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Plano de ensino ALIMENTAÇÃO INSTITUCIONAL Ms Priscila Paola Wildner Graduação Universidade Comunitária da Região de Chapecó (2015) Mestrado Universidade Federal de Santa Catarina (2017) Especialização Nutrição Esportiva Funcional VP (em andamento) 1 RESUMO DO EIXO TEMÁTICO E EMENTA Conhecimento técnico sobre Unidade de Alimentação em Nutrição (UAN), dentro dos aspectos físicos, pessoais, de equipe (colaboradores) e do comensal. Conhecimento teórico prático na organização do cardápio e sua execução dentro da UAN. COMPETÊNCIAS QUE SERÃO DESENVOLVIDAS Conhecer os fundamentos de Administração de Serviços de Alimentação, técnicas de gerenciamento; Desenvolver cardápios de forma a suprir as necessidades da clientela; Conhecer as medidas de adequação de espaço físico, de equipamentos e de condições ergonômicas, bem como de racionalização do trabalho na UAN. Identificar os costumes de cada estado da Federação Brasileira e quais as diferenças mais marcantes nos hábitos alimentares; METODOLOGIA: Aula expositiva e dialogada com auxílio de data show e vídeos. Aulas dinâmicas com construção do saber, com o educador sendo o facilitador, desenvolvendo pesquisas e projetos em sala de aula, com os alunos. As aulas práticas se darão através de visita técnica e aulas no laboratório de nutrição e informática. CRONOGRAMA AULA DATA ASSUNTO Local 01 12/03 Apresentação do Plano de ensino e atividades propostas. Serviços de alimentação e Cardápios – Exercício de fixação – Elaboração de um cardápio Sala de aula 02 19/03 Finalização do cardápio Mensal. Entrega até o final da aula. Sala de aula 03 26/03 Alimentação hospitalar + Aula pratica de consistências de dieta. Sala de aula,Labnutri 04 02/04 Avaliação 1 Sala de aula 05 09/04 Visita técnica – a definir A definir AULA DATA ASSUNTO Local 06 16/04 Aula de Gastronomia consciente: aproveitamento integral de alimentos. Exercício de fixação: Proposta do prato com aproveitamento integral dos alimentos. Sala de aula 07 18/04 Desenvolvimento de prato com reaproveitamento de alimentos. Labde nutrição 08 23/04 Alimentação industrializada Tabus/Mitos/Gastronomia regional Sala de aula Biblioteca e Lab Inf. 09 24/04 Avaliação II -Apresentação seminário da região com prato típico. Labde nutrição 10 25/04 RET Sala de aula CRONOGRAMA VERIFICAÇÃO DA APRENDIZAGEM O conceito será obtido através de 5 avaliações: Frequência e participação Elaboração de Cardápio Avaliação I Participação nas atividades práticas cozinha Avaliação II – Apresentação de seminários. Serviços de alimentação Ms Priscila Paola Wildner Disciplina: Alimentação Institucional Serviços de alimentação A alimentação é uma das atividades mais importantes do ser humano, tanto por razões biológicas óbvias quanto pelas questões sociais e culturais. O ato de se alimentar engloba vários aspectos que vão desde a produção dos alimentos até a sua transformação em refeições e disponibilização às pessoas. Serviços de alimentação UPR – UNIDADE PRODUTORA DE REFEIÇÕES DENOMINAÇÃO COMUM AO SEGMENTO DE ALIMENTAÇÃO COLETIVA E ALIMENTAÇÃO COMERCIAL Qual a diferença? A principal diferença entre as duas categorias de UPR refere-se ao grau de autonomia do indivíduo em relação à unidade. O comensal, cliente, paciente, usuário PODE ESCOLHER ENTRE ALIMENTAR-SE ALI OU NÃO. Alimentação coletiva x alimentação comercial Alimentação fora de casa Nos dias de hoje, vemos um padrão de alimentação onde as pessoas pouco se alimentam em sua residência. 13 Devem conquistar os seus consumidores a cada momento, pois eles não apresentam obrigatoriedade nenhuma com a unidade; UPR comercial Modalidades: Restaurantes comerciais (por peso, à la carte); Serviços de hotelaria; Lanchonetes e unidades fast-food; Ambulantes; UPR coletiva UPR coletiva 16 UAN – UNIDADE DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO Serviços ligados a alimentação coletiva Alimentação equilibrada; Ótimo nível de sanidade; Adequada ao comensal – manutenção e/ou recuperação da saúde, desenvolvimento de hábitos alimentares saudáveis, educação nutricional. Satisfazer o comensal no que diz respeito ao serviço oferecido: ambiente físico, condições de higiene de instalações e equipamentos, contato pessoal entre operadores da UAN e comensais Objetivos da UAN: UAN – unidade de alimentação e nutrição “nem toda upr é uma uan. Mas toda uan é uma upr” Planejamento de cardápios Ms Priscila Paola Wildner Disciplina: Alimentação Institucional Cardápio é uma lista de preparações culinárias que compõem uma refeição ou lista de alimentos de todas as refeições de um dia ou período determinado. cardápio Conhecer padrões nutricionais e o reconhecimento das técnicas dietéticas dos alimentos, afim de atender às leis da alimentação UAN – unidade de alimentação e nutrição PARA ISSO É PRECISO QUANTIDADE QUALIDADE ADEQUAÇÃO HARMONIA O que precisamos avaliar? Perfil da clientela IDADE Condição Financeira Sexo Tempo disponível para a refeição Perfil da clientela Jovens estudantes – simples, acessível, farto e rápido Jovem Executivo – rapidez, mais elaborado, preço não é determinante Homens Maduros – mais tempo, cardápio mais sofisticado Mulheres - colorido e variedade Atletas – individualizado por modalidade; Crianças – colorido, chamativo, sem misturas; Clientela muito abrangente = maior diversificação 25 Preferências REGIONAIS Procurar conhecer os hábitos alimentares e cultura da clientela atendida, adaptando-os ao cardápio a ser servido; Isto ajudará no atendimento dos anseios e desejos dos clientes e na aceitação do cardápio e facilitará o trabalho de planejamento; E como consequência, fará com que o restaurante seja mais procurado pelos clientes; Preferências regionais Estações do ano Sopas e caldos quentes no verão? Dar preferência para buffets com opções diversificadas de saladas e frutas; Alimentação mais leve; Estações do ano Alimentos “refrescantes” no inverno? Dar preferência para buffets com opções diversificadas de legumes cozidos, caldos quentes. Escolha de alimentos regionais; Abastecimento precário? Oferta dos ingredientes com facilidade? Qual a condição do produto que chega até a prateleira da UAN? LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA 30 Análise de consumo ou vendas 31 Espaço físico Número de mesas, Espaço físico da cozinha; Fluxo de serviço; 32 CUSTO Há possibilidade de incluir este prato com o orçamento previsto? Consumo per capita Influencia a capacidade de armazenamento, de produção, custo, adequação nutricional, etc. TIPO DE SERVIÇO A escolha do cardápio depende do tipo de serviço oferecido Além de influenciar na variedade de pratos, o número de refeições também determina o método de preparo das opções oferecidas em função da capacidade de produção e serviço; Número de refeições servidas HORÁRIO DE ATENDIMENTO Os horários de atendimento são compatíveis com o horário disponível, tempo de preparo dos alimentos ou pratos que compõem o cardápio? Vai dar tempo de preparar todos os alimentos? Será seguro para os funcionários que irão preparar os alimentos? Haverá risco de contaminação dos alimentos? Disponibilidade de equipamentos / mão de obra MERCADO ABASTECEDOR Teste de receitas pode? DEVE! TESTE DE RECEITA FICHA TÉCNICA CORRIJA OU TENTE OUTRA Porque não utilizar a criatividade de seus funcionários? Porque não pesquisar novos ingredientes? Porque não misturar frutas típicas com carnes, peixes, aves? Porque não ousar? Novas receitas SAZONALIDADE Planejar para um período – o cardápio envelhece e deve ser atualizado sempre que se fizer necessário As preparações consideradas “estrelas” ou “especialidades” não devem ser alterados PLANEJAMENTO DE CARDÁPIO Conhecimento culinário VARIEDADE NAS FORMAS DE COCÇÃO VARIEDADE NAS CORES VARIEDADE NAS FORMAS DE CORTE VARIEDADE DE Texturas VARIEDADE DE TEMPEROS VARIEDADE DE INGREDIENTES TEMPERATURA É importante que os alimentos sejam servidos nas temperaturas adequadas à sua apresentação, como quente, frio, gelado, etc. COMBINAÇÃO, EQUILÍBRIO E BALANCEAMENTO ENTRE PRATOS QUENTES E FRIOS COMO PLANEJAR? Determinação de dia e horário; Local calmo e apropriado com local para o material de consulta; Computador e impressora; Livros e revistas de culinária; Lista de combinações e fotos. Quantidade per capita; Receituário padrão do restaurante (ingredientes); Fichas Técnicas (produção / custo); Registros anteriores (aceitação) – estatística dos cardápios executados; Colaboração do chef ou cozinheiros. COMO PLANEJAR? MACRONUTRIENTES Carboidratos: 55 – 65% VET Proteínas: 10 – 15% VET Gorduras: 20 – 30 % VET POR REFEIÇÃO Desjejum: ~25% Almoço: ~35% Jantar: ~25% COMO PLANEJAR? = 85% ~5% Lanche da manhã; Lanche da tarde; Ceia PLANEJAMENTO HORIZONTAL PLANEJAMENTO CÍCLICO Quantidade diária recomendada de alimentos suficiente para suprir as necessidades nutricionais de um indivíduo (CAMARGO, 2003); Para coletividade: Média ponderal dos clientes usuais. Per capita É o índice que relaciona o peso bruto (PB) com o peso líquido (PL). FATOR DE CORREÇÃO (FC) FC= PB/PL PRESTE ATENÇÃO - Os fatores de correção não tem padrão único e mudam de acordo com equipamentos, manipulador, qualidade do alimento.. Índice de Conversão (IC) Corrige a variação que o alimento apresenta decorrente da cocção. FATOR DE Cocção (FCc) FC= Peso do alimento cozido/PL PRESTE ATENÇÃO - Os fatores de cocção não tem padrão único e mudam de unidade para unidade, manipulador para manipulador.... Toda a parte comestível dos alimentos servidos que são devolvidas pelos comensais. Índice – Resto ingestão: restos %RI = devolvido (kg) x 100 / refeição total preparada SOBRAS (LIMPA) Todo alimento que foi preparado pela cozinha e não foi servido aos comensais. %Sobra = sobra (kg) x 100 / refeição total preparada FICHA TÉCNICA FICHA TÉCNICA: Formulário de especificação de preparações dietéticas, destinado aos registros dos componentes da preparação e suas quantidades per capita, das técnicas culinárias e dietéticas empregadas, do custo direto e indireto, do cálculo de nutrientes e de outras informações, a critério do serviço ou unidade de alimentação e nutrição; Resolução CFN Nº 380/2005 FICHA TÉCNICA FICHA TÉCNICA receituário BANCO DE DADOS Ao planejar o cardápio para uma refeição principal, como almoço ou jantar de um restaurante, deve-se obedecer uma ordem: CARDÁPIO ELABORAÇÃO GERAL Entradas Entrada: sopas, salgados frios ou quentes, saladas, antepastos, pães, consomés. Prato principal Prato principal: preparação proteica da refeição. Em geral, as outras preparações são planejadas com base no prato principal, afim de controlar custos e equilibrar sabor, textura e aroma Prato base / guarnição De grande importância na alimentação brasileira e indispensável pelo valor nutritivo– Arroz e Feijão acompanhamento Consiste na preparação que acompanha o prato principal. Geralmente utiliza-se um vegetal para equilibrar os sabores e texturas sobremesa 73 complementos São variados e dependem do estabelecimento: Farinha de mandioca, pimentas, temperos, molhos Considerar o hábitos dos clientes Cuidados a serem tomados Cuidados a serem tomados Iniciar a elaboração do cardápio pelo PRATO PRINCIPAL Considerar as variedade de preparações á base de: Carne de vaca Carne de porco Carne de peixe Carne de frango Ovos Pratos especiais Carnes exóticas Embutidos, vísceras e miúdos Variar a apresentação e a técnica de preparo - grelhados, cozidos, assados, picados, desfiados, moídos, fritos, empanados, á doré, á milanesa Cuidado com repetições próximas Segunda- Carne de panela Terça- Picadinho Quarta- Moqueca de peixe Quinta- Dobradinha Sexta- Carne com legumes Cuidados a serem tomados TODOS ENSOPADOS! Cuidado com preparações com excesso de gorduras durante a semana - feijoada, cupim, vaca atolada, lasanha, carreteiro, dobradinha, ovo frito, virado á paulista, puchero, carne suína e cassoulet Cuidado com preparações com molho – bife rolê ao sugo, picadinho á napolitana, bife á pizzaiolo, almôndegas ao molho Cuidados a serem tomados Cuidado com alto teor de carboidratos - lasanha, canelone, espaguete, batata, polenta frita, aipim Cuidado com elementos em comum: Molho branco na lasanha, couve flor e canelone Bife com ovos e farofa com ovos e azeitona Risoto de frango e frango á espanhola Cuidados a serem tomados 79 Cuidado com alimentos de mesma cor Salada de tomate, espaguete ao sugo e caqui de sobremesa Risoto de brócolis, panqueca de espinafre e couve refogada Cuidado com alimentos de composição semelhante Salada de batata, batata sauté, mandioquinha frita Cuidados a serem tomados Cuidado com alimentos com a mesma consistência Sopa, purê de batata, carne moída e creme de sobremesa Cardápio PADRÃO GERAL Fichas técnicas e per capitas Cardápio disponível aos clientes da empresa Cardápios claros e explícitos Cardápio dentro do custo programado Alimentação de acordo com o público atendido PAT- Programa de alimentação do trabalhador Tipos de cardápio Mesma empresa pode existir 3 tipos de cardápios diferenciados em razão da clientela: Padrão básico - Operacional Intermediário - Administrativo Superior - Executivo Tipos de cardápio Diferenciado por clientela Características: Custo mais baixo; Forma de preparo pouco elaborada; Vinculado ao PAT – programa de alimentação do trabalhador. Composto por : Entradas (saladas, torradas, patês), Prato Principal e/ou uma Opção (ovos ou omelete), Guarnição, Prato base (arroz e feijão), Sobremesa: fruta ou doce Tipos de cardápio Características: Mais complexos; Menor número de pessoas, menor volume de produção; Possibilidade de aquisição de alimentos pré-processados ou prontos; Maior verba; É o mais utilizado pelas empresas. Tipos de cardápio Composto por: Entradas: saladas folhas, legumes, grãos, etc. Pratos Principais e Opção (podendo ser ovos, omeletes e grelhados), Guarnições (podendo ser uma massa) Prato básico (arroz e feijão), Sobremesas (um doce e uma fruta) Complementos: sucos (geralmente artificiais), café, pão, farinha, molhos, etc.. Características: É utilizado em diretorias de em presas e varia muito de acordo com a solicitação do cliente. Composto por: Entrada (varia entre canapés, torradas com patês, mini salgados, além das saladas), Pratos Principais: 2 ou 3, Guarnições: 2 tipos - refogados, frituras, massas, etc. Prato básico (arroz e feijão – podendo alternar com algum ingrediente a mais no arroz), Sobremesas : 3 tipos - doces, frutas Complementos : sucos de frutas naturais, água, café, pães, etc. Tipos de cardápio Cardápios típicos de outros países e regiões poderão ser utilizadas em serviços de alimentação; Sem intuito de representar fielmente a culinária do país ou região. O cardápio típico que será desenvolvido deve demonstrar claramente os principais ingredientes e adaptá-los aos hábitos dos clientes Desafio é aliar preparações que lembrem aquelas tradicionais e torná-la agradável aos clientes Tipos de cardápio Típico ou temático Alemanha Charcutaria: presunto, patês, terrinas; Pães, cucas e Bretzels Vinhos e cervejas Sopas de batatas com salsichas Salada de batatas Repolho Porco assado com especiarias Tipos de cardápio Típico ou temático China Misturas de sabores: azedo, salgado, amargo e doce Frutos tropicais Gengibre Soja Cogumelos, couves, brotos de bambu, pêra chinesa Rolinho primavera Massas Hortaliças frescas Tipos de cardápio Típico ou temático Espanha Alimentação diversificada Arroz é o alimento base Paella Frutos do mar e da terra Legumes e carnes vermelhas Páprica Torrone Puchero Tortilla Tapas Tipos de cardápio Típico ou temático Azeites Massas Tomates Peixes e crustáceos Pizzas Polpettone Tipos de cardápio Típico ou temático JAPÃO Elegância na montagem dos pratos Sashimis Sushis Peixes e crustáceos Shoyu Tofu Yakisoba Tipos de cardápio Típico ou temático São João Mesa do “arraiá”: Self-service de doces em pastas (leite, abóbora, cidra, mamão, canjica, cocada branca) Arroz á moda caipira Arroz á junina Mandioca Quentão Bolo de fubá Pinhão Tipos de cardápio Típico ou temático NO FINAL, O OBJETIVO SEMPRE É O MESMO: CLIENTE SATISFEITO Trabalho escrito: Criar um cardápio mensal SEM REPETIÇÃO DE PRATOS – escolher uma preparação para elaborar uma ficha técnica completa. Atividade em duplas. SALADA CRUA SALADA FOLHA SALADA COZIDA SALADA GRÃOS ARROZ FEIJÃO FAROFA MASSA EXERCICIO DE FIXAÇÃO ACOMPANHAMENTO 1 ACOMPANHAMENTO II ACOMPANHAMENTO III CARNE BRANCA CARNE VERMELHA CARNE BARATA FRUTA SOBREMESA ELABORADA
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