mês de Abril. A fonte de dados desta seção é o Sistema Único de Benefícios – SUB, a partir do qual foram elaboradas tabulações especiais (Plano Tabular da DIIE) e atualizado o Sistema Integrado de Tratamento Estatístico de Séries Estratégicas – SINTESE. Embora residentes na DATAPREV, os dados são de responsabilidade da Diretoria de Benefícios do INSS. QUADRO I.1 - BENEFÍCIOS DE PRESTAÇÃO CONTINUADA DA PREVIDÊNCIA SOCIAL BRASILEIRA Nome das espécies atualmente concedidas Amparo assistencial ao idoso (Lei no 8.742/93) Amparo assistencial ao portador de deficiência (Lei no 8.742/93) Aposentadoria especial (Lei no 8.213/91) Aposentadoria por idade (Lei no 8.213/91) Aposentadoria por invalidez por acidente do trabalho (Lei no 8.213/91) Aposentadoria por invalidez previdenciária (Lei no 8.213/91) Aposentadoria por tempo de contribuição (Lei no 8.213/91) Aposentadoria por tempo de serviço de professor (Emenda Constitucional no 20/98) Auxílio-acidente por acidente do trabalho (Lei no 8.213/91) Auxílio-acidente previdenciário (Lei no 8.213/91) Auxílio-doença por acidente do trabalho (Lei no 8.213/91) Auxílio-doença previdenciário (Lei no 8.213/91) Auxílio-reclusão (Lei no 8.213/91) Pecúlio especial de aposentado (Lei no 8.213/91) - benefício de prestação única Pensão especial aos dependentes de vítimas fatais por contaminação na hemodiálise - Caruaru-PE (Lei no 9.422/96) Pensão especial mensal vitalícia (Lei 10.923/04) Pensão especial vitalícia (Lei no 9.793/99) Pensão mensal vitalícia do dependente do seringueiro (Lei no 7.986/89) Pensão mensal vitalícia do seringueiro (Lei no 7.986/89) Pensão mensal vitalícia por síndrome de talidomida (Lei no 7.070/82) Pensão por morte de ex-combatente (Lei no 4.297/63) Pensão por morte de ex-combatente marítimo(Lei no 1.756/52) Pensão por morte por acidente do trabalho (Lei no 8.213/91) Pensão por morte previdenciária (Lei no 8.213/91) Salário-maternidade (Lei no 8.213/91) A seguir, são definidos alguns conceitos importantes: Espécie de Benefício - A classificação em espécies foi criada pelo INSS para explicitar as peculiaridades de cada tipo de benefício pecuniário existente. A cada espécie é atribuído um código numérico de duas posições, como por exemplo, o 42, que se refere à espécie Aposentadoria por Tempo de Contribuição. Grupo de Espécies - Reúne todas as espécies referentes a um mesmo tipo de benefício. Por exemplo, as espécies do tipo aposentadorias por tempo de contribuição, compõem o grupo Aposentadorias por Tempo de Contribuição. Segurado - É a pessoa coberta pelo sistema previdenciário, fazendo jus aos benefícios por este oferecidos. Beneficiário - É a pessoa que está recebendo algum tipo de benefício pecuniário, podendo ser o próprio segurado ou o seu dependente. Salário-de-contribuição - Entende-se por salário-de- contribuição, observado o valor mínimo (salário-mínimo) e o teto máximo, atualmente em R$ 3916,20, cf. tabela vigente de 1 de Janeiro de 2012. Para o empregado e trabalhador avulso – a remuneração auferida em uma ou mais empresas, assim entendida a totalidade dos rendimentos pagos, devidos ou creditados a qualquer título, durante o mês, destinados a retribuir o seu trabalho; Para o empregado doméstico – a remuneração registrada na Carteira de Trabalho e Previdência Social – CTPS; Para o contribuinte individual – a remuneração auferida em uma ou mais empresas ou pelo exercício de atividade por conta própria, durante o mês; e Para o segurado facultativo – o valor por ele declarado. Salário-base - Era o valor declarado pelo contribuinte individual e facultativo e servia como base de cálculo de sua contribuição. A escala de salários-base era composta por dez classes salariais, sendo que o salário-base de cada classe, com exceção da primeira, que era igual ao valor de um salário-mínimo, era reajustado na mesma época e com os mesmos índices aplicados aos benefícios da Previdência Social. A partir da Lei nº 9.876, de 1999, o número mínimo de meses de permanência em cada classe da escala de salários-base vinha sendo reduzido, gradativamente, em doze meses a cada ano. Entretanto, a Medida Provisória nº 83, de 12 de dezembro de 2002, convertida na Lei nº 10.666, de 8 de maio de 2003, extinguiu a escala de salários-base a partir de abril de 2003. Salário-de-benefício: I – Para os benefícios de aposentadoria por idade e por tempo de contribuição, na média aritmética simples dos maiores salários-de- contribuição, corrigidos, correspondentes a oitenta por cento de todo período contributivo, multiplicada pelo fator previdenciário; e II – Para os benefícios de aposentadoria por invalidez e especial, auxílio-doença e auxílio-acidente, na média aritmética simples dos maiores salários-de-contribuição, corrigidos, correspondentes a oitenta por cento de todo período contributivo. Observações: 1 – No caso de aposentadoria por idade, o segurado pode optar pela regra do inciso II, se mais vantajosa. 2 – O fator previdenciário é calculado considerando-se a idade, a expectativa de sobrevida e o tempo de contribuição, segundo a seguinte fórmula: Onde: f = fator previdenciário; Es = expectativa de sobrevida no momento da aposentadoria; Tc = tempo de contribuição no momento da aposentadoria; Id = idade no momento da aposentadoria; a = alíquota de contribuição correspondente a 0,31. 3– A expectativa de sobrevida é obtida da tábua de mortalidade construída pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, considerando-se a média nacional única para ambos os sexos; 4 – Para efeito da aplicação do fator previdenciário, serão adicionados ao tempo de contribuição: I – cinco anos, quando se tratar de mulher; e II – cinco e dez anos, quando se tratar, respectivamente, de professor ou professora, que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério, na educação infantil e no ensino fundamental e médio. 5 – Para o segurado filiado à Previdência Social, até a data da publicação da Lei nº 9.876, de 1999, no cálculo do salário-de- benefício, será considerada a média aritmética simples dos maiores salários-de-contribuição, correspondentes a, no mínimo, oitenta por cento de todo o período contributivo, decorrido desde a competência julho de 1994; e 6 – Para o segurado que cumpriu as condições exigidas para a concessão de aposentadoria até 28 de novembro de 1999, data da publicação da Lei nº 9.876, de 1999, poderá ser concedido benefício, a qualquer tempo, com base nos 36 últimos salários-de-contribuição até aquela data. Esta web-aula foi formada com recortes do site da previdência social. Para saber mais: No site http://www.previdenciasocial.gov.br/ você poderá saber mais sobre diversos benefícios. Pesquise sobre fator previdenciário, utilize também outras fontes de pesquisa. Unidade 1 – Benefícios Sociais - parte 2 A seguir, são detalhados cada um dos grupos de espécies de benefícios: PREVIDENCIÁRIOS Os benefícios previdenciários do Regime Geral de Previdência Social – RGPS, em sua maioria, dependem de período de carência. Abrangem as aposentadorias, as pensões por morte, os auxílios, o salário-família e o salário-maternidade. APOSENTADORIAS As aposentadorias são pagamentos mensais vitalícios, efetuados ao segurado por motivo de tempo de contribuição, idade, invalidez permanente ou trabalho exercido sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física. Aposentadoria por Tempo de Contribuição - a aposentadoria por tempo de contribuição é devida ao segurado que completa, no mínimo, 35 anos de contribuição, se do sexo masculino, ou 30, se do sexo feminino. Seu valor corresponde a 100% do salário-de-benefício. O segurado inscrito na Previdência Social até 16 de dezembro de 1998 (data da publicação da Emenda Constitucional nº 20, de 1998) pode se aposentar aos 25 e 30 anos de contribuição, respectivamente, se do sexo feminino ou masculino, desde que tenha 48 ou 53 anos de idade. Nesse caso, o tempo de contribuição que faltava, em 16 de dezembro de 1998, para completar os 25 ou 30 anos, será majorado em 40% e o valor do benefício corresponderá a 70% do salário-de-benefício acrescido de 5% para cada grupo de 12 contribuições, até o limite de 100%. O professor e a professora podem se aposentar, respectivamente, aos 25 e 30 anos de contribuição, desde que comprovem, exclusivamente, tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio. A aposentadoria especial é devida ao segurado que tiver trabalhado sujeito a condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, durante 15, 20 ou 25 anos, devendo ser comprovada a exposição aos agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física. Aposentadoria por Idade - A aposentadoria por idade é devida ao segurado que completar 65 anos de idade, se homem, ou 60 anos, se mulher. No caso dos trabalhadores rurais esses limites são de 60 e 55 anos, respectivamente. Se o empregado já cumpriu o período de carência, ao completar 70 anos de idade, se do sexo masculino, ou 65, se do sexo feminino, a empresa pode requerer sua aposentadoria, sendo esta compulsória. O prazo de carência da tabela transitória está sendo gradualmente aumentado para 180 meses, com acréscimos de 6 meses a cada ano. Em2007, o número mínimo de meses exigido era 156. A carência de 180 meses será alcançada no ano 2011. Aposentadoria por Invalidez - Tem direito à aposentadoria por invalidez o segurado que, estando ou não em gozo de auxílio- doença, é considerado incapaz para o trabalho e insuscetível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência. O aposentado por invalidez tem cancelada a aposentadoria se voltar voluntariamente à atividade, ao contrário dos outros tipos de aposentadorias, que são vitalícias. No caso de aposentadoria especial, o segurado não pode retornar ao exercício de atividade que o sujeite a condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física. PENSÃO POR MORTE A pensão por morte é devida ao(s) dependente(s) do segurado, aposentado ou não, que falece. Perde o direito à pensão o pensionista que falecer; o menor que se emancipar ou completar 21 anos de idade, salvo se inválido; ou o inválido, caso cesse a sua invalidez. O valor da pensão por morte é de 100% da aposentadoria que o segurado recebia ou teria direito a receber, caso se aposentasse por invalidez, dividido em partes iguais entre os seus dependentes. AUXÍLIOS Os auxílios previdenciários são classificados em auxílio- doença, auxílio-reclusão e auxílio-acidente. O auxílio-doença tem caráter temporário e é devido ao segurado que fica incapacitado por motivo de doença. O auxílio-reclusão é devido ao(s) dependente(s) do segurado detento ou recluso, desde que este não receba qualquer espécie de remuneração da empresa, nem esteja em gozo de auxílio-doença, aposentadoria ou abono de permanência em serviço. O auxílio-acidente previdenciário, regulamentado pela Lei nº 9.032/95, é devido ao segurado que, após a consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, sofra redução de capacidade funcional. É pago a título de indenização e corresponde a 50% do salário-de-benefício do segurado. O recebimento de salário ou a concessão de outro benefício não prejudica a continuidade do recebimento do auxílio-acidente, vedada a acumulação com qualquer aposentadoria. OUTROS Salário-família - O salário-família é devido ao segurado empregado, exceto o doméstico, e ao trabalhador avulso, tanto na condição de ativo como na de aposentado por idade ou por invalidez e aos demais aposentados aos 65 anos de idade, se do sexo masculino, e aos 60 anos de idade, se do sexo feminino, ou, ainda, em gozo de auxílio-doença, na proporção do respectivo número de filhos ou equiparados, de até 14 anos de idade, ou de qualquer faixa etária, se inválido. Salário-Maternidade - O salário-maternidade é devido a todas as seguradas da Previdência Social durante 28 (vinte e oito) dias antes do parto e 91 (noventa e um) dias depois, pago diretamente pelo INSS, no caso das seguradas trabalhadoras avulsas, empregada doméstica, contribuinte individual, especial e facultativa. A Lei nº 10.710, de 05 de agosto de 2003, alterou a Lei nº 8.213/91, restabelecendo o pagamento, pela empresa, do salário-maternidade devido à segurada empregada. Não é exigida carência para as seguradas empregadas, empregada doméstica e trabalhadora avulsa, sendo exigida a carência de dez contribuições mensais para a segurada contribuinte individual e facultativa. A segurada especial deverá comprovar o exercício de atividade rural nos últimos dez meses imediatamente anteriores ao requerimento do benefício, mesmo que de forma descontínua. O salário-maternidade é devido à segurada que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança, pelo período de 120 (cento e vinte) dias, se a criança tiver até 1(um) ano de idade, de 60 (sessenta) dias, se a criança tiver entre 1(um) e 4 (quatro) anos de idade, e de 30 (trinta) dias, se a criança tiver de 4 (quatro) a 8 (oito) anos de idade, sendo pago diretamente pela Previdência Social, inclusive para a empregada. O Decreto nº 6.122, de 13 de junho de 2007, estendeu o salário-maternidade nos casos de demissão antes da gravidez ou durante a gestação, nas hipóteses de dispensa por justa causa ou a pedido, para a segurada desempregada, desde que tenha a qualidade de segurada, sendo pago diretamente pela Previdência Social. A renda mensal do salário-maternidade consiste: Em valor igual à remuneração integral, no caso de segurada empregada; Em valor igual à remuneração integral, equivalente a um mês de trabalho, no caso de segurada trabalhadora avulsa; Em valor correspondente ao do último salário-de- contribuição, no caso de segurada empregada doméstica; No valor de um salário-mínimo, no caso de segurada especial; e Em valor correspondente a um doze avos da soma dos doze últimos salários-de-contribuição, apurados em período não superior a quinze meses, no caso das seguradas contribuinte individual, facultativa e desempregada. Juntamente com a última parcela, é pago o abono anual (13º salário) do salário-maternidade, proporcional ao período de duração do benefício. Do valor da renda mensal do salário-maternidade é deduzida contribuição previdenciária. No caso de segurada empregada, a empresa deve pagar as contribuições patronais sobre o valor do salário-maternidade recebido pela segurada e, no caso da segurada empregada doméstica, cabe ao seu empregador recolher 12% sobre sua remuneração. ACIDENTÁRIOS O benefício acidentário é devido ao segurado acidentado, ou ao(s) seu(s) dependente(s), quando o acidente ocorre no exercício do trabalho a serviço da empresa, equiparando-se a este a doença profissional ou do trabalho ou, ainda, quando sofrido no percurso entre a residência e o local de trabalho, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a redução da capacidade para o trabalho. Os benefícios acidentários classificam-se em aposentadoria, pensão por morte, auxílio-doença, auxílio-acidente e auxílio- suplementar. Tem direito à aposentadoria por invalidez, espécie 92, o segurado acidentado que, estando ou não em gozo de auxílio-doença acidentário, é considerado incapaz e insuscetível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência. A pensão por morte é devida ao(s) dependente(s) do segurado que falece em consequência de acidente do trabalho. O auxílio-doença é devido ao segurado que fica incapacitado, por motivo de doença decorrente de acidente do trabalho. O auxílio-acidente é devido ao segurado acidentado que, após consolidação das lesões decorrentes do acidente do trabalho, apresenta sequela que implique na redução de sua capacidade laborativa. A concessão do benefício independe de qualquer remuneração auferida pelo acidentado, mesmo quando esta se refere a um outro benefício, exceto a de qualquer aposentadoria. ASSISTENCIAIS Os benefícios assistenciais são aqueles concedidos independentemente de contribuições efetuadas. São eles: renda mensal vitalícia, amparos assistenciais e pensão mensal vitalícia. A renda mensal vitalícia foi criada pela Lei nº 6.179/74. Era devida ao maior de 70 anos ou ao inválido que não exercia atividade remunerada e que comprovasse não possuir meios de prover sua própria subsistência ou de tê-la provida por sua família. Tal qual as rendas mensais vitalícias, os amparos assistenciais têm valor igual a um salário mínimo, garantido à pessoa portadora de deficiência ou idosa, com 65 anos ou mais, que comprove não possuir meios de prover a própria manutenção e nem de tê-la provida por sua família. Considera-se que uma família está incapacitada de prover a manutenção do inválido ou do idoso, se a renda mensal familiar “per capita” for inferior a ¼ do saláriomínimo. A pensão mensal vitalícia instituída pela Lei nº 7.070, de 1982, é devida ao segurado portador da deficiência conhecida como “Síndrome da Talidomida”, e o valor da pensão depende do grau de incapacidade do beneficiário. A pensão mensal vitalícia devida ao seringueiro e ao(s) seu(s) dependente(s) foi criada pela Lei nº 7.986, de 1989, com valor igual a 2 salários mínimos. É devida aos seringueiros que trabalharam durante a Segunda Guerra Mundial nos seringais da Região Amazônica e que não possuem meios para sua subsistência. Esta web-aula foi formada com recortes do site da previdência social. Para saber mais: No site http://www.previdenciasocial.gov.br/ você poderá saber mais sobre diversos benefícios inclusive poderá ver as Tabelas de benefícios da previdência. WEB AULA 1 Unidade 2 – Empresário e Sociedades1 Bem vindos à disciplina CONTABILIDADE INTRODUTÓRIA! Proponho a você muito estudo e muito aprendizado durante esta disciplina, vamos caminhar por alguns conteúdos da contabilidade que será apresentado logo a seguir. Vamos em frente! Uma pessoa física sozinha pode se tornar um empresário ou autônomo, dependendo da combinação dos fatores de produção: natureza, trabalho e capital. Diversas pessoas físicas podem constituir uma sociedade que poderá ser personificada ou não personificada. As sociedades personificadas são classificadas em sociedade simples e sociedade empresária, dependendo também da combinação dos fatores de produção. Autônomo O não empresário ou autônomo é “[...] quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística [...]” NEGRÃO (2006, p. 215), podendo, inclusive, contar com o auxílio de colaboradores, mas atuando sem sócios. Assim sendo, um autônomo não pode explorar atividades mercantis. Empresário Agora você vai ver como uma pessoa física, sem a constituição de uma sociedade pode explorar atividades mercantis. O empresário atua sem sócios, mas “[...] exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou serviços.” NEGRÃO (2006, p. 215). Este deve ser registrado na receita federal como pessoa jurídica, portanto pessoa jurídica não se confunde com sociedade. Você deve estar questionando: então uma pessoa pode ser cadastrado no CPF (cadastro de pessoa física) e no CNPJ (cadastro nacional de pessoa jurídica)? A resposta é sim, mas não podemos esquecer que um cadastro não se confunde com o outro, não podemos misturar a vida econômica da pessoa física com a vida econômica do negócio explorado pelo mesmo. Uma das possibilidades de cadastro como empresário também é a transformação de sociedade em empresário. Mas isso é possível? Sim, em 19 de dezembro de 2008 foram feitas alterações no código civil permitindo essa condição. Transformação de Sociedade Empresária em Empresário Individual A implementação do parágrafo único ao artigo 10 da Lei Complementar sobre atos de Registro Público de Empresas trouxe mudanças essenciais para o empresário. Outrora, a transformação de uma Sociedade Empresária para Empresário Individual não podia ser realizada. Em 19 de Dezembro de 2008, com a implementação do parágrafo único aos arts. 968 e 1.033 da Lei n° 10.406 de 10 de janeiro de 2002 (Novo Código Civil), que exclui, o inciso IV do mesmo artigo, o qual obrigava a extinção da empresa quando não havia a existência de vários sócios; Fica estabelecido que o empresário que seja sócio remanescente detendo as quotas ou as tendo sobre a sua titularidade pode efetuar a transformação da Sociedade Empresária em Empresa Individual. Outra modificação aparece no processo de transformação de Empresário Individual para Sociedade Empresária. Caso venha a admitir sócios, o empresário individual poderá solicitar ao Registro Público de Empresas Mercantis a transformação, respaldando-se nos arts. 1.113 a 1.115 do Código Civil. Vale ressaltar que a transformação só ocorrerá após a aprovação dos sócios. É importante ressaltar que o parágrafo único incluso no art. 1.033, que está sendo aplicado por todas as Juntas Comerciais, determina a exclusão ou a não aplicação do inciso IV no caso de transformação de Sociedade Empresária em Empresa Individual e também no aspecto inverso. Novos procedimentos serão adotados para a adaptação e aplicação da nova medida nos órgãos competentes, como as Juntas Comerciais. Veja mais em http://www.normaslegais.com.br/legislacao/in-dnrc- 118-2011.htm Sociedades não-personificadas As sociedades não-personificadas não têm seus atos constitutivos registrados ou arquivados. Pode até inexistir contrato escrito, pode ser de forma verbal ou tácita. Se houver contrato escrito, tem validade jurídica apenas entre os sócios. O código civil prevê dois tipos de sociedades não- personificadas. Sociedade em comum – é uma sociedade de fato ou irregular. De fato quando não tem sequer contrato escrito e irregular quando tem o contrato escrito mas não tem o registro. Os sócios respondem solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais. Sociedade em conta de participação – neste tipo de sociedade obrigatoriamente existe o contrato escrito para exploração de uma atividade. Possui dois tipos de sócios: o sócio ostensivo, que responde pelos negócios da sociedade de forma ilimitada perante terceiros; e o sócio oculto, que é apenas investidor, participa nos resultados, mas não aparece perante terceiros. Podemos ter os seguintes tipos de sociedades em conta de participação: profissionais, com natureza artística, científica e literária; fundações; associações; e cooperativas. Sociedades personificadas São sociedades registradas e arquivadas nos órgãos competentes, possuem personalidade jurídica própria e o seu patrimônio não se confunde com o patrimônio dos seus sócios. Colocar uma imagem de um homem (com rosto) assinando um contrato. Sociedade simples Apesar de não definida no código civil, as sociedades simples são entendidas como as formadas por quem não é empresário, são formadas por quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, que assim como o autônomo, pode se utilizar da mão-de-obra de empregados para a execução das atividades. Pode ser considerada sociedade simples conforme Costa (2007, p. 12): Sociedades de profissão intelectual de natureza artística, científica e literária (sociedade simples propriamente dita); Fundações; Associações sem fins lucrativos; e Cooperativas. Sociedade empresária São as sociedades formadas por empresários, conforme definido anteriormente, que exerce profissionalmente atividade econômica organizada, que por não querer atuar isoladamente como empresário, se junta a outros empresários em sociedade, segundo o artigo 982 do código civil, citado por Negrão (2006, p. 219) “[...] considera se empresária a sociedade que tem por objeto o exercício de atividade própria de empresário sujeito a registro e simples as demais.” O registro referido é nas juntas comerciais. São cinco os tipos de sociedades empresárias: Sociedades em comandita simples; Sociedade em comandita por ações; Sociedade em nome coletivo; Sociedade limitada; e Sociedade anônima. Interagindo: Agora que você já aprendeu como auxiliar um empreendedor a legalizar o negócio, vá ao fórum de discussão desta unidade de aulas web e participe da discussão proposta sobre qual orientação a dar ao Sr. Empreendedor Desorientado da Grana. Unidade2 – Modelo de Contrato Social, Alteração de Contrato e Distrato. As sociedades empresárias limitadas devem ser constituídas pelo contrato social, após a constituição podem ocorrer alterações que também devem ser arquivadas na junta comercial e quando houver a dissolução da sociedade também deve ser arquivado, o que seria a certidão de óbito da sociedade. Vamos trabalhar nesta web aula com modelos de contratos, alterações e distratos. A certidão de nascimento de uma sociedade empresária limitada se chama contrato social, por se tratar de um documento jurídico deveria ser elaborado pela assessoria jurídica das empresas, mas comumente é elaborado pela área contábil e para registro é exigido um “visto” de um advogado. Vamos ver um modelo disponibilizado pela Junta Comercial do Estado de Pernambuco – JUCEPE: MODELO BÁSICO DE CONTRATO SOCIAL DE SOCIEDADE LIMITADA de acordo com o Código Civil/2002 CONTRATO DE CONSTITUIÇÃO DA “EMPRESA EXEMPLO OBJETO LTDA” (denominação) ou“A & B LTDA” ou “A & CIA LTDA” (exemplo de firma ou razão social) Pelo presente Instrumento Particular de Contrato Social: SÓCIO A, nacionalidade, estado civil (indicar o regime de bens - art. 977, da Lei n° 10.406/2002), data de nascimento (se solteiro), profissão, nº do CPF..................., nº do RG ........................(se apresentado como documento de identificação: certificado de reservista, carteira de identidade profissional, carteira de trabalho e previdência social, carteira de habilitação, devendo ser indicado o seu número, órgão expedidor e a Unidade da Federação onde foi emitida), residente e domiciliado na................................... (tipo e nome do logradouro, nº, complemento, bairro/distrito, município, UF e CEP), SÓCIO B, nacionalidade, estado civil (indicar o regime de bens - art. 977, da Lei n° 10.406/2002), data de nascimento (se solteiro), profissão, nº do CPF..................., nº do RG ........................(se apresentado como documento de identificação: certificado de reservista, carteira de identidade profissional, carteira de trabalho e previdência social, carteira de habilitação, devendo ser indicado o seu número, órgão expedidor e a Unidade da Federação onde foi emitida), residente e domiciliado na................................... (tipo e nome do logradouro, nº, complemento, bairro/distrito, município, UF e CEP), Têm entre si justa e contratada a constituição de uma sociedade limitada, nos termos da Lei n° 10.406/2002, mediante as condições e cláusulas seguintes: DO NOME EMPRESARIAL, DA SEDE E DAS FILIAIS CLÁUSULA PRIMEIRA. A sociedade gira sob o nome empresarial ......................... (denominação social, firma ou razão social). (art. 997, II, CC/2002) CLÁUSULA SEGUNDA. A sociedade tem sede na (endereço completo: tipo e nome do logradouro, número, complemento, bairro ou distrito, CEP, Município e Estado). CLÁUSULA TERCEIRA. A sociedade poderá, a qualquer tempo, abrir ou fechar filial ou outra dependência, mediante alteração contratual, desde que aprovado pelos votos correspondentes dos sócios, no mínimo, a três quartos do capital social, nos termos do art. 1.076 da Lei n° 10.406/ 2002. DO OBJETO SOCIAL E DA DURAÇÃO CLÁUSULA QUARTA. A sociedade tem por objeto social a (industrialização, comércio, produção, prestação de serviço etc - de quê?). (art. 997, II, CC/2002) Declaração precisa e detalhada das atividades a serem desenvolvidas, mencionando gênero e espécie. (art. 56, II, da Lei nº 8.884, de 11.7.94).Ver Código de Classificação de Atividades – CNAE – FISCAL (www.cnae.ibge.gov.br) CLÁUSULA QUINTA. A sociedade iniciará suas atividades na data do arquivamento deste ato e seu prazo de duração é indeterminado. (art. 997, II, CC/2002) DO CAPITAL SOCIAL E DA CESSÃO E TRANSFERÊNCIA DAS QUOTAS CLÁUSULA SEXTA. A sociedade tem o capital social de R$ .................................. (............................... reais), dividido em .............. quotas no valor nominal de R$ .............. (................ reais) cada uma, integralizadas, neste ato , em moeda corrente do País, pelos sócios, da seguinte forma: CLÁUSULA SÉTIMA. As quotas são indivisíveis e não poderão ser cedidas ou transferidas a terceiros sem o consentimento do(s) outro(s) sócio(s), a quem fica assegurado, em igualdade de condições e preço direito de preferência para a sua aquisição, se postas à venda, formalizando, se realizada a cessão delas, a alteração contratual pertinente. (art. 1.056, art. 1.057, CC/2002) CLÁUSULA OITAVA. A responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital social. (art. 1.052, CC/2002) DA ADMINISTRAÇÃO E DO PRO LABORE CLÁUSULA NONA. A administração da sociedade caberá ................................................. com os poderes e atribuições de representação ativa e passiva na sociedade, judicial e extrajudicialmente, podendo praticar todos os atos compreendidos no objeto social, sempre de interesse da sociedade, autorizado o uso do nome empresarial, vedado, no entanto, fazê-lo em atividades estranhas ao interesse social ou assumir obrigações seja em favor de qualquer dos quotistas ou de terceiros, bem como onerar ou alienar bens imóveis da sociedade, sem autorização do(s) outro(s) sócio(s). (arts. 997, Vl; 1.013. 1.015, 1064, CC/2002) Parágrafo único. No exercício da administração, o administrador terá direito a uma retirada mensal a título de pro labore, cujo valor será definido de comum acordo entre os sócios. OU CLÁUSULA NONA. A administração da sociedade será de todos os sócios, em conjunto ou separadamente, com os poderes e atribuições de representação ativa e passiva na sociedade, judicial e extrajudicialmente, podendo praticar todos os atos compreendidos no objeto social, sempre de interesse da sociedade, sendo vedado o uso do nome empresarial em negócios estranhos aos fins sociais, nos termos do art. 1.064 da Lei n° 10.406/2002. § 1º Fica facultada a nomeação de administradores não pertencentes ao quadro societário, desde que aprovado por dois terços dos sócios, nos termos do art. 1.061 da Lei n° 10.406/ 2002. § 2º No exercício da administração, os administradores terão direitos a uma retirada mensal, a título de pro labore, cujo valor será definido de comum acordo entre os sócios. DO BALANÇO PATRIMONIAL DOS LUCROS E PERDAS CLÁUSULA DÉCIMA. Ao término de cada exercício social, em 31 de dezembro, o administrador prestará contas justificadas de sua administração, procedendo à elaboração do inventário, do balanço patrimonial e do balanço de resultado econômico, cabendo aos sócios, na proporção de suas quotas, os lucros ou perdas apurados. (art. 1.065, CC/2002) CLÁUSULA DÉCIMA PRIMEIRA. Nos quatro meses seguintes ao término do exercício social, os sócios deliberarão sobre as contas e designarão administrador(es), quando for o caso. (arts. 1.071 e 1.072, § 2o e art. 1.078, CC/2002) DO FALECIMENTO DE SÓCIO CLÁUSULA DÉCIMA SEGUNDA. Falecendo ou interditado qualquer sócio, a sociedade continuará sua atividade com os herdeiros ou sucessores. Não sendo possível ou inexistindo interesse destes ou do(s) sócio(s) remanescente(s), o valor de seus haveres será apurado e liquidado com base na situação patrimonial da sociedade, à data da resolução, verificada em balanço especialmente levantado. Parágrafo único. O mesmo procedimento será adotadoem outros casos em que a sociedade se resolva em relação a seu sócio. (arts. 1.028 e 1.031, CC/2002) DA DECLARAÇÃO DE DESIMPEDIMENTO CLÁUSULA DÉCIMA TERCEIRA. O(s) Administrador(es) declara(m), sob as penas da lei, que não está(ão) impedido(s) de exercer(em) a administração da sociedade, por lei especial ou em virtude de condenação criminal, ou por se encontrar(em) sob os efeitos dela, a pena que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos públicos, ou por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno, concussão, peculato ou contra a economia popular, contra o sistema financeiro nacional, contra normas de defesa da concorrência, contra as relações de consumo, fé pública ou propriedade. (art. 1.011, § 1º, CC/2002) DOS CASOS OMISSOS CLÁUSULA DÉCIMA QUARTA. Os casos omissos no presente contrato serão resolvidos pelo consenso dos sócios, com observância da Lei n° 10.406/2002. DO FORO CLÁUSULA DÉCIMA QUINTA. Fica eleito o foro de.................... para o exercício e o cumprimento dos direitos e obrigações resultantes deste contrato. E, por estarem assim justos e contratados, lavram este instrumento, em 03 (três) vias de igual forma e teor, que serão assinadas pelos sócios. Recife, -- de --------- de 200- . ______________________________________________ SÓCIO A ______________________________________________ SÓCIO B Visto ______________ Nome: OAB/------ ) (dispensado para o contrato social de microempresa e de empresa de pequeno porte) Testemunhas: opcional _________________________________________ ___ __________________________________ Nome, Identidade, Org. Exp. e UF Nome, Identidade, Org. Exp. e UF Observações: 1. Inserir cláusulas facultativas desejadas. 2. Assinatura dos sócios ou dos seus procuradores no fecho do contrato social, com a reprodução de seus nomes: Observação: sócio menor de 16 anos, o ato será assinado pelo representante do sócio; sócio maior de 16 e menor de 18 anos, o ato será assinado, conjuntamente, pelo sócio e seu assistente; 3. Visto de advogado: visto/assinatura de advogado, com a indicação do nome e o do numero de inscrição na OAB/Seccional. O visto é dispensado para o contrato social de microempresa e de empresa de pequeno porte, conforme art. 6º, parágrafo único, da Lei nº 9.841/.99 4. Rubricar as demais folhas não assinadas, conforme art. 1º, I, da Lei 8.934/94). 5. Assinatura das Testemunhas (facultativa): serão grafadas com a indicação do nome do signatário, por extenso e de forma legível, com o numero da identidade, órgão expedidor e UF. 6. O documento não pode conter rasuras, emendas ou entrelinhas. (deletar) 7. Inserir cláusulas facultativas desejadas. Extraído do sítio eletrônico da Junta Comercial do Estado de Pernambuco Fonte: http://www.jucepe.pe.gov.br/ Vamos ver um modelo de alteração de objeto social, as alterações podem envolver muitas cláusulas contratuais, como: capital, administrador, endereço, abertura de filial etc. ALTERAÇÃO CONTRATUAL Nº ___ DA SOCIEDADE _______________ 1. Fulano de Tal (nome completo), nacionalidade, naturalidade, estado civil, regime de bens (se casado), data de nascimento (se solteiro), profissão, nº do CPF, documento de identidade, seu número, órgão expedidor e UF onde foi emitida (documentos válidos como identidade: carteira de identidade, certificado de reservista, carteira de identidade profissional, Carteira de Trabalho e Previdência Social, Carteira Nacional de Habilitação – modelo com base na Lei nº 9.503, de 23.9.97), domicílio e residência (tipo e nome do logradouro, número, bairro/distrito, município, Unidade Federativa e CEP) e 2. Beltrano de Tal ..............................................., únicos sócios da ........................... Ltda., com sede na .................................................... (endereço completo: tipo, nome do logradouro, número, complemento, bairro/distrito, município, Unidade Federativa e CEP ), registrada na Junta Comercial de .................................., sob o NIRE..................................... e inscrita no CNPJ sob o nº ......................... resolvem, assim, alterar o contrato social: 1ª. Fica incluído no objeto social a prestação de serviços mecânicos. Em razão dessa modificação no objeto social a cláusula terceira do contrato social passa a ter a seguinte redação: “3ª - O objeto social é o comércio de autopeças e a prestação de serviços mecânicos.” SUGERE-SE, a seguir, consolidar o contrato social, reproduzindo todas as suas cláusulas. E por estarem assim justos e contratados assinam a presente alteração em .... vias. Castanhal, de .................... de 2.0__ aa)........................................................ Fulano de Tal aa)........................................................ BeltranodeTal Observação: Se não consolidado o contrato social, constar, então, as seguintes informações, caso já não estejam no instrumento de alteração, (art. 56, da Lei 8.884, de 11.7.94): - declaração precisa e detalhada do objeto social; o capital de cada sócio e a forma de prazo de sua realização; o prazo de duração da sociedade e; local da sede e respectivo endereço, inclusive das filiais. DISTRATO SOCIAL DA ____________________________ FULANO DE TAL: (nome completo), nacionalidade, naturalidade, estado civil, regime de bens (se casado), data de nascimento (se solteiro), profissão, nº do CPF, documento de identidade, seu número, órgão expedidor e UF onde foi emitida (documentos válidos como identidade: carteira de identidade, certificado de reservista, carteira de identidade profissional, Carteira de Trabalho e Previdência Social, Carteira Nacional de Habilitação – modelo com base na Lei nº 9.503, de 23.9.97), domicílio e residência (tipo e nome do logradouro, número, bairro/distrito, município, Unidade Federativa e CEP) e; BELTRANO DE TAL: (nome completo), nacionalidade, naturalidade, estado civil, regime de bens (se casado), data de nascimento (se solteiro), profissão, nº do CPF, documento de identidade, seu número, órgão expedidor e UF onde foi emitida (documentos válidos como identidade: carteira de identidade, certificado de reservista, carteira de identidade profissional, Carteira de Trabalho e Previdência Social, Carteira Nacional de Habilitação – modelo com base na Lei nº 9.503, de 23.9.97), domicílio e residência (tipo e nome do logradouro, número, bairro/distrito, município, Unidade Federativa e CEP), únicos sócios da COMÉRCIO AUTO PEÇAS TEX LTDA, com sede na Rua Otoni, nº 123, Bairro Serra, em Turmalina, em Minas Gerais, CEP 32123.090, registrada na Junta Comercial do Estado de Minas Gerais, NIRE ....................., e inscrita no CNPJ sob o número ....................................., resolvem, por não mais interessar a continuidade da empresa, dissolver e extinguir a sociedade, mediante as seguintes cláusulas: 1. A sociedade que iniciou suas atividades em 1º de julho de 1975, encerrou todas suas operações e atividades em 30 de abril de 2.002. 2. Procedida a liquidação da sociedade, cada um dos sócios recebe, neste ato, por saldo de seus haveres, respectivamente, a importância de R$ 10.000,00 (dez mil reais), correspondente ao valor de suas quotas. 3. Os sócios dão entre si e à sociedade plena, geral e irrevogávelquitação, para nada mais reclamarem um do outro, seja a que título for, com fundamento no contrato social e suas alterações, declarando, ainda, extinta, para todos efeitos a sociedade em referência, com o arquivamento deste distrato na Junta Comercial do Estado. 4. A responsabilidade pelo ativo e passivo porventura supervenientes, fica a cargo do ex-sócio ............................................................., que se compromete, também, manter em boa guarda os livros e documentos da sociedade ora distratada. E por estarem assim justos e acertados, assinam o presente DISTRATO em ___ vias de igual forma e teor. ___________, ___de _________de 20__ Local e data aa) _________________________________ Fulano de Tal aa) _________________________________ Beltrano de Tal Interagindo: Agora vá ao fórum e comente sobre as cláusulas que você considera mais importantes em um contrato social, alteração contratual e distrato. Unidade 2 – Registro de uma Sociedade Empresária Limitada – parte 1 As sociedades empresárias limitadas são a forma de constituição de sociedade mais comum no Brasil, por este motivo vamos explorar esta forma de sociedade empresária com maior ênfase. A seguir, as fases para legalização de uma sociedade empresária limitada, lembrando que alguns procedimentos podem apresentar diferentes complexidades em cada região, sendo as fases e passos aqui apresentados uma base, pois muitas coisas dependem de fatores regionais e principalmente do nível de automatização das repartições públicas envolvidas no processo. 1ª fase – Junta comercial - Pesquisa Requerimento de pesquisa de nome empresarial; Preenchimento da Guia de Recolhimento de Preços – GRP; Pagamento da GRP; Encaminhamento a Junta Comercial; e Aguardar resposta da Junta Comercial. 2ª fase – Contrato social Recebimento da pesquisa de nome empresarial; Elaboração do Contrato Social; 3ª fase – Prefeitura Municipal – Laudos e Alvarás Requerimento na central de laudos e alvarás para obtenção de: o Laudo de viabilidade; o Laudo do corpo de bombeiros; o Laudo de licença sanitária; o Laudo do meio ambiente. 4ª fase – Junta comercial - Arquivamento Requerimento para registro; Documento de arrecadação de receitas federais – DARF; Guia de Recolhimento de Preços – GRP; Encaminhamento a Junta Comercial juntamente com: o Contrato social; o Documentos pessoais dos sócios. 5ª fase – Receita Federal – Obtenção do CNPJ Inscrição do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ; Solicitado eletronicamente através do Programa Geral de Dados – PGD, depois de preenchido a Ficha cadastral da Pessoa Jurídica – FCPJ e o Quadro de Sócios e Administradores – QSA deverá gerar e transmitir o arquivo de dados pela web através do programa ReceitaNet. Aguardo de resposta; Envio à Secretaria da Receita Federal: o Documento Básico de Entrada do CNPJ – DBE, o Cópia autenticada do Contrato Social; Aguardo de Resposta; Recebimento do CNPJ através de consulta na web. 6ª fase – Prefeitura Municipal – Alvará Requerimento do alvará de licença; Entrega dos laudos; Recolhimento das taxas: o Taxa mobiliária (uma vez por ano), o Taxa de expediente (uma única vez); Aguardar resposta da Prefeitura; Recebimento do Alvará. 7ª fase – Secretaria da Receita Estadual Cadastro inicial: o Preencher via web, a Solicitação de Inscrição no Cadastro de Contribuintes; o Emissão do Comprovante de Inscrição Estadual – CICAD pela Receita Estadual. Encaminhar documentação à Receita Estadual: o Contrato Social; o Cadastro de Contribuintes – Termo de Responsabilidade. Aguardo de Confirmação do CICAD; Resposta da Receita Estadual; Envio de documentos complementares em caso de utilização de softwares para registros fiscais. A seguir, passo a passo desenvolvido pela Junta Comercial do Estado do Rio Grande do Sul para utilização dos serviços on- line que demonstra a facilidade de constituição de uma empresa. Com poucas diferenças as juntas comerciais dos outros estados disponibilizam serviços semelhantes. Serviços Online Andamento de Processos Obtenha informações sobre o andamento de processos em tramitação e, no caso de Exigência, que problemas foram detectados pela Junta Comercial. Aviso de Conclusão Solicite o aviso, via e-mail, de conclusão de um serviço. Cadastramento no CGC/TE Encaminhe o pedido e a inclusão da empresa no Cadastro Geral de Contribuintes do Estado do Rio Grande do Sul, que é mantido pela Secretaria da Fazenda do Estado. Cadastramento no CNPJ Encaminhe o pedido e a inclusão da empresa no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica que é mantido pela Receita Federal. Cumprimento de Exigência Efetue a complementação ou correção de informações prestadas à Junta Comercial que implicaram na inclusão do processo em situação de Exigência. Em uso para serviços realizados pela Internet. Download de Formulários Obtenha os formulários necessários para elaboração de atos do Registro do Comércio. Imprima a Guia e Arrecadação no número de vias necessárias, para pagamento das taxas correspondentes ao serviço demandado à Junta Comercial. A Guia de Arrecadação é recebida exclusivamente pelo BANRISUL. Pesquisa de NIRE Obtenha o NIRE, Número de Identificação do Registro de Empresas, a partir da informação do Nome Empresarial. Consulte previamente até 3 opções de Nome Empresarial para uma determinada natureza jurídica. Requerimento de Empresário Realize os atos e eventos relacionados ao empresário, ex-Firma Individual, tais como: inscrição, alteração, extinção. Solicite cópia reprográfica certificada de atos arquivados. Solicitação de Certidão Específica Solicite um extrato de informações particularizadas pelo requerente, constantes de atos arquivados. Neste tipo de certidão, o requerente deverá indicar expressamente o dado ou dados a serem certificados. Solicitação de Certidão Simplificada Solicite um extrato de informações atualizadas, constantes de atos arquivados. Extraído do sítio eletrônico da Junta Comercial do Estado do Rio Grande do Sul Fonte: http://www.jucergs.rs.gov.br/p_servicos.asp?tiposervico =O Agora pesquise os procedimentos para arquivamento dos atos constitutivos de uma sociedade empresária na junta comercial do seu estado, os alunos do Estado do Rio Grande do Sul podem escolher outro Estado para acessar o site da junta comercial para comparar com os procedimentos aqui descritos. Unidade 2 – Registro de uma Sociedade Empresária Limitada – parte 2 A seguir orientações sobre documentação necessária para inscrição, alteração e dissolução de uma sociedade empresária limitada, disponibilizada pela Junta Comercial do Estado de Goiás – JUCEG: DOCUMENTAÇÃO EXIGIDA PARA INSCRIÇÃO: ESPECIFICAÇÃO No DE VIAS ◊ Requerimento (Capa de Processo) com assinatura do administrador, sócio, procurador, com poderes específicos, ou terceiro interessado (art.1.151 CC/2002), (vide tabela de atos e eventos para preenchimento do requerimento). 1 ◊ Contrato social, assinado pelos sócios ou seus procuradores ou Certidão de inteiro teor do contrato social, quando revestir a forma pública 3 ◊ Declaração de desimpedimento para o exercício de administração de sociedade empresária, assinada pelo(s) administrador(es) designados
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