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2 Aula A LINGUAGEM COMO ATIVIDADE HUMANA

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A LINGUAGEM COMO ATIVIDADE HUMANA 
 
Curso: Administração. 
Disciplina: Comunicação Empresarial 
Professora: Luiza Maciel 
 
Considerando o homem um ser que fala e a palavra a senha de entrada no mundo humano, 
vamos examinar mais profundamente o que vem a ser a linguagem especificamente humana. 
A linguagem é um sistema simbólico. O homem é o único animal capaz de criar símbolos, isto 
é, signos arbitrários em relação ao objeto que representam e, por isso mesmo, convencionais, 
ou seja, dependentes de aceitação social. Tomemos, por exemplo, a palavra casa. Não há nada 
no som nem na forma escrita que nos remeta ao objeto por ela representado (cada casa que, 
concretamente, existe em nossas ruas). Designar esse objeto pela palavra casa, então, é um 
ato arbitrário. A partir do momento em que não há relação alguma entre o signo casa e o 
objeto por ele representado, necessitamos de uma convenção, aceita pela sociedade, de que 
aquele signo representa aquele objeto. E só a partir dessa aceitação que poderemos nos 
comunicar, sabendo que, em todas as vezes que usarmos a palavra casa, nosso interlocutor 
entenderá o que queremos dizer. A linguagem, portanto, é um sistema de representações 
aceitas por um grupo social, que possibilita a comunicação entre os integrantes desse mesmo 
grupo. 
Entretanto, na medida em que esse laço entre representação e objeto representado é 
arbitrário, ele é, necessariamente, uma construção da razão, isto é, uma invenção do sujeito 
para poder se aproximar da realidade. A linguagem, portanto, é produto da razão e só pode 
existir onde há racionalidade. 
A linguagem é, assim, um dos principais instrumentos na formação do mundo cultural, pois é 
ela que nos permite transcender a nossa experiência. No momento em que damos nome a 
qualquer objeto da natureza, nós o individuamos, o diferenciamos do resto que o cerca; ele 
passa a existir para a nossa consciência. Com esse simples ato de nomear, distanciamo-nos da 
inteligência concreta animal, limitada ao aqui e agora, e entramos no mundo do simbólico. O 
nome é símbolo dos objetos que existem no mundo natural e das entidades abstratas que só 
têm existência no nosso pensamento (por exemplo, ações, estados ou qualidades como 
tristeza, beleza, liberdade). 
O nome tem a capacidade de tornar presente para a nossa consciência o objeto que está longe 
de nós. O nome, ou a palavra, retém na nossa memória, enquanto idéia, aquilo que já não está 
ao alcance dos nossos sentidos: o cheiro do mar, o perfume do jasmim numa noite de verão, o 
toque da mão da pessoa amada; o som da voz do pai; o rosto de um amigo querido. O simples 
pronunciar de uma palavra representa, isto é, torna presente à nossa cons-ciência o objeto a 
que ela se refere. Não precisamos mais da existência física das coisas: criamos, através da 
linguagem, um mundo estável de idéias que nos permite lembrar o que já foi e projetar o que 
será. Assim é instaurada a temporalidade no existir humano. Pela linguagem, o homem deixa 
de reagir somente ao presente, ao imediato; passa a poder pensar o passado e o futuro e, com 
isso, a construir o seu projeto de vida. 
Por transcender a situação concreta, o fluir contínuo da vida, o mundo criado pela linguagem 
se apresenta mais estável e sofre mudanças mais lentas do que o mundo natural. Pelas 
palavras, podemos transmitir o conhecimento acumulado por uma pessoa ou sociedade. 
Podemos passar adiante esta construção da razão que se chama cultura. 
A sociedade é formada por comunicação, logo é formada por linguagens, formas de se 
comunicar, vários meios de transmitir informação. Por exemplo: a sociedade trabalha com 
fatos. Esses fatos são relatados a partir de uma linguagem específica chamada linguagem 
jornalística, ou simplesmente linguagem informativa. Essa linguagem é apenas um tipo de 
linguagem existente. A língua é um sistema de signos orais e gráficos que compõem um código 
que serve os indivíduos em suas necessidades de comunicação. A língua, como veículo da 
comunicação, pode apresentar várias modalidades. Essa é a definição científica de língua. Mas 
antes disso, língua é um fator social. Ou seja, a língua é um fator que modifica, move e produz 
a sociedade. A sociedade é feita de cultura. A cultura produz sociedade, assim como a língua. 
Cultura é todo fazer humano que pode ser transmitido de geração a geração. A língua é, 
portanto, um elemento da cultura de um povo. Formamos as pessoas, e consequentemente, 
somos formados por língua. Tomamos como exemplo a teoria da influência do meio de 
Rousseau, que pode ser explicada através da língua, ou da linguagem. Rousseau afirmou que o 
ser humano é bom por natureza, a sociedade é que o corrompe. Se a sociedade tem esse 
poder, ele só pode ser exercido através da língua e da linguagem. No caso da teoria de 
Rousseau, a influência que a sociedade exerce sobre o ser humano é realizada não só com a 
língua, embora principalmente, mas também com a linguagem. Linguagem verbal, linguagem 
não-verbal, linguagem visual… Enfim, a influencia é exercida de várias maneiras. A língua tem 
poder sobre toda a sociedade, pois nenhuma sociedade sobrevive sem comunicação. 
Propaganda, interação interpessoal, levando em consideração que o ser humano é, por 
natureza, um ser social. A informação e até a própria sobrevivência do homem dependem da 
comunicação, que é realizada através da língua. A língua tem formação psicológica, 
antropológica, sociológica, como já foi dito, e também científica, por meio da linguística, 
ciência instaurada por Ferdinand de Saussure. Portanto a língua é o meio de locomoção, 
formação, e desenvolvimento da sociedade, aliada a outros fatores como produção, economia, 
etc. Vivemos num mundo globalizado, o mundo do desenvolvimento. Se o desenvolvimento 
depende diretamente da língua, será que chegaríamos ao nível de desenvolvimento onde nos 
encontramos: a ciência a cada evoluindo mais, a sociedade entendendo suas necessidades e 
procurando saná-las, tudo isso seria possível sem a existência da língua? Não. Pois há um fator 
que forma a sociedade: o homem. E há um elo entre o homem e seu habitat, algo que liga os 
homens: a língua. 
 
 
 
A Importância da Comunicação 
1. CONCEITO 
Comunicação é a troca de informações, ideias e sentimentos. Processos que mantém os 
indivíduos em contato permanente e em todas as circunstâncias, propiciando a interação. 
2. TIPOS DE COMUNICAÇÃO 
A comunicação varia de acordo com: 
Instrumentos utilizados para manter contato com o outro; 
As pessoas em processo de comunicação; 
Os objetivos em vista. 
2.1. INSTRUMENTOS 
2.1.1. COMUNICAÇÃO VERBAL – é a mais frequente, a mais habitual. Utiliza-se a linguagem 
oral ou escrita para o estabelecimento do contato. Costuma ser o instrumento preferido de 
comunicação. Envolve ritmo, tom, entonação da voz. 
2.1.2. COMUNICAÇÃO NÃO-VERBAL – é todo instrumento utilizado na comunicação que não 
seja a linguagem oral ou representada por sinais gráficos, escrita. 
Pertencem a este grupo: gestos, expressões faciais, posturas, silêncios e ausências no interior 
de certos textos. Vêm carregados de mensagens significativas, mais ainda do que as palavras. 
Para serem autênticas, a comunicação verbal e a não-verbal deveriam estar sempre 
sincronizadas no mesmo indivíduo. Muitas vezes, a comunicação verbal e a não-verbal estão 
em dissonância, traindo o eu íntimo que o verbal tenta camuflar. Falamos uma coisa, mas 
estamos expressando outra. A comunicação tende a se tornar fala intelectualizada, quando 
reduzida exclusivamente à linguagem verbal. 
A linguagem apenas não-verbal dificilmente seria inteligível para o outro. 
2.2. PESSOAS ENVOLVIDAS 
2.2.1. COMUNICAÇÃO A DOIS 
a) Pessoais– encontro entre dois seres que se percebem em relação de reciprocidade ou 
complementaridade, como amizade, amor ou fraternidade. Quando autêntica, tende a durar e 
se tornar permanente. 
b) Profissionais – quando a comunicação a dois é realizada para assuntos de trabalho. Também 
deve ser autêntica, para se obter melhores resultados. 
2.2.2. COMUNICAÇÃO EM GRUPO 
a) Intragrupo – realizada entre pessoas de um mesmo grupo. 
b) intergrupos – contatos e trocas entre dois ou mais grupos. 
2.3. OBJETIVOS 
2.3.1. CONSUMATÓRIA – tem como fim exclusivo a troca com o outro, como um sujeito, a 
quem se vai ao encontro e com quem se deseja falar. Pode ser "falar por falar", ou a 
necessidade de comunicar ao outro seu universo pessoal. É sempre espontânea. 
2.3.2. INSTRUMENTAL – sempre utilitária e com segundas intenções. 
- A troca com o outro é procurada, preparada e estabelecida para fins de manipulação, mais ou 
menos confiscável. Exemplo: mensagens publicitárias, "slogans" de propaganda política. 
- O outro é percebido como um objeto a explorar, a seduzir ou enganar, com o objetivo de 
assegurar certos ganhos e satisfazer alguns interesses. Há um objetivo a ser explorado. 
3. NATUREZA DA COMUNICAÇÃO 
A comunicação acontece quando duas pessoas têm o mesmo interesse; os interesses são 
comuns. Há pontos em comum. A mensagem flui, porque os interesses são comuns. 
 HÁ COMUM (IC) AÇÃO 
SER COMUM É SER COMO UM 
· Ter afinidades 
· Ter empatia 
· Sentir junto 
· Pensar junto 
· Estabelecer contato psicológico 
Ser COMO UM TODO 
Não é suficiente que as pessoas: 
· Se falem 
· Se escutem 
· Se compreendam 
É preciso mais... 
A comunicação só existe quando as pessoas conseguem se encontrar ou reencontrar. 
Levar em conta: 
 
COM QUEM? - conhecer o RECEPTOR 
O QUÊ? - preparar-se para a COMUNICAÇÃO. Ter convicção do que fala. 
COMO? - criar SINTONIA 
 
4. ESQUEMA DA COMUNICAÇÃO 
EMISSOR - iniciativa da comunicação. 
RECEPTOR - a quem se dirige a mensagem. 
MENSAGEM - conteúdo da comunicação. 
CÓDIGO - grupo de símbolos utilizado para passar a mensagem. 
Linguagem - verbal/não-verbal 
Canal 
- Pintura 
- Dança 
- Mímica 
- A mensagem é transmitida de ouvido a ouvido ou outros órgãos do sentido, passando pelo 
ar. 
- Ouvidos, outros órgãos e ar constituem o canal da comunicação. 
Feedback (em inglês) - Realimentação / resposta 
A – EMISSOR – transmite a mensagem. 
B – RECEPTOR - recebe a mensagem e tem uma reação à mensagem recebida. Responde ao 
Emissor, realimentando a comunicação. 
Este processo forma um círculo entre emissor e receptor, até que a comunicação termine. 
 
5. BARREIRAS NA COMUNICAÇÃO 
As barreiras na comunicação não são apenas barulhos ou outros estímulos externos que 
atrapalham ou impedem que a comunicação se realize plenamente. Existem obstáculos e 
barreiras muito mais sutis, escondidos, que são tão mais fortes quanto mais escondidos. 
As barreiras ocorrem na comunicação quando o interlocutor lê e ouve de acordo com: 
O que lhe interessa – o que coincide com suas opiniões, crenças, valores e experiências. 
Egocentrismo– que impede de se enxergar o ponto de vista do outro. O egocêntrico quer 
rebater tudo o que o outro fala, sem ao menos ouvir realmente o que ele diz. O outro está 
falando e o receptor está pensando no que vai responde. 
Percepção do outro– influenciada por preconceitos e estereótipos: vendedor, branco, negro, 
amarelo, mulher, criança, idoso, judeu, japonês, evangélico, católico, espírita, político, rico, 
pobre etc. Ainda: quando determinada pessoa tem, para nós, a auréola de santo, tudo o que 
fala e faz é bom. 
Competição – quando um corta a palavra do outro, sem nem sequer ouvir o que ele está 
dizendo; quer apenas se fazer ouvir. É um "diálogo de surdos", em que ninguém ouve 
ninguém. 
Frustração – impede a pessoa de ouvir e entender o que está sendo dito. 
Transferência inconsciente de sentimentos – que se tem em relação a uma pessoa parecida 
com o interlocutor. Pode ser favorável ou desfavorável. 
Projeção – leva a emprestar a outrem intenções que nunca teve, mas que teria no lugar dele. 
Ex: “Se eu fosse ele, fazia assim...” 
Inibição – do receptor em relação ao emissor, e vice-versa. 
Quando a comunicação se estabelece mal ou não se realiza, diz-=se que há: 
a) FILTRAGENS 
Quando a mensagem é recebida apenas em parte. 
A comunicação existe, mas é filtrada pelo interlocutor e provoca mal-entendido. 
Ouve apenas o que quer ouvir. O resto filtra, não deixa passar. 
b) RUÍDOS 
Não é o barulho externo que impede de ouvir. 
É a comunicação entre duas pessoas ou em grupo. Quando a mensagem é distorcida ou mal 
interpretada. 
Exemplo: 
— Sei bem o que ele quis dizer... Quando falou em vadiagem, referiu-se a mim... 
— Não, não foi isso, você interpretou mal. 
— Não, você viu como ele olhou para mim? 
— Ora, ele olhou para todo mundo da mesma forma. 
— Ele está me marcando... 
c) BLOQUEIO 
Quando a mensagem não é captada e a comunicação entre duas pessoas é interrompida 
São barreiras psicológicas, muros de vergonha e zonas de silêncio entre os interlocutores, que 
não querem tocar em determinados assuntos. 
Exemplo: 
— Por favor, nem me fale desse assunto. Você sabe que eu não gosto de falar sobre isso 
— Mas, é importante... 
— Não, por favor, não... Você já sabe o que eu penso a respeito... 
Qualquer que seja a duração de um bloqueio, ele perturba a percepção que a pessoa tem de si 
própria e dos outros e, em consequência, suas atitudes, seus comportamentos tornam-se 
falsos. 
Os bloqueios, as filtragens e os ruídos costumam provocar ressentimentos, os quais podem 
durar longo tempo, criando inimizades. 
6. PROBLEMAS BÁSICOS DA COMUNICAÇÃO 
O significado do que se captou de uma mensagem pode não ser exatamente aquele que o 
EMISSOR quis transmitir. 
Nossas necessidades e experiências tendem a colorir o que vemos e o ouvimos; a dourar ou 
enegrecer determinadas pessoas. Isto distorce a forma de percebermos os fatos, os estímulos. 
Exemplo: "Um aluno riu na aula". 
Interpretação de diferentes professores: 
a) "Este aluno está me ‘gozando’; vou me entender com ele". 
É um professor, provavelmente inseguro, que acredita que toda manifestação do aluno é 
agressiva e está abalando o seu "status". 
b) "Ele está satisfeito; deve ter entendido minha explicação". 
Professor que tem percepção otimista em relação à pessoa humana. Está muito seguro de si. 
c) "Alguém deve ter-lhe contado alguma coisa engraçada". 
Professor sensato que tentou analisar o fato pelo que suas experiências lhe tem ensinado. 
d) "Esse aluno ri à toa. Será que ele tem algum distúrbio de comportamento?" 
Esse professor pode estar sendo irônico e, portanto, agressivo. 
 
SEMÂNTICA – O SIGNIFICADO DAS PALAVRAS 
As palavras não significam a mesma coisa para todas as pessoas. 
O SIGNIFICADO pode não ser conhecido ou não ser exatamente o que o EMISSOR quis 
transmitir. Daí, a confusão e a distorção do significado das palavras. É importante que o 
EMISSOR esclareça o significado das palavras dentro do contexto em que elas forem expressas. 
Exemplo: "A operação foi realizada". 
O que significa? 
Interpretações: 
Para o médico, uma operação cirúrgica. 
Para o contabilista, o negócio foi realizado. 
Para o professor, a operação aritmética (soma, subtração etc.) 
Para o militar, a batalha foi ganha. 
Há, também, problemas de semântica quando usamos gíria e termos religiosos. 
A insegurança, o aborrecimento e o receio – efeitos da emoção – podem distorcer o que 
vemos e ouvimos, tornando os fatosmais ameaçadores. 
7. LINGUAGEM CORPORAL 
Pela linguagem do corpo, dizemos muito ao outro e ele tem muito a nos dizer. 
É a linguagem que não mente. Mesmo que tentemos disfarçar, camuflar, ela nos denuncia. 
Não conseguimos controlar. 
É importante aprendermos a OBSERVAR e utilizar o "feedback". 
Observando o receptor e, sua reação à mensagem recebida, podemos verificar o nosso próprio 
desempenho, modificando-o ou não. 
Observar: 
· Seu corpo; 
· Suas expressões fisionômicas; 
· Bocejo; 
· Cenho franzido de atenção; 
· Olhar vago, distante; 
· Olhos que se fecham; 
· Expressão de dúvida; 
· Entusiasmo ou falta dele; 
· Irritação; 
· Movimentando, tamborilando dedos e objetos; 
· Estalando os dedos; 
· Batendo as pernas e as mãos. 
Exemplos: 
8. COMO MELHORAR A COMUNICAÇÃO 
Uma boa comunicação requer: 
a) aprender a melhorar a sua transmissão 
· Adaptar sua mensagem ao vocabulário, interesses e valores do receptor: que palavras, 
ideias, sentimentos realmente envia às outras pessoas? 
b) aperfeiçoar a própria recepção 
· O que você percebe das reações emitidas pelas outras pessoas? Uso da observação e do 
feedback. 
c) saber ouvir 
· Ouvir não só a mensagem, mas ir além dela. 
Há um conteúdo não manifesto em muitas comunicações: verbais, não-verbais, de atitude. É 
preciso ter sensibilidade para entender. 
Há um conteúdo informativo, lógico e manifesto em uma comunicação. Há, também, um 
conteúdo latente, afetivo, emocional e psicológico. 
d) uso de comunicação face a face 
· São superiores às comunicações escritas. 
Há, ao vivo, oportunidade para perceber além da mensagem; a inter-relação torna-se mais 
fácil, completa e envolvente. 
A voz, as atitudes e as expressões facilitam a realimentação. A voz tem uma gama muito ampla 
de entonação. 
A palavra escrita é muito mais agressiva do que a face a face. Não que deva ser abandonada. 
As duas podem ser combinadas. 
e) colocar-se no lugar do recebedor 
· Conhecer o seu mundo 
Adaptar a mensagem ao vocabulário, aos interesses e aos valores do receptor. É difícil 
entender-se com um ouvinte quando se tenta comunicar alguma coisa que o contradiz ou não 
vai ao encontro daquilo que ele espera. 
f) desenvolver a sensibilidade – a EMPATIA 
· Habilidade de se colocar no lugar do outro e assim compreender melhor o que a outra 
pessoa sente e está procurando nos dizer. 
Procure sentir como os outros o sentem. 
· Seguro/inseguro 
· Agressivo 
· Intolerante 
· Facilitador 
· Medroso 
· Tímido 
· Orgulhoso 
· Inacessível 
g) saber distinguir o momento oportuno de enviar a mensagem 
· Uma mensagem tem condições de ser aceita se: 
- O receptor está motivado para recebê-la; 
- O momento é oportuno; 
- Outras mensagens não estão interferindo. 
Exemplo: não adianta quere ensinar: 
"O bebê a andar aos 6 meses de idade"; 
"Álgebra a uma criança de 5 anos de idade". 
Mensagens antecipadas podem ser ignoradas, não ouvidas e até rejeitadas. 
h) as palavras devem ser reforçadas pela ação 
· As pessoas tendem a aceitar as mensagens quando participam e quando são reforçadas pelo 
exemplo. 
i) a mensagem deve ser simples, direta e sem redundância. 
· A mensagem deve ser direta, clara, simples e sem palavras redundantes para que o receptor 
possa entender. 
Isso não quer dizer que se deva rebaixar a linguagem, usando somente gírias e expressões da 
moda. 
Exemplo: 
Tá ligado?... 
Tipo assim... 
Entende... 
Mensagens confusas, recheadas de palavras eruditas e estilo rebuscado são verdadeiros 
quebra-cabeças e provocam distorções. 
9. COMUNICAÇÃO EFICAZ 
1. Quanto mais o contato psicológico se estabelece em profundidade, mais a comunicação 
humana terá possibilidade de ser autêntica; 
2. Quanto mais a expressão de si conseguir integrar a comunicação verbal e a não-verbal, mais 
a troca com o outro terá condições de ser autêntica; 
3. Quanto mais a comunicação se estabelecer de pessoa a pessoa, para além das personagens, 
das máscaras, dos "status" e das funções, mais terá possibilidade de ser autêntica; 
4. Quanto mais as comunicações intragrupos forem abertas, positivas e solidárias, mais terão 
possibilidades de serem autênticas; 
5. Quanto mais as comunicações forem consumatórias (encontros sujeito a sujeito) menos elas 
serão instrumentais (manipulação do outro), e terão mais possibilidades de serem autênticas. 
10. CONCLUSÃO 
Nenhuma comunicação verdadeira é estabelecida se o RECEPTOR não compreender o 
significado original da MENSAGEM passada pelo EMISSOR. 
O RECEPTOR é o elo mais importante no PROCESSO DE COMUNICAÇÃO. Se a MENSAGEM não 
atingir o RECEPTOR, de nada adiantou enviá-la. 
Um dos pontos mais importantes na comunicação é a preocupação com a pessoa que esta na 
outra ponta da cadeia da comunicação – o RECEPTOR. 
Na COMUNICAÇÃO ESCRITA, o LEITOR é o mais importante. 
Na COMUNICAÇÃO ORAL, o OUVINTE é que importa. 
"O BOM COMUNICADOR É BOM OUVINTE" 
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 
MINICUCCI, Agostinho. Psicologia Aplicada à Comunicação. Editora Atlas. (Capitulo – Meios de 
Comunicação) 
WEIL, Pierre e Roland Tompakow, O Corpo Fala: A linguagem Silenciosa da Comunicação Não-
Verbal. 27. ed., Rio de Janeiro: Vozes, 1990. 
WEIL, Pierre. Relações Humanas na Família e no Trabalho. Rio de Janeiro: Vozes, 1978. 
São Paulo, abril de 2006 
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