Buscar

TCC PARA IMPRIMIR

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 57 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 57 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 57 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Sistema de Ensino Presencial Conectado
nome do cursO
CLAUDIANE DE JESUS SOUZA
A contribuição 
da família na ressocialização do
 adolescente em conflito com a Lei
.
 
Através de Medidas Socioeducativa (Prestação De Serviço
).
JANUÁRIA
2013
CLAUDIANE DE JESUS SOUZA
A contribuição 
da família na ressocialização do
 adolescente em conflito com a Lei
.
 
Através de Medidas Socioeducativa (Prestação De Serviço
).
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Serviço Social.
Orientador
: 
Adarly
 Rosana Moreira 
Goes
.
JANUÁRIA
2013
CLAUDIANE DE JESUS SOUZA
A contribuição da família na ressocialização do adolescente em conflito com a Lei. Através de Medidas Socioeducativa (Prestação De Serviço).
Trabalho de Conclusão de Curso aprovado, apresentado à UNOPAR – Universidade Norte Paraná, no Centro de Ciências Empresariais e Sociais Aplicadas, como requisito parcial para a obtenção do titulo de Bacharel em Serviço Social, com nota final igual a _____________, conferida pela Banca Examinadora formada pelos professores:
 
________________________________________________________
Prof. Orientador
Universidade Norte Paraná
________________________________________________________
Prof.
Universidade Norte Paraná
________________________________________________________
Prof.
Universidade Norte Paraná
Januária – MG _________,________________,_______
Dedico este trabalho a meus pais, irmãos e meu esposo que contribuiu para meu sucesso pelo apoio nesta jornada de grandes realizações, hoje me sinto de espírito renovado pela realização desse sonho e certeza de um grande desafio vencido.
agradecimentos
Em primeiro lugar agradeço a Deus, a minha família que sempre me incentivou, e me ajudou a superar os obstáculos que surgiram ao longo desta caminhada. Agradeço também ao meu esposo que sempre esteve ao meu lado me apoiando, aos meus amigos e colegas que fizeram parte desta caminhada. Aos meus professores, tutores de sala e tutores eletrônicos, que por seu empenho em nos transmitir seus conhecimentos pela sua compreensão, pela sua amizade ao longo deste curso. Enfim, agradeço a todos (as) que de alguma forma contribuíram para superação desse desafio. Obrigado aos meus novos e velhos colegas que me ajudaram muito nesta jornada e a todas as pessoas que contribuiu para meu sucesso para o meu crescimento como pessoa. Sou o resultado da confiança e da força de cada um de vocês.
SOUZA, Claudiane de Jesus. A CONTRIBUIÇÃO DA FAMÍLIA NA RESSOCIALIZAÇÃO DE ADOLESCENTE EM CONFLITO COM A LEI. Através de Medidas Socioeducativa (Prestação de Serviço). 2013. 46 laudas. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Serviço Social) – Centro de Ciências Empresariais e Sociais Aplicadas, Universidade Norte do Paraná, Januária-Mg, 2013.
RESUMO
O presente projeto de pesquisa buscou analisar o tema “A CONTRIBUIÇÃO DA FAMÍLIA NA RESSOCIALIZAÇÃO DE ADOLESCENTE EM CONFLITO COM A LEI. Através de Medidas Socioeducativa (Prestação de Serviço)”. Tem como objetivo destacar a contribuição do núcleo familiar dos adolescentes que cometeram atos infracionais dentro do processo de ressocialização. Bem como busca entender as famílias como uma instituição social constante processo de construção e mudanças, ao longo da história. Destacam-se também as medidas sócio-educativas é imposta de forma de responsabilização e com objetivo de reintegra-lo ao convívio social. Trata se de uma pesquisa bibliográfica de estudiosos, como obras e documentos do assunto tratado.
Palavra-chave: famílias; políticas públicas; medidas socioeducativa; adolescente em conflito com a lei e direitos; 
SOUZA, Claudiane de Jesus. The contribution of the family in the rehabilitation of adolescents in conflict with the law. 2013. 46 laudas. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Serviço Social) – Centro de Ciências Empresariais e Sociais Aplicadas, Universidade Norte do Paraná, Januária-Mg, 2013.
ABSTRACT
This research project sought to examine the theme "THE CONTRIBUTION OF THE FAMILY OF resocialization TEENAGER IN CONFLICT WITH THE LAW. Through measurements work (service delivery). "Aims to highlight the contribution of the family of teens who committed illegal acts within the process of socialization. And seeks to understand families as a social institution constant process of construction and changes throughout history. Also noteworthy is the socio education is imposed form of accountability and in order to reinstate him to social life. It is a literature of scholars, as works and documents of the subject matter.
Keyword: families, public policy, socio-educational measures; adolescents in conflict with the law and rights;
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas.
UNOPAR - Universidade Norte do Paraná.
CMDCA - Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente.
ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente.
PIA - Plano Individual de Atendimento.
LOAS - Lei Orgânica de Assistência Social.
CNJ - Conselho Nacional de Justiça.
CPB - Código Penal Brasileiro.
EI – Estatuto do Idoso.
 SUS – Sistema Único de Saúde.
Loas – Lei Orgânica de Assistência Social.
SUAS – Sistema Único de Assistência Social.
 RH – Recursos Humanos.
 PPD – Política Nacional de Pessoas Portadoras de Deficiência.
 LDB – Lei de Diretrizes e Bases.
 NOB/SUAS – Norma Operacional Básica, Sistema Único de Assistência Social.
CRAS - Centros de Referência da Assistência Social.
PSF - os programas de saúde da família.
CF – Constituição Federal.
CC – Código Penal.
SUMÁRIO
1 - INTRODUÇÃO......................................................................................................10
2 – A HISTÓRIA DA FAMÍLIA COMTEMPORÂNEA..................................................14
2.1 - FAMÍLIA COMO NÚCLEO SOCIALIZADOR.....................................................15
3 - AS CONDIÇÕES PECULIARES DE DESENVOLVIMENTO DO ADOLESCENTE E A MEDIDA SÓCIO-EDUCATIVA............................................................................17
4 - O CONTEXTO SOCIAL DAS POLÍTICAS PÚBLICAS.........................................23
5 - ADOLESCENTE EM CONFLITO COM A LEI.......................................................25
5.1 - QUESTÃO SOCIAL: CONCEITUAÇÃO E MEDIAÇÃO.....................................29
5.2 - FUNCIONAMENTO E REGRAS DA INSTITUIÇÃO DE RECUPERAÇÃO DE ATOS INFRACIONAIS...............................................................................................31
5.3 - PARADIGMAS SOBRE A MAIOR IDADE PENAL NO BRASIL........................33
6 - O PAPEL DO ASSISTENTE SOCIAL COMO MEDIADOR DAS POLÍTICAS SÓCIAS VOLTADA PARA OS ADOLESCENTES EM CONFLITO COM A LEI........37
6.1 - O PROFISSIONAL DE ASSISTENTE SOCIAL NA REDE PÚBLICA DE ENSINO: MEIOS DE PREVENÇÃO E SOCIALIZAÇÃO...........................................41
7 - O ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE E O NOVO PARADIGMA – CRIANÇA E ADOLESCENTES SUJEITOS DE DIREITOS.......................................44
8 – CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................47
9 - REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS.....................................................................51
0
- INTRODUÇÃO
Neste presente projeto de pesquisa vem abordando sobre o tema, a Contribuição da Família na Ressocialização do Adolescente em Conflito com a Lei. Através de Medidas Socioeducativa (Prestação De Serviço). Que visa atender as exigências do curso serviço Social. Este trabalho trata-se de novas políticas da família na ressocialização do adolescente que considerao adolescente merecedor de uma condição peculiar com prioridade na efetividade de seus direitos.
Percebe-se que nessa concepção a família vem sofrendo grandes mudanças e, em consequência adolescente torna-se alvo dessas transformações. Entretanto a família apresenta se como ponto primário na importância da socialização, uma vez que é no âmbito familiar que quando criança aprende-se as primeiras normas de convivência e se desenvolve sua capacidade de dialogar. As famílias enfrentam desafios e pressões que dificultam o ato de dar orientação e o afeto que seus filhos necessitam. 
Adentraremos na questão da sociedade e a família é responsável pela garantia dos direitos à vida, à educação, à profissão, à cultura, ao lazer e ao convívio familiar de acordo com as diretrizes estabelecida pela a Proteção Integral, fundamentada no art. 227 da constituição federal.
Na percepção da violência social que se apresenta no cotidiano da sociedade, busca-se, através de formulas coercitivas, a aquisição da paz social. O ato de entrar em conflito com a lei fragiliza as condições peculiares de desenvolvimento do adolescente e a medida sócio-educativa procura meios para reintegrá-lo na sociedade, conforme previsto estatuto da Criança e do adolescente, de caráter educativo-punitivo-assistencial. Assim como Volpi (1997) e Barroso Filho (2001), tecem considerações sobre o adolescente em medidas socioeducativa, apontando perspectiva de amenizar o envolvimento dos adolescentes em atos inflacionais.
Porém, MIOTO, (2005) trata a família inserida no contexto das políticas públicas. Nesta perspectiva incluem-se redes de apoio das demais políticas públicas de atenção às famílias, no sentido de erradicar a exclusão. Para Carvalho (2005) as políticas públicas descartam alternativas institucionalizadora. [...], essa alterações tão radical só é possível retomado a família e a comunidade como lugares e sujeitos imprescindíveis de proteção social. 
 A contextualização da discussão sobre adolescente em conflito com a lei e as formas como são vistas requer situar conceito, “a realidade penitenciária no Brasil em varias partes do mundo tem demonstrado a falência da pena de prisão como castigo principalmente como forma de reintegração social, [...]” Foleiros (2004, p. 3).
A Lei Federal nº 8069/90 tem caráter universal, não sendo restrita como os anteriores e reafirma direitos à saúde, à convivência familiar comunitária e à educação, entre outros através da promulgação do ECA, a doutrina integral estabelece que todo adolescentes tem direito às medidas de proteção que sua condição de pessoa em desenvolvimento requer, por parte da família, da sociedade e do Estado.
A problemática é a crescente reincidência dos adolescentes a pratica infracional vem aumentando cada vez mais o número de adolescente que cometem atos infracionais, muitas vez passa pelo processo de medidas sócio-educativa, mas acaba voltando para o mundo da criminalidade. O índice de atos infracionais que envolvem adolescentes gera na sociedade um grande impacto, provocando inúmeros questionamentos em relação à responsabilidade dos adolescentes. Com os aumentos dos casos expostos refere-se a pratica de atos infracionais, o tema abre ampla discussão importante. 
Portanto, é importante pesquisar, analisar para promover um processo de reflexão sobre o tema, verificar quais os limites e possibilidades dos adolescentes, para a última alternativa em relação, seja aplicação de uma medida sócio-educativa e também trabalhar com a família de modo geral.
Percebe-se que vem retratando a vulnerabilidade social dos indivíduos como agravante que interfere no convívio familiar. 
Neste projeto de pesquisa, a questão que será analisada e o serviço social na Contribuição da Família na Ressocialização de Adolescente em Conflito com a Lei. Através de Medidas Socioeducativa (Prestação De Serviço), sendo assim objeto de estudo na pratica do profissional de serviço social na ressocialização do adolescente em conflito com a lei.
Desta forma foi formulada a seguinte problemática: Como serviço social contribui para a garantia do adolescente em um convívio social?
Qual a importância da família na ressocialização?
Portanto, visa contribuir o leitor a analise dos significados em torno da problemática dos adolescentes em conflito com a lei, construindo sabres partilhados, por meio de estudos das apresentações sociais desse objetivo apresentado por livros revistas e sites. 
No entanto mostra também o papel do profissional de “assistente Social” juntamente com outros profissionais da vara infância, psicólogo na luta de humanização do tratamento do adolescente marginalizado pelo processo social de exclusão.
OBJETIVOS
O presente trabalho tem como objetivo evidenciar a importância da família no processo de ressocialização do adolescente em conflito com a lei, Através de Medidas Socioeducativa (Prestação De Serviço).
OBJETIVOS ESPECIFICOS
Diante dos objetivos específicos é identificar as falhas e acertos nestes programas, bem como: 
- Identificar o perfil dos menores que conflitam a lei;
- Analisar o trabalho do Assistente social frente aos problemas sociais que envolvem o menor infrator; 
- Apontar as autoridades competentes se está cumprindo com o dever de assegurar os direitos e a garantias das crianças e adolescentes de acordo com a Lei 8.069 de julho de 1990, lei que estabelece o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA);
- compreender a realidade social do adolescente e de suas famílias;
- investigar o funcionamento familiar realizado para resgatar laços e ou vínculos 
 
JUSTIFICATIVA
O estudo se justifica a compreender a contribuição das famílias no processo de ressocialização de adolescente que cometeram atos inflacionais que norteiam a nova política de atendimento, que, no entanto muitos problemas e situação indignos enfrentados pela infância e juventude.
METODOLOGIA
A metodologia utilizada como apoio qualitativo, sustentada por abordagem teórica que se baseia em uma revisão bibliográfica, relacionado dos principais autores que discutem essa temática, dentro de uma perspectiva crítica. Utilizando-se referências bibliográficas a fim de fundamentar a pesquisa.
No capitulo 1 é bordado sobre a família na ressocialização na contemporaneidade, portanto que mostra um retrato na questão da sociedade e a família são responsáveis pela garantia dos direitos.
O capitulo 2 as condições peculiares de desenvolvimento do adolescente e a medida sócio-educativa junto às famílias desses adolescentes que cumprem medida socioeducativa, como o objetivo de auxilia-las na compreensão de sua dinâmica familiar, de suas dificuldades; e na busca de serviços adequados que possam suprir suas necessidades, na tentativa de aproximar as famílias no processo de ressocialização do adolescente, a fim de que este se torne eficaz.
O capitulo 3 apresenta um panorama nacional da política pública. Nesta perspectiva incluem-se redes de apoio das demais políticas públicas de atenção às famílias, no sentido de erradicar a exclusão. 
O capitulo 4 é pautado pela discussão sobre adolescente em conflito com a lei, enfatizando nesse momento da vida, com suas rebeldias, contradições e ambivalências, porém agravante de que seu conflito se estende para além dele esmo e de sua família, pois esta em conflito também com a lei.
O capitulo 5 discorre também sobre o marco legal de garantia dos direitos, o Estatuto da Criança e do Adolescente e o novo paradigma – criança e adolescente sujeitos de direitos, e também o papel do profissional de “assistente Social”. 
Dessa forma este trabalho pretende esclarecer a importância do profissional de assistente social, identificando se os aspectos normativos e efetivos de modo de dinamização que confirme suas finalidades como políticas garantidoras de direito social. 
Trata-se de uma pesquisa bibliográfica de reunir estudos obras e documental do assunto. Para compor os conteúdos serão utilizados revistas, sites e livros que auxiliaram na conclusão do trabalho. 
Porúltimo, como considerações finais, tentamos sintetizar a nossa compreensão do tema estudado. Esperamos que os resultados da presente dissertação possam contribuir com os trabalhos desenvolvidos por profissionais que atuam junto à área jurídica e de instituições que estão envolvidas na questão da adolescência e família.
2 – A HISTÓRIA DA FAMÍLIA CONTEMPORÂNEA.
A família brasileira vem passando por transformações, ao longo do tempo, e evolui conforme as conjunturas socioculturais. Nos séculos XIX e XX era comum falar sobre crises na família, contudo, na década de 90 surgiu à concepção da família contemporânea, que trouxe novos modelos de convivência familiar, apontando para uma nova configuração de relação entre seus membros.
Nesse sentido, várias mudanças ocorridas no nível socioeconômico-culturais, pautadas no processo de globalização do mundo capitalista, vêm interferindo e possibilitando alterações em seu padrão tradicional de organização. Minuchin (1982, p. 52) refere que: a família sem tem passado por mudanças que correspondem às mudanças da sociedade. Portanto tem se assumido ou renunciado a função de proteção e socialização de seus membros em reposta às necessidades da cultura vem sendo questionado. Segundo Kaloustian (2002, p. 11-12), a família é o espaço indispensável para a garantia da sobrevivência de desenvolvimento e da proteção integral dos filhos e demais membros, independentemente do arranjo familiar ou da forma como vem se estruturando. A reestruturação familiar, consequência da reorganização de papéis, é responsável por um período de redefinição das posições de autoridade Mello (2006). 
É a partir desses fatos que novos arranjos familiares emergem. No entanto famílias extensa, desconstruída, recomposta, monoparental, e homoparental, como essa diversificação de modelos de famílias da contemporaneidade assume caráter inovador, democrático e pautam seus relacionamentos no principio de igualdade, solidariedade, afetividade e liberdade, incentivando e estimulando os membros a exercer a sua autonomia e independência. É também em seu interior que se constroem as marcas entre gerações e são observados valores culturais. Partindo dessa ideia, verifica-se que é uma questão fundamental a necessidade de promoção e apoio as famílias vulneráveis através de políticas sociais bem articuladas e focalizadas. 
Nesta perspectiva, Wanderley (1997) refere-se: [...] a repercussão da família como lugar de busca de materiais e de condições de vida, de pertencimento na sociedade e de construção de sua identidade, principalmente nas experiências de insegurança, de perda de lugar na sociedade e de ameaças de pauperização trazida pelo desemprego.
Segundo Gomes e Pereira (2005) são os fatores que tem mais contribuído para a desestruturação da família, [...], os filhos, vitimas da injustiça social, se vem ameaçados e violados sues direitos fundamentais. 
Na verdade o conflito é inerente ao contexto da vida social e familiar, visto que a família é composta por teias complexas de relações entre seus membros. Dessa forma, a história de uma família é marcada por momentos de crescimento, de estagnação, encontros, desencontros e reconciliação, faz-se necessário abordar o processo de socialização em que seus membros estão inseridos, destacando a influência da convivência familiar na formação da identidade do ser em desenvolvimento.
Portanto são necessárias ações não apenas para provimento do seu acesso aos serviços essenciais, mas também o desenvolvimento de políticas e ações voltadas para proteger os adolescentes quando os seus vínculos familiares estão fragilizados ou rompidos, buscando promover a inclusão social e buscar a superação das vulnerabilidades.
Família como núcleo socializador.
Assim, é importante definir a família com uma construção social, independentemente do arranjo familiar, a família é responsáveis pelos aportes afetivos e, sobretudo materiais, que venham favorecer o desenvolvimento e bem estar dos seus componentes, desempenhando um papel decisivo na educação formal e informal e favorecendo a assimilação de valores éticos e humanitários, aprofundado laços de solidariedade.
Na família modela-se ou programa-se o comportamento e o sentido de identidade do adolescente, assim com o Minuchin, (1982, p. 53).
O sentimento de pertencimento aparece como acomodação de parte da criança aos grupos familiares e com pressuposição de padrões transacionais, na estrutura família, que são consistentes durante todos os diferentes acontecimentos da vida. MINUCHIN, (1982, P. 53).
A socialização é, portanto, um processo pelo qual o individuo aprende a ser membro da sociedade, vivencia a imposição de padrões sociais e a conduta individual. Percebe-se que os processos de socialização dependem não somente das características individuais dos adultos, mas também dos vários agrupamentos a que pertencem esses adultos. Portanto é necessário ressaltar que a socialização ocorre simultaneamente.
Para Romanelli (2006) afirma que a família, como grupo social, é parte constitutiva da sociedade, assume papel relevante na transmissão de valores, normas e modelos de conduta, o que viabilizará seus membros a se tornarem sujeitos de direitos no universo doméstico e público.
Sendo assim, a família se incumbirá de promover o desenvolvimento da independência e da maturidade dos seus filhos, alem de protegê-los.
No entanto, é comum se perceber em algumas famílias, adolescentes em conflito com a lei, uma forma de educação relaxada, com a falta de imposição de limites, conferindo um sentido desproporcional e independência, acrescido de punição inconsistente, que propiciam o desencadeamento de comportamentos antissociais. Então, faz-se necessário pontuar outros aspectos que assume papel determinante no processo de transmissão e integração, o contexto onde ocorrem as relações entre pais e filhos. Ele servirá de preâmbulo para discutir as experiências sociais a que as famílias estão expostas.
3. AS CONDIÇÕES PECULIARES DE DESENVOLVIMENTO DO ADOLESCENTE E A MEDIDA SÓCIO-EDUCATIVA.
	
Na busca de uma denominação para adolescentes que praticam atos infracionais, Queiroz apud Grunspun (1985) denomina “o infrator é o marginal, individuo cuja personalidade deformada por fatores genéticos ou psicossociais, merece, de qualquer forma, ser isolado do convívio social”. 
A fim de disciplinar esses adolescente infrator o Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei Federal nº 8069/90 determina que logo, não receberás a pena e sim uma medida sócio-educativa, tais medidas são meios de responsabilização pelos seus atos, que porventura cometeram atos infracionais, cuja aplicação não tem como objetivo a punição e sim ressocialização e sua reinserção na sociedade, tendo caráter estritamente pedagógico.
Pois seria negligenciar e fechar os olhos à realidade não admitir que tenha os adolescentes que cometeu atos infracionais. Em casos que a sua segregação se impõe não apenas a mera medidas sócio-educativa, mas também como o apoio e proteção própria da comunidade em que vivem. Percebe-se que as unidades trabalham na maioria das vezes com superlotação, tornando difíceis de administrar, não propiciando atividades garantidas no ECA como de atividades esportivas, culturais, lazer, espaços religiosos, por não obterem espaços adequados.
Mas, também devemos destacar que a forma como esta sendo desenvolvidas as outras medidas mais branda em meio aberto (advertência, obrigação de reparar o dano, prestação de serviços à comunidades, liberdade assistida) também não estão conseguindo cumprir seu papel pedagógico, pois atribuem a essas medidas um caráter de punição e castigo ao adolescente, onde muitas instituições colocam esses adolescentes a realizar atividades humilhantes, como por exemplo lavar vasos sanitários de banheiros públicos.
Dessa forma, em vez de trazer este adolescente a uma reflexão de valores sociais e compromissos sociais de forma educativa, se dão por meio da humilhação fortalecendo a revolta desses adolescentesque acabam rescindindo no crime, e muitas vezes cometendo delitos mais graves.
Ao ser ingresso em instituição de ressocializadora o adolescente em conflito com a lei, recebe o rótulo de infrator, delinquente ou de marginal e, diante dessa perspectiva, sai de lá com mínimas chances de mudar de vida, uma vez que a sociedades se sente intimidada e, como consequência, não lhe oportuniza meios de superar dificuldade outrora vivenciada. As formas estigmatizante (trombadinha, pivetes e delinquentes) utilizadas tem dificultado a aceitação da sociedade para uma visão menos preconceituosa.
Tendo em conta peculiar situação de pessoas em formação e desenvolvimento, tais medidas, de modo geral conferem ampla resposta ao ato praticado. 
Segundo Volpi (2002), a preocupação com a segurança é:
[...] a fórmula mágica de “proteger a sociedade (entenda-se as pessoas e seu patrimônio) da violência produzida por desajustados sociais que precisam ser afastados do convívio social, recuperados e reincluídos” [...] reconhecer no agressor um cidadão parece ser um exercício difícil, para alguns, inapropriado. (VOLPI, 2002, p. 9).
Em todo o território nacional, os mecanismos normativos e adaptativos têm norteado práticas, programas e instituições de atendimento aos adolescentes e, em específico, aqueles que cometeram ato infracional.
Assim afirma Sales (2007) que:
Os conselhos de políticas públicas, espaços privilegiados da democracia participativa, não tem conseguido fazer valer seu papel de deliberação e controle das ações e, quando o fazem, deixam de promover articulação das varias políticas públicas nas quais, infância e a adolescência estão presentes-planejamento, fazenda, educação, saúde, cultura, esporte. Isso é o que também se vê nas instituições sociais, cada uma atuando no seu interesse imediato (SALES, 2007, p. 16). 
De acordo com o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativos – SINASE as práticas sociais devem oferecer condições reais, por meio de ações e atividades programáticas à participação ativa e qualitativa da família no processo socioeducativo, possibilitando o fortalecimento de vinculo e a inclusão dos adolescentes no âmbito familiar e comunitário.
Essas medidas tem a missão de garantir os adolescentes, em conflitos com a lei, um conjunto de ações que lhes permitem, como pessoas em fase de desenvolvimento, ter acesso “a educação formal, profissionalização, saúde, lazer e demais direitos assegurados legalmente” (Volpi, 1999, p. 14). 
Apesar de coexistência de estratégias repressivas e educativas, as medidas socioeducativas devem constituir-se numa oportunidade para minimizar a ocorrência de atos infracionais. 
Os gráficos abaixo mostram parte dos dados obtidos de atendimentos dos adolescentes em conflito com a lei no Brasil no ano de 2006.
Gráfico 2 é do ano 2011. Os números de atendimentos evidenciam a realidade brasileira dos adolescentes em conflito com a lei: ate junho de 2011, o sistema registrou ocorrências de 91.321 adolescentes. Desses, 29.506 estão em cumprimento das medias socioeducativas.
Nesses casos, as medidas socioeducativas, cujo é menos a punição e mais a tentativa de reinserção social, fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários. 
Para Costa (2005), apresenta uma analise critica sobre a atuação dos operadores jurídicos e aponta para as aplicações excessiva e inadequada, da medida sócio-educativa de internação, onde nem sempre é obedecido o princípio da excepcionalidade dessa medida, constituindo-se como uma “[...] solução corriqueira encontrada pelo poder judiciário para a solução de conflitos e impasses muitas vezes de natureza social, sem respeito às garantias processuais, tanto Constitucionais, quanto a lei, especial” (costa, 2005, p. 62). Dessa forma, os adolescentes em conflito com a lei, apesar de terem uma legislação especial, cujas medidas deveriam ser de caráter sócio educativo, vivenciam, como adultos, os efeitos do cárcere, da prisão.
Mesmo considerando o adolescente como pessoa na condição peculiar de desenvolvimento.
O adolescente de ser alvo de um conjunto de ações socioeducativas que contribua na sua formação, de modo que venha a ser um cidadão autônomo e solidário, capaz de relacionar melhor consigo mesmo, com os outros e com tudo que integra a sua circunstancia e sem reincidir na prática de atos infracionais.
Portanto, para que isso venha acontecer é imprescindível uma corresponsabilidade da família, comunidade e estado com um melhor empenho na obtenção de retornos de caráter transformador do adolescente que cumpriu alguma medida socioeducativa. (BRASIL, 2006).
Nesse contexto, entende-se que a equipe multidisciplinar é fundamental para auxiliar o adolescente em cumprimento de medidas socioeducativa, pois ele pode ser atendido em respeito as suas necessidades e receber apoio profissional de advogados, pedagogos, assistentes sociais, psicólogos e demais profissionais dispostos a contribuir com a sua formação.
Além disso, o apoio pedagógico deve ser suficiente para: propiciar ao adolescente o acesso a direitos e às oportunidades de superação de sua situação de exclusão, de ressignificação de valores para a participação na vida social, uma vez que as medidas socioeducativas possuem uma dimensão jurídico-sancionatória e uma dimensão substancial ético-pedagógico.
Compreende-se que neste sentido, avaliar o processo de programar a operacionalidade das medidas socioeducativas exige a compreensão do cenário político, econômico e social em que se materializam as políticas sociais no Brasil.
Aponta-se que na organização dos serviços sociais, tornando-se os instrumentos de vigilância e controle para uma nova ordem econômica e moral, e a segunda modalidade é a utilização maciça e sistemática da prisão. Para Torres (2009):
É nesse contexto de desmonte do estado de bem-estar-social, enfraquecimento das políticas sociais, que se maximizam os aparatos de controle penal, ou seja, “enquanto o Estado Social se desmonta e retrai, o Estado Penal segue respondendo aos excluídos e desviantes, com a punição neutralizando os inconvenientes na gestão da miséria e da exclusão social”. (TORRES, 2009, p. 114).
Percebe-se que ao considerar a situação como simples, a nova lei admite a complexidade do problema, sujeitando-se aos princípios em relação à condição de pessoa em desenvolvimento e incorporando a noção de privação de liberdade como último recurso dentre as medidas socioeducativas. Estas podem ser, de acordo com o capitulo IV do art. 112 do ECA, a advertência; a obrigação de reparar o dano causado; prestação de serviço à comunidade; a liberdade assistida; a inserção em regime de semi-liberdade; a internação em estabelecimento educacional; e no inciso § 1º ao 3º (BRASIL, 1990).
Assim, os discursos sobre a reinserção social dos adolescentes se misturam às praticas e discursos cuja ênfase recai na defesa social, na segurança da sociedade, constituindo-se um dilema, uma tensão, uma contradição entre elementos educativos e os elementos punitivos presentes na finalidade e na execução das medidas sócio educativas (SCHUCH, 2005).
Como afirma o SINASE (2006, p. 51), “o adolescente deve ser alvo de um conjunto de ações socioeducativos que contribua na sua formação, de modo que venha a ser um cidadão autônomo e solidário, capaz de relacionar melhor consigo mesmo, com os outros e com tudo que integra a sua circunstância e sem rescindir na prática de atos infracionais”.
Assim, os programas de atendimentos socioeducativos serão obrigados há estabelecer um projeto pedagógico, desenvolvendo ações que promovem a participação crítica dos adolescentes no processo de elaboração, monitoramento e avaliação das praticas sociais desenvolvidas; criando espaços educativos necessários, para se possam fortalecer os vínculos entre educadores e adolescentes, respeitando as singularidades deste adolescente, garantido a particularização no seu acompanhamento, sendo o plano individual de atendimento (PIA) um instrumento fundamental para a garantia da equidadedeste processo; compreender o potencial de cada adolescente para que se possa depois fazer exigências possíveis na direção de potencializar suas capacidades e habilidades, superando suas limitações; diretividade no processo socioeducativo, diferente do autoritarismo; disciplina como meio de se alcançar objetivos pedagógicos compartilhados por todos neste processo socioeducativo; [...]; a participação da família, da comunidade e das organizações da sociedade civil como intuito de fortalecer os vínculos com a família e a comunidade, facilitando o alcance dos objetivos pedagógicos e por fim, promover a capacitação e atualização dos autores sociais envolvidos no atendimento socioeducativo (SINASE, 2006, p. 55 a 56).
4. O CONTEXTO SOCIAL DAS POLÍTICAS PÚBLICAS.
Para adentrar no estudo das políticas públicas, é necessário falar-se da família fragilizada e vulnerável, com capacidade mínima para enfrentar as situações sociais atuais, há uma necessidade de enfocar a família em conjunto com as suas relações e vivências, como lugar de destaque na agenda social. 
O grupo familiar passou a ser considerado pelos movimentos socioculturais, como uma das questões centrais devido a se constituir no primeiro e continuada espaço de formação dos sujeitos para uma participação cidadã, nas suas organizações e nos diálogos com as instituições governamentais (Mioto, 2005).
As políticas públicas podem ser compreendidas como políticas construídas à base de uma relação dialética entre órgãos governamentais e organizações da sociedade civil, as quais se inserem numa dinâmica de participação cidadã, onde os sujeitos são concebidos como formuladores de direitos, conhecidos a lei e valendo-se dos seus direitos conquistados.
Portanto as políticas públicas caracterizam-se por processos decisórios voltados para a formulação, implementação e avaliação de ações ou programas destinados aos atendimentos das demandas sociais, ou seja, a orientação política que norteia à ação pública e regular as formas de interação entre agentes promotores parceiros e segmentos alvo da política.
Na perspectiva dos direitos que se coloca a questão da família, a qual tem sido chamada a solucionar questões relacionadas a crianças, adolescentes, idosos, portadores de deficiência e pessoas com problemas crônicas de saúde. Nesse sentido, mesmo sendo dever do Estado assegurar direitos e propiciar condições para a efetiva participação da família no desenvolvimento de seus filhos, consta-se uma inversão desses valores, uma vez que os investimentos públicos brasileiros, na área social, estão mais vinculados ao desempenho da economia comunista.
Partindo desta ideia, verifica-se a geração da pobreza, como aquela que: “falta à oportunidade de gerar renda suficiente para ter acesso sustentável aos recursos básicos que garantam uma qualidade de vida digna”. (Gomes; Pereira, 2005).
Gomes e pereira (2005 p. 4) afirmam que a situação de vulnerabilidade social da família, “é o fator que tem mais contribuído para a desestruturação da família, repercutindo diretamente de forma vil nos mais vulneráveis desse grupo: os filhos vitima de injustiça social se veem ameaçados e violados em seus direitos”.
Entretanto, verifica-se que na Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS) ele a família como um dos focos de atenção da política pública, sendo assim, tal grupo se torna um eixo importante a ser considerado pela política setorial de assistência Social. 
Assim, a LOAS promulga com seus objetivos: a proteção à família, à infância, à maternidade, à adolescência e à velhice, compreendendo que o assistente social realiza-se de forma integrada às políticas setoriais, visando ao enfrentamento da pobreza, à garantia do mínimo social, ao provimento de condições para atender contingências sociais universalização dos direitos sociais.
O enfrentamento da vulnerabilidade social requer a superação da vulnerabilidade do direito e implica a consolidação de exigências e de garantia no plano de políticas públicas e do capital social. LIMA; ALVES, (2005). Assim a vida familiar para se efetiva e eficaz depende de condições para sua sustentação e manutenção de seus vínculos.
No entanto, é importante ter consciência que esse sistema vigente de desigualdade e má distribuição de renda destroem não só as famílias, porem toda a rede da sociedade. Para atingir o objetivo de desenvolvimento humano é necessário o reconhecimento das famílias como objeto de políticas públicas e articulada.
5. ADOLESCENTE EM CONFLITO COM A LEI.
Aponta-se o adolescente em conflito com a lei como pessoas com séria deficiência em habilidades sociais em resolução de problemas, bem como pessoas que sofrem de sentimentos de inferioridade, mantendo-as fiéis a um sistema de padrões de comportamento bastante divergente do adotado pelos cidadãos que respeitam a lei.
Fazendo-se uma retrospectiva do Código Criminal Brasileiro, observa-se que desde o século XXI adolescentes envolvidos em atos violentos vêm sendo descritos no Brasil, mas será essa a causa principal do adolescente esta inserido num processo criminal? 
Esta pergunta leva a considerar o seguinte aspecto: legalmente, o adolescente só entra no sistema de justiça pela categoria jurídica, cometimento do ato infracional, mas na ótica da questão social, anterior ao cometimento do ato infracional, à categoria jurídica, temos como plano de fundo as diversas expressões da questão social que levam o adolescente a ser incluído no sistema de justiça.
Dessa forma, apesar de tantas conquistas, o Estado se mantém resistente ao assumir a sua responsabilidade na garantia dos direitos humanos, sem vivenciado pela maior parte das famílias um processo de exclusão que perpassa a vida desta em todos os aspectos, sofrendo consequências desumanas: como falta de moradia digna, desempregos estruturais, fome, famílias extensas, desnutrição, etc.; acentuando suas fragilidades e as contradições, exigindo-as que busquem novas estratégias de sobrevivência.
Portanto somos levados a crer que a maior parte desses adolescentes não teria iniciado a sua trajetória cometendo ato infracional se tivessem tal perspectiva de inserção e realização social, oportunidades e recursos que lhes é cotidianamente negado, apesar de ser um direito previsto por lei.
Segundo o CNJ, considera-se ato infracional toda conduta praticada por criança ou adolescente definida coo crime ou contravenção pelo Código Penal Brasileiro. Entre os atos infracionais mais comuns entre adolescentes internados são crimes contra patrimônio, como roubo e furto. De acordo com o levantamento, 36% por roubo.
Ainda segundo os estudos, o crime de homicídios foi bastante expressivos em todas as regiões do país, com exceção do sudeste, onde o delito corresponde a 7% do total. Nas regiões Norte, Centro-Oeste, e Nordeste e Sul os percentuais de homicídios como motivo da atual internação dos adolescentes correspondem, respectivamente, a 28%, 21%,20% e 20%. 
Percebe-se também que o estudo divulgado aponta também o roubo e homicídio entre adolescentes reincidentes foi aproximadamente três vezes superior à primeira internação, aumentando de 3% para 10% dos casos no âmbito nacional. Contribui para que a questão do desvio social infanto-juvenil, pois os indicadores mostram que adolescente entre 12 a 18 anos.
O perfil do adolescente infrator de acordo com a pesquisa divulgada pelo CNJ, a idade média dos adolescentes é 16 a 17 anos. O maior percentual de internados com índices acima dos 30% em todas as regiões do país. O estudo aponta ainda que a maioria dos adolescentes cometeu o primeiro ato infracional entre 15 e 17 anos (47,5%). 
Considerando-se o período Maximo de internação, uma boa parte dos adolescentes infratores alcança a maior idade civil e penal durante o cumprimento da medida, portanto a pesquisa aponta que à escolaridade, 57% dos adolescentes não frequentava a escola, outros 8% é analfabeto, 86% só cursou o ensino fundamental.
Na maioria das vezes as relações familiares o estudo apontaque 14% do adolescente temos filhos. Do total de adolescente 43% foram criados apenas pela mãe, 4% pelos pais sem presença da mãe, 38% foram criados por ambos e 17% foram criados pelos avós. Entre os aspectos comum a maioria dos mesmo vem de famílias desestruturadas.
A lei Federal nº 8069/90 tem caráter universal, não sendo restrita como anteriores e reafirma direitos à saúde, à convivência, à educação entre outros. Através da promulgação do ECA, a doutrina de proteção integral estabelece que todo adolescente tenhamos direito às medidas de proteção que sua condição de pessoa em desenvolvimento requer, por parte da família, da sociedade e do Estado.
Segundo Volpi (1999, p. 08) “contrapondo-se a este quadro, parcelas cada vez mais significativa da sociedade mobilizam-se para enfrentá-lo, coibi-lo e modificá-lo”. 
A doutrina da proteção integral, preconizada pela ONU e inserida na ordem jurídica do Brasil, com o advento da Constituição de 1988, tem procurado combater “toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão” (art. 5º. ECA), no contexto social e histórico da sociedade brasileira. 
A ECA (Lei nº 8069/1990) veio garantir proteção integral à criança e ao adolescente. Transformou radicalmente a filosofia do antigo Código de Menores – baseada na doutrina da situação irregular – passando a considerar a criança/adolescente como pessoa de direito e em condições peculiares de desenvolvimento.
Para Mioto (2004), a adoção da doutrina da proteção integral pela Constituição Brasileira de 1998, significa uma opção política em favor da valoração da dignidade humana de criança e jovens.
Os adolescentes e jovens se tornaram objeto de preocupação das autoridades públicas na medida em passaram a ameaçar a reprodução da sociedade, a continuidade da ordem pública, as normas sociais. O estigma de adolescente problemático ganhava conotação de diferente, de perigoso porque, estava com as “[...]’ ‘ideias fora do lugar’, ‘fora de ordem’, ‘fora do trabalho’, estava em desajustamento social, apresentando ‘situação de propensão ou risco’ ou de ‘risco’ propriamente dito” (SILVA, 2005, p. 38).
Assim, a Constituição Federal e o Estatuto da Criança e do Adolescente consideram o jovem até os 18 anos inimputáveis, sem maturidade para o entendimento do caráter ilícito do ato praticado, dada suas condições de pessoa em desenvolvimento. Portanto não havendo tal capacidade, elimina-se a culpabilidade, o que não significa deixar o ator de infração isenta de consequências, mas submetê-lo a normas de legislação especial para a apuração do fato e aplicação de medidas socioeducativa próprias (PEREIRA, 1999).
Percebe-se que a determinação de representante do Ministério Público ou do Poder Judiciário; a natureza do ato infracional, as circunstâncias, a personalidade, a situação sociofamiliar do adolescente; a possibilidade de combinar as medidas socioeducativas com as de proteção, a brevidade, a excepcionalidade e o respeito à condição de desenvolvimento do adolescente.
Nesse sentido, vale ressaltar que as medidas socioeducativas possuem basicamente duas características: natureza coercitiva, na qual as medias é de promover, e natureza educativa que tem como objetivo o acompanhamento realizado pelos programas sociais conferindo direito às informações e inclusão em atividade de formação educacional e inclusão no mercado de trabalho. (PEREIRA, 1999). 
Porém, a inexistência de contra partida de recursos do poder público local, para subsidiar: infraestrutura, quantitativo pessoal, transporte, dentre outro aliado a ausência de transversalidade entre as políticas públicas, a ausência de monitoramento e fiscalização por parte do estado, tem contribuído para uma ineficácia das medidas socioeducativas de meio aberto no Estado de Minas Gerais entre outros, o que contribui para que cada município execute a medida a seu modo particular, sem haver uma articulação ao nível estadual.
Entende-se que os programas têm como objetivo primordial aplicar em todo Estado diretrizes e normas disposta no Estatuto da Criança e do Adolescente. Pois, trata-se de uma instituição ligada a Secretaria da Justiça e Cidadania do Estado e tem por finalidade cumprir as decisões da Vara da Infância e Juventude, elaborar, desenvolver, e conduzir programas de atendimento integral, que incluem a profissionalização e a reintegração social da criança e o adolescente, entre outros.
Questão social: conceituação e mediação.
A questão social vem sendo discutida por diversos autores que convergem e divergem entre si sobre os seus fundamentos atuais. Iamamoto (2003, 2004) Paulo Netto (2001), Nascimento (2004), Santos (2004), Pastorini (2004), defendem um posicionamento a respeito da questão social na atualidade como sendo uma “[...] velha questão social [...]”, com expressões e manifestações diferenciadas no contexto atual, mas firmadas na relação capital e trabalho. Pereira (1999, 2003), Castel (1998), Rosanvallon (1998), apontam que diante de uma “[...] nova sociedade [...]” com “[...] novos atores e novos problemas [...]” evidenciaram uma “[...] nova questão social [...]”. Apesar das divergências, todos contribuem teoricamente para o entendimento sobre a historicidade da questão social, bem como proporciona-nos a escolha de um posicionamento teórico sobre a vertente que melhor responde aos questionamentos que sustentam os pressupostos da análise da presente pesquisa.
Consequentemente, essa lei geral que de um lado gera a acumulação do capital e da riqueza, através do processo de produção/reprodução, gera do lado dos trabalhadores um processo de expropriação de sua força de trabalho, fomentando o pauperismo. A origem da questão social esta relacionada às grandes transformações nas áreas sociais, política e econômica advinda da Revolução Industrial, sendo esse um período histórico marcado por problemas oriundos das novas formas de organização social vinculadas ao trabalho urbano e industrial (NASCIMENTO, 2004).
Dessa forma, a questão social diz respeito ao conjunto de expressões das desigualdades sociais engendradas na forma de organização da sociedade capitalista. “A questão social expressa às desigualdades econômicas, políticas e culturais das classes sociais” (IAMAMOTO, 2004).
Dessa forma verifica-se que a origem da questão social esteve ancorada no processo de desenvolvimento do modo de produção capitalista. No momento atual, mais precisamente a partir da segunda metade do século XX, vem ocorrendo um processo de intensificação das expressões da questão social a partir de novos fenômenos, assim a questão social, como afirma Pastorini, (2004, p. 50).
Caracterizada por novos problemas (novas formas de pobreza e nova exclusão social) ou antigos problemas superdimensionados (desemprego, vulnerabilidade), que estariam indicando uma ruptura com o período do capitalismo industrial e com a “questão social” que teve sua emergência em meados do século XIX (PASTORINI, 2004, p. 50).
Assim, há novas mediações no contexto atual que agravam a questão social, como o processo de abertura da economia dos países periféricos, a presença de capitais internacionais na economia desses países, dívidas internas e externas, regressão das políticas sociais públicas, precarização dos processos de trabalho e dos direitos trabalhistas recessão e desemprego, acelerado desenvolvimento científico e tecnológico, que revoluciona a produção de bens e serviços. 
Esse fenômeno implica também na lógica de individualização dos problemas e despolitização da questão social, ou seja, os problemas que são de ordem marco-social são pulverizados e individualizados como problemas dos indivíduos, os quais são os únicos responsáveis pela sua resolução. Nessa lógica, o agravamento do envolvimento de adolescente em conflito com a lei, sobretudo os casos de envolvimento com tráfico de drogas, roubo e crimes, perde a conotação de questão social, recaindo no indivíduo e na sua família a culpa, portanto, a responsabilidade de superação dos problemas.
No contexto atual, osgraves problemas de desigualdade social gerados pelo sistema excludente se entrelaçam com a individualização em que os problemas sociais são transformados e compreendidos. Essa é uma realidade muito presente no Poder Judiciário onde as causas dos conflitos na área da infância e da juventude perdem o caráter de expressões da questão social e são resignificados como conflitos de ordem pessoal, individual.
Funcionamento e regras da instituição de recuperação de atos infracionais.
Os serviços de acolhimento para adolescentes deverão estruturar seu atendimento de acordo com os seguintes princípios:
Excepcionalidade do afastamento do convívio familiar: Todos os esforços deverão ser empreendidos no sentido de manter o convívio da criança e do adolescente com a sua família de origem (nuclear ou extensa) e garantir que seu afastamento do contexto familiar seja uma medida excepcional, aplicada apenas naqueles casos em a situação representar grave risco a sua integridade física e psíquica.
Provisoriedade do afastamento do convívio familiar: quando o afastamento do convívio familiar for medida mais adequada para se garantir a proteção da criança e do adolescente em determinado momento, esforços devem ser empreendidos para viabilizar, no menor tempo possível, o retorno ao convívio familiar, priotariamente na família de origem e, excepcionalmente, em família substituta.
O órgão gestor da política de Assistência Social, em parceria com demais atores da rede local e do Sistema de Garantia de Direitos, deve desenvolver estratégias para o aprimoramento constante da oferta do atendimento ao adolescente, visando a melhor adequação às características das demandas locais. A implementação de serviços de acolhimento deve basear-se em um diagnostico local e que busque identificar a existência ou não de demanda por tais serviços no município e quais modalidades de serviços são mais adequada para seu atendimento. Os alojamentos são inadequados e precários, construídos em forma de prisão, havendo clara superlotação em cada cela.
Fonte: CNJ - unidades de internação de jovens.
fonte: O Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Só podem visitar os adolescentes seus pais, avós e irmãos maiores de 18 anos, sendo permitidas duas pessoas uma vez por semana.
Os adolescentes possuem acesso restrito à televisão, sendo suas correspondências violadas. Podem, porém, comunicar-se com seus familiares através de telefone, cartas, recado e pessoalmente no dia da visita. 
Os adolescentes possuem rígido horário para movimentação, sendo inadequada a área para suas atividades mais elementares, restritas, a uma quadra de futebol num antigo pátio para secagem de café. 
Paradigmas sobre a maior idade penal no Brasil.
A reforma da idade penal no Brasil refere-se aos diferentes esforços ideias ou iniciativas visando possíveis mudanças na legislação brasileira sobre a penalização de adolescentes de dezoito anos, especialmente no que diz respeito as possível redução da maioridade penal.
A responsabilidade penal a ser conferida ao adolescente de 18 anos não é formula mágica apta a diminuir ou acabar com o crime; ao contrário, tem-se a certeza de que o cidadão com mais de 16 anos vai responder pelo seu erro praticado, responsável por transtornos na sociedade e pela crime cometido contra famílias da vitimas que perdeu um dos seus membros ou que passou a amargura de outros sofrimentos.
Percebe-se que mantida essa situação, obriga-se o legislador a diminuir a idade para a responsabilidade penal a cada avanço tecnológico, a lei que regulamentam o comportamento do cidadão na sociedade não pode estagnar-se e deixar de acompanhar a evolução dos costumes social. Esta sistemática mostra-se tão distanciada da realidade que, país fixa um numero completamente diferente do outro, como fronteira entre a imputabilidade e a inimputabilidade penal.
Assim é que: na Índia o adolescente de sete anos é responsável criminalmente; na Austrália, no Egito, Escócia, Kuwait, Suíça, oito anos; Inglaterra e Nova Zelândia, dez anos; Equador, Canadá, Israel, Líbano, e Holanda, doze anos; Alemanha, China, Itália, Japão e Coreia do Sul, quatorze anos; Portugal, Argentina, Espanha e Chile, dezesseis anos; Brasil, Colômbia, Venezuela, Dinamarca e França, dezoito anos. 
As leis desses e muitos outros países fixam a responsabilidade penal com absoluta fidelidade ao principio de o adolescente com idade inferior a 18 anos não pratica qualquer infração conscientemente, ou seja, não tem a certeza de que ao matar, roubar, esta causando danos a uma família ou esta violando o direito do outro. 
O critério usado prestigia somente a idade como fator de separação entre o homem consciente e o inconsciente de seus atos; desconsidera e desprestigia completamente a capacidade física e psíquica do infrator.
Qual a ingenuidade do rapaz ou da moça de 16 anos para justificar incompreensão por atos ilícitos por eles praticados. Há gritante incoerência no raciocínio dos que advogam essa teoria. Assim, das duas uma: ou o legislador foi muito rígido com adolescente do passado ou há muita complacência com o adolescente da atualidade.
O Estatuto da Criança e do Adolescente abraçou princípios que não se condizem com a estrutura da sociedade atual, com o ambiente no qual vivem os adolescentes, movimentados por imensas facilidades de comunicação, por compreensão inusitada, seguida pelo destempero da violência. Essa legislação especial admite que o adolescente infrator, não importa a ilicitude cometida, sofrerá apenas internamento, ainda assim, por período Maximo de três anos. 
Não se justifica a resistência à diminuição da idade para responsabilizar o adolescente sob o argumento dos abusos inerentes ao cumprimento da pena nas penitenciárias, pois esta é outra política que deve ser revista, tanto nos presídios, quanto nas casas de reeducação do adolescente menor de 18 anos. O grande penalista Nelson, propôs e foi aceita a diminuição da idade, no Código Penal Militar, Decreto da Lei 1001/69, art. 50: “O menor de dezoito anos é imputável, salvo se, já tendo completado dezesseis anos, revela suficiente desenvolvimento psíquico para entender o caráter ilícito do fato de determinar-se de acordo com este entendimento. Neste caso, a pena aplicável é diminuída de um terço até a metade”.
O art. 228 da Constituição de 1988, que adotou o critério biológico, revogou o dispositivo acima, porque considerou que o adolescente infrator passaria a ficar sujeito ao ECA e, portanto, inimputável.
Segundo o referido diploma legal, em seu art. 2.º, o adolescente é aquele que “possui entre doze e dezoito anos de idade”. Pois, conforme o preceito constitucional e as normas infraconstitucionais nessa idade o adolescente é considerado penalmente inimputável.
Dessa forma, as medidas sócio-educativas devem ser aplicadas aos adolescentes infratores pelo juiz da infância e da juventude, importa considerar: “(...) a gravidade da situação, o grau de participação e as circunstancias em que ocorreu o ato; sua personalidade, a capacidade física e psicológica para cumprir a medida e as oportunidades de reflexão sobre o seu comportamento visando mudanças de atitude”. Ressaltando-se que, todo o procedimento tem participação obrigatória e fiscalização do Ministério Público.
O art. 112 do ECA prevê as medidas sócio-educativas em conformidade com a gravidade do ato infracional aplicado, e estas são:
1 – Advertência – consiste na admoestação verbal, reduzida a termo e assinada, em que o juiz da infância e da juventude procurará repercutir positivamente no íntimo do infrator circunstancial e sobre seus familiares, aos quais também se destina indiretamente a medida.
2 – Obrigações de reparar o dano - medida que poderá ser aplicada quando o ato infracional repercutir patrimonialmente. Esta medida poderá trazer um ressarcimento útil à vítima.
3 – Prestação de serviço à comunidade – é medida sócio-educativa alternativa à internação, em que o adolescente infrator realizará serviços gratuitos e de interesse geral à comunidade.4 – Liberdade assistida – medida de caráter educativo e preventivo de fundamental importância, em que o adolescente infrator será atendido em meio aberto. É dirigida, de regra, a adolescentes rescendentes, que terão um programa especial de atendimento e que serão supervisionado por autoridade competente, para serem reintegrados à comunidade, À escola e ao mercado de trabalho.
5 – Semiliberdade – esta medida sócio-educativa objetiva reintegrar o adolescente à sociedade, de forma gradual, fazendo que ele trabalhe e estude durante o dia e recolha-se ao estabelecimento de atendimento no período noturno.
6 – Internação – realça o aspecto pedagógico, mas também surte efeito de promover, principalmente nas medidas restritivas de liberdade.
Portanto a sociedade civil precisa lutar por um país que garanta a todos o que a Constituição da Republica, em seu art. 6º, diz que é direito de todos, e não apenas dos que podem pagar: “a saúde, o trabalho, o lazer, a segurança, a previdência, a proteção à maternidade e a infância, a assistência aos desamparados”. Um país que ao invés de prender mais, consiga substituir o medo pela esperança, à raiva pela solidariedade, à intolerância pelo respeito, a desigualdade pela diferença. É daí que virá a paz que todos queremos, e não do medo de cada um de ficar mais tempo preso ou de sofrer penalidades maiores.
6. O PAPEL DO ASSISTENTE SOCIAL COMO MEDIADOR DAS POLÍTICAS SÓCIAS VOLTADA PARA OS ADOLESCENTES EM CONFLITO COM A LEI.
Assim que lukács defina: 
A aproximação dialética no conhecimento da singularidade não pode ocorrer separadamente de suas múltiplas relações com a particularidade e com a universalidade. Estas já estão, em si, contidas no dado imediatamente sensível de cada singular, e a realidade e a essência deste só pode ser exatamente compreendida quando estas mediações (as relativas particularidades e universalidades) ocultas na imediaticidade são postas à luz (lukács, 1968a: 106).
Antes de desenvolver a questão das políticas públicas, em primeira instância destaca-se o porquê da existência das mesmas. Em seguida, delinear-se-a a constituição das mesmas e a sua efetividade no solo social, histórico e legal do Brasil.
Historicamente o serviço social foi considerado vocação, habilidade, ocupação, atualmente é reconhecido como profissão, uma especialização do trabalho coletivo, inscrita na divisão social e técnica do trabalho, regulamentada no Brasil pela Lei n. 8.662/9, de 7 de junho de 1993.
De acordo com Netto (1999, p. 102), enquanto profissão, não dispõe de uma teoria própria, nem é uma ciência; isto não impede, entretanto, que seus profissionais realizem pesquisas, investigações etc; e produzam conhecimentos de natureza teórica, inseridos no âmbito das ciências sociais e humanas. Isto Pressupõe: 
Pesquisar dados de realidade quantitativos, pois de acordo com Martinelli (1994), as pesquisas quantitativas são imprescindíveis para trazer retratos da realidade, dimensionar os problemas que se investiga;
Desvendar e problematizar a realidade social, apreendendo os modos e as condições de vida dos sujeitos com seus condicionantes históricos, sociais, econômicos e culturais, e também seus anseios, desejos, necessidades, demandas;
Intervir na realidade social com base na apreensão do movimento contraditório do real, a partir do seu desvendamento e problematização, e também de pesquisa sobre dados da realidade dos sujeitos;
As mudanças na concepção que se tem da profissão de assistente social são consequências de processos históricos, e dependem do significado social que se atribui à profissão, que é fruto de movimentos da categoria e também da sua relação com a dinâmica e o desenvolvimento do conjunto da sociedade. 
Entende-se nesse arsenal de conhecimentos ético-político, teórico-metodológico e técnico-operativo do qual o assistente social precisa apropriar-se no seu âmbito de atuação profissional varia, desde os considerados específicos, decorrente da área de Serviço Social propriamente dita, como também apropriações sobre legislação (principalmente a relativa à legislação social voltada para a criança e o adolescente – ECA; idoso – Estatuto do Idoso; SUS – Sistema Único de Saúde; Loas – Lei Orgânica de Assistência Social; SUAS – Sistema Único de Assistência Social; RH – Recursos Humanos; PPD – Política Nacional de Pessoas Portadoras de Deficiência; LDB – Lei de Diretrizes e Bases; NOB/SUAS – Norma Operacional Básica); políticas sociais, conhecimento e habilidade de trabalhar em equipes, interfaces com poder público local, articulação de redes e com instancias locais diversas, o que requer, além da formação generalista, apropriações aprofundadas dependendo da inserção sócio-ocupacional.
Dessa forma, uma abordagem coerente como a linha de defesa dos direitos da juventude e dos processos de construção de canais de participação popular, remete a uma abordagem conceitual de políticas públicas que supere os meandros e limites assistencialistas, de oferta de mínimos sociais, em troca de uma referencia realmente política.
É tarefa inerente à profissão compreender a lógica de formação e o desenvolvimento da sociedade capitalista e os impasses colocados pelos conflitos sociais, tendo como campo de atuação as expressões da questão sócia. E nesta perspectiva, o assistente social defende a luta pela democracia econômica, política e sócia, busca a defesa de valores éticos para o coletivo em favor da equidade, defende o direito do adolescente, pela a universalização como garantia a saúde pública para todos: uma educação laica, pública e universal em todos os níveis, percebe-se que o profissional de assistência social luta pela pelo garantia de direitos como estratégia de fortalecimento de vínculo e mediação fundamental e urgente no processo de construção de uma sociedade emancipada de direitos.
Buscamos destacar a importância da atuação do Serviço social, através dos programas socioassistenciais inseridos nas instituições que são direcionadas ao atendimento dos adolescentes, para que possam resgatar o sentido da autonomia, através de ações interdisciplinares. 
Conforme Iamamoto; Carvalho, (2001, p. 270).
[...] a ação do assistente social [devia] estar voltada para “radicar no espírito dos menores aprendizes a noção de autoridade associada harmoniosamente a uma forte disciplina e para despertar o espírito de iniciativa e de liberdade refletida, que nada tem em comum com os desvios libertários a que os adolescentes são particularmente sujeito” (IAMAMOTO; CARVALHO, 2001, p. 270, grifo do autor).
O serviço social desenvolver atividades socioeducativa e culturais, visando à inclusão social dos adolescentes e familiares, que vão desde orientações sociais, consultas e pareceres que possam contribuir com a inserção dos adolescentes em programas e projetos sociais voltados para os desenvolvimentos da cidadania. Conforme Baptista (2001) afirma que:
O Serviço Social, como as demais profissões, na medida em que se refazem e se constroem as relações na sociedade, vai se reconstruindo e refazendo, muito embora nesse processo não supere os limites das relações postas pelo capitalismo, uma vez que a própria sociedade não os supera. Nesse processo de reconstrução, as ações individuais podem assumir, ao mesmo tempo, as dimensões de síntese resultante do processo coletivo de elaboração de conhecimentos e práticas desenvolvidos pela categoria – e de criação de novas propostas e de novos conhecimentos. (BAPTISTA, 2001, p. 15-16).
No entanto compreendendo a atuação do Serviço Social visando à promoção e a garantia dos direitos sociais ao adolescente, todavia, o profissional do serviço Social, está comprometido com a construção dos projetos de inserção social, tendo em vista os princípios de cidadania, objetivando minimizar o estigma e os preconceitos sobre o adolescente que cometeram atos infracionais.
Sendo assim, é importante a compreensão desta profissão neste contexto, assim diz o autor Barbosa, (1990,p. 10).
Para cada problemática específica era criada uma instituição específica, desenvolvida por profissionais especialistas em cada uma delas, ressaltamos, então, a existência de uma instituição “fundamental da sociedade definidora de ideias, normas, padrões e praticas que são geradas na dinâmica da sociedade, o Estado” (BARBOSA, 1990, p. 10).
Os serviços assistenciais buscam promover não somente a melhor qualidade de vida aos adolescentes no âmbito social e comunitário, mas também no âmbito familiar.
O assistente social aparece como mediador (agente de prática) institucional das demandas e a oferta de serviços. Para Barbosa, (1990), passamos a entender a prática profissional do assistente social como institucional, pois como citamos anteriormente, não apenas por desempenhar as suas ações no interior de uma instituição, “mas também por ter conteúdo definido no âmbito das relações que se apresentam entre a instituição e a população” (BARBOSA, 1990, p. 11).
Sistematizar implica um esforço critico, com fundamentações teóricas que possibilitam a análise da prática profissional. Isso permite a problematização sobre uma ou mais dimensões da prática. Dessa forma, não abandona a dimensão intelectual da profissão, pois auxilia no processo de construção e reconstrução de novos saberes no serviço social.
Considerando relevante a relação passado-presente para a compreensão do atual momento dessas políticas, este artigo procura resgatar a nação de adolescente instituída sob a constituição do aparato do Estado de bem-estar social brasileiro. 
Percebe-se que as consolidações das políticas sociais destinadas ao atendimento à criança e ao adolescente foram sistematizadas em dois grandes períodos, a saber, antes e depois do surgimento do Estatuto da Criança e do adolescente, onde o critério de delimitação está alicerçado na concepção do adolescente e nas diretrizes implícitas em decorrência nos arcabouços jurídicos dos perspectivos períodos.
Essa contextualização histórica do atendimento infanto-juvenil visa desmarcar os períodos políticos em que foram desenvolvidos os serviços de atendimentos e estabelecidos as principais normatização e legislação, referidas de acordo com a periodicidade estipulada, bem como as características e diretrizes da política social de atendimento à adolescente, oferecendo um panorama do inicio, do desenvolvimento e da consolidação do sistema de proteção social brasileiro ao longo do Século XX e início do Século XXI.
O profissional de serviço social pode e deve utilizar toda essa estrutura (questionada-a, instigando-se e movimentando-a) para implementar seus objetivos e concretizar a realização da justiça social.
Os direitos conquistados e a busca da garantia dos mesmos, embasados pelos princípios constitucionais da seguridade social, bem como pelos princípios do serviço social podemos colocar como grande e constante embate que a população e os profissionais terão que perseguir, sempre acreditando na democracia e na efetivação dos direitos sociais. Assim como sinaliza Iamamoto (1998, p. 80) que:
Uma competência crítica capaz de decifrar a gênese dos processos sociais, suas desigualdades e as estratégias de ação para enfrentá-las. Supõe competência teórica e fidelidade ao movimento da realidade; competência técnica e ético-político que subordine “o como fazer” ou “o que fazer” e, este ao “deve ser”, sem perder de vista seu enraizamento no processo social.
Tal competência sinalizada pela autora dificilmente será capaz de ser contemplada como o sujeito solitário, pois os desafios são imensos e sempre renováveis.
O profissional de assistente social na rede pública de ensino: meios de prevenção e socialização.
Tomando como base os princípios da educação queremos refletir sobre o trabalho político e educativo do Serviço Social que se encontra fundamentada pela concepção filosófica, política e operacional da educação comunitária. Instalam-se um processo de superação gradativa das instalações do homem pela exploração continua de suas virtualidades intrínsecas, dispondo de uma formação que integra a já vasta produção teórica oriunda das diversas disciplinas sociais que tem vindo a construir a Educação em objeto de estudo, o Assistente Social reúne boas condições para se constituir em agente catalisador de processos coletivos promovendo a indispensável comunicação entre saberes e agentes educativos. A promoção da educação para todos, enquanto meta eminentemente complexo e desafiado não pode deixar de impor a criação de capacidade de análise esclarecidas e esclarecedora dos vazios e desencontros entre dois contextos socializadores com implicações notáveis na estruturação de matrizes de percepção, conhecimento e avaliação do mundo e da vida que são a escola e a família.
Alem disso, e operacional, porque a educação comunitária destancia-se das rotinas tradicionais de apresentar à comunidade programas prontos, inverte-se a ordem das coisas e de prioriza-se a realização de um diagnostico da comunidade, junto com ela, para conhecer seus anseios, problemas, necessidades e seu potencial para que o planejamento de atividade e de projetos seja realizado.
Regatando os princípios da educação comunitária no que se refere ao envolvimento e à participação da comunidade, são estes condicionantes mutuamente inclusivos: só participa quem está envolvido e só se envolve quem participa. A participação não deve ser uma meta, mas condição, e, portanto transforma-se em aprendizado via colaboração mútua, desafios a enfrentar, reflexão sobre necessidades e correlação de forças frente a interesses diversos. 
Assim como é este olhar que estamos analisando as condições e os resultados do trabalho do serviço social na comunidade através da educação, buscando compreender a partir do questionamento; a quem serve a participação? Como os usuários dos serviços públicos podem participar da transformação da sociedade? As políticas públicas estimulam os usuários para a luta por novas conquistas?
O serviço social na área da educação procura-se constituir a esfera pública como espaço de formação de consenso político e públicização dos conflitos sociais, fortalecendo a participação destes sujeitos sociais. A assistência social tormou-se política pública para o atendimento às necessidades básicas, e a educação infantil assumiu papel de fundamental importância no contexto da política educacional, cujo atendimento passou a ter o caráter sócio educativo, instaurando-se um espaço de formação e proteção. 
O trabalho do assistente social na área da educação se confronta com estas questões, desafiadoras. A inserção do serviço social na escola constitui, portanto, decisão política de fortalecimento das políticas sociais. Hoje, professores e diretores se desdobram na tarefa de ouvir, compreender e mediar, para fortalecer as interfaces entre os setores: os Centros de Referência da Assistência Social (CRAS); os programas de saúde da família (PSF); as escolas e tantas outras para uma cidadania melhor.
Partindo destas questões, acredita-se que uma das estratégias mais efetivas para consolidar esse projeto defendido pelo Serviço Social é a Educação – onde é possível mobilizar e discutir com maior profundidade sobre conquista de direitos, defesa da cidadania, identidades culturais, consciência crítica, justiça social, entre outros, atingindo os alunos desde a formação básica até a avançada e a comunidade que tem a escola como referência.
Ressalta-se que, o assistente social que atende a comunidade escolar, seus familiares e população no entorno das escolas tem recebido diversas prostituição infanto-juvenil, droga entre jovens, gravidez na adolescência, consequência de desestruturação familiar, entre outras. Também atua na interdisciplinaridade, em debates mais amplos quando se trata de adolescente que já cometeram ato infracionais articulando-os na ressocialização dos mesmo.
E assim a educação, mais que uma formação, consiste numa condição formadora necessária ao próprio desenvolvimento natural do ser humano. ParaPiaget (1975, p. 41), [...] O direito À educação é, portanto, nem mais nem menos, o direito que tem o indivíduo de se desenvolver normalmente, em função das possibilidades de que depõe, e a obrigação, para a sociedade, de transformar essas possibilidades em realizações efetivas e úteis.
A ação do Serviço Social, dentro destas propostas, se destaca na atuação direta com a comunidade via instituição escolar e outras entidades comunitárias, nas famílias de alunos em conflito com a lei, é objetivo de trabalho do assistente social na educação. O relevante desta experiência se constitui na elaboração de projeto político de atuação, procurando conciliar a formação dada pela área de assistência social com a experiência e estudos na área de educação.
Assim como o ECA, Capítulo IV Do Direito à Educação, à Cultura, ao Esporte e ao Lazer:
Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, assegurando-se-lhes:
I – igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II – direito de ser respeitado por seus educadores;
III – direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares superior;
IV – direito de organização e participação em entidades estudantis;
V – acesso à escola pública e gratuita próximo de sua residência.
Parágrafo único. É direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo pedagógico, bem como participar da definição das propostas educacionais. (ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE, LEI FEDERAL nº 8069. 13 de junho de 1990).
7 - O ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE E O NOVO PARADIGMA – CRIANÇA E ADOLESCENTES SUJEITOS DE DIREITOS.
O Estatuto da Criança e do Adolescente contextualiza a conquista do esforço geral da sociedade brasileira. A iniciar-se pela proteção dos seus direitos, com a garantia do seu cumprimento conforme previsão constitucional, por que direitos fundamentais, direitos humanos. Isto é considerando-se a realidade de números expressivos de adolescentes com o futuro comprometido. 
Outros importantes preceitos do Estatuto da Criança e do Adolescente, que marcam a ruptura com o velho paradigma da situação irregular são: a prioridade dos direitos à convivência familiar e comunitária e, consequentemente o fim da política de abrigamento indiscriminado; a priorização das medidas de proteção sobre as socioeducativas, deixando-se de focalizar a política do adolescente abandonados e atos infracionais; a integração e a articulação das ações governamentais e não governamentais na política de atendimento; a garantia de devido processos legal e da defesa ao adolescente a quem se atribua autoria de ato infracional; e a municipalização do atendimento.
Vale ressaltar que a implementação de uma política pública capaz de garantir a efetivação dos direitos previstos no ECA esta intimamente ligada à concretização de instrumentos de participação e de controle social da sociedade, pela via dos conselhos. 
Neste aspecto, Raichelis (2006) afirma que a composição plural e heterogênea, entre governo e sociedade civil, caracteriza os conselhos como espaços de negociação de conflitos entre diferentes grupos e interesses. 
Percebe-se que ainda destaca-se a importância da relação estabelecida entre as referidas entidades e o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do adolescente (CMDCA), tanto no que se refere à formulação de políticas públicas quanto à capacidade das entidades em dar atendimentos a esta população. Isso significa dimensionar o universo das entidades dando maior visibilidade as suas formas de atuar nas questões relacionadas à violência, conforme estabelecido no ECA.
Ao CMDCA compete efetuar a fiscalização das políticas públicas voltadas para a criança e o adolescente, a partir de um cadastro e emissão de certificado às entidades escutadoras dos serviços, de diferentes naturezas (públicos e privados), a fim de garantir e priorizar as finalidades dos serviços, com qualidade.
Assim, no que se refere à política de atendimento ao público infanto-juvenil, o CMDCA tem o papel fundamental na gestão da referida política, uma vez que, é no espaço do conselho que poder público e sociedade civil poderão propor e contribuir com um atendimento digno e de qualidade aos adolescentes que cometeram atos infracional em sua ressocialização com a sociedade. 
De acordo com Martins (2004, p. 199), no processo de construção de novo paradigma – que reconhece a criança e o adolescente como sujeitos de direitos -, estes conselhos se constituem em espaços fundamentais para “o estabelecimento de novos mecanismos de ação política que se proponham a assegurar os direitos fundamentais previstos no Estatuto”.
Entende-se que nesta perspectiva, a autor aponta que a política de atendimento voltado à população infanto juvenil, passa a ter uma nova estrutura de política social. 
Conforme previsto no art. 86 do ECA que: “a política de atendimento dos direitos da criança e do adolescente far-se-á através de um conjunto articulado de ações governamentais e não governamentais, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios”.
Para Martins (2004), através da participação- de qualquer cidadão interessado- nas reuniões do CMDCA, pode-se observar o nível de participação efetiva da população no que diz respeito sãos serviços prestados pelo poder públicos.
8. CONCLUSÃO
O presente artigo teve como objetivo analisar a importância da família no contexto do processo de ressocialização e suas implicações, bem como o amparo governamental para viabilizar todo esse processo, além de ressaltar a importância de orientar de forma eficaz ações que possibilitem uma compreensão da realidade do meio de medidas capazes de prevenir situações de riscos por meio do desenvolvimento de potencialidades e aquisições do fortalecimento de vínculos familiares e vínculos afetivos que influenciam de forma positiva ou negativa na sociedade. Portanto, as políticas públicas devem apoiar as famílias nos cumprimentos de suas funções de cuidado e socialização de seus filhos, buscando promover a inclusão social e buscar a superação das vulnerabilidades, sendo também necessárias políticas e ações voltadas para proteger os adolescentes quando os vínculos estão fragilizados ou rompidos, oferecendo atenção especializada e acompanhamento sistemático e programas de orientação, apoio e proteção no contexto social. 
Porem entre aos diversos obstáculos encontrados, ainda está presente a resistência para o desenvolvimento dos serviços institucionais porque a família não se faz presente ou não atende as exigências das instituições assim sendo, esta eficácia não se efetiva.
Cabe salientar, com relação à redução da maioridade penal que o sistema penitenciário não contribui como instrumento para proteção integral ao adolescente, pois conforme apresentado, a superlotação, insalubridade do estabelecimento penitenciário, a falta de estrutura assistencial educacional, e ainda o agravante que pesa a quantidade de mandatos de prisão pendentes.
Apesar das diversas formas de tentativas de melhorar estes infratores, a prática mostra que na sua maioria não é possível.
Por outro lado, a presença do profissional de Serviço social nesses espaços pode constituir-se também em esforços na garantia de direitos dos sujeitos atendidos. Assim, produzir conhecimento acerca desse espaço de trabalho é também mostrar que a categoria tem condições de desenvolver um trabalho profissional comprometido com os pressupostos do projeto ético-político profissional, mesmo em instituições que trabalham com a execução de “sanções”.
A práxis do Serviço social esta orientada a possibilidade de ressocialização, reinserção social saudável, não compreendida apenas na dimensão produtivo-consumidora, mas como emancipatória, na medida em que o indivíduo tem condições de tornar-se sujeito da própria história. Trata-se, evidentemente, de um desafio de proporções assustadoras. Contudo,

Outros materiais