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CIÊNCIAS CONTÁBEIS Análise de Custos Programa 1 – Estrutura da Demonstração dos Lucros (ou Prejuízos) Acumulados 1.1 Conceito, importância e considerações gerais. 1.2 Ajuste de exercícios anteriores. 1.3 Proposta geral de destinação do lucro do período. 1.4 Tipos de reservas e reversão de reservas, dividendos. 1.5 Estrutura básica, aspectos legais e considerações do Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC. 2 – Estrutura da Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido 2.2 Proposta geral de destinação do lucro do período e demais itens considerados na Demonstração dos Lucros (ou Prejuízos) Acumulados; 2.1 Conceito, importância e considerações gerais; . Programa (cont.) 3.1 Conceito, importância e considerações gerais; 3.2 Metodologias de elaboração do DFC (direto e indireto); 3.3 Estruturação Básica, aspectos legais e considerações do Comitê de Pronunciamentos Contábeis. 2.3 Estruturação Básica, aspectos legais e considerações do Comitê de Pronunciamentos Contábeis. 3 – Estrutura da Demonstração do Fluxo de Caixa Prova: 8,0 Trabalho: 2,0 BIBLIOGRAFIA BIBLIOGRAFIA (cont.) 1.1 Conceito, importância e considerações gerais. Finalidade das demonstrações contábeis Demonstrações contábeis de propósito geral (referidas simplesmente como demonstrações contábeis): são aquelas cujo propósito reside no atendimento das necessidades informacionais de usuários externos que não se encontram em condições de requerer relatórios especificamente planejados para atender às suas necessidades peculiares. Notas explicativas: contêm informação adicional em relação à apresentada nas demonstrações contábeis. As notas explicativas oferecem descrições narrativas ou segregações e aberturas de itens divulgados nessas demonstrações e informação acerca de itens que não se enquadram nos critérios de reconhecimento nas demonstrações contábeis. 1.1 Conceito, importância e considerações gerais.(cont.) Finalidade das demonstrações contábeis As demonstrações contábeis são uma representação estruturada da posição patrimonial e financeira e do desempenho da entidade. O objetivo das demonstrações contábeis é o de proporcionar informação acerca da posição patrimonial e financeira, do desempenho e dos fluxos de caixa da entidade que seja útil a um grande número de usuários em suas avaliações e tomada de decisões econômicas. As demonstrações contábeis também objetivam apresentar os resultados da atuação da administração, em face de seus deveres e responsabilidades na gestão diligente dos recursos que lhe foram confiados. Para satisfazer a esse objetivo, as demonstrações contábeis proporcionam informação da entidade acerca do seguinte: 1.1 Conceito, importância e considerações gerais.(cont.) Finalidade das demonstrações contábeis (a) ativos; (b) passivos; (c) patrimônio líquido; (d) receitas e despesas, incluindo ganhos e perdas; (e) alterações no capital próprio mediante integralizações dos proprietários e distribuições a eles; e (f) fluxos de caixa. Essas informações, juntamente com outras informações constantes das notas explicativas, ajudam os usuários das demonstrações contábeis a prever os futuros fluxos de caixa da entidade e, em particular, a época e o grau de certeza de sua gera 1.1 Conceito, importância e considerações gerais.(cont.) Conjunto completo de demonstrações contábeis O conjunto completo de demonstrações contábeis inclui: (a) balanço patrimonial ao final do período; (b1) demonstração do resultado do período; (b2) demonstração do resultado abrangente do período; (c) demonstração das mutações do patrimônio líquido do período; (d) demonstração dos fluxos de caixa do período (e) notas explicativas, compreendendo as políticas contábeis significativas e outras informações elucidativas; 1.1 Conceito, importância e considerações gerais.(cont.) 1.1 Conceito, importância e considerações gerais.(cont.) Considerações: Ativo - Ativo Recurso CONTROLADO pela entidade, Resultado de eventos PASSADOS, Benefícios ECONÔMICOS futuros fluirão para a entidade. As contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos nelas registrados O grupo Ativo Circulante não houve alteração O grupo Realizável a Longo Prazo, após a alteração da lei 6.404/76 está classificada dentro do ativo não circulante. Subgrupo do ativo de menor grau de liquidez, ou seja, que se transformarão em dinheiro mais lentamente O grupo Ativo Permanente alterou quanto a nomenclatura, era subdividido em investimento, imobilizado e diferido, com a alteração a Lei 11.638/07, o ativo não circulante é subdividido o realizável a longo prazo conforme citado acima, investimento, imobilizado, e intangível. 1.1 Conceito, importância e considerações gerais.(cont.) Considerações: Passivo - São Obrigação PRESENTE da entidade, Resultado de eventos PASSADOS, Benefícios ECONÔMICOS futuros sairão da entidade. Apresentadas no passivo as obrigações da companhia, subdividindo-se em Passivo Circulante e Exigível a Longo Prazo. De acordo com a lei 11.638/07, todas as obrigações não classificadas no passivo circulante devem ser classificadas no passivo não circulante, isto é, obrigações cuja liquidação não se espera que ocorra dentro do ciclo operacional da empresa, serão classificadas no passivo não circulante antes classificado como exigível a longo prazo. Dentre as classificações do passivo, a mais significativa diferença entre a lei 6.404/76 e a lei 11.638/07 está na utilização do subgrupo de resultados de exercícios futuros onde o seu objetivo é abrigar receitas já recebidas que efetivamente devem ser reconhecidos nos anos futuros. Com a Lei 11.941 este subgrupo foi revogado. 1.1 Conceito, importância e considerações gerais.(cont.) Considerações Patrimônio Líquido – Interesse residual nos Ativos da entidade, depois de deduzidos todos os passivos. O último grupo que compõem o Balanço Patrimonial, o Patrimônio Líquido teve alteração onde deverá, segundo o § 2º do art. 178 da Lei consolidado das Sociedades por Ações 6.404/76, ser estruturado de acordo com os seguintes subgrupos: capital social, reservas de capital, ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados. Abaixo veremos as principais mudanças ocorridas no patrimonial líquido: Ajuste de avaliação patrimonial - Antes da alteração existia o subgrupo Reservas de Reavaliação agora será classificado como ajuste de avaliação patrimonial - que representam acréscimos derivados da diferença entre o valor contábil e o valor de mercado. 1.1 Conceito, importância e considerações gerais.(cont.) Considerações Lucros Acumulados - não são mais classificados como lucros acumulados, os lucros devem ser contabilizados em reservas de lucro, se a reserva de Lucros ultrapassarem o valor do Capital Social precisa ser distribuída. Assim a conta Lucro acumulado fica extinta e fica somente a conta de Prejuízo acumulado Ações em tesouraria - “[...] deverão ser destacadas no balanço como dedução da conta do patrimônio líquido que registrar a origem dos recursos aplicados na sua aquisição ”(Brasil, 1976, §5º art. 182).. 1.1 Conceito, importância e considerações gerais.(cont.) Considerações Ativo circulante. O ativo deve ser classificado como circulante quando satisfizer qualquer dos seguintes critérios: (a) espera-se que seja realizado, ou pretende-se que seja vendido ou consumido no decurso normal do ciclo operacional da entidade; (b) está mantido essencialmente com o propósito de ser negociado; (c) espera-se que seja realizado até doze meses após a data do balanço; ou (d) é caixa ou equivalente de caixa (conforme definido no Pronunciamento Técnico CPC 03 – Demonstração dos Fluxos de Caixa), a menos que sua troca ou uso para liquidação de passivose encontre vedada durante pelo menos doze meses após a data do balanço. Todos os demais ativos devem ser classificados como não circulantes. 1.1 Conceito, importância e considerações gerais.(cont.) Considerações Todos os demais ativos devem ser classificados como não circulantes. 67. Este Pronunciamento utiliza a expressão “não circulante” para incluir ativos tangíveis, intangíveis e ativos financeiros de natureza de longo prazo. Não se proíbe o uso de descrições alternativas desde que seu sentido seja claro. 67A. O ativo não circulante deve ser subdividido em realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado e intangível. 1.1 Conceito, importância e considerações gerais.(cont.) Considerações 68. O ciclo operacional da entidade é o tempo entre a aquisição de ativos para processamento e sua realização em caixa ou seus equivalentes. Quando o ciclo operacional normal da entidade não for claramente identificável, pressupõe-se que sua duração seja de doze meses. Os ativos circulantes incluem ativos (tais como estoque e contas a receber comerciais) que são vendidos, consumidos ou realizados como parte do ciclo operacional normal, mesmo quando não se espera que sejam realizados no período de até doze meses após a data do balanço. Os ativos circulantes também incluem ativos essencialmente mantidos com a finalidade de serem negociados (por exemplo, alguns ativos financeiros que atendem à definição de mantidos para negociação no CPC 48 – Instrumentos Financeiros) 1.1 Conceito, importância e considerações gerais.(cont.) Considerações Passivo circulante 69. O passivo deve ser classificado como circulante quando satisfizer qualquer dos seguintes critérios: (a) espera-se que seja liquidado durante o ciclo operacional normal da entidade; (b) está mantido essencialmente para a finalidade de ser negociado; (c) deve ser liquidado no período de até doze meses após a data do balanço; ou (d) a entidade não tem direito incondicional de diferir a liquidação do passivo durante pelo menos doze meses após a data do balanço (ver item 73). Os termos de um passivo que podem, à opção da contraparte, resultar na sua liquidação por meio da emissão de instrumentos patrimoniais não devem afetar a sua classificação. Todos os outros passivos devem ser classificados como não circulantes. 1.2 Ajuste de exercícios anteriores Retificação de erro 41. Erros podem ocorrer no registro, na mensuração, na apresentação ou na divulgação de elementos de demonstrações contábeis. As demonstrações contábeis não estarão em conformidade com os Pronunciamentos, Interpretações e Orientações deste CPC se contiverem erros materiais ou erros imateriais cometidos intencionalmente para alcançar determinada apresentação da posição patrimonial e financeira, do desempenho ou dos fluxos de caixa da entidade. Os potenciais erros do período corrente descobertos nesse período devem ser corrigidos antes de as demonstrações contábeis serem autorizadas para publicação. Contudo, os erros materiais, por vezes, não são descobertos até um período subsequente, e esses erros de períodos anteriores são corrigidos na informação comparativa apresentada nas demonstrações contábeis desse período subsequente (ver itens 42 a 47). Fonte: CPC 23 1.2 Ajuste de exercícios anteriores Retificação de erro 42. Sujeito ao disposto no item 43, a entidade deve corrigir os erros materiais de períodos anteriores retrospectivamente no primeiro conjunto de demonstrações contábeis cuja autorização para publicação ocorra após a descoberta de tais erros: (a) por reapresentação dos valores comparativos para o período anterior apresentado em que tenha ocorrido o erro; ou (b) se o erro ocorreu antes do período anterior mais antigo apresentado, da reapresentação dos saldos de abertura dos ativos, dos passivos e do patrimônio líquido para o período anterior mais antigo apresentado. Limitação à reapresentação retrospectiva 43. Um erro de período anterior deve ser corrigido por reapresentação retrospectiva. Fonte: CPC 23 1.2 Ajuste de exercícios anteriores A Lei das Sociedades por Ações estabeleceu o critério de que o lucro líquido do ano não deve estar influenciado por efeitos que, na verdade, não pertencem ao exercício, para que o resultado do ano reflita um valor que possa ser comparado com o de outros anos em bases similares. Daí decorre a importância da consistência na aplicação das políticas contábeis. Dessa forma, os valores relativos a ajustes de exercícios anteriores serão lançados diretamente na conta de Lucros ou Prejuízos Acumulados, sem afetar as receitas ou despesas do ano, o que é definido pelo § 1º do art. 186 da Lei nº 6.404/76, reproduzido a seguir: “§ 1º Como ajustes de exercícios anteriores serão considerados apenas os decorrentes de efeitos de mudança de critério contábil, ou da retificação de erro imputável a determinado exercício anterior, e que não possam ser atribuídos a fatos subsequentes.’’ 1.2 Ajuste de exercícios anteriores Como o CPC 23 – Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro determina que, no caso de mudança de política contábil (critério contábil, na linguagem da lei) ou de retificação de erro, sejam reapresentadas as demonstrações anteriores apresentadas comparativamente como se desde então fosse utilizada a nova política ou como se nunca houvesse sido cometido o erro, a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido precisa sofrer, nesse caso, duas adições: a primeira linha continua sendo os valores apresentados para as contas do patrimônio líquido como o foram na apresentação anterior, sem a mudança da política e/ ou sem a retificação de erro; 1.2 Ajuste de exercícios anteriores Retificação de erro 42. Sujeito ao disposto no item 43, a entidade deve corrigir os erros materiais de períodos anteriores retrospectivamente no primeiro conjunto de demonstrações contábeis cuja autorização para publicação ocorra após a descoberta de tais erros: (a) por reapresentação dos valores comparativos para o período anterior apresentado em que tenha ocorrido o erro; ou (b) se o erro ocorreu antes do período anterior mais antigo apresentado, da reapresentação dos saldos de abertura dos ativos, dos passivos e do patrimônio líquido para o período anterior mais antigo apresentado. Limitação à reapresentação retrospectiva 43. Um erro de período anterior deve ser corrigido por reapresentação retrospectiva. Fonte: CPC 23 1.3 Proposta Geral de Destinação de Lucros As alterações da Lei das Sociedades Anônimas (S.A) pela Lei nº 11.638, de 2007, causaram inquietação no meio empresarial, em especial através da extinção da conta contábil de "lucro acumulados" do balanço patrimonial. Tal alteração exigiria que os lucros obtidos deveriam ser, de alguma forma, destinados seja através de incorporação ao capital social, de constituição de reservas ou de distribuição aos sócios. 1.4 Tipos de reservas e reversão de reservas, dividendos. No balanço patrimonial, a diferença entre o valor dos ativos e o dos passivos representa o Patrimônio Líquido, que é o valor contábil pertencente aos acionistas ou sócios. O Pronunciamento Conceitual Básico – Estrutura Conceitual para Elaboração e apresentação das Demonstrações Contábeis (do CPC) destaca que, normalmente, numa base de continuidade operacional, somente por coincidência o valor pelo qual o Patrimônio Líquido é apresentado no balanço patrimonial será igual ao valor de mercado das ações da companhia, ou igual à soma que poderia ser obtida pela venda de seus ativos e liquidação de seus passivos isoladamente, ou da entidade como um todo. De acordo com a Lei nº 6.404/76, com redação modificada pela Lei nº 11.941/09, o Patrimônio Líquido é dividido em: 1.4 Tipos de reservas e reversão de reservas, dividendos. a) Capital Social – representavalores recebidos dos sócios e também aqueles gerados pela empresa que foram formalmente (juridicamente) incorporados ao Capital (lucros a que os sócios renunciaram e incorporaram como capital); b) Reservas de Capital – representam valores recebidos que não transitaram e não transitarão pelo resultado como receitas, pois derivam de transações de capital com os sócios; c) Ajustes de Avaliação Patrimonial – representam as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuído a elementos do ativo e do passivo, em decorrência de sua avaliação a valor justo, enquanto não computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de competência; algumas poderão não transitar pelo resultado, sendo transferidas diretamente para lucros ou prejuízos acumulados. 1.4 Tipos de reservas e reversão de reservas, dividendos. d) Reservas de Lucros – representam lucros obtidos e reconhecidos pela empresa, retidos com finalidade específica; e) Ações em Tesouraria – representam as ações da companhia que são adquiridas pela própria sociedade (podem ser quotas, no caso das sociedades limitadas); f) Prejuízos Acumulados – representam resultados negativos gerados pela empresa à espera de absorção futura; no caso de sociedades que não por ações, podem ser Lucros ou Prejuízos Acumulados, pois pode também abranger lucros à espera de destinação futura. 1.4 Tipos de reservas e reversão de reservas, dividendos. (cont.) CAPITAL REALIZADO O valor que deve constar do Patrimônio Líquido no subgrupo de Capital Social é o do Capital Realizado, ou seja, o total efetivamente integralizado pelos acionistas. O art. 182 da Lei nº 6.404/76 estabelece que “a conta do capital social discriminará o montante subscrito, e, por dedução, a parcela ainda não realizada’’. Dessa forma, a empresa deve ter a conta de Capital Subscrito e a conta devedora de Capital a Integralizar, sendo que o líquido entre ambas representa o Capital Realizado 1.4 Tipos de reservas e reversão de reservas, dividendos. (cont.) RESERVAS DE CAPITAL As reservas de capital são constituídas de valores recebidos pela companhia e que não transitaram pelo resultado como receitas, por se referirem a valores destinados a reforço de seu capital, sem terem como contrapartidas qualquer esforço da empresa em termos de entregas de bens ou de prestação serviços. Constam como tais reservas, por exemplo:- ágio da emissão de ações e alienação de partes beneficiárias. 1.4 Tipos de reservas e reversão de reservas, dividendos. (cont.) RESERVAS DE CAPITAL Ágio na emissão de ações: Quando uma entidade aumenta seu capital, emitindo novas ações, ela pode vendê-las ao público por seu valor nominal (ou pelo preço fixado na emissão), ou, com um “lucro”, ou seja, por um valor excedente, o que denomina-se ágio. Exemplo: 1.4 Tipos de reservas e reversão de reservas, dividendos. (cont.) RESERVAS DE CAPITAL Ágio na emissão de ações: Se uma empresa emitir 8.000 ações, cada uma com valor nominal de R$ 5,00, e vendê-las, todas, pelo valor unitário R$ 7,80, então patrimônio líquido da companhia sofrerá aumento de: Resolução: Valor nominal das ações: 8.000 x R$ 5,00 = R$ 40.000,00 Valor da negociação das ações: 8.000 x R$ 7,80 = R$ 62.400,00 Ágio na colocação das ações no mercado: R$ 62.400,00 – R$ 40.000 = R$ 22.400 1.4 Tipos de reservas e reversão de reservas, dividendos. (cont.) RESERVAS DE CAPITAL Ágio na emissão de ações: Lançamentos: Emissão das ações: D - Capital Social . . . . . . . . . . . . 40.000 C - Capital a realizar . . . . . . . . . . 40.000 Subscrição das ações: D - Caixa (AC) ........................ 62.400 C - Capital (PL) ........................ 40.000 C - Reserva de Ágio na Subscrição de Ações (PL) ........ 22.400 O Patrimônio Líquido aumentou R$ 62.400,00 em razão da emissão e venda das ações. 1.4 Tipos de reservas e reversão de reservas, dividendos. (cont.) RESERVAS DE CAPITAL Alienação de partes beneficiárias: Entre os valores mobiliários que as Sociedades Anônimas podem emitir encontram-se as denominadas "partes beneficiárias" ou, como alguns preferem chamar, "bônus de participação". Eles nada mais são que títulos negociáveis sem valor nominal e estranhos ao Capital Social da companhia, que podem ser criados a qualquer tempo pelas Sociedades Anônimas de Capital Fechado (1). (1) No Brasil, a Lei nº 10.303/2001, incluiu o parágrafo único ao artigo 47 da Lei das S/A, determinando que "é vedado às companhias abertas emitir partes beneficiárias". Portanto, atualmente, esses títulos não são mais negociáveis no mercado de valores mobiliários. 1.4 Tipos de reservas e reversão de reservas, dividendos. (cont.) RESERVAS DE CAPITAL Alienação de partes beneficiárias: Esses títulos podem ser negociados pela companhia ou cedidos gratuitamente aos acionistas, fundadores ou terceiros, como os empregados e clientes, entre outros, em remuneração pelos serviços prestados à companhia, de acordo com a vontade desta, nos termos de seu Estatuto Social ou conforme deliberação em assembleia geral dos acionistas. O único direito que o detentor desses títulos tem é a participação nos lucros anuais da companhia, que não poderá ser superior a 10% (dez por cento) do lucro apurado. Portanto, as partes beneficiárias representam um direito à participação nos lucros da companhia, porém não confere ao seu titular qualquer direito privativo de acionista, a não ser fiscalizar os atos dos administradores. 1.4 Tipos de reservas e reversão de reservas, dividendos. (cont.) RESERVAS DE CAPITAL - DESTINAÇÃO As reservas de capital somente podem ser utilizadas para: (a) Absorver prejuízos, quando estes ultrapassarem as reservas de lucros. Convém observar que, no caso da existência de reservas de lucros, os prejuízos serão absorvidos primeiramente por essas contas; (b) Resgate, reembolso ou compra de ações. A compra das próprias ações pela companhia, para retirá-las definitivamente de circulação, é denominada resgate de ações. Ressalta- se que, enquanto essas ações forem mantidas em tesouraria, não terão direito a dividendo nem a voto; (c) Resgate de partes beneficiárias. O art. 200 da Lei nº 6.404/76, em seu parágrafo único, determina que o produto da alienação de partes beneficiárias, registrado na reserva de capital específica, poderá ser utilizado para resgate desses títulos. (d) Incorporação ao capital. 1.4 Tipos de reservas e reversão de reservas, dividendos. RESERVAS DE LUCROS Reservas de lucros são constituídas pela apropriação de lucros da companhia, como previsto pelo inciso 4º do Art. 182 da Lei nº 6.404/76. Conforme inciso 6º do art.202 dessa Lei, adicionado pela Lei nº 10.303/01, caso ainda existam lucros remanescentes, após a segregação para pagamentos dos dividendos obrigatórios e após a destinação das diversas reservas de lucros, esses devem também ser distribuídos como dividendos. Esse novo parágrafo acaba por determinar que as companhias sempre deem destinação total para os lucros auferidos. 1.4 Tipos de reservas e reversão de reservas, dividendos. (cont.) RESERVAS DE LUCROS Reserva Legal: Instituída basicamente para dar proteção ao credor, é tratada no art. 193 da Lei nº 6.404/76 e deverá ser constituída com a destinação de 5% do lucro líquido do exercício. Será constituída obrigatoriamente, pela companhia, até que seu valor atinja 20% do capital social realizado, quando então deixará de ser acrescida; ou poderá, a critério da companhia, deixar de receber créditos, quando o saldo dessa reserva, somado ao montante das Reservas de Capital, atingir 30% do capital social. A utilização da reserva legal está restrita a compensação de prejuízos e ao aumento do capital social. A compensação de prejuízos ocorrerá obrigatoriamente quando ainda houver saldo de prejuízos, após terem sido absorvidosos saldos de Lucros Acumulados e das demais Reservas de Lucros. 1.4 Tipos de reservas e reversão de reservas, dividendos. (cont.) RESERVAS DE LUCROS Reservas Estatutárias: As reservas estatutárias são constituídas por determinação do estatuto da companhia, como destinação de uma parcela dos lucros do exercício. A empresa deverá criar subcontas conforme a natureza a que se refere, e com intitulação que indique sua finalidade. Para cada reserva estatutária, todavia, a empresa terá que, em seu estatuto: a) Definir sua finalidade de modo preciso e completo; b) Fixar critérios para determinar a parcela anual do lucro líquido a ser utilizada; c) Estabelecer seu limite máximo. Essas reservas não podem, todavia, restringir o pagamento do dividendo obrigatório. 1.4 Tipos de reservas e reversão de reservas, dividendos. (cont.) RESERVAS DE LUCROS Reserva para contingências: O art. 195 da Lei nº 6.404/76 estabelece a forma para constituição da reserva para contingência, como segue: “...A assembleia geral poderá, por proposta dos órgãos da administração, destinar parte do lucro líquido à formação de reserva com a finalidade de compensar, em exercício futuro, a diminuição do lucro decorrente de perda julgada provável, cujo valor possa ser estimado. § 1º A proposta dos órgãos da administração deverá indicar a causa da perda prevista e justificar, com as razões de prudência que a recomendem, a constituição da reserva. § 2º A reserva será revertida no exercício em que deixarem de existir as razões que justificaram a sua constituição ou em que ocorrer a perda...” 1.4 Tipos de reservas e reversão de reservas, dividendos. (cont.) RESERVAS DE LUCROS Reserva para contingências: O objetivo da constituição dessa reserva é segregar uma parcela dos lucros, correspondente a prováveis perdas extraordinárias futuras, que acarretarão diminuição dos lucros em exercícios futuros. Casos de contingências e perdas futuras extraordinárias: a) Geadas ou secas que podem atingir empresas com plantações, criações ou estoques nessas áreas, ou ainda as que dependem desses produtos para suas operações, como no caso das empresas comerciais ou industriais que utilizem tais produtos como matérias- primas em seu processo produtivo; 1.4 Tipos de reservas e reversão de reservas, dividendos. (cont.) RESERVAS DE LUCROS Reserva para contingências: Casos de contingências e perdas futuras extraordinárias: b) Cheias, inundações e outros fenômenos naturais que podem ocorrer ciclicamente nas áreas onde se localizam estoques ou instalações a empresa, gerando prejuízos efetivos por perdas de bens, por paralisação temporária das operações. 1.4 Tipos de reservas e reversão de reservas, dividendos. (cont.) RESERVAS DE LUCROS Reserva para contingências: Diferença entre reserva para contingências e provisão para riscos fiscais e outras contingências: A Provisão destina-se a das cobertura a perdas ou a despesas já incorridas, mas ainda não desembolsadas e que, dentro do regime de competência, devem ser lançadas no resultado, na constituição dessa provisão. A Reserva para Contingências é, por outro lado, uma expectativa de perdas ou prejuízos ainda não incorridos. 1.4 Tipos de reservas e reversão de reservas, dividendos. (cont.) RESERVAS DE LUCROS Reserva para contingências: Diferença entre reserva para contingências e provisão para riscos fiscais e outras contingências: Com o objetivo de dissipar eventuais dúvidas quanto a aplicabilidade da constituição de reserva ou de provisão para contingências, a seguir as principais características de cada um: 1.4 Tipos de reservas e reversão de reservas, dividendos. (cont.) RESERVAS DE LUCROS Reserva para contingências: Principais características de reserva para contingência: - Dar cobertura a perdas ou prejuízos potenciais (extraordinários, não repetitivos) ainda não incorridos; - Representa uma destinação no lucro líquido do exercício, contrapartida da conta de lucros acumulados; - É uma conta integrante do Patrimônio Líquido. 1.4 Tipos de reservas e reversão de reservas, dividendos. (cont.) RESERVAS DE LUCROS Reserva para contingências: Principais características de provisão para contingência: - Tem por finalidade dar cobertura a perdas ou despesas, cujo fato gerador já ocorreu, mas não tendo ainda havido, ainda, o correspondente desembolso ou perda; - Representa uma apropriação ao resultado do exercício, contrapartida de perdas extraordinárias, despesas ou custos, e sua constituição influência no resultado; - Deve ser constituída independentemente de a companhia apresentar, afinal, lucro ou prejuízo no exercício. 1.4 Tipos de reservas e reversão de reservas, dividendos. (cont.) RESERVAS DE LUCROS Reserva de lucros a realizar: Essa reserva é constituída por meio da destinação de uma parcela dos lucro do exercício, sendo, todavia, optativa sua constituição. O objetivo de constituí-la é não distribuir dividendos obrigatórios sobre a parcela de lucros ainda não realizada financeiramente (apesar de contábil e economicamente realizada) pela companhia, quando tais dividendos excederem a parcela financeiramente realizada do lucro líquido do exercício. 1.4 Tipos de reservas e reversão de reservas, dividendos. (cont.) RESERVAS DE LUCROS Reserva de lucros a realizar: Lei nª 6404/76, alterado pela Lei nº 10.303/01: “...Art. 197. No exercício em que o montante do dividendo obrigatório, calculado nos termos do estatuto ou do art. 202, ultrapassar a parcela realizada do lucro líquido do exercício, a assembleia-geral poderá, por proposta dos órgão das administração, destinar o excesso à constituição de reserva de lucros a realizar. 1.4 Tipos de reservas e reversão de reservas, dividendos. (cont.) RESERVAS DE LUCROS Reserva de lucros a realizar: § 1º Para os efeitos deste artigo, considera-se realizada a parcela do lucro líquido do exercício que exceder a soma dos seguintes valores: I – O resultado líquido positivo da equivalência patrimonial; e II – O lucro, rendimento ou ganho líquidos em operações ou contabilização de ativo e passivo pelo valor de mercado, cujo prazo de realização financeira ocorra após o término do exercício social seguinte. § 2º A reserva de lucros a realizar somente poderá ser utilizada para pagamento do dividendo obrigatório...”. 1.4 Tipos de reservas e reversão de reservas, dividendos. (cont.) DIVIDENDOS “Art. 202. Os acionistas têm direito de receber como dividendo obrigatório, em cada exercício, a parcela dos lucros estabelecida no estatuto ou, se este for omisso, a importância determinada de acordo com as seguintes normas: I – metade do lucro líquido do exercício diminuído ou acrescido dos seguintes valores: a) importância destinada à constituição da reserva legal (art. 193); e b) importância destinada à formação da reserva para contingências (art. 195) e reversão da mesma reserva formada em exercícios anteriores; 1.5 Estrutura básica, aspectos legais e considerações do Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC.
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