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Anatomia Vertebrados

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EPITÉLIO
Agnatos : Epiderme pluriestratificada (todos os demais vertebrados também têm). Possui glândulas unicelulares, sendo as mucosas as mais abundantes. Ausência de queratina. Cutícula delgada, recobre a epiderme. Derme com uma camada fibrosa de fibras de colágeno, sem fibras elásticas. Sem escamas.
Peixes mandibulados: pele delgada, glandular. Queratina ausênte. Glândulas mucosas, geralmente unicelulares, podendo ser pluricelulares. Alguns peixes têm glândulas de veneno associadas aos espinhos; há glândulas mucosas modificadas: os fotóforos – que emitem luz. Derme delgada, divididas em estrato esponjoso e compacto. Sobre a pele há dentículos de origem dérmica.
Escudos blindados (placodermes e ostracodermes): externamente pode haver esmalte abaixo do qual há dentina. Abaixo desta há camada intermediária de osso vascular e uma camada basal de osso lamelar.
Escamas cosmóides: não diferem do escudo descrito, só são caracterizados por dentina tipo cosmóide (= cosmina)
Escamas ciclóides: com margem arredondada e são embricadas.
Escama ganóide: presença de esmalte ganoína , mas sem cosmina. Base óssea acelular.
Escama elasmóide: (Restritas aos teleósteos) camada óssea basal permanente acelular; osso é atravessado por fibras colágenas em todas direções (osso flexível). Ganoína ausente.
Escama placóide: (Elasmobrânquios) não apresentam a camada basal óssea. Há uma cavidade da polpa central circundada por dentina e esta é recoberta por esmalte.
Anfíbios: Epiderme – 5 a 8 camadas de células. Somente a mais externa é queratinizada – estrato córneo.
-Glândulas Pluricelulares : mucosas e granulosas.
-Derme: estrato esponjoso e estrato compacto
4) Répteis: Epiderme – Estrato germinativo e geração epidérmica externa com 5 camadas
Sem glândulas mucosas
Ocorrem glândulas odoríferas
Derme delgada
Aves: Pele delgada, pouco queratinizada.
Anexos epidérmicos – penas, muito queratinizadas.
Escamas córneas nas patas posteriores.
Bico córneo (queratinizado)
Única glândula é a glândula uropigial (ramificada, alveolar), que secreta óleo.
Mamíferos: Pele relativamente espessa; particularmente a derme, a partir da qual se forma o couro.
Camada epidérmica mais externa – estrato córneo
Camada epidérmica intermediária – estrato granuloso
Camada epidérmica mais interna – estrato germinativo
-Especializações: escamas córneas (cauda de castores, por exemplo), garras, cascos, unhas, pêlos (mais característico).
-Glândulas de suor, mamárias, sebáceas, odoríferas, que secretam cera
PELE E ANEXOS
Funções da pele:
( Proteção contra ataque e ferimentos de predadores (nesta função participam “couro”, escamas dérmicas, ossos, cores para camuflagem, cornos, garras) e contra microorganismos.
( Por isolar as estruturas internas do meio, a pele pode impedir a ação das influências físicas ou químicas que alteram o metabolismo.
( Controla o conteúdo de água do organismo.
( Regulação da temperatura (em aves e mamíferos)
( Respiração (anfíbios), locomoção (escamas de cobras)
( Suas glândulas podem funcionar como acessórios para os rins na eliminação de excretas.
( Armanzenamento de gordura, manutenção do formato do corpo
No desenvolvimento embriológico, o Ssa se origina em continuidade com o tegumento, que apresenta muitas estruturas sensoriais.
A pele é composta por: 
Epiderme: revestimento superficial do corpo. Derivada da ectoderme do embrião.
Anfioxo: epiderme uniestratificada com células colunares sem glândulas; é ciliada nos jovens e nos adultos é recoberta por uma cutícula muito delgada secretada pelas próprias células da epiderme. Vertebrados verdadeiros têm epidérme pluriestratificada, sem cutícula.
Peixes e Anfíbios: Epiderme apresenta glândulas. Possui células vivas com protoplasma normal. Células superficiais com pequena quantidade de queratina e que são repostas constantemente. Camada de células basais é parte da epiderme, de importância vital para os vertebrados, pois é a partir delas que sucessivas gerações de células são originadas para formar a parte externa do epitélio.
	Na maioria dos Anfíbios atuais a pele é permeável e usada como principal órgão respiratório, suprida de vasos sanguíneos.
	Em animais terrestres em sua totalidade, para evitar perda excessiva de água, as camadas de células da epiderme, à medida que se aproximam da superfície são mais achatadas, sem vida e preenchidas por queratina.
ESTRUTURAS QUERATINIZADAS: A epiderme queratinizada pode originar:
( Calosidades ou espessamentos em superfície sujeitas ao desgaste (superfície inferior dos pés, e.g.)
( Almofadas em mamíferos
( Cristais de atrito (primatas) usadas para agarrar
( Escamas córneas (Squamata, crocodilos, tartarugas). Em tartarugas, as placas se apoiam sobre o esqueleto ósseo dérmica do dorso e do ventre. Em mamíferos e aves essas escamas desaparecem na maioria dos casos, estão presentes nas penas das aves e em pernas e caudas de certos mamíferos.
( Bico córneo ( aves, tartarugas, monotremados)
( Garras, unhas e cascos (amniotas). A garra é o tipo básico; unha e casco são modificados em mamíferos.
( Cornos: um corno verdadeiro tem a parte central com uma projeção óssea, originada de um osso dérmico do crânio. Recobrindo essa projeção, há um cone oco de substância córnea verdadeira (queratinização da epiderme). Nunca é substituído. Obs.: Chifre é projeção do osso frontal, geralmente ramificado e não recoberto por tegumento, que tem um pedicelo não decíduo, e um chifre propriamente dito é substituído anualmente.
Penas: Devem ter se originado das escamas dos répteis e exercem duas funções: isolamento térmico eficaz, que auxilia a manutenção da alta temperatura em aves; auxilia o vôo (dão a configuração aerodinâmica do corpo). Uma pena desenvolvida é formada por células epiteliais bastante modificadas e cornificadas. Seu desenvolvimento inicial é comparável com o de uma escama de réptil; mas o desenvolvimento posterior é diferente e mais complexo. A substituição das penas ocorre durante a vida toda. Na base das penas há terminações nervosas sensoriais que registram sensações táteis. 
Formação das penas: Tecidos mesodérmicos (com vasos sangüíneos) aglomeram-se sob o local da futura pena e formam a papila dela. A papila não permanece na superfície (mas sim a epiderme que a circunda), aprofunda-se formando o folículo da pena, através do qual apapila cresce durante todo o desenvolvimento. 
Pluma: a papila se transforma numa estrutura tubular, acompanhada de pêlos, tecidos mesodérmicos. A superfície epidérmica vai adquirindo caráter cornificado. Na região proximal (onde se formará o cálamo), o tubo é um cilindro simples. Na região distal, uma fina camada externa separa-se como uma bainha cônica, da parte interior do epitélio. Ao se completar o desenvolvimento da pluma, o tecido mesodérmico da parte distal é reabsorvido, a bainha se rompe e a pluma é liberada..
Penas com raque: na base da bainha, forma-se um colar com barbas. A partir de um certo ponto, um processo especial se desenvolve (crescimento da extremidade do colar), para formar a raque. As barbas vão se distribuindo ao longo desse processo e novas barbas são formadas no colar. Posteriormente surgem as bárbulas (a partir das barbas). No final do desenvolvimento, a bainha se rompe e a pena é liberada.
Pêlos: Formado pela epiderme queratinizada ( não há o componente mesodérmico, como nas penas). Não são modificações de escamas córneas, devem ter surgido antes de as escamas dos ancestrais reptilianos de mamíferos desaparecerem e devem ter tido função sensorial.
Formação do pêlo: Uma sólida coluna de células epidérmicas cresce para baixo , no interior da derme. Na parte inferior dessa coluna forma-se uma espessa massa de células epiteliais constituindo a matriz do pêlo (único local onde há células vivas no pêlo), uma concavidade em sua base forma a papila vascular. Acima desta, forma-seum tubo oco de células epiteliais que constitui a parede epitelial do folículo. O crescimento do pêlo, acima de sua matriz, dar-se-á neste tubo. As partes mortas do pêlo, queratinizadas, são a haste e a raiz. Adjacente ao folículo, há uma glândula sebácea que lubrifica o pêlo (fibras musculares lisas). Um corte transversal do pêlo mostra uma cutícula mais externamente; sob a cutícula se encontra o córtex (onde há melanóforos e vacúolos com ar), e no centro do pêlo há uma medula (células enrugadas e amplos espaços com ar). Os pêlos são substituídos. Função: Atua na regulação térmica ( é isolante). A cor branca do pêlo de animais velhos deve-se à perda de pigmentação (melanina) e ao aumento do conteúdo de ar do mesmo. 
Pêlos especiais: Vibrissas- órgãos táteis (“bigodes” do gato), espinhos protetores (porco – espinho).
Glândulas cutâneas: São epidérmicas. 
Peixes: Ocorrem principalmente como células produtoras de muco, glândulas de veneno (associadas com espinhos nas nadadeiras, cauda etc.). fotófors (glândulas mucosas modificadas, produtoras de luz em peixes de profundidade).
Anfíbios : Glândulas mucosas (não são células mucosas como em peixes); glândula granulosa (libera substâncias venenosas, tóxicas).
Répteis: Glândulas mucosas desaparecem e outras glândulas tornaram-se raras, podendo ocorrer uma variedade de glândulas odoríferas para reconhecimento intra-específico.
Ovos: Única glândula é a uropigial ou oleosa ( glândula holócrima que libera substância oleosa para impermeabilizar as penas e para alisá-las).
Mamíferos : Glândulas produtoras de cera (canal auditivo); glândulas sebáceas (substância oleosa que promove proteção e lubrificação de pêlos e pele); glândulas sudoríparas (liberam sal, uréia agindo como rins acessórios; evaporação do suor na pele é um mecanismo para regulação da temperatura); glândulas mamárias ( derivadas das glândulas sudoríparas. A abertura delas – fossetas – varia: em monotremados há campos mamários no abdome e são grupos separados de glândulas; em marsupiais há papilas mamárias, em que dutos das glândulas abrem-se diretamente no exterior, em Eutheria há tetas, em que os dutos das glândulas abrem-se em uma cavidade comum de armazenamento, de onde parte um duto para o exterior).
B) DERME : componente mais profundo da pele. Derivada do mesênquima embrionário. É um isolante eficiente e , embora flexível, sua resistência confere grande defesa contra ferimentos. Sua porção mais profunda geralmente deposita gordura. É uma massa fibrosa firmemente compactada de tecido conjuntivo. 
Anfioxo: derme é camada de material gelatinoso com poucas fibras.
Peixes ósseos : há certa quantidade de tecido conjuntivo frouxo que pode ser substituído por derivados do mesênquima na forma de escamas ósseas dérmicas ou placas. Nas partes mais profundas da derme, projetam-se as porções basais das glândulas e das penas ou dos folículos pelosos. A derme ainda apresenta músculos lisos, fibras nervosas, vasos sanguíneos e linfáticos. A derme apresenta cromatóforos em sua porção mais superficial, células com pigmentos; os tipos são : melanóforos (pigmento melanina), lipóforos (pigmento com caroteno), guanóforos (sem pigmentos, mas apresenta cristais de guanina que por reflexão pode alterar o efeito de substâncias pigmentadas presentes). Os cromatóforos se originam de células que migram da crista neural. Mudança de cor se dá por alteração na distribuição dos pigmentos coloridos dentro da própria célula.
ESQUELETO
É formado pelos tecidos de suporte (de origem mesodérmica), o qual apresenta três tipos : notocorda, cartilagem e osso.
Notocorda : originou-se de células que se invaginavam nos lábios dorsais do blastóporo ou de uma posição correspondente na extremidade anterior da linha primitiva, que estendendo-se para diante, vêm situar-se abaixo do neuroectoderma. Ela pode permanecer nos ciclóstomos adultos, em alguns Condrichthyes, Dipnoi, Latimeria. Em embriões de vertebrados, ela se estende desde o infundíbulo do encéfalo até o final dos músculos da cauda.
Em vertebrados superiores, a notocorda é substituída por elementos centrais das vértebras, que se desenvolvem em torno dela, dando maior resistência, mas menor flexibilidade. Ela pode persistir e ser confinada dentro das vértebras; pode se expandir entre os centros vertebrais sucessivos, mas restringe-se no interior de cada segmento, parecendo uma série de ampulhetas unidas pelas suas extremidade. Na maioria dos tetrápodes, a notocorda é representada no adulto, somente por uma substância gelatinosa ou calcificada (esse tipo em mamíferos) que persiste nos discos intervertebrais.
Tecidos Esqueléticos
Protegem os órgãos mais moles e dão suporte e manutenção da forma do corpo. A maioria dos músculos estriados insere-se no esqueleto e é o agente através do qual realizam-se os movimentos do corpo. Osso e cartilagem não são inertes; não só as células, como a matriz que as circunda, são centros de grande atividade. Ossos e cartilagens são derivados do tecido conjuntivo original do mesênquima.
Cartilagem
Pode ser hialina, elástica ou calcificada. Não é permeada por vasos ou nervos. Células mesenquimatosas arredondam-se formando os condroblastos que passam a secretar fibras e matriz intersticial. Transformam-se então, em condrócitos. A cartilagem pode ser originada do esclerótomo (ativado pela scleráxis, proteína produzida pela notocorda) ou do hipômero (ossos longos dos membros, cintura pélvica e escapular); já o crânio, ou se diferencia a partir do dermátom ou a partir da ectoderma da crista neural.
OSSO
 
Proveniente das células do mesênquima. A matriz óssea torna-se rapidamente uma substância calcificada, dura e opaca, por haver depósito de fosfato de cálcio, formando cristais de hidroxiapatita. Os osteócitos e as lacunas onde estão situados, são elementos estelares. Os osteócitos apresentam prolongamentos que saem das lacunas e se dirigem em todas as direções através de canalículos. O osso recebe vasos e nervos via canais de Volkmann.
Tipos de Osso:
Osso de membrana 
Tecido ósseo surge diretamente do mesênquima, sem passar por um molde de cartilagem. Esse tipo de ossificação ocorre nos ossos dérmicos, como carapaça, escamas, dentículos, osteodermos.
Osso endocondral
Substituição de um molde de cartilagem por um elemento ósseo adulto. A cartilagem passa a sofrer modificação e degeneração próximo ao meio de seu comprimento; a substância cartilaginosa morre. Vasos sanguíneos penetram na cartilagem e inicia-se a destruição de grande parte da cartilagem no centro do modelo. Os osteoblastos que entram com os vasos começam a depositar osso nos locais de cartilagem destruída no centro , e a ossificação segue em direção a ambas as extremidades do molde de cartilagem. Pode haver uma ossificação acessória (como em mamíferos), a EPÍFISE, que se desenvolve nas extremidades de um osso longo e em proc para insenção muscular. Entre epífise e diáfise há uma permanente camada de cartilagem. Esta é a zona do crescimento. Esta cartilagem cresce e é substituída por osso da diáfise e das epífises continuamente. Quando essa camada é eliminada, epífises se unem à diáfise e o osso pára de crescer. Além dessa ossificação interna, os ossos de origem cartilaginosa têm um maior incremento, efetuado por formação de osso na superfície do modelo cartilaginoso, o OSSO PERICONDRAL.
Classificação do Esqueleto
Dérmico
Endoesqueleto
 -Visceral
 -Somático: Axial, Apendicular (membros, cinturas) e Esterno.
 Esqueleto Dérmico
PEIXES: O principal componente das placas ou escamas dérmicas é o osso, formado diretamente em memb. Os primeiros Craniata – os Ostracodermes amandibulados- e primitivos vertebrados Placodermes – apresentam placas dérmicas. Em tubarões, essa armadura está presente sob forma de pequenos dentículos.
TETRAPODA: Ossos dérmicos da cabeça permaneceram como parte dos elementos do crânio e mandíbula, e geralmente persisteuma cintura escapular dérmica. A série de ossos operculares desapareceu.
TARTARUGAS: Há escudos córneos na superfície do corpo, abaixo dos quais a maioria dos quetônios apresenta uma proteção óssea robusta e eficaz: a carapaça (dorsal) e o plastrão (ventral)
O esqueleto dérmico é proveniente ou do dermátomo ou da ectoderme da crista neural.
 Esqueleto Axial
VÉRTEBRAS – AMNIOTA : Desenvolve-se do mesênquima da mesoderme. Cada vértebra é formada de um arco neural e um centro. O centro substitui funcionalmente a notocorda. Esse centro pode apresentar concavidades (cótilos) e convecidade (côndilo). Dependendo da posição do cótilo, a vértebra pode ser : anficélica (presença de dois cótilos- “peixes”); acélicas (sem cótilo – mamíferos. Entre os centros pode restar diminuta quantidade de tecido proveniente da notocorda – os discos vertebrais); procélica (cótilo na parte anteriro da vértebra – maioria de répteis e anfíbios); opistocélica (cótilo na parte posterior da vértebra – parte da coluna de anfíbios e répteis); heterocélica (centros irregulares – região cervical de aves e pescoço de tartarugas). O centro era formado de núcleos: intercentro e pleurocentro. Na cauda existem os arcos hemais, que são fundidos ao intercentro (as bases dos arcos hemais derivam do intercentro) e envolvem os principais vasos sanguíneos da cauda.
Formação : Certa quantidade de mesênquima prolifera na face medial de cada somito – no esclerótomo. As células esclerotômicas difundem-se na camada apliacada em torno, tanto da notocorda como da medula espinhal. O mesênquima que forma cada vértebra deriva de uma metade de cada um dos somitos; adjacentemente, sua parte anterior forma-se da parte posterior de uma lâmina mesenquimal segmentar, e sua parte posterior forma-se da parte anterior do mesênquima do próximo segmento. As vértebras estão em posição intersegmentar; a segmentação primária dos somitos é mantida pelos músculos axiais.
VÉRTEBRAS – NÃO-AMNIOTA: Arcos Neurais
feiticeiras : estão presentes minúsculas cartilagens na cauda, na região dos arcos neurais.
lampréias : existe um pequeno arco cartilaginoso em cada lado dos segmentos mais anteriores do corpo; mais para trás, podem existir duas pequenas partes de cartilagens em cada segmento, e uma lâmina mediana cartilaginosa contínua une a cauda, tanto para cima como para baixo.
Chondrichthyes : existem, além dos arcos neurais próprios, elementos neurais acessórios que envolvem a medula como uma bainha cartilaginosa contínua; essa presença de arcos neurais acessórios é um caráter secundário.
Peixes ósseos e anfíbios : Existem arcos neurais únicos característicos.
Arcos Hemais
Agnatas : não existem arcos hemais.
Elasmobrânquios : existem cartilagens acessórias.
Peixes ósseos e anfíbios : há uma só cartilagem acessória.
À medida que se sobe na árvore dos vertebrados, pode-se estabelecer uma série de subdivisões da coluna :
caudal (com arcos hemais)
sacral 
pré-sacral : cervical
 dorsal (tetrápodes/espécies terrestres) = torácica e lombar (mamíferos)
Peixes : Pode-se distinguir vértebras caudais das “cervicais” e do tronco, pela presença de arcos heais na cauda.
Mamíferos : Sete vértebras cervicais.
Aves : Presença de sinsacro ( torácicas posteriores, lombares, sacrais r primeiras caudais); pigóstilo (vértebras caudais fundidas); de vértebras torácicas tendendo a se fundir entre si.
Atlas-Axis : Em mamíferos, axis apresenta um processo (o processo odontóide) que se projeta para dentro do atlas; esse processo é formado pelo pleurocentro do atlas; logo, o áxis é composto por apresentar, além de seus centros, o pleurocentro do atlas.
CRÂNIO ( Hildebrand)
O esqueleto é conservativo, a ponto de seu padrão geral mostrar linhas filogenéticas. Fornece informações sobre adaptações específicas dos vertebrados. Por ser duro e rígido, o esqueleto (e os dentes) é capaz de fossilizar e constitui a maior parte do conhecimento sobre sistema de órgãos.
Componentes do Crânio
Esqueleto visceral ( esplancnocrânio)
Neurocrânio : Condrocrânio e Dermatocrânio.
Condocrânio e esqueleto visceral podem ser ósseos ou cartilaginosos, e sempre estão presentes. Dermatocrânio é sempre ósseo e geralmente está presente, mas sofre redução secundária em muitos grupos de vertebrados.
Condocrânio
Associado à proteção do encéfalo e órgãos dos sentidos (cápsulas nasal, auditiva e ótica). Animais sem ossos na cabeça (ciclostomados, ilasmobrânquios?) têm condrocrânio relativamente completo e forte, totalmente cartilaginoso só na fase larval ou fetal; no adulto, há substituição das cartilagens mais delicadas por ossos que se formam no interior delas. Os componentes que formam o condrocrânio do embrião são :
Notocorda : penetra dentro do condrocrânio.
Trabéculas : relacionadas à região anterior do encéfalo, cápsulas nasais, órbitas e rostro. Cristas neurais contribuem na formação das trabéculas.
Cartilagens paracordais : atrás das trabéculas. Fundem-se para formar a placa basal, e atrás dessa, formam-se um ou dois côndilos occipitais que se articulam com a primeira vértebra livre da coluna vertebral.
Arcos neurais das vértebras cranianas : no embrião mais velho, fundem-se para formar o arco occipital.
Cápsulas sensoriais : cartilaginosas, que envolvem as câmaras nasais, auditivas e óticas. Essas cápsulas são os primeiros núcleos de cartilagem a se diferenciarem.
Todos os núcleos de cartilagem (cápsulas sensoriais, trabéculas, arco occipital e cartilagens paracordais) crescem e se fundem para formar o condrocrânio.
Ventralmente ao encéfalo, surgem dois pares de placas cartilaginosas que formam o assoalho do crânio : trabéculas (origem de crista neural) anteriores; cartilagens para ESQUELETO VISCERAL/ESPLANCNOCRÂNIO.
Nos primeiros cordados, a faringe era perfurada lateralmente por pares de fendas branquiais que serviam para alimentação e respiração. Uma parte dessas fendas contribui para o mecanismo de alimentação de todos os vertebrados mandibulados, e sua função respiratória permanece em ciclostomados, peixes e larvas de anfíbios. Quando essa função foi perdida em tetrapodo, músculos e elementos esqueléticos tornaram-se disponíveis para outras funções. Vertebrados mais antigos podiam se alimentar de itens maiores, e a faringe não precisava ser especializada. O número de fendas branquiais reduziu-se para 5 à 15 pares. Com a evolução das maxilas, o número diminuiu ainda mais. Entre cada camada branquial, existem barras de elementos esqueléticos (derivados das cristas neurais) , de músculos e por filamentos respiratórios; cada barra é um arco visceral. Há evidências de que o primeiro e/ou segundo arcos perderam sua função branquial e associaram-se ao crânio, originando as trabéculas do condrocrânio. O terceiro arco constante se diferencia no palatoquadrado (que forma a maxila superior) e na cartilagem de Mickel (que forma a maxila inferior). O quarto par de arcos viscerais (arco hióide) forma o hiomandibular (superior) e o hióide (inferior).
Palatoquadrado : origina quadrado.
Cartilagem de Mickel : origina articular.
OUVIDO : hiomandibular – origina columela (associado à cavidade timpânica a partir de tetrapoda).
 Mamíferos: 
columela – estribo
quadrado – bigorna
articular – martelo
 Esqueleto Dérmico
Origina-se parte pelo dremátomo e parte pela ectoderma da crista neural.
TIPOS DE SUSPENSÃO DAS MANDÍBULAS
Autostilia : arco mandibular não sustentado pelo hiomandibular (totalmente fundido ao crânio) – placoderme.
Anfistilia : arco mandibular sustentado em parte pelo hiomandibular – celacanto, alguns Ostheichthyes e Chond.
Hiostilia : arco mandibular sustentado pelo hiomandibular – maioria dos Selachii e dos Osteichthyes.
 Evolução do Crânio 
Ciclostomata : condrocrãnio cartilaginoso por toda a vida do animal. Esqueleto visceral é unidade contínuade cartilagens; arcos viscerais unem-se nas regiões dorsal e ventral às fendas branquiais que, então, unem-se ao condrocrânio. Não há esqueleto dérmico craniano.
Placoderme : condrocrânio cartilaginoso ou parcialmente ossificado. No esqueleto visceral, provavelmente o terceiro arco visceral originou as maxilas. Essa estrutura era autostílica. Esqueletos dérmicos com carapaças cefálica e torácica pesadas.
Peixes cartilaginosos : não formam ossos ; o condrocrânio teve paredes laterais completas e teto para proteger o crânio. Pode haver grânulos de Ca2+ na cartilagem (calcificada). Geralmente a suspensão da mandíbula é anfistilica, mas em Selachii é hiostilica. Apresentam cinco fendas branquiais.
Peixes ósseos : condrocrânio ainda cartilaginoso, mas peixes de nadadeiras raiadas (Actinopterygii) têm caixas cranianas ossificadas em diferentes graus. Esqueleto visceral : formam-se ossos de substituição na cartilagem palatoquadrado (como o quadrado), na maxila inferior, o único osso de substituição é o articular. Quarto arco visceral (transformou-se no hiomandibular sustentando a mandíbula (maxila inferior) dando suporte hiostifico ou anfistílico. Esqueleto dérmico completo, formado por ossos. Distingue-se opérculo ósseo recobrindo as brânquias.
Anfíbios : condrocrânio formado por ossos de substituição, mas perderam uitos ossos presentes em seus ancestrais (basioccipital e basisfenóide). Exoccipital com um par de condilos occipitais. Osso quadrado se articula do squamosal, sem o hiomandibular (retorno à autostília e assim foi mantida no decorrer da evolução dos vertebrados). Hiomandibular tornou-se associado à condução de sons – columela, associado à cavidade timpânica). Arco hióideo continua sustentando a língua e as cartilagens mais posteriores são modificadas para sustentar laringe e traquéia. Aparecem as narinas internas ( coanas).
Répteis e Aves : côndilo occipital único. Esqueleto visceral permanece essencialmente igual. Em répteis, semelhantes a anfíbios, dentário tornou-se bem maior. Articular r quadrado perdem sua função de elementos de articulação mandibular. Eles tornaram-se ossículos do ouvido: articular – martelo; quadrado – bigorna. A articulação da mandíbula passa a ser entre squamosal e dentário. Os répteis desenvolveram maxilas fortes e, em resposta do aumento muscular e as diferenças pressões exercidas por eles, formaram-se uma ou duas aberturas temporais no crânio e os músculos da mandíbula passaram a mover-se por elas e aí fixaram suas origens.
Anapsida é o grupo que não apresenta essas aberturas.
Sinapsida e Euryapsida apresentam um par de aberturas. E os Diapsida tem dois pares de aberturas temporais.
Sinapsida (equivale à abertura inferior dos Diapsida) – jugal, squamosal e pós orbital.
Diapsida
 – superior : pós-orbital, squamosal, parietal
 -inferior : jugal, squamosal, pós-orbital.
 Euryapsida (equivale à abertura superior dos Diapsida) – pós-orbital, squamosal e parietal.
A partir de Amniota, surge palato secundário, que migrou as coanas para a região mais posterior do palato, deixando independentes a entrada de alimentos e a entrada de ar.
Mamíferos : presença de dois côndilos occipitais. FUSÕES : pós-parietal com supra-occipital; basioccipital com exoccipital; proótico e opistólico com squamosal, formando os temporais; os quatro esfenóides formando um esfenóide. Não possuem ossos pré-frontal, pós-frontal, pós-orbital, quadradigual, paraesfenóide; na maxila inferior só restou dentário, angular e pré-articular. Ectopterigóide dunde-se ao pterigóide. Angular se move posteriormente e contribui na formação da bula timpânica . Epipterigóide recebe nome de alisfenóide que apresenta canal por onde passam os nervos. Com a perda do quadradojugal, a barra óssea que delimitava ventralmente a abertura temporal, passou a ser formada pelo jugal e squamosal, recebendo o nome de arco zigomático.
Palato secundário é formado por :
Mamíferos : pré-maxilar, maxilar, palatino.
Crocodylia : pré-maxilar, maxilar, palatino, pterigóide.
Tartaruga : maxilar, pré-maxilar, vomer, palatino.
Lagartos : sem palato secundário; dobra de pele exerce essa função.
MÚSCULOS
 
Músculos Lisos : derivam do mesênquima embrionário (primariamente de origem mesodérmica) e do hipômero. Encontra-se na parede do tubo digestivo, na parede de vasos, bexiga, órgãos genitais etc. A célula muscular é fina, fusiforme e têm um núcleo central. Os filamentos de actina e miosina se cruzam em todas as direções, formando uma trama tridimensional.
Músculo Cardíaco : deriva do hipômero. Presença de discos intercalares, que são os limites entre as células.
Músculos Estriados : derivam principalmente dos miótomos. As células dispõe-se paralelamente, para formar os músculos. É envolto por tecido conjuntivo: endomísio (envolve cada célula); perimísio (envolve várias células formando um feixe), epimísio (envolve vários feixes). As células são multinucleadas. Nas células há fibrilas de actina e miosina, e cada fibrila apresenta regiões claras e escuras que, como ocorrem no mesmo ponto em cada fibrila, aparecem como estriações transversais na fibra. É voluntário.
Classificação dos Músculos
Musculatura branquiomérica : provenientes dos somitômeros. É importante na região cefálica e é inervada pelos nervos cranianos (I a X). O nervo V (trigêmio) tem ramo oftálmica, maxilar e mandibular. O nervo VII (facial) se origina da parte posterior do gânglio trigêmio e inerva músculos faciais (movimenta bochechas, lábios, pálpebras, nariz).
Musculatura hipobranquial : proveniente dos somitos mais anteriores. Tem papel acessório na região cefálica e é inervada pelos nervos vertebrais, como nervo X (vago) e nervo XI (espinhal acessório). Associam-se às branquias.
Algumas características dos Músculos
As fibras musculares nunca se inserem diretamente ao osso ou cartilagem. A inserção é sempre feita por meio de fibras do tecido conjuntivo ( por exemplo, o músculo pode se inserir através de um tendão). Aponeurose é outro tipo de inserção; é uma chapa de tecido conjuntivo, no qual a musculatura pode se inserir, tanto na face lateral, quanto na medial; o músculo, nesse caso, é denominado pinado e serve para aumentar o número de fibras musculares numa mesma área). O tendão é uma aponeurose mais concentrada num ponto.
Homologias
São difíceis de serem definidas. Em diferentes espécies, a origem ou inserção do músculo pode deslocar-se de acordo com as diferentes necessidades funcionais. Posição é um critério duvidoso.
Um dos critérios usados para determinação de homologias seria a origem embriológica do músculo; porém, poucos estudos são feitos nessa área.
A inervação dos músculos tende a ser constante e fornece o melhor indício para a identificação de músculo. Mesma inervação significa mesma origem embrionária e isso fornece homologias entre músculos.
Os vasos sanguíneos não fornecem bons dados para se definir homologias, por serem muito plásticos.
Músculos Axiais 
Peixes : a musculatura axial é o principal órgão locomotor do peixe. Por contrações alternadas e rítmicas dos músculos dos dois lados, formam-se no corpo do peixe, ondulações, que viajando caudalmente e acumulando seu efeito na cauda, essa bate contra a resistência da água e impulsiona o peixe para adiante. A musculatura axial em peixes têm origem mitômica direta. O músculo é segmentar, de modo que a parte principal da musculatura do tronco consiste de segmentos sucessivos.
Os miômeros separados por miosseptos (que são camadas de tecido conjuntivo que se fixam na coluna vertebral e nos quais as costelas e os ossos intermusculares cetras se desenvolvem para dar maior sustentação). Em peixes mandibulados, os miômeros dobram-se, geralmente mais dorsalmente do que ventralmente, e os miômeros aparecem superficialmente sob forma de um W. A partir de Gnathostomata, aparece o septo horizontal de tecido conjuntivo que divide os miômeros em porcões dorsal e ventral. É aí que sedesenvolvem as costelas dorsais. Então, os músculos axiais dividiram-se em dois grupos : musculatura epaxial, acima do septo e externamente às costelas dorsais, e a musculatura hipaxial, abaixo do septo, e internamente às costelas dorsais.
Musculatura Dorsal
Peixes : musculatura dorsal é geralmente uma coluna maciça de músculos segmentares, situada lateralmente às vértebras e medialmente ao septo, que se estende ao longo do dorso do corpo, desde o crânio até a extremidade da cauda, sem praticamente maior diferenciação
Vertebrados terrestres : a musculatura dorsal é bastante reduzida em volume, devido ao fato de que nos vertebrados terrestres os apêndices tendem a substituir a função propulsora desses músculos.
Anfíbios : musculatura dorsal pode ainda ser considerada como um músculo único, com subdivisão pouco distinta. Em urodelos, essa musculatura ainda funciona em movimentos laterais, sendo mais altamente desenvolvida do que nos demais tetrapoda.
Répteis : músculos dorsais do tronco permanecem em parte segmentares, mas tendem a Ter estrutura complexa, com várias subdivisões (iliocostal, longuíssimo do tronco, sistema transversospinhal). Em cobras, os músculos dorsais são muito desenvolvidos e complicados, devido à retomada de sua função propulsora.
Aves : músculos dorsais pouco desenvolvidos , já que as vértebras estão fundidas entre si.
Mamíferos : os músculos dorsais conservaram pouco o arranjo metamérico original.
Musculatura Ventral 
Peixes : A musculatura hipaxial, em muitos casos, é essencialmente um só músculo, podendo haver certa subdivisão em feixes laterais e ventrais.
Vertebrados terrestres : a musculatura hipaxial sustenta o conteúdo visceral da cavidade abdominal, e essa função é auxiliada pela associação desses músculos com as costelas (que se expandiram ventralmente).
Musculatura da cintura escapular
A cintura escapular em tetrapodes (ao contrario de peixes) não tem conexão esquelética com a coluna vertebral, a não ser indiretamente, por meio do esterno. O corpo fica então suspenso entre as duas lâminas escapulares, por meio de alças musculares. A utilização de músculos para este sistema de suporte, fornece uma elasticidade, que substitui a falta de apoio ósseo. Em urodelos, a musculatura ventral do tronco estende-se para frente, além da região peitoral até a parte inferior da garganta. Em peixes ósseos e tetrápodes (que não urodelos) há completa interrupção na região escapular.
Musculatura dos membros
Os músculos dos apêndices pares derivaram-se da musculatura miotômica geral do tronco. Originam-se de miótomos.
Nadadeiras pares
A musculatura é simples. Duas pequenas massas opostas de músculos dirigem-se da cintura pélvica para a base da nadadeira. Os músculos dorsais elevam a nadadeira e os ventrais a abaixam.
Tetrapoda
A musculatura dos membros, além de mais avantajada, é também muito mais complexa do que em peixes.
Membro peitoral : músculos dorsais são numerosos e se inserem próximos à cabeça do úmero, e são responsáveis pela maioria dos movimentos desse osso da cintura escapular. Dos músculos ventrais, destaca-se o peitoral que se origina no esterno e costelas, e se insere num proc abaixo da extremidade proximal do úmero. O músculo traciona fortemente o úmero para baixo e para trás, sendo de grande importância para a locomoção.
Membro pélvico : músculos dorsais; destacam-se : quadríceps (grupo de músculos extensores que se originam na cintura pélvica e fêmur, e se inserem na cabeça da tíbia), sartório, músculos glúteos (vão do ílio ao fêmur). Os músculos ventrais da região do quadril e da coxa aduzem principalmente o fêmur e fletem* a articulação do joelho. Na locomoção, elevam o corpo do solo e o impulsionam para frente. Destacam-se músculo adutor do fêmur, músculo gracil (flete a tíbia), gastrocnêmio (é ligado ao calcâneo pelo “tendão de Aquiles” em mamíferos).
(* Fletir : dobrar, curvar, flexionar)
Aves
Musculatura peitoral que dá o impulso para baixo e para trás à asa no vôo é enorme. Os músculos foram elevados dorsalmente, através da apófise do coracóide. Os músculos responsáveis pelo batimento da asa (peitoral- depressor da asa; supracoracoideus – elevator da asa) têm origem na quilha do esterno.
Musculatura branquiomêrica
Origina-se do mesênquima derivado do peritônio da placa lateral. Essa musculatura é associada à movimentação da mandíbula, da face, do pescoço, do ombro, ao bombeamento que força a água a passar pelas brânquias.
Essa musculatura é inervada por nervos cranianos: arco mandibular inervado pelo V, arco hióide pelo VII, primeiro arco branquial típico pelo IX. O músculo trapézio é um músculo branquiométrico da cintura escapular, que liga subescápula e escápula aos arcos das vértebras.
Músculo digástrico: músculo abridor da mandíbula em mamíferos. Proveniente da musculatura hióide.
Órgãos Elétricos 
São tecidos musculares modificados, em que a energia liberada pelo músculo é usada para a produção de eletricidade (em vez de contração muscular). 
OBS: 
Músculo Peitoral : depressor da asa em aves.
Músculo Supracoracóide : elevador da asa em aves.
Ambos têm origem na quilha do esterno.
Trapézio liga subescápula e escápula aos arcos das vértebras.
Músculo elevador da mandíbula (anfíbios), dermatotemporal (aves), masseter (mamíferos) – fecham a boca.
Músculo depressor da mandíbula (anfíbios, aves), temporal edigástrico (mamíferos) – abrem a boca.
SISTEMA RESPIRATÓRIO
Requisitos para ocorrer trocas gasosas:
A superfície de troca deve ser fina e úmida.
Uma grande superfície de contato entre o meio ambiente e o sangue.
Manutenção do contato de cada célula sanguínea com o meio por um período de tempo adequado.
Deve haver um gradiente de concentração para ocorrer difusão .
Respiração Cutânea
Essa respiração é eficiente para animais pequenos com baixos níveis de atividade, que vivem em águas correntes frias ou em ambientes úmidos. Ela ocorre principalmente em anfíbios (em que grande parte de sua respiração se dá pela pele) e em algumas espécies de peixes.
Respiração Branquial
A maioria das brânquias originaram-se a partir da faringe. No embrião, as paredes das faringes desenvolvem seis ou mais pares de evaginações, as bolsas faríngeas.
Agnatos: primeira bolsa faríngea se transforma numa câmara branquial.
Elasmobranquii : primeira bolsa se modifica na função para formar a cavidade do espiráculo.
Tetrapoda : primeira bolsa se transforma na cavidade do ouvido médio
As bolsas sucessivas em Agnatha e peixes, formam as câmaras branquiais.
Estrutura básica das brânquias dos peixes : esqueleto visceral; vasos sanguíneos derivados do respectivo arco aórtico; nervo craniano ou cervical; músculos branquiais intrínsecos; epitélio relacionado. Podem haver septos branquiais (podendo ser curtos ou longos). Internamente, a maioria das barras branquiais têm rastros branquiais com função de impedir que partículas de alimentos entrem nas câmaras branquiais. Há barras branquiais com fileiras anteriores e posteriores de filamentos respiratórios (holobrânquias) e com filamentos em apenas uma de suas superfícies (hemibrânquias). Há dois tipos de filamentos branquiais: os primários, que são subdivididos em secundários. Há uma artéria aferente ventral e uma artéria eferente dorsal, que se dirige para fora da brânquia.
No meio aquático, a eficiência na captação de oxigênio é fundamental, já que a água contém 30% menos de oxigênio do que o ar, e a difusão na água é muito mais lenta.
Além de funções respiratória, as brânquias têm funções de escreção e osmorregulação.
Agnathas: apresentam bolsas branquiais. Os filamentos branquiais estão arranjados em câmaras branquiais com formato de bolsa. O elemento de sustentação é uma treliça cartilaginosa que se localiza do lado de fora, em contato com o ambiente, enquanto os filamentos encontram-se medialmente (internos). Devido ao uso da boca para aalimentação e fixação no hospedeiro, isso impede seu uso na respiração. Então, a água pode entrar e sair das bolsas pelos poros branquiais externos. Ou a água entra pelo duto naso-faríngeo. Após passar pelas brânquias, a água sai pelos poros, por contrações da faringe.
Elasmobrâquios : apresentam brânquias septadas. Essas apresentam seis elementos de sustentação localizados medialmente, e os filamentos ficam para fora, em contato com o ambiente. As brânquias se comunicam com o meio externo por meio de fendas branquiais (e não por poros). Ocorrem septos branquiais longos que terminam numa valva de pele que abre ou fecha as fendas; os septos auxiliam no suporte dos filamentos branquiais. A primeira câmara e fenda branquial são reduzidas a um espiráculo associado a uma pseudobrânquia (sem função respiratória) que recebe sangue oxigenado e o monitora antes de se distribuir aos olhos. Os elasmobrânquios também apresentam um par de hemibrânquias anteriores e quatro pares de holobrânquias, tendo cinco fendas branquiais. A água é sorvida pela faringe através da boca e dos espiráculos (ou mesmo pelas fendas em raias descansando sobre o substrato). A cavidade oral se expande, ocorre diminuição de pressão e a água entra – fase da bomba de sucção. Então, a boca se fecha e a câmara buco-faríngea se contrai e a água é bombeada para as brânquias, e daí para fora – fase da bomba de pressão.
Peixes ósseos : não há mais septos branquiais. Os filamentos são sustentados só pelo arco branquial (o elemento de sustentação, que também se encontra medialmente com o elasmobrânquio). Há um opérculo ósseo que protege as brânquias. A ventilação também apresenta as fases de bomba de sucção e de pressão, descritas acima. No lado interno do opérculo há uma lâmina de tecido que funciona como uma válvula que fecha a câmara branquial externa (delimitada pelo opérculo), quando ocorre a bomba de sucção.
Brânquias externas : (em larvas de certos anfíbios, adulots de salamandras, neotêmicas e larvas de certos peixes).
Desenvolvem-se da ectoderme da pele, da área branquial e não relacionadas ao esqueleto visceral. São muito vascularizadas, podendo ser movimentadas por músculos em águas paradas.
Respiração Aérea
Pulmões e bexiga natatória sã derivados do tubo digestivo.
Bexiga Natatória : só presente em vários peixes ósseos. Algumas espécies têm a bexiga natatória ligada ao tubo digestivo por um ducto pneumático; esse tipo de bexiga recebe o nome de fisóstomo. Outras espécies não têm o ducto pneumático, sendo a bexiga independente do tubo digestivo (situação mais derivada). Esse tipo de bexiga chama-se fisoclisto. Ela é única e localizada dorsalmente ao tubo digestivo. O ducto serve para expelir o gás de dentro da bexiga natatória a fim de variar a densidade do animal. Quando não há o duto, o gás é reabsorvido por uma porção vascularizada da bexiga, o corpo oval. O gás de dentro da bexiga é proveniente de uma glândula de gás. A função mais importante da bexiga é a hidrostase, permitindo ao animal ajustar a seua densidade à do meio externo. Há também as funções de produção de som, recepção dos sons e de pressão.
Pulmões : em Tetrapoda, são pares e possuem uma traquéia.
Anfíbios : os Anura têm traquéias curtas, que dividem-se em dois brônquios curtos, cada um indo para o ápice de cada pulmão. Posteriormente ao arco hióide, há cartilagens que sustentam traquéias e brônquios, e as mais anteriores originam a laringe (cartilagens cricóides e aritenóides). A abertura da traquéia para a faringe é a glote. Os Apoda geralmente mantêm apenas o pulmão direito. Os Urodela têm pulmões regredidos ou mesmo ausentes, tendo principalmente função hidrostática. 
VENTILAÇÃO: com a glote fechada, o ar é sugado para dentro da cavidade bucal, devido ao abaixamento do assoalho bucal. O ar fica estocado na região ventral da cavidade bucal. Quando glote e narinas estão abertas, o ar vindo do corpo sai sob pressão dos pulmões elásticos (mas, não há mistura desse ar com o novo estocado). As narinas então se fecham e o ar é forçado para dentro da garganta e pulmões via glote aberta. Esse é o mecanismo de bomba pulsátil.
Répteis : pulmões grandes e variáveis. Os brônquios e traquéias são mais longos do que nos anfíbios, e cada brônquio entra no pulmão mediana ou anteriormente, mas nunca pelo ápice. A laringe ainda é formada pelas cartilagens cricóides e aritenóides. Mas, algo que merece destaque é o surgimento do palato secundário em Amniota, o que levou a coana a uma localização mais posterior do que em anfíbios. Isso permite a completa separação do trajeto alimentar do trajeto respiratório. Além disso, a caixa torácica tornou-se responsável pela entrada e saída de ar, devido ao surgimento dos músculos intercostais (ao expandirem a caixa torácica, diminuem a pressão e o ar entra).
Mamíferos : o plano básico é semelhante ao pulmão dos répteis, mas, os pulmões são muito mais ramificados. Os brônquios entram nos pulmões e se ramificam em bronquíolo, cuja porção distal chama-se bronquíolo respiratório, já que aí se iniciam as trocas gasosas. No final desse, há alvéolos onde ocorre a maior parte das trocas gasosas. Entre a faringe e a glote surge uma cartilagem, a epiglote, que fecha a glote para impedir a entrada de alimentos. Aparece também a cartilagem tireóide que sustenta a traquéia (além das cricóides e aritenóides). Surge um músculo, o diafragma, separando a cavidade torácica da abdominal e é responsável por formar uma pressão negativa (devido à sua contração) e o ar entra .
Aves : seus pulmões são pequenos, compactos e fixados à parede dorsal do corpo. Dos brônquios partem sacos aéreos anteriores e posteriores, com função fundamental na ventilação (e não nas trocas gasosas). As trocas ocorrem em parabrônquios, que são ligados aos sacos aéreos anterior e posterior. Há uma laringe destituída de cordas vocais. O som é produzido pela siringe, localizada bem abaixo da laringe. A ventilação é única. Há dois ciclos de expiração e dois ciclos de inspiração para um ciclo completo. Na primeira inspiração, o ar sai do meio ambiente e passa para os sacos aéreos posteriores; na primeira expiração, o ar sai desses sacos e passa pelos brônquios (onde ocorre trocas); na segunda inspiração, o ar daí vai para os sacos aéreos anteriores (enquanto o novo ar entra nos sacos posteriores); na segunda expiração, o ar sai para o meio externo (enquanto aquele novo ar está passando para os parabrônquios).
SISTEMA DIGESTIVO
Esse sistema recebe o alimento ingerido, reduz o alimento fisicamente e quimicamente, absorve os produtos da digestão e elimina os restos não digeridos. A redução física é importante, amplia a superfície de contato entre o alimento e os sulcos digestivos.Ela pode ser feita pela mastigação, raspagem ou trituração; pela movimentação e mistura por peristalse, peristalse reversa e segmentação do estômago e intestino delgado, por enzimas produzidas nesses órgãos e no pâncreas
BOCA E CAVIDADE ORAL
Agnatos: Por não terem maxilas, nem dentes verdadeiros, ingerem alimentos pequenos ou moles e têm cavidades orais pequenas.
Em lampréia, o estomodeu se expande para fora da cavidade oral, apresenta também glândulas na boca que secretam anticoagulante.
Peixes Ósseos e Cartilaginosos: Bocas e cavidades orais são muito variadas. As cavidades oral e faríngea são distensíveis. Possuem língua firme, pouco móvel, com dentes. Não apresentam muitas glândulas, só glândulas mucosas unicelulares (já que o alimento dos peixes é sempre úmido, não há necessidade de mais lubrificação).
Tetrapoda: Cavidades orais de tamanho moderado à grande. Língua sustentada por derivados do 2° e 3° (às vezes do 4°) arco visceral. A língua geralmente é carnosa e muito móvel e pode funcionar fora e dentro da boca. Apresentam glândulas orais multicelulares de glândulas salivares.
Todos os tetrápodes que não são secundariamente aquáticos, necessitam das secreções mucosas e serosas dessas glândulas para lubrificar o alimentoseco e esta pode ser sua única função.
Em serpentes, lagartos e mussaranhos, algumas glândulas transformam-se em glândulas de veneno; as dos morcegos hematófagos (e as das lampréias) secretam um anticoagulante. Mamíferos, particularmente, têm bochechas moles (que fornecem fechamento lateral da mandíbula), lábios descolados da mandíbula.
ESTÔMAGO
Sua mucosa é dividida em várias regiões distintas quanto à sua histologia e função. A região mais anterior é semelhante ao esôfago (epitélio pavimentoso e glândulas mucosas) e chama-se região esofágica. Em mamiferos aparece a região cardíaca (com células epiteliais colunares e com glândulas mucosas). A região digestiva do estômago é a região fúndica; apresenta células colunares de glândulas que secretam pepsina, HCl e, às vezes, uma lipase. O seu epitélio é colunar. Em mamíferos, o estômago secreta também renina que coagula o leite. A região mais posterior do estômago é a região pilórica (epitélio colunar e só há glândulas mucosas).
Agnatha: Não apresentam estômago.
Peixes Ósseos e Cartilaginosos: Esôfago curto e algumas vezes se funde ao estômago. Geralmente tem dobras ou papilas direcionadas ao estômago. Geralmente tem dobras ou papilas direcionadas ao estômago. Esôfago é ciliado na maioria dos seláquios ( = tubarões e raias). O estômago pode estar ausente (como em quimeras e peixes pulmonados) que ingerem alimentos particulados.
Anfíbios: Esôfago curto, ciliado, com muitas glândulas mucosas. Estômago simples ou retilíneo ou pouco curvado.
Répteis: Esôfago mais longo por causa do aumento do comprimento do pescoço e por terem pulmões mais desenvolvidos. O esôfago pode ser ciliado (para os que se alimentam de alimentos moles) ou corneificados em algumas tartarugas. Estômago simples ou retilíneo ou pouco curvado.
Aves: Esôfago longo, com mucosa geralmente corneificada. Presença em pelo menos algumas famílias de um papo, dilatação inferior do esôfago, que serve para o armazenamento. Seu estômago é dividido em duas partes:
Parte anterior ou pró- ventrículo, derivada da região fúndica que é muito glandular e produz enzimas digestivas. 
Parte posterior ou ventrículo ou moela. Corresponde à região pilórica, é especializada em moer alimentos.
Mamíferos : Esôfago longo, sem cílios e corneificados em animais que comem alimentos indigeríveis. Neles, aparece a região cárdica (de epitélio colunar, só com glândulas mucosas). Região esofágica frequentemente presentes.
INTESTINO
Local onde ocorre a absorção. Essa é tanto maior quanto maior a superfície de contato; e isso é conseguido por meio do enrolamento do intestino, de pregas circulares da mucosa, de microvilos digitiformes na superfície exposta das células epiteliais. No intestino há uma variedade de enzimas que digerem gorduras, proteínas e carboidratos, liberados mais nos vertebrados superiores do que em peixes. Células caliciformes secretam muco. As secreções do fígado e pâncreas entram na porção do intestino logo depois do estômago, o duodeno. O intestino mais posterior é responsável pela absorção de eletrólitos inorgânicos e de água e geralmente possui microvilos e há celulas mucosas em abundância. A extremidade mais posterior do intestino pode terminar numa cloaca em muitos vertebrados (câmara comum para sistema digestivo, excretor e reprodutor).
-Em Tetrapoda, as regiões anterior e posterior são distintas e são denominadas de Intestino delgado e Intestino grosso, respectivamente. Geralmente também apresentam cecos cólicos na junção entre os dois intestinos. 
Ciclostomados: Intestino estende-se linearmente da faringe à cloaca, com diferenciações regionais mínimas. Reto abre-se em cloaca.
Peixes Cartilaginosos (Seláquios): Têm intestino longo que se estende linearmente pelo celoma e tem forma de “N”. O braço posterior do intestino compreende a válvula espira: mucosa projeta-se internamente numa única prega proeminente que tem formato espiral. Isso aumenta a superfície de absorção. Reto abre-se em cloaca. Quimeral não tem cloaca.
Peixes Ósseos : Intestino com mais curvas e ocorre cecos pilóricos no intestino, adjacentes ao estômago. Válvula espiral ausente em teleósteos. Não há cloaca (com exceção dos Dipnoi e crossopterígios viventes celacanto).
Anfíbios : girinos com intestino longo e enrolado. Adultos com intestino relativamente curto. Há um intestino delgado enrolado que se continua por um intestino grosso curto. Entre os dois intestinos, pode haver um ceco cólico. Presença de cloaca.
Répteis : intestino retilíneo na maioria das serpentes e anfisbenídeos, mas moderadamente enrolado na aioria dos répteis. Distinção entre intestino delgado e grosso. Algumas espécies têm um ceco cólico.
Aves : duodeno forma longa e estreita alça e é fortemente unida ao pâncreas. O resto do intestino delgado é relativamente longo e forma várioas padrões e voltas. O intestino grosso é curto e com microvilosidades. Há, geralmente, dois cecos cólicos. Presença de cloaca.
Mamíferos : alça duodenal geralmente presente, mas mais frouxamente ligada ao pâncreas do que nas aves. Intestino grosso mais longo e volumoso do que em aves, principalmente nos herbívoros. Geralmente, há apenas um ceco cólico ventral.
Especializações do intestino
Carnívoros, necrófagos e ictiófagos: alimentam-se de alimentos de rápida e fácil digestão; seus intestinos tendem a ser curtos. Presas grandes podem ser engolidas por inteiro; o alimento pode estar disponível somente naquele momento (após a caçada, por exemplo), ou o animal pode se prevenir do saque de outros animais. A estocagem temporária é essencial. Esôfago e estômago tendem a ser distensíveis. Aves apresentam papos.
Herbívoros : ramos e folhas têm baixo valor nutritivo e devem ser ingeridos em grandes quantidades e a armazenagem é necessária. Se a celulose for usada como alimento, é necessária a fermentação por bactérias simbiontes (já que os animais não são capazes de digeri-las. A armazenagem é necessária ; em alguns roedores, primatas e morcegos ela é feita em bolsas das bochechas. Ou o estômago é muito grande e com vários compartimentos (artiodáctilos, cangurus, preguiças). O intestino dos herbívoros é longo e de grande diâmetro. Em ruminantes, a região esofágica do estômago é muito especializada, com câmaras contendo simbiontes. O abomaso é proveniente da região fúndica e é onde ocorre a digestão. 
FÍGADO
Maior órgão do corpo. Armazena lipídios, glicogênio, transforma amônia em uréia, sintetiza proteínas, remove substâncias tóxicas do sangue. O fígado e a vesícula bílica originam-se de divertículos hepáticos, sendo que o mais posterior origina a vesícula biliar, e o mais anterior, o fígado. A vesícula biliar armazena a bile e a concentra em até dez vezes. A bile emulsifica gorduras, tornando-as digestivas para as enzimas pancreáticas. A vesícula biliar está sempre presente nos carnívoros e está ausente no adulto das lampréias, muitos teleósteos e em certos herbívoros.
PÂNCREAS
Presente em todos os vertebrados. Produz o suco pancreático e o libera no intestino delgado; as enzimas contidas no suco, digerem quase todos os tipos de alimentos.
SISTEMA CIRCULATÓRIO
Sistema cardiovascular : 
sangue
coração
vasos sanguíneos
Artérias distribuem o sangue do coração para o corpo. As veias retornam o sangue do corpo para o coração. As arteriolas se unem às vênulas por meio de capilares. As veias entre duas redes capilares constituem um sistema porta.
É o sistema que apresenta a maior variação individual do que qualquer outro sistema.
É o primeiro sistema a funcionar durante o deseno.
Coração
Surge da camada esplâncnica do hipômero, logo atrás da faringe e ventral ao intestino. Ela se espessa nos dois lados do corpo. Essas pregas mesodérmicas fundem-se formando um tubo longitudinal, fixo aos tecidos adjacentes em cada uma de suas extremidades, mas está solto no restante do comprimento. Essa região livre delimita quatro câmaras que começama pulsar em sequência e , então, torna-se um coração. A primeira câmara é um seio venoso que recebe sangue não-oxigenado proveniente das grandes veias, o qual segue para dentro do átrio (essas duas câmaras têm paredes finas, mas o átrio também tem músculos). Daí o sangue chega em um ventrículo de paredes espessas musculares, que bombeia então o sangue para a quarta câmara – o cone arterioso. O sangue segue para o corpo pela artéria ventral. Percebe-se, assim, que o coração é quase um tubo aproximadamente retilíneo no embrião dos vertebrados. Ele deve se assemelhar ao coração do ancestral adulto.
Ciclostomados e outros peixes (exceto Dipnoi) : têm coração semelhante ao descrito acima com seio venoso de grande (tubarão) à pequeno (ciclostomados). Átrio relativamente grande e geralmente deslocados para uma posição dorsal ao ventrículo. O cone pode ser longo e ativo como um órgão pulsátil (peixes cartilaginosos) ou ausente (ciclostomados e teleósteos). Em teleóstei, o bulbo arterioso encontra-se no local do cone em outros peixes. Ele possui músculos lisos e é elástico. Ciclostomados e outros peixes apresentam corações acessórios ou mecanismos de bombeamento em diferentes partes do corpo. Sangue só passa uma vez pelo coração e em um único sentido.
Dipnoi : seio venoso permanece. O átrio é parcialmente dividido por um septo interno incompleto em câmaras direita e esquerda. Pelo seio venoso entra sangue venoso para o átrio direito, e as veias pulmonares trazem sangue oxigenado dos pulmões para o átrio esquerdo. O ventrículo é também parcialmente dividido por um septo. O cone está presente, está também parcialmente dividido por uma prega. A maioria do sangue não-oxigenado é impulsionado para o quinto e sexto arcos aórticos que se dirigem às brânquias posteriores e pulmões. O sangue oxigenado vai para os terceiro e quarto arcos aórticos, que levam sangue para o corpo. 
Anfíbios : átrio completamente dividido em câmaras direita e esquerda, sendo o sangue da câmara esquerda oxigenado nos pulmões e o da direita, não oxigenado. Mas, o sangue que está retornando da pele junta-se às veias sistêmicas, havendo assim mistura do sangue no lado direito do coração. O ventrículo não é dividido. Cone tem uma prega, cujo lado direito desvia o sangue não-oxigenado para os pulmões e pele, e o lado esquerdo, para o arco sistêmico direito, a partir do qual se ramificam artérias da cabeça e apêndices pares anteriores.
Répteis : cone é único e no embrião divide-se em três canais: um tronco pulmonar e troncos sistêmicos (para cabeça e parte anterior do corpo) direito e esquerdo independentes. Seio venoso grande ou pequeno, ligando-se apenas ao lado direito do átrio, totalmente dividido. Ventrículo dos répteis (com exceção de Crocodylia) é parcialmente dividido em câmaras dorsal e ventral. Crocodilos têm ventrículo totalmente dividido, com o foramen de Panizza, que liga os arcos sistêmicos direito e esquerdo.
Sangue oxigenado : pulmões ( veias pulmonares ( átrio esquerdo ( ventrículo ( arco sistêmico ( corpo.
Sangue não-oxigenado : corpo ( veias cavas ( seio venoso ( átrio direito ( ventrículo ( artéria pulmonar ( pulmões.
Aves : circulação completa e dupla – um circuito pulmonar de baixa pressão usando o lado direito do coração e um circuito sistêmico de alta pressão, usando o lado esquerdo. Seio venoso vestigial. Átrio e ventrículo totalmente divididos. Tronco embrionário divide-se num tronco pulmonar unido ao ventrículo direito e um tronco sistêmico unido ao ventrículo esquerdo. Arco sistêmico se volta para o lado direito. Seio venoso reduzido à região do marcapasso.
Mamíferos : circulação completa e dupla. Não há mais o seio venoso (seio embrionário fundiu-se com o átrio direito). Átrio e ventrículo totalmente divididos. Cone embrionário divide-se igual nas aves, mas o arco sistêmico é voltado para o lado esquerdo. Seio venoso restrito à região do marcapasso.
Vasos Sanguíneos
O coração bombeia o sangue para frente, por baixo da faringe, pela aorta ventral. No embrião, a aorta ventral distribui o sangue para os pares de arcos aórticos. Nos adultos, esses arcos diferenciam-se em artérias branquiais eferentes, capilares branquiais e artérias branquiais eferentes. Dos arcos aórticos (ou das artérias branquiais eferentes), o sangue segue para a aorta dorsal. Daí, o sangue segue para a região anterior do corpo (e continua dentro da cabeça em extensões da aorta ventral, as carótidas) e para a região posterior do corpo, no interior de uma aorta dorsal única que irá distribuí-lo por meio de ramos. Os ramos que seguem para os membros chamam-se artérias subclávias. Os capilares dos tecidos se unem em vênulas e em veias que retornam ao coração. A veia vinda da região anterior chama-se veia cardinal anterior, e a veia vinda da região posterior é a veia cardinal posterior. Essas se unem na veia cardinal comum, que chega do coração.
Evolução dos Arcos Aórticos
Ciclostomados : aorta ventral longa; oito ou mais arcos aórticos. A aorta dorsal é única em lampréia e par em feiticeiras.
Chondrichthyes : segundo par de arcos aórticos permanece para servir à hemibrânquia do arco hióide. Logo, apresentam cinco pares de artérias branquiais aferentes. O arco aórtico um foi perdido.
Actinopterygii : segundo arco aórtico reduzido. Arcos de 3 a 6 permanecem desenvolvidos. Logo, restam quatro pares de artérias branquiais aferentes que servem às suas quatro holobrânquias.
- em peixes, as aortas dorsais pares dos peixes estendem-se para frente, por baixo do encéfalo como artérias carótidas.
Tetrapoda : perdem primeiro, segundo e quinto arcos aórticos. Há um sistema carotídico, derivado do terceiro arco aórtico e que é extensão das aortas dorsais pares, leva o sangue para a cabeça. O quarto arco aórtico é o arco sistêmico. Do sexto arco aórtico derivam as artérias pulmonares.
Anfíbios : quarto par de arcos aórticos são os arcos sistêmicos, que levam o sangue para a região posterior do corpo. Artérias pulmonares são um ramo do sexto par de arcos; uma ramificação da artéria pulmonar é a artéria cutânea.
Répteis : padrão básico de Tetrapoda se mantém com exceção de que o cone foi dividido em três, no lugar de dois canais : tronco pulmonar e troncos sistêmicos direito e esquerdo. Sistema carotídico associa-se apenas ao arco direito (isso é condição Amniota).
Aves : carótidas internas substituíram as carótidas comuns no longo pescoço. Quarto arco aórtico direito transforma-se no arco sistêmico. Do arco sistêmico remificam-se as artérias braquiocefálicas que originam as artérias carótida e subclávia.
Mamíferos : retém apenas o arco sistêmico esquerdo. Subclávia esquerda se origina do arco sistêmico esquerdo e a subclávia direita se origina do que restou do arco sistêmico direito. Carótidas surgem do tronco sistêmico esquerdo.
Evolução das Veias
Ciclostomados e Peixes : o coração recebe a veia cardinal comum (que é a união das veias cardinais anteriores e posteriores) dupla. A veia hepática entra no coração.
Tetrapoda : as veias cardinais são denominadas vaias jugulares que drenam toda a cabeça. Na confluência com o coração, as veias cardinais posteriores se reduzem e surgem as veias cavas posteriores; é nela que desemboca a veia hepática. As veias cardinais anteriores foram chamadas de veias cavas anteriores; as jugulares desembocam nessas veias. 
SISTEMA EXCRETOR
Os rins são originários do mesômero da mesoderme. São constituídos de numerosos túbulos renais.
Evolução dos rins
O rim mais primitivo é o holonefro, encontrado apenas em larvas de feiticeiras e de Gymnophiona. É um órgão que, especula-se, seja o rim ancestral dos vertebrados. Ele derivou de todo o mesômero e por isso era longo. É formado pelo pronefro e opistonefro. Agora, é necessário saber como esses rins se formam. No mesômero, os néfrons se formam da região anterior para a posterior do corpo. Os túbulos, à medida que se formam, vão se unindo em cada lado do corpo, formando o duto arquinéfrico.Cada segmento do mesômero forma um néfron (é, consequentemente, um túbulo). Os primeiros néfrons da região anterior do corpo (um à doze pares) se unem e formam o pronefro. Esse regride em maior ou menor grau, em todos os vertebrados, persistindo em larvas de peixes ósseos, dos anfíbios e das feiticeiras. Na região posterior, os demais néfrons formam o opistonefro.
Segundo Hildebrand (1995), um opistonefro formando um único rim é típico dos vertebrados amniotas (pronefro se degenera).
A partir do opistonefro, formam-se dois rins: o mesonefro (mediano) e o metanefro (mais posterior). O mesonefro ainda usa o duto arquinéfrico para eliminar suas excretas e ele persiste apenas nos fetos dos animais que retém o metanefro. O metanefro é o último a se desenvolver e é o rim típico dos amniota. Milhares de néfrons são formados por sucessivas gerações de brotamento. Por indução, desenvolve-se um uretér de cada duto arquinéfrico e se aproxima do metanefro em formação. Penetra no rim, e aí dentro se ramifica, formando os dutos coletores. O uretér substitui a função do duto arquinéfrico que, pelo desenvolvimento do sistema reprodutor, os testículos passam a usar esse duto para eliminar os espermatozóides. 
Relacionando os néfrons com o ambiente em que o animal vive, temos:
Em peixes de água doce e anfíbios que têm concentração maior do que o meio em que vivem, a água tende a entrar no corpo (pelas brânquias e pela pele). Logo, esses animais devem eliminar grandes quantidades de urina. Seus corpúsculos renais são grandes. O nitrogênio é eliminado do corpo pelas brânquias em forma de amônia (peixes, anfíbios na fase larval) ou pelos rins, na forma de ureta (anfíbios adultos).
Em peixes marinhos, a água tende a sair do corpo, já que o ambiente tem maior concentração salina. Então, devem excretar pouca urina e, consequentemente, possuem corpúsculos renais pequenos. O nitrogênio é eliminado como amônia. Porém, peixes cartilaginosos resolveram o problema retendo uréia em seus organismos e ficando com cencentração um pouco maior que o ambiente. O volume de urina é moderado, mas os corpúsculos renais são grandes. O excesso de uréia é excreta pelas brânquias e pelos rins.
Em amniotas, que vivem em ambientes secos, manter a água no corpo é essncial. Uréia é muito solúvel e é excretada com água. Répteis e aves possuem pouca água para eliminar urina diluída e seus ovos não têm meios para eliminarem uréia solúvel. Então, eles eliminam ácido úrico, composto nitrogenado pouco solúvel. Possuem, então, corpúsculos renais pequenos e pouco vascularizados. Já mamíferos excretam uréia, que é removida por grandes corpúsculos renais. Produzem filtrado diluído, mas o rim de mamíferos é o mais eficiente na reabsorção de água para o sangue. Apresentam as alças de Henle nos néfrons, que modificam a concentração do filtrado. Mamíferos eliminam urina mais concentrada do que o sangue.
SISTEMA REPRODUTOR
As gônadas se originam do mesômero. Depois que os opistonefros tiverem se diferenciado, aparecem as cristas genitais no mesômero, ao lado das cristas néfricas que as precedem. O epitélio germinativo forma os cordões sexuais primários. Muitas células próximas à base do saco vitelínico tirnam-se grandes e migram para dentro das cristas genitais. Essas são as células sexuais primitivas. O desenvolvimento é igual nos dois sexos até esse ponto. Surge o duto de Muller, que origina o oviduto em ambos os sexos. Em machos, os cordões primários passam a forar os tubos seminíferos e o tubo de Muller regride na fase terminal do desenvolvimento. Em fêmeas, os cordões sexuais primários degeneram e aparecem cordões sexuais secundários, que originam os ovários. Em machos não se formam cordões secundários. O mesonefro forma o epidídimo.
Evolução dos tubos urogenitais
Ciclostomados : apresentam os dutos arquinéfricos (usados para eliminação das excretas) e nenhum duto genital. Óvulos e espermatozóides são liberados dentro da cavidade celomática, de onde saem para dentro da cloaca.
Chondrichthyes : duto arquinéfrico usado para eliminar excretas e gametas.
Teleostei : os rins mantém o duto arquinéfrico para eliminação de excretas. O testículo possui um novo duto, o duto espermático para eliminar gametas.
Anfíbios : todos possuem dutos deferentes (ou dutos arquinéfricos) que podem, em algumas espécies, carregar só esperma e em outras, esperma e urina.
Amniotas : dutos arquinéfricos (deferentes) usados apenas para transportar espermas. Os rins usam os ureteres para conduzir as excretas.
Em fêmeas, os dutos arquinéfricos ou os ureteres eliminam as excretas. Os ovidutos são responsáveis por conduzirem os óvulos.
SISTEMA NERVOSO
Encéfalo
Na neurulação, o encéfalo em desenvolvimento expande-se em três regiões, formando as vesículas primárias : encéfalo anterior ou prosencéfalo, encéfalo médio ou mesencéfalo e encéfalo posterior ou rombencéfalo. Acredita-se que essa era a configuração do encéfalo ancestral dos vertebrados. No decorrer do desenvolvimento, o encéfalo é dividido ainda mais, formando as vesículas secundárias. A parte anterior do prosencéfalo torna-se o telencéfalo, pela expansão de suas paredes laterais. Cada expansão formará um hemisfério cerebral. A parte posterior do prosencéfalo forma o diencéfalo. O mesencéfalo permanece indiviso. O rombencéfalo forma um metencéfalo anterior (que origina o cerebelo) e o mielencéfalo posterior (ou bulbo ou medula oblonga).
Outra divisão do encéfalo pode ser : tronco encefálico (eixo central do encéfalo e é a mais semelhante à medula espinal. Parte do metencéfalo e todo dielencéfalo, mesencéfalo e mielencéfalo estão incluídos nessa região); cerebélo e ponte associados, se houver (principais derivados do metencéfalo no adulto e coordenam funções motoras); cérebro (derivado do telencéfalo nos adultos. Tendem a aumentar e coordenar funções complexas no decorrer da ontogenia).
Nervos cranianos
Cada nervo tende a ter um núcleo no tronco encefálico para cada tipo de fibra componente que carrega, mas não é assim que ocorre na natureza. Um núcleo pode servir a dois ou ais nervos cranianos; núcleos ancestrais podem ter se dividido, originando vários núcleos.
 - Nervo I : nervo especial, olfativo;
Nervo II : nervo especial;
Nervo III: motor somático;
Nervo IV : motor somático;
Nervo V : trigêmio ; núcleos no miencéfalo e mesencéfalo; misto;
Nervo VI : motor somático
Nervo VII: facial; núcleos variados; nervo misto;
Nervo VIII : auditivo, nervo especial;
Nervo IX : glossofaríngeo, nervo misto;
Nervo X : nervo misto, nervo vago.
Obs: Nervos mistos = nervo motor – sensorial visceral.
Diencéfalo
Porção dorsal : epitálamo; apresenta corpo pineal e pára-pineal que formam a glândula pineal.
Paredes laterias : cada uma delas chama-se tálamo.
Porção ventral : hipotálamo.
Cerebelo
Desenvolvimento da porção dorsal do metencéfalo.
agnatos e anfíbios : cerebelo pequeno e liso.
peixes e répteis : cerebelo também é liso, mas é proeminente.
Aves e mamíferos : é volumoso, lobulado e formas giros e sulcos. É corticalizado
Atua na coordenação motora e na manutenção do equilíbrio. Ele não inicia atividades motoras, mas processa aquelas iniciadas em outras regiões.
Ponte: porção ventral do metencéfalo. Aparece em mamíferos.
Cérebro (telencéfalo adulto)
No decorrer da evolução, ele aumentou de tamanho e de complexidade. Ele é dividido bilateralmente em dois hemisférios cerebrais, em cuja porção mais anterior de cada um encontra-se o bulbo olfativo, que recebe o nervo olfativo (nervo I).
O Córtex 
São reconhecidas três partes : paleocórtex, arquicórtex e neocórtex. Supunha-se que o paleocórtex e o arquicórtex fossem relacionados apenas à olfação e fossem as únicas partes do córtex dos peixes. Porém, parte do córtex dos peixes não tem função olfativa, mas sim, comanda comportamentos de manutenção do indivíduo. Assim, talvézo neocórtex também seja antigo, mas seus limites não são claros.
Em aves e répteis ( há um córtex delgado e o neocórtex está presente.
Em mamíferos ( paleocórtex e arquicórtex foram separados à medida que o neocórtex em evolução cresce entre eles. Na porção anterior, o paleocórtex inclui os traços olfativos. O paleocórtex é separado do neocórtex por uma fissura. O arquicórtex é empurrado pelo neocórtex até o topo do encéfalo (répteis, marsupiais, monotremados) ou sobre a parede medial do hemisfério (outros mamíferos). É o hipocampo (memória e relações espaciais). Mamíferos de grande e alguns de pequeno porte apresentam neocórtex convoluto.
Cérebro:
Anamniota : substância cinzenta interna no córtex.
Amniota : substância cinzenta externa no córtex.
Em mamíferos desenvolve-se o córtex visual primário, à medida que os lobos ópticos do mesencéfalo renunciam à maior parte de suas funções e está na região occipital.
Evolução do encéfalo
Ciclostomados : encéfalo primitivo, sendo especializado em alguns aspectos. Sua porção anterior é encurtada devido à boca terminal e à câmara nasal dorsal. Amplos bulbos olfativos. A delimitação entre corpo estriado, paleocórtex e arquicórtex é difícil. Lobos ópticos evidentes nas lampréias e reduzidos nas feiticeiras, que são cegas. Mielencéfalo é relativamente com grande plexo coróide posterior invertido. O cerebelo é rudimentar (lentos e parasitas).
Elasmobrânquios : encéfalo bem desenvolvido e grande. Os bulbos olfativos são grandes e bem separados. Os hemisférios cerebrais são unidos na porção mediana, compartilhando um ventrículo comum. Corpo estriado e áreas corticais (paleocórtex e arquicórtex) são bem estabelecidas. Lobos ópticos evidentes. O cerebelo é grande nas espécies ativas, com posição mediana.
Peixes ósseos : Dipnoi tem encéfalo semelhante ao dos elasmobrânquios, celacanto tem encéfalo intermediário e Actinopterygii tem encéfalo anterior único. Os hemisférios cerebrais de Actinopterygii evertem-se, sendo que seu lábio dorsal enrola-se para fora, de forma que o hemisfério torna-se côncavo externamente. Córtex e corpo estriado são contíguos e espessos (são fundidos). Lobos ópticos volumosos e conspícuos. Cerebelo liso e normalmente grande, mais maciço que nos Elasmobranchii. O cerebelo de Actinopterygii possui uma projeção anterior, a válvula que penetra no mesencéfalo. Mielencéfalo com vias relacionadas à gustação.
Anfíbios : encéfalo não-especializado. Hemisférios cerebrais mais separados do que em peixes, quase não compartilhando um ventrículo comum. Arquicórtex originou áreas hipocampais e paleocórtex, áreas piriformes. Corpo pineal bem desenvolvido em anuros. Lobos ópticos com dimensões moderadas (anuros) ou pequenas (urodelos). Cerebelo é rudimentar. Aparece primórdio de neocórtex.
Répteis : encéfalo estreito, alongado e quase reto. Bulbos olfativos menores do que os dos peixes. Cerebelo liso e grande , em função da expansão do corpo estriado e neocórtex associado. Substância cinzenta tornou-se externa. Lobos ópticos conspícuos, devido à boa visão. Mesencéfalo com ventrículo expandido, como anamniota. O cerebelo é rudimentar em serpentes. Os plexos coróideos são invertidos.
Aves : encéfalo relativamente curto e largo. Bulbos olfativos, em geral, menores que nos outros vertebrados. Hemisfério cerebral só é menor do que o de mamíferos, devido ao enorme desenvolvimento do neocórtex associado ao corpo estriado. Porções superficiais do córtex são delgadas e sem função. Lobos ópticos particularmente grandes e seu interior é dividido em camadas. Possuem conexões oriundas de todos os órgãos sensoriais e com o cérebro. Cerebelo só é menor que o de mamíferos, com circunvoluções densas. Associado ao acentuado desenvolvimento do cerebelo, está o aparecimento da ponte sob o tronco cefálico.
Mamíferos : bulbos olfativos podem ser imensos (como tatu) ou pequenos (como primatas). Corpo estriado bem desenvolvido, mas menor do que em répteis e aves. O amplo neocórtex é a marca registrada da classe. Ele domina todo o encéfalo, tanto estruturalmente como funcionalmente. Os hemisférios são lisos em mamíferos pequenos e convolutos na maioria dos mamíferos grandes. Surge o corpo caloso, que liga os dois hemisférios nos mamíferos Theria. Arquicórtex é representado pelo grande hipocampo. Mesencéfalo reduzido a quatro colículos, que são os lobos ópticos, agora pequenos, devido ao neocórtex (telencéfalo) ter adotado grande parte de suas funções. Mesencéfalo não tem ventrículo. Cerebelo grande e muito convoluto. Presença de ponte proeminente. Paleocórtex muito pequeno e em sua porção anterior estão os bulbos olfativos.

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