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Psicologia Jurídica Psicanálise

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Psicologia Jurídica
Psicanálise
DIREITO
Nível II
Profa. Mariane Luiza Mattjie
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PSICANÁLISE
Livro: Psicologias Cap. 5
Livro: Psicologia Jurídica
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Caracteriza-se por um conjunto de conhecimentos sistematizados sobre o funcionamento da vida psíquica.
Pode ser vista como teoria e como Método de investigação e análise
“Se fosse preciso concentrar numa palavra a descoberta freudiana, essa palavra seria incontestavelmente inconsciente”1.
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Enquanto teoria, caracteriza-se por um conjunto de conhecimentos sistematizados sobre o funcionamento da vida psíquica. Freud publicou uma extensa obra, durante toda a sua vida, relatando suas descobertas e formulando leis gerais sobre a estrutura e o funcionamento da psique humana.
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Como método de investigação, busca o significado oculto, daquilo que é manifesto por meio de ações e palavras ou pelas produções imaginárias, como os sonhos, os delírios, as associações livres, os atos falhos.
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Análise — como tratamento - busca o autoconhecimento ou a cura, que ocorre através desse autoconhecimento. Atualmente, o exercício da Psicanálise ocorre de muitas outras formas.
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Sigmund Freud — o fundador da
Psicanálise.
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Sigmund Schlomo Freud nasceu em 1856 em Freiberg, na Morávia (atual Príbor, na República Checa), descendente de uma família judaica;
Após uma escolaridade brilhante, optou por estudar Medicina;
Depois das investigações sobre a patologia anatomica e a fisiologia do sistema nervoso foi trabalhar para a Clínica Psiquiátrica de Meynert, em 1883, estudando depois com Charcot, em Paris, na Salpêtrière. Aí, observou as manifestações da histeria e os efeitos do hipnotismo;
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Foi casado com Martha Bernays e teve seis filhos, entre os quais está Anna, a sua filha mais nova e preferida, que seguiu estudos de psicanálise infantil;
Por ser judeu, foi perseguido pelos nazistas, acabando por fugir para Londres, onde morreu, em Setembro de 1939.
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 Psicanálise - tem a função de demonstrar qual a relação entre uma manifestação aparentemente absurda e um desejo inconsciente do indivíduo.
 
 Princípios do estudo de Freud:
Inconsciente  Determina as nossas motivações profundas.
Sexualidade  Essencial na nossa conduta 
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Teorias Psicológicas
Escola psicanalítica
Histórico: Final do sec. XIX - Estudo da Histeria
Hipnose – diminuição dos sintomas
Catarse = “Limpeza do chaminé” = liberação emocional intensa de situação traumática.
Abandono da hipnose = cura pela fala
Associação Livre 
Comportamento humano determinado pelo inconsciente
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“Qual poderia ser a causa de os pacientes esquecerem tantos fatos de sua vida interior e exterior...?”
O esquecido era sempre algo penoso para o indivíduo, e era exatamente por isso que havia sido esquecido e o penoso não significava, necessariamente, sempre algo ruim, mas podia se referir a algo bom que se perdera ou que fora intensamente desejado.
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Freud abandonou as perguntas no trabalho terapêutico com os pacientes
e os deixou dar livre curso às suas idéias, observou que, muitas vezes, eles ficavam embaraçados, envergonhados com algumas idéias ou imagens que lhes ocorriam. A esta força psíquica que se opunha a tornar consciente, a revelar um pensamento, Freud denominou resistência. E chamou de repressão o processo psíquico que visa encobrir, fazer desaparecer da consciência, uma idéia ou representação insuportável e
dolorosa que está na origem do sintoma. Estes conteúdos psíquicos “localizam-se” no inconsciente.
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1ª. Tópica: Consciente, inconsciente, pré-consciente
Inconsciente - conjunto de fenômenos psíquicos provisória ou definitivamente inacessíveis à consciência. Os conteúdos do inconsciente são levados, pelo seu próprio dinamismo, a passarem para a consciência.
 “Caixa Preta”, memórias esquecidas, rejeitadas, recalcadas.
Ausência de controle;
Oposto da consciência;
Sexualidade e Agressividade;
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Pré-consciente - inconsciente temporário com conteúdos psíquicos momentaneamente latentes. Filtro, intermediária. Funcionam processos de pensamento, memória, linguagem e raciocínio
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Consciente – dimensão racional da Psiqué. Controle da mente, racional, atenção e vigília. Dia-a-dia. 
 Na medida em que tudo o que conhecemos pertence ao consciente, só conseguimos conhecer o inconsciente que se reflete naquilo que é acessível à consciência, a maior parte das vezes através de sonhos, atos falhados e sintomas neuróticos.
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Censura – força que se opõe à passagem de todos os conteúdos do inconsciente para o consciente, originando recalcamentos.
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Estrutura da Mente
Conteúdos do Inconsciente:
Pulsões 
 Desejos;
 Medos (Fobias);
 Recalcamentos.
Conteúdos do Pré-Consciente:
Memórias;
 Lembranças.
Conteúdos do Consciente:
Raciocínios;
 Percepções;
 Pensamentos.
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2ª. Tópica: Estrutura e dinâmica da personalidade: ID EGO SUPEREGO
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Id:
A fonte da energia psíquica (Líbido). Apresenta como instintos que impulsionam o organismo.
Impulsos (não civilizados, tipo animal)
Não tolera tensão e o nível de tensão é elevado, age no sentido de descarregá-la. 
Regido pelo princípio do prazer. Prazer evita sofrimento.
Localiza-se na zona inconsciente da mente. 
Não conhece a realidade objetiva, a "lei" ética e social e é a-moral.
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Ego: 
“EU”, adapta o desejo do Id ao meio externo. Media realidade e personalidade. Estabelece o equilíbrio entre as pulsões do Id e as exigências do superego. 
Funções: a percepção, a memória, os sentimentos e os pensamentos.
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Superego:
 Sensor do ego,“Moral social”, proibições, geram a culpa. Conceitos do que é certo e errado, controla e nos pune quando fazemos algo “errado” e nos recompensa quando fazemos algo “certo”. 
Funções: inibir os impulsos do id (agressivos e sexuais) e lutar pela perfeição.
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Hipnose
Com o objetivo de conhecer o inconsciente, Freud estabeleceu um conjunto de procedimentos. 
Método das Associações Livres
 Transferência 
 Interpretação dos atos falhados;
 Interpretação dos sonhos;
- Interpretação dos sintomas neuróticos.
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 Atos falhados:
Pequenos enganos da vida cotidiana: desatenções, erros involuntários, lapsos (dizemos ou escrevemos uma palavra diferente da que queríamos utilizar) ou esquecimentos.
Expressão deformada e oculta de uma intenção recalcada.
Forma de retorno do recalcado.
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Quanto mais severa é a censura, maior é a deformação do desejo.
O que é o sonho?
Realização ilusória de um desejo, estando este disfarçado.
Revela que o inconsciente é capaz de efetuar operações de transposição e de disfarce muito complicadas, para satisfazer o desejo inconsciente e, ao mesmo tempo, ser aceite pela censura. 
 O sonho é um meio privilegiado para chegar ao conhecimento dos mecanismos do inconsciente, provando a existência deste. 
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Sexualidade: Conteúdos recalcados.
 Funcionamento da vida psíquica.
Conceito de resistência
Agressividade: recalcado e omitidos.
Ambos determinantes do comportamento humano.
Complexo de Édipo: Sexualidade desde a infância.
Desejo sexual ao genitor do sexo oposto e desejo de raiva ao genitor do mesmo sexo.
Elemento central para compreensão do inconsciente. 
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Complexo de Édipo, é em torno dele que ocorre a estruturação da personalidade do indivíduo.
Acontece entre 3 e 5 anos, durante a fase fálica.
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Superego origina-se com o complexo de Édipo, a partir da internalização das proibições, dos limites e da autoridade. A moral, os ideais são funções do superego. O conteúdo do superego refere-se a exigências sociais e culturais.
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Superego– instalação do sentimento de culpa (origina-se na passagem pelo complexo de édipo). Neste estado, o	indivíduo sente-se
culpado por alguma coisa errada que fez — o que parece óbvio — ou que não fez e desejou ter feito, alguma coisa
	considerada má pelo ego mas não, necessariamente, perigosa ou prejudicial; pode, pelo contrário, ter sido muito desejada.
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Mecanismos de defesa do Ego:
 Formas que o aparelho psíquico encontra para lidar com a pulsão, através da canalização das energias do Id para outras direções.
Defesas primitivas e evoluídas
Alguns mecanismos: Recalcamento, Projeção Deslocamento, Negação, Formação Reativa, racionalização, sublimação, etc. 
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Questões para estudo
1. Quais são os três usos do termo Psicanálise?
2.Quais são as práticas de Freud que antecederam a formulação da teoria psicanalítica?
3. Quais foram as descobertas que configuraram a criação da Psicanálise?
4. Caracterize Inconsciente, pre-consciente e consciente.
5. Caracterize ID, EGO, Superego.
6. Relacione Psicanálise e direito. 
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OS MECANISMOS DE DEFESA, 
OU A REALIDADE COMO ELA NÃO É
A percepção de um acontecimento, do mundo externo ou do mundo interno, pode ser algo muito constrangedor, doloroso, desorganizador. Para evitar este desprazer, a pessoa “deforma” ou suprime a realidade — deixa de registrar percepções externas, afasta
 determinados conteúdos psíquicos, interfere no pensamento.
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Recalque: o indivíduo “não vê”, “não ouve” o que ocorre. Existe a supressão de uma parte da realidade. Este aspecto que não é percebido pelo indivíduo faz parte de um todo e, ao ficar invisível, altera, deforma o sentido do todo.
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Formação reativa: o ego procura afastar o desejo que vai em determinada direção, e, para isto, o indivíduo adota uma atitude oposta a este desejo. Um bom exemplo são as atitudes exageradas — ternura excessiva, superproteção — que escondem o seu oposto, no caso, um desejo agressivo intenso.
Atitudes X desejos
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Regressão: o indivíduo retorna a etapas anteriores de seu desenvolvimento; é uma passagem para modos de expressão mais primitivos. Ex: medo de animal inofensivo. 
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Projeção: é uma confluência de distorções do mundo externo e interno.
O indivíduo localiza (projeta) algo de si no mundo externo e não percebe aquilo que foi projetado como algo seu que considera indesejável
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Racionalização: o indivíduo constrói uma argumentação intelectualmente convincente e aceitável, que justifica os estados “deformados” da consciência. Isto é, uma defesa que justifica as outras. Portanto, na racionalização, o ego coloca a razão a serviço do irracional e utiliza para isto o material fornecido pela cultura e pela ciência. 
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O uso destes mecanismos não é, em si, patológico, contudo distorce a realidade, e só o seu desvendamento pode nos fazer superar essa falsa consciência, ou melhor, ver a realidade como ela é.
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O que nos diz a frase: “O que João diz de Pedro diz mais de João do que de Pedro”.
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Relação entre a Psicanálise e Direito
Teoria explicativa de fenômenos psicossociais.
Ex. Violência – instintos agressivos, pulsão de força que desencadeia delitos pela fragilidade dos Mecanismos de defesa para recalcar.
Ex. Crimes passionais – amor e ódio andam juntos, até situação limite manifestar todo sentimento de ódio reprimido.
Casos de Adoção – identificar motivadores da solicitação, sentimentos ocultos, carências, limitações emocionais.
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Para a próxima aula:
Ler artigo “A dor e a constituição psíquica”
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