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Trabalho em Grupo TG VI

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TRABALHO EM GRUPO (TG)
 Aluno(s):
 MARIA CACILDA DO NASCIMENTO - RA- 1323432
POLO:
SÃO JOÃO DEL REI –MG
2017
Trabalho em Grupo (TG)
Disciplina: Estudos Disciplinares: Formação Específica Língua Portuguesa Professor: Ana Lúcia Machado da Silva 
Questão:
 O funcionalismo se caracteriza pelo objetivo de investigar a relação entre forma e função no uso da língua. Na análise linguística considera-se toda a situação comunicativa: o propósito do evento da fala, seus participantes e o contexto discursivo, a influência extralinguística do ato da fala. Assim, pense em quantas formas de saudações podemos usar para cumprimentar uma pessoa. Observou quantas formas usamos para a função “saudação” em português? Temos uma função e várias formas para expressá-la. Dê, no mínimo, dez exemplos de saudação em língua portuguesa e discuta em que contexto comunicativo usamos essas formas. 
Resposta:
	Nos últimos vinte anos, muitas mudanças ocorreram no ensino de língua. A principal foi a mudança do foco na língua em si, ou na forma, para o foco na comunicação, ou seja, na expressão e compreensão do significado através da língua. Passou-se, então, a considerar a língua em uso como objeto de estudo, também passível de descrição. Dentro dessa perspectiva, o presente trabalho pretende descrever alguns exemplos de saudação em língua portuguesa e seu contexto comunicativo, destacando os cumprimentos e despedidas no português do Brasil, considerados como rituais conversacionais.
 	Cumprimentos e despedidas são formas de abrir e fechar uma conversação, presentes em todas as sociedades. Envolvem a compreensão de aspectos rituais de interação em uma dada cultura (Goffman, 1971),podendo assim diferir de lugar para lugar e de interação para interação. Sendo assim, a saudação é o ato de cumprimentar alguém. Esse ato expressa admiração e respeito ao encontrar uma pessoa. É um ato de boa educação, o essencial é que seja sempre um gesto de amizade cordial e espontâneo. A saudação deve apresentar realmente o desejo de que a pessoa a quem cumprimentamos tenham um “bom dia” uma “boa tarde” uma “boa noite” ou o real prazer em vê-lo de novo. Uma coisa permanece imutável, é o dever de saudar amigos e conhecidos. Essas saudações vão depender do grau de aproximação ou não que temos com as pessoas, podendo assim usar a saudação de modo formal e informal. A linguagem formal de usar o cumprimento são usadas normalmente no meio profissional com os colegas de trabalho, com a chefia, no meio acadêmico, com pessoas que não temos muita intimidade ou que estamos conhecendo no momento e também em demonstração de respeito e educação com as pessoas mais velhas.Como por exemplo; o “Bom dia” usamos para saudar as pessoas na parte da manhã até ao meio dia, como demonstração de desejos que a pessoa tenha um dia agradável, tranquilo. “Boa Tarde” usamos aos cumprimentos na parte da tarde, ou seja, após ao Meio dia até às dezoito horas, como demonstração de desejos para uma tarde agradável,harmoniosa. “Boa Noite” usamos para cumprimentarmos as pessoas geralmente depois das dezoito horas, na parte da noite até às vinte e três horas, desejando que a pessoa tenha uma noite tranquila, agradável. “Oi”, “olá”, “Alô” são formas rápidas de se cumprimentar, demonstrando educação e desejo de aproximação com a pessoa, as vezes usamos o “oi”, “olá” também quando não conhecemos a pessoa e precisamos de uma informação. O “Alô” são usados por telefone, quando não estamos presentes com a pessoa, mas queremos saber como essa pessoa está, ou noticias dela, então o “Alô” é o primeiro contato de comunicação que duas pessoas tem no telefone, mesmo sem a pessoa que está recebendo o telefone não saber no primeiro momento quem está falando.
Na linguagem informal são geralmente usadas nas rodas de amigos, famílias e pessoas muito próximas, em situações que não precisam de formalidade. Não exige tanta atenção as regras gramaticais e conta com frases mais simples e sentenças curtas. Os cumprimentos entre jovens são geralmente usados à linguagem informal. Ex: E aí, tudo bem?-E aí, tudo bom?- E aí, tudo legal?- E aí, tudo beleza?- E aí pessoal!- E aí galera!- Fala aí cara, beleza?- Opá!-Beleza Brother?
Os jovens quando dizem “e aí, tudo bem, tudo bom, tudo legal?” estão cumprimentando ao colega o qual tem muita amizade e referindo se está tudo bem com ele, são formas também de cumprimentar mais familiarizadas e com termos mais coloquial, como por exemplo, no estado do Rio de janeiro usam muito a forma mais informal para se cumprimentarem,” Beleza Brother?” misturando aí até outra língua, o inglês, que quer dizer” tudo bem irmão?”. “Opá”! que quer dizer “oi”. “Fala aí cara, beleza?” referindo a palavra “cara” como amigo e “beleza” no sentido de estar tudo bem. Quando os jovens usam da forma de cumprimento como “e aí pessoal!”, “E aí galera!”, estão referindo aos cumprimentos a um grupo de amigos próximos e dá um cumprimento geral à todos, no sentido de saber se todos estão bem.
A despedida também é uma forma de saudar as pessoas, pois quem chega também vai embora, então existem várias formas de nos despedirmos de alguém. Em seu trabalho, Goffman(1971), faz uma descrição detalhada sobre os cumprimentos, incluindo o comportamento padrão das pessoas e ao se cumprimentarem e a forma como a classe norte-americana se cumprimenta. Apresenta, também, alguns fatores que atuam no comportamento das pessoas quando se cumprimentam e se despedem, tais como as circunstâncias em que se encontram, a proximidade/distanciamento entre elas, o tempo em que não se veem e o lugar do encontro.
As despedidas são abordadas de formas mais detalhadas por Schegloff e sacks (1973). Os autores propõem algumas formas de terminar a conversação: através de uso de trocas de término, de pré-fechamento e de técnicas que iniciam os fechamentos.
As trocas de término se realizam na forma de pares adjacentes, como, por exemplo, a troca de despedidas “Tchau”./ “Tchau”, que quer dizer “até logo”, dando um sentido a um novo encontro no futuro. Os pré-fechamentos são expressões como “Bem,...”, “Ok...” e “Então...”, que frequentemente são usadas quando sinalizar à outra pessoa que a conversa chegou ao fim e que vamos nos despedir.
Em relação as técnicas que iniciam o fechamento, os autores destacam as referências aos interesses do outro, o anúncio aberto e o fechado pré-tópico. A primeira diz respeito as formas do tipo “vou te deixar ir embora” ou “ não quero te prender”, através das quais o falante dá a entender que a outra pessoa está interessada em ir embora. A segunda refere-se ao fato do falante dizer explicitamente que vai embora, como em “Eu tenho que ir” ou “Eu vou andando porque preciso estudar”, desencorajando assim uma reabertura de conversa. A terceira diz as formas do tipo “ você está ocupado?”, “Estou te atrapalhando?” ou “Você está jantando”. A resposta da outra pessoa vai determinar o fechamento ou não da conversa, seja por telefone ou pessoalmente.
Schegloff e Sacks destacam, ainda, diversas maneiras de se realizar uma despedida, podendo ser por uma marcação de outro encontro, como por exemplo: “Até sexta”/ “então eu te vejo na festa”. De um convite, “Apareça na minha festa” / “volte sempre”. Ou até um agradecimento, “Obrigado”.
Observamos nesse trabalho, que os cumprimentos e as despedidas no português do Brasil, revelaram-se, portanto rituais extremamente ricos, nos quais se combinam crenças sobre o comportamento do brasileiro. Os recursos usados nos cumprimentos procuram aumentar o acesso entre falante e ouvinte, tornando o encontro e facilitando uma possível continuação da conversação. Já os recursos utilizados nas despedidas servem para diminuir o acesso entre os participantes e quebrar o contato de forma a proteger as faces do falante e do ouvinte, tornando mais fácil o término da conversação. Assim, o modelo de Goffman (1971) parece confirmar-se com relação aos padrões interacionais brasileiros: “os cumprimentos são umritual mais fácil do que as despedidas.” Por esse motivo, as despedidas tendem a se alongar mais do que os cumprimentos, na mesma proporção da dificuldade do falante de sair da conversação.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GOFFMAN, E. Relations in public: microstudies of public order. Middlesex, England, Penguin Books, 1971. 
SCHEGLOFF, E. & SACKS, H. “Opening up closings”. Semiótica, vol. 7, 1973: 289- 327. _

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