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Sífilis na gestação e fatores associados à sífilis congênita em Belo Horizonte MG, 2010 2013

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681 
Syphilis in pregnancy and factors associated with congenital 
syphilis in Belo Horizonte-MG, Brazil, 2010-2013
Artigo 
originAl Sífilis na gestação e fatores associados à sífilis 
congênita em Belo Horizonte-MG, 2010-2013
Endereço para correspondência: 
Solange Maria Nonato – Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte, Gerência de Vigilância em Saúde, Av. Afonso Pena, no 
2336, 9º andar, Funcionários, Belo Horizonte-MG, Brasil. CEP: 30130-007 
E-mail: solanato@gmail.com
Resumo
Objetivo:estimar incidência e fatores associados à sífilis congênita em conceptos de gestantes com sífilis atendidas nas 
unidades básicas de saúde de Belo Horizonte-MG, Brasil. Métodos: estudo de coorte histórica, entre novembro/2010 e 
setembro/2013; dados obtidos dos prontuários eletrônicos; foram calculados riscos relativos (RR) e intervalos de confiança 
de 95% (IC
95%
). Resultados: incluiu-se 353 gestantes com sífilis; a incidência acumulada de sífilis congênita foi de 33,4%; 
mostraram-se como fatores associados idade materna <20 anos (RR=1,44; IC
95%
 1,05;1,99), baixa escolaridade (RR=1,64; 
IC
95%
 1,02;2,62), início tardio do pré-natal (RR=1,65; IC
95% 
1,21;2,27), consultas de pré-natal <6 (RR=1,37; IC
95%
 1,02;1,84), 
não realização do teste não treponêmico (Venereal Disease Research Laboratory [VDRL]) no primeiro trimestre (RR=1,68; 
IC
95%
 1,21;2,32), título do primeiro (RR=2,86; IC
95%
 1,85;4,41) e último VDRL ≥1:8 (RR=2,35; IC
95%
 1,62;3,42).Conclusões: 
a incidência de sífilis congênita sugere falhas na assistência pré-natal e indica serem necessárias novas estratégias para reduzir 
a transmissão vertical da doença.
Palavras-chave: Sífilis Congênita; Gravidez; Cuidado Pré-natal; Fatores de Risco; Estudos de Coortes.
Abstract
Objective: to estimate congenital syphilis (CS) incidence and associated factors in conceptae of pregnant women 
with syphilis attending primary health care centers in Belo Horizonte-MG, Brazil. Methods: retrospective cohort study 
of the period November/2010 to September/2013; data was obtained from electronic medical records; relative risk (RR) 
and 95% confidence intervals (95%CI) were calculated. Results: 353 pregnant women with syphilis were included in 
the study; cumulative CS incidence was 33.4%; statistically associated factors were maternal age <20 years (RR=1.44; 
95%CI: 1.05;1.99), low schooling (RR=1.64; 95%CI: 1.02;2.62), late starting of prenatal care (RR=1.65; 95%CI: 1.21;2.27), 
having less than six prenatal checkups (RR=1.37; 95%CI: 1.02;1.84), not having nontreponemal test (Venereal Disease 
Research Laboratory [VDRL]) in the first quarter (RR=1.68; 95%CI: 1.21;2.32), titer of the first (RR=2.86; 95%CI: 
1.85;4.41) and last VDRL test ≥1:8 (RR=2.35; 95%CI: 1.62;3.42). Conclusions: congenital syphilis incidence suggests 
failures in prenatal care and indicates the need for new strategies to reduce vertical transmission of the disease.
Key words: Syphilis, Congenital; Pregnancy; Prenatal Care; Risk Factors; Cohort Studies.
doi: 10.5123/S1679-49742015000400010
Epidemiol. Serv. Saúde, Brasília, 24(4):681-694, out-dez 2015
Solange Maria Nonato1
Ana Paula Souto Melo2
Mark Drew Crosland Guimarães3
1Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte, Gerência de Vigilância em Saúde, Belo Horizonte-MG, Brasil
2Universidade Federal de São João Del-Rei, Faculdade de Medicina, Divinópolis-MG, Brasil 
3Universidade Federal de Minas Gerais, Faculdade de Medicina, Belo Horizonte-MG, Brasil 
682
Sífilis na gestação em Belo Horizonte 
Introdução
A sífilis congênita é uma doença prevenível, desde que 
a gestante infectada seja diagnosticada e prontamente 
tratada, assim como seu(s) parceiro(s) sexual(is), 
sendo sua ocorrência indicativa de falhas na assistência 
pré-natal.1 A triagem sorológica no pré-natal é uma 
medida eficaz e o tratamento com penicilina é efetivo, 
barato e facilmente disponível.2
No mundo, cerca de 2 milhões de gestantes são 
infectadas pela sífilis a cada ano. A maioria das ges-
tantes não realiza o teste para sífilis, e as que o fazem 
não são tratadas adequadamente ou sequer recebem 
tratamento.3 Aproximadamente 50% das gestantes não 
tratadas ou inadequadamente tratadas podem transmitir 
a doença ao concepto, levando a resultados adversos 
como morte fetal, morte neonatal, prematuridade, baixo 
peso ao nascer ou infecção congênita.3
A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) es-
tima que na América Latina e Caribe, 330.000 gestantes 
soropositivas para sífilis não recebam o tratamento 
para a doença durante as consultas de pré-natal a cada 
ano, e que dois terços dos casos de sífilis em gestantes 
resultem em sífilis congênita. Nos países da região, a 
cobertura do diagnóstico da sífilis nas gestantes que 
realizaram o pré-natal no ano de 2010 foi de apenas 
61%. Coberturas de diagnóstico mais elevadas foram 
observadas nos países do Caribe (82%) e do Cone Sul 
(76%), incluído o Brasil. Já a prevalência estimada 
da sífilis entre gestantes apresentou variações entre 
os países, de 0,03%, em Cuba, a 4,7%, no Haiti.4 No 
Brasil, estudo de base hospitalar, realizado entre 2011 
e 2012, estimou uma prevalência de sífilis na gestação 
de 1,02% e uma cobertura de testagem para sífilis 
durante a assistência pré-natal de 89,1%.5
A Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu 
a eliminação da sífilis congênita como prioritária, e 
adotou como meta a redução da incidência da doença 
a 0,5 ou menos casos por 1000 nascidos vivos até o 
ano de 2015.6
O principal fator responsável pela elevada incidência 
da sífilis congênita em todo o mundo é a assistência 
pré-natal inadequada. Outros estudos também asso-
ciam a doença a pobreza, infecção pelo HIV, abuso de 
drogas e subutilização do sistema de saúde.7 Os fatores 
de risco individuais incluem gestantes adolescentes, 
raça/cor não branca, baixa escolaridade, história de 
doenças sexualmente transmissíveis (DST), história 
de sífilis em gestações anteriores, múltiplos parceiros 
e baixa renda.7 Além da garantia do acesso ao serviço 
de saúde, a qualidade da assistência pré-natal e no 
momento do parto é determinante para a redução da 
incidência de sífilis congênita.8
Em Belo Horizonte, capital do estado de Minas Ge-
rais, embora tenha-se observado melhoria no acesso 
ao atendimento pré-natal, ampliação das equipes da 
Estratégia Saúde da Família (ESF) e agilidade dos 
profissionais na obtenção dos resultados do teste não 
treponêmico (Venereal Disease Research Laboratory 
[VDRL]), houve aumento no número de casos de sífilis 
congênita. Entre 2001 e 2013, foram registrados 809 
casos de sífilis congênita em Belo Horizonte,9 com a 
incidência variando de 0,6 (2001) a 5,4 casos por 
1000 nascidos vivos (2013), índice este dez vezes su-
perior à meta de eliminação definida pela OMS. Assim, 
apesar dos esforços e da prioridade preconizada pelas 
políticas de Saúde Pública existentes, evidencia-se no 
país, e em Belo Horizonte particularmente, o insucesso 
no propósito estabelecido de redução da ocorrência 
da sífilis congênita.
No Brasil, tem-se publicado muitos estudos sobre 
o tema. Poucos deles avaliaram as gestantes, desde a 
realização do teste sorológico positivo para sífilis du-
rante a assistência pré-natal até o término da gestação, 
para verificar a ocorrência de sífilis congênita e seus 
potenciais determinantes.1 
O objetivo deste trabalho foi estimar a incidência 
e fatores associados à sífilis congênita em conceptos 
de gestantes com diagnóstico de sífilis, atendidas nas 
unidades básicas de saúde (UBS) do município de 
Belo Horizonte. 
Métodos
Trata-se de um estudo de coorte histórica. Foram 
incluídas as gestantes que realizaram o pré-natal nas 
UBS da Secretaria Municipal de Saúde de Belo Hori-
zonte (SMSA/BH) e que apresentaram o primeiro teste 
sorológico positivopara sífilis entre julho de 2011 e 
O principal fator responsável pela 
elevada incidência da sífilis congênita 
em todo o mundo é a assistência pré-
natal inadequada.
Epidemiol. Serv. Saúde, Brasília, 24(4):681-694, out-dez 2015
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Solange Maria Nonato e colaboradores
dezembro de 2012. Retrospectivamente, essas gestantes 
foram acompanhadas até o término da gestação, entre 
novembro de 2010 a setembro de 2013, para determi-
nação do desfecho de interesse, i.e., casos incidentes 
de sífilis congênita. 
Foram utilizados dados do Sistema de Saúde em Rede 
da SMSA/BH (Sisrede). Este sistema compreende um 
ambiente informacional que integra vários módulos: 
prontuário eletrônico; cadastro dos usuários; cadastro 
das unidades de saúde e dos profissionais; agenda; 
farmácia; coleta de material biológico integrada ao 
Sistema de Laboratórios de Patologia Clínica (SLPC); 
e outros.10,11 O Sistema de Acompanhamento do Pro-
grama de Humanização no Pré-Natal e Nascimento 
(Sisprenatal), coordenado pelo Ministério da Saúde, 
é alimentado pelas informações do Sisrede, sendo o 
prontuário eletrônico da paciente seu eixo norteador. 
No período do estudo, de 2010 a 2013, Belo Horizonte 
dispunha de 147 unidades básicas de saúde e cinco la-
boratórios, contando com uma rede de postos de coletas 
localizados dentro das UBS. Nesses anos, houve aumento 
do número de equipes da ESF e sua cobertura expandiu-se 
de 79,02% em 2010 para 83,08% em 2013.12,13 No mesmo 
período, foram cadastradas para o pré-natal, em média, 
18 mil gestantes – 40% delas residentes em outros muni-
cípios –, e realizados cerca de 52 mil partos por ano.13,14
As gestantes com sorologia positiva para sífilis foram 
selecionadas a partir do SLPC, que centraliza os dados 
dos quatro laboratórios distritais do município. De um 
universo de 22.720 gestantes cadastradas no Sisrede e 
atendidas no pré-natal, foram selecionadas, inicialmente, 
835 gestantes com VDRL reativo (com qualquer titulação) 
que realizaram o exame no período de julho de 2011 a 
dezembro de 2012 (a partir do SLPC). Quando a gestante 
tivesse mais de um exame VDRL realizado, considerava-se 
o resultado do primeiro exame positivo. Assim, foram 
incluídas no estudo gestantes que atenderam a pelo 
menos um dos seguintes critérios: (i) VDRL reativo com 
titulação ≥1:8; (ii) VDRL reativo, com qualquer titulação, 
confirmado mediante teste treponêmico positivo (teste 
de hemaglutinação do Treponema pallidum [TPHA]; 
ou fluorescent treponemal antibody absorption [FTA-
-Abs]); e (iii) VDRL reativo com qualquer titulação e 
com teste treponêmico com resultado ignorado ou não 
realizado. Foram excluídas do estudo gestantes com 
resultados múltiplos, mulheres com outras condições 
diagnósticas ou não compatíveis com gestação (e.g., 
gravidez ectópica e mola hidantiforme) e casos não 
confirmados de sífilis na gestação segundo protocolo 
da SMSA/BH15 (Figura 1).
O desfecho do estudo foi a ocorrência de sífilis 
congênita no concepto, cuja definição adotada foi a 
vigente à época da coleta de dados, de acordo com a 
recomendação do Ministério da Saúde: 
[...] Toda criança, aborto ou natimorto de mãe 
com evidência clínica de sífilis e/ou com sorologia 
não treponêmica reagente para sífilis com qualquer 
titulação, na ausência de teste confirmatório tre-
ponêmico, realizada no pré-natal, no momento do 
parto ou curetagem, que não tenham sido tratados 
ou recebido tratamento inadequado.16 
A busca dos casos incidentes de sífilis congênita 
foi realizada a partir das notificações no Sistema de 
Informação de Agravos de Notificação (Sinan) entre 
julho de 2011 (início da seleção das gestantes com 
sífilis) e setembro de 2013 (término da seleção das 
gestantes com sífilis acrescido do período máximo de 
gestação de nove meses).
As variáveis dependentes e demais variáveis de interesse 
foram obtidas do prontuário eletrônico das gestantes, 
entre novembro de 2010 (nove meses anteriores ao 
início da seleção das gestantes com sífilis) e setembro 
de 2013 (término da seleção das gestantes com sífilis 
acrescido do período máximo de gestação de nove 
meses). Elaborou-se um formulário padronizado para 
a coleta dos dados, previamente testado. 
As variáveis estudadas foram assim caracterizadas: 
a) sociodemográficas 
- idade, em anos (<20; ≥20)
- escolaridade, em anos de estudo (≤8; >8)
- raça/cor (não branca; branca);
- situação conjugal (vive só ou com familiares; convive 
com companheiro);
- ocupação (doméstica [do lar]; outra)
- trajetória de rua (sim/não)
- índice de vulnerabilidade da saúde (IVS: elevado e 
muito elevado risco; baixo e médio risco)
b) comportamentais 
- uso de drogas ilícitas (maconha, crack ou cocaína: 
sim/não)
- informação sobre infecções sexualmente transmis-
síveis (IST), exceto sífilis (sim/não)
c) antecedentes obstétricos 
- número de gestações prévias, nascidos vivos prévios, 
abortos prévios e natimortos (≥1; 0)
- história anterior de sífilis (sim/não) 
Epidemiol. Serv. Saúde, Brasília, 24(4):681-694, out-dez 2015
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Sífilis na gestação em Belo Horizonte 
d) assistência pré-natal 
- trimestre de início do pré-natal (primeiro trimestre 
[até 12 semanas de gestação]; segundo trimestre 
[13 a 27 semanas de gestação]; terceiro trimestre 
[≥28 semanas de gestação]) 
- número de consultas de pré-natal (<6; ≥6)
- profissional que realizou a primeira consulta de 
pré-natal (enfermeiro; ginecologista; generalista; 
clínico)
- trimestre de realização do primeiro VDRL (primeiro 
trimestre [até 12 semanas de gestação); segundo 
trimestre [13 a 27 semanas de gestação]; terceiro 
trimestre [≥28 semanas de gestação]) 
- resultado do primeiro VDRL (reativo/não reativo)
- titulo do primeiro VDRL (<1:8; ≥1:8) 
- título do último VDRL realizado no pré-natal (de 
gestantes com mais de um exame) (<1:8; ≥1:8)
e) esquema de tratamento da gestante e do parceiro 
- prescrição e/ou dispensação de penicilina G benzatina 
para a gestante e seu parceiro (2,4 milhões – 1, 2 
ou 3 semanas – ou dose ignorada; outro tratamento 
[não especificado]; sem informação) 
f) desfecho da gestação 
- nascido a termo 
- nascido pré-termo
- natimorto
g) fonte de notificação dos casos de sífilis na gestação 
- UBS
- hospitais 
- casos não notificados 
O índice de vulnerabilidade da saúde – IVS – é uma 
combinação de diferentes variáveis socioeconômicas e 
de ambiente em um único indicador. O IVS traduz as 
desigualdades interurbanas e expressa a vulnerabilida-
de social de uma população mediante uma escala de 
classificação, qual seja: baixo, médio, elevado e muito 
elevado risco para a saúde.17 A primeira consulta de 
pré-natal foi considerada precoce se ocorreu até a 12ª 
Epidemiol. Serv. Saúde, Brasília, 24(4):681-694, out-dez 2015
a) VDRL: Venereal Disease Research Laboratory 
Fontes: Sistema de Laboratório de Patologia Clínica de Belo Horizonte (Sisrede/BH) e Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan)/Ministério da Saúde, Secretaria Municipal de Saúde de 
Belo Horizonte (SMSA/BH).
Figura 1 – Fluxograma da seleção de gestantes com sífilis
Gestantes atendidas no pré-natal e que realizaram o teste 
treponêmico (VDRL a) entre julho de 2011 e dezembro de 
2012 (n=22.720)
Resultados de VDRL reativo 
(n=835)
Gestantes c/ VDRL reativo 
(n=526)
Gestantes c/ VDRL reativo 
(n=490)
Gestantes com sífilis para acompanhamento no 
período de novembro de 2010 a setembro de 2013 
(n=353) 
Desfecho:
sífilis congênita
(n=118)
Casos de sífilis congênita 
notificados no Sinan entre
julho de 2011 e setembro de 2013
Excluídos casos que não preencheram critérios 
de definição de caso: n=137
Excluídas gestantes com outros diagnósticos, 
como gravidez ectópica e mola hidantiforme, 
entre outros; n=36
Excluídos resultados de VDRL múltiplosda 
mesma gestante- n= 309
685 
semana de gestação. Quanto à variável ‘prescrição e/ou 
dispensação de penicilina G benzatina’, não foi possível 
verificar se o tratamento foi realizado, considerou-se 
a prescrição de pelo menos uma dose da penicilina G 
benzatina à gestante e seu parceiro. 
Para o relacionamento probabilístico entre os 
bancos de dados das gestantes com sífilis e o banco do 
Sinan, utilizou-se o programa Link Plus versão beta.18 
Inicialmente, o banco de dados foi qualificado com a 
informação do número da notificação do Sinan, levantada 
por busca nominal. Posteriormente, utilizou-se o Link 
Plus pelo método exato (determinístico), adotando-se 
como variável-chave o número da notificação para 
identificação dos casos de gestantes com sífilis e dos 
casos de sífilis congênita. Para auxiliar na identificação 
correta dos casos, utilizou-se o nome da gestante, data 
de nascimento, município ou distrito de residência. 
A análise descritiva partiu da distribuição de fre-
quência das variáveis selecionadas, cálculo de média, 
desvio-padrão e proporções, para avaliar o perfil das 
gestantes com sífilis e dos casos incidentes de sífilis 
congênita. A incidência acumulada de sífilis congênita 
foi estimada dividindo-se o número de casos de sífilis 
congênita pelo total de gestantes que realizaram o 
pré-natal nas UBS e tiveram o diagnóstico de sífilis 
confirmado laboratorialmente. A proporção de gestantes 
com sífilis foi determinada pelo número de gestantes 
com sífilis confirmada laboratorialmente, dividido 
pelo total de gestantes acompanhadas no pré-natal e 
que realizaram a sorologia não treponêmica (VDRL) 
para sífilis. 
Estimou-se a incidência acumulada de sífilis congênita 
entre gestantes expostas e não expostas, de acordo com 
as categorias das variáveis explicativas. A magnitude 
das associações entre as variáveis independentes – 
sociodemográficas; comportamentais; antecedentes 
obstétricos – e o desfecho – i.e., ‘ocorrência de sífilis 
congênita no concepto’ – foi estimada pelo risco 
relativo, com intervalo de 95% de confiança (IC
95%
). 
As diferenças de proporções foram avaliadas pelo 
teste de qui-quadrado de Pearson e pelo teste exato 
de Fisher, quando indicado. Para todas as análises, 
o nível de significância considerado foi de 0,05. Os 
dados foram armazenados pelo aplicativo Epi Info 
versão 3.5.4 e analisados pelo Stata/SE versão 12.0. 
O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em 
Pesquisa da Secretaria Municipal de Saúde de Belo 
Horizonte (CEP-SMSA/BH): Parecer nº 498.321.
Resultados
Entre as 835 gestantes com VDRL reativo sele-
cionadas para participar do estudo, 309 (37,0%) 
foram excluídas devido a duplicidade, 36 (4,3%) 
por outras condições diagnósticas e 137 (16,4%) 
por não preencherem o critério de definição de 
caso, totalizando 353 (42,3%) gestantes incluídas 
nas análises (Figura 1). A proporção de gestantes 
com diagnóstico de sífilis foi de 1,6%; e a incidência 
acumulada de sífilis congênita, de 33,4%.
A idade mediana das gestantes foi de 25 anos (am-
plitude: 14 a 48), com predomínio daquelas com 20 
a 29 anos (51,6%). Mais da metade delas (72,9%) 
declararam-se de raça/cor não branca, com escolari-
dade ≤8 anos de estudo (74,1%), vivendo só ou com 
familiares (69,5%) e dedicadas a alguma ocupação 
(68,6%). Cerca de 2% das mulheres analisadas eram 
moradoras de rua ou tiveram trajetória de rua; e 56,0% 
residiam em área de elevado ou muito elevado risco 
de vulnerabilidade da saúde (IVS), no momento do 
parto (Tabela 1). 
Em relação aos antecedentes obstétricos, a maioria das 
gestantes (77,8%) tinha história de gestações anteriores, 
72,2% contavam um ou mais filhos vivos – média de 
dois filhos por gestante –, quase um terço delas tinha 
história anterior de sífilis e 31,7% referiam resultados 
adversos (aborto ou natimorto) de gestações anteriores 
(Tabela 1). Mais da metade das gestantes acompanhadas 
(51,6%) iniciou o pré-natal após o primeiro trimestre; 
e 65,2% realizaram 6 ou mais consultas – média de 7,1 
consultas (DP=3,1). Entre as mulheres que iniciaram 
o pré-natal tardiamente (segundo ou terceiro trimestre 
da gestação), 48,6% realizaram menos de 6 consultas 
e, para 63,8% das gestantes, a primeira consulta foi 
realizada por profissional enfermeiro. 
O primeiro exame de VDRL foi tardio para 56,6% 
das gestantes; destas, 67,2% apresentaram titulação do 
teste ≥1:8. Chama a atenção o primeiro resultado de 
VDRL não reativo para 7,1% das gestantes analisadas, 
indicando provável infecção durante a gestação. Entre 
aquelas que realizaram mais de um VDRL, a maioria 
(54,9%) manteve títulos elevados (≥1:8) no último 
exame realizado durante o pré-natal. A média de exames 
de VDRL realizados no decorrer do pré-natal foi de 2,4 
(DP=1,3). Das 71,7% gestantes que realizaram mais 
de um exame, apenas 5,9% repetiram-no durante o 
terceiro trimestre da gestação.
Epidemiol. Serv. Saúde, Brasília, 24(4):681-694, out-dez 2015
Solange Maria Nonato e colaboradores
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Tabela 1 – Características sociodemográficas, de comportamento de risco e da assistência pré-natal atual de 
gestantes com sífilis atendidas nas unidades básicas de saúde do município de Belo Horizonte, Minas 
Gerais, novembro de 2010 a setembro de 2013
Características N (353) a %
Sociodemográficas 
Idade (em anos)
<20 65 18,4
≥20 288 81,6
Escolaridade (em anos de estudo)
≤8 212 74,1
>8 74 25,9
Cor
Não branca 218 72,9
Branca 81 27,1
Situação conjugal
Vive só ou com familiares 198 69,5
Convive com companheiro 87 30,5
Ocupação
Doméstica (do lar) 59 31,4
Outra 129 68,6
Trajetória de rua
Sim 8 2,3
Não 345 97,7
Índice de vulnerabilidade da saúde (IVS)
Elevado e muito elevado risco 164 56,0
Baixo e médio risco 129 44,0
Comportamentais
Uso de drogas ilícitas (maconha, crack ou cocaína)
Sim 31 8,8
Não 322 91,2
Informação sobre infecções sexualmente transmissíveis (IST b), exceto sífilis
Sim 6 1,7
Não 347 98,3
Antecedentes obstétricos
Número de gestações prévias
≥1 235 77,8
0 67 22,2
Número de nascidos vivos prévios
≥1 218 72,2
0 84 27,8
Número de abortos prévios
≥1 81 26,7
0 222 73,3
Número de natimortos
≥1 15 5,0
0 287 95,0
História anterior de sífilis
Sim 96 27,2
Não 257 72,8
Continua
Epidemiol. Serv. Saúde, Brasília, 24(4):681-694, out-dez 2015
Sífilis na gestação em Belo Horizonte 
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Tabela 1 – Continuação
Características N (353) a %
Assistência pré-natal 
Trimestre de início do pré-natal
Primeiro 168 48,4
Segundo 156 45,0
Terceiro 23 6,6
Número de consultas de pré-natal
<6 121 34,8
≥6 227 65,2
Profissional que realizou a primeira consulta de pré-natal
Enfermeiro 111 63,8
Ginecologia 34 19,5
Generalista 28 16,1
Clínico 1 0,6
Trimestre de realização do primeiro VDRL b
Primeiro 152 43,4
Segundo 160 45,7
Terceiro 38 10,9
Resultado do primeiro VDRL b
Reativo 328 92,9
Não reativo 25 7,1
Título do primeiro VDRL b
≥1:8 197 60,1
<1:8 131 39,9
Título do último VDRL b no pré-natal (de gestantes com mais de um exame)
≥1:8 139 54,9
<1:8 114 45,1
Esquema de tratamento da gestante e do parceiro
Prescrição e/ou dispensação de penicilina G benzatina para a gestante
Bzt 2,4 milhões (1 semana) 38 10,8
Bzt 2,4 milhões (2 semanas) 64 18,1
Bzt 2,4 milhões (3 semanas) 137 38,8
Bzt 2,4 milhões (dose ignorada) 13 3,7
Outro tratamento (não especificado) 2 0,6
Sem informação 99 28,0
Prescrição e/ou dispensação de penicilina G benzatina para o parceiro
Bzt 2,4 milhões (1 semana) 12 3,4
Bzt 2,4 milhões (2 semanas) 11 3,1
Bzt 2,4 milhões (3 semanas) 37 10,5
Bzt 2,4 milhões (dose ignorada) 7 2,0
Sem informação 286 81,0
Desfecho da gestação
Nascido a termo 96 82,1
Nascido pré-termo 17 14,5
Natimorto 4 3,4
Desfecho da gestação
Unidades básicas de saúde (UBS) 158 44,8
Hospitais 76 21,5
Casosnão notificados 119 33,7
a) Os totais variam devido à exclusão de dados ignorados (missing)
b) VDRL: Venereal Disease Research Laboratory 
Epidemiol. Serv. Saúde, Brasília, 24(4):681-694, out-dez 2015
Solange Maria Nonato e colaboradores
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Para a maioria (81,1%) dos casos de sífilis con-
gênita, as gestantes apresentaram títulos de VDRL 
mais elevados (≥1:8). Mais de dois terços das ges-
tantes (71,4%) e tão-somente 19,0% dos parceiros 
receberam prescrição de pelo menos uma dose da 
penicilina G benzatina, enquanto 19,0% tiveram pres-
crição concomitante – para gestante e parceiro – do 
medicamento (Tabela 1). Apenas 44,8% das gestantes 
com sífilis foram notificadas pela UBS, estimando-se 
uma subnotificação de 55,2% (Tabela 1).
Na análise bivariável, as variáveis que se mos-
traram associadas (p<0,05) com a ocorrência de 
sífilis congênita foram: idade materna <20 anos 
(RR=1,44; IC
95%
 1,05;1,99); escolaridade ≤8 anos 
de estudo (RR=1,64; IC
95%
 1,02;2,62); início tardio 
do pré-natal (RR=1,65; IC
95%
 1,21;2,27); menos de 
6 consultas de pré-natal (RR=1,37; IC
95%
 1,02;1,84); 
e não ter realizado o VDRL no primeiro trimestre 
(RR=1,68; IC
95%
 1,21;2,32). É mister destacar que os 
altos títulos (≥1:8) de VDRL – no primeiro (RR=2,86; 
IC
95%
 1,85;4,41) e no último teste (RR=2,35; IC
95%
 
1,62;3,42) – implicaram elevados riscos para ocor-
rência de sífilis congênita nessa população. Também 
estiveram associados à ocorrência de sífilis congênita, 
embora de forma negativa, gestantes com história de 
uma ou mais gestações (RR=0,69; IC
95%
 0,49;0,98) 
e com abortos prévios (RR=0,64; IC
95%
 0,42;0,99) 
(Tabela 2). 
Discussão
A incidência acumulada de sífilis congênita en-
contrada neste estudo foi alta, correspondendo a 
um terço dos conceptos das gestantes diagnosticadas 
com sífilis. O resultado foi similar ao encontrado por 
Domingues e colaboradores1 para o município do 
Rio de Janeiro, entre 2007 e 2008, ao estimar uma 
taxa de transmissão vertical de 34,8%,1 e superior à 
incidência estimada para o Brasil (25%)19 no estudo 
de prevalência de sífilis em parturientes realizado 
no ano de 2004.
Os fatores associados à ocorrência da sífilis con-
gênita entre as gestantes estudadas foram a idade 
materna menor de 20 anos, baixa escolaridade, 
início tardio do pré-natal e ter realizado menos de 
seis consultas, não realização do VDRL e título do 
primeiro e último VDRL igual ou superior a 1:8. 
Gravidez indesejada e na adolescência, além de 
condições de vida desfavoráveis, contribuem para 
o início tardio do pré-natal. Metade das gestantes 
estudadas residiam em áreas de elevado e muito 
elevado risco para sua saúde, e um terço delas já 
tinham antecedentes de sífilis. A captação precoce 
e a adesão da gestante ao pré-natal, assim como 
uma assistência de qualidade, dão oportunidade à 
gestante de receber informações e orientações que 
lhe permitam prevenir uma gravidez não planejada e 
proteger-se de infecções sexualmente transmissíveis. 
A proporção de gestantes com sífilis encontrada 
foi de 1,6%, semelhante à revelada por pesquisa em 
maternidades cadastradas pelo Programa Nacional 
de DST/Aids em 1999-2000 (1,7%),7 e menor que 
a observada por Domingues e cols. (1,9%).1 Estu-
do mais recente, de alcance nacional e sobre base 
hospitalar, realizado no período de 2011 a 2012, 
estimou uma prevalência menor de gestantes com 
sífilis (1,02%), apresentando variações entre as 
macrorregiões: de 0,76% na região Norte a 1,1% 
na região Sul.5 
Cabe lembrar que neste estudo, todas as estimativas 
foram calculadas para as gestantes cadastradas no 
pré-natal nas UBS de Belo Horizonte e que realizaram 
pelo menos um teste VDRL, podendo estar subestimadas 
para a população de gestantes do município: muitas 
gestantes são cadastradas mas não retornam às uni-
dades de saúde para realização de exames e, por não 
aderirem ao pré-natal, são diagnosticadas apenas no 
momento do parto. 
Entre as características sociodemográficas das 
gestantes com sífilis, a idade menor de 20 anos e a 
escolaridade igual ou inferior a oito anos de estudo 
estiveram – significativamente – associadas com 
o desfecho, i.e., ocorrência de sífilis congênita no 
concepto. Resultados semelhantes foram encontrados 
em diferentes trabalhos.7 Domingues e cols.5 relata-
ram que mulheres com baixa escolaridade e pretas 
ou pardas apresentaram uma prevalência maior de 
sífilis na gestação. A baixa escolaridade está relacio-
nada ao menor acesso à informação, a um limitado 
entendimento da importância dos cuidados com a 
saúde e, principalmente, às medidas de prevenção 
da infecção. 
No que se refere aos antecedentes de gestação e 
aborto, encontrou-se uma associação negativa entre 
gestantes com mais de uma gestação e aborto(s) prévio(s) 
e a ocorrência de sífilis congênita. Semelhantemente, 
Epidemiol. Serv. Saúde, Brasília, 24(4):681-694, out-dez 2015
Sífilis na gestação em Belo Horizonte 
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 Tabela 2 – Análise bivariável dos fatores associados à ocorrência de sífilis congênita no município de Belo 
Horizonte, Minas Gerais, novembro de 2010 a setembro de 2013
Características
Total Sífilis congênita RR b
(IC
95%
 c) Valor de p 
d
N a n a Incidência (%)
Sociodemográficas 
Idade (em anos)
<20 65 29 44,6 1,44 (1,05;1,99) 0,025*
≥20 288 89 30,9 1
Escolaridade (em anos de estudo)
≤8 212 75 35,4 1,64 (1,02;2,62) 0,040*
>8 74 16 21,6 1
Cor
Não branca 218 76 34,9 1,09 (0,75;1,56) 0,657
Branca 81 26 32,1 1
Situação conjugal
Vive só ou com familiares 198 68 34,3 1,36 (0,90;2,05) 0,143
Convive com companheiro 87 22 25,3 1
Ocupação
Doméstica (do lar) 59 19 32,2 0,94 (0,61;1,47) 0,798
Outra ocupação 129 44 34,1 1
Índice de vulnerabilidade da saúde (IVS)
Elevado e muito elevado risco 164 65 39,6 1,31 (0,95;1,81) 0,100
Baixo e médio risco 129 39 30,2 1
Comportamentais
Uso de drogas ilícitas (maconha, crack ou cocaína)
Sim 31 11 35,5 1,07 (0,65;1,76) 0,797
Não 322 107 33,2 1
Consumo de álcool
Sim 14 7 50 1,53 (0,88;2,64) 0,128
Não 339 111 32,7 1
Tabagismo
Sim 82 34 41,5 1,34 (0,98;1,82) 0,068
Não 271 84 30,9 1
Antecedentes obstétricos
Número de gestações prévias
≥1 235 71 30,2 0,69 (0,49;0,98) 0,036*
0 67 29 43,3 1
Número de nascidos vivos prévios
≥1 218 68 31,2 0,82 (0,58;1,14) 0,244
0 84 32 38,1 1
Número de abortos prévios
≥1 81 19 23,5 0,64 (0,42;0,99) 0,044*
0 222 81 36,5 1
Número de natimortos
≥1 15 4 26,7 0,79 (0,34;1,87) 0,603
0 287 96 33,5 1
História anterior de sífilis 
Sim 96 25 26 0,72(0,49;1,05) 0,085
Não 257 93 36,2 1
Continua
Epidemiol. Serv. Saúde, Brasília, 24(4):681-694, out-dez 2015
Solange Maria Nonato e colaboradores
690
 Tabela 2 – Continuação
Características
Total Sífilis congênita RR b
(IC
95%
 c) Valor de p 
d
N a n a Incidência (%)
Gravidez atual
Início tardio do pré-natal
Sim 179 74 41,3 1,65 (1,21;2,27) 0,002*
Não 169 42 24,9 1
Número de consultas de pré-natal
<6 121 49 40,5 1,37 (1,02;1,84) 0,036*
≥6 227 67 29,5 1
VDRL e no 1º trimestre
Sim 152 37 24,3 1
Não 198 81 40,9 1,68 (1,21;2,32) 0,002*
Título do primeiro VDRL e
<1:8 131 20 15,3 1
≥1:8 197 86 43,7 2,86 (1,85;4,41) <0,001*
Título do último VDRL e no pré-natal (de gestantes com mais de um exame)
<1:8 114 56 49,1 1
≥1:8 139 29 20,9 2,35 (1,62;3,42) <0,001*
Realização de busca ativa
Sim 106 37 34,9 1
Não 24,7 81 32,7 0,94 (0,69;1,29) 0,698
Intercorrências clínicas durante a gravidez
Sim 59 19 32,2 1
Não 294 99 33,7 0,96 (0,64;1,43) 0,828
Encaminhamento ao PNAR f
Sim 247 83 33,6 1
Não 106 35 33,0 0,98 (0,71;1,36) 0,915
a) Os totais variam devido à exclusão de dados ignorados (missing)
b) RR: risco relativo 
c) IC
95%
: intervalo de confiança de 95%
d) Testede qui-quadrado de Pearson e teste exato de Fisher
e) VDRL: Venereal Disease Research Laboratory 
f) PNAR: Pré-natal de alto risco
* p<0.05
Qin e cols.,20 em estudo realizado na China, entre 
2007 e 2012, verificaram associação negativa entre 
antecedente de aborto e sífilis congênita. A associação 
negativa encontrada entre gestantes com gestações e 
abortos prévios, possivelmente, seria explicada pela 
realização de pré-natal em outras gestações, o que 
induziria uma melhor prevenção da sífilis e outras 
IST na gravidez atual. Entretanto, mais de um terço 
dessas gestantes referia história anterior de sífilis e 
títulos elevados de VDRL. A sífilis congênita ocorreu 
em 30,2% daquelas com gestações anteriores e em 
23,5% das gestantes com história de mais de um aborto. 
Epidemiol. Serv. Saúde, Brasília, 24(4):681-694, out-dez 2015
Sífilis na gestação em Belo Horizonte 
691 
Sabe-se que a gravidez não altera o curso clínico da 
sífilis na gestante e não há mecanismos uterinos que 
a protejam da doença.21 
Neste estudo, 51,5% das gestantes iniciaram o pré-
-natal após o primeiro trimestre da gestação, fator 
estatisticamente associado a um maior risco de sífilis 
congênita. Outros estudos1,7 realizados no Brasil encon-
traram percentual menor de gestantes que iniciaram 
o pré-natal tardiamente (após a 12ª semana de gesta-
ção).9 Cuidados assistenciais no primeiro trimestre são 
utilizados como um indicador de maior qualidade dos 
cuidados maternos.5,9
No presente trabalho, chama a atenção o fato de 
mais da metade das gestantes terem realizado o VDRL 
tardiamente, aumentando em 1,68 vezes o risco de sífilis 
congênita. Entre as gestantes que realizaram mais de 
um VDRL, o título do último exame manteve-se elevado 
para 54,9%, aumentando em duas vezes o risco da 
doença, o que pode significar gestante não tratada ou 
inadequadamente tratada, ou mesmo uma reinfecção. 
Lin e cols.22 relataram que mães com títulos do teste não 
treponêmico elevados tinham maior risco de transmitir 
a infecção para seus filhos, enquanto Vasquez e cols.23 
encontraram associação de altos títulos com menor 
peso ao nascimento. 
No presente estudo, para 18,9% dos casos de sífilis 
congênita, o título do VDRL das gestantes era ≤1:4, evi-
denciando a importância de considerar os baixos títulos 
do exame no diagnóstico da sífilis materna. Campos e 
cols.24 descreveram que baixos títulos de VDRL têm 
significado clínico e devem ser interpretados como um 
bom preditor de sífilis congênita.
A média (2,4) do número de exames de VDRL 
por gestante está em consonância com o nível pre-
conizado pelo Ministério da Saúde. Neste estudo, o 
total de gestantes que realizaram mais de um VDRL 
(71,7%) foi superior ao encontrado por Nascimento e 
cols.25 no Rio de Janeiro, entre 2005 a 2008, quando 
nenhuma das gestantes foi submetida a mais de dois 
VDRL no pré-natal; superior, também, à proporção 
encontrada em estudo realizado por Hildebrand26 
no município de Campo Grande, capital do estado 
de Mato Grosso do Sul, entre 2008 e 2009, quando 
foram identificadas apenas 40% das gestantes com 
mais de um exame. Na presente análise, revelou-
-se muito pequeno o percentual de mulheres que 
realizaram o segundo exame no terceiro trimestre 
da gestação: 10,9%. Rodrigues e cols.7 encontraram 
um percentual todavia menor – 3,9% – no estudo 
nacional entre puérperas (1999-2000). A realiza-
ção do teste VDRL no último trimestre da gestação 
permite que o tratamento seja instituído e finalizado 
30 dias antes do parto de gestantes infectadas no 
final da gestação.9 
No presente estudo, para 28% das gestantes com 
sífilis e 81,1% dos parceiros, não havia informações 
no prontuário eletrônico sobre recebimento de 
qualquer dose de penicilina. A estratégia mundial 
para controle da sífilis congênita tem como definida 
a seguinte meta: mais de 90% das gestantes com 
sorologia positiva para sífilis e mais de 80% dos 
parceiros tratados com pelo menos uma dose de 
penicilina G benzatina.6
Apesar dos protocolos assistenciais bem estabele-
cidos e da disponibilidade da penicilina G benzatina 
nas UBS consultadas à época do estudo, supõe-se 
que ainda persistam dificuldades no diagnóstico, 
manejo da doença, captação e tratamento do(s) 
parceiro(s), sendo este um dos grandes desafios para 
o controle da sífilis congênita no país. O Ministério 
da Saúde preconiza que os profissionais da Saúde 
incentivem os homens a fazerem exames preventivos, 
para detecção de possíveis doenças prejudiciais 
a sua saúde, da mulher e do feto.27 A despeito da 
pouca participação dos parceiros nas consultas de 
pré-natal, a unidade de saúde deve utilizar estraté-
gias que facilitem seu comparecimento ao serviço, 
como flexibilidade nos horários de atendimento e/
ou encaminhamento para unidades mais próximas 
de seu local de trabalho.9,28
Este estudo, ao analisar apenas a UBS como 
fonte de notificação, estimou uma subnotificação 
de 55,2% de sífilis na gestação. A subnotificação 
de informações de saúde pode ser considerada um 
indicador indireto de má qualidade na assistência 
pré-natal.29 A notificação da sífilis na gestante per-
mite controlar a transmissão vertical da infecção, 
acompanhar o comportamento da doença entre as 
gestantes, auxiliar no planejamento de ações de 
saúde, definir prioridades de intervenção e avaliar 
o impacto dessas intervenções.11 
A detecção e o tratamento da sífilis na gestante 
representam importantes medidas de Saúde Pública, 
essenciais para o controle e prevenção da sífilis con-
gênita. Os profissionais da Estratégia Saúde da Família 
têm um papel fundamental na aplicação de medidas 
Epidemiol. Serv. Saúde, Brasília, 24(4):681-694, out-dez 2015
Solange Maria Nonato e colaboradores
692
corretas para o controle da transmissão vertical da 
sífilis, com a realização de exames de rotina e redução 
de eventos adversos, como nascimentos prematuros, 
abortos e natimortos.6,22
Este trabalho apresentou algumas limitações para seu 
desenvolvimento, como o uso de dados secundários, 
condicionados à qualidade dos registros. Evidenciou-
-se um número elevado de dados faltantes, possível 
reflexo da ausência do registro pelo profissional, ou 
de situações em que o Sisrede esteve inoperante, tor-
nando as informações indisponíveis, dificultando ou 
impedindo o registro de dados no prontuário eletrônico. 
Os resultados alcançados não representam a situação 
sorológica da população de gestantes do município de 
Belo Horizonte, pelo fato de o estudo incluir apenas 
aquelas que realizaram o acompanhamento pré-natal 
nas UBS do Sistema Único de Saúde de Belo Horizonte, 
podendo-se superestimar a real incidência da sífilis 
congênita no município.
Outra limitação deste estudo está relacionada à infor-
mação sobre o tratamento da gestante. Além de não ser 
possível verificar se o tratamento foi realizado, não foi 
considera a idade gestacional, a fase da doença ou a dose 
prescrita, tampouco o tempo transcorrido desde o término 
do tratamento até o parto. Outrossim, o baixo percentual 
de parceiros tratados pode estar relacionado ao número 
de registros ignorados, subestimando essa informação. 
Os casos de sífilis congênita foram identificados na 
base de dados do Sistema de Informação de Agravos 
de Notificação – Sinan –, podendo estar subestima-
dos. Finalmente, a análise realizada restringiu-se a 
uma abordagem descritiva e uma analise bivariável, 
impossibilitando a investigação de eventuais fatores de 
confundimento nas associações.
Os fatores associados à sífilis congênita encon-
trados neste estudo sugerem falhas na assistência 
pré-natal e indicam a necessidade de propor novas 
estratégias com o objetivo de reduzir a transmissão 
vertical da sífilis, a exemplo da (i) capacitação con-
tinuada dos profissionais, via discussão dos casos,(ii) fortalecimento da vigilância epidemiológica, 
para o monitoramento dos resultados do VDRL 
de gestantes no sistema de laboratórios, e (iii) 
abordagens integradas de prevenção da sífilis e do 
HIV/aids, dando mais visibilidade à sífilis congênita, 
todavia um problema de Saúde Pública longe de 
ser eliminado. 
Contribuição dos autores
Nonato SM, Melo APS e Guimarães MDC parti-
ciparam da concepção e delineamento do estudo, 
análise e interpretação dos dados, redação e 
revisão crítica relevante do conteúdo intelectual 
do manuscrito.
Todos os autores aprovaram a versão final do 
manuscrito e são responsáveis por todos os aspectos 
do trabalho, garantindo sua precisão e integridade.
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 Recebido em 13/04/2015
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Sífilis na gestação em Belo Horizonte

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