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SERVIÇOS PRELIMINARES ISTALAÇÕES PROVISÓRIAS, FERRAMENTAS E EQUIPAMENTOS

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UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGICAS
ENGENHARIA CIVIL
CONSTRUÇÃO CIVIL I
SERVIÇOS PRELIMINARES 
ISTALAÇÕES PROVISÓRIAS, FERRAMENTAS E EQUIPAMENTOS
SÃO LEOPOLDO
12 DE ABRIL DE 2012
Sumário
1. Introdução 4
2. Serviços Preliminares 5
2.1. Instalações Elétricas 5
2.2. Instalações hidrossanitárias 6
2.3. Limpeza do terreno 6
2.4. Movimentação de terra 7
2.5. Locação da obra 7
3. Planejamento de canteiros de obra 9
4. Elaboração de croquis do layout do canteiro 9
5. Programa de manutenção da organização do canteiro 12
6. Tipologia das instalações provisórias 13
6.1 Chapas de compensado 14
6.2 OSB 15
6.3 Containeres 15
7. Alojamentos 16
8. Vias de circulação 18
8.1 Escadas, Rampas e Passarelas 18
9. Sinalização de Segurança 19
10. Áreas de vivencia 20
10.1. Áreas de lazer 20
10.2. Refeitório 21
10.3. Vestiário 22
10.4. Sanitários 23
11. Áreas de Apoio 24
11.1. Almoxarifado: 24
11.2. Escritório de Obra: 25
11.3. Guarita do vigia e portaria: 26
11.4. Plantão de vendas: 26
12. Acessos à obra e Tapumes 27
13. Principais instalações de segurança 28
14. Ambulatório 31
15.Elevador de carga 32
16. Disposição de entulho 32
17. Movimentação e armazenamento de materiais 33
17.1. Dimensionamento das instalações 33
17.3. Posto de produção de argamassa e concreto 34
17.4. Armazenamento de cimento e agregados 34
17.5. Armazenamento de blocos e tijolos 35
17.6. Armazenamento de aço e armaduras 35
17.8. Disposição doentulho 36
19. Conclusão 38
20. Bibliografia 39
1. Introdução
Este trabalho tem por objetivo, especificar e detalhar conforme a normatização atual os serviços preliminares em obras referentes à construção civil. São considerados serviços preliminares todos os serviços necessários para preparo dos canteiros de obra, visando facilidade para disposição e deslocamento de funcionários e materiais, bem como conforto e segurança para os operários. 
Neste trabalho haverá as devidas explicações sobre o assunto, desde a fase inicial de projeto de canteiro de obra até a finalização do mesmo, com detalhamento de cada parte constituinte do mesmo e materiais utilizados para sua execução. 
2. Serviços Preliminares 
2.1. Instalações Elétricas
São muitos os equipamentos elétricos que são utilizados em obra, como por exemplo, betoneiras, serras elétricas, guincho para o funcionamento do elevador da obra, entre outros. Neste sentido, faz-se necessário que ainda durante a etapa de planejamento do canteiro, seja requisitado o fornecimento de energia elétrica junto à Concessionária. Após, um profissional capacitado deve fazer a instalação junto ao canteiro de obras.
Quadros de energia adequados para utilização em canteiros de obra
É comum, em obras mal gerenciadas, que se utilize a instalação elétrica já existente, porém deve-se levar em consideração que a não observação dos itens de segurança da rede pode levar a riscos.
Quadro de entrada de energia inadequado, oferecendo sério risco de acidentes por choque elétrico2.2. Instalações hidrossanitárias
A água, além de ser necessária para a higiene pessoal dos operários, é a matéria prima para alguns materiais como concretos e argamassas. Assim, é necessário que se tenha quantidade suficiente e que a mesma apresente qualidade compatível com as necessidades.
No caso de inexistência da rede pública de água no local da obra, caso pouco comum, deve-se verificar a possibilidade de expansão da rede junto à concessionária.
Quanto à rede de coleta de esgoto, sua inexistência não é crítica na fase de obra, pois a quantidade de esgoto gerado é considerada pequena. As maiores dificuldades, porém, vão ocorrer quando o edifício estiver pronto e for de grandes dimensões. Nesses casos, se não existir rede para coleta, será necessária a construção de fossas sépticas e sumidouros, para atender à demanda do edifício em utilização.
2.3. Limpeza do terreno
Toda e qualquer obra, antes do seu início propriamente dito, se faz necessário a limpeza do terreno.
Caso no terreno já exista alguma construção, e esta, por sua vez, venha a ser demolida, é indispensável que se faça a retirada do entulho. Em outros casos, onde o terreno não possui edificações a serem demolidas, porém possua algum tipo de vegetação, deve-se fazer a decapagem do terreno, ou seja, deve-se retirar uma camada de solo. No caso da existência de árvores, é necessário uma licença do órgão ambiental atuante na área.
2.4. Movimentação de terra
Ao ser necessário um movimento de terra é possível que se tenha uma das seguintes situações: corte,aterro ou corte e aterro.
A situação de corte do terreno, geralmente gera menos problemas em relação a recalques do solo. Nos casos em que seja necessária a execução de aterros, deve-se tomar cuidado com a compactação do solo.
Porém, a situação mais desejada é a de corte e aterro no mesmo terreno, economizando gastos com a compra ou descarte de solo, entretanto deve-se observar as mesmas condições de compactação do mesmo.
Meios de compactação de solo
2.5. Locação da obra
A locação da obra tem por objetivo localizar o projeto no terreno. No projeto a edificação está referenciada a partir de um ponto conhecido, por exemplo o alinhamento da rua. A partir deste ponto deve-se localizar os elementos de fundação, estes elementos comumente são demarcados pelo seu eixo.
Os cuidados com a locação dos elementos de fundação de maneira precisa e correta são fundamentais para qualidade final do edifício, pois a execução de todo o restante do edifício estará dependendo deste posicionamento, já que ele é a referencia para a execução da estrutura.
A demarcação poderá ser realizada totalmente com o auxílio de aparelhos topográficos, com o auxilio de nível de mangueira, régua, fio de prumo e trena. Porém a materialização da demarcação exigirá um elemento auxiliar que poderá ser constituído por simples piquetes, por cavaletes ou pela tabeira (que também é denominada tapume, tábua corrida ou gabarito).
A tabeira ou gabarito é montada com o auxílio de pontaletes de madeira, espaçados de 1,50 a 1,80m, nos quais são fixadas tábuas de 15 ou 20cmde largura, que servirão de suporte para as linhas que definirão os elementos demarcado, que podem ser de arame recozido ou fio de nylon.
A tabeira, devidamente nivelada, é colocada ao redor de todo o edifício a ser locado, a aproximadamente 1,20m do local da construção e com altura superior ao nível do baldrame, variando de 0,40m a 1,50m acima do nível do solo. Há também quem defenda seu posicionamento de modo que fique com altura superior aos operários, para facilitar o tráfego tanto de pessoas como de equipamentos.
A tabeira pode ser utilizada mesmo em terrenos acidentados e com grande desnível. Nestes casos é constituída em patamares.
As linhas das coordenadas planimétricas cruzam-se definindo o ponto da locação, o qual é transferido para o solo com o auxílio do fio de prumo, cravando-se um piquete neste ponto.
3. Planejamento de canteiros de obra
Um canteiro de obras deve ser planejado de forma a atender todos os requisitos que forem solicitados durante o decorrer da obra.
Tal planejamento se da em duas etapas, o planejamento do layout e o planejamento da logística
O planejamento do layout envolve a definição do arranjo físico de trabalhadores, materiais, equipamentos e áreas de trabalho.
De outra parte, o planejamento logístico estabelece as condições de infraestrutura para o desenvolvimento do processo produtivo, ou seja, a distribuição das áreas afim de evitar custos e transtornos com o decorrer dos exercícios. O planejamento logístico deve ser atualizado com o andamento dos serviços, esta atualização deve serfeita sempre que houver uma perca de produtividade devido a disposição dos materiais dentro do canteiro.
O processo de planejamento do canteiro visa a obter a melhor utilização do espaço físico disponível, de forma a possibilitar que homens e máquinas trabalhem com segurança e eficiência, principalmente através da minimizaçãodas movimentações de materiais, componentes e mão-de-obra.
Os canteiros podem apresentar os mais diversos formatos. Nos grandes centros urbanos, estes canteiros tendem a ser mais restritos, pois as condições do terreno limitam o espaço. Nestes casos, deve-se acelerar a construção do subsolo para que esta área seja utilizada para o armazenamento dos materiais, e alojamentos. Por outro lado, em áreas de menos movimento, os canteiros de obra tendem a serem maiores, com isso há uma maior facilidade da disposição das áreas, e consequentemente uma organização melhor.
4. Elaboração de croquis do layout do canteiro
A análise do layout é útil para a identificação de problemas relacionados ao arranjo físico propriamente dito. Através desta análise é possível identificar a localização equivocada de alguma instalação ou o excesso de cruzamentos de fluxo em determinada área. Surge, através desta análise a necessidade de uma planta de layout. 
Em uma planta de layout alguns itens devem ser analisados e após transcritos para a prancha de desenho.
(a) definição aproximada do perímetro dos pavimentos, diferenciando
áreas fechadas e abertas;
(b) localização de pilares e outras estruturas que interfiram nacirculação
de materiais ou pessoas;
(c) portões de entrada no canteiro (pessoas e veículos);
(d) localização de árvores que restrinjam ou interfiram na circulação de materiais ou pessoas, inclusive na calçada;
(e) localização das instalações provisórias (banheiros, escritório, refeitório, etc.);
(f) todos os locais de armazenamento de materiais, inclusive depósito de entulho;
(g) localização da betoneira, grua, guincho e guincheiro, incluindo a especificação do(s) lado(s) pelo(s) qual(is) se fazem as cargas no guincho;
(h) localização das centrais de carpintaria e aço;
(i) localização de passarelas, rampas e/ou escadas provisórias com indicação aproximada do desnível;
(j) linhas de fluxo principais.
(k) armazenamento de areia;
(l) armazenamento de tijolos;
(m) armazenamento de cimento;
(n) entulho (em depósito ou não);
(o) condições do terreno por onde circulam caminhões;
(p) refeitório, vestiários e banheiros com as respectivas instalações;
(q) detalhamento do sistema construtivo das instalações provisórias;
(r) fechamento de poços de elevadores;
(s) corrimãos provisórios de escadas;
(t) sistema de fixação das treliças das bandejas salva-vidas na edificação;
(u) acesso ao guincho nos pavimentos;
(v) proteção contra quedas no perímetro dos pavimentos;
5. Programa de manutenção da organização do canteiro
A manutenção da organização do canteiro se dá através de programas de gestão do meio. Tais programas devem ser implantados com a total cooperação dos funcionários. Estes, através de treinamentos, sãosubmetidos à metas, que levam a uma melhor organização do canteiro. Estas metas são avaliadas através do desempenho do trabalhador em manter a obra limpa e compensadas com premiações.
Estes programas têm como base criar nas organizações um ambiente propício a implantação de programas de qualidade, através do desenvolvimento de cinco práticas ou sensos nos indivíduos: descarte, ordem, limpeza, asseio e disciplina.
A primeira prática, o descarte, tem como princípio identificar materiais ou objetos que são desnecessários no local de trabalho e encaminhá-los ao descarte, retirando-os do canteiro de obras. Além de liberar áreas do canteiro, o descarte pode resultar em benefícios financeiros através da venda dos materiais.
A segunda prática, a organização, visa estabelecer lugares certos para todos os objetos, diminuindo o tempo de busca pelos mesmos. A implementação da prática pode se dar através de comunicação visual e padronização. A definição de lugares certos para cada documento no escritório, o etiquetamento de prateleiras de materiais no almoxarifado ou o uso de uma cor diferente nos capacetes dos visitantes, são exemplos de práticas adotadas.
A terceira prática, a limpeza, visa, além de tornar mais agradável o ambiente de trabalho, melhorar a imagem da empresa perante clientes e funcionários e facilitar a manutenção dos equipamentos e ferramentas. Um local mais limpo é mais transparente, permitindo a identificação visual de problemas e facilitando o acesso aos equipamentos.
A quarta prática, o asseio, tem como objetivosconscientizar os trabalhadores da importância de manter a higiene individual, assim como de manter condições ambientais satisfatórias de trabalho, tais como os níveis de ruído, iluminação e de temperatura.
A última prática, a da disciplina, visa desenvolver a responsabilidade individual e a iniciativa dos trabalhadores, podendo ser desenvolvida através do treinamento. Esta prática pode ser medida, por exemplo, através dos níveis de utilização dos equipamentos de proteção individual (EPI).
6. Tipologia das instalações provisórias
Existem diversas possibilidades para a escolha da tipologia das instalações provisórias. Para a decisão de qual o melhor sistema a ser utilizado, deve-se considerar os seguintes critérios: custos de aquisição, custos de implantação, custos de manutenção, reaproveitamento, durabilidade, facilidade de montagem e desmontagem, isolamento térmico e impacto visual. Outros fatores determinantes são as características da obra como o tipo de obra, o prazo da construção, o número de funcionários, as necessidades e os tipos de materiais que serão necessários durante o processo construtivo.
Independente do material utilizado, todas as exigências da NR-18 em relação às instalações provisórias devem ser atendidas.
Atualmente, o sistema mais utilizado é a construção das instalações em madeira. Utilizam-se, principalmente, chapas de compensado e chapas de OSB, devidamente revestidas com pintura ou outro material. Outra alternativa é a utilização de containers como instalações provisórias. Além destas, que serãodetalhadas a seguir, pode-se também fazer instalações provisórias em alvenaria, principalmente quando essas instalações se tornarão permanentes ao final da obra.
6.1 Chapas de compensado
O sistema tradicional racionalizado é um aperfeiçoamento das instalações em chapa de compensado. Nesse sistema, há uma preocupação com o reaproveitamento do material e a facilidade na montagem e desmontagem. São utilizados módulos de chapa de compensado resinado, com espessura mínima de 14 mm, unidos entre si por parafusos, dobradiças ou encaixes.
Para que esse sistema apresente um bom desempenho é necessário observar alguns requisitos: revestir as paredes do banheiro com chapas galvanizadas ou pintura impermeável utilizar módulos especiais para janelas e portas; pintar os módulos nas duas faces e selar os topos das chapas de compensado para aumentar sua durabilidade; executar a cobertura dos barracos com telhas de zinco ou de fibrocimento.
Esquema de barracão construído com chapas de compensado
6.2 OSB
As chapas de OSB tem resistência mecânica similar as de compensado, se forem observados alguns cuidados básicos. As chapas de OSB devem ser revestidas nas duas faces com qualquer tipo de tinta à base de solvente. Aceita também a pintura com vernizes incolores ou tingidores, mas estes devem ser repassados a cada 12 meses. Os topos dos painéis devem ser selados para aumentar a durabilidade das chapas.
A instalação é similar à feita com o compensado. As chapas são fixadas com pregos galvanizados comuns, espiralados ou anelados. Tambémpodem ser utilizados parafusos comuns ou grampos. Nas juntas, deixa-se um espaço de 3 mm entre as chapas. Na fixação, os painéis deve ficar divididos meio a meio sobre o barrote. A construção deve ficar, no mínimo, 2,5 cm acima do solo para evitar umidade excessiva.
Instalação provisória de OSB com revestimento
6.3 Containers
A utilização de containers como instalações provisórias ocorre principalmente em obras de montagem industrial e grandes empreendimentos.
A principal desvantagem desse sistema é em relação às temperaturas internas que são muito altas em dias mais quentes. Apesar de existir a opçãode container com isolamento térmico, essa opção é pouco utilizada por causa do alto investimento. Para minimizar o problema da temperatura, muitas vezes se executa pintura externa em cor branca, telhado sobre o container e aberturas para ventilação. Além dos requisitos exigidos para qualquer tipo de instalação provisória, a NR-18 também traz outras exigências em relação ao uso de containers, como a necessidade de aterramento elétrico evitando riscos de choque elétrico e um laudo técnico relativo a ausência de riscos químicos, físicos e biológicos para o caso de containers adaptados, originalmente usados no transporte ou acondicionamento de cargas.
As principais vantagens da utilização de containers são: a rapidez na montagem e desmontagem, a possibilidade de diversos arranjos internos e o reaproveitamento total da estrutura. Os containers também podem ser empilhados quando o espaço no canteiro de obras for restrito.As dimensões normalmente encontradas no mercado são 2,4 m x 6,0 m e 2,4 m x 12,0 m, ambos com altura de 2,60 m.
Container utilizado e canteiro de obra
7. Alojamentos
Quando o canteiro de obras estiver localizado longe dos centros urbanos e for necessário que os trabalhadores durmam no local, é obrigatório que sejam construídos alojamentos. Esses locais devem ser de boa qualidade para garantir a saúde e o bem estar dos funcionários e não podem estar situados em subsolos ou porões das edificações. De acordo com a NR-18, um bom alojamento deve ter abastecimento de água potável, luz natural ou artificial, sistema higiênico e remoção de lixo, ausência de umidade, instalações elétricas protegidas, proteção contra ruído excessivo, entre outras características.
Segundo a NR-18, as paredes dos alojamentos devem ser de alvenaria, madeira ou material equivalente e o piso deve ser de concreto, cimentado, madeira ou material equivalente. Deve existir uma cobertura que proteja das intempéries e a área de ventilação deve equivaler a, no mínimo, 1/10 da área do piso.
A área mínima para cada módulo cama/armário é de 3,00m², incluindo a área de circulação. O pé-direito deve ser de 2,50m para cama simples e de 3,00m para camas duplas. É proibido o uso de três ou mais camas na vertical e a altura mínima entre uma cama e outra e entre a última e o teto é de 1,20m.
A Norma também traz as exigências para as camas nos alojamentos: as dimensões mínimas são de 0,80m por 1,90m, dispondo de colchão com espessura mínima de 0,10m e densidade26. deve haver cobertor, lençol, fronha e travesseiro em condições adequadas de higiene.
Quanto aos armários, a determinação da NR-18 é de que sejam armários duplos individuais com 1,20m de altura por 0,30m de largura e 0,40m de profundidade, com separação para roupas de uso comum e roupas de trabalho. Outra dimensão mínima aceita é a de 0,80m de altura por 0,50m de largura e 0,40m de profundidade.
Dentro dos alojamentos é proibido cozinhar e aquecer qualquer tipo de refeição e deve haver um bebedouro para cada grupo de vinte e cinco trabalhadores.
Caso essas exigências não sejam cumpridas, a construtora poderá ser multada pelos órgãos de fiscalização.
Modelo de alojamento para operários
8. Vias de circulação
As vias de circulação de pessoas e equipamentos no canteiro de obras devem ser planejadas de acordo com as linhas de fluxos. Devem ser pavimentadas e delimitadas, preferencialmente por corrimãos metálicos ou de madeira ou por cones. Na área de circulação de materiais é necessário que se execute o contrapiso, o que evita as perdas de materiais e a ocorrência de acidentes de trabalho.
No trajeto de circulação de caminhões, o solo deve ser estável, com drenagem adequada. Terrenos planos, que favorecem o acúmulo de água devem ser inclinados ou estabilizados recebendo canais para a coleta das águas da chuva.
As áreas de transporte e circulação de materiais por grua, guincho ou guindaste deve ser isolada e devidamente sinalizada. Os acessos, a circulação de veículos e equipamentos na obra devem ser identificadoscom sinalização de segurança.
8.1 Escadas, Rampas e Passarelas
As escadas de uso coletivo, rampas e passarelas para a circulação de pesoas e materiais devem ser de construção sólida e dotadas de corrimão e rodapé. A madeira a ser usada para a construção das mesmas deve ser de boa qualidade, sem imperfeições que comprometam sua resistência. 
As escadas provisórias são dimensionadas em função do fluxo de trabalhadores, respeitando-se a largura mínima de 0,80m, devendo ter pelo menos a cada 2,90m de altura um patamar intermediário.
A NR-18 também traz recomendações em relação ao uso da escada de mão que é um equipamento com um risco potencial de causar acidentes de trabalho. De acordo com a Norma, o uso das escadas de mão deve ser restringir a acessos provisórios e serviços de pequeno porte. É proibido posicionar a escada de mão próximo a portas, vãos ou áreas de circulação, onde houver risco de queda de objetos, junto a redes e equipamentos elétricos desprotegidos. As escadas de abrir devem ser rígidas, estáveis e com dispositivos que mantenham a abertura constante, devendo ter comprimento máximo de 6,00m quando fechada. As escadas fixas, tipo marinheiro, com 6,00m ou mais de altura, devem ser providas de gaiola de proteção a partir de 2,00m acima da base.
Quanto às rampas provisórias, a Norma exige que elas devem ser fixadas no piso inferior e superior, não ultrapassando 30° de inclinação em relação ao piso, para não exigir muito esforço do trabalhador. Nas rampas o inclinação superior a 18°, devem ser fixadas peçastransversais para apoio dos pés. As rampas para transito de caminhões devem ter largura mínima de 4,00 m e ser fixadas em suas extremidades.
Escada provisória
9. Sinalização de Segurança
O item 18.27 da NR 18, que dispões sobre a sinalização de segurança, diz que o canteiro de obras deve ser sinalizado com o objetivo de:
- Identificar os locais de apoio que compõem o canteiro de obras;
- Indicar as saídas;
- Manter a comunicação através de avisos, cartazes ou similares;
- Advertir contra perigo de contato ou acionamento acidental com partes móveis das máquinas e equipamentos;
- Advertir contra risco de queda;
- Alertar para a obrigatoriedade do uso de EPIs;
- Alertar quanto ao isolamento das áreas de transporte e circulação de materiais por grua, guincho ou guindaste; 
- Identificar acessos, circulação de veículos e equipamentos na obra;
- Advertir contra risco de passagem de trabalhadores onde o pé-direito for inferior a 1,80m;
- Identificar os locais com substâncias tóxicas, corrosivas, explosivas, radioativas e inflamáveis.
Sinalização de segurança em obra
Quando o trabalhador estiver a serviço em vias públicas, é obrigatório o uso de coletes com tiras refletivas na região do tórax e costas, além da sinalização nos acessos ao canteiro de obras e frentes de serviços ou movimentação e transporte vertical de materiais. A sinalização de segurança em vias públicas deve ser dirigida para alertar os motoristas e pedestres.
10. Áreas de vivencia
10.1. Áreas de lazer
As áreas de lazer são exigidas pela normaNR-18, que diz respeito a Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção. Nesta está estabelecido que quando houver trabalhadores alojados no canteiro devem-se prever locais para recreação dos trabalhadores alojados, podendo ser utilizado o local de refeições para este fim.
Apesar da norma não estabelecer a necessidade de área de lazer para obras onde os funcionários não estejam alojados, considera-se interessante a presença desta área, algumas empresas afirmam que a área torna o convívio entre os funcionários melhor e aumenta o rendimento dos mesmos.
10.2. Refeitório
A presença de refeitório nos canteiros de obra é uma das exigências da NR-18, a norma esclarece a necessidade de refeitórios e em quais condições devem ser instalados.
A NR-18 estabelece que o local para refeições deve:
a) ter paredes que permitam o isolamento durante as refeições; 
b) ter piso de concreto, cimentadoou de outro material lavável; 
c) ter cobertura que proteja das intempéries; 
d) ter capacidade para garantir o atendimento de todos os trabalhadores no horário das refeições; 
e) ter ventilação e iluminação natural e/ou artificial; 
f) ter lavatório instalado em suas proximidades ou no seu interior;
g) ter mesas com tampos lisos e laváveis; 
h) ter assentos em número suficiente para atender aos usuários;
i) ter depósito, com tampa, para detritos; 
j) não estar situado em subsolos ou porões das edificações; 
k) não ter comunicação direta com as instalações sanitárias; 
l) ter pé-direito mínimo de 2,80m (dois metros eoitenta centímetros), ou respeitando-se o que determina o Código de Obras do Município, da obra.
A norma não estabelece um tamanho referencia para refeitórios, de acordo com a experiência de diversas empresas, acredita-se que o apropriado seja 0,8m² por pessoa.
Aconselha-se que o refeitório seja um local bem ventilado e confortável, já que diversas empresas alegam que seus funcionários não gostam de comer em refeitórios. A presença de mesas separadas, televisores e aquecedores para refeições fazem com que os funcionários passem a utilizar a área com mais frequência e tranquilidade. 
Implantação de refeitório com cozinha.
10.3. Vestiário
Os vestiários são exigidos pela NR-18, bem como as demais áreas de vivencia citadas anteriormente.
De acordo com a norma os vestiários devem:
a) ter paredes de alvenaria, madeira ou material equivalente; 
b) ter pisos de concreto, cimentado, madeira ou material equivalente; 
c) ter cobertura que proteja contra as intempéries; 
d) ter área de ventilação correspondente a 1/10 (um décimo) de área do piso; 
e) ter iluminação natural e/ou artificial; 
f) ter armários individuais dotados de fechadura ou dispositivo com cadeado; 
g) ter pé-direito mínimo de 2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros), ou respeitando-se o que determina o Código de Obras do Município, da obra; 
h) ser mantidos em perfeito estado de conservação, higiene e limpeza; 
i) ter bancos em número suficiente para atender aos usuários, com largura mínima de 0,30m (trinta centímetros). 
O dimensionamento dosvestiários não é estabelecido na NR-18, porem a NR-24 , que apresenta requisitos referentes as condições sanitárias e de conforto nos locais de trabalho, estabelece um parâmetro de 1,5 m² por pessoa para dimensionamento de vestiários. 
O vestiário deve estar localizado ao lado dos banheiros e o mais próximo possível do portão de entrada e saída dos trabalhadores no canteiro. O requisito de proximidade com o portão de acesso de pessoal parte do pressuposto de que os EPI básicos, comuns a todos os trabalhadores (capacetes e botinas), sejam guardados no vestiário.
10.4. Sanitários
Outra instalação exigida pela NR-18, as instalações sanitárias devem:
a) ser mantidas em perfeito estado de conservação e higiene; 
b) ter portas de acesso que impeçam o devassamento e ser construídas de modo a manter o resguardo conveniente; 
c) ter paredes de material resistente e lavável, podendo ser de madeira;
d) ter pisos impermeáveis, laváveis e de acabamento antiderrapante;
e) não se ligar diretamente com os locais destinados às refeições;
f) ser independente para homens e mulheres, quando necessário; 
g) ter ventilação e iluminação adequadas;
h) ter instalações elétricas adequadamente protegidas; 
i) ter pé-direito mínimo de 2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros), ou respeitando-se o que determina o Código de Obras do Município da obra; 
j) estar situadas em locais de fácil e seguro acesso, não sendo permitido um deslocamento superior a 150 (cento e cinqüenta) metros do posto de trabalho aos gabinetes sanitários, mictórios elavatórios
k) A instalação sanitária deve ser constituída de lavatório, vaso sanitário e mictório, na proporção de 1 (um) conjunto para cada grupo de 20 (vinte) trabalhadores ou fração, bem como de chuveiro, na proporção de 1 (uma) unidade para cada grupo de 10 (dez) trabalhadores ou fração.
11. Áreas de Apoio
11.1. Almoxarifado:
O fator mais importante a ser considerado no dimensionamento do almoxarifado é o volume a ser estocado no local. Este volume varia de acordo com a dimensão do empreendimento ou até com o período de andamento do mesmo, de modo que, em relação à fase inicial da obra, pode haver a necessidade de ampliar a área disponível nas fases seguintes em duas ou mais vezes. 
O almoxarifado tem a função de armazenar e posteriormente distribuir grande parte dos materiais utilizados na obra, para tanto ele tem a necessidade de estar localizado próximo de uma via de acesso por onde possa ser feito com facilidade o suprimento do estoque. Ele também deve estar próximo ao escritório da obra, pois a compra de matérias está diretamente ligada a este setor. Além do já dito temos de locar o almoxarifado onde possa garantir maior facilidade de acesso, quando necessária a busca de algum material para uso na obra.
A configuração interna do almoxarifado deve ser divida em duas partes caso exista um almoxarife, uma para o armazenamento de materiais e ferramentas e outra para o almoxarife, na qual deve existir uma janela de expediente, de onde são feitas as requisições e entregas. 
Onde existem empreiteiros de menor portefrequentemente são utilizam uma mesma dependência para as funções de vestiário e almoxarifado. Embora não seja recomendável, alguns subempreiteiros resistem ao abandono dessa prática, justificando-se na preocupação em zelar pelas suas ferramentas.
Para que haja um controle da entrega das ferramentas e materiais é necessária a utilização de planilhas de controle de estoque, as quais devem conter campos tais como fornecedor, especificação do material, local de uso, saldo, datas de entrega e retirada e responsável pela retirada. 
11.2. Escritório de Obra:
Normalmente o escritório é uma construção de madeira, cujo acabamento é feito com maior ou menor qualidade, conforme a previsão do prazo de funcionamento do local ou das características da obra, consequentemente isto também influencia em sua dimensão. Geralmente tem espaços destinados a engenheiros, mestres de obra, estagiário, sanitários, ambulatório, etc.
Quanto à localização do escritório é interessante que esteja posicionado em um local que proporcione uma boa visibilidade do canteiro de obras, fazendo assim com que o engenheiro ou o mestre de obras trabalhe nos projetos e possam visualizar a partir de sua sala o andamento do empreendimento. Como já dito anteriormente neste local trabalha-se com plantas, documentos, dentre outros, o que faz com que exista a necessidade de um ambiente bem iluminado.
É necessária que haja uma sala de reuniões, onde são tomadas a maioria das decisões da obra, através da discussão entre engenheiros, mestre de obras, proprietários, etc. Alémdisso, uma função importante é servir como local de arquivo da documentação técnica, que deve estar disponível no canteiro, incluindo projetos, cronograma, licenças da prefeitura, etc.
11.3. Guarita do vigia e portaria:
A necessidade de uma portaria formal só existe em obras de grande dimensão, as quais apresentam grande fluxo de pessoas e veículos, sendo que geralmente a portaria é aproveitada pelo segurança no turno da noite (guarita do vigia).
A portaria deve estar localizada junto ao portão de entrada de pessoas e, se possível, também próxima ao portão de entrada de caminhões.
O Encarregado ou Chefe da Portaria, além de anotar o nome e a identidade dos visitantes, não deve permitir a sua entrada na Obra, sem os Equipamentos de Proteção Individuais determinados pelas normas da empresa, e deve consultar a administração ou gerência da Obra, para autorização do acesso aos visitantes. 
11.4. Plantão de vendas:
Geralmente antes mesmo do início das obras a empresa já pretende vender seu produto, o que faz com que sejam construídos locais de fácil acesso ao publico consumidor onde é instalado o plantão de vendas, antes mesmo do início da obra. Apesar de existir uma necessidade de integraçãodo plantão de vedas com o futuro layout do canteiro, dificilmente isto é levado em consideração. 
12. Acessos à obra e Tapumes
A Portaria da Obra deve ficar junto à porta de acesso do pessoal e ser suficientemente ampla para manter um estoque de EPI, a ser fornecido aos visitantes. A guarita deve ser localizada de modo que ovigia possa controlar os acessos da Obra. O Encarregado ou Chefe da Portaria, além de anotar o nome e a identidade dos visitantes, não deve permitir a sua entrada na Obra, sem os equipamentos de Proteção Individuais determinados pelas normas da empresa.
Ao entrar na obra é normal que o visitante, ou mesmo os funcionários, não saibam ao certo qual caminho percorrer para chegar até as escadas de acesso aos pavimentos superiores ou às áreas de vivência. Isto pode induzir à tomada de caminhos inseguros ou mais longos, sendo uma demonstração de descaso com o planejamento do canteiro. Para evitar este tipo de situação, uma boa medida é a construção de um acesso coberto para entrada de pessoas, delimitado lateralmente. Este acesso deve ser uma passagem obrigatória para entrada e saída de pessoas na obra. Deve começar no portão de pessoas e estender-se até uma área coberta, desenvolvendo trajeto que desvie das áreas de produção e estoque de materiais, privilegiando, por outro lado, a passagem junto às áreas de vivência e escritório, terminando em local próximo as escadas do prédio. 
A localização dos portões de acesso de veículos deve ser estudada em conjunto com o layout das instalações relacionadas aos materiais, devendo-se fazer tantos portões quantos forem necessários para garantir a descarga dos materiais sem a necessidade de múltiplo manuseio dos mesmos. Neste sentido, deve-se atentar para a existência de árvores em frente ao terreno, o que pode restringir a escolha da posição do portão a uma ou duas opções. Caso o terreno estejalocalizado em uma esquina, deve-se, preferencialmente, colocar os portões na rua de trânsito menos intenso.
No canteiro de obras são estocados materiais e ferramentas, além de ficarem estacionadas diversas máquinas que serão utilizadas na execução da obra.
A Norma Regulamentadora 18, do Ministério do Trabalho e Emprego, estabelece que todas as construções devem ser protegidas por tapumes com altura mínima de 2,20m em relação ao nível do terreno, fixados de forma resistente, e isolando todo o canteiro.
Os tapumes, ou divisórias de isolamento, servem tanto para proteger os operários de obra como os próprios transeuntes que circulam nos arredores do terreno. Existindo o risco de queda de materiais nas edificações vizinhas, estas também devem estar protegidas. Há soluções em madeira reconstituída, chapas metálicas e até materiais reciclados em tamanho padrão de 0,50m de largura e 2,20m de altura e cerca de 2,5kg, fixadas a estruturas de madeira com pregos e parafusos.
É usual que sobre os tapumes sejam colocadas as placas da empresa e também de fornecedores. Tentando evitar que tais placas sejam colocadas de forma desorganizada e mal conservadas, algumas empresas vêm utilizando placas únicas, incluindo seu nome e o nome dos fornecedores, melhorando a aparência da entrada do canteiro. A placa deve reservar um espaço para a colocação do selo do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (CREA), devendo conter ainda o nome dos responsáveis técnicos pela execução da obra e pelos projetos e serviços complementares. Algumas empresasoptam por iluminá-las, através de lâmpadas tipo fotocélula ou refletores.
13. Principais instalações de segurança
Escadas, rampas e passarelas: as madeiras a serem usadas para construção de escadas, rampas e passarelas devem ser de boa qualidade, sem apresentar nós e rachaduras que comprometam sua resistência, sendo proibido o uso de pintura que encubra imperfeições. As escadas de uso coletivo, rampas e passarelas para a circulação de pessoas e materiais devem ser de construção sólida e dotadas de corrimão e rodapé. A transposição de pisos com diferença de nível superior a 0,40m deve ser feita por meio de escadas ou rampas.
As escadas provisórias de uso coletivo devem ser dimensionadas em função do fluxo de trabalhadores, respeitando-se a largura mínima de 0,80m, devendo ter pelo menos a cada 2,90m de altura um patamar intermediário.
A escada de mão deve ter seu uso restrito para acessos provisórios e serviços de pequeno porte, poderão ter até 7m de extensão e o espaçamento entre os degraus deve ser uniforme, variando entre 0,25m a 0,30m. Rampas e passarelas: devem ser construídas e mantidas em perfeitas condições de uso e segurança. 
As rampas provisórias devem ser fixadas no piso inferior e superior, não ultrapassando 30° (trinta graus) de inclinação em relação ao piso. Nas rampas provisórias, com inclinação superior a 18° (dezoito graus), devem ser fixadas peças transversais, espaçadas em 0,40m no máximo, para apoio dos pés.  
As rampas provisórias usadas para trânsito de caminhões devem ter largura mínima de 4m e serfixadas em suas extremidades. 
Para as passarelas os apoios das extremidades devem ser dimensionados em função do comprimento total das mesmas e das cargas a que estarão submetidas.
Medidas de proteção contra quedas de altura
É obrigatória a instalação de proteção coletiva onde houver risco de queda de trabalhadores ou de projeção de materiais. 
A proteção contra quedas, quando constituída de anteparos rígidos, em sistema de guarda-corpo e rodapé deve atender aos seguintes requisitos:
a) ser construída com altura de 1,20m para o travessão superior e 0,70m para o travessão intermediário; 
b) ter rodapé com altura de 0,20m;
c) ter vãos entre travessas preenchidos com tela ou outro dispositivo que garanta o fechamento seguro da abertura.
Em todo perímetro da construção de edifícios com mais de 4 (quatro) pavimentos ou altura equivalente, é obrigatória a instalação de uma plataforma principal de proteção na altura da primeira laje que esteja, no mínimo, um pé-direito acima do nível do terreno. Essa plataforma deve ter, no mínimo, 2,50m de projeção horizontal da face externa da construção e 1 (um) complemento de 0,80m de extensão, com inclinação de 45°, a partir de sua extremidade. 
A plataforma deve ser instalada logo após a concretagem da laje a que se refere e retirada, somente, quando o revestimento externo do prédio acima dessa plataforma estiver concluído. Acima e a partir da plataforma principal de proteção, devem ser instaladas, também, plataformas secundárias de proteção, em balanço, de 3 (três) em 3 (três) lajes. Essasplataformas devem ter, no mínimo, 1,40m de balanço e um complemento de 0,80m de extensão, com inclinação de 45°, a partir de sua extremidade.
Telas devem constituir-se de uma barreira protetora contra projeção de materiais e ferramentas. Ser instalada entre as extremidades de 2 (duas) plataformas de proteção consecutivas, só podendo ser retirada quando a vedação da periferia, até a plataforma imediatamente superior, estiver concluída.
Os andaimes devem ser dimensionados e construídos de modo a suportar, com segurança, as cargas de trabalho a que estarão sujeitos. O piso de trabalho dos andaimes deve ter forração completa, antiderrapante, ser nivelado e fixado de modo seguro e resistente. Devem ser tomadas precauções especiais, quando da montagem, desmontagem e movimentação de andaimes próximos às redes elétricas. A madeira para confecção de andaimes deve ser de boa qualidade, seca, sem apresentar nós e rachaduras que comprometam a sua resistência, sendo proibido o uso de pintura que encubra imperfeições. Os andaimes devem dispor de sistema guarda-corpo e rodapé, inclusive nas cabeceiras, em todo o perímetro, com exceção do lado da face de trabalho. 
Andaimes Simplesmente Apoiados: os montantes dos andaimes devem ser apoiados em sapatas sobre base sólida capaz de resistir aos esforços solicitantes e às cargas transmitidas. 
A estrutura dos andaimes deve ser fixada à construção por meio de amarração e entroncamento, de modo a resistir aos esforços a que estará sujeita.As torres de andaimes não podem exceder, em altura, 4(quatro) vezes a menor dimensão da base de apoio, quando não estaiadas. 
Andaimes Móveis: os rodízios dos andaimes devem ser providos de travas, de modo a evitar deslocamentos acidentais. Os andaimes móveis somente poderão ser utilizados em superfícies planas. 
Andaimes em Balanço: os andaimes em balanço devem ter sistema de fixação à estrutura da edificação capaz de suportar 3 (três) vezes os esforços solicitantes. A estrutura do andaime deve ser convenientemente contraventada e ancorada, de tal forma a eliminar quaisquer oscilações. 
Andaimes Suspensos Mecânicos: os andaimes suspensos deverão ser dotados de placa de identificação, colocada em local visível, onde conste a carga máxima de trabalho permitida. Deve ser garantida a estabilidade dos andaimes suspensos durante todo o período de sua utilização, através de procedimentos operacionais e de dispositivos ou equipamentos específicos para tal fim. O trabalhador deve utilizar cinto de segurança tipo para-quedista, ligado ao trava-quedas de segurança este, ligado a cabo–guia fixado em estrutura independente da estrutura de fixação e sustentação do andaime suspenso. A sustentação dos andaimes suspensos deve ser feita por meio de vigas, afastadores ou outras estruturas metálicas de resistência equivalente a, no mínimo, três vezes o maior esforço solicitante.
Andaimes suspensos motorizados: na utilização de andaimes suspensos motorizados deverá ser observada a instalação dos seguintes dispositivos:
a) cabos de alimentação de dupla isolação; 
b) plugs/tomadas blindadas; 
c)aterramento elétrico; 
d) dispositivo Diferencial Residual;
O conjunto motor deve ser equipado com dispositivo mecânico de emergência, que acionará automaticamente em caso de pane elétrica de forma a manter a plataforma de trabalho parada em altura e, quando acionado, permitir a descida segura até o ponto de apoio inferior. Os andaimes motorizados devem ser dotados de dispositivos que impeçam sua movimentação, quando sua inclinação for superior a 15°(quinze graus), devendo permanecer nivelados no ponto de trabalho. O equipamento deve ser desligado e protegido quando fora de serviço.
14. Ambulatório
As frentes de trabalho com 50 (cinqüenta) ou mais trabalhadores devem ter um ambulatório.
Neste ambulatório, deve haver o material necessário à prestação dos primeiros socorros, conforme as características da atividade desenvolvida. Este material deve ser mantido guardado e aos cuidados de pessoa treinada para esse fim.
15.Elevador de carga
É proibido o transporte de pessoas nos elevadores de materiais. Deve ser fixada uma placa no interior do elevador de material, contendo a indicação de carga máxima e a proibição de transporte de pessoas. 
Os elevadores de materiais devem dispor de:
a) sistema de frenagem automática;
b) Sistema de segurança eletromecânica no limite superior, instalado a 2m (dois metros) abaixo da viga superior da torre;
c) sistema de trava de segurança para mantê-lo parado em altura, além do freio do motor;
d) Interruptor de corrente para que só se movimente com portas ou painéis fechados.
O elevador devecontar com dispositivo de tração na subida e descida, de modo a impedir a descida da cabina em queda livre. Devem ser dotados de botão, em cada pavimento, para acionar lâmpada ou campainha junto ao guincheiro, a fim de garantir comunicação única. Devem ser providos, nas laterais, de painéis fixos de contenção com altura em torno de 1m (um metro) e, nas demais faces, de portas ou painéis removíveis.
As dimensões em planta de 1,80 m x 2,30 m são as mais usuais para torres metálicas de elevadores de carga;
16. Disposição de entulho
Os Resíduos de construção e demolição, vulgarmente designados como entulho são os resíduos resultantes da construção ou demolição de um edifício, independentemente das suas características. O resíduo da construção civil é significativo no volume de resíduo das cidades.
É essencial uma gestão de resíduos (plano de gerenciamento de resíduos) durante a construção, onde os materiais são separados e encaminhados para reciclagem. Esta iniciativa reduz a produção de entulho a ser depositado em aterros.
Quando disposto em local inadequado, o entulho pode causar diversos problemas ambientais e de saúde pública, portanto o entulho deve ser depositado em local cadastrado pelo Município ou em aterros de reciclagem de apropriados. O entulho é considerado de responsabilidade daquele que o produziu. A disposição inadequada é considerada crime ambiental.
Segundo a Abrecon (Associação Brasileira para Reciclagem de Resíduos da Construção Civil e Demolição) há hoje no Brasil aproximadamente 130 usinas recicladoras deentulho, reciclando algo em torno de 280 mil m³.
Os resíduos da construção são classificados em 4 categorias: A, B, C e D.
* Classe A: alvenarias, concreto, argamassas e solos podem ser reutilizado na forma de agregados;
* Classe B: restos de madeira, metal, plástico e papel, papelão, [vidro]s - podem ser reutilizados no próprio canteiro de obra ou encaminhados para reciclagem;
* Classe C: resíduos sem tecnologia para reciclagem;
* Classe D: resíduos perigosos, tais como tintas, solventes, óleos e outros, ou aqueles contaminados oriundos de obras em clínicas radiológicas, hospitais, instalações industriais, etc.
17. Movimentação e armazenamento de materiais
Em uma obra o material não chega à obra somente na hora de ser utilizado. Por este motivo, ele deve ser armazenado, em lugares específicos para esta finalidade, dentro do canteiro de obras. Este armazenamento deve seguir algumas regras que estão estabelecidas na NR-18.
Apresentaremos agora algumas destas regras.
17.1. Dimensionamento das instalações
Neste item apresentamos algumas dimensões usualmente adotadas no dimensionamento das instalações de movimentação e armazenamento de materiais:
(a) elevador de carga: as dimensões em planta de 1,80 m x 2,30 m são as mais usuais para torres metálicas de elevadores de carga;
(b) baias de agregados: as baias devem ter largura igual ou pouco maior que a largura da caçamba do caminhão que descarrega o material, enquanto as outras dimensões (altura e comprimento) devem ser suficientes para a estocagem do volumecorrespondente à uma carga;
(c) estoques de cimento: a área necessária para estocagem deve ser estimada com base no orçamento e na programação da obra.
Normalmente a altura máxima da pilha é de 10 sacos. No caso de a obra durar menos de 15 dias, entretanto, a NBR 12655 permite pilhas com até 15 sacos;
(d) estoque de blocos: a área necessária deve ser estimada com base no orçamento e na programação da obra. A altura máxima da pilha deve ser de aproximadamente 1,40 m;
(e) caçamba tele-entulho: dimensões usuais em planta de caçambas tele-entulho são de 1,60 m x 2,65 m;
(f) portão de veículos: o portão deve ter largura e altura que permitam a passagem do maior veículo que entrará por ele na obra, no decorrer de todo o período de execução. Usualmente a largura de 4,00 m e a altura livre de 4,50 m são suficientes;
17.2. Definição do layout das áreas de armazenamento
O ideal é que o material seja armazenado no subsolo, deixando o térreo mais “limpo” para circulação de pessoas. Outro benefício do armazenamento do material no subsolo é que neste local existe maior proteção contra condições climáticas adversas.
O armazenamento de material no subsolo é feito através de aberturas na laje que liga o térreo ao subsolo. Para o material chegar ao subsolo são utilizadas calhas ou rampas metálicas, através das quais os sacos descem por gravidade até o nível do piso do subsolo.
17.3. Posto de produção de argamassa e concreto
O layout desta área geralmente envolve a definição do local da betoneira e dos estoques de areia,cimento, brita, cal e argamassa ensacada ou pré-misturada. É interessante que o posto situe-se nas proximidades do elevador de carga, tomando-se o cuidado de minimizar os cruzamentos de fluxo.
Também é importante que o posto de produção e o trajetobetoneira-elevador situem-se em áreas cobertas, sob a própria edificação ou sob telheiro construído especialmente para este fim.
17.4. Armazenamento de cimento e agregados
Para o devido armazenamento do cimento recomenda-se:
(a) deve ser colocado uma superfície de madeira com 20 mm de espessura elevada do solo em 30 cm sob o estoque para evitar a ascensão de umidade do piso;
(b) as pilhas devem estar a uma distância mínima de 0,30 m das paredes e 0,50 m do teto do depósito para evitar o contato com a umidade e permitir a circulação do ar;
(c) no caso de absoluta impossibilidade de dispor-se de locais abrigados, manter os sacos cobertos com lona impermeável e sobre estrado de madeira;
(d) as pilhas devem ter no máximo 10 sacos.
Os agregados miúdos e graúdos devem ser armazenados observando os seguintes critérios:
(a) as pilhas de agregados devem ter altura até 1,5 m, a fim de reduzir o gradiente de umidade das mesmas;
(b) caso as baias não se localizem sobre uma laje, deve ser construído um fundo cimentado para evitar a contaminação do estoque pelo solo;
(c) deve ser providenciada uma drenagem das baias para minimizar o problema de variação de umidade do agregado.
17.5. Armazenamento de blocos e tijolos
A armazenagem de blocos e tijolos nos canteiros deve seguir asseguintes recomendações:
(a) os blocos e tijolos devem ser separados por tipo;
(b) as pilhas devem possuir no máximo 1,40 m de altura;
(c) o estoque deve estar situado em local coberto ou então possuir cobertura com lona plástica, a fim de diminuir as variações dimensionais dos materiais;
(d) os materiais devem ser descarregados o mais próximo possível do local de uso, ou o mais próximo possível do equipamento de transporte vertical.
17.6. Armazenamento de aço e armaduras
O tempo e local de armazenamento de aço e armaduras varia de acordo com a agressividade do meio em que a obra ocorre.
Em meios fortemente agressivos, como as regiões marinhas ou industriais, o aço deve ser armazenado pelo menor tempo possível, procurando-se receber lotes de aço com mais freqüência e em menor quantidade. Nestes meios o aço deve estar em galpões e coberto com lona plástica.
Em meios medianamente agressivos, como as regiões de umidade relativa do ar média ou alta, as barras de aço devem ser cobertas por lona plástica e situarem-se sobre travessas de madeira, distando 30 cm do solo, que deve estar livre de vegetação ou coberto por uma camada de pedra britada.
Nos meios fracamente agressivos, como as regiões de baixa umidade relativa do ar, as condições de armazenamento são as mesmas da situação anterior, com exceção da distância das barras em relação ao solo, que deve ser no mínimo de 20 cm.
Entretanto, independente da agressividade do meio, os seguintes cuidados adicionais devem ser tomados:
(a) as barras devem ser separadas em compartimentosconforme o diâmetro, com a respectiva identificação do diâmetro estocado em cada compartimento;
(b) o aço já cortado e/ou dobrado requer maior rigor quanto às medidas de proteção, devido ao rompimento da película protetora do mesmo;
17.7. Armazenamento de tubos de PVC
O armazenamento dos tubos de PVC deve atender as seguintes recomendações:
(a) os tubos devem preferencialmente ser armazenados no almoxarifado em armários que permitam separação entre as diferentes bitolas. Neste caso, ao dimensionar o almoxarifado, deve ser lembrado que os tubos de PVC podem ter comprimento máximo de 6,0 m;
(b) caso o armário esteja fora do almoxarifado, o mesmo deve situar-se em local livre da ação direta do sol ou então possuir cobertura com lona;
17.8. Disposição do entulho
É inevitável que na obra haja entulho. Sendo assim, são necessários alguns procedimentos para transporte e armazenamento deste. 
Em relação ao transporte, a situação ideal é a descarga através de tubos coletores, evitando, desta forma, desperdício de mão-de-obra e equipamentos para sua movimentação. De acordo com a NR-18, os tubos coletores devem ser de material resistente (como madeira, plástico ou metal), com inclinação máxima de 45º e fixadas à edificação em todos os pavimentos.
Em relação ao depósito do entulho, deve existir um local específico para tal fim, seja uma caçamba basculante ou uma baia semelhante às baias de armazenamento de agregados. O depósito deve situar-se próximo ao local de descarga do entulho, ou seja, junto à saída do tubo coletor oupróximo ao elevador de carga, e em local que permita o acesso do caminhão de coleta.
Devem ser construídos depósitos separados para o entulho de materiais e para o lixo orgânico, tendo em vista a coleta de lixo seletivo e seu possível reaproveitamento. Neste sentido, recomenda-se também a disposição separada para o entulho reaproveitável e para o entulho não reaproveitável.
19. Conclusão
Por meio deste apresentamos os serviços preliminares necessários para a execução de uma construção civil. Especificando desde o projeto do canteiro de obra até o inicio de execução da mesma. Apresentando áreas necessárias para que o canteiro seja realizado de forma a receber os materiais de construção e os funcionários de acordo com as normas técnicas. Mantendo o foco na execução de cada área, ou cada serviço de forma a estabelecer relação com a segurança no trabalho.
20. Bibliografia 
* NR-18, que diz respeito a Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção
* http://pcc2435.pcc.usp.br/textos%20t%E9cnicos/Servi%E7os%20preliminares/servi%E7os%20preliminares%20texto.PDF
* http://www.fundacentro.gov.br/ARQUIVOS/PUBLICACAO/l/rtp2.pdf
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* http://www.econocenter.com.br/reciclagem/entulho.htm
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* http://sobes.org.br/site/wp-content/uploads/2009/08/canteiro.pdf

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