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ANTIGONA Sofocles

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Antígona fica sabendo que um dos seus irmãos mortos teve o direito à sepultura negada. Ambos haviam lutado durante a guerra civil pelo trono de Tebas. Creonte, que tomou o poder, decide que Polinices terá seu cadáver exposto às aves de rapina. Antígona revolta-se contra o decreto de Creonte e decide oferecer um sepultamento digno à seu irmão. Isto acontece porque sua consciência individual elevada traz para a tragédia a questão da Lei Natural, que terá tanta importância futura no Cristianismo. A Lei dos Deuses permite que ela desobedeça às ordens de Creonte porque são superiores e estão além de qualquer governo de qualquer época. Historicamente, a Lei Natural foi facilmente colocada de lado por governantes e instituições em várias ocasiões. O eterno conflito entre a consciência de cada um e as leis estabelecidas por Estados e governantes poderosos deu origem a muitas situações dramáticas. Creonte rapidamente condena Antígona à morte. Foi fácil para ele fazer isso. Ao ser informado do ocorrido, Creonte que se considera competente para impor qualquer lei que o convenha, mesmo que essa entre em desacordo com as crenças religiosas do povo, condena Antígona a ser sepultada viva, por ter contrariado as leis de Tebe. Em meio a seu julgamento, surge Hémon, noivo de Antígona e filho de Creonte, que tenta convencer seu pai a voltar atrás em sua decisão apelando para a razão e alerta seu pai que o povo apoia Antígona e vê sua ação como gloriosa, pois honrou aquele que veio do mesmo ventre materno que ela, e destaca que o povo silencia por medo de ofender o Rei e não por apoiá-lo. Hémon vê em seu pai a figura de um ditador, que não age com prudência e Creonte reafirma seu lugar de governante dizendo que a ele cabe o dever de promulgar leis e a ele pertence Tebas, e acusa seu filho de ceder aos interesses de uma mulher, que por sua vez, responde dizendo que defende a justiça e a obediência aos Deuses Imortais e faz uma ameaça final: que morreria não somente uma pessoa, mais duas.

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