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Caderno Sistematizado de Processo Penal Parte III

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2018.1 
 
 
 
 
CS – PROCESSO PENAL III 1 
 
Processo Penal – Parte III 
I. PROCEDIMENTOS ............................................................................................................... 13 
1. DIREITO INTERTEMPORAL ................................................................................................. 13 
1.1. REGRA DO DIREITO PENAL ......................................................................................... 13 
1.2. REGRA DO DIREITO PROCESSUAL ............................................................................ 13 
1.2.1. Norma genuinamente processual ............................................................................ 13 
1.2.2. Norma processual material ...................................................................................... 13 
1.3. CASUÍSTICA .................................................................................................................. 14 
1.3.1. Alteração do art. 366 pela lei nº 9.271/96 (vigência: dia 16/06/96 – 60 dias após a 
publicação) ............................................................................................................................ 14 
1.3.2. Extinção do “protesto por novo júri” (art. 4º da lei 11.689/08, vigência: 09/08/08) .... 14 
1.3.3. Alteração do recurso cabível da decisão de impronúncia da lei 11.689 (09/08/08). 
RESE  apelação (questão da magistratura) ........................................................................ 15 
2. SISTEMAS DE APLICAÇÃO DE NOVA LEI PROCESSUAL ................................................. 15 
3. PROCEDIMENTO COMUM ................................................................................................... 16 
3.1. CLASSIFICAÇÃO DO PROCEDIMENTO COMUM (art. 394) ......................................... 16 
3.2. ALGUMAS QUESTÕES RELEVANTES ......................................................................... 17 
3.2.1. Concurso de crimes ................................................................................................. 17 
3.2.2. Qualificadoras .......................................................................................................... 17 
3.2.3. Causas de aumento e de diminuição de pena ......................................................... 17 
3.2.4. Agravantes/atenuantes ............................................................................................ 17 
3.2.5. Prioridade de tramitação (art. 394-A) ....................................................................... 17 
3.3. PROCEDIMENTO NO CASO DE CRIMES CONEXOS SUBMETIDOS A 
PROCEDIMENTOS DIVERSOS ............................................................................................... 18 
3.3.1. Júri X Procedimento ordinário .................................................................................. 18 
3.3.2. Roubo (procedimento ordinário) X Tráfico (procedimento especial) ......................... 18 
3.4. DO PROCEDIMENTO COMUM ORDINÁRIO: VISÃO GERAL ....................................... 18 
3.4.1. Comparativo ............................................................................................................ 18 
3.4.2. Fluxograma do procedimento Ordinário/Sumário ..................................................... 19 
4. ANÁLISE DO NOVO PROCEDIMENTO COMUM ORDINÁRIO ............................................ 20 
4.1. OFERECIMENTO DA PEÇA ACUSATÓRIA .................................................................. 20 
4.1.1. Número de testemunhas: 08. ................................................................................... 20 
4.1.2. Início do processo: ................................................................................................... 20 
4.2. REJEIÇÃO DA PEÇA ACUSATÓRIA ............................................................................. 21 
4.2.1. Inépcia da peça acusatória ...................................................................................... 21 
4.2.2. Pressupostos processuais (doutrina clássica) ......................................................... 22 
4.2.3. Condições da ação (doutrina clássica) .................................................................... 22 
 
 
CS – PROCESSO PENAL III 2 
 
4.2.4. Condições da ação penal (doutrina moderna) ......................................................... 22 
4.2.5. Justa causa ............................................................................................................. 22 
4.2.6. “Rejeição” X “Não recebimento” ............................................................................... 23 
4.3. RECEBIMENTO DA PEÇA ACUSATÓRIA ..................................................................... 24 
4.3.1. Resposta à acusação x Defesa preliminar ............................................................... 24 
4.3.2. Momento do recebimento da peça acusatória ......................................................... 26 
4.3.3. Fundamentação do recebimento ............................................................................. 27 
4.3.4. Recurso ................................................................................................................... 27 
4.3.5. Recebimento ou rejeição da denúncia: in dubio pro societate? ................................ 27 
4.4. CITAÇÃO DO ACUSADO ............................................................................................... 28 
4.4.1. Conceito .................................................................................................................. 28 
4.4.2. Formas de citação ................................................................................................... 28 
4.4.3. 1ª Exceção à citação pessoal: citação por edital ...................................................... 29 
4.4.4. 2ª Exceção à citação pessoal: citação por hora certa .............................................. 32 
4.5. FORMAÇÃO DO PROCESSO ........................................................................................ 34 
4.6. RESPOSTA À ACUSAÇÃO (art. 396-A) ......................................................................... 34 
4.6.1. Previsão legal .......................................................................................................... 35 
4.6.2. Resposta à acusação ≠ “DEFESA PRÉVIA” ............................................................ 35 
4.6.3. Resposta à acusação ≠ “DEFESA PRELIMINAR OU RESPOSTA PRELIMINAR” .. 35 
4.6.4. Obrigatoriedade da resposta à acusação ................................................................ 36 
4.6.5. Prazo ....................................................................................................................... 36 
4.6.6. Nomeação de advogado dativo ............................................................................... 37 
4.6.7. Abandono do processo pelo advogado .................................................................... 37 
4.7. OITIVA DO MP ............................................................................................................... 37 
4.8. ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA (art. 397) ................................................................................ 37 
4.8.1. Introdução ................................................................................................................ 38 
4.8.2. Hipóteses de absolvição sumária no procedimento comum ..................................... 38 
4.8.3. Hipóteses de absolvição sumária no procedimento do júri (art. 415) ....................... 39 
4.8.4. Coisa Julgada e Recurso Cabível na absolvição sumária ........................................ 40 
4.9. DESIGNAÇÃO DE AUDIÊNCIA UNA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO (art. 399 e 400)
 41 
4.9.1. Designação ..............................................................................................................41 
4.9.2. Prazo ....................................................................................................................... 41 
4.9.3. Suspensão condicional do processo (Lei 9.099/95, art. 89) ..................................... 41 
4.9.4. Princípio da oralidade .............................................................................................. 42 
4.9.5. Direito de defesa ...................................................................................................... 43 
 
 
CS – PROCESSO PENAL III 3 
 
4.10. ORDEM DOS ATOS PROCESSUAIS NA AUDIÊNCIA UNA (ART. 400 E SEGUINTES)
 44 
4.10.1. (1) Oitiva do ofendido (art. 201 do CPP): ................................................................. 45 
4.10.2. (2) (3) Inquirição de testemunhas de acusação e de defesa, NESTA ORDEM: ....... 45 
4.10.3. (4) Esclarecimentos dos peritos ............................................................................... 49 
4.10.4. (5) Acareações ........................................................................................................ 49 
4.10.5. (6) Reconhecimento de pessoas e coisas ................................................................ 50 
4.10.6. (7) Interrogatório do acusado ................................................................................... 50 
4.11. FASE DE DILIGÊNCIAS (ART. 402) ........................................................................... 51 
4.12. ALEGAÇÕES FINAIS ORAIS E MEMORIAIS ............................................................. 51 
4.12.1. Histórico .................................................................................................................. 51 
4.12.2. Cabimento das alegações orais (art. 403) ................................................................ 51 
4.12.3. Exceção às alegações orais: memoriais .................................................................. 52 
4.13. PROLAÇÃO DA SENTENÇA ...................................................................................... 53 
4.13.1. Sucessão de atos .................................................................................................... 53 
4.13.2. Emendatio e Mutatio Libelli ...................................................................................... 53 
4.13.3. “Emendatio Libelli” ................................................................................................... 54 
4.13.4. “Mutatio Libelli” ........................................................................................................ 56 
4.13.5. Fato novo x fato diverso e a mutatio libelli ............................................................... 61 
4.13.6. Imputação alternativa (Afrânio Silva Jardim) ............................................................ 63 
4.14. INDENIZAÇÃO CIVIL NA SENTENÇA ........................................................................ 65 
4.14.1. Disposições legais ................................................................................................... 65 
4.14.2. Fixação em capítulo próprio ..................................................................................... 66 
4.14.3. Interesse recursal em recorrer desta decisão .......................................................... 66 
4.14.4. Necessidade de pedido expresso ............................................................................ 67 
4.14.5. Prova do prejuízo ..................................................................................................... 67 
4.14.6. Falta de obrigatoriedade .......................................................................................... 67 
4.14.7. Danos morais .......................................................................................................... 68 
4.14.8. Cumulação de instâncias ......................................................................................... 68 
4.15. DECISÃO FUNDAMENTADA SOBRE MANUTENÇÃO OU IMPOSIÇÃO DE PRISÃO 
PREVENTIVA OU OUTRA MEDIDA CAUTELAR ..................................................................... 68 
4.16. ANTECIPAÇÃO DA DETRAÇÃO PARA A SENTENÇA CONDENATÓRIA: 
INCIDÊNCIA DA LEI 12.736/12 ................................................................................................. 69 
4.16.1. Lembrando o que é detração penal ......................................................................... 69 
4.16.2. Qual é o juízo responsável por realizar a detração? ................................................ 69 
4.16.3. O que a nova Lei trouxe sobre o tema? ................................................................... 70 
4.16.4. Qual a intenção da inovação legislativa? ................................................................. 70 
 
 
CS – PROCESSO PENAL III 4 
 
4.16.5. O juízo das execuções penais ainda pode continuar fazendo detração? ................. 71 
4.16.6. Quadro comparativo ................................................................................................ 71 
4.16.7. Com essa nova previsão legal, pode-se dizer que foi inserida uma nova fase no 
critério trifásico de dosimetria da pena? ................................................................................. 71 
4.16.8. Para fins de prescrição pela pena em concreto (retroativa, superveniente e 
executória), deverá ser considerado o total da reprimenda fixada na dosimetria ou a pena 
reduzida pela detração? ........................................................................................................ 72 
4.16.9. Vacatio legis ............................................................................................................ 72 
4.17. PROCEDIMENTOS: DIFERENÇAS BÁSICAS ENTRE COMUM ORDINÁRIO # 
COMUM SUMÁRIO ................................................................................................................... 72 
II. TRIBUNAL DO JÚRI. ............................................................................................................. 74 
1. ORIGEM DO TRIBUNAL DO JÚRI ........................................................................................ 74 
2. PREVISÃO CONSTITUCIONAL ............................................................................................ 74 
3. COMPOSIÇÃO DO TRIBUNAL DO JÚRI (art. 447 CPP) ....................................................... 75 
4. GARANTIAS CONSTITUCIONAIS DO TRIBUNAL DO JÚRI (art. 5º, XXXVIII CF) ................ 75 
4.1. PLENITUDE DE DEFESA............................................................................................... 75 
4.1.1. Plenitude X Ampla defesa ........................................................................................ 75 
4.2. SIGILO DAS VOTAÇÕES ............................................................................................... 76 
4.2.1. Sala especial para as votações ............................................................................... 77 
4.2.2. Incomunicabilidade dos jurados ............................................................................... 77 
4.2.3. Consequência da violação à incomunicabilidade ..................................................... 78 
4.3. SOBERANIA DOS VEREDICTOS .................................................................................. 78 
4.3.1. Possibilidade de interposição de apelação contra a decisão do júri (art. 593, III do 
CPP). 79 
4.3.2. Possibilidade de Revisão Criminal contra decisão do Júri ....................................... 80 
4.4. COMPETÊNCIA PARA O JULGAMENTO DOS CRIMES DOLOSOS CONTRA VIDA ... 81 
4.4.1. Crimes dolosos contra a vida: competência mínima ................................................ 82 
4.4.2. Delitos envolvendo a morte dolosa de pessoa que NÃO são julgados pelo júri ....... 82 
5. ORGANIZAÇÃODO JÚRI ..................................................................................................... 82 
5.1. JURADO ......................................................................................................................... 83 
5.1.1. Requisitos para ser jurado ....................................................................................... 83 
5.2. ISENTOS DO SERVIÇO DO JÚRI (ART. 437) ............................................................... 83 
5.3. RECUSA INJUSTIFICADA ............................................................................................. 84 
5.4. ESCUSA DE CONSCIÊNCIA ......................................................................................... 84 
5.5. SUSPEIÇÃO/IMPEDIMENTO/INCOMPATIBILIDADE DE JURADOS (ART. 448 DO CPP)
 84 
5.5.1. Previsão legal .......................................................................................................... 85 
 
 
CS – PROCESSO PENAL III 5 
 
5.5.2. Consequência da atuação de jurados impedidos/suspeitos/incompatíveis no mesmo 
Conselho (art. 448) ................................................................................................................ 85 
5.6. “JURADO PROFISSIONAL” ........................................................................................... 85 
5.7. BENEFÍCIOS DO EFETIVO EXERCÍCIO DA FUNÇÃO DE JURADO (ARTS. 439 A 441)
 86 
6. PROCEDIMENTO DO JÚRI .................................................................................................. 86 
7. JUDICIUM ACUSACIONIS - SUMÁRIO DA CULPA .............................................................. 87 
7.1. PROCEDIMENTO .......................................................................................................... 87 
7.1.1. Oferecimento da denúncia/queixa ........................................................................... 87 
7.2. AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO ........................................................................................ 88 
7.3. JUNTADA DE DOCUMENTOS ....................................................................................... 89 
7.4. NÃO HÁ PREVISÃO EXPRESSA DE REQUERIMENTO DE DILIGÊNCIAS .................. 89 
7.5. APLICA-SE O PRINCÍPIO DA IDENTIDADE FÍSICA DO JUIZ (ART. 399, PARÁGRAFO 
2º). 89 
7.6. ALEGAÇÕES ORAIS ...................................................................................................... 89 
7.7. PRAZO PARA CONCLUSÃO DO PROCEDIMENTO: 90 DIAS. ..................................... 90 
7.8. IMPRONÚNCIA (art. 414) ............................................................................................... 90 
7.8.1. Previsão legal .......................................................................................................... 90 
7.8.2. Coisa julgada ........................................................................................................... 91 
7.8.3. Coisa julgada X Impronúncia ................................................................................... 91 
7.8.4. Crime conexo .......................................................................................................... 92 
7.8.5. Despronúncia .......................................................................................................... 92 
7.8.6. Recurso da impronúncia .......................................................................................... 92 
7.9. DESCLASSIFICAÇÃO DO DELITO (ART. 419) .............................................................. 93 
7.9.1. Previsão legal .......................................................................................................... 93 
7.9.2. Conceito .................................................................................................................. 93 
7.9.3. Natureza jurídica ...................................................................................................... 93 
7.9.4. Remessa dos autos ao juízo competente ................................................................ 93 
7.9.5. Nova capitulação ..................................................................................................... 94 
7.9.6. Crime conexo .......................................................................................................... 94 
7.9.7. Recurso cabível contra a desclassificação ............................................................... 94 
7.9.8. Conflito de competência .......................................................................................... 95 
7.10. ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA NO JÚRI (ART. 415) ........................................................... 95 
7.10.1. Previsão legal .......................................................................................................... 95 
7.10.2. Natureza Jurídica ..................................................................................................... 96 
7.10.3. Hipóteses de absolvição sumária ............................................................................ 96 
7.10.4. Crime conexo não doloso contra a vida ................................................................... 97 
 
 
CS – PROCESSO PENAL III 6 
 
7.10.5. Recurso cabível contra a absolvição sumária: Apelação. ........................................ 97 
7.11. PRONÚNCIA ............................................................................................................... 98 
7.11.1. Previsão legal .......................................................................................................... 98 
7.11.2. Natureza jurídica ...................................................................................................... 98 
7.11.3. In dubio pro reo X In dubio pro societate ................................................................. 98 
7.11.4. Fundamentação ..................................................................................................... 100 
7.11.5. Emendatio e mutatio libelli ..................................................................................... 100 
7.11.6. Conteúdo da decisão de pronúncia (CPP, art. 413, §1º) ........................................ 101 
7.11.7. Crime conexo não doloso contra a vida ................................................................. 101 
7.11.8. Elementos probatórios em relação a terceiros (art. 417) ........................................ 101 
7.11.9. Efeitos da pronúncia .............................................................................................. 102 
7.11.10. Recurso cabível da decisão de pronúncia .......................................................... 104 
7.11.11. Intimação da pessoa do acusado da decisão de pronúncia (art. 420) ................ 105 
7.12. DESAFORAMENTO (CPP, art. 427) ......................................................................... 105 
7.12.1. Previsão legal ........................................................................................................ 105 
7.12.2. Conceito ................................................................................................................ 106 
7.12.3. Legitimidade .......................................................................................................... 106 
7.12.4. Momento................................................................................................................ 106 
7.12.5. Motivos .................................................................................................................. 107 
7.12.6. Crimes conexos e coautores .................................................................................. 108 
7.12.7. Deslocamento da competência .............................................................................. 108 
7.12.8. Tramitação do pedido eEfeito suspensivo............................................................. 108 
7.12.9. Recurso cabível ..................................................................................................... 108 
7.12.10. Reiteração do pedido ......................................................................................... 109 
7.12.11. Reaforamento .................................................................................................... 109 
7.13. PREPARAÇÃO DO PROCESSO PARA JULGAMENTO EM PLENÁRIO ................. 109 
7.13.1. Início ...................................................................................................................... 109 
7.13.2. Assistente de acusação e rol de testemunhas (não há previsão) ........................... 110 
7.13.3. Ordenamento do processo (art. 422) ..................................................................... 110 
7.13.4. Organização da pauta de julgamento em plenário (art. 429) .................................. 111 
7.13.5. Habilitação do assistente para atuar em plenário ................................................... 111 
7.14. ABERTURA DA SESSÃO DE JULGAMENTO (art. 462 e seguintes) ........................ 111 
7.14.1. Verificação de Ausências injustificadas ................................................................. 111 
7.14.2. Verificação da presença de pelo menos 15 jurados (dos 25 sorteados) ................ 114 
7.15. PREPARAÇÃO PARA A FORMAÇÃO DO CONSELHO DE SENTENÇA ................. 115 
7.16. INSTRUÇÃO EM PLENÁRIO .................................................................................... 118 
 
 
CS – PROCESSO PENAL III 7 
 
7.16.1. Leitura de peças .................................................................................................... 118 
7.16.2. Ordem dos atos processuais ................................................................................. 119 
7.16.3. Uso de algemas ..................................................................................................... 120 
7.17. DEBATES NO PLENÁRIO DO JÚRI (CPP, art. 476) ................................................. 120 
7.17.1. Direito ao aparte (art. 497, XII) ............................................................................... 122 
7.17.2. Argumento de autoridade (art. 478) ....................................................................... 122 
7.17.3. Exibição de documentos e/ou objetos e sua utilização no plenário do júri ............. 123 
7.17.4. Inovação da tese no momento da tréplica.............................................................. 124 
7.17.5. Reinquirição de testemunhas nos debates ............................................................ 124 
7.17.6. Posição ocupada pelo MP em plenário .................................................................. 125 
7.17.7. Dissolução do Conselho de Sentença ................................................................... 125 
7.17.8. Sociedade indefesa ............................................................................................... 126 
7.18. QUESITAÇÃO ........................................................................................................... 126 
7.18.1. Sistema de quesitação adotado pelo Brasil ........................................................... 126 
7.18.2. Formulação dos quesitos ....................................................................................... 127 
7.18.3. Leitura e Impugnação aos quesitos (art. 484) ........................................................ 127 
7.18.4. Ordem dos quesitos (CPP, art. 483) ...................................................................... 127 
7.18.5. Casuística. Exemplo de quesitação: homicídio ...................................................... 128 
7.18.6. Falso testemunho em plenário ............................................................................... 133 
7.18.7. Desclassificação própria e desclassificação imprópria ........................................... 133 
7.18.8. Desclassificação e crime conexo ........................................................................... 134 
7.18.9. Sentença no Tribunal do Júri ................................................................................. 134 
III. NULIDADES ..................................................................................................................... 136 
1. ESPÉCIES DE IRREGULARIDADES .................................................................................. 136 
1.1. IRREGULARIDADES SEM CONSEQUÊNCIAS ........................................................... 136 
1.2. IRREGULARIDADES QUE ACARRETAM SANÇÕES EXTRAPROCESSUAIS ........... 136 
1.3. IRREGULARIDADES QUE ACARRETAM A INVALIDAÇÃO DO ATO PROCESSUAL 136 
1.4. IRREGULARIDADES QUE ACARRETAM A INEXISTÊNCIA JURÍDICA ...................... 137 
2. ESPÉCIES DE ATOS PROCESSUAIS ................................................................................ 137 
2.1. ATOS PERFEITOS ....................................................................................................... 138 
2.2. ATOS MERAMENTE IRREGULARES .......................................................................... 138 
2.3. ATOS NULOS............................................................................................................... 138 
2.4. ATOS INEXISTENTES ................................................................................................. 138 
3. CONCEITO DE NULIDADE ................................................................................................. 138 
4. ESPÉCIES DE NULIDADE: NULIDADE ABSOLUTA E NULIDADE RELATIVA .................. 139 
5. ROL DE NULIDADES .......................................................................................................... 139 
 
 
CS – PROCESSO PENAL III 8 
 
6. SANATÓRIA DAS NULIDADES RELATIVAS ...................................................................... 140 
7. MOMENTO DE ARGUIÇÃO DAS NULIDADES RELATIVAS .............................................. 141 
8. “ANULABILIDADES” ............................................................................................................ 142 
9. PRINCÍPIOS ........................................................................................................................ 142 
9.1. PRINCÍPIO DA TIPICIDADE DAS FORMAS ................................................................ 143 
9.2. PRINCÍPIO DA INSTRUMENTALIDADE DAS FORMAS .............................................. 143 
9.3. PRINCÍPIO DO PREJUÍZO (‘PAS DE NULITE SANS GRIEF’) ..................................... 143 
9.4. PRINCÍPIO DA EFICÁCIA DOS ATOS PROCESSUAIS .............................................. 145 
9.5. PRINCÍPIO DA RESTRIÇÃO PROCESSUAL À DECRETAÇÃO DA INEFICÁCIA ....... 145 
9.6. PRINCÍPIO DA CAUSALIDADE OU DA CONSEQUENCIALIDADE ............................. 146 
9.7. PRINCÍPIO DA CONSERVAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS ................................... 146 
9.8. PRINCÍPIO DO INTERESSE ........................................................................................ 146 
9.9. PRINCÍPIO DA LEALDADE .......................................................................................... 147 
9.10. PRINCÍPIO DA CONVALIDAÇÃO ............................................................................. 147 
10. RECONHECIMENTO DE NULIDADES NA 1ª E 2ª INSTÂNCIA ...................................... 148 
11. SÚMULAS RELATIVAS A NULIDADES ........................................................................... 149 
IV. SENTENÇA PENAL ......................................................................................................... 152 
1. ESPÉCIES DE ATOS JURISDICIONAIS .............................................................................152 
1.1. DESPACHO ................................................................................................................. 152 
1.2. DECISÃO INTERLOCUTÓRIA ..................................................................................... 152 
1.3. SENTENÇA .................................................................................................................. 153 
2. CLASSIFICAÇÃO DAS SENTENÇAS PENAIS ................................................................... 153 
2.1. SENTENÇA SIMPLES .................................................................................................. 154 
2.2. SENTENÇA SUBJETIVAMENTE PLÚRIMA ................................................................. 154 
2.3. SENTENÇA SUBJETIVAMENTE COMPLEXA ............................................................. 154 
2.4. SENTENÇA MATERIAL ............................................................................................... 154 
2.5. SENTENÇA FORMAL .................................................................................................. 154 
2.6. SENTENÇA AUTOFÁGICA OU DE EFEITO AUTOFÁGICO ........................................ 154 
2.7. SENTENÇA BRANCA .................................................................................................. 154 
2.8. SENTENÇA VAZIA ....................................................................................................... 155 
2.9. SENTENÇA SUICIDA ................................................................................................... 155 
3. REQUISITOS DA SENTENÇA............................................................................................. 155 
4. NATUREZA JURÍDICA DA SENTENÇA .............................................................................. 155 
5. PUBLICAÇÃO E RETRATAÇÃO DA SENTENÇA ............................................................... 156 
5.1. FORMAS DE PUBLICAÇÃO DA SENTENÇA............................................................... 156 
5.2. INTIMAÇÃO DA SENTENÇA ........................................................................................ 156 
 
 
CS – PROCESSO PENAL III 9 
 
5.3. PRINCÍPIO DA IMODIFICABILIDADE DA SENTENÇA ................................................ 157 
6. COISA JULGADA ................................................................................................................ 158 
6.1. COISA JULGADA FORMAL E MATERIAL ................................................................... 158 
6.2. EFEITOS DA COISA JULGADA ................................................................................... 159 
7. RELATIVIZAÇÃO DA COISA JULGADA CRIMINAL ............................................................ 159 
8. LIMITES OBJETIVOS DA COISA JULGADA ....................................................................... 160 
8.1. CONCEITO ................................................................................................................... 160 
8.2. SITUAÇÕES PECULIARES .......................................................................................... 160 
9. LIMITES SUBJETIVOS DA COISA JULGADA ..................................................................... 162 
V. TEORIA GERAL DOS RECURSOS_5 ................................................................................. 163 
1. CONCEITO .......................................................................................................................... 163 
2. FUNDAMENTOS ................................................................................................................. 163 
2.1. FALIBILIDADE HUMANA ............................................................................................. 163 
2.2. INCONFORMISMO DAS PESSOAS ............................................................................ 163 
2.3. DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO .................................................................................. 163 
3. PRESSUPOSTOS OU REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADE RECURSAL. ........................ 164 
3.1. CONSIDERAÇÕES ...................................................................................................... 164 
3.2. CONSIDERAÇÕES QUANTO A COMPETÊNCIA PARA O JULGAMENTO DA REVISÃO 
CRIMINAL ............................................................................................................................... 165 
3.3. PRESSUPOSTOS DA ADMISSIBILIDADE RECURSAL DE NATUREZA OBJETIVA ... 166 
3.3.1. Cabimento ............................................................................................................. 166 
3.3.2. Adequação ............................................................................................................ 166 
3.3.3. Tempestividade ..................................................................................................... 167 
3.3.4. Inexistência de fato impeditivo ............................................................................... 170 
3.3.5. Inexistência de fato extintivo .................................................................................. 171 
3.4. PRESSUPOSTOS DA ADMISSIBILIDADE RECURSAL DE NATUREZA SUBJETIVA 172 
3.4.1. Legitimidade recursal ............................................................................................. 172 
3.4.2. Interesse Recursal ................................................................................................. 174 
4. EFEITOS DOS RECURSOS ................................................................................................ 175 
4.1. EFEITO DEVOLUTIVO ................................................................................................. 175 
Súmula 713 do STF: “o efeito devolutivo da apelação contra decisões do júri é adstrito aos 
fundamentos da sua interposição”. ............................................................................................. 175 
4.2. EFEITO SUSPENSIVO ................................................................................................. 175 
4.3. EFEITO REGRESSIVO/DIFERIDO/ITERATIVO ........................................................... 176 
4.4. EFEITO EXTENSIVO (SUBJETIVO) ............................................................................ 177 
4.5. EFEITO SUBSTITUTIVO .............................................................................................. 177 
 
 
CS – PROCESSO PENAL III 10 
 
5. PRINCÍPIOS DOS RECURSOS .......................................................................................... 178 
5.1. PRINCÍPIO DA VOLUNTARIEDADE DOS RECURSOS .............................................. 178 
5.1.1. Recurso de ofício (Reexame necessário) .............................................................. 178 
SÚMULA 423 DO STF “Não transita em julgado a sentença que houver omitido o recurso ex 
oficio, que se considera interposto ex lege”. ............................................................................... 178 
5.2. PRINCÍPIO DA DISPONIBILIDADE DOS RECURSOS ................................................ 179 
5.3. PRINCÍPIO DA PERSONALIDADE DOS RECURSOS x PRINCÍPIO DO BENEFÍCIO 
COMUM .................................................................................................................................. 179 
5.4. PRINCÍPIO DA UNIRRECORRIBILIDADE/SINGULARIDADE/UNICIDADE ................. 180 
5.5. PRINCÍPIO DA VARIABILIDADE DOS RECURSOS X PRINCÍPIO DA 
SUPLEMENTAÇÃO ................................................................................................................ 180 
5.6. PRINCÍPIO DA COMPLEMENTARIEDADE DOS RECURSOS .................................... 180 
5.7. PRINCÍPIO DA DIALETICIDADE DOS RECURSOS .................................................... 181 
5.7.1. Sustentação oral e art.610, parágrafo único do CPP ............................................ 181 
5.8. PRINCÍPIO DA ‘NON REFORMATIO IN PEJUS’ .......................................................... 182 
5.8.1. ‘Non reformatio in pejus’ indireta ............................................................................ 182 
5.8.2. “Non reformatio in pejus” indireta X incompetência absoluta do juízo .................... 182 
5.8.3. “Non reformatio in pejus” indireta X Soberania dos Veredictos .............................. 182 
5.8.4. Casuística .............................................................................................................. 183 
5.9. PRINCÍPIO DA REFORMATIO IN MELLIUS ................................................................ 184 
10. DIREITO INTERTEMPORAL E RECURSOS ................................................................... 184 
VI. RECURSOS EM ESPÉCIE .............................................................................................. 185 
1. ESQUEMA ........................................................................................................................... 185 
1.1. ONDE COMEÇAR ........................................................................................................ 185 
1.1.1. Inquirições a se fazer na prova .............................................................................. 185 
1.2. INTERPOSIÇÃO/RAZÕES ........................................................................................... 185 
1.2.1. Interposição ........................................................................................................... 185 
1.2.2. Razões .................................................................................................................. 186 
1.3. RESUMO ...................................................................................................................... 187 
2. CARTA TESTEMUNHÁVEL ................................................................................................ 188 
2.1. PRAZO ......................................................................................................................... 188 
2.2. PREVISÃO LEGAL ....................................................................................................... 188 
3. RECURSO EM SENTIDO ESTRITO (CPP, art. 581) ........................................................... 189 
3.1. PRAZO ......................................................................................................................... 189 
3.2. CABIMENTO ................................................................................................................ 189 
3.2.1. Rol de decisões interlocutórias do art. 581 do CPP ............................................... 190 
3.3. RESE DO CTB, ART. 294 ............................................................................................ 190 
 
 
CS – PROCESSO PENAL III 11 
 
3.4. DECISÕES INTERLOCUTÓRIAS ................................................................................. 191 
3.5. ROL DO ART. 581 E INTERPRETAÇÃO EXTENSIVA ................................................. 191 
3.6. MOMENTO DA DECISÃO E CABIMENTO DO RESE .................................................. 191 
3.7. RESE “PRO ET CONTRA” E RESE “SECUNDUM EVENTUM LITIS” .......................... 191 
4. APELAÇÃO ......................................................................................................................... 192 
4.1. CONCEITO ................................................................................................................... 192 
4.2. PRAZO ......................................................................................................................... 192 
4.3. HIPÓTESES DE CABIMENTO ..................................................................................... 192 
4.3.1. Lei 9.099/95 ........................................................................................................... 192 
4.3.2. CPP, art. 416 (Procedimento do júri, 1ª fase - antes era RESE) ............................ 193 
4.3.3. CPP art. 397. Absolvição sumária no procedimento comum .................................. 193 
4.3.4. CPP, art. 593. ........................................................................................................ 193 
4.4. PROCEDIMENTO DA APELAÇÃO ............................................................................... 196 
4.4.1. Apelação ordinária X Apelação Sumária ................................................................ 196 
4.4.2. Sustentação oral .................................................................................................... 197 
4.4.3. Emendatio/mutatio libelli ........................................................................................ 197 
5. EMBARGOS INFRINGENTES E EMBARGOS DE NULIDADE (art. 609) ............................ 197 
5.1. PANORAMA ................................................................................................................. 197 
5.2. PREVISÃO LEGAL ....................................................................................................... 198 
5.3. PRESSUPOSTOS ........................................................................................................ 198 
5.3.1. Decisão de Tribunal ............................................................................................... 198 
5.3.2. Decisão não unânime (2 x 1) ................................................................................. 198 
5.3.3. Decisão que julga apelação, RESE ou Agravo em Execução. ............................... 198 
5.3.4. Recurso exclusivo da defesa ................................................................................. 198 
5.4. EFEITO REGRESSIVO (JUÍZO DE RETRATAÇÃO) .................................................... 199 
6. AGRAVO EM EXECUÇÃO (art. 197 da LEP) ...................................................................... 199 
6.1. CABIMENTO ................................................................................................................ 199 
6.2. PROCEDIMENTO ........................................................................................................ 199 
6.3. LEGITIMIDADE ............................................................................................................ 199 
6.4. EFEITO SUSPENSIVO ................................................................................................. 199 
7. SÍNTESE ............................................................................................................................. 199 
VII. AÇÕES AUTÔNOMAS DE IMPUGNAÇÃO ...................................................................... 201 
1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 201 
2. REVISÃO CRIMINAL ........................................................................................................... 201 
2.1. PREVISÃO LEGAL ....................................................................................................... 201 
2.2. CONCEITO ................................................................................................................... 201 
 
 
CS – PROCESSO PENAL III 12 
 
2.3. NATUREZA JURÍDICA DA REVISÃO CRIMINAL ......................................................... 202 
2.3.1. Localização ............................................................................................................ 202 
2.3.2. Ação de impugnação X Recurso ............................................................................ 202 
2.3.3. Cabimento da revisão criminal X Cabimento do HC .............................................. 2022.3.4. Revisão Criminal X Ação Rescisória ...................................................................... 202 
2.4. FUNDAMENTO CONSTITUCIONAL ............................................................................ 203 
2.5. LEGITIMIDADE PARA O AJUIZAMENTO DA REVISÃO CRIMINAL (CPP, art. 623) ... 203 
2.6. INTERESSE DE AGIR .................................................................................................. 204 
2.7. POSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO .................................................................... 204 
2.8. REVISÃO CRIMINAL E TRIBUNAL DO JÚRI ............................................................... 204 
2.9. HIPÓTESES DE CABIMENTO (CPP, art. 621) ............................................................. 205 
2.10. PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS .......................................................................... 206 
2.11. COMPETÊNCIA PARA O JULGAMENTO DA REVISÃO CRIMINAL ........................ 206 
2.12. ÔNUS DA PROVA .................................................................................................... 207 
2.13. EFEITO SUSPENSIVO DA REVISÃO CRIMINAL ..................................................... 207 
2.14. INDENIZAÇÃO PELO ERRO JUDICIÁRIO (CPP, art. 630) ....................................... 207 
3. HABEAS CORPUS .............................................................................................................. 208 
3.1. CONCEITO ................................................................................................................... 208 
3.2. NATUREZA JURÍDICA ................................................................................................. 208 
3.3. ESPÉCIES DE HABEAS CORPUS .............................................................................. 209 
3.3.1. Infrações punidas com pena de multa ................................................................... 209 
3.3.2. Pena já cumprida ................................................................................................... 210 
3.3.3. Pena de demissão de servidor público .................................................................. 210 
3.3.4. Quebra ilegal de sigilo bancário ............................................................................. 210 
3.3.5. Previsão de recurso e cabimento de HC ................................................................ 210 
3.3.6. Punições disciplinares militares ............................................................................. 210 
3.4. SITUAÇÕES DE CONSTRANGIMENTO ILEGAL (CPP, art. 647) ................................ 211 
3.5. COMPETÊNCIA ........................................................................................................... 211 
3.5.1. HC contra turma recursal ....................................................................................... 211 
3.6. HIPÓTESES DE NÃO CABIMENTO (JURISPRUDÊNCIA) .......................................... 211 
 
 
 
 
 
 
 
 
CS – PROCESSO PENAL III 13 
 
I. PROCEDIMENTOS 
1. DIREITO INTERTEMPORAL 
1.1. REGRA DO DIREITO PENAL 
Princípio da irretroatividade da lei penal mais gravosa (art. 5º, XL da CF/88). 
1.2. REGRA DO DIREITO PROCESSUAL 
Princípio da aplicação imediata (tempus regit actum), conforme o art. 2º do CPP. 
CPP Art. 2o A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da 
validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior. 
1.2.1. Norma genuinamente processual 
É aquela que cuida de procedimentos, atos processuais, técnicas do processo etc. Em 
relação a essas normas, aplica-se a regra geral do tempus regit actum. 
Princípio da aplicação imediata: tem aplicação imediata sem prejuízo da validade dos 
atos processuais praticados sob a vigência da lei anterior. 
1.2.2. Norma processual material 
 Aplica-se aqui a regra do Direito material da irretroatividade da lei mais gravosa ou 
ultratividade da lei mais benéfica. Duas correntes conceituam a norma processual material ou 
‘mista’: 
 
1) Corrente restritiva: É a norma que, embora disciplinada em diploma processual penal, 
dispõe sobre o conteúdo da pretensão punitiva, tal como direito de queixa ou de 
representação, decadência, perempção, prescrição etc. 
 
O exemplo antigo é a lei 9.099/95, que trouxe vários institutos despenalizadores e tem 
aplicação retroativa (art. 90 da Lei, que foi declarado inconstitucional sem redução de texto - 
interpretação conforme - na ADI 1719-9, sob o fundamento (STF): as normas de direito penal 
devem retroagir para beneficiar os acusados). 
Art. 90. As disposições desta Lei não se aplicam aos processos penais cuja 
instrução já estiver iniciada. (Vide ADIN nº 1.719-9) 
Exemplos de normas processuais penais da Lei: composição civil dos danos, transação 
penal, suspensão condicional do processo, representação nos crimes de lesão corporal leve e 
lesão corporal culposa. 
 
 
CS – PROCESSO PENAL III 14 
 
Aplica-se a essas normas o princípio da irretroatividade da lei mais gravosa e o princípio 
da ultra atividade da lei mais benéfica. 
Novo exemplo: Nova Lei dos Crimes sexuais (12.015/09). Art. 225. Tornar o crime 
condicionado à representação atinge a pretensão punitiva e torna a situação mais benéfica ao 
acusado. 
2) Corrente ampliativa: É a norma disciplinada em diploma processual que estabelece 
condições de procedibilidade, meios de prova, liberdade condicional, prisão preventiva, 
fiança, modalidades de execução da pena, enfim, todas as regras que produzam reflexos 
no “ius libertatis” do agente. 
1.3. CASUÍSTICA 
A lei 11.719/08, que alterou o procedimento, entrou em vigor dia 22/08/2008. Fora essa lei, 
temos mais duas que entraram em vigor em 2008, são elas: 11.689/08 e 11.690/08. 
1.3.1. Alteração do art. 366 pela lei nº 9.271/96 (vigência: dia 16/06/96 – 60 dias após a 
publicação) 
Data do delito: 10/03/1995 17/04/96  Alteração do 366 
CPP 
Julgamento - 22/04/97 
Art. 366. O processo seguirá à 
REVELIA do acusado que, citado 
inicialmente ou intimado para 
qualquer ato do processo, deixar 
de comparecer sem motivo 
justificado. 
 
Art. 366. Se o acusado, citado 
por edital, não comparecer, nem 
constituir advogado, ficarão 
suspensos o processo e o curso 
do prazo prescricional, podendo o 
juiz determinar a produção 
antecipada das provas 
consideradas urgentes e, se for o 
caso, decretar prisão preventiva, 
nos termos do disposto no 
art. 312. (Redação dada pela Lei nº 
9.271, de 17.4.1996) 
 
LFG na época entendeu que apenas 
a parte benéfica processual deveria 
retroagir (Lex tertia). 
 
Para os Tribunais, o art. 366 do 
CPP teve sua aplicação limitada 
para os crimes praticados após a 
vigência da lei 9.271/96. 
 
 
Violava a ampla defesa e 
contraditório. Processo corre à revelia 
do réu. 
-Veja que ao determinar a suspensão 
do processo, há modificação benéfica 
de cunho processual. 
 
-Veja que ao determinar a suspensão 
da prescrição há modificação 
maléfica de cunho material. 
 
1.3.2. Extinção do “protesto por novo júri” (art. 4º da lei 11.689/08, vigência: 09/08/08) 
Um crime doloso contra a vida cometido em 2007 e julgado em 2009 é suscetível de 
protesto por novo júri? Duas correntes: 
 
 
 
CS – PROCESSO PENAL III 15 
 
1ª C (Minoritária): Trata-se de norma processual material. Portanto, caso o crime tenha 
sido cometido até a entrada em vigor da lei 11.689/08, o acusado terá direito ao protesto por novo 
júri, caso seja condenado por um delito a uma pena igual ou superior a 20 anos. (LFG). 
2ª C (PREVALECE): Trata-se de norma genuinamente processual: A lei do recurso é a 
lei vigente no momento em que adecisão recorrível foi proferida (Nucci, Feitoza, Pacelli). 
A doutrina diz que quando o indivíduo cometeu o crime, ele tinha expectativa do direito 
de recurso. Isto porque o direito ao recurso surge quando a sentença é proferida, quando ela é 
publicada, sendo, nesta oportunidade, aplicável a lei vigente e não a lei do momento do crime. 
Portanto, aplica-se a lei vigente ao recurso quando da sentença. 
STF – Informativo 734: 
 
1.3.3. Alteração do recurso cabível da decisão de impronúncia da lei 11.689 (09/08/08). 
RESE  apelação (questão da magistratura) 
-6ª Feira: 08/08/08. Impronúncia: RESE. 
-Sábado: 09/08/08. Apelação. 
-Segunda: 11/08/08. Apelação? NÃO. RESE. Isto porque o direito ao recurso (sentença) 
surgiu quando era cabível ainda o RESE. Portanto, este é ainda o recurso cabível. 
 OBS: A Lei da Repercussão geral (11.418/06, art. 4º) adotou o critério da lei do tempo da 
interposição do recurso. Está errado. A lei deve ser aplicada as decisões proferidas após sua 
vigência. 
Entretanto, o STF disse que não bastava a lei, deveria também haver previsão no 
Regimento Interno para que se exigisse o requisito. Realizada a emenda regimental, o STF 
decidiu em QO no AI 664567 que as alterações regimentais (e consequentemente o requisito da 
repercussão geral) só incidiam aos recursos contra decisões proferidas depois da alteração 
do RI. 
2. SISTEMAS DE APLICAÇÃO DE NOVA LEI PROCESSUAL 
Aplicação da Lei 11.719/08 aos processos em andamento. A vigência da lei se deu no dia 
22/08/2008. 
a) Sistema da unidade processual: Apesar de se desdobrar em uma série de atos 
diversos, o processo apresenta uma unidade. Portanto, somente pode ser regulado por 
uma única lei, no caso a lei antiga, para que não haja retroatividade da lei nova. 
 
 
 
CS – PROCESSO PENAL III 16 
 
b) Sistema das fases processuais: Cada fase processual pode ser disciplinada por uma 
lei diferente. São fases do processo penal: Postulatória, ordinatória, instrutória, decisória, 
recursal. 
 
c) Sistema do isolamento dos atos processuais: A lei nova não atinge os atos 
processuais já praticados, mas se aplica aos atos processuais a praticar. Esse é o 
sistema adotado pelo CPP, conforme o art. 2º do CPP. Tempus regit actum. 
 
Art. 2º A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da 
validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior. 
 
Casuística: 
Em 23/06/08, ocorre o interrogatório do acusado. Em 30/09/2008, ocorre a oitiva das 
testemunhas. No dia 22/08/08 entrou em vigor a lei 11.719/08, que determinou que o 
interrogatório passasse a ser o último ato da instrução e que a audiência fosse una. Deve ser feito 
novo interrogatório? Sim, é um ato, de suma relevância ainda que permite a ampla defesa. 
3. PROCEDIMENTO COMUM 
3.1. CLASSIFICAÇÃO DO PROCEDIMENTO COMUM (art. 394) 
O procedimento pode ser comum ou especial. O procedimento comum se divide em: 
a) Ordinário: Crime com pena máxima cominada IGUAL ou SUPERIOR a 04 anos. 
b) Sumário: Crime com pena máxima cominada INFERIOR a 04 e SUPERIOR a 02 anos. 
c) Sumaríssimo (JECrim): Infrações penais de menor potencial ofensivo (IMPOs), assim 
entendidas as contravenções e crimes com pena máxima não superior a 02 anos, 
cumulada ou não com multa, independentemente de procedimento especial. 
OBS: É possível que do juizado o processo seja remetido ao juízo comum, em duas hipóteses: 
1ª Hipótese: Complexidade da causa, a requerimento do promotor (art. 77, §2º da Lei). Ex.: 
Perícia mais elaborada; vários acusados. 
Lei 9.099/95 Art. 77, § 2º Se a complexidade ou circunstâncias do caso não 
permitirem a formulação da denúncia, o Ministério Público poderá requerer 
ao Juiz o encaminhamento das peças existentes, na forma do parágrafo 
único do art. 66 desta Lei. 
 
2ª Hipótese: Impossibilidade de citação pessoal, uma vez que no JEC não cabe citação por 
edital (art. 66 da Lei). 
Art. 66. A citação será pessoal e far-se-á no próprio Juizado, sempre que 
possível, ou por mandado. 
Parágrafo único. Não encontrado o acusado para ser citado, o Juiz 
encaminhará as peças existentes ao Juízo comum para adoção do 
procedimento previsto em lei. 
 
 
 
CS – PROCESSO PENAL III 17 
 
Uma vez remetidos os autos ao Juízo comum, observa-se o PROCEDIMENTO SUMÁRIO 
(art. 538 do CPP). 
CPP Art. 538. Nas infrações penais de menor potencial ofensivo, quando o 
juizado especial criminal encaminhar ao juízo comum as peças existentes 
para a adoção de outro procedimento, observar-se-á o procedimento 
sumário previsto neste Capítulo. 
3.2. ALGUMAS QUESTÕES RELEVANTES 
3.2.1. Concurso de crimes 
É levado em consideração para a escolha do procedimento a ser utilizado (até porque é 
causa de aumento de pena). Ao contrário da prescrição, onde não é considerado (são 
considerados isoladamente). 
3.2.2. Qualificadoras 
Também são levadas em consideração, porquanto formam um novo preceito secundário. 
3.2.3. Causas de aumento e de diminuição de pena 
Também são consideradas  Deve-se buscar sempre o máximo de pena possível. 
Em se tratando de majorante: Leva-se em consideração o quantum que mais aumente a 
pena. 
Em se tratando de minorante: Leva-se em consideração o quantum que menos diminua a 
pena. Ex: tentativa 1/3 a 2/3, aplicaremos 1/3. 
Teoria da Pior das Hipóteses (ver penal, teoria da pena) 
3.2.4. Agravantes/atenuantes 
Não são levadas em consideração, até porque no momento do cálculo da pena não é 
possível que as agravantes suplantem o máximo de pena cominada no preceito secundário do 
tipo. 
3.2.5. Prioridade de tramitação (art. 394-A) 
A Lei nº 13.285/2016, acrescentou o art. 394-A ao Código de Processo Penal, com a 
seguinte redação: 
Art. 394-A. Os processos que apurem a prática de crime hediondo terão 
prioridade de tramitação em todas as instâncias. 
 
Na prática, o que muda: nada. Não existe um controle sobre essas prioridades e não há 
qualquer sanção para o caso de a ordem ser descumprida. Isso sem falar que a causa da demora 
 
 
CS – PROCESSO PENAL III 18 
 
na tramitação dos processos é muito mais profunda e o acréscimo desse dispositivo não contribui 
em nada. 
Trata-se de mais um exemplo de legislação simbólica. 
O art. 394-A menciona apenas os crimes hediondos. É possível aplicar esta 
prioridade também para os delitos equiparados a hediondo (tráfico de drogas, tortura e 
terrorismo)? 
Penso que sim. Como o art. 394-A do CPP é uma norma genuinamente processual, não há 
vedação para se utilizar a interpretação extensiva, nos termos do art. 3o do CPP. 
Vale ressaltar, ademais, que os processos envolvendo réus presos gozam de prioridade 
superior, mesmo que estejam relacionados com a prática de crimes "comuns" (não hediondos). 
3.3. PROCEDIMENTO NO CASO DE CRIMES CONEXOS SUBMETIDOS A 
PROCEDIMENTOS DIVERSOS 
3.3.1. Júri X Procedimento ordinário 
Prevalece o júri, já que é uma regra de competência prevista na CF/88. 
3.3.2. Roubo (procedimento ordinário) X Tráfico (procedimento especial) 
A antiga lei de drogas (Lei 6.368/76), em seu artigo 28, adotava o procedimento do crime 
mais grave. Esse dispositivo não foi repetido na nova Lei de Drogas. O procedimento não deve 
ser determinado em virtude da gravidade do delito, mas sim em virtude de sua amplitude, ou seja, 
deve ser adotado o procedimento que mais assegure o exercício das faculdades processuais. 
Diante desse conflito, o procedimento mais amplo é o comum ordinário (vide maior número 
de testemunhas, faculdade de requerer diligências etc.). 
3.4. DO PROCEDIMENTO COMUM ORDINÁRIO: VISÃO GERAL 
3.4.1. Comparativo 
ANTES DA LEI 11.719/08 DEPOIS DA LEI 11.719/08 
1) Oferecimento da peça acusatória 
2) Recebimento 
3)Citação do acusado (pessoal ou por edital) 
4) Interrogatório do acusado 
5) Defesa prévia 
- Apresentada pelo acusado ou pelo defensor 
- No prazo de 03 dias 
- Para a jurisprudência a ausência da defesa prévia era 
mera irregularidade. Já a ausência de intimação para a 
apresentação da defesa prévia era causa de nulidade 
absoluta. 
1) Oferecimento da peça acusatória (art. 41) 
2) Recebimento da peça acusatória 
3) Citação do acusado (pessoal, edital, por hora 
certa). Art. 395. 
4) Resposta à acusação (10 dias - art. 396) 
5) Possibilidade de absolvição sumária (art. 397) 
 
 
 
 
 
 
 
CS – PROCESSO PENAL III 19 
 
OBS: A partir de 2003, passou a ser obrigatória a presença 
de advogado no interrogatório. Logo, o defensor já saia do 
interrogatório intimado. 
6) Oitiva de testemunhas de acusação e defesa. Em regra, 
eram duas audiências distintas. 
7) Diligências (fase do art. 499). 
8) Alegações finais (art. 500), sempre por escrito. 
9) Diligências ex officio pelo juiz, cabendo a ele dar ciência 
às partes. 
10) Sentença. 
 
 
 
6) Designação de Audiência UNA 
7) Audiência de instrução e julgamento (art. 400 a 
403) 
-interrogatório da vítima 
- testemunhas de acusação/defesa 
- acareação 
- interrogatório do acusado 
- pedido de diligências 
- alegações orais (se não houver diligências ou 
complexidade) 
-diligências 
-memoriais (caso não tenha havido alegações orais) 
- sentença. 
 
3.4.2. Fluxograma do procedimento Ordinário/Sumário 
 
 C IP MP OD RD CA RA AS AIJ S Rec Exec. 
 |---------|---------|---------|---------|--------|--------|--------|---------|---------|---------|---------|-------- 
 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 
 
1) Cometimento de crime: Com pena máxima superior a 02 anos. Se pena inferior ou se 
contravenção, o rito é o sumaríssimo (exceto Maria da penha). 
2) Inquérito: Art. 4º ao 23º do CPP. Art. 5º, LV da CF. 
O inquérito policial tem caráter unidirecional, só tem um único desiderato, qual seja, buscar 
indícios de autoria do crime e a prova da materialidade. 
Materialidade (art. 159 do CPP): Através de laudo pericial, quando deixar vestígios. 
Terminado, o inquérito vai para o juiz. Sendo crime de ação pública, o juiz manda para o 
MP. 
3) Vista ao MP: Pode oferecer denúncia, requisitar diligências (se forem imprescindíveis) 
ou requerer arquivamento. 
4) Oferecimento Denúncia: 
Começa a Ação penal. 
Pode o MP oferecer a suspensão condicional do processo (pena mínima igual ou inferior a 
um ano). 
Lembrar da interpretação holística. 
5) Recebimento da denúncia: ou rejeição (art. 395). 
Em regra, não precisa ser fundamentado. É ato irrecorrível. 
 
 
CS – PROCESSO PENAL III 20 
 
OBS: Contra a rejeição cabe RESE. 
OBS: A rejeição agora está ligada a aspectos processuais. 
6) Citação do acusado: Art. 351. 
7) Resposta à acusação: Art. 396. 
8) Absolvição sumária: Art. 397. 
A absolvição sumária está ligada ao mérito (que antes da reforma era a rejeição). 
Contra a absolvição cabe Apelação, pois é sentença definitiva. 
Não sendo caso de absolvição sumária... 
9) Audiência una de instrução e julgamento: Art. 400 a 403. 
Vigora aqui o princípio da concentração dos atos processuais. 
Inquirir testemunhas e vítima. 
Interroga o acusado. 
Ao final: Debates orais. 
10) Sentença 
11) Recursos 
12) Execução da pena 
4. ANÁLISE DO NOVO PROCEDIMENTO COMUM ORDINÁRIO 
Lei 11.719. Vigência: 22 de agosto de 2008. 
4.1. OFERECIMENTO DA PEÇA ACUSATÓRIA 
4.1.1. Número de testemunhas: 08. 
Prevalece que são 08 testemunhas por FATO DELITUOSO, sem contar as não 
compromissadas. 
4.1.2. Início do processo: 
1ª C: Em uma visão mais moderna, se dá com o oferecimento da peça acusatória. Afinal, 
mesmo que o juiz rejeite a peça acusatória, será indispensável a intimação do denunciado para 
apresentar contrarrazões ao RESE interposto pela acusação. PREVALECE. Súmula 707 STF. 
 
 
CS – PROCESSO PENAL III 21 
 
Súmula 707 do STF - constitui nulidade a falta de intimação do denunciado 
para oferecer contrarrazões ao recurso interposto da rejeição da denúncia, 
não a suprindo a nomeação de defensor dativo. 
 
2ª C: Recebimento da peça acusatória (no CPPM tem disposição expressa nesse sentido). 
 
Após o oferecimento, surgem duas possibilidades: recebimento ou rejeição da peça. 
 
4.2. REJEIÇÃO DA PEÇA ACUSATÓRIA 
CPP Art. 395. A denúncia ou queixa será rejeitada quando: 
I - for manifestamente inepta; 
II - faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação 
penal; ou 
III - faltar justa causa para o exercício da ação penal. 
4.2.1. Inépcia da peça acusatória 
Inobservância dos requisitos OBRIGATÓRIOS previstos no art. 41 (requisitos da peça 
inicial): EXPOSIÇÃO DO FATO CRIMINOSO e QUALIFICAÇÃO DO ACUSADO. 
 
Art. 41. A denúncia ou queixa conterá a exposição do fato criminoso, com 
todas as suas circunstâncias, a qualificação do acusado ou 
esclarecimentos pelos quais se possa identificá-lo, a classificação do crime 
e, quando necessário, o rol das testemunhas. 
 
A inobservância dos demais requisitos não dá ensejo à rejeição da peça. 
Antes da Lei 11.719/08 
 
Depois da Lei 11.719/08 
As hipóteses de rejeição estavam no art. 43: 
 
1) Fato narrado não constituísse crime. 
Exemplo: Princípio da insignificância. Coisa julgada 
material. 
 
2) Causa extintiva da punibilidade 
Ex: Prescrição ou decadência. Coisa julgada material. 
 
3) Ausência de condições da ação (hipótese de não 
recebimento). Coisa julgada formal. 
 
OBS: Nessa última hipótese, a lei dizia que, removido o 
vício, nova peça poderia ser oferecida. Ou seja, a rejeição 
nesse caso somente faria coisa julgada formal, 
diferentemente dos demais casos. Assim, nesses casos, 
essa decisão era chamada de “não recebimento”. 
Estão enumeradas no art. 395 do CPP: 
 
1) Inépcia da peça acusatória (não obedece seus 
requisitos indispensáveis). 
 
 
2) Ausência de pressuposto processual ou condição 
da ação (ver abaixo). 
 
3) Ausência da justa causa (ver abaixo). 
 
 
OBS: Não há diferenciação entre rejeição e não 
recebimento, eis que qualquer hipótese gera coisa julgada 
formal. O julgamento de mérito se dá com a absolvição 
sumária. 
 
 
CS – PROCESSO PENAL III 22 
 
Para a jurisprudência, a inépcia da peça acusatória deve ser arguida até o momento da 
sentença (se conseguiu se defender até agora, não houve prejuízo). Uma vez prolatada a 
sentença, o vício processual deixa de ser da peça acusatória e passa a ser da própria decisão. 
4.2.2. Pressupostos processuais (doutrina clássica) 
-Existência 
a) Demanda veiculada por meio de uma peça acusatória. 
b) Presença de Jurisdição (representada pela competência e imparcialidade do juízo). 
c) Existência de partes que possam estar em juízo (legitimatio ad processum). 
-Validade: Estão relacionados à originalidade da demanda, ou seja, à inexistência de coisa 
julgada ou litispendência. 
4.2.3. Condições da ação (doutrina clássica) 
a) Legitimidade das partes (legitimatio ad causam) 
b) Possibilidade jurídica do pedido 
c) Interesse de agir 
d) Justa causa 
 
OBS: A justa causa sempre foi condição da ação. Não havia necessidade do inciso III do art. 395 
do CPP. O legislador quis destacar a importância dessa condição. 
Art. 395. A denúncia ou queixa será rejeitada quando: 
I - formanifestamente inepta; 
II - faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação 
penal; ou 
III - faltar JUSTA CAUSA para o exercício da ação penal. 
4.2.4. Condições da ação penal (doutrina moderna) 
Busca dos novos doutrinadores de um rol próprio de condições da ação, sem ter que 
importar as condições do processo civil. 
a) Fato aparentemente criminoso; 
b) Punibilidade concreta; 
c) Legitimidade para agir; 
d) Justa causa. 
4.2.5. Justa causa 
Lastro probatório mínimo para o oferecimento de peça acusatória, demonstrando a 
viabilidade da pretensão punitiva. Deve haver prova da materialidade e indícios de autoria. 
 
 
CS – PROCESSO PENAL III 23 
 
Nos crimes que deixam vestígios a materialidade é comprovada, em regra, por um exame 
de corpo de delito. 
REGRA: O exame pericial não é indispensável no momento do oferecimento da peça 
acusatória, podendo ser juntado ao longo do processo. 
 
EXCEÇÕES: 
 
1) Lei de drogas: O laudo de constatação funciona como verdadeira condição específica de 
procedibilidade da ação (art. 50, §1º da Lei 11.343/06). 
 
Art. 50. Ocorrendo prisão em flagrante, a autoridade de polícia judiciária 
fará, imediatamente, comunicação ao juiz competente, remetendo-lhe cópia 
do auto lavrado, do qual será dada vista ao órgão do Ministério Público, em 
24 (vinte e quatro) horas. 
§ 1o Para efeito da lavratura do auto de prisão em flagrante e 
estabelecimento da materialidade do delito, é suficiente o laudo de 
constatação da natureza e quantidade da droga, firmado por perito oficial 
ou, na falta deste, por pessoa idônea. 
 
2) Crimes contra a propriedade imaterial: o exame pericial é indispensável para o início do 
processo (art. 525 do CPP). 
 
Art. 525. No caso de haver o crime deixado vestígio, a queixa ou a 
denúncia não será recebida se não for instruída com o exame pericial dos 
objetos que constituam o corpo de delito. 
4.2.6. “Rejeição” X “Não recebimento” 
Antes da Lei 11.719/08 
 
Alguns doutrinadores faziam essa diferenciação (Aury Lopes Jr). O NÃO RECEBIMENTO 
estaria ligado a aspectos processuais (revogado art. 43, III). 
Art. 43. A denúncia ou queixa será rejeitada quando: (Revogado pela Lei nº 
11.719, de 2008). 
III - for manifesta a ilegitimidade da parte ou faltar condição exigida pela lei 
para o exercício da ação penal. 
 
A REJEIÇÃO estaria relacionada ao direito material (revogado art. 43, I e II). 
Art. 43. A denúncia ou queixa será rejeitada quando: (Revogado pela Lei nº 
11.719, de 2008). 
I - o fato narrado evidentemente não constituir crime; 
II - já estiver extinta a punibilidade, pela prescrição ou outra causa; 
 
A relevância dessa distinção estava ligada aos recursos. Contra NÃO RECEBIMENTO 
caberia RESE (art. 481 do CPP). Contra REJEIÇÃO caberia apelação. A decisão de NÃO 
RECEBIMENTO não fazia coisa julgada. A REJEIÇÃO fazia. 
 
 
CS – PROCESSO PENAL III 24 
 
Depois da Lei 11.719/08 
 
Essa distinção perdeu a razão. O NÃO RECEBIMENTO é sinônimo de REJEIÇÃO. Agora 
todas as causas de rejeição são ligadas a aspectos processuais. A decisão não faz coisa julgada, 
ou seja, removido o vício, nada impede que nova peça acusatória seja oferecida. Agora, as 
questões relacionadas ao direito material (que antes da reforma eram tidas como causa de 
rejeição) são hipóteses de absolvição sumária. 
Recurso cabível contra decisão de rejeição: RESE (art. 581, I). Esse recurso deve subir 
com contrarrazões. Nessa hipótese, deve o juiz proceder à intimação do denunciado para oferecer 
contrarrazões. Somente diante de sua inércia é que poderá ocorrer a nomeação de advogado 
dativo ou da Defensoria Pública. 
CPP Art. 581. Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou 
sentença: 
I - que não receber a denúncia ou a queixa; 
 
Súmula 707 do STF constitui nulidade a falta de intimação do denunciado 
para oferecer contrarrazões ao recurso interposto da rejeição da denúncia, 
não a suprindo a nomeação de defensor dativo. 
4.3. RECEBIMENTO DA PEÇA ACUSATÓRIA 
4.3.1. Resposta à acusação x Defesa preliminar 
CUIDADO com a defesa preliminar (resposta preliminar), prevista em alguns 
procedimentos especiais (exemplo: drogas, tribunais, funcionais) entre o oferecimento e o 
recebimento da peça acusatória, tendo como objetivo impedir ou evitar a instauração de lides 
temerárias. Somente advogado pode apresentar essa defesa (ao contrário da antiga defesa 
prévia). 
Prevista nos seguintes procedimentos: 
1) Crimes funcionais (art. 514 do CPP); 
 
Art. 514. Nos crimes afiançáveis, estando a denúncia ou queixa em devida 
forma, o juiz mandará autuá-la e ordenará a notificação do acusado, para 
responder por escrito, dentro do prazo de quinze dias. 
Parágrafo único. Se não for conhecida a residência do acusado, ou este se 
achar fora da jurisdição do juiz, ser-lhe-á nomeado defensor, a quem caberá 
apresentar a resposta preliminar. 
 
Repare que o art. 514 afirma que a resposta preliminar somente é necessária no caso de 
crimes funcionais afiançáveis. Ocorre que, atualmente, todos os crimes previstos nos arts. 312 a 
326 do CP são afiançáveis. Assim, a defesa preliminar é, hoje em dia, obrigatória para todos os 
delitos funcionais típicos, já que todos eles são afiançáveis. 
A defesa preliminar do art. 514 do CPP é uma prerrogativa do cargo. Dessa afirmação 
podemos apontar duas importantes conclusões: 
• O corréu que não seja funcionário público não tem direito à defesa preliminar; 
 
 
CS – PROCESSO PENAL III 25 
 
• Se o acusado, à época do oferecimento da denúncia, não era mais funcionário público, 
não terá direito à defesa preliminar. 
ATENÇÃO! Há divergência entre o STJ e o STF sobre a necessidade de defesa preliminar 
quando a denúncia possui base em inquérito policial. 
O STJ desenvolveu a seguinte construção: se a denúncia proposta contra o funcionário 
público por crime funcional típico foi embasada em um inquérito policial NÃO será necessária a 
observância da resposta preliminar. A Corte editou até mesmo um enunciado espelhando esse 
entendimento: 
Súmula 330-STJ: É desnecessária a resposta preliminar de que trata o 
artigo 514 do Código de Processo Penal, na ação penal instruída por 
inquérito policial. 
 
O raciocínio desenvolvido pelo STJ foi o de que se antes houve um inquérito policial, isso 
significa que aquela denúncia passou por uma apuração realizada por um órgão estatal (polícia 
judiciária), de forma que já houve um “filtro” prévio quanto à sua viabilidade e a acusação 
formulada não é completamente infundada. Logo, a preocupação do legislador de evitar que o 
funcionário público seja submetido a denúncias temerárias está assegurada, já que a própria 
Polícia atestou que existem indícios da prática do crime. 
O STF concorda com essa conclusão exposta na Súmula 330-STJ? 
NÃO. O STF possui julgados em sentido contrário a essa súmula, ou seja, afirmando que 
“é indispensável a defesa prévia nas hipóteses do art. 514 do Código de Processo Penal, mesmo 
quando a denúncia é lastreada em inquérito policial” (STF. 2ª Turma. RHC 120569, Rel. Min. 
Ricardo Lewandowski, julgado em 11/03/2014). 
Apesar disso, o STJ continua aplicando normalmente o entendimento sumulado. Nesse 
sentido: HC 173.864/SP, julgado em 03/03/2015. 
2) Tráfico de drogas (art. 55 da Lei 11.343/06); 
 
Art. 55. Oferecida a denúncia, o juiz ordenará a notificação do acusado para 
oferecer defesa prévia, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias. 
§ 1o Na resposta, consistente em defesa preliminar e exceções, o acusado 
poderá arguir preliminares e invocar todas as razões de defesa, oferecer 
documentos e justificações, especificar as provas

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