Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
Concordo com as palavras de Levin, quando fala que é através do corpo que uma pessoa expressa sua individualidade e a maneira como percebe a si e ao mundo ao seu redor. Na entrevista, Levin mostra como o educador pode explorar a agitação natural da criança para ensiná-la a ler e a escrever, para alfabetizá-la matematicamente e também para que ela aprenda as mais diversas disciplinas escolares. Quando a criança brinca, ela desenvolve os domínios cognitivo, afetivo e motor. Além de ser um momento repleto de processos e situações que privilegiam o desenvolvimento de ações internas e externas para ela. De fato, ao brincar, a criança estabelece a relação corpo e movimento, sendo traduzidos e expressos, por meio da gestualidade, e essa, por sua vez, refere- se à representação, o entendimento e percepção de mundo que a criança tem. Atualmente, o tempo para brincar tornou-se cada vez menor, tanto dentro como fora da escola, porém, estudos alertam para a necessidade da vivência lúdica na vida da criança como um instrumento de desenvolvimento e aprendizagem. O surgimento e desenvolvimento da tecnologia e dos meios de comunicação proporcionam que as crianças passam grande parte de seu tempo envolvido com os meios tecnológicos, a televisão, o celular, vídeo game, computador e vários outros instrumentos ocupam o lugar das atividades lúdicas. Ao falar sobre espaço, recorda-se que há algum tempo, as brincadeiras eram realizadas na rua, ao ar livre, onde a inteligência espacial era desenvolvida mais no senso comum. Atualmente, esse espaço foi reduzido, pois é perigoso brincar nas ruas e as residências nem sempre possuem um espaço para as brincadeiras. O desenvolvimento de uma criança resulta de sua interação com seu meio, e principalmente com as pessoas de sua convivência com as quais estabelece ligações afetivas e emocionais. Esses aspectos evidenciam a importância de trabalhar o lúdico nas escolas, considerando que esse é o único espaço que algumas crianças têm para brincar ou jogar. As brincadeiras realizadas fora da escola, em espaços diferentes do ambiente escolar, também contribuem para o desenvolvimento físico e mental da criança, além de possibilitar a socialização do participante, porém são realizadas espontaneamente, é um brincar livre, sem algum planejamento prévio, como ocorre nas instituições escolares. Já as brincadeiras ou jogos realizados no espaço escolar possuem um caráter pedagógico, com objetivos e planejamentos pré-estabelecidos pelo docente. É primordial que cada criança receba um estímulo conforme sua idade, adequando a brincadeira ao seu desenvolvimento, conforme nos lembra a teoria piagetana. Assim sendo, a meu ver, Levin está coberto de razão no assunto explanado em sua entrevista.
Compartilhar