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SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA Por Angelo Costa 1 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA O que é a Substituição Tributária? 2 2 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA 3 3 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA É um instituto criado e implementado pelas Unidades da Federação antes do advento da atual Constituição Federal, por intermédio de legislação infraconstitucional, ou seja, de Convênios e Protocolos celebrados entre os secretários de fazenda estaduais. Durante muito tempo, a sua constitucionalidade e legitimidade foi arguida em juízo pelos contribuintes, sob a alegação de falta de previsão constitucional e de lei complementar para a sua implementação. Entendendo as Regras Gerais (Legislação Federal e Estaduais) 4 4 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA Convênios são atos assinados por todos os representantes de cada um dos Estados e do Distrito Federal, que deliberam sobre a concessão de benefícios, incentivos fiscais e regimes de tributação que terão aplicação no âmbito interno de cada ente federativo e também no âmbito interestadual. Protocolos são atos assinados apenas por alguns dos Estados, para determinar a aplicação de benefícios, incentivos fiscais e regimes de tributação, nas operações e prestações internas e interestaduais. Entendendo as Regras Gerais (Legislação Federal e Estaduais) 5 (O art. 9º da Lei Complementar nº 87/96 ) 5 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA Em face da eficiência desse instituto, uma vez que a sua aplicação fez diminuir a evasão fiscal e facilitou a fiscalização, a atual Constituição Federal, no seu artigo 150, parágrafo 7º, incorporou-o definitivamente e a Lei Complementar nº 87/96 veio a legitimá-la: § 7º A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição de responsável pelo pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata e preferencial restituição da quantia paga, caso não se realize o fato gerador presumido. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) Aplicação da Sistemática do Regime de Substituição Tributária 6 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA Hierarquia Legislativa do sistema tributário nacional CONSTITUIÇÃO Estabelece o poder de tributar (fixa a competência), as limitações e a repartição da receita. CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL – CTN (Lei 5.172/66) Estabelece as normas gerais do direito tributário: (a) Fato Gerador; (b) Contribuinte; (c) Base de Cálculo. LEIS Normas que regulam os impostos, que só podem ser exigidos após a existência da lei. DECRETOS E OUTRAS NORMAS REGULADORAS Decretos: finalidade de possibilitar a aplicação da norma por agentes administrativos; Normas Complementares: Explicitam leis, decretos, tratados e convênios internacionais. 7 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA Como surgiu a Substituição Tributária? 8 8 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA Origem da Iniciativa no Brasil A Constituição do Império do Brasil de 1824 foi a primeira constituição brasileira, elencava poucas normas de tributação, visto que o inciso X do artigo 15 da mesma dispunha que competia ao Poder Legislativo "fixar anualmente as despesas públicas, e repartir a contribuição". FOI O START UP da legislação tributária no Brasil. CF/1824 1824 Criação do IR Lei 4.625 1922 Criação do IPI, ICM e ISS EC nº 18 1965 Criação do IVC CF/1934 1934 Criação do CTN LC 5.172 1966 Criação do PIS/PASEP LC nº 7 1970 Criação do ICMS CF/88 1988 1988 Criação da CSLL Lei 7.689 1991 Criação da COFINS LC nº 70 9 CONSUMIDOR FINAL COMÉRCIO VAREJISTA COMÉRCIO ATACADISTA INDÚSTRIA Cadeia Mercantil ICMS PIS COFINS ICMS PIS COFINS ICMS PIS COFINS Tributos plurifásicos Mercadorias: Serviços: PRESTADOR TOMADOR ISS PIS COFINS Tributos Retidos na Fonte PJ - NF modelos 1 e 1A PJ - NFS modelos 3 e 3A PF - NF modelos 2 e 2D PF - NF modelos 2 e 2D DANFE modelo 55 DANFE modelo 65 DANFE modelo 55 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA 10 COMÉRCIO VAREJISTA COMÉRCIO ATACADISTA PRESTADOR INDÚSTRIA Aglutinação das Cadeias Mercantis TOMADOR ICMS ICMS ICMS ICMS NF modelos e modais: 7 – Rodoviário 8 – Rodoviário 9 – Aquaviário 10 - Aéreo 11 - Ferroviário 27 - Ferroviário DACTE modelo 57 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA 11 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA Origem da Iniciativa no Brasil A Substituição Tributária pode ser conceituada como sendo o regime pelo qual a responsabilidade pelo ICMS devido em relação às operações ou prestações de serviços é atribuída a outro contribuinte. Criação do ICM pela EC nº 18 1965 Criação do IVC pela CF/1934 1934 Criação do ICMS pela CF/88 1988 Tributo Federal Tributo Estadual 12 Alíquota única Alíquota interestadual Alíquota interna SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA Operações com ST 13 Revenda P/ Dentro do Estado P/ Fora do Estado Revenda Consumo/A. Fixo Produção Tem ST Sem Convênio Com Convênio Qualquer Destinação Não Tem ST Não Contribuinte Produção Z. Franca Consumo/A. Fixo Tem ST Revenda 13 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA Quais os participantes da Substituição Tributária? 14 14 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA É o responsável pela retenção e recolhimento do imposto incidente em operações ou prestações antecedentes, concomitantes ou subsequentes, inclusive do valor decorrente da diferença entre as alíquotas interna e interestadual nas operações e prestações de destinem mercadorias e serviços a consumidor final. Em regra geral será o fabricante ou importador no que se refere às operações subsequentes . Contribuinte Substituto e Substituído Substituto É aquele que tem o imposto devido relativo às operações e prestações de serviços pago pelo contribuinte substituto. Substituído 15 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA O contribuinte que receber, de dentro ou de fora do Estado, mercadoria sujeita à substituição tributária, sem que tenha sido feita a retenção total na operação anterior, fica solidariamente responsável pelo recolhimento do imposto que deveria ter sido retido. Responsável Responsável 16 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA a) da entrada ou recebimento da mercadoria ou serviço; b) da saída subsequente por ele promovida, ainda que isenta ou não-tributada; c) ocorrer qualquer saída ou evento que impossibilite a ocorrência do fato determinante do pagamento do imposto. Responsável Na hipótese de responsabilidade tributária em relação às operações ou prestações antecedentes, o imposto devido pelas referidas operações ou prestações será pago pelo responsável quando: 17 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA Conceito e Funcionamento CONSUMIDOR FINAL COMÉRCIO VAREJISTA COMÉRCIO ATACADISTA INDÚSTRIA ICMS ICMS ICMS Tributo plurifásico Tributo monofásico ICMS Responsável Contribuinte Substituto Substituído 18 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA Qual a aplicabilidade da Substituição Tributária? 19 19 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA Quando se aplica Aplica-se nas operações internas e interestaduais em relação às operações subsequentes a serem realizadas pelos contribuintes substituídos. Ressalte-se que, nas operações interestaduais, em relação a algumas mercadorias, a sujeição ocorre, também, quanto às entradas para uso e consumo ou ativo imobilizado desde que o destinatário das mercadorias seja contribuinte do ICMS e nestes casos não incidirá na operação a margem presumida, pré-definida pelo Governo, na base de cálculo do regime da ST. (Arts. 6º e 9º, parágrafo 2º, da Lei Complementar nº 87/96) 20 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA Quando não se aplica Não se aplica a Substituição Tributária: a) às operações que destinem mercadorias a sujeito passivo por substituição da mesma mercadoria. Ex.: saída de fabricante de lâmpada para outra indústria de lâmpada; b) às transferências para outro estabelecimento, exceto varejista, do sujeito passivo por substituição, hipótese em que a responsabilidade pela retenção e recolhimento do imposto recairá sobre o estabelecimento que promover a saída da mercadoria com destino a empresa diversa; 21 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA Quando não se aplica c) na saída para consumidor final, salvo se a operação for interestadual e o destinatário contribuinte do ICMS, uma vez que, como me referi no subitem acima, alguns Protocolos/Convênios que dispõe sobre o regime da Substituição Tributária atribuem a responsabilidade ao remetente em relação à entrada para uso e consumo ou ativo imobilizado, ou seja, em relação ao diferencial de alíquotas. (No caso específico de lâmpadas os Estados de BA e PR não exigem a Substituição Tributária mesmo se o destinatário for contribuinte do ICMS); d) à operação que destinar mercadoria para utilização em processo de industrialização. 22 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA Quais as mercadorias sujeitas ao Regime de Substituição Tributária? 23 23 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA Mercadorias sujeitas Entre as mercadorias cuja sujeição nas operações foi determinada por Convênios/Protocolos subscritos por todos os Estados e/ou por uma maioria podemos citar: a) – fumo; b) – tintas e vernizes; c) – motocicletas; d) – automóveis; e) – pneumáticos; f) – cervejas, refrigerantes, chope, água e gelo; g) – cimento; h) – combustíveis e lubrificantes; i) – material elétrico. 24 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA Mercadorias sujeitas Existem, também, mercadorias que foram objetos de Protocolo subscrito apenas por algumas Unidades da Federação que estão sujeitas ao regime da substituição tributária apenas em operações interestaduais: a) – discos e fitas virgens e gravadas; b) – bateria; c) – pilhas; d) – lâminas de barbear; e) – cosméticos; f) – materiais de construção. 25 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA Sobre serviços de transportes O ICMS sobre o serviço de transporte é devido ao local do início da prestação. Considerando este fato, as Unidades da Federação, por intermédio do Convênio ICMS nº 25/90, estabeleceram que, por ocasião da prestação de serviço de transporte de carga por transportador autônomo ou por empresa transportadora de outra Unidade da Federação não inscrita no cadastro de contribuintes do Estado de início da prestação, a responsabilidade pelo pagamento do ICMS devido poderá ser atribuída: 26 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA Sobre serviços de transportes a) ao alienante ou remetente da mercadoria, exceto se produtor rural ou microempresa, quando contribuinte do ICMS; b) ao destinatário da mercadoria, exceto se produtor rural ou microempresa, quando contribuinte do ICMS, na prestação interna; c) ao depositário da mercadoria a qualquer título, na saída da mercadoria ou bem depositado por pessoa física ou jurídica. 27 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA Quais espécies de Substituição Tributária? 28 28 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA Nesta hipótese de substituição tributária, a legislação atribui a determinado contribuinte a responsabilidade pelo pagamento do ICMS em relação às operações anteriores. Nesta espécie se encontra o diferimento do lançamento do imposto. Operações Anteriores CONSUMIDOR FINAL COMÉRCIO VAREJISTA COMÉRCIO ATACADISTA INDÚSTRIA ICMS ICMS ICMS ICMS Contribuinte Responsável Substituído Substituto 29 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA Caracteriza-se pela atribuição a determinado contribuinte (normalmente o primeiro na cadeia de comercialização, o fabricante ou importador) pelo pagamento do valor do ICMS incidente nas subsequentes operações com a mercadoria, até sua saída destinada a consumidor ou usuário final. (Art. 6º, parágrafo 1º, da Lei Complementar nº 87/96) Operações Subsequentes CONSUMIDOR FINAL COMÉRCIO VAREJISTA COMÉRCIO ATACADISTA INDÚSTRIA ICMS ICMS ICMS ICMS Responsável Contribuinte Substituto Substituído 30 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA Esta espécie de Substituição Tributária caracteriza-se pela atribuição da responsabilidade pelo pagamento do imposto a outro contribuinte, e não àquele que esteja realizando a operação ou prestação de serviço, concomitantemente à ocorrência do fato gerador. Nesta espécie se encontra a Substituição Tributária dos serviços de transportes de cargas. Operações Concomitante COMÉRCIO VAREJISTA COMÉRCIO ATACADISTA PRESTADOR INDÚSTRIA TOMADOR ICMS ICMS ICMS ICMS 31 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA Como calcular a Substituição Tributária? 32 32 Para calcular a Substituição Tributária do ICMS é importante entender a forma de apuração do Tributo Normal e suas alíquotas. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA ICMS 33 O ICMS (imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual, intermunicipal e de comunicação) é de competência dos Estados e do Distrito Federal. Sua regulamentação constitucional está prevista na Lei Complementar 87/1996 (a chamada “Lei Kandir”), alterada posteriormente pelas Leis Complementares 92/97, 99/99 e 102/2000. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA ICMS 34 O imposto é não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou por outro Estado. É assegurado ao sujeito passivo o direito de creditar-se do imposto anteriormente cobrado em operações de que tenha resultado a entrada de mercadoria, real ou simbólica, no estabelecimento. ICMS DA SAÍDA/VENDA = DÉBITO DO TRIBUTO/ICMS A RECOLHER ICMS DA ENTRADA/COMPRA = CRÉDITO DO TRIBUTO/ICMS A RECUPERAR ICMS DEVIDO = ICMS A PAGAR SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA NÃO CUMULATIVIDADE DO IMPOSTO 35 Se o valor do crédito do imposto for maior que o débito do imposto acontecerá a situação de SALDO CREDOR DE ICMS. ICMS das Saídas ICMS das Entradas + Créditos de ICMS do mês anterior ICMS A RECOLHER ( - ) Crédito do Imposto ( + ) Débito do Imposto CÁLCULO DO IMPOSTO SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA CÁLCULO DO ICMS 36 36 Devido as alterações do Convênio ICMS 93/2015 que trouxe novas regras de aplicação para vendas destinadas ao consumidor final não contribuinte localizado em outra unidade de federação, muitos estados adaptaram suas alíquotas internas visando uma melhor arrecadação por causa do Diferencial de Alíquota. A Emenda Constitucional 31/2002 instituiu, no âmbito da União, o Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza, destinado a vigorar até o ano de 2010 e depois prorrogado por tempo indeterminado pela EC 67/2010 (artigos 79 a 81 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias). SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA Alíquota interna do ICMS 37 18 Contabilidade Tributária Prof.: Angelo Costa 38 Segue abaixo relação de todos os estados contendo seus devidos embasamentos legais: Acre – AC: Artigo 17, inciso I, do RICMS/AC. Alagoas – AL: Artigo 17, inciso I, alínea “b”, da Lei nº 5.900/96 – Artigo 2º do Decreto nº 2.845/2005 Amapá – AP: Artigo 37, inciso III, alínea “i”, da Lei n° 400/97. Amazonas – AM: Artigo 12, inciso I, alínea “b”, do Código Tributário do Estado (Lei Complementar 19/97). Bahia – BA: Artigo 15, inciso I, alínea “a”, da Lei n° 7.014/96. Ceará – CE: Artigo 44, inciso I, alínea “c”, da Lei nº 12.670/96 01/04/2017 Distrito Federal – DF: Artigo 18, inciso II, alínea “c”, da Lei nº 1.254/96 Espírito Santo – ES: Artigo 71, inciso I, alínea “a”, do RICMS/ES. Goiás – GO: Artigo 20, inciso I, do RCTE/GO. Maranhão – MA: Artigo 23, inciso III, da Lei n° 7.799/2002. Mato Grosso – MT: Artigo 95, inciso I, alínea “a”, do RICMS/MT. Mato Grosso do Sul – MS: Artigo 41, inciso III, alínea “a”, do RICMS/MS. Minas Gerais – MG: Artigo 42, inciso I, alínea “e”, do RICMS/MG. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA Alíquota interna do ICMS 39 Pará – PA: Artigo 20, inciso VI, do RICMS/PA. Paraíba – PB: Artigo 13, inciso IV, do RICMS/PB. Paraná – PR: Artigo 14, inciso VI, do RICMS/PR. Pernambuco – PE: Artigo 23-B, inciso VII, alínea “a”, da Lei n° 10.259/89. Piauí – PI: Artigo 20, inciso I, alínea “a”, do RICMS/PI. – Artigo 23-D da Lei n° 4.257/89 Rio de Janeiro – RJ: Artigo 14, inciso I, da Lei n° 2.657/96 – Lei n° 4.056/2002 Rio Grande do Norte – RN: Artigo 104, inciso I, alínea “a”, do RICMS/RN. Rio Grande do Sul – RS: Artigo 27, inciso X, do Livro I do RICMS/RS Rondônia – RO: Artigo 12, inciso I, alínea “e”, do RICMS/RO. Roraima – RR: Artigo 46, inciso I, alínea “d”, do RICMS/RR. Santa Catarina – SC: Artigo 26, inciso I, do RICMS/SC. São Paulo -SP: Artigo 52, inciso I, do RICMS/SP. Sergipe – SE: Artigo 40, inciso I, do RICMS/SE. Tocantins – TO: Artigo 27, inciso II, do Código Tributário do Estado (Lei n° 1.287/2001). SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA Alíquota interna do ICMS 40 40 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA Alíquota interna do ICMS 41 Art. 18. As alíquotas do imposto, seletivas em função da essencialidade das mercadorias e serviços, são: II - nas operações e prestações internas: a)de 25% (vinte e cinco por cento), para: armas e munições; (...) 13) energia elétrica, para classe residencial e Poder Público, acima de 500 KWh mensais; b) de 21% ( vinte e um por cento ), para energia elétrica, classe residencial, de 301 a 500 KWh mensais, e classes industrial e comercial, acima de 1.000 KWh mensais; 41 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA Alíquota interna do ICMS 42 Art. 18. As alíquotas do imposto, seletivas em função da essencialidade das mercadorias e serviços, são: II - nas operações e prestações internas: c) de 18%, para lubrificantes e demais mercadorias e serviços não listados nas demais alíneas, bem como para produtos de perfumaria ou de toucador, preparados e preparações cosméticas, classificados nas posições de 3301 a 3305 e 3307 da Nomenclatura Brasileira de Mercadorias – Sistema Harmonizado (NBM/SH); 42 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA Alíquota interna do ICMS 43 d) de 12% (doze por cento), para: (...) 3) energia elétrica até 200 KWh mensais; e) de 15% para óleo diesel; f) de 28% para serviço de comunicação e para petróleo e combustíveis... g) de 29% para bebidas alcoólicas; h) de 35% para fumo e seus derivados, cachimbos, cigarreiras, piteiras e isqueiros; i) de 17%, para medicamentos. 43 A Resolução do Senado Federal 22/89 estabeleceu alíquotas interestaduais de 12% para as operações e prestações realizadas nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste e no Estado do Espírito Santo com destino às regiões Sul e Sudeste e de 7% para as operações e prestações realizadas nas regiões Sul e Sudeste com destino às regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste e ao Estado do Espírito Santo. “Com o evidente objetivo de reduzir as desigualdades regionais, como preconizado no art. 3º, III, da Constituição”, conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal (ADIMC 2.021-8/DF – Rel. Ministro Maurício Corrêa - J: 04/08/1999). REGIÕES: Norte, Nordeste, Centro-Oeste e o Estado do Espírito Santo 7% REGIÕES: Sul e Sudeste 12% GRUPO 2 GRUPO 1 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA Alíquota interestadual do ICMS 44 Instituída pela Resolução do Senado Federal nº 22 de 1989. Dividiu o Brasil em grupos. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA Alíquota interna do ICMS 45 Grupo 1 Grupo 2 12% 7% SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA Alíquota interna do ICMS 46 12% 12% 12% 12% SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA Alíquota interna do ICMS 47 12% 12% 7% 7% 12% SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA Alíquota interna do ICMS 48 DATA NF CLIENTE VALOR ALÍQUOTA ICMS 12/01 001 MinasGerais 4.000,00 12% 480,00 31/01 003 Brasília 3.500,00 18% 630,00 31/01 005 Brasília 1.000,00 18% 180,00 TOTAL - - 8.500,00 - 1.290,00 Controle de Saída de Mercadorias DATA NF FORNECEDOR VALOR ALÍQUOTA ICMS 10/01 002 São Paulo 2.500,00 7% 175,00 20/01 598 Brasília 4.600,00 18% 828,00 25/01 005 Goiás 1.800,00 12% 216,00 30/01 054 EspíritoSanto 3.000,00 12% 360,00 TOTAL - - 11.900,00 - 1.579,00 Controle de Entradas de Mercadorias Se o valor do crédito do imposto for maior que o débito do imposto acontecerá a situação de SALDO CREDOR DE ICMS. ICMS DAS SAÍDAS = 1.290,00 ICMS DAS ENTRADAS = 1.579,00 ICMS APURADO = - 289,00 CÁLCULO DO IMPOSTO SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA Alíquota interna do ICMS 49 49 36 Contabilidade Tributária Prof.: Angelo Costa A Resolução do Senado Federal nº 13/2012 estabelece alíquotas do Imposto nas operações interestaduais com bens e mercadorias importados do exterior. O Senado Federal resolve: Art. 1º A alíquota do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS), nas operações interestaduais com bens e mercadorias importados do exterior, será de 4% (quatro por cento). SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA Alíquota de importação 50 § 1º O disposto neste artigo aplica-se aos bens e mercadorias importados do exterior que, após seu desembaraço aduaneiro: I - não tenham sido submetidos a processo de industrialização; II - ainda que submetidos a qualquer processo de transformação, beneficiamento, montagem, acondicionamento, reacondicionamento, renovação ou recondicionamento, resultem em mercadorias ou bens com Conteúdo de Importação superior a 40% (quarenta por cento). SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA Alíquota de importação 51 52 Foi definido pelo Convênio 93/2015 de acordo com o § 4º da Cláusula segunda que também deverá ser recolhido nas vendas interestaduais destinadas ao consumidor final não contribuinte o adicional de até dois pontos percentuais na alíquota de ICMS observando a legislação da respectiva unidade federada de destino. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA FECP – Fundo de Erradicação e Combate a Pobreza 53 LISTA DOS ESTADOS QUE POSSUEM O FECP SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA FECP – Fundo de Erradicação e Combate a Pobreza UF DIPLOMA LEGAL AL LEI Nº 7742 DE 09/10/2015 CE DECRETO N° 31.860, DE 29 DE DEZEMBRO DE 2015 DF LEI Nº 5569 DE 18/12/2015 ES LEI 10.379, DE 16-6-2015 GO ANEXO XIV (Art. 20, § 6º) MA LEI nº 10.329, de 30.09.2015 – DOE MA de 30.09.2015 MG DECRETO N° 46.927, DE 29 DE DEZEMBRO DE 2015 MS LEI nº 4.751, de 05.11.2015 – DOE MS de 06.11.2015 MT LEI 10.337, de 16.11.2015 – DOE MT de 16.11.2015 54 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA FECP – Fundo de Erradicação e Combate a Pobreza UF DIPLOMA LEGAL PB DECRETO Nº 36209 DE 30/09/2015 01/01/2016 PE LEI Nº 15599 DE 30/09/2015 01/01/2016 PI LEI N° 6.745, DE 23 DE DEZEMBRO DE 2015 PR LEI Nº 18573 DE 30/09/2015 01/02/2016 RJ LEI COMPLEMENTAR 61/2015 RN LEI Nº 9991 DE 29/10/2015 RO LEI COMPLEMENTAR Nº 842 DE 27/11/2015 RS LEI nº 14.742, de 24.09.2015 – DOE RS de 25.09.2015 SE DECRETO Nº 30118 DE 20/11/2015 SP LEI Nº 16006 DE 24/11/2015 TO LEI Nº 3019 DE 30/09/2015 55 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA FECP – Fundo de Erradicação e Combate a Pobreza LEI Nº 5569 DE 17/12/2015 – DISTRITO FEDERAL Art. 2 º Fica acrescido à Lei nº 1.254 , de 8 de novembro de 1996, o seguinte art. 18-A: Art. 18-A. Às mercadorias constantes do art. 2º , I, da Lei nº 4.220 , de 9 de outubro de 2008, aplica-se o adicional de alíquota de 2 pontos percentuais. Art. 2º Constituem receitas do Fundo: I – a parcela do produto da arrecadação correspondente ao adicional de dois pontos percentuais na alíquota do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação – ICMS, ou de imposto que vier a substituí-lo, sobre os produtos abaixo relacionados: 56 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA FECP – Fundo de Erradicação e Combate a Pobreza a) embarcações esportivas e de lazer, inclusive iates, lanchas e veleiros; b) fumo, cigarros e demais artigos de tabacaria; c) bebidas hidroeletrolíticas (isotônicas) e energéticas; d) bebidas alcoólicas; e) armas e munições, exceto as adquiridas pelos órgãos de segurança; f) joias; g) perfumes e cosméticos, com prazo limitado ao exercício financeiro de 2016; h) cervejas sem álcool; i) ultraleves, planadores, asas-deltas, parapentes e outras aeronaves não propulsadas. 57 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA FECP – Fundo de Erradicação e Combate a Pobreza Nas operações com mercadorias na Lei nº 5569/2015 obrigadas ao recolhimento do adicional de dois por cento do ICMS referente ao Fundo de Combate a Pobreza deverá ser recolhido em DAR separado do ICMS ST. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA ATIVIDADE 58 58 59 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA 1. Janeiro Data NF Fornecedor Valor Alíquota ICMS 05/01 4480 Rio de Janeiro 5.700,00 15/01 1615 Brasília 4.300,00 18/01 1010 Brasília 1.200,00 30/01 99847 EspíritoSanto 1.300,00 Total ENTRADAS 60 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA 1. Janeiro SAÍDAS Data NF Cliente Valor Alíquota ICMS 10/01 001 Brasília 500,00 20/01 002 Brasília 3.600,00 30/01 003 EspíritoSanto 3.000,00 Total CÁLCULO DO IMPOSTO: ( + ) ICMS DAS SAÍDAS_____________________________ ( - ) ICMS DAS ENTRADAS___________________________ ( = ) ICMS APURADO_______________________________ ( - ) CRÉDITO DE MÊS ANTERIOR_____________________ ( = ) ICMS A PAGAR________________________________ 61 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA 2. Fevereiro Data NF Fornecedor Valor Alíquota ICMS 01/02 3357 Brasília 5.000,00 10/02 2455 Ceará 2.200,00 15/02 5499 São Paulo 15.000,00 Total ENTRADAS 62 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA SAÍDAS Data NF Cliente Valor Alíquota ICMS 01/02 004 Piauí 8.000,00 10/02 005 Minas Gerais 7.200,00 20/02 006 Brasília 4.100,00 Total CÁLCULO DO IMPOSTO: ( + ) ICMS DAS SAÍDAS_____________________________ ( - ) ICMS DAS ENTRADAS___________________________ ( = ) ICMS APURADO_______________________________ ( - ) CRÉDITO DE MÊS ANTERIOR_____________________ ( = ) ICMS A PAGAR________________________________ 2. Fevereiro 63 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA 3. Março Data NF Fornecedor Valor Alíquota ICMS 02/03 15995 Minas Gerais 1.900,00 31/03 335954 Brasília 2.800,00 Total ENTRADAS 64 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA SAÍDAS Data NF Cliente Valor Alíquota ICMS 02/03 007 Maranhão 6.000,00 15/03 008 Brasília 2.250,00 31/03 009 Bahia 5.000,00 Total CÁLCULO DO IMPOSTO: ( + ) ICMS DAS SAÍDAS_____________________________ ( - ) ICMS DAS ENTRADAS___________________________ ( = ) ICMS APURADO_______________________________ ( - ) CRÉDITO DE MÊS ANTERIOR_____________________ ( = ) ICMS A PAGAR________________________________ 3. Março SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA ICMS ST O recolhimento do ICMS ST é a antecipação do ICMS que a empresa (comércio) do seu cliente pagaria ao vender aquela mercadoria ao consumidor final. Portanto, o pagamento do ICMS ST não é uma despesa para a empresa que recolhe. Por quê? Pois o valor destacado na nota fiscal no campo "Substituição Tributária“ diminuído do valor do ICMS Normal, será reembolsado para essa mesma empresa que recolheu o imposto no recebimento desta venda. 65 Rio de Janeiro Alíquota Interestadual 12% Valor da venda R$ 100,00 Valor da pauta R$ 200,00 Alíquota Interna 18% ICMS Normal R$ 100,00 x 12% = R$ 12,00 ICMS ST R$ 200,00 x 18% = R$ 36,00 VALOR COBRADO R$ 36,00 – R$ 12,00 = R$ 24,00 48 Contabilidade Tributária Prof.: Angelo Costa SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA ICMS ST 66 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA BASE DE CÁLCULO A Lei Complementar nº 87/96 em seu artigo 8º, ao tratar do regime de sujeição passiva por substituição, determina que a base de cálculo será o valor correspondente ao preço de venda a consumidor acrescido do valor do frete, IPI e demais despesas debitadas ao estabelecimento destinatário, bem como a parcela resultante da aplicação (sobre esse total) do percentual de valor agregado (margem de lucro). Esse percentual é estabelecido em cada caso de acordo com as peculiaridades de cada mercadoria. BC = (Valor mercadoria + frete + IPI + outras despesas) x margem de lucro. 67 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA BASE DE CÁLCULO Art. 8º A base de cálculo, para fins de substituição tributária, será: I - em relação às operações ou prestações antecedentes ou concomitantes, o valor da operação ou prestação praticado pelo contribuinte substituído; 68 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA BASE DE CÁLCULO Art. 8º A base de cálculo, para fins de substituição tributária, será: II - em relação às operações ou prestações subsequentes, obtida pelo somatório das parcelas seguintes: a) o valor da operação ou prestação própria realizada pelo substituto tributário ou pelo substituído intermediário; b) o montante dos valores de seguro, de frete e de outros encargos cobrados ou transferíveis aos adquirentes ou tomadores de serviço; c) a margem de valor agregado, inclusive lucro, relativa às operações ou prestações subsequentes. 69 Para isso ser possível, o primeiro passo foi entender quais produtos o governo tinha conhecimento de toda a cadeia e, depois, entender qual seria a média dos valores negociados para ser recolhido. Após muito estudo, foi criada a MVA - Margem de Valor Agregado ou IVA - Índice de Valor Adicionado Setorial, que nada mais é do que um percentual que será adicionado ao valor do produto na hora de gerar a base de cálculo do ICMS por Substituição tributária (ICMS-ST). SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA ICMS ST 70 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA MVA 71 Forma de cálculo Como o contribuinte substituto pratica o fato gerador ao promover a saída das mercadorias de seu estabelecimento e, pela sistemática do regime, paga o ICMS em relação aos fatos geradores futuros praticados pelos contribuintes substituídos, sabemos que este terá: a) – o ICMS da operação própria; b) – o ICMS das operações subsequentes. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA MVA 72 Consideramos, para fins de exemplificação, uma operação realizada por um fabricante de lâmpadas estabelecido no Estado do Goiás com destino a um cliente localizado no Distrito Federal, cujo valor da venda é de R$ 1.000,00 e com IPI calculado a uma alíquota de 15%, teremos: .ICMS da operação própria – R$ 1.000,00 x 12% (origem GO destino DF) = R$ 120,00 .Base cálculo da ST – R$ 1.000,00 + R$ 150,00 (IPI) + 58,83% (margem de valor agregado) = R$ 1.826,55 R$ 1.826,55 x 18% (alíquota interna praticada no Distrito Federal) = R$ 328,78 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA MVA 73 Como, de conformidade com o citado, o valor do imposto substituição será a diferença entre o calculado de acordo com o estabelecido no subitem “Base de cálculo” e o devido pela operação normal do estabelecimento que efetuar a substituição tributária, teremos : R$ 328,78 – R$ 120,00 = R$ 208,78 PRODUTO VALOR DA VENDA DESPESAS MVA / IVA PREÇO DAPAUTA Interfones R$100,00 (Praticado pelo remetente) Frete: R$ 13,00 IPI: R$ 3,00 Seguro: R$ 5,00 (acrescentar valores de demais despesas) 30% R$ 157,30 ((100+13+3+5) * 1,30) SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA MVA BASE DE CÁLCULO DO ICMS NORMAL BASE DE CÁLCULO DO ICMS ST 74 74 75 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA MVA 76 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA MVA 77 77 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA MVA AJUSTADA 78 A partir da necessidade de se equiparar as tributações das operações internas com as das operações interestaduais, foi criada a MVA Ajustada, a ser utilizada nas hipóteses em que a alíquota interna for superior à alíquota interestadual e que possibilita o equilíbrio das cargas tributárias nas duas hipóteses de aquisição, mediante uma certa elevação do percentual de MVA. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA MVA AJUSTADA 79 Para efeitos de determinação da base de cálculo da substituição tributária nas operações de que trata a introdução desta matéria, o percentual de MVA adotado será aquele estabelecido em Convênio ou Protocolo ou pela unidade federada destinatária da mercadoria, conforme fórmula prevista na legislação. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA MVA AJUSTADA 80 Assim, caso haja previsão para o cálculo do ajuste, temos a seguinte equação: "MVA ajustada = [(1+ MVA ST original/100) x (1 - ALQ inter) / (1- ALQ intra)] -1]", SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA MVA AJUSTADA 81 sendo que : I - "MVA ST original" é a margem de valor agregado prevista para as operações internas; II -"ALQ inter" é o coeficiente correspondente à alíquota interestadual aplicável à operação; III -"ALQ intra" é o coeficiente correspondente à alíquota interna ou ao percentual de carga tributária efetiva, quando este for inferior à alíquota interna. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA SIMPLES NACIONAL 82 Conforme dispõe o artigo 13 parágrafo 1º inciso XIII alínea "a" da LC 123/2006, o estabelecimento optante pelo Simples Nacional deverá adotar o mesmo procedimento que o estabelecimento regime normal, quando estiver praticando operações sujeitas ao regime de substituição tributária: "Art. 13. O Simples Nacional implica o recolhimento mensal, mediante documento único de arrecadação, dos seguintes impostos e contribuições: § 1º O recolhimento na forma deste artigo não exclui a incidência dos seguintes impostos ou contribuições, devidos na qualidade de contribuinte ou responsável, em relação aos quais será observada a legislação aplicável às demais pessoas jurídicas: XIII - ICMS devido: a) nas operações ou prestações sujeitas ao regime de substituição tributária." SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA SIMPLES NACIONAL 83 Quando o remetente da mercadoria é optante pelo Simples Nacional Vamos imaginar o caso de uma indústria optante pelo Simples Nacional, que enviará mercadorias sujeitas à Substituição Tributária para um Estado diferente daquele em que ela está localizada. Nestas situações, não será aplicada a MVA ajustada, assim para efeitos do cálculo do ICMS ST será utilizada apenas a MVA original. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA SIMPLES NACIONAL 84 Quando o remetente da mercadoria é optante pelo Simples Nacional Essa regra vale desde meados 2011, quando foi publicado o Convênio ICMS 35/2011, visando beneficiar as empresas optantes pelo Simples Nacional. Na comparação entre produtos oferecidos pelo mesmo valor, sairá mais barato optar pelo fornecedor que seja optante pelo Simples Nacional. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA SIMPLES NACIONAL 85 Quando o destinatário da mercadoria é optante pelo Simples Nacional Em alguns Estados (como SC e PR), quando o destinatário da mercadoria é empresa optante pelo Simples Nacional, determinados produtos sujeitos à Substituição Tributária contam com uma redução da MVA a ser aplicada na formação da base de cálculo para recolhimento do ICMS de ST, que pode chegar a até 70%. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA SIMPLES NACIONAL 86 Quando o destinatário da mercadoria é optante pelo Simples Nacional O percentual de redução da MVA dependerá da alíquota do ICMS aplicada ao produto no Estado do Paraná e da possibilidade de que o produto possua benefício fiscal. Nas operações em que a alíquota do ICMS aplicada ao produto for igual ou maior que 18%, a MVA utilizada pelo substituto será reduzida em 70%. Já para os casos em que a alíquota do ICMS seja menor que 18% ou houver benefício fiscal na operação, MVA utilizada pelo substituto será reduzida em 50%. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA MVA AJUSTADA – SIMPLES NACIONAL 87 Apesar da previsão para o cálculo da MVA Ajustada nas operações com diferenças entre alíquotas, em qualquer situação, quando o remetente da mercadoria for optante pelo Simples Nacional, não haverá ajuste de MVA, nos termos do Convênio ICMS n° 35/2011, cuja íntegra, segue transcrita: Cláusula primeira O contribuinte optante pelo regime simplificado e diferenciado do Simples Nacional, que recolhe o ICMS nos termos da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, na condição de substituto tributário, não aplicará “MVA ajustada” prevista em Convênio ou Protocolo que instituir a Substituição Tributária nas operações interestaduais com relação as mercadorias que mencionam. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA FRETE NA OPERAÇÃO DE VENDA 88 Frete FOB (Free on board) A sigla FOB significa free on board e em português pode ser traduzida por “Livre a bordo”. Neste tipo de frete, o comprador assume todos os riscos e custos com o transporte da mercadoria, assim que ela é colocada a bordo do navio. Por conta e risco do fornecedor fica a obrigação de colocar a mercadoria a bordo, no porto de embarque designado pelo importador. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA FRETE NA OPERAÇÃO DE VENDA 89 Frete CIF (Cost, Insurance and Freight) CIF é a sigla para Cost, Insurance and Freight, que em português, significa “Custo, Seguros e Frete”. Neste tipo de frete, o fornecedor é responsável por todos os custos e riscos com a entrega da mercadoria, incluindo o seguro marítimo e frete. Esta responsabilidade finda quando a mercadoria chega ao porto de destino designado pelo comprador. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA Substituição Tributária e o Diferencial de Alíquota 90 90 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA ST x DIFAL 91 Os acordos firmados entre as Unidades da federação para cobrança do ICMS através do regime de substituição tributária podem resultar na cobrança do Diferencial de Alíquotas. Mas isto ocorre em qual situação? Na operação interestadual destinada a pessoa contribuinte do ICMS em que as Unidades da federação envolvidas na operação firmaram acordo através de Protocolo ou Convênio ICMS para a cobrança de ICMS através do regime de substituição tributária poderá ser cobrado: ICMS Substituição Tributária; ou - Diferencial de Alíquotas; SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA ST x DIFAL 92 Será devido o ICMS-ST se o destinatário da mercadoria for revender. No entanto se a mercadoria for destinada ao ativo imobilizado ou despesa será devido o Diferencial de Alíquotas. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA 93 Nas operações destinadas á contribuintes do ICMS que tenham a finalidade de uso e consumo da mercadoria sujeita ao regime de substituição tributária, caberá ao remetente o recolhimento do ICMS por diferencial de alíquotas na forma de substituição tributária , sem a inclusão da margem, considerando a diferença entre a alíquota interna do Estado de destino da mercadoria e a alíquota interestadual, o percentual resultante será aplicado sobre o valor dos produtos, incluindo frete, IPI e demais despesas cobradas do destinatário ou o valor que serviria de base de cálculo do ICMS por substituição tributária. ST x DIFAL SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA ST x DIFAL 94 Confira os requisitos para calcular, destacar no documento fiscal e recolher o Diferencial de Alíquotas: 1 - Operação interestadual; 2 - Destinatário da mercadoria Contribuinte do ICMS; 3 - Acordo entre as unidades da federação (Protocolo ou Convênio ICMS); 4 - Alíquota na unidade de destino superior a alíquota interestadual (4%, 7% ou 12%); e 5 - Finalidade da mercadoria ativo ou despesa. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA ST x DIFAL 95 Redação do Protocolo ICMS 41/2008 Dispõe sobre a substituição tributária nas operações interestaduais com autopeças. Cláusula primeira Nas operações interestaduais com peças, partes, componentes, acessórios e demais produtos listados no Anexo Único deste protocolo, realizadas entre contribuintes situados nas unidades federadas signatárias deste protocolo, fica atribuída ao remetente, na qualidade de sujeito passivo por substituição, a responsabilidade pela retenção e recolhimento do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS, relativo às operações subsequentes. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA ST x DIFAL 96 Redação do Protocolo ICMS 41/2008 § 3º O disposto no caput aplica-se, também, às operações com os produtos relacionados no § 1º destinados à: II - integração ao ativo imobilizado ou ao uso ou consumo do destinatário, relativamente ao imposto correspondente ao diferencial de alíquotas. Cláusula segunda A base de cálculo do imposto, para os fins de substituição tributária, será o valor correspondente ao preço máximo de venda a varejo fixado por autoridade competente, ou na falta deste, o preço sugerido ao público pelo fabricante ou importador, acrescido, em ambos os casos, do valor do frete quando não incluído no preço. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA ST x DIFAL 97 Redação do Protocolo ICMS 41/2008 § 5º Nas operações com destino ao ativo imobilizado ou consumo do adquirente, a base de cálculo corresponderá ao preço efetivamente praticado na operação, incluídas as parcelas relativas a frete, seguro, impostos e demais encargos, quando não incluídos naquele preço. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA ST x DIFAL 98 A seguir exemplo de operação com produto do segmento de autopeças - Válvulas redutoras de pressão classificadas no código 8481.10.00 da NCM. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA Redução na Base de Cálculo de ICMS ? 99 99 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA 100 Produtos comprados do CE (alíquota interestadual 12%), alíquota interna no DF seria 18%, mas há o beneficio fiscal por redução da base de cálculo em 33,33%, portanto a alíquota passa a ser 12%. Como o fornecedor deve calcular a ST? REDUÇÃO NA BASE DE CÁLCULO DO ICMS (ANEXO I, DECRETO Nº 18.955/1997, CADERNO II) 100 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA 101 REDUÇÃO NA BASE DE CÁLCULO DO ICMS Exemplo: VALOR DA NOTA FISCAL (+) MVA 40% = R$1.000,00 + R400,00= R$1.400,00 REDUÇÃO DA BASE DE CÁLCULO DE 33,33% (ou 12% de alíquota) = 1.400,00 x 33,33% = 466,62 VALOR DA BASE DE CÁLCULO/ST COM BENEFÍCIO = 1.400,00 (-) 466,62 = R$933,38 ICMS/ST NA OPERAÇÃO COM BENEFÍCIO = R$933,38 X 18% = 168,00 Do crédito: BASE DE CÁLCULO: 1.000,00 X 12% = 120,00 Cálculo da ST: R$168,00 (-) R$120,00 = R$48,00 (valor a ser recolhido a título de ST) 101 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA O que muda com o Convênio ICMS 52/2017? 102 102 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA 103 Foi publicado o Convênio ICMS 52/2017 que dispõe sobre as normas gerais aplicadas aos regimes de substituição tributária e de antecipação do ICMS com encerramento de tributação, relativos às operações subsequentes, instituídas por convênios ou protocolos firmados entre os Estados e o Distrito Federal. CONVÊNIO 52/2017 103 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA 104 O referido Convênio altera em âmbito nacional regras relativas a substituição tributária do ICMS e ainda revoga os Convênios indicados abaixo os quais perderão seus efeitos com a plena entrada em vigor do Convênio 52/2017, em 1º de Janeiro de 2018: O Convênio 52/2017 se aplica a todos os contribuintes do ICMS, optantes ou não pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional). CONVÊNIO 52/2017 104 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA 105 1. A critério do Estado de destino, a instituição do regime da ST dependerá ainda de regulamentação para internalizar o protocolo/convênio ICMS celebrado (parágrafo único da cláusula primeira) Trata-se apenas de ratificação do que já vem sendo adotado em diversas publicações de protocolos ICMS porém deve ser sempre um ponto de atenção nas análises e mapeamentos da incidência do regime em operações interestaduais. Algumas Observações: CONVÊNIO 52/2017 105 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA 106 2. Nas hipóteses de inaplicabilidade do regime da ST previstas no Convênio, deverá ser indicado no campo “Informações Complementares” da NF-e o dispositivo em que se fundamenta a não aplicação do regime (§§ 2° e 3° da cláusula vigésima primeira) Recomendamos especial atenção a esta disciplina, já era recomendação anterior informar na NF-e o motivo ou fundamento em que se respaldava a não aplicação do regime da ST (ex: venda destinada a integração em processo produtivo) afim de se evitar eventuais transtornos com as fiscalizações de fronteira dos Estados, porém agora é previsto que a ausência do dispositivo legal implicará na exigência do ST nos termos da legislação do Estado de destino, portanto é imprescindível uma revisão e eventualmente adequação das parametrizações do sistema ERP / emissor de NFEs nas empresas. CONVÊNIO 52/2017 106 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA 107 3. O destinatário de mercadorias sujeitas ao regime da ST será responsável pelo imposto não retido (ou retido a menor) pelo fornecedor salvo se a legislação do Estado de destino dispor o contrário (§ 2° da cláusula oitava) Outro ponto especial de atenção, pois atribui ao destinatário a responsabilidade pelo ST não recolhido, ou recolhido à menor pelo remetente (substituto), salvo se a legislação do Estado (adquirente) dispor de forma diversa. CONVÊNIO 52/2017 107 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA 108 4. Os acordos firmados entre os Estados poderão estabelecer normas específicas ou complementares às estabelecidas neste convênio (§ 2° da cláusula quarta) Não há inovação com relação a este dispositivo, pois já era previsto na redação do Convênio ICMS 81/93. Portanto, os Estados permanecem autorizados a instituir normas ou regras diferenciadas nos acordos que celebrarem entre si. CONVÊNIO 52/2017 108 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA 109 5. O imposto devido por ST integra a correspondente base de cálculo (cláusula décima terceira) Conforme há muito previsto na Lei Kandir (LC 87/96) e nos regulamentos dos Estados, o ICMS compõe sua própria base de cálculo, sendo que o destaque em nota constitui mera indicação para fins de controle. Neste caso a regra estará sendo estendida também ao imposto devido por substituição tributária, que deverá compor sua correspondente base de cálculo. CONVÊNIO 52/2017 109 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA 110 6. Base de cálculo dos bens e mercadorias sujeitos a ST e destinados a uso, consumo ou ativo do adquirente (inc. II da cláusula décima quarta) Consta previsto nova fórmula para cálculo do “DIFAL-ST” na qual será deduzido o montante do ICMS da operação interestadual (4%, 7% ou 12%) e embutido para fins de base de cálculo do imposto o percentual de ICMS da operação interna da UF de destino. CONVÊNIO 52/2017 110 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA 111 7. Os Estados se comprometem a comunicar ao CONFAZ eventuais alterações no regime da ST assim como disponibilizar aplicativo gratuito aos contribuintes para operacionalização do regime (cláusulas trigésima segunda e quarta) Em linha com a instituição do portal nacional da substituição tributária (Convênio ICMS 18/2017), refere-se ao compromisso do COTEPE divulgar a lista de produtos sujeitos ao regime em todos os Estados, bem como das respectivas bases de cálculo aplicáveis. CONVÊNIO 52/2017 111 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA 112 8. Os Estados revisarão os convênios e protocolos que tratam o regime da ST de modo a reduzir o número de acordos por segmento com base em cronograma com prazo final até 30/09/2017 (cláusula trigésima quarta) Trata-se de uma iniciativa para reduzir a grande quantidade de acordos publicados, muitos dos quais fazendo referência a um mesmo segmento de produtos. CONVÊNIO 52/2017 112 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA 113 9. Os Estados revisarão os convênios e protocolos que tratam o regime da ST de modo a reduzir o número de acordos por segmento com base em cronograma com prazo final até 30/09/2017 (cláusula trigésima quarta) Trata-se de uma iniciativa para reduzir a grande quantidade de acordos publicados, muitos dos quais fazendo referência a um mesmo segmento de produtos. CONVÊNIO 52/2017 113 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA ATIVIDADE 114 114 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA 115 1. Calcular o ICMS por substituição tributária de cerveja em operação de venda realizada com o estado do Acre, baseado nas seguintes informações: Valor da operação: R$ 60.000,00 IPI: 20% MVA (margem de valor agregado): 40%. 2. Calcular o ICMS por substituição tributária de cigarro de venda para o Estado de Pernambuco, baseado nas seguintes informações: Valor da operação: R$ 85.000,00 IPI: 60% Frete CIF: R$ 1.000,00 Despesas debitadas ao destinatário: R$ 2.000,00. MVA (margem de valor agregado): 60%. 115 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA 116 3. Calcular o ICMS por substituição tributária de gasolina automotiva, operação de venda para o Estado da Bahia, baseado nas seguintes informações: Valor da operação: R$ 300.000,00 IPI: 30% Frete CIF: R$ 10.000,00 Seguro: 4.000,00. MVA (margem de valor agregado): 30%. 4. Calcular o ICMS por substituição tributária de óleo diesel em venda para o Estado do Rio de Janeiro, baseado nas seguintes informações: Valor da operação: R$ 250.000,00 IPI: 20% Frete CIF : R$ 6.000,00 Seguro: R$ 2.000,00 Despesas debitadas ao destinatário: 3.000,00. MVA (margem de valor agregado): 40%. 116 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA 117 5. Calcular o ICMS por substituição tributária de lubrificante derivado de petróleo vendido para o Estado do Rio de Janeiro, baseado nas seguintes informações: Valor da operação: R$ 200.000,00 IPI: 10% Frete CIF : R$ 3.000,00 Seguro: R$ 2.000,00 MVA (margem de valor agregado): 80%. 6. Calcular o ICMS por substituição tributária de querosene de avião, em operação do Estado do Rio de Janeiro, baseado nas seguintes informações: Valor da operação: R$ 80.000,00 IPI: 50% Frete CIF: R$ 7.000,00 Seguro: R$ 5.000,00. MVA (margem de valor agregado): 70%. 117 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA 118 7. Calcular o ICMS por substituição tributária de gás natural veicular, em operação com o Estado do Rio de Janeiro, baseado nas seguintes informações: Valor da operação: R$ 600.000,00 IPI: 20% Frete CIF : R$ 2.000,00 Seguro: R$ 3.000,00. MVA (margem de valor agregado): 90%. 8. Calcular o ICMS por substituição tributária de disco fonográfico em operação com o Estado de São Paulo, baseado nas seguintes informações: Valor da operação: R$ 300.000,00 IPI: 10% Frete CIF: R$ 1.000,00. MVA (margem de valor agregado): 60%. 118 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA 119 9. Calcular o ICMS por substituição tributária na importação de trigo em grão, baseado nas seguintes informações: Valor da operação: R$ 5.000.000,00 IPI: 10% Imposto de importação 15% Despesas aduaneiras: 5.000,00. MVA (margem de valor agregado): 140%. 10. Calcular o ICMS por substituição tributária de massas alimentícias não cozidas em operação com o Estado do Rio Grande do Sul (não signatário do Protocolo 50/05), baseado nas seguintes informações: Valor da operação: R$ 500.000,00 IPI: 10% Frete CIF: R$ 3.000,00 Demais despesas debitadas ao destinatário: R$ 1.000,00. MVA (margem de valor agregado): 30%. 119 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA O que são os códigos na Nota Fiscal de Vendas? 120 120 A NCM foi adotada em janeiro de 1995 pela Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai e tem como base o SH (Sistema Harmonizado de Designação e Codificação de Mercadorias). Por esse motivo existe a sigla NCM/SH. O SH é um método internacional de classificação de mercadorias que contém uma estrutura de códigos com a descrição de características específicas dos produtos, como por exemplo, origem do produto, materiais que o compõe e sua aplicação. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA NCM 121 Dos oito dígitos que compõem a NCM, os seis primeiros são classificações do SH. Os dois últimos dígitos fazem parte das especificações próprias do Mercosul. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA NCM 122 Uma pesquisa pelo código NCM 0102.10.10 permite determinar que se trata de: 01 - Animais Vivos 0102 - Animais Vivos da Espécie Bovina 010210 - Reprodutores de Raça Pura 01021010 - Prenhes ou com cria ao pé. A classificação fiscal de mercadorias é de competência da RFB (Receita Federal do Brasil). A partir do dia 1 de Janeiro de 2010 passou a ser obrigatória a inclusão da categorização NCM/SH dos produtos nos documentos fiscais. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA NCM 123 O Código de Situação Tributária "CST" foi instituído, com a finalidade de identificar a situação tributária dos tributos no Brasil e atualmente vinculada a um NCM correspondente. Utilizado principalmente pelos tributos federais PIS e COFINS e pelo ICMS da mercadoria na operação praticada. É composto por dois dígitos conforme Tabela B. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA CST 124 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA CST 125 A tabela (A) tem a finalidade de identificar a origem da mercadoria. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA CST 126 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA 127 Tabela A - Origem do Produto ICMS Tabela (B) Tributação pelo ICMS SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA CST 128 129 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA Tabela B - Origem do Produto ICMS CFOP é a sigla de Código Fiscal de Operações e Prestações, das entradas e saídas de mercadorias, intermunicipal e interestadual. Trata-se de um código numérico que identifica a natureza de circulação da mercadoria ou a prestação de serviço de transportes. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA CFOP 130 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA CFOP 131 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA Principais Operações Fiscais com Amparo Legal 132 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA 133 Principais Operações Fiscais com Amparo Legal SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA 134 Principais Operações Fiscais com Amparo Legal SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA 135 Principais Operações Fiscais com Amparo Legal SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA 136 Principais Operações Fiscais com Amparo Legal SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA 137 Principais Operações Fiscais com Amparo Legal SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA 138 Principais Operações Fiscais com Amparo Legal O CEST é a abreviatura de Código Especificador da Substituição Tributária. O objetivo deste novo código é estabelecer uma forma de uniformizar e identificar as mercadorias e bens passíveis de sujeição ao regime de substituição tributária e de antecipação de recolhimento do ICMS com o encerramento de tributação, relativos às operações subsequentes. Sua regulamentação se dá através do convênio ICMS 92/15. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA CEST 139 Se você emite NF-e ou NFC-e e algum dos seus produtos comercializados estiver descrito na tabela do convênio ICMS 92/15 então você precisa usar o CEST para este produto – mesmo que a operação não seja de venda ou até mesmo se o seu estado não participa da substituição tributária. O que define se usará o CEST ou não é o fato dele estar na tabela do convênio ICMS 92/15. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA CEST 140 140 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA CEST 10 tributada com cobrança de ICMS por substituição tributária 30 isenta ou não tributada com cobrança de ICMS por substituição tributária 60 ICMS cobrado anteriormente por substituição tributária 70 com redução de base de cálculo e cobrança de ICMS por substituição tributária 90 outros, desde que com a TAGvICMSST Relação de CSTs cujo CEST será obrigatório 141 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA CEST 201 tributada pelo Simples Nacional com permissão de crédito e com cobrança do ICMS por substituição tributária 202 tributada pelo Simples Nacional sem permissão de crédito e com cobrança do ICMS por substituição tributária 203 isenção de ICMS do Simples Nacional para a faixa de receita, com cobrança do ICMS por substituição tributária 500 icms cobrado anteriormente por substituição tributária (substituído) ou por antecipação 900 outros, desde que com a TAGvICMSST Relação de CSOSNs cujo CEST será obrigatório 142 142 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA Qual a diferença entre ICMS ST x Antecipação de ICMS ? 143 143 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA 144 Em operações interestaduais, podem acontecer casos nos quais o Estado destinatário prevê em sua legislação do ICMS a antecipação do recolhimento do imposto quando da entrada da mercadoria em seu território. Tal antecipação pode ser feita pelo remetente, antes da saída da mercadoria, por guia de recolhimento em nome do destinatário como forma de agilizar o trâmite das mercadorias nos postos de fiscalização existentes nas fronteiras. ICMS ST x ANTECIPAÇÃO DO ICMS 144 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA 145 A fórmula de cálculo da antecipação tributária é idêntica à do ICMS-ST, onde ao valor da operação é adicionada a margem de valor agregado e sobre esse resultado aplica-se a alíquota interna do Estado destinatário. A antecipação é obrigação do destinatário da mercadoria e se refere ao recolhimento do imposto de sua operação. Não se deve confundir a antecipação com a substituição tributária, posto que está se refere ao recolhimento de toda uma cadeia, e não só de um destinatário em específico. ICMS ST x ANTECIPAÇÃO DO ICMS Antecipação tributária => recolhimento do imposto devido pelo destinatário de sua própria operação – pago pelo adquirente Substituição tributária => recolhimento do imposto devido por todos os destinatários da cadeia produtiva (várias operações) – pago pelo vendedor 145 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA Qual a diferença entre Suspensão, Diferimento, Isenção, Incidência e Não Incidência do ICMS ? 146 146 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA 147 Suspensão: é o adiamento do pagamento do imposto, sendo que esse pagamento será feito pelo próprio contribuinte. (ANEXO I, DECRETO Nº 18.955/1997, CADERNO IV) Diferimento: é o adiantamento do pagamento do imposto, sendo que esse pagamento será por outro contribuinte (ANEXO I, DECRETO Nº 18.955/1997, CADERNO V) Isenção: é a exclusão, por lei, de parcela da hipótese de incidência, sendo objeto da isenção a parcela que a lei retira dos fatos que realizam a hipótese de incidência da regra de tributação. Diante desse complexo conceito, podemos afirmar que a isenção é exceção feita por lei à regra jurídica tributária. (ANEXO I, DECRETO Nº 18.955/1997, CADERNO I) BASES DO ICMS 147 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA 148 Incidência: É a ocorrência in concretum de situação previamente prevista, tipificada ou descrita in abstractum em lei, ou seja, a verificação do fato gerador do tributo. Não-incidência: É justa e exatamente o contrário, ou seja, são todas as hipóteses que não as previstas, tipificadas ou descritas in abstractum em lei, e, por isso, ficam fora do campo de incidência tributária, ou seja, é a não-ocorrência de fato gerador, porque, ou não há lei, ou se há, então a lei não prevê a hipótese de incidência específica e precisa (lacuna) para o evento verificado. BASES DO ICMS 148 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA 149 Imunidade: A imunidade tributária ocorre quando a Constituição, ao realizar a repartição de competência, coloca fora do campo tributário certos bens, pessoas, patrimônios ou serviços. Na imunidade, como na não-incidência, não há fato gerador, só que não porque a lei não descreva o fato como hipótese legal, mas sim porque a Constituição não permite que se encontre nos acontecimentos características de fato gerador de obrigação principal. Na área do ICMS, temos a imunidade objetiva de livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão, previsto na Constituição Federal, artigo 150, inciso VI, "d". BASES DO ICMS 149 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA PIS e COFINS 150 150 PIS - Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público – PIS/PASEP, de que tratam o art. 239 da Constituição de 1988 e as Leis Complementares 7, de 07 de setembro de 1970, e 8, de 03 de dezembro de 1970. COFINS – Contribuição para Financiamento da Seguridade Social, instituída pela Lei Complementar 70 de 30/12/1991. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA PIS e COFINS 151 REGIME CUMULATIVO - regido pela Lei 9.718/1998 e alterações posteriores. Neste regime não há desconto de créditos, calculando-se, regra geral, o valor das contribuições devidas diretamente sobre a base de cálculo. REGIME NÃO CUMULATIVO - COFINS - regido pela Lei 10.833/2003 e PIS - regido pela Lei 10.637/2002, com alterações subsequentes. 1970 1991 Criação do PIS Cumulativo 2002 2003 Criação da COFINS Cumulativa Criação do PIS Não Cumulativo Criação da COFINS Não Cumulativa SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA PIS e COFINS 152 152 PIS / COFINS CUMULATIVO NÃO CUMULATIVO NÃO TEM DIREITO A CRÉDITOS, MAS AS ALÍQUOTAS SÃO MENORES : PIS 0,65% COFINS 3% TEM DIREITO A CRÉDITOS , MAS COM ALÍQUOTAS MAIORES: PIS 1,65% COFINS 7,6% 153 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA PIS e COFINS 153 154 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA 154 65 Contabilidade Tributária Prof.: Angelo Costa Regime da Cumulatividade A base de cálculo da Contribuição para o PIS/Pasep e Cofins, no regime de incidência cumulativa, é o faturamento mensal, que corresponde à receita bruta, assim entendida a totalidade das receitas auferidas pela pessoa jurídica, sendo irrelevantes o tipo de atividade por ela exercida e a classificação contábil adotada para as receitas. (Lei nº 9.718, de 1998, art. 3º, § 1º). Base de cálculo As alíquotas da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins, no regime de incidência cumulativa, são, respectivamente, de sessenta e cinco centésimos por cento (0,65%) e de três por cento (3%). Alíquotas 155 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA Base de cálculo Os regimes de incidência da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS foram instituídos em dezembro de 2002 e fevereiro de 2004, respectivamente. O diploma legal da Contribuição para o PIS/PASEP não cumulativa é a Lei 10.637/2002, e o da COFINS a Lei 10.833/2003. Neste regime é permitido o desconto de créditos apurados com base em custos, despesas e encargos da pessoa jurídica. De acordo com os incisos elencados no artigo 3º, da Lei 10.833/2003. Alíquotas Nesse regime, as alíquotas da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS são, respectivamente, de 1,65% e de 7,6%. 156 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA Regime da Não Cumulatividade Créditos Admitidos I - bens adquiridos para revenda, exceto em relação às mercadorias e aos produtos referidos: a) no inciso III do § 3o do art. 1o desta Lei; e b) nos §§ 1o e 1o-A do art. 2o desta Lei; II - bens e serviços, utilizados como insumo na prestação de serviços e na produção ou fabricação de bens ou produtos destinados à venda, inclusive combustíveis e lubrificantes, exceto em relação ao pagamento de que trata o art. 2o da Lei no 10.485, de 3 de julho de 2002, devido pelo fabricante ou importador, ao concessionário, pela intermediação ou entrega dos veículos classificados nas posições 87.03 e 87.04 da Tipi; III - energia elétrica e energia térmica, inclusive sob a forma de vapor, consumidas nos estabelecimentos da pessoa jurídica; 157 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA Créditos Legais Créditos Admitidos IV - aluguéis de prédios, máquinas e equipamentos, pagos a pessoa jurídica, utilizados nas atividades da empresa; V - valor das contraprestações de operações de arrendamento mercantil de pessoa jurídica, exceto de optante pelo Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte - SIMPLES; VI - máquinas, equipamentos e outros bens incorporados ao ativo imobilizado, adquiridos ou fabricados para locação a terceiros, ou para utilização na produção de bens destinados à venda ou na prestação de serviços; VII - edificações e benfeitorias em imóveis próprios ou de terceiros, utilizados nas atividades da empresa; VIII - bens recebidos em devolução cuja receita de venda tenha integrado faturamento do mês ou de mês anterior, e tributada conforme o disposto nesta Lei; 158 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA Créditos Legais Créditos Admitidos IX - armazenagem de mercadoria e frete na operação de venda, nos casos dos incisos I e II, quando o ônus for suportado pelo vendedor. X - vale-transporte, vale-refeição ou vale-alimentação, fardamento ou uniforme fornecidos aos empregados por pessoa jurídica que explore as atividades de prestação de serviços de limpeza, conservação e manutenção. XI - bens incorporados ao ativo intangível, adquiridos para utilização na produção de bens destinados a venda ou na prestação de serviços. 159 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA Créditos Legais SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA ATIVIDADE 160 160 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA 161 DATA Nº da NF DESCRIÇÃO DO FATURAMENTO VALOR 01/03/2016 002 Receita com venda de mercadorias para o estado do Pará R$ 3.200,00 05/03/2016 003 Receita com venda de mercadorias para o estado do Ceará R$ 5.800,00 08/03/2016 001 Receita com prestação de serviço no município de Luziânia R$ 2.400,00 15/03/2016 004 Receita com venda de mercadorias para o estado do Acre R$ 10.000,00 13/03/2016 005 Receita com venda de mercadorias para o estado da Bahia R$ 3.800,00 18/03/2016 006 Receita com venda de mercadorias para o estado do Goiás R$ 6.700,00 23/03/2016 002 Receita com prestação de serviço no município de Goiânia R$ 9.000,00 25/03/2016 003 Receita com prestação de serviço no município de Fortaleza R$ 7.100,00 28/03/2016 004 Receita com prestação de serviço no município de Chapecó R$ 5.400,00 30/03/2016 007 Receita com venda de mercadorias para o estado do Piauí R$ 6.600,00 Apuração do PIS e da COFINS 161 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA 162 Apuração do PIS e da COFINS Operações dedutíveis conforme Art. 3º da Lei 10.833 de 2003: - Despesa com aluguel..............................................................R$ 14.000,00; - Despesa com energia elétrica.................................................R$ 6.000,00; - Aquisição de bens para o ativo imobilizado............................R$ 10.000,00; - Aquisição de Mercadorias para revenda conf. Inciso I............R$ 10.000,00. 162 163 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA Apuração do PIS e da COFINS SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA PIS E CONFINS MONOFÁSICOS 164 164 LEI No 10.147, DE 21 DE DEZEMBRO DE 2000. Dispõe sobre a incidência da contribuição para os Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público – PIS/Pasep, e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – Cofins, nas operações de venda dos produtos que especifica: 165 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA Monofásicos - Perfumes e águas-de-colônia; - Produtos de maquilagem para os lábios e olhos; - Cremes de beleza; - Xampus; - Cremes de barbear; - Desodorante; - Fio dental. I – incidentes sobre a receita bruta decorrente da venda de: a) produtos farmacêuticos classificados nas posições 30.01, 30.03, exceto no código 3003.90.56, 30.04, exceto no código 3004.90.46, nos itens 3002.10.1, 3002.10.2, 3002.10.3, 3002.20.1, 3002.20.2, 3006.30.1 e 3006.30.2 e nos códigos 3002.90.20, 3002.90.92, 3002.90.99, 3005.10.10, 3006.60.00: 2,1% (dois inteiros e um décimo por cento) e 9,9% (nove inteiros e nove décimos por cento); 166 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA Monofásicos I – incidentes sobre a receita bruta decorrente da venda de: b) produtos de perfumaria, de toucador ou de higiene pessoal, classificados nas posições 33.03 a 33.07 e nos códigos 3401.11.90, 3401.20.10 e 96.03.21.00: 2,2% (dois inteiros e dois décimos por cento) e 10,3% (dez inteiros e três décimos por cento); 167 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA Monofásicos As distribuidoras de remédios e as farmácias, quando revendem os medicamentos com tributação monofásica, não pagam PIS e COFINS. No entanto, devem recolher as duas contribuições calculadas sobre as demais receitas não tributadas no modelo monofásico, aplicando as alíquotas de 0,65% e 3% (se estiver no lucro presumido) ou 1,65% e7,6% (se estiver no lucro real), para o PIS e COFINS, respectivamente. 168 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA Monofásicos 169 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA Monofásicos COMÉRCIO VAREJISTA COMÉRCIO ATACADISTA INDÚSTRIA PIS 2,20% COFINS 10,30% 170 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA Monofásicos – SIMPLES NACIONAL De acordo com Receita Federal (Solução de Consulta 225/2017), a empresa inscrita no Simples Nacional que proceda à comercialização de produto sujeito à tributação concentrada (Lei nº 10.147/2000), para efeitos de incidência da Contribuição para o PIS/Pasep e da COFINS deve segregar a receita decorrente da venda desse produto indicando a existência de tributação concentrada para as referidas contribuições, de forma que serão desconsiderados, no cálculo do Simples Nacional, os percentuais a elas correspondentes. 171 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA Monofásicos – SIMPLES NACIONAL De acordo com artigo 2º da Lei nº 10.147/2000, são reduzidas a zero as alíquotas da contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins incidentes sobre a receita bruta decorrente da venda dos produtos do tributados pelo sistema monofásico pelas pessoas jurídicas não enquadradas na condição de industrial ou de importador. Assim quem revende mercadoria enquadrada neste sistema (optante ou não pelo Simples Nacional) , não calcula PIS e Cofins sobre esta receita. 172 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA Monofásicos – SIMPLES NACIONAL Confira exemplo de cálculo do Simples Nacional: Receita bruta mensal da empresa: R$ 100.000,00 Deste valor R$ 20.000,00 trata-se de receita sujeita a tributação monofásica de PIS e de COFINS – Lei nº 10.147/2000 Receita bruta acumulada nos 12 últimos meses: R$ 1.200.000,00 Alíquota: 8,36% antes de retirar os percentuais destinados ao PIS e a COFINS Alíquota após exclusão dos percentuais destinados ao PIS e a COFINS: 6,92% 173 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA Monofásicos – SIMPLES NACIONAL Confira exemplo de cálculo do Simples Nacional: Receita bruta mensal da empresa: R$ 100.000,00 Deste valor R$ 20.000,00 trata-se de receita sujeita a tributação monofásica de PIS e de COFINS – Lei nº 10.147/2000 Receita bruta acumulada nos 12 últimos meses: R$ 1.200.000,00 Alíquota: 8,36% antes de retirar os percentuais destinados ao PIS e a COFINS Alíquota após exclusão dos percentuais destinados ao PIS e a COFINS: 6,92% 174 SOBRE O INSTRUTOR Bacharel em Ciências Contábeis, pós-graduado em auditoria e perícia contábil, Titular da Conceptos Consultoria & Instrutoria Contábil, consultor contábil e Tributário, professor universitário, instrutor de treinamentos pelo CRC DF e SESCON DF, credenciado pelo Conselho Federal de Contabilidade – CFC, palestrante no Seminário 2013 da Rede Nacional de Contabilidade - RNC, palestrante pelo CRC DF na IX e na X Convenção de Contabilidade do DF, no II Encontro das Especialidades do DF, pelo CRC AM na III Convenção de Contabilidade do Amazonas e no II Fórum Jovens Lideranças Contábeis Amazonas, XIII pelo CRC AL no XIII Encontro Alagoano de Contabilidade, no III Congresso Nacional de Contabilidade pela FENACON, participante do 20º Congresso Brasileiro de Contabilidade. Angelo Márcio Leandro da Costa CONTADOR.ANGELO@GMAIL.COM OBRIGADO!!! 175 175
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