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MÓDULO 00 - Introdução à disciplina de Comércio Internacional
 
 
Caro (a) aluno (a). 
Seja bem-vindo (a) ao sistema EAD.
 
 
I. Introdução e objetivos
1. Na disciplina de Comércio Internacional será desenvolvido um programa de estudos que visa compreender o comércio internacional, a internacionalização da empresa, os fatores de internacionalização dos contratos, os contratos internacionais, os aspectos financeiros do comércio internacional, os mecanismos de solução de litígios comerciais, a regulamentação da CCI, a uniformização internacional do comércio e as principais organizações de integração econômica.
Nessa direção, serão desenvolvidos os conteúdos relacionados ao setor privado e responsabilização, tendo como enfoque o impacto da globalização no mercado e nas relações privadas abrangidas, no que tange à promoção de novas demandas jurídicas oriundas do comércio internacional, do desenvolvimento da informática, da contratação eletrônica por meio da Internet. Além do mais, pretende-se preparar o docente para a utilização de conteúdos relacionados ao eixo temático, garantindo-se assim a ideia de um perfil profissional contextualizado regionalmente. Por fim, o objetivo é o de colaborar para o desenvolvimento das competências e habilidades definidas no perfil do egresso, quais sejam:
 
Leitura, compreensão e elaboração de textos, atos e documentos jurídicos ou normativos, com a devida utilização das normas técnico-jurídicas;
Interpretação e aplicação do Direito;
Pesquisa e utilização da legislação, da jurisprudência, da doutrina e de outras fontes do Direito;
Adequada atuação técnico-jurídica, em diferentes instâncias, administrativas ou judiciais, com a devida utilização de processos, atos e procedimentos;
Correta utilização da terminologia jurídica ou da Ciência do Direito;
Utilização de raciocínio jurídico, de argumentação, de persuasão e de reflexão crítica;
Julgamento e tomada de decisões;
Domínio de tecnologias e métodos para permanente compreensão e aplicação do Direito.
 
2. Considerando-se que será o discente quem administrará seu próprio tempo, a sugestão é a de que ele se dedique ao estudo de pelo menos quatro horas por semana para esta disciplina, estudando os textos sugeridos e realizando os exercícios de autoavaliação. Uma boa forma de fazer isso é já ir planejando o que estudar, semana a semana.
 
3. Para facilitar o trabalho discente, apresentam-se, na tabela abaixo, os assuntos que deverão ser estudados e, para cada assunto, as leituras sugeridas. No mínimo, o discente deverá buscar entender muito bem o conteúdo da leitura fundamental. É importante frisar que essa compreensão será maior se forem desenvolvidas pesquisas e leituras complementares. Essa prática será percebida como necessária ao longo dos estudos.
 
II. Conteúdos e leituras sugeridas
	  CONTEÚDOS DE ESTUDO
	BIBLIOGRAFIA BÁSICA
	BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
	VIDEOAULA
	Módulo 1
	BARRAL, Welber. O comércio internacional. São Paulo: Del Rey, 2007.
 
	AMARAL, Antônio Carlos Rodrigues do. Direito do comércio internacional: aspectos fundamentais. São Paulo: Aduaneiras, 2006.
 
	Não há videoaulas.
	Módulo 2
	BARRAL, Welber. O comércio internacional. São Paulo: Del Rey, 2007.
 
	AMARAL, Antônio Carlos Rodrigues do. Direito do comércio internacional: aspectos fundamentais. São Paulo: Aduaneiras, 2006.
 
	Não há videoaulas.
	Módulo 3
	BARRAL, Welber. O comércio internacional. São Paulo: Del Rey, 2007.
 
	AMARAL, Antônio Carlos Rodrigues do. Direito do comércio internacional: aspectos fundamentais. São Paulo: Aduaneiras, 2006.
 
	Não há videoaulas.
	Módulo 4
	BARRAL, Welber. O comércio internacional. São Paulo: Del Rey, 2007.
 
	AMARAL, Antônio Carlos Rodrigues do. Direito do comércio internacional: aspectos fundamentais. São Paulo: Aduaneiras, 2006.
 
	Não há videoaulas.
	Módulo 5
	RATTI, Bruno. Comércio internacional e câmbio. 11. ed. São Paulo: Aduaneiras, 2008.
 
	GONÇALVEZ, Reinaldo. O Brasil e o comércio internacional: transformações e perspectivas. 2. ed. São Paulo: Aduaneiras, 2003.
 
	Não há videoaulas.
	Módulo 6
	RATTI, Bruno. Comércio internacional e câmbio. 11. ed. São Paulo: Aduaneiras, 2008.
 
	GONÇALVEZ, Reinaldo. O Brasil e o comércio internacional: transformações e perspectivas. 2. ed. São Paulo: Aduaneiras, 2003.
 
	Não há videoaulas.
	Módulo 7
	RATTI, Bruno. Comércio internacional e câmbio. 11. ed. São Paulo: Aduaneiras, 2008.
 
	GONÇALVEZ, Reinaldo. O Brasil e o comércio internacional: transformações e perspectivas. 2. ed. São Paulo: Aduaneiras, 2003.
 
	Não há videoaulas.
	Módulo 8
	RATTI, Bruno. Comércio internacional e câmbio. 11. ed. São Paulo: Aduaneiras, 2008.
 
	GONÇALVEZ, Reinaldo. O Brasil e o comércio internacional: transformações e perspectivas. 2. ed. São Paulo: Aduaneiras, 2003.
 
	Não há videoaulas.
Nota: ver abaixo as referências bibliográficas, para um melhor detalhamento das fontes de consulta indicadas.
 
III. Avaliações
1. Como é de seu conhecimento, você estará obrigado a realizar uma série de avaliações (NP1, NP2, SUB* e EXAME), cabendo ao discente conhecer o Calendário Escolar dessas avaliações, oportunamente divulgado no campus, e o agendamento das datas das provas respectivas, através deste sistema on line, dentro dos períodos especificados. Na data e horário agendados para a avaliação o discente dirigir-se-á ao Laboratório de Informática ou a outro setor designado pela Instituição para a realização da prova em sistema on line.
2. Por outro lado, é importante destacar que uma das formas de você se preparar para as avaliações é por meio da realização dos exercícios de autoavaliação, disponibilizados para ao discente neste sistema de disciplinas on line. O que tem de ficar claro, entretanto, é que os exercícios que são requeridos em cada avaliação não são a mera repetição dos exercícios da autoavaliação.
3. Para sua orientação, informamos na tabela a seguir, os conteúdos e exercícios que serão requeridos em cada uma das avaliações às quais você estará sujeito:
  
Conteúdos a serem exigidos nas avaliações
 
	AVALIAÇÕES
	CONTEÚDOS
	EXERCÍCIOS
	NP1
	Módulo 1 ao módulo 4
	Exercícios on line respectivos
	NP2
	Módulo 5 ao módulo 8
	Exercícios on line respectivos
	Substitutiva**
	Todos os Módulos (1 ao 8)
	Todos os exercícios
	Exame
	Todos os Módulos (1 ao 8)
	Todos os exercícios
 * Apenas para a perda de uma das avaliações bimestrais.
** Idem
 
IV. BIBLIOGRAFIA
1. Básica
BARRAL, Welber. O comércio internacional. São Paulo: Del Rey, 2007.
CIGNACCO, Bruno Roque. Fundamentos de comércio internacional para pequenas e médias empresas. São Paulo: Saraiva, 2008.
RATTI, Bruno. Comércio internacional e câmbio. 11. ed. São Paulo: Aduaneiras, 2008.
 
2. Complementar
AMARAL, Antônio Carlos Rodrigues do. Direito do comércio internacional: aspectos fundamentais. São Paulo: Aduaneiras, 2006.
AMARAL Jr., Alberto do. Direito do comércio internacional. 2. ed. São Paulo: Juarez de Oliveira, 2002.
GONÇALVEZ, Reinaldo. O Brasil e o comércio internacional: transformações e perspectivas. 2. ed. São Paulo: Aduaneiras, 2003.
JAKOBSEN, Kjeld. Comércio internacional e desenvolvimento. São Paulo: Perseu Abramo, 2005.
RAINELLI, Michel. Comércio internacional. São Paulo: Manole, 2003.
TOMAZETTE, Marlon. Comércio internacional e medidas antidumping. Curitiba: Juruá, 2008.
 
DÚVIDAS 
Dúvidas deverão ser sanadas na Coordenação do Curso de Direito em horário de atendimento ao aluno.
Bons Estudos!
	Assinale a opção que melhor define "Comércio Internacional".
	A
	A expressão "Comércio Internacional" designa, unicamente, a troca de mercadorias entre diferentes países, não abrangendo serviços nem aspectos ligados à sua execução, como o transporte e o pagamento. 
	B
	A expressão "Comércio Internacional", refere-se às trocas de mercadorias entre diferentes países exclusivamente por compra e venda internacional e abrange tudo o que for ligado à sua execução, incluindo transportee pagamento. 
	C
	A expressão "Comércio Internacional" designa a troca de mercadorias e serviços entre os países signatários do GATT. 
	D
	A expressão "Comércio Internacional" designa a troca de mercadorias entre o Brasil e os países do Mercosul. 
	E
	A expressão "Comércio Internacional"designa a troca de mercadorias e serviços de todos os tipos entre diferentes países em tudo o que for ligado à sua execução, incluindo transporte e pagamento. 
	Com base da Carta das Nações Unidas, assinale a afirmativa correta.
	A
	A Assembleia Geral pode expulsar um Estado membro que tenha persistentemente violado os princípios da Carta das Nações Unidas, ouvido o Conselho de Segurança. 
	B
	Os principais órgãos das Nações Unidas são a Assembleia Geral, o Conselho de Segurança, a Organização Mundial do Comércio e a Corte Internacional de Justiça. 
	C
	As principais atribuições do Conselho de Segurança são a manutenção da paz internacional e a liberalização dos fluxos internacionais de comércio.
	D
	Um Estado não pode se tornar membro da Corte Internacional de Justiça sem antes se tornar membro nas Nações Unidas.
	E
	Um Estado, uma vez aceito, não pode ser afastado dos trabalhos nas Nações Unidas.
	A Convenção Interamericana de Direitos Humanos dispõe que toda pessoa tem direito à vida, que deve ser protegida por lei, e que ninguém dela poderá ser privado arbitrariamente. Dessa forma quanto a pena de morte o correto é que:
	A
	é inadmissível a aplicação da pena de morte em qualquer circunstância, já que o direito à vida deve ser protegido por lei desde a concepção. 
	B
	não se pode aplicar pena de morte aos delitos políticos, exceto se forem conexos a delitos comuns sujeitos a tal pena.
	C
	a pena de morte não pode ser imposta àquele que, no momento da perpetração do delito, for menor de dezoito anos, nem aplicada à mulher em estado gestacional. 
	D
	não se admite que Estados promulguem pena de morte, exceto se já a tiverem aplicado e a tenham abolido, hipótese em que a tal pena poderá ser restabelecida.
	E
	a pena de morte pode ser imposta àquele que, no momento da perpetração do delito, for maior de dezoito anos.
	
	Roberta Caballero, de nacionalidade argentina, está no Brasil desde 2008, como correspondente estrangeira do jornal “El Diário”, sediado em Buenos Aires. Roberta possui visto temporário, válido por quatro anos. Em 2011, pouco antes do vencimento do visto, Roberta recebe um convite do editor de um jornal brasileiro, sediado em São Paulo, para ali trabalhar na condição de repórter, sob sua supervisão, mediante contrato de trabalho.
Para continuar em situação regular, é correto afirmar que Roberta
	A
	deverá renovar, a cada quatro anos, o visto temporário VI (correspondente estrangeiro) e requerer autorização de trabalho a estrangeiro com vínculo empregatício.
	B
	não poderá aceitar o emprego, pois a Constituição Federal, em seu artigo 222, veda a atuação de repórteres estrangeiros em qualquer meio de comunicação social.
	C
	deverá apenas renovar, a cada quatro anos, o visto temporário VI (correspondente estrangeiro), pois pessoas de nacionalidade de países do Mercosul não precisam de autorização de trabalho.
	D
	deverá transformar seu visto temporário VI (correspondente estrangeiro) em visto temporário V (mão de obra estrangeira) e requerer autorização de trabalho a estrangeiro com vínculo empregatício. 
	E
	
MÓDULO 01 - Introdução ao Comércio Internacional
O Direito do Comércio Internacional (DCI) tem como objeto de estudo toda a atividade mercantil entre os Estados.
O DCI possui as mesmas fontes do Direito Internacional Público (DIP), ou seja, os costumes, os tratados internacionais e os princípios gerais do direito, mas por ser uma atividade com destacada importância do setor privado, ganham destaque os contratos e os laudos arbitrais proferidos pelas cortes internacionais.
Atualmente, o Direito do Comércio Internacional encontra na Organização Mundial do Comércio (OMC) e nas principais Cortes Internacionais de Arbitragem seus mais importantes mananciais de normas. Conforme os ensinamentos de Irineu Strenger, o comércio internacional historicamente está ligado de modo íntimo com o direito marítimo e com as atividades do mar e apesar de não ter acesso a elementos mais específicos, sabe-se que os fenícios se destacaram como civilização eminentemente comercial, sendo-lhes atribuível um dos grandes momentos do direito marítimo, que foi a "Lex Rhodia de jactu", podendo-se registrar na alta antiguidade muitas disposições relacionadas com o comércio internacional, principalmente porque naquela época dispensava-se tratamento específico aos contratos internacionais. (Direito do comércio internacional e lex mercatoria. São Paulo: Ltr, 1996, p.55).  
Nesses termos é possível identificar as seguintes fases e eventos históricos que lhe estabelecem conteúdo: 
•Início: com o comércio marítimo, cuja maior projeção se deu com as navegações e comércio praticado pelos Fenícios (1550 1.C. - 300 a. C.).
•Evolução: as principais razões para a sua evolução são:
– Descoberta da América ou Novo Mundo: exploração de "commodities" - novas formas de "organização comercial". Exemplo de sua importância está na formação das chamadas "companhias de navegação", na qual havia a participação de acionistas.
• Se não tinha colônias: importava – Colônias não podiam manufaturar.
• Sistema de exploração, regulamentado pelo Estado, executado pelo comércio internacional.
• Fim do feudalismo: quebra “barreiras sociais”, ascensão da “Burguesia”.
• Revolução Industrial (Inglaterra, aprox. 1760, encerra transição do feudalismo ao capitalismo): a mecanização dos sistemas de produção, O crescimento populacional - medicina preventiva e sanitária e o controle das epidemias - gerou maior demanda de produtos e mercadorias.
– "Ninguém consegue fazer tudo nem ser bom em tudo o que faz (motivos geográficos, técnicos, etc.). Logo, cada um pode se concentrar em produzir aquilo que faz melhor".
•Adam Smith: 1776 - “A riqueza das Nações” – Vantagem comparativa e princípios da tributação.
 – Economia de escala / Para vender temos que comprar / Redução das “barreiras” – iniciada em Bretton Woods, ao final da Segunda Guerra Mundial.
• Origem da "lex mercatoria" e seus aspectos fundamentais:
1. Surgiu na antiguidade, mas se desenvolveu bem mais a partir da Idade Média.
2. Aspectos: regras transnacionais, sua base comum era a fidelidade aos costumes mercantis, eram aplicadas pelos próprios mercadores em cortes mercantis, seu processo era rápido e informal e enfatizavam a liberdade contratual e a decisão dos casos "ex aequo et bono" (conforme o correto e válido).
	Exercício 01 - O Direito do Comércio Internacional (DCI) tem como objeto de estudo
	A
	as fontes do Direito Internacional Privado.
	B
	a atividade mercantil entre os Estados.
	C
	o comércio nacional com potencial internacional.
	D
	os tratados internacionais e os princípios constitucionais.
	E
	qualquer atividade econômica.
	O Direito do Comércio Internacional possui como fontes
	A
	as mesmas fontes do Direito Constitucional e dos tratados internacionais.
	B
	as mesmas fontes do Direito Internacional Público, ou seja, os costumes, os tratados internacionais e os princípios gerais do direito.
	C
	as mesmas fontes do Direito Internacional Privado, ou seja, os costumes locais, os contratos comerciais e os princípios gerais do direito.
	D
	as mesmas fontes do Direito Internacional Público, ou seja, o direito público e o princípio da boa fé internacional.
	E
	as mesmas fontes do Direito Internacional Privado, ou seja, os costumes comerciais e o direito nacional positivo.
	Atualmente, o Direito do Comércio Internacional encontra suas principais fontes normativas
	A
	na Organização Mundial do Comércio (OMC) e nas cortes nacionais dos países signatários de tratados comerciais internacionais.
	B
	na Organização Mundial do Comércio (OMC) e nos Tribunaisde Conciliação e de Arbitragem dos países signatários.
	C
	nas Câmaras de Arbitragem Internacional e dos tratados internacionais regionais.
	D
	na Organização Mundial do Comércio (OMC) e nas principais Cortes Internacionais de Arbitragem.
	E
	na jurisprudência internacional e nos princípios gerais do direito.
	São aspectos característicos e fundamentais da "lex mercatoria"
	A
	a impossibilidade de sua internacionalização.
	B
	a existência de regras transnacionais.
	C
	seu caráter iminentemente nacionalista.
	D
	sua inaptidão para compor soluções aos conflitos comerciais.
	E
	sua clara previsão em regras de direito constitucional.
	São aspectos característicos e fundamentais da "lex mercatoria"
	A
	a impossibilidade de sua internacionalização.
	B
	a existência de regras transnacionais.
	C
	seu caráter iminentemente nacionalista.
	D
	sua inaptidão para compor soluções aos conflitos comerciais.
	E
	sua clara previsão em regras de direito constitucional.
	A "lex mercatoria" teve sua origem histórica
	A
	na antiguidade, embora tenha se desenvolvido com maior intensidade na Idade Média.
	B
	na modernidade, embora tenha sido institucionalizada pela OMC recentemente.
	C
	na antiguidade, embora hoje ela não seja aplicada por conta de proibição imposta pela OMC.
	D
	na Idade Média, embora na modernidade já tenha sido extinta.
	E
	na contemporaneidade, pois os antigos nunca conseguiram criar uma lei dessa natureza.
MÓDULO 02 - Normas de comércio internacional e "lex mercatoria"
• São normas jurídicas que surgiram de forma espontânea, ao longo do tempo. Trata-se de um tecido jurídico costurado a partir de costumes.
• Aceitos e referendados reciprocamente pelos atores do comércio internacional, sem nenhum vínculo com o ordenamento jurídico dos respectivos países.
• Na Idade Média existem as “Guildas” (corporações de ofício): estabelecem e aplicam regras deontológicas (do grego: dever/obrigação/discurso: discurso sobre o dever de obrigação) ou o “código de ética”, aplicando de sanções pecuniárias ("pecunium", do latim: dinheiro) até a expulsão.
• Diferiam das regras locais, reais, feudais ou eclesiásticas em 05 aspectos fundamentais:
– Eram regras transnacionais;
– A origem na fidelidade nos costumes mercantis “ex aequo et bono” (equidade e justiça);
– Aplicadas pelos próprios mercadores, não por juízes (através de suas corporações ou de cortes instaladas nas grandes feiras e mercados);
– Seu processo era rápido e informal;
– Enfatizava a liberdade contratual e a decisão dos casos (“pacta sunt servanda” + “arbitragem”).
• No século XIX muitos Estados a aboliram por entender que se opunha às legislações específicas de cada Estado e isso afrontava a sua soberania. Posteriormente, o peso dos costumes mostrou aos governos sua importância e ressurge hoje como uma nova "lex mercatoria”.
É definida como o conjunto de usos e costumes internacionais, dos tratados, das jurisprudências arbitrais, dentre outras fontes, aplicados ao comércio internacional, a doutrina do DCI denominada Nova "lex mercatoria". 
Essa expressão nos faz retornar a Fenícia (1550 a. c. - 300 a. c.), império desenvolvido nas relações comerciais ultramarinas, que criaram as primeiras regras sobre o comércio internacional e que em seu conjunto recebia o nome de "lex mercatoria". Os fenícios, que ocupavam o território hoje equivalente a Síria, Líbano e Israel, impuseram sua cultura por todo o mediterrâneo por meio de entrepostos comerciais, de uma marinha poderosa e de uma economia alicerçada nas relações comerciais internacionais. E mesmo depois da derrota desse império, sua vasta cultura no comércio naval foi utilizada pelos gregos romanos.
No segundo pós-guerra, surge uma nova dinâmica do comércio mundial com a diminuição das barreiras alfandegárias, a criação de blocos econômicos e a utilização constante de novas tecnologias, dentre outros fatores, que faz surgir uma nova ordem no comércio internacional. O objetivo constante de padronização das normas entre os mais diversos Estados, com a firme ideia de diminuir as diferenças culturais e incentivar os negócios, faz o mundo desenvolver uma nova "lex mercatoria".
Essa harmonização, padronização, das normas de direito do comércio internacional, embora ainda muito esparsa, deve-se principalmente à atuação de organizações e instituições internacionais que se dedicam a essa missão.
O Comércio Internacional, desde a sua origem, gerou:
1. Renovação ao direito nacional
2. Criação das cambiais
3. Surgimento dos bancos
4. Surgimento das bolsas de valores
5. Surgimento dos mercados de capitais
6. Surgimento das sociedades anônimas e sociedades limitadas (empresas)
7. Criação da personalidade da pessoa jurídica autônoma, desvinculada das pessoas físicas
8. Surgimento do seguro
9. Surgimento do crédito documentário
10. Desenvolvimento dos meios de comunicação, etc.
• Definição de "lex mercatoria" - “São regras costumeiras desenvolvidas em negócios internacionais aplicáveis em cada área determinada do comércio internacional, aprovadas e observadas com regularidade” (AMARAL, 2004, p. 61) e é produzida pelos diversos setores do comércio internacional, como, por exemplo, o dos comerciantes de cereais, ou de especiarias, ou mesmo de commodities etc., o que ocorre a partir dos princípios gerais do direito e do princípio da boa-fé.
A "lex mercatoria" não compete com as leis do Estado, nem constitui um direito supranacional (o que, por sua natureza, derrogaria o direito nacional, isto é, retiraria dele a sua validade e o seu vigor). Constitui-se como um direito a ser adotado na arbitragem comercial internacional, ou mesmo, noutra forma similar de solução de controvérsias.
	No que se refere a definição de "lex mercatoria" é correto afirmar que
	A
	eram normas jurídicas que surgiam de forma espontânea ao longo do tempo a partir de costumes; eram aceitas e referendadas reciprocamente pelos atores do comércio internacional, sem nenhum vínculo com o ordenamento jurídico dos respectivos países.
	B
	eram normas jurídicas que surgiam de forma positivada, mesmo contrariamente aos costumes da época; porém, não eram aceitas e referendadas reciprocamente pelos atores do comércio internacional.
	C
	eram normas morais que surgiam de forma espontânea ao longo do tempo a partir de valores regionais; eram aceitas e referendadas reciprocamente pelos atores do comércio internacional, sob a condição de vinculação com o ordenamento jurídico dos respectivos países.
	D
	eram normas jurídicas que surgiam de forma positivada ao longo do tempo a partir de processos legislativos; razão pela qual eram aceitas e referendadas reciprocamente pelos atores do comércio internacional, pois havia necessariamente um vínculo com o ordenamento jurídico dos respectivos países.
	E
	eram a jurisprudência internacional da época, baseada em costumes morais e em práticas de comércio regional; por isso, eram aceitas e referendadas reciprocamente pelos atores do comércio internacional, sem nenhum vínculo com o ordenamento jurídico dos respectivos países.
As regras da "lex mercatoria" diferiam das regras locais, reais, feudais ou eclesiásticas em 5 aspectos fundamentais:
I. Eram regras transnacionais.
II. Sua origem estava na fidelidade e nos costumes mercantis “ex aequo et bono".
III. Eram aplicadas pelos próprios mercadores e não por juízes.
IV. Seu processo era rápido e informal
V. Enfatizava a liberdade contratual.
Nesse sentido é possível afirmar que
A
nenhuma afirmação é válida.
B
todas as afirmações são válidas.
C
apenas as afirmações I, III e V são válidas.
D
apenas as afirmações I e V são válidas.
E
apenas as afirmações I, II, III e IV são válidas.
	No século XIX muitos Estados aboliram a "lex mercatoria" por entender que se opunha às legislações específicas de cada Estado e isso afrontava a sua soberania. Posteriormente, o peso dos costumes mostrou aos governos sua importância e ela ressurgiu como a nova"lex mercatoria". Trata-se do conjunto de usos e costumes internacionais, dos tratados, das jurisprudências arbitrais etc. No segundo pós-guerra, ela surge com uma nova dinâmica de comércio mundial, que teve como consequências
	A
	a diminuição das barreiras alfandegárias e a impetração do princípio da sustentabilidade ambiental como forma de preservação das riquezas naturais internacionais.
	B
	a ampliação das barreiras alfandegárias, a criação de blocos econômicos e a utilização constante de tecnologias já tradicionais.
	C
	a diminuição das barreiras alfandegárias, a restrição à criação de blocos econômicos e a utilização constante de novas tecnologias.
	D
	a diminuição das barreiras alfandegárias, a criação de blocos econômicos e a utilização constante de novas tecnologias.
	E
	o aumento das barreiras alfandegárias, a criação de blocos econômicos fechados e a utilização de tecnologias de forma estrita.
	O que fez o mundo desenvolver a nova "lex mercatoria" foi
	A
	o objetivo constante de padronização das normas de comércio internacional entre os mais diversos Estados e a ideia de diminuir as diferenças culturais e de incentivar os negócios.
	B
	o objetivo constante de dominação do comércio internacional entre os mais diversos Estados, o que estimulou uma concorrência desleal entre eles.
	C
	o objetivo constante de padronização das normas de comércio internacional entre os mais diversos Estados e a ideia de conservar as diferenças culturais mesmo que ao preço da perda de novas oportunidades e negócios.
	D
	o objetivo constante de padronização das normas de comércio nacional de determinados Estados e a necessidade de frisar as diferenças culturais nos negócios.
	E
	o objetivo constante de padronização das normas de comércio internacional entre os mais diversos Estados e a ideia de diminuir os negócios.
	A natureza jurídica da "lex mercatoria" é de
	A
	costume comercial.
	B
	sabedoria prática formada a partir de julgados judiciais.
	C
	legislação positiva.
	D
	doutrina científica do Direito.
	E
	moralidade.
	Com a prática do comércio internacional surgiram grandes avanços como
	A
	os tribunais arbitrais e a formação de um direito positivo do comércio internacional.
	B
	a renovação do direito nacional, a criação de cambiais e o surgimento do mercado de capitais.
	C
	o aparecimento da vingança privada como forma de justiça e as letras de câmbio.
	D
	a criação de uma organização mundial do comércio, já a partir da idade média.
	E
	a internet.
MÓDULO 03 - Princípios e limites da "lex mercatoria"
• O comércio internacional historicamente esteve ligado ao comércio marítimo e com as atividades mercantis transfronteiriças, ou seja, aquelas que são práticas para além das fronteiras do território do Estado nacional. Foi a partir do comércio marítimo o comércio internacional começou a se desenvolver.
• Com a queda do Império Romano, a Europa encontrava-se em fragmentação territorial, faltava poder político para proteção e assistência dos comerciantes. Tanto no interior como no exterior, houve a constituição das corporações de classe e corporações de mercadores. Essas corporações de mercado formavam um pequeno Estado com poderes Legislativo e Judiciário e detinham leis e estatutos e patrimônio próprios.
• Portanto, pelos usos e costumes adotados para disciplinar as transações comerciais desconhecidas do direito escrito então existente, pelas leis inspiradas por influência daquelas corporações e pela jurisprudência dos seus tribunais, constitui-se um complexo de normas reguladoras tão somente de pessoas de determinada classe e dos institutos especiais que as interessavam, e por isso se compôs um direito profissional, sintetizado em importantes fontes: os "statuto mercatorum" ou "jus mercatorum".
• Num primeiro momento podemos dizer que a "lex mercatoria" foi uma forma de internacionalização dos contratos, usada como forma de disciplinar materialmente as relações entre comerciantes.
• A "lex voluntatis" (autonomia de vontade), presente nos contratos internacionais do comércio, tido como um de seus mais significativos alicerces, abriu novos rumos para o atingimento do objetivo da "lex mercatoria", no tocante à liberdade de atuação, no sentido de alcançar definitivamente seus próprios instrumentos jurídicos formais. Deste modo, a "lex mercatoria" é tida como um conjunto de procedimentos que possibilita adequadas soluções para o comércio internacional, sem conexão com os sistemas nacionais e de forma juridicamente eficaz. Aqui vale ainda dizer que a "lex mercatoria" também se expressa a partir de regras originadas nas sentenças arbitrais, o que faz da jurisprudência arbitral a sua segunda grande fonte.
• A "lex mercatoria" regula quase a totalidade das questões que possam surgir da interpretação e da execução dos contratos econômicos internacionais. As regras da "lex mercatoria" desenvolvidas no âmbito do comércio internacional, apesar de nem sempre previstas nos direitos nacionais, não são conflitantes com estes, sendo geralmente compatíveis com os princípios que regem o direito obrigacional. Os tribunais poderão usá-la desde que fundamentada nos princípios do "pacta sunt servanda", na boa-fé e nos princípios gerais do direito. Somente se a ordem pública for violada é que os tribunais terão que afastar sua aplicabilidade como regra costumeira internacional.
• São princípios gerais do direito, geralmente ligados às relações contratuais, como o princípio da boa-fé, "pacta sunt servanda", "culpa in contrahendo", "exceptio non adimplenti contractus", dever de limitar danos, entre outros. Tais princípios abrangem tanto o direito interno quanto o internacional, extraídos do estudo do direito comparado de diversos ordenamentos nacionais. Usos e costumes internacionais, assim como falado anteriormente, são considerados como uma das mais importantes fontes da "lex mercatoria".
• Acerca de um conceito de "lex mercatoria" - “São regras costumeiras desenvolvidas em negócios internacionais aplicáveis em cada área determinada do comércio internacional, aprovadas e observadas com regularidade” (AMARAL, 2004, p. 61) e é produzida pelos diversos setores do comércio internacional, por exemplo, comerciantes de cereais, de especiarias, de commodities etc., a partir dos princípios gerais do direito e da boa-fé. Vale relembrar que a "lex mercatoria" não compete com a lei do Estado, nem constitui um direito supranacional (que derroga o direito nacional). Ela constitui um direito adotado na arbitragem comercial internacional ou noutra forma similar de solução de controvérsias, mas dotada de natureza suprajurídica, isto é, constituindo-se como regramento consuetudinário que parte das práticas e costumes comerciais para referendar, conferir sentido ou até mesmo dirimir conflito insurgente da aplicação ou da limitação de norma jurídica interna ou internacional.
• Argumentos contra a "lex mercatoria":
1. Não é uma lei
2. É incompleta, vaga e incoerente
3. Sua flexibilidade pode levar a decisões arbitrárias e uma decisão diferente para cada caso
• Argumentos a favor da "lex mercatoria":
1. É um direito vivo, real e concreto, próximo da realidade comercial
2. Ela é incompleta como qualquer sistema jurídico estatal
3. Leva a decisões tão arbitrárias quanto àquelas resultantes da aplicação das leis estatais
	A "lex mercatoria" foi uma forma de internacionalização dos contratos, usada como forma de disciplinar materialmente as relações entre comerciantes. Nesse sentido, é correto afirmar que
 
	A
	a Lex Profana, presente nos contratos internacionais do comércio, abriu novos rumos para o atingimento do objetivo da "lex mercatoria", no tocante à liberdade de atuação, pois previa punições severas para aqueles que se recusassem a aceitar as disposições contratuais conforme os costumes comerciais internacionais.
	B
	a Lex Voluntatis, presente exclusivamente nos ordenamentos jurídicos nacionais, foi extremamente prejudicial para oobjetivo da "lex mercatoria", no tocante à liberdade de atuação, que era a criação de um direito universal do comércio.
	C
	a Lex Voluntatis, presente nos contratos internacionais do comércio e considerado como um de seus mais significativos alicerces, abriu novos rumos para o atingimento do objetivo da "lex mercatoria", no tocante à liberdade de atuação, no sentido de alcançar definitivamente seus próprios instrumentos jurídicos formais.
	D
	a Lex Uxoria, presente nos contratos internacionais do comércio e considerado como um de seus mais significativos alicerces, abriu novos rumos para o atingimento do objetivo da "lex mercatoria", pois forçava os países não signatários de acordos internacionais a participarem do pacto.
	E
	o princípio da soberania dos Estados, presente nos contratos internacionais do comércio e considerado como um de seus mais significativos alicerces, abriu novos rumos para o atingimento do objetivo da "lex mercatoria", no tocante à liberdade de atuação.
	Os statuto mercatorum ou jus mercatorum  são formados pelos
I. Usos e costumes adotados para disciplinar apenas as transações comerciais reconhecidas pelo direito.
II. Pelas leis inspiradas por influência de corporações e apenas pela jurisprudência dos tribunais dos países desenvolvidos.
III. De um complexo de normas reguladoras tão somente de pessoas de determinada classe e dos institutos especiais que as interessavam e por isso se compôs apenas um código moral aplicável ao comércio local.
Nesse sentido é possível afirmar que
	A
	apenas a afirmação I e II são válidas, pois a III é inválida.
	B
	todas as afirmações são válidas.
	C
	somente a afirmação III é válida.
	D
	todas as afirmações são inválidas.
	E
	a afirmação II é a única válida.
	No que se refere a nova lex mercatoria não é correto afirmar que
	A
	embora seja uma referência importante na prática do comércio internacional ela ainda não dá condições alguma de resolução de conflitos de interesse.
	B
	ela regula quase a totalidade das questões que possam surgir da interpretação e da execução dos contratos econômicos internacionais.
	C
	ela também se expressa a partir de regras originadas nas sentenças arbitrais, o que faz da jurisprudência arbitral a sua segunda grande fonte.
	D
	ela é considerada como um conjunto de procedimentos que possibilita adequadas soluções para o comércio internacional, sem conexão com os sistemas nacionais e de forma juridicamente eficaz.
	E
	ela tem natureza consuetudinária.
São princípios gerais do direito geralmente ligados às relações contratuais e aplicáveis ao comércio internacional como uma de suas fontes mais importantes
A
a boa-fé,dormientibus non socorri ius e in dubio pro reo.
B
princípio democrático e princípio da isonomia contratual.
C
a boa-fé, pacta sunt servanda, culpa in contrahendo e exceptio non adimplenti contractus.
D
princípio da boa-fé e da reciprocidade internacional.
E
isonomia contratual, culpa in contrahendo e in periclus clausulae.
	São argumentos contra a "lex mercatoria":
I. Não é uma lei.
II. É incompleta, vaga e incoerente.
III. Sua flexibilidade pode levar a decisões arbitrárias.
Diante do exposto, é possível afirmar que
	A
	todas as assertivas são falsas.
	B
	apenas a assertiva I é falsa.
	C
	apenas a assertiva II é falsa.
	D
	apenas a assertiva III é falsa.
	E
	todas as assertivas são verdadeiras.
	São argumentos a favor da "lex mercatoria":
I. É um direito vivo e real, mas distante da realidade comercial.
II. Apesar de não constituir um sistema jurídico positivo ela é completa.
III. Serve para pôr fim a decisões arbitrárias.
Diante do exposto, é possível afirmar que
	A
	todas as assertivas são falsas.
	B
	todas as assertivas são verdadeiras.
	C
	as assertivas I e II são verdadeiras.
	D
	somente as assertivas II e III são falsas.
	E
	somente as assertivas II e III são verdadeiras.
MÓDULO 04 - Obrigações internacionais e requisitos de negócio jurídico internacional
Direito Internacional é o conjunto de normas que regula as relações externas dos atores que compõem a sociedade internacional. Estes atores, chamados sujeitos de direito internacional, são, principalmente, os Estados nacionais, embora a prática e a doutrina reconheçam também outros atores, como as organizações internacionais. Os Estados são juridicamente iguais (segundo o princípio da igualdade jurídica dos Estados). Não existe uma entidade central e superior ao conjunto de Estados, com a prerrogativa de impor o cumprimento da ordem jurídica internacional e de aplicar uma sanção por sua violação. Os juristas discutem a possibilidade de conflito entre o direito interno de um determinado país e o direito internacional e, em caso afirmativo, qual das duas ordens jurídicas deveria prevalecer. Nessa direção, ao relacionamento entre o direito internacional e o direito interno de determinado Estado, três sistemas básicos são reconhecidos: o dualismo (o direito internacional e o direito interno são completamente independentes e a validade da norma de um não depende do outro); o monismo com supremacia do direito internacional (a ordem jurídica é uma só, mas as normas de direito interno devem ajustar-se ao direito internacional); e o monismo com supremacia do direito interno (uma única a ordem jurídica, mas as normas de direito internacional devem ajustar-se ao direito interno).
Consideram-se sujeitos de direito internacional as entidades capazes de adquirir direitos e contrair obrigações no plano internacional, bem como de reivindicar os seus direitos no plano internacional. Os principais contextos nos quais a questão da personalidade internacional é discutida são a capacidade de reivindicar direitos frente à violação do direito internacional, a capacidade de celebrar tratados ou acordos internacionais e o gozo de privilégios e imunidades. O Estado é o principal ator no cenário internacional e, por conseguinte, o mais importante sujeito de direito internacional. Mas há outros, como as organizações internacionais que podem exercer certos direitos e ainda contrair obrigações internacionais. Há ainda a Santa Sé e as organizações não governamentais. Há quem entenda que o indivíduo - a pessoa humana - também seria modernamente um sujeito de direito internacional, quando se tratar de questões relacionadas a direitos humanos fundamentais.
As normas imperativas de direito internacional em geral são de natureza "jus cogens", isto é, aplicáveis a todos os sujeitos de direito internacional. Características da Ordem Jurídica Internacional ou Princípios Sociológicos do Direito Internacional Ausência de Autoridade Superior: é o denominado princípio da horizontalidade, não há um Estado superior ao outro, todos estão no mesmo patamar jurídico.
Ausência de hierarquia entre as normas manifestação do consentimento: a regra é de que um Estado só se submete a uma norma se manifestar o seu consentimento em relação a ela. Ex: Protocolo de Quioto, que não foi ratificado pelos EUA.
Exceções: O Costume Internacionalmente reconhecido; quando no Tribunal Penal Internacional (TPI) houver indicação de investigação pelo Conselho de Segurança da ONU pessoa de Estado que não ratificou o Estatuto de Roma poderá ser julgada. Descentralização: cada Estado age de acordo com a sua soberania. Sistema de sanções precárias.
Os contratos internacionais do comércio, como uma espécie de contrato internacional, são todas as manifestações de vontade de duas ou mais partes, que buscam criar relações patrimoniais ou de serviços. Essas relações estão potencialmente sujeitas a dois ou mais sistemas jurídicos, pela força do domicílio, nacionalidade, sede principal dos negócios, lugar do contrato, lugar da execução, ou qualquer circunstância que possa ser entendida como indicativa de lei aplicável.
A caracterização dos contratos internacionais acompanhou a evolução do Direito Internacional e do comércio internacional. O contrato internacional é consequência do intercâmbioentre Estados e pessoas. Com o desenvolvimento de uma economia mundial e o surgimento de novas e complexas relações comerciais, que inclui desde a compra e venda de mercadorias e a prestação de serviços até operações por meio eletrônico, os contratantes pretendem afastar a aplicação da lei do Estado à relação jurídica internacional, de modo a substituir uma lógica contratual interna por outra que tem por base os princípios gerais do direito internacional fundado na "lex mercatoria". Por ser de difícil caracterização, os contratos internacionais têm sido objeto de constantes construções teóricas que se compõe a partir de diversos critérios.
A construção do conceito dos contratos internacionais foi muito posterior à sua prática. Enquanto os primeiros critérios de constituição destes instrumentos datam da Idade Média, quando Bartolo (pai do Direito Internacional), instituiu a lex loci contractus, como primeira regra de conexão aplicável aos contratos internacionais, que estabelece a lei do lugar em que o contrato foi concluído como elemento de referências para as partes contratantes, até a lex loci obligationis, estabelecida por Savigny séculos mais tarde, que coloca o lugar de execução das obrigações como determinantes para as partes. Mais modernamente, através de um parâmetro econômico foi atribuído ao instituto do contrato internacional um conceito trazido pelo procurador-geral francês Matter, que colocava o contrato internacional como um instrumento que abrange um duplo movimento de mercadorias, capitais ou serviços para o exterior, restringindo a definição à transação de mercadorias entre as fronteiras dos diversos Estados.
Esta definição perdurou por muito tempo, mas com a intensificação das relações internacionais e das diversificações destas, a definição se mostrou insuficiente e extremada para uma realidade que tem como características fundamentais a fluidez e a elasticidade, sendo estas também partes da caracterização dos contratos internacionais. Todos os esforços feitos pela ordem internacional de estabelecer normas de condutas mais harmônicas incorporam esta dificuldade, não sendo, portanto, matéria pacificada entre os atores e órgãos internacionais. É importante considerar a normatização do direito pátrio quanto ao lugar do negócio jurídico. A Lei de Introdução ao Direito Nacional Brasileiro é clara quando afirma, em seu artigo 9º. que as obrigações reger-se-á pela lei do país em que se constituírem (recomenda-se ler do artigo 1º ao 12 da referida lei).
	A sociedade empresária do ramo de comunicações A Notícia Brasileira, com sede no Brasil, celebrou contrato internacional de prestação de serviços de informática com a sociedade empresária Santiago Info, com sede em Santiago. O contrato foi celebrado em Buenos Aires, capital argentina, tendo sido estabelecido como foro de eleição pelas partes Santiago, se porventura houver a necessidade de resolução de litígio entre as partes. Diante da situação exposta, à luz das regras de Direito Internacional Privado veiculadas na Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB) e no estatuto processual civil pátrio (Código de Processo Civil - CPC), assinale a alternativa correta.
	A
	No tocante à regência das obrigações previstas no contrato, aplica-se a legislação chilena, já que Santiago foi eleito o foro competente para se dirimir eventual controvérsia.
	B
	Nos contratos internacionais, a lei que rege a capacidade das partes pode ser diversa da que rege o contrato. É o que se verifica no caso exposto acima.
	C
	Como a execução da obrigação avençada entre as partes se dará no Brasil, aplica-se, obrigatoriamente, no tocante ao cumprimento do contrato, a legislação brasileira.
	D
	A Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro veda expressamente o foro de eleição, razão pela qual é nula ipso jure a cláusula estabelecida pelas partes nesse sentido.
	E
	Somente nos contratos nacionais, a lei que rege a capacidade das partes não poderá divergir da que rege o contrato.
	A embaixada de um estado estrangeiro localizada no Brasil contratou um empregado brasileiro para os serviços gerais. No final do ano, não pagou o 13º salário, por entender que, em seu país, este não era devido. O empregado, insatisfeito, recorreu à Justiça do Trabalho. A ação foi julgada procedente, mas a embaixada não cumpriu a sentença. Por isso, o reclamante solicitou a penhora de um carro da embaixada. Com base no relatado acima, o Juiz do Trabalho decidiu
	A
	deferir a penhora, pois a Constituição atribui competência à justiça brasileira para ações de execução contra Estados estrangeiros.
	B
	indeferir a penhora, pois o Estado estrangeiro, no que diz respeito à execução, possui imunidade, e seus bens são invioláveis.
	C
	extinguir o feito sem julgamento do mérito por entender que o Estado estrangeiro tem imunidade de jurisdição.
	D
	deferir a penhora, pois o Estado estrangeiro não goza de nenhuma imunidade quando se tratar de ações trabalhistas.
	E
	indeferir a penhora, pois não é o recurso cabível para haver o crédito em questão.
	Em 2010, o Congresso Nacional aprovou por Decreto Legislativo a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência. Essa convenção já foi aprovada na forma do artigo 5º, § 3º, da Constituição, sendo sua hierarquia normativa de
	A
	lei federal ordinária.
	B
	emenda constitucional. 
	C
	lei complementar.
	D
	status supralegal.
	E
	medida provisória.
	Com relação à chamada “norma imperativa de Direito Internacional geral”, ou "jus cogens", é correto afirmar que é a norma
	A
	prevista no corpo de um tratado que tenha sido ratificado por todos os signatários, segundo o direito interno de cada um.
	B
	reconhecida pela comunidade internacional como aplicável a todos os Estados, da qual nenhuma derrogação é permitida
	C
	aprovada pela Assembleia Geral das Nações Unidas e aplicável a todos os Estados membros, salvo os que apresentarem reserva expressa.
	D
	de direito humanitário, expressamente reconhecida pela Corte Internacional de Justiça, aplicável a todo e qualquer Estado em situação de conflito.
	E
	reconhecida pela comunidade internacional como a norma aplicada somente as pessoas e não as coisas inanimadas.
	Segundo o princípio da horizontalidade:
	A
	todos os comerciantes estão no mesmo patamar, não havendo hierarquia entre eles.
	B
	todos os Ordenamentos Jurídicos devem ser iguais para que os Estados possam firmar acordos internacionais.
	C
	todos os Estados devem ser considerados como pares, não havendo hierarquia entre eles.
	D
	os comerciantes devem ser tratados como iguais pelos tribunais arbitrais.
	E
	não há hierarquia entre acordos internacionais.
	Por definição, contratos internacionais são
	A
	manifestações de vontade que buscam criar relações patrimoniais ou de serviços.
	B
	são normas de caráter moral sem validade alguma na esfera jurídica.
	C
	são acordos de vontade entre Estados independentes.
	D
	são manifestações de vontade com vista a criação da "lex mercatoria".
	E
	acordos multilaterais de aplicação restrita a atividade comercial, sem incluir a prestação de serviços.
MÓDULO 05 - Ordem Jurídica Internacional e Comércio Internacional
Características da Ordem Jurídica Internacional ou Princípios Sociológicos do Direito Internacional:
Ausência de Autoridade Superior: é o denominado princípio da horizontalidade, não há um Estado superior ao outro, todos estão no mesmo patamar jurídico.
Ausência de Hierarquia entre as normas e manifestação do consentimento: a regra é de que um Estado só se submete a uma norma se manifestar o seu consentimento em relação a ela. Ex: Protocolo de Quioto, que não foi ratificado pelos EUA.
São exceções: O Costume Internacionalmente reconhecido; bem como quando no Tribunal Penal Internacional (TPI) houver indicação de investigação pelo Conselho de Segurança da ONU pessoa de Estado que não ratificou o Estatuto de Roma poderá ser julgada.Descentralização: cada Estado age de acordo com a sua soberania.
Sistema de sanções precárias: Segundo Emerson Penha Malheiro (2008), O direito internacional possui proposições elementares, que servem de base a uma ordem de conhecimentos que regem as relações sociais e institucionais na dimensão exterior, produzindo efeitos jurídicos. Tais preceitos essenciais possuem tal importância que acabam por se confundir com as próprias características da ordem jurídica internacional, a seguir demonstradas. O primeiro princípio sociológico ou primeira característica da ordem jurídica internacional leva em consideração a existência de uma pluralidade de Estados soberanos, pois apenas é possível se falar em direito internacional público como uma multiplicidade de Estados, uma vez que ele ordena, principalmente, as relações entre eles. Esse é o chamado princípio da multiplicidade de Estados soberanos. Os Estados devem ser soberanos, ou seja, "estar direta e imediatamente subordinados à ordem internacional" [1]. Se "houvesse apenas um Estado, o Estado Mundial, não haveria dualidade de interesses e, consequentemente, não se justificariam quaisquer normas que não fossem as internas" [2]. No circuito internacional não há uma autoridade suprema à qual todos deverão se reportar, nem tampouco uma personalidade com o poder de ordenar, decidir, atuar e se fazer obedecer. Em outras palavras, é imprescindível compreender que não existe autoridade superior à vontade livremente constituída dos Estados. Logo, se uma norma internacional é descumprida, não há um poder superior para aplicar uma sanção. O Estado prejudicado estará autorizado a pressionar o Estado violador para cumpri-la, não raro, por meio de mecanismos de solução de controvérsias. Se a ofensa persistir, a própria sociedade internacional estará encarregada de coagir o transgressor. Da mesma forma, não existe uma hierarquia entre as normas, de maneira que não há uma organização fundada sobre uma ordem de prioridade entre as regras e nem ao menos uma relação de qualquer espécie de subordinação entre elas. Como decorrência desse princípio, as partes devem manifestar seu consentimento em relação às normas para então se submeterem a elas, já que ninguém pode impor a um Estado determinada regra, pois tal conduta teria como consequência a violação da sua soberania. As normas não surgem de um órgão superior que mereça a aceitação tácita, a obediência por parte dos Estados e Organizações Internacionais, mesmo porque essa entidade suprema não existe. Assim sendo, as partes deverão expressar, de forma inequívoca, sua vontade. Os dispositivos internacionais advêm dos Estados soberanos: esses dispositivos se submetem a eles por serem considerados obrigatórios para uma convivência pacífica. Se as partes manifestam seu consentimento, o fazem porque existem convicções jurídicas coincidentes entre elas, de modo que se não houvesse valores comuns, sequer existiria o direito internacional público. A sociedade internacional, por outro lado, é descentralizada, o que significa dizer que a coordenação "preside a convivência organizada de tantas soberanias" [3].
Após ter entrado irregularmente em território nacional, um estrangeiro tem a sua deportação promovida, por não se retirar voluntariamente. Assinale a afirmativa que indica o procedimento a ser adotado por esse estrangeiro, caso pretenda reingressar em território nacional.
A
O estrangeiro deportado nunca mais poderá reingressar no território nacional.
B
O deportado só poderá reingressar no território nacional se ressarcir o Tesouro Nacional, com correção monetária, das despesas com a sua deportação e efetuar, se for o caso, o pagamento da multa devida à época, também corrigida.
C
O deportado só poderá reingressar no território nacional após o transcurso do lapso prescricional quinquenal para a cobrança da quantia devida.
D
O deportado poderá retornar se comprovadamente não tiver condições de arcar com o pagamento da quantia devida, sem prejuízo de sua própria subsistência.
E
O deportado nunca perde o direito de reingresso.
	Um jato privado, pertencente a uma empresa norte- americana, se envolve em um incidente que resulta na queda de uma aeronave comercial brasileira em território brasileiro, provocando dezenas de mortes. A família de uma das vítimas brasileiras inicia uma ação no Brasil contra a empresa norte- americana, pedindo danos materiais e morais. A empresa norte-americana alega que a competência para julgar o caso é da justiça americana. Segundo o direito brasileiro, o juiz brasileiro
	A
	tem competência concorrente porque o acidente ocorreu em território brasileiro. 
	B
	não tem competência concorrente porque o réu é empresa estrangeira que não opera no Brasil.
	C
	não tem competência, absoluta ou relativa, e deverá remeter o caso, por carta rogatória, à justiça americana. 
	D
	tem competência concorrente porque a vítima tinha nacionalidade brasileira.
	E
	tem competência exclusiva porque o acidente ocorreu em território nacional.
	Arnaldo Butti, cidadão brasileiro, falece em Roma, Itália, local onde residia e tinha domicílio. Em seu testamento, firmado em sua residência poucos dias antes de sua morte, Butti, que não tinha herdeiros naturais, deixou um imóvel localizado na Avenida Atlântica, na cidade do Rio de Janeiro, para Júlia, neta de sua enfermeira, que vive no Brasil. Inconformada com a partilha, Fernanda, brasileira, sobrinha-neta do falecido, que há dois anos vivia de favor no referido imóvel, questiona no Judiciário brasileiro a validade do testamento. Alega, em síntese, que, embora obedecesse a todas as formalidades previstas na lei italiana, o ato não seguiu todas as formalidades preconizadas pela lei brasileira. Com base na hipótese acima aventada, assinale a alternativa correta.
	A
	Fernanda tem razão em seu questionamento, pois a sucessão testamentária de imóvel localizado no Brasil rege-se, inclusive quanto à forma, pela lei do local onde a coisa se situa (lex rei sitae).
	B
	Fernanda tem razão em questionar a validade do testamento, pois a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro veda a partilha de bens imóveis situados no Brasil por ato testamentário firmado no exterior.
	C
	Fernanda não tem razão em questionar a validade do testamento, pois o ato testamentário se rege, quanto à forma, pela lei do local onde foi celebrado.
	D
	O questionamento de Fernanda não será apreciado, pois a Justiça brasileira não possui competência para conhecer e julgar o mérito de ações que versem sobre atos testamentários realizados no exterior.
	E
	Não há solução para o caso de Fernanda.
Salv
Em janeiro de 2003, Martin e Clarisse Green, cidadãos britânicos domiciliados no Rio de Janeiro, casam-se no Consulado-Geral britânico, localizado na Praia do Flamengo. Em meados de 2010, decidem se divorciar. Na ausência de um pacto antenupcial, Clarisse requer, em petição à Vara de Família do Rio de Janeiro, metade dos bens adquiridos pelo casal desde a celebração do matrimônio, alegando que o regime legal vigente no Brasil é o da comunhão parcial de bens. Martin, no entanto, contesta a pretensão de Clarisse, argumentando que o casamento foi realizado no consulado britânico e que, portanto, deve ser aplicado o regime legal de bens vigente no Reino Unido, que lhe é mais favorável. Com base no caso hipotético acima e nos termos da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, assinale a alternativa correta.
A
O juiz brasileiro não poderá conhecer e julgar a lide, pois o casamento não foi realizado perante a autoridade competente.
B
Clarisse tem razão em sua demanda, pois o regime de bens é regido pela lex domicilli dos nubentes e, ao tempo do casamento, ambos eram domiciliados no Brasil.
C
Martin tem razão em sua contestação, pois o regime de bens se rege pela lei do local da celebração (lex loci celebrationis), e o casamento foi celebrado no consulado britânico.
D
O regime de bens obedecerá à lex domicilli dos cônjuges quanto aos bens móveis e à lexrei sitae (ou seja, a lei do lugar onde estão) quanto aos bens imóveis, se houver.
E
Clarisse não tem razão em sua demanda e o regime torna-se assim inexistente.
	É característica do circuito das relações internacionais:
	A
	não haver um autoridade suprema com poder para submeter a todos.
	B
	a constituição de uma autoridade política internacional dotada de soberania mundial.
	C
	o reconhecimento de uma heirarquia política necessárias entre os Estados.
	D
	a livre desconsideração da soberania dos Estados na formação dos acordos internacionais.
	E
	o reconhecimento de um território internacional para as negociações privadas.
	Por conta do respeito ao princípio da soberania de cada Estado, quando ocorre um conflito internacional entre Estados:
I. Os Estados podem unir esforços para exercer pressão política e econômica sobre quem houver dado causa a discórdia.
II. Mesmo assim não há necessariamente qualquer recurso jurídico para exercer controle sobre o referido Estado.
III. Assim, a soberania política e jurídica são respeitadas, mas bloqueios econômicos e comerciais podem ser instituídos.
Diante do exposto, é correto afirmar que:
	A
	todas as assertivas são válidas.
	B
	todas as assertivas são inválidas.
	C
	apenas a assertiva I é válida.
	D
	apenas a assertiva II é válida.
	E
	apenas a assertiva III é válida.
MÓDULO 06 - Especificidades dos Contratos Internacionais
Os contratos internacionais apresentam especificidades, das quais podemos citar:
·         alcance, já que ele é necessariamente extraterritorial, sendo influenciado por sistemas jurídicos distintos;
·         submissão, já que uma parte se submeterá ao ordenamento jurídico da outra parte ou de uma outra nação neutra;
·         idioma, já que um contrato internacional normalmente envolve um idioma que não o oficial do país, sendo o inglês o idioma mais utilizado. Há também a possibilidade de um instrumento contratual ser firmado em mais de um idioma, sendo necessário determinar qual idioma prevalecerá em caso de controvérsia;
·         lei aplicável, já que há autonomia para que as partes escolham qual lei aplicar, possibilidade que não existe em um contrato nacional;
·         foro e jurisdição competente, já que ficam a escolha das partes.
A validade dos contratos em geral advém de alguns elementos essenciais, os quais estão divididos em condições e requisitos. Dentre as condições usualmente necessárias para o contrato estão a capacidade, a legitimidade das partes e a licitude do objeto do contrato. Já dentre os requisitos, estão o consentimento (livre e consciente manifestação de vontade das partes), o objeto (possível, lícito e determinado) e a forma (autonomia das partes para determinar a forma do contrato).
Os contratos internacionais de comércio são desenvolvidos com maior liberdade para as partes tomarem decisões a respeito de sua forma e conteúdo. A vontade, nesse sentido, desempenha grande importância na relação internacional de comércio, que pode sofrer restrições em função da lei aplicada pela escolha das partes e do Direito Internacional Privado.
 A lei aplicável é importante no momento de eventuais conflitos que surjam entre as partes de um contrato internacional de comércio. O conflito pode ocorrer caso uma das partes deixe de cumprir as obrigações que assumiu no contrato, sendo a lei aplicável aquela que deverá regular como será a execução da obrigação, por exemplo.
Duas situações podem ocorrer em relação à lei aplicável num contrato internacional. A primeira delas se trata do contrato em que as partes estipularam qual lei deve se aplicar, fazendo uso do princípio da autonomia da vontade. A segunda situação ocorre quando os contratos internacionais de comércio não possuem cláusula referente à lei aplicável, ou seja, quando as partes não optaram por nenhuma lei a regular o contrato, estando eles sujeitos às normas do Direito Internacional Privado.
Na ausência de cláusula de lei aplicável, os tribunais podem desenvolver presunções sobre qual era a intenção das partes no momento da redação do contrato. Assim, em um contrato entre uma parte inglesa e outra parte francesa, o uso da terminologia conhecida unicamente pela língua inglesa indicaria a escolha implícita da lei inglesa. Outro fator que também é considerado como indicando a presunção de escolha de lei aplicável é a escolha do foro ou do país em que se processará o método de solução de conflito, ou seja, a opção do lugar do tribunal ou da arbitragem, por exemplo, seria uma determinação implícita da lei competente.
Casos em que as partes sequer indicaram algum elemento que remeta a uma lei aplicável aplicam-se as regras de Direito Internacional Privado.
Por outro lado, aqueles contratos em que as partes estipularam lei aplicável, seja em relação a todo conteúdo do contrato ou a questões específicas, dificilmente serão tidos como inválidos pelos tribunais nacionais.
Vale destacar que as partes, ao optarem pela lei aplicável, devem ser cuidadosas. Conhecer a lei que se elege é essencial. Isso porque cada ordenamento jurídico possui princípios de base que devem ser respeitados, assim como normas legais imperativas, das quais as partes não podem se livrar e devem obedecer sob pena de seu contrato ser considerado inválido e não produzir efeitos.
Estão localizadas no artigo 38°do Estatuto da Corte Internacional de Justiça de 1945:
• Fontes Primárias:
            Tratados Internacionais;  Costumes Internacionais;  Princípios Gerais de Direito;
 • Fontes secundárias ou meios auxiliares:
                     Jurisprudência Internacional;   Doutrina Internacional; Equidade; 
         Decisões da O.I.I.; Atos Unilaterais normativos dos Estados
  Obs.: O artigo 38 não menciona a palavra equidade, mas a expressão em latim “ex aequo et bono”.
 Não existe hierarquia entre as fontes, mas apenas em relação à sua natureza jurídica.
 
•  O rol é exemplificativo, pois outras fontes surgiram após o ano de 1945.
 
       •  O Costume internacionalmente reconhecido vincula as partes como norma não escrita. 
     Ex: a existência de cláusula de arbitragem ou compromisso arbitral. 
• art7º em diante da LINDB
• Tratados.
• Costumes (ex.: no direito de família os “alimentos”, são universais).
• Princípios que sejam aplicáveis
   Por exemplo....
– Boa fé: aplicável ao direito das obrigações – “juis tantum” (ou seja, relativa, que admite prova em contrario),
– Enriquecimento ilícito.
	Após obter sentença favorável perante a Corte Interamericana de Direitos Humanos, que condenou a República Federativa do Brasil ao pagamento de determinada quantia em dinheiro, deverá o interessado, em caso de inércia da sucumbente em adimplir o comando condenatório voluntariamente, adotar o seguinte procedimento:
	A
	Requerer perante a Corte a intimação da executada para efetuar o pagamento em vinte e quatro horas ou nomear bens à penhora.
	B
	Solicitar o encaminhamento dos autos do processo ao Conselho de Segurança da ONU para a imposição de sanções internacionais.
	C
	Aceitar que as sentenças proferidas pela Corte Interamericana de Direitos Humanos são desprovidas de executoriedade.
	D
	Executar a sentença perante a Justiça Federal pelo processo interno vigente para a execução de sentenças contra o Estado. 
	E
	Executar a sentença perante a Justiça comum pelo processo interno vigente para a execução de sentenças contra o Estado.
A respeito da autorização de trabalho a estrangeiro com vínculo empregatício no Brasil, assinale a afirmativa correta.
A
Trata-se de ato administrativo de competência do Ministério do Trabalho, para efeito de requerimento de visto permanente e/ou temporário, a estrangeiros que desejem trabalhar no Brasil.
B
O empregador deve se comprometer com o treinamento profissional, mas não é necessário haver correlação entre a atividade que o estrangeiro exercerá e sua qualificação/experiência anterior.
C
O empregador que pretender importar mão de obra deverá manter pelo menos metadedas vagas da empresa ocupadas por brasileiros, que também devem responder por, pelo menos, metade da folha de salários
D
Trata-se de ato administrativo de competência do Ministério da Educação, que dispensa a autorização para o estrangeiro que haja concluído curso de pós-graduação stricto sensu no Brasil ou tiver seu diploma estrangeiro revalidado.
E
Trata-se de ato administrativo de competência do Ministério da Justiça, para efeito de requerimento de visto permanente e/ou temporário, a estrangeiros que desejem trabalhar no Brasil.
	Jean Pierre, cidadão estrangeiro, foi preso em flagrante em razão de suposta prática de crime de falsificação de passaporte com o objetivo de viabilizar sua permanência no Brasil.
Diante dessa situação hipotética, assinale a afirmativa correta.
	A
	A fraude para obter a entrada e permanência no território brasileiro constitui motivo suficiente para a expulsão do estrangeiro, cabendo, exclusivamente, ao Presidente da República, de forma discricionária, resolver sobre a conveniência e oportunidade da sua retirada compulsória do País. 
	B
	O ilícito deverá ser apurado no âmbito do Ministério da Relações Exteriores, tornando desnecessária a instauração de processo administrativo ou inquérito para fins de apuração dos fatos que ensejam a expulsão.
	C
	O mérito do ato de expulsão é analisado mediante juízo de conveniência e oportunidade (discricionariedade), sendo descabido o ajuizamento de ação judicial para impugnar suposta lesão ou ameaça de lesão a direito, devendo, nesse caso, o juiz rejeitar a petição inicial por impossibilidade jurídica do pedido.
	D
	A fraude para obter entrada e permanência no território brasileiro não é motivo para fundamentar ato de expulsão de estrangeiro.
	E
	A fraude para obter a entrada e permanência no território brasileiro constitui motivo insuficiente para a expulsão do estrangeiro, cabendo, exclusivamente, ao Ministro das Relações Exteriores, de forma arbitrária, resolver sobre a conveniência e oportunidade da sua retirada compulsória do País.
	Após assaltar uma embarcação turística a 5 milhas náuticas da costa do Maranhão, um bando de piratas consegue fugir com joias e dinheiro em duas embarcações leves motorizadas. Comunicadas rapidamente do ocorrido, duas lanchas da Marinha que patrulhavam a área perseguiram e alcançaram uma das embarcações a 10 milhas náuticas das linhas de base a partir das quais se mede o mar territorial. A segunda embarcação, no entanto, só foi alcançada a 14 milhas náuticas das linhas de base. Ao final, todos os assaltantes foram presos e, já em terra, entregues à Polícia Federal.
Com base no caso hipotético acima, é correto afirmar que
	A
	a prisão da primeira embarcação é legal, mas não a da segunda, pois a jurisdição brasileira se esgota nos limites de seu mar territorial, que é de 12 milhas náuticas contadas das linhas de base.
	B
	as duas prisões são ilegais, pois a competência para reprimir crimes em águas jurisdicionais brasileiras pertence exclusivamente à Divisão de Polícia Aérea, Marítima e de Fronteira do Departamento de Polícia Federal. 
	C
	as duas prisões são legais, pois a primeira embarcação foi interceptada dentro dos limites do mar territorial e a segunda dentro dos limites da zona contígua, onde os Estados podem tomar medidas para reprimir as infrações às leis de seu território. 
	D
	a primeira prisão é ilegal, pois ocorreu em mar territorial, área de competência exclusiva da Polícia Federal, e a segunda prisão é legal, pois ocorreu em zona contígua, onde a competência para reprimir qualquer ato que afete a segurança nacional passa a ser da Marinha.
	E
	as  prisões são ilegais, pois a primeira embarcação foi interceptada fora dos limites do mar territorial e a segunda dentro dos limites da zona contígua, onde os Estados podem tomar medidas para reprimir as infrações às leis de seu território. 
	São características específicas dos contratos internacionais:
	A
	o alcance extraterritorial, o idioma oficial e a escolha do foro e da jurisdição.
	B
	a soberania do Estado ao qual pertence o contratante.
	C
	a "lex mercatoria" exclusiva.
	D
	a obrigatoriedade de um idioma estrangeiro ao dos contratantes e a escolha de uma jurisdição estrangeira.
	E
	a participação dos Estados ao qual pertencem os contratantes, na forma de testemunhas contratuais oficiais.
No que se refere a validade dos contratos internacionais:
I. a capacidade de consentir, a legitimidade das partes e a licitude do objeto contratual são condições essenciais do contrato.
II. já o consentimento, o objeto e a forma do contrato são requisitos estruturais do contrato.
III. mas as partes contratantes são totalmente livres para manifestar sua vontade no contrato.
Diante do exposto, é correto afirmar que:
A
somente a assertiva I está correta.
B
somente as assertivas II e III estão corretas.
C
todas as assertivas estão erradas.
D
somente as assertivas I e III estão corretas.
E
todas as assertivas estão corretas.
MÓDULO 07 - O Comércio Internacional no Mercado Comum do Sul - MERCOSUL
Argentina, o Brasil, o Paraguai e o Uruguai assinaram, em 26 de março de 1991, o Tratado de Assunção, com vistas a criar o Mercado Comum do Sul (MERCOSUL). O objetivo primordial do Tratado de Assunção é a integração dos quatro Estados Partes por meio da livre circulação de bens, serviços e fatores produtivos, do estabelecimento de uma Tarifa Externa Comum (TEC), da adoção de uma política comercial comum, da coordenação de políticas macroeconômicas e setoriais, e da harmonização de legislações nas áreas pertinentes. Em 2012, o MERCOSUL passou pela primeira ampliação desde sua criação, com o ingresso definitivo da Venezuela. No mesmo ano, foi assinado o Protocolo de Adesão da Bolívia ao MERCOSUL, que, uma vez incorporado ao ordenamento jurídico dos Estados Partes, fará do país andino o sexto membro pleno do bloco. Houve também avanço no diálogo exploratório com o Equador, exercício que deve prosseguir nas próximas reuniões.
 
O Tratado de Assunção é aberto, mediante negociação, à adesão dos demais Países Membros da ALADI.  Ademais, o MERCOSUL caracteriza-se pelo regionalismo aberto, ou seja, tem por objetivo não só o aumento do comércio intrazona, mas também o estímulo às trocas com terceiros países. São Estados Associados do Mercosul a Bolívia (desde 1996), o Chile (desde 1996), o Peru (desde 2003), a Colômbia e o Equador (desde 2004). Ainda que não sejam Estados Associados, em 2012,Guiana e o Suriname passaram a contar com formas de participação nas reuniões do MERCOSUL.
 
Em dezembro de 1994, foi aprovado o Protocolo de Ouro Preto, que estabelece a estrutura institucional do MERCOSUL e o dota de personalidade jurídica internacional. O aperfeiçoamento da união aduaneira é um dos objetivos basilares do MERCOSUL. Como passo importante nessa direção, os Estados Partes concluíram, em 2010, as negociações para a conformação do Código Aduaneiro do MERCOSUL e o Programa de Consolidação da União Aduaneira (Decisão CMC Nº 56/10). Ademais, com objetivo de reduzir os custos financeiros nas transações comerciais, o Conselho do Mercado Comum aprovou o “Sistema de Pagamento em Moedas Locais” para o comércio entre os Estados Partes do MERCOSUL. O Sistema de Pagamentos em Moeda Local já está em funcionamento para operações entre Brasil e Argentina. O mesmo mecanismo está sendo implementado entre Brasil e Uruguai.
 
Visando ao aprofundamento do processo de integração, o tratamento das assimetrias ocupa posição relevante na agenda interna. De acordo com esse objetivo, o Fundo para a Convergência Estrutural do MERCOSUL (FOCEM), destina-se a financiar programas para promover a convergência estrutural, desenvolver a competitividade e promover a coesão social, fortalecendo o processo de integração. No âmbito da integração produtiva, o Fundo MERCOSUL de Garantias para Micro, Pequenas e Médias Empresas é instrumento relevante, criado para garantir, direta ou indiretamente, operações decrédito contratadas por empresas de menor porte que participem de projetos dessa natureza.
 
O aperfeiçoamento institucional do bloco e o fortalecimento de sua dimensão jurídico-institucional também têm papel fundamental na agenda. Em consonância com esses objetivos, foi aprovado, em 2002, o Protocolo de Olivos para a Solução de Controvérsias entre os Estados Partes. A partir da aprovação desse Protocolo, foi criado o Tribunal Permanente de Revisão com o objetivo de garantir a correta interpretação, aplicação e cumprimento do conjunto normativo do Bloco. Ainda no âmbito institucional, o Parlamento do MERCOSUL, constituído em dezembro de 2006, representa importante avanço, conferindo maior representatividade e transparência ao processo de integração.
 
O MERCOSUL tem por objetivo consolidar a integração política, econômica e social entre os países que o integram, fortalecer os vínculos entre os cidadãos do bloco e contribuir para melhorar sua qualidade de vida.
 
O MERCOSUL visa à formação de mercado comum entre seus Estados Partes. De acordo com o art. 1º do Tratado de Assunção, a criação de um mercado comum implica na observação de alguns princípios:
·         livre circulação de bens, serviços e fatores de produção entre os países do bloco;
·         estabelecimento de uma tarifa externa comum e a adoção de uma política comercial conjunta em relação a terceiros Estados ou agrupamentos de Estados e a coordenação de posições em foros econômico-comerciais regionais e internacionais;
·         coordenação de políticas macroeconômicas e setoriais entre os Estados Partes;
·         compromisso dos Estados Parte em harmonizar a legislação nas áreas pertinentes, a fim de fortalecer o processo de integração.
 
Segundo o Protocolo de Ouro Preto, a disciplina de seu quadro institucional passa a funcionar da seguinte maneira:
I. O Conselho do Mercado Comum (CMC);
II. O Grupo Mercado Comum (GMC);
III. A Comissão de Comércio do Mercosul (CCM);
IV. A Comissão Parlamentar Conjunta (CPC);
V. O Foro Consultivo Econômico-Social (FCES);
VI. A Secretaria Administrativa do Mercosul (SAM).
São órgãos com capacidade decisória, de natureza intergovernamental, o Conselho do Mercado Comum, o Grupo Mercado Comum e a Comissão de Comércio do Mercosul.
 
O Conselho do Mercado Comum é o órgão superior do Mercosul ao qual incumbe a condução política do processo de integração e a tomada de decisões para assegurar o cumprimento dos objetivos estabelecidos pelo Tratado de Assunção e para lograr a constituição final do mercado comum. O Conselho do Mercado Comum será integrado pelos Ministros das Relações Exteriores; e pelos Ministros da Economia, ou seus equivalentes, dos Estados Partes. A Presidência do Conselho do Mercado Comum será exercida por rotação dos Estados Partes, em ordem alfabética, pelo período de seis meses. O Conselho do Mercado Comum reunir-se-á quantas vezes estime oportuno, devendo fazê-lo pelo menos uma vez por semestre com a participação dos Presidentes dos Estados Partes. As reuniões do Conselho do Mercado Comum serão coordenadas pelos Ministérios das Relações Exteriores e poderão ser convidados a delas participar outros Ministros ou autoridades de nível ministerial. O Conselho do Mercado Comum manifestar-se-á mediante Decisões, as quais serão obrigatórias para os Estados Partes.
 
O Grupo Mercado Comum é o órgão executivo do Mercosul será integrado por quatro membros titulares e quatro membros alternos por país, designados pelos respectivos Governos, dentre os quais devem constar necessariamente representantes dos Ministérios das Relações Exteriores, dos Ministérios da Economia (ou equivalentes) e dos Bancos Centrais. O Grupo Mercado Comum será coordenado pelos Ministérios das Relações Exteriores. Ao elaborar e propor medidas concretas no desenvolvimento de seus trabalhos, o Grupo Mercado Comum poderá convocar, quando julgar conveniente, representantes de outros órgãos da Administração Pública ou da estrutura institucional do Mercosul. O Grupo Mercado Comum reunir-se-á de forma ordinária ou extraordinária, quantas vezes se fizerem necessárias, nas condições estipuladas por seu Regimento Interno. O Grupo Mercado Comum manifestar-se-á mediante Resoluções, as quais serão obrigatórias para os Estados Partes.
 
À Comissão de Comércio do Mercosul, órgão encarregado de assistir o Grupo Mercado Comum, compete velar pela aplicação dos instrumentos de política comercial comum acordados pelos Estados Partes para o funcionamento da união aduaneira, bem como acompanhar e revisar os temas e matérias relacionados com as políticas comerciais comuns, com o comércio intra-Mercosul e com terceiros países. A Comissão de Comércio do Mercosul será integrada por quatro membros titulares e quatro membros alternos por Estado Parte e será coordenada pelos Ministérios das Relações Exteriores. A Comissão de Comércio do Mercosul reunir-se-á pelo menos uma vez por mês ou sempre que solicitado pelo Grupo Mercado Comum ou por qualquer dos Estados Partes. A Comissão de Comércio do Mercosul manifestar-se-á mediante Diretrizes ou Propostas. As Diretrizes serão obrigatórias para os Estados Partes.
 
A Comissão Parlamentar Conjunta é o órgão representativo dos Parlamentos dos Estados Partes no âmbito do Mercosul. A Comissão Parlamentar Conjunta será integrada por igual número de parlamentares representantes dos Estados Partes. Os integrantes da Comissão Parlamentar Conjunta serão designados pelos respectivos Parlamentos nacionais, de acordo com seus procedimentos internos. A Comissão Parlamentar Conjunta procurará acelerar os procedimentos internos correspondentes nos Estados Partes para a pronta entrada em vigor das normas
emanadas dos órgãos do Mercosul previstos no Artigo 2 deste Protocolo. Da mesma forma, coadjuvará na harmonização de legislações, tal como requerido pelo avanço do processo de integração. Quando necessário, o Conselho do Mercado Comum solicitará à Comissão Parlamentar Conjunta o exame de temas prioritários. A Comissão Parlamentar Conjunta encaminhará, por intermédio do Grupo Mercado Comum, Recomendações ao Conselho do Mercado Comum. A Comissão Parlamentar Conjunta adotará o seu Regimento Interno.
 
O Foro Consultivo Econômico-Social é o órgão de representação dos setores econômicos e sociais e será integrado por igual número de representantes de cada Estado Parte. O Foro Consultivo Econômico-Social terá função consultiva e manifestar-se-á mediante Recomendações ao Grupo Mercado Comum. O Foro Consultivo Econômico-Social submeterá seu Regimento Interno ao Grupo Mercado Comum, para homologação.
 
O Mercosul contará com uma Secretaria Administrativa como órgão de apoio operacional. A Secretaria Administrativa do Mercosul será responsável pela prestação de serviços aos demais órgãos do Mercosul e terá sede permanente na cidade de Montevidéu. A Secretaria Administrativa do Mercosul desempenhará as seguintes atividades: I. Servir como arquivo oficial da documentação do Mercosul; II. Realizar a publicação e a difusão das decisões adotadas no âmbito do Mercosul. Nesse contexto, lhe corresponderá: i) Realizar, em coordenação com os Estados Partes, as traduções autênticas para os idiomas espanhol e português de todas as decisões adotadas pelos órgãos da estrutura institucional do Mercosul, conforme previsto no artigo 39. ii) Editar o Boletim Oficial do Mercosul. III. Organizar os aspectos logísticos das reuniões do Conselho do Mercado Comum, do Grupo Mercado Comum e da Comissão de Comércio do Mercosul e, dentro de suas possibilidades, dos demais órgãos do Mercosul, quando as mesmas forem realizadas em sua sede permanente. No que se refere às reuniões realizadas fora de sua sede permanente, a Secretaria Administrativa do Mercosul fornecerá apoio ao Estado que sediar o evento. IV. Informar regularmente os Estados Partes sobre as medidas implementadas por cada país para incorporar em seu ordenamento jurídico as normas emanadas dos órgãos do Mercosul previstos no Artigo 2 deste Protocolo. V. Registrar as listas

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