Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM NUTRIÇÃO EM SAÚDE PUBLICA Gessica Fernandes Pereira Araguari 2017 Estágio Curricular Supervisionado em Nutrição Clínica Gessica Fernandes Pereira Nome do Estagiário 141-002281 Registro Acadêmico (Número da matrícula) 7° período de Nutrição Período NASF, PHAD, CMEI Vô Zita e Policlínica. Local de Estágio Ana Beatriz Carrijo Rodrigues/ Luana Thomazetto Rossato Responsável Técnico CRN9-17686/ CRN9-16181 N° de registro no CRN: Maria Fernanda Cunha Rezende Nome do Supervisor de Estágio N° de registro no CRN: Período de Estágio Início: 20/02/2017 Término:17/05/2017 Jornadas de trabalho: 25 horas semanais. Total de horas: 220 horas em 2017/01 1. INTRODUÇÃO A criação do Sistema Único de Saúde (SUS) tem como finalidade modificar a assistência desigual à saúde da população. Sua criação foi estratégica para implementação de ações nesta área, tornando obrigatório o atendimento público e gratuito a qualquer cidadão (BRASIL, 2017). A Atenção Básica no SUS deve garantir o acesso universal aos serviços de saúde, sendo, preferencialmente, a primeira forma de atendimento à população. Dessa maneira, dependendo de sua capacidade resolutiva, a Atenção Básica pode, por meio de suas ações, resolver grande parte dos problemas e necessidades de saúde da população. No âmbito deste nível de atenção, a Estratégia Saúde da Família (ESF), que iniciou suas atividades em 1994, pretende desenvolver ações de promoção e proteção do indivíduo, da família e da comunidade, na unidade de saúde (SÃO PAULO, 2017). No Brasil, a nutrição surgiu entre as décadas de 1930/40. A partir de então, as áreas de atuação vêm aumentando e se consolidando. A Saúde Coletiva, uma das principais áreas, surgiu na década de 1950 e hoje permite ao nutricionista desenvolver as ações da Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN), que faz parte da Coordenação Geral da Política de Alimentação e Nutrição (CGPAN). Criada em 1999, a CGPAN exige o nutricionista como responsável técnico de suas ações. O nutricionista pode atuar nas Secretarias da Saúde, Educação e Assistência Social, buscando sempre o desenvolvimento de ações articuladas entre os diferentes setores que compõe a Gestão Pública. (Revista do CRN 2, 2009). A Nutrição em Saúde Pública enfoca os aspectos da alimentação e nutrição relacionados ao bem-estar de saúde das populações. O interesse no estudo da nutrição humana por parte dos profissionais de saúde pauta-se na influência que os fatores nutricionais, sejam por deficiência ou por excesso, exercem no perfil de morbimortalidade das nações. A complexidade dessas relações constitui ainda um grande desafio que exige um maior entendimento das suas bases epidemiológicas, e abordagem integrada de aspectos biológicos, ambientais, comportamentais e políticos. (TADDEI, 2011). As ações de alimentação e nutrição no âmbito da Atenção Básica visam à ampliação da qualidade dos planos de intervenção, em especial às doenças e agravos não transmissíveis, no crescimento e desenvolvimento na infância, na gestação e no período de amamentação, evidenciando que a promoção de práticas alimentares saudáveis constitui-se em um item importante em todas as fases da vida. Assim, socializar o conhecimento sobre os alimentos e realizar ações que promovam a segurança alimentar e nutricional torna-se essencial à população (BRASIL, 2008). O Sistema Informatizado de Vigilância Alimentar e Nutricional: SISVAN. O Sistema Informatizado corresponde a um sistema de informações alimentado no nível local, que tem como objetivo principal promover informação contínua sobre o estado nutricional e alimentar da população vigiada. No momento atual, a população vigiada se refere à população atendida pela Atenção Básica do Sistema Único de Saúde, incluindo os beneficiários do programa de transferência de renda do Governo Federal, o Programa Bolsa Família. Nesse sentido, atualmente há dois sistemas informatizados, ambos acessados pelas Secretarias de Saúde via Internet: o SISVAN Web e o Bolsa Família na Saúde. (BRASIL, 2004). O e-SUS Atenção Básica (e-SUS AB) é uma estratégia do Departamento de Atenção Básica para reestruturar as informações da Atenção Básica em nível nacional. Esta ação está alinhada com a proposta mais geral de reestruturação dos Sistemas de Informação em Saúde do Ministério da Saúde, entendendo que a qualificação da gestão da informação é fundamental para ampliar a qualidade no atendimento à população. (BRASIL, 2017). A proposta da criação do NASF teve como objetivo aumentar a abrangência das ações de atenção básica à saúde. Os profissionais do NASF devem atuar em parceria com os profissionais das equipes de Saúde da Família. Os núcleos do NASF são compostos por no mínimo cinco profissionais, dentre várias ocupações, sendo um deles o nutricionista. Essas ações de saúde também podem ser intersetoriais, com foco prioritário nas ações de prevenção e promoção da saúde. Algumas ações de alimentação e nutrição propostas pelo NASF são conhecer e estimular o consumo dos alimentos saudáveis produzidos regionalmente; capacitar à equipe de saúde da família e participar de ações vinculadas aos programas de controle e prevenção dos distúrbios nutricionais; elaborar em conjunto com as equipes de saúde da família rotinas de atenção nutricional e atendimento para doenças relacionadas à Alimentação e Nutrição, de acordo com os protocolos de atenção básica. (MATTOS, 2017). A assistência no domicílio deve conceber a família em seu espaço social privado e doméstico, respeitando o movimento e a complexidade das relações familiares. Ao profissional de saúde que se insere na dinâmica da vida familiar cabe uma atitude de respeito e valorização das características peculiares daquele convívio humano. A abordagem integral faz parte da assistência domiciliar por envolver múltiplos fatores no processo saúde–doença da família, influenciando as formas de cuidar. A construção de ambientes mais saudáveis para a pessoa em tratamento envolve, além da tecnologia médica, o reconhecimento das potencialidades terapêuticas presentes nas relações familiares. Os conflitos, as interações e as desagregações fazem parte do universo simbólico e particular da família, intervindo diretamente na saúde de seus membros. Assistir no domicílio é cuidar da saúde da família com integralidade e dinamicidade, reconstruindo relações e significados. (BRASIL, 2012). O presente relatório, irá descrever as atividades realizadas no Estágio de Nutrição em Saúde Pública, durante o período de 20/02/2017 a 17/05/2017, no turno da manhã, em atividades realizadas conjuntamente com as Nutricionistas do NASF e PHAD, no atendimento ambulatorial e no CMEI Vô Zita. 2. OBJETIVOS DO ESTÁGIO Compreender a atuação do nutricionista em Saúde Coletiva; Realizar avaliação do estado nutricional e consumo alimentar da população e de indivíduos; Conhecer os principais distúrbios e agravos nutricionais da população (frequência, distribuição, grupos populacionais vulneráveis, estratégias de intervenção); Inserir-se nos diversos níveis de atenção à saúde, atuando em programas de promoção, prevenção, proteção, recuperação e reabilitação da saúde, buscando atuar de forma multiprofissional e interdisciplinar. Desenvolver trabalhos relacionados à alimentação e nutrição junto à comunidade; Instrumentalizar a comunidade para solução dos seus problemas nutricionais, buscando a autonomiadesta; Planejar e desenvolver capacitações na área de alimentação e nutrição; Realizar orientações nutricionais; Desenvolver programas de educação nutricional considerando os determinantes biopsicossociais, aspectos culturais e econômicos dos indivíduos e grupos populacionais; Participar do planejamento e implementação de programas, políticas e ações de saúde; Compreender e utilizar o Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN). Estímulo a ações Intersetoriais com vistas ao acesso universal aos alimentos; Monitoramento da situação alimentar e estilos de vida saudáveis; Promoção de práticas alimentares e estilos de vida saudáveis; Promoção do desenvolvimento de linhas de investigação. Atuação em grupos como HiperDia, Efetuação de atendimentos individuais para casos específicos; Elaboração de campanhas educativas; Participação no NASF; Atuar na educação alimentar e nutricional, por meio de palestras ou debates. 3. DESENVOLVIMENTO Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional - SISVAN Atualmente em Araguari, o SISVAN é realizado nas UBSFs e no CEAMI. Sendo digitados na Secretaria Municipal de Saúde. Existem dificuldades para comprimentos de metas do Programa, no Município, pois a uma resistência dos funcionários das unidades para preencher os formulários, (nos formulários são necessários informações simples como dados pessoais, peso, altura e consumo alimentar) mesmo sendo realizadas aulas e palestra informando como é a execução do programa. Não existe também o esclarecimento para a população da importância e necessidade do SISVAN para a demanda de verbas e a necessidade do mesmo na saúde municipal. Leites e Complementos Alimentares O Departamento de Nutrição é responsável pelo fornecimento dos Leites e Complementos Alimentares, para poder receber a formula é necessário montar um processo no Setor de Protocolo Geral, levando copias dos documentos originais do paciente e do cartão do SUS, copias de um responsável, copia do comprovante de endereço e um relatório medico falando da necessidade de receber a fórmula. Depois do processo montado, o mesmo é enviado à secretaria, para passar por uma avaliação nutricional, que pode ser realizada pela do Nutricionista do NASF ou do PHAD ou através do atendimento ambulatorial. Fórmulas Número de Pacientes Aptamil 1 14 Aptamil 2 21 Aptamil soja/ Aptamil soja 2/ Nan soy 7 Soymilke 14 Pregomin pepti 2 Alfaré 1 Neocate LCP/ Neocate advance 7 Complemento alimentar infantil (Pediasure, Nutren Junior, Fortin.). 11 Complemento alimentar adulto (Ensure, Nutren, Trophic basic e Nova source). 59 Tabela 1 Núcleo de Apoio à Saúde da Família - NASF No Município, há apenas uma equipe no NASF composta por: uma Nutricionista, uma Assistente Social, um Educador Físico, uma Pediatra e uma Psicóloga. A equipe atua nas UBSFs do Amanhece, Gutierrez, Maria Eugênia, Miranda, Novo Horizonte, Paraíso e São Sebastião. Foram realizadas atividades em dois grupos: Sabor de Saúde e HiperDia, Saúde na Escola, Atendimento Individual e Visita Domiciliar. O Sabor de Saúde é grupo desenvolvido pela nutricionista do NASF, onde previamente são feitas a avaliação antropométrica (Peso, altura, circunferência do braço, circunferência da cintura e circunferência do quadril) de cada paciente, depois é realizado uma roda de conversa relacionada à alimentação, trabalhando temas como alimentação saudável, carnes e embutidos e fibras. Depois são distribuídos planos alimentares e tabelas de substituição, agendando retorno para o próximo mês. Foram realizados 4 grupos de Sabor de Saúde que contou com a participação de 28 pacientes no total. Gráfico 1 São realizados também atendimentos domiciliares nos casos em que o paciente possui dificuldades em se locomover ate a UBSF. No Atendimento Individualizado foram avaliados pacientes em estado de risco nutricionais, os casos acompanhados foram de Desnutrição em idoso e infantil, desnutrição desencadeada por irregularidades na Diabetes e Diabetes com índices glicêmicos descontrolados. Esses atendimentos ocorreram de forma mais detalhada e esmiuçando a alimentação dos pacientes, passando as orientações a serem seguidas e agendado o retorno. Os grupos de HiperDia ocorrem de acordo com as atividades das UBSF e demanda de casos de hipertensão e diabetes na localidade atendida, sendo assim cada unidade é responsável por montar seu cronograma e a Nutricionista do NASF participa levando temas atuais e do cotidiano da população, percebendo que o grupo é facilitador da adesão ao tratamento e compreensão das comorbidades, tanto para o controle/acompanhamento das doenças crônicas, promoção de informações e na melhora da qualidade de vida dos pacientes. Mulheres Meninas Meninos 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 Grupo Sabor de Saúde Mulheres 20 Meninas 2 Meninos 6 N ú m er o d e P ar tc ip an te s Grupo Sabor de Saúde Foi realizado também, um grupo de Saúde na Escola, com alunos do 4º e 5º ensino fundamental, foi trabalhando o tema Alimentação Saudável na Infância, salientada sobre a interferência da mesma em uma vida adulta de Qualidade. Atividade Realizada Número de Participantes Visitas domiciliar 3 visitas Atendimento Individual 4 atendimentos Grupo de HiperDia 52 participantes Saúde na Escola 70 participantes Tabela 2 Todos os dados coletados pela Nutricionista foram lançados no e-SUS. CMEI Vô Zita O Centro Municipal Ensino Infantil Vô Zita, atende crianças de 6 meses a 4 anos, sendo utilizado como base à data de 30 de julho para a divisão das salas. O berçário pode ser composto por crianças de 6 meses a 2 anos, possuindo 12 crianças matriculadas. O maternal I pode ser composto por crianças de 2 a 3 anos, possuindo 10 crianças matriculadas. O maternal II pode ser composto por crianças 3 anos até completar 4 anos, possuindo 25 matriculadas. Na unidade há Responsável legal e uma Responsável Técnica (que também desempenha a função de cantineira), duas professoras, três recriadoras, uma estagiaria, uma secretaria e uma auxiliar de limpeza, foi relatado que a equipe não esta completa. A responsável técnica trabalha na unidade há 11 anos, relatou ter feito curso de manipulador de alimentos anos atrás, o curso foi fornecido pela prefeitura. A Creche executa, um cardápio fornecido pela Nutricionista da Secretaria Municipal de Educação, sendo divido por faixa etária e trocado mensalmente. São seguidas as orientações estipuladas nos cardápios, mas levam em consideração os alimentos existentes no estoque, tentam adequar as refeições para manter a qualidade nutricional e evitando o desperdício dos alimentos. É fornecido café da manhã (leite com achocolatado e pão com margarina), um lance da manhã (uma fruta), almoço (arroz, feijão, uma salada, uma proteína teve alguma vezes que foi fornecido salsicha) e um lanche da tarde. O recebimento de alimentos ocorre da seguinte forma: Todos os dias são fornecidos o pão Na segunda, quarta e sexta o leite pasteurizado Na segunda a carne Na terça: frutas e legumes. Selecionamos a turma do Maternal II para ser trabalhado o projeto de educação nutricional, realizamos as seguintes atividades: 1. Avaliação Antropométrica, realizada como objetivo de verificar o estado nutricional das crianças e adotar metidas para manter ou reverter à classificação nutricional. Estimulando a criança para importância da alimentaçãono seu processo de crescimento e desenvolvimento. Avaliamos 20 crianças, havendo 1 caso de desnutrição e 1 caso de obesidade, o restante das crianças avaliadas encontram se estróficas. Gráfico 2 Desnutrição Eutrófia Obesidade Faltantes 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 Estado Nutricional C ri a n ça s A v a li a a d a s Estado Nutricional Desnutrição 1 Eutrófia 17 Obesidade 1 Faltantes 5 Avaliação Antropométrica 2. Liga-pontos: que alimento é esse? essa atividade trouxe como objetivo, auxiliar os alunos a reconhecerem as frutas. Foi fornecido às crianças folhas com as frutas abacaxi, maça e melancia, pontilhadas para que as crianças ligassem e colorissem as frutas. 3. Colando os Grãos, essa atividade apresentou como objetivo, explorar o alimento, observando características físicas, o odor e a forma de consumo dos grãos. Foram fornecidos os grãos arroz, feijão e milho, os alunos utilizaram esses grãos e os colaram em folhas sulfite A4. 4. Os sentidos: a visão, o paladar e o olfato - vendo, comendo e sentido aromas dos alimentos, essa atividade apresentou como objetivo, fazer com que as crianças reconheçam, de uma forma diferente, usando os sentidos. Foi utilizado as seguintes frutas: goiaba, maracujá, limão, jabuticaba e canja manga, as frutas foram entregues as crianças para que elas pudessem ver, sentir a textura, o cheiro e o sabor de cada uma. 5. Semana da páscoa: a cenoura, o alimento do coelhinho, essa atividade trouxe como objetivo, auxiliar as crianças na percepção da importância da cenoura na alimentação. Como era semana de comemoração da páscoa, levamos um bolo de cenoura, estimulando o consumo de cenoura e explicando o consumo desse alimento. 6. Sessão de cinema, essa atividade apresentou como objetivo, provocar nas crianças uma reflexão sobre as escolhas alimentares. Passamos o vídeo: NutriAmigos- É só você provar, nesse vídeo é explicado sobre os grupos alimentares e suas funções no organismo. 7. Ouvindo a música, essa atividade trouxe como objetivo, trabalhar com musicas que abordem o tema da alimentação. Escolhemos: As canções AnimaZoo - Alimentação Saudável, nessas canções são trabalhadas a alimentação em cima de canções de rodas infantis. 8. Conhecendo os grupos alimentares, essa atividade apresentou como objetivo, favorecer o reconhecimento de cada grupo alimentar pelas crianças. Levamos uma pirâmide alimentar e explicamos cada grupo alimentar, os alimentos compostos e sua importância, na pirâmide as figuras dos alimentos foram afixadas pelas crianças. Como atividade de encerramento do Projeto de Educação Nutricional, levamos uma muda de alface, para cada criança. Para que elas possam ver o desenvolvimento da hortaliça, de modo que reflitam como devem incluir o mesmo cuidado, com as suas alimentações, para obter um bem-estar e durante o decorrer da vida adulta. Programa Humanizado de Atendimento Domiciliar - PHAD O atendimento do programa é realizado por uma equipe multidisciplinar. A equipe do PHAD, no turno da manhã, é composta pelos seguintes profissionais: 1 Assistente Social, 1 Cuidador de idosos, 1 Enfermeira da oxigenoterapia, 3 fisioterapeutas, 1 Nutricionista e 1 Técnica em enfermagem. Esse serviço é indicado para pacientes que apresentam dificuldades temporárias ou definitivas de sair de casa para chegar até uma unidade de saúde, ou ainda para pessoas que estejam em situações nas quais a atenção domiciliar é a mais indicada para o seu tratamento. A atenção domiciliar visa proporcionar ao paciente um cuidado mais próximo da rotina da família, evitando hospitalizações desnecessárias e diminuindo o risco de infecções, além de estar na comodidade do lar. Os pacientes recebem atendimentos domiciliares regulares da equipe, sendo que a frequência de visitas é definida conforme o estado clínico e avaliação de cada paciente. Para o atendimento nutricional foram escutadas 30 visitas, sendo 3 ao mesmo paciente, que apresenta um quadro gravíssimo de desnutrição. Gráfico 3 Geral Homens Mulheres 0 5 10 15 20 25 30 Visitas domicilares Geral 30 Homens 14 Mulheres 14 P A C IE N T E S Visitas domiciliares Os casos atendidos pela Nutricionista apresentam em sua maior parte as seguintes patologias: Acidente Vascular Cerebral, Alzheimer, Câncer, Desnutrição, Insuficiência Renal e Paralisia Cerebral. Grandes partes dos pacientes apresentam complicações, a maior parte dos pacientes estam acamados, usam algum tipo de sonda e a casos também de uso de bolsa de colostomia. Gráfico 4 Policlínica – Atendimento Ambulatorial A consulta ambulatorial é previamente marcada na Secretaria Municipal de Saúde, onde o paciente leva o encaminhamento medico, sendo agendado o dia e horário para a consulta. Em caso de primeira consulta, é um procedimento mais demorado, demora em torno de 1 hora, são questionados: qual o motivo do paciente ter procurado o acompanhamento nutricional, qual o objetivo do paciente, qual sua comprometimento com o tratamento, se a existência de doenças crônicas. É feito um recordatório 24 horas, são traçadas metas em cima de recordatório, essas metas serão avaliadas no próximo retorno, é explicado também como montar um prato nutricional adequado, apresentando a correta quantidade de carboidratado, proteína e vegetais crus e cozidos. É realizada a avaliação antropométrica e marcado o retorno. Em casos de retorno, o procedimento é realizado em torno de 30 a 40 minutos, são analisadas as metas estabelecidas anteriormente, como foi o período do paciente com essas modificações e quais foram às dificuldades encontradas, dependendo do caso são traçadas novas metas, caso o paciente não tenha conseguido realizar as metas elas são mantidas, são sanadas as duvidas de cada paciente, realizada a avaliação antropométrica e marcado o retorno. 0 5 10 15 20 Sonda Gastrica Sonda Naso Bolda de Colostomia Acamados Pacientes 7 4 2 19 P A C IE N T E S Complicações Foram realizados 33 atendimentos, 24 pacientes foram do sexo feminino e do sexo masculino. Os casos variam entre Obesidade, Diabetes e hipertensão e alguns casos de Desnutrição. Gráfico 5 4. CONCLUSÃO No decorrer do estágio, foi possível conhecer e vivenciar a realidade em que o Nutricionista que atua na área da saúde pública está inserido. Além disso, foi possível acompanhar o trabalho de promoção e prevenção da saúde tanto dentro do atendimento ambulatorial quanto do NASF e do PHAD. Foi observado que, apesar de algumas dificuldades existentes, o papel do Nutricionista na Saúde Publica é de grande importância, uma vez que o mesmo tem grande relevância em uma equipe multidisciplinar e no bem estar da população. O acompanhamento das Nutricionistas responsáveis foi essencial no processo de contato com a realidade, pois proporcionaram conhecer suas rotinas de trabalho e auxiliaram na elaboração e execução das ações, de acordo com cada atividade. Geral Homens Mulheres Atendimento Individual 33 9 24 33 9 24 P a ci en te s Atendimento Individual Por meio das atividades e possibilidades que foram desenvolvidas e aprimoradas, o estágio supervisionado de nutrição em saúde pública é de grande importância para o futuro profissional, uma vez que proporciona a integração entre os saberes construídos ao longo da graduação e a realidade vivenciada. Sugestões: Em relação ao SISVAN faz necessária uma conscientizaçãodos funcionários das UBSF. Na Secretaria Municipal de Saúde, uma internet de maior velocidade seria mais rentável para a digitação do SISVAN. No NASF faz necessário em relação aos grupos, um atendimento mais individualizado para poder sanar todas as dúvidas dos pacientes e um melhor prosseguimento dos acompanhamentos. Na Creche, trabalhar com alunos mais velhos seria mais eficaz para compreensão das atividades realizadas. No PHAD, se tivesse uma disponibilidade maior de transporte o andamento das visitas ocorreria mais facilmente. No Atendimento ambulatorial confirmar 1 ou 2 dias antes da consulta para evitar lacunas na agenda. 5. REFRÊNCIAS TADDEI JA, Lang RMF, Longo-Silva G. Nutrição em Saúde Pública. Toloni MHA, editores. Rio de Janeiro: Editora Rubio Ltda; 2011. 640 p. REVISTA DO CRN 2. Publicação Oficial do Conselho Regional de Nutricionistas. O nutricionista na Gestão Pública: conheça uma das principais áreas de atuação e os benefícios que resultam do trabalho deste profissional. 2ª Região Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Nº 19, Junho de 2009. Disponível em: <http://www.crn2.org.br/crn2/conteudo/revista/Revista_edicao_n19.pdf> Acesso: 13 de Maio de 2017 BRASIL. Ministério da Saúde. Vigilância alimentar e nutricional - Sisvan: orientações básicas para a coleta, processamento, análise de dados e informação em serviços de saúde / [Andhressa Araújo Fagundes et al.]. – Brasília: Ministério da Saúde, 2004. Disponível em: <http://189.28.128.100/nutricao/docs/geral/orientacoes_basicas_sisvan.pdf> Acesso: 13 de Maio de 2017 COUTINHO, J.G. et al. A organização da Vigilância Alimentar e Nutricional no Sistema Único de Saúde: histórico e desafios atuais. Revista Brasileira Epidemiológica 2009; 12(4): 688-99. Disponível em: <http://repositorio.unb.br/bitstream/10482/12758/1/ARTIGO_OrganizacaoVigilancia Alimentar.pdf >Acesso: 13 de Maio de 2017 MATTOS, Priscila Fonte; dos Santos Neves, Alden. A importância da atuação do nutricionista na Atenção Básica à Saúde. Revista Práxis, v. 1, n. 2, 2017. Disponível em: <http://web.unifoa.edu.br/praxis/numeros/02/11.pdf >Acesso: 13 de Maio de 2017. BRASIL. Ministério da Saúde. Portal da Educação. e-SUS Atenção Básica.< http://dab.saude.gov.br/portaldab/esus.php>. Acesso: 13 de Maio de 2017. CERVATO-MANCUSO, Ana Maria, et al. "A atuação do nutricionista na Atenção Básica à Saúde em um grande centro urbano." Ciência & Saúde Coletiva 17.12 (2012): 3289-3300. Disponível em: <http://www.producao.usp.br/bitstream/handle/BDPI/39719/S1413- 81232012001200014.pdf?sequence=1&isAllowed=y> Acesso: 13 de Maio de 2017. BRASIL. Ministério da Saúde. SUS de A a Z. Disponível em: <http://portal.saude.gov.br/portal/ saude/cidadao/default.cfm. > Acesso: 17 de Maio de 2017 SÃO PAULO. Política de apoio à atenção básica no SUS/ SP. São Paulo: Secretaria Municipal da Saúde. Disponível em: Disponível em: <http://www.saude.sp.gov.br/resources/gestor/projetos/politica_de_apoio_a_atencao_ basica_no_estado_de_sp.pdf> Acesso: 17 de Maio de 2017 BRASIL. Portaria nº 154 de 24 de janeiro de 2008. Cria os Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF). Diário Oficial da União 2008; 24 jan. Disponível em:<http://epsm.nescon.medicina.ufmg.br/dialogo09/Biblioteca/Atos_Normativos/Por taria_N_154_de_24_Janeiro_2008.pdf >Acesso: 17 de Maio de 2017. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Caderno de atenção domiciliar / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2012. Disponível em:<http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/geral/cad_vol1.pdf>Acesso: 17 de Maio de 2017 7. ANEXOS Fotos
Compartilhar