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Direito Administrativo l
06/08/2012
Conceitos do Direito Administrativo
Conceito de Direito Público e Direito Privado
Direito Público 
Conceito – disciplina as relações entre a Sociedade e o Estado, bem como as relações entre os Órgãos Estatais e as Entidades entre si, sempre em busca da satisfação e do interesse coletivo, alcançando condutas individuais de maneira indireta.
Característica Marcante – é a desigualdade nas relações jurídicas por ele regida, tendo em conta a prevalência do interesse público sobre o interesse individual.
Fundamento – o poder público goza de certas prerrogativas que o situam em posição de superioridade frente ao particular, pois titula o interesse coletivo. 
Direito Privado
Conceito – disciplina as relações jurídicas entre particulares como forma de possibilitar o comércio em sociedade.
Característica Marcante – igualdade jurídica entre as partes. Uma não se subordina a outra.
Conceito de Direito Administrativo (por Helly Lopes Meireles).
É o conjunto harmônico de princípios jurídicos que regem os órgãos, agentes e entidades do poder público no exercício da atividade administrativa, tendentes a realizar concreta, direta e imediatamente os fins desejados pelo Estado.
É o ramo do direito público que rege a organização e o exercício de atividades do Estado voltadas para a satisfação do interesse público.
Ramo do Direito – podemos dizer “Ramo” do direito quando trata-se de um direito autônomo, independente.
Objeto do Direito Administrativo
Ele abrange as relações internas entre os órgãos e entidades públicas, entre os agentes administrativos e a administração pública e a relação entre os administrados (nós) e a administração pública.
Órgão – administram os entes políticos.
Agentes – funcionários públicos
Entidades públicas – criadas para prestar serviços para um Ente (INSS).
Entidades – pessoas jurídicas que um Ente pode criar.
- Autarquias (INSS, Ibama)
- Fundação Pública (FUNDAP, FAPESP)
- Sociedade de Economia Mista (Petrobrás)
- Empresa Pública (CET, Correios)
- Consórcios Públicos
Entes Políticos que praticam atividade administrativa
União – Leg./Exec./Jud.
Estados – Leg./Exec./Jud.
Distrito Federal – Leg./Exec./Jud.
Municípios - Leg./Exec.
Poder Legislativo
- Função Típica – inova o ordenamento jurídico criando as Leis originárias.
- Função Atípica – fiscalizar, administrar e julgar.
Poder Executivo
- Função Típica – administrar.
- Função Atípica – legislar (MP – lei delegada).
Poder Judiciário
- Função Típica – resolver conflitos de interesse com força definitiva (coisa julgada).
- Função Atípica – legislar, administrar.
Fontes do Direito Administrativo
- Lei em sentido amplo
C.F. – art. 37
Leis ordinárias e demais
Decretos
Todos os tipos normativos
Princípios
- Jurisprudência (decisões reiteradas no mesmo assunto / acabam virando Súmula Vinculante)
- Costumes
- Doutrina
08/08/2012
Sistemas Administrativos
- Sistema inglês ou da unicidade de jurisdição (adotada pelo Brasil)
É o sistema adotado no Brasil, significa que todos os litígios administrativos ou privados podem ser levados ao poder judiciário, único poder que julga com força definitiva, com força de coisa julgada. Qualquer litígio, mesmo que já apreciado na esfera administrativa poderá ser reapreciado pelo poder judiciário por força do Princípio Constitucional da Inafastabilidade da Jurisdição.
- Sistema Francês ou do contencioso administrativo
Esse sistema pega a apreciação pelo poder judiciário de atos administrativos, ficando estes sujeitos apenas à chamada jurisdição do contencioso administrativo. Nesse sistema há uma dualidade de jurisdição: jurisdição administrativa formada por tribunais administrativos e jurisdição comum formada por órgãos do poder judiciário.
Administração Pública
Conceito
É a gestão de bens e interesses qualificados na comunidade em âmbito federal, estadual e municipal, segundo preceitos do direito e da moral, visando ao bem comum.
Classificação:
2.1) 
a) em sentido amplo
É o conjunto dos órgãos governamentais, que são incumbidos de trocar os planos de governo e os órgãos administrativos incumbidos de executar esses planos.
b) em sentido estrito
Em sentido estrito a Administração Pública é somente os órgãos administrativos, isso em sentido subjetivo, em sentido objetivo é apenas a função administrativa.
2.2)
a) em sentido formal/subjetivo/orgânico
É o conjunto de atividades desenvolvidas pelo Estado sob o regime de Direito Público, para concepção dos interesses públicos. São as atividades próprias da função administrativa.
São elas:
- polícia administrativa
- serviços públicos
- atividade de fomento – as atividades privadas de utilidade pública
- intervenção – o Estado pode intervir na propriedade privada e na ordem econômica
b) em sentido material/objetivo/funcional
É o conjunto de órgãos, pessoas ou agentes incumbidos de prestar atividade administrativa, esse conjunto de pessoas pertence a cada uma das pessoas políticas da esfera estatal.
 
Administração Pública e Governo
Função de Governo – governar, traçar diretrizes, metas, seus planos para serem cumpridos por aquele governo, é a direção geral e suprema do Estado.
Função de Administrar – é a execução dos planos de governo.
PRORROGATIVAS X RESTRIÇÕES
 Princípio da Supremacia do Interesse Público Princípio da Indisponibilidade do Interesse Público
								- Princípio da Legalidade
								 Impessoalidade 									 												 Moralidade																						 Publicidade																				 Eficiência 
Pedras de Toque do Direito Administrativo
Regime Jurídico Administrativo
É o Regime aplicável aos órgãos e entidades que compõem a administração pública e a atuação dos agentes públicos. Baseia-se na ideia da existência de poderes especiais passíveis de serem exercidos pela administração, contrabalançados pela existência de restrições especiais na atuação dessa mesma administração. Essas prerrogativas ou restrições somente existem nos regimes de direito público não existindo nas relações típicas de direito privado.
O Regime Jurídico Administrativo esta alicerçado em dois princípios:
- Princípio da Supremacia do Interesse Público
- Princípio da Indisponibilidade do Interesse Público
Esses dois princípios são chamados por Celso Antonio Bandeira de Mello de Pedras de Toque do Direito Administrativo, porque, deles deflui todo o regime jurídico aplicável à Administração.
O Princípio da Supremacia do Interesse Público não esta presente em todos os atos da administração, mas somente naqueles em que a administração manifesta poder de Império, ou seja, aqueles impostos coercitivamente aos particulares. Já o Princípio da Indisponibilidade do Interesse Público esta disposto em TODOS os atos da administração.
13/08/2012
Princípios Constitucionais
Aplicáveis à Administração Pública: (art. 37 CF – Princípios Mínimos)
A doutrina e a jurisprudência entendem que estes são os princípios mínimos, ou seja, no mínimo estes devem ser respeitados.
Princípio da Legalidade
O Princípio da Legalidade segundo o art. 5° da CF, que trata da legalidade do Direito Privado significa que os indivíduos podem fazer tudo salvo o que é vedado pela lei, vigora a autonomia da vontade. Tudo o que não é proibido é permitido.
Já o Princípio da Legalidade que incide sobre a Administração Pública é o exposto no art. 37 da CF. Significa que a Administração Pública só pode agir quando a lei autorize ou determine. O critério é o da subordinação à lei, visto que a Administração Pública não tem vontade própria, a vontade dela deve ser a vontade da lei, que, em última análise é a vontade do povo.
A lei deve ser respeitada assim como os Princípios Administrativos.
Princípio da Impessoalidade
Este Princípio tem dois enfoques:
Interesse Público – finalidade da lei.A Administração Pública por meio de seus agentes, não podem agir com vistas a prejudicar ou beneficiar alguém, uma vez que o interesse público é que deve sempre nortear os seus atos. A finalidade a ser alcançada pelos atos administrativos é sempre a finalidade pública (princípio da finalidade). A Administração Pública deve agir sem subjetividade, ao contrário, deve agir de maneira objetiva respeitando a vontade da lei que é sempre alcançar o interesse público. Esse princípio visa a impedir perseguições ou favoritismos, e quando desrespeitado configura um vício denominado desvio de finalidade, que causa a nulidade do ato.
Não se pode mencionar o nome do agente como mérito da realização de obra pública.
O segundo enfoque esta ligado à ideia de vedação de promoção pessoal em propaganda oficial. O administrador não pode se valer de uma obra ou de um serviço público para fazer a sua propaganda eleitoral. O STF veda qualquer vinculação entre a propaganda oficial da obra e a pessoa titular de um cargo. Inclusive veda menção a partido político. Art. 37 § 1° da CF veda que conste nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal.
Princípio da Moralidade – Ética, probidade
MORAL COMUM:
A moralidade comum difere da moralidade administrativa. A comum são as regras do convívio social do certo e o errado do dia a dia. A moral comum não traz consequências jurídicas.
MORAL ADMINISTRATIVA – Jurídica
A moralidade administrativa é mais rigorosa, porque existe não só a correção de atitudes, mas também a boa administração. O administrador não deve somente agir de forma correta, deve ser também o melhor administrador possível (esta interligada ao Princípio da Eficiência). A moral administrativa é jurídica, ou seja, traz consequências na esfera jurídica porque acarreta a invalidação do ato praticado. Ela é requisito de validade do Ato Administrativo.
O maior exemplo de aplicação do Princípio da Moralidade é a proibição do nepotismo, que também representa a aplicação de outros princípios tais como o Princípio da Impessoalidade, Eficiência, Economia, etc.
A ADECO n° 12 = julgado pelo STF que deu origem a Súmula Vinculante n° 13.
Súmula Vinculante 13
A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o 3° grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento para o exercício de cargo em comissão ou de confiança, ou ainda, de função gratificada na Administração Pública direta e indireta em qualquer dos poderes da União, dos Estados, do DF e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a CF.
15/08/2012
1 – Nomeação de parentes:
Cargo em comissão / função de confiança / função gratificada.
2 – Mesmo que o nomeado tenha prestado concurso, ele não pode ser nomeado para o mesmo local / para a mesma pessoa.
3 – Assim não pode trabalhar junto com o nomeante, não pode existir parentes trabalhando na mesma repartição.
4 – Súmula veda nepotismo cruzado (nomeação entre parentes / favores) e a vedação de designações recíprocas, ou seja, uma pessoa nomeia parente de outra para trabalhar com ela e em troca àquela pessoa nomeia o parente da outra.
Princípio da Publicidade
Função de dar transparência aos atos da Administração Pública.
Como o titular da coisa pública é o povo, a Administração Pública que somente é a gestora deve dar ciência, conhecimento dos atos de sua gestão. Para isso deve publicar todos os atos praticados, em regra, para que seja assegurada a transparência da sua administração. Entretanto, a própria CF, assim como exige a publicidade, também a restringe quando imprescindível a segurança da sociedade e do Estado, bem como a intimidade ou o interesse social exigirem (art. 5° XXXIV e LX da CF). 
Quando houver conflito entre o interesse público e o direito a intimidade, prevalecerá o interesse público, ou seja, a publicidade do ato, visto que prevalece por força do Princípio da Supremacia do interesse público.
A publicidade assim é condição de eficácia de alguns atos praticados pela Administração Pública como, por exemplo, certos atos administrativos e também é importante para o início de contagem de prazo, por ex: multa de trânsito.
Princípio da Eficiência
Foi efetivado com a CF de 1988. Antes ele ficava implícito.
Existia anteriormente a CF, como princípio implícito. Com a reforma administrativa feita pela EC 19 esse princípio foi positivado na CF. Eficiência significa ausência de desperdício de dinheiro público, mas também significa a boa prestação desse serviço, ou seja, a administração deve prestar os serviços públicos da melhor maneira possível, porém gastando somente o necessário. É a relação custo / benefício.
 
Poderes Administrativos
Conceito
São prerrogativas, instrumentos que a Administração Pública dispõe para que atue na busca do interesse público. 
Características
1 – Trata-se de poder / dever, ou seja, a Administração Pública não pode abrir mão de utilizar prerrogativas de poderes que dispõe para alcançar interesse o público, visto que este é indisponível. São poderes de exercício obrigatório, não é mera peculiaridade.
2 – Irrenunciáveis: o titular desses poderes é o povo, e o interesse público é indisponível.
3 - Devem ser exercidos dentro do limite da lei. Cada agente tem competência pra agir na busca do interesse público e não pode extrapolar a sua competência sob pena de responder por abuso de poder (gênero, e tem como espécie o excesso de poder e o desvio de finalidade).
22/08/2012
Poderes da Administração ou Poderes Administrativos:
Poder Vinculado
É o poder dado ao agente que se refere à sua liberdade de atuação quando a lei traz todos os requisitos ou elementos do ato a ser praticado, o agente não terá liberdade de atuação. Não terá juízo de valor para praticar o ato, ou seja, não analisará a oportunidade e conveniência para a prática do ato. Cumprido os requisitos da lei, o administrador ou o agente é obrigado a praticar o ato limitando-se a reproduzir o que a lei diz. EX: aposentadoria.
Se a lei diz que o funcionário público pode se aposentar com 60 anos e com 35 anos de contribuição, preenchidos esses requisitos o poder público é obrigado a conceder a aposentadoria.
Outro exemplo é a licença para construir, preenchendo todos os requisitos exigidos pela lei, a Administração é obrigada a conceder a licença.
Poder Discricionário
Também se trata de liberdade de classificação quanto à liberdade de atuação do agente. Aqui, a lei da possibilidade ao agente para que diante de um caso concreto decida dentro dos limites por ela estabelecidos, de acordo com o seu juízo de valor, que significa analisar a oportunidade e a conveniência de praticar o ato. A liberdade do agente existe dentro das opções dadas pela lei, dentro das balisas legais, não se trata de uma ampla liberdade, mas sim uma liberdade restrita às opções da lei. Ex: conduta desonrosa. Falta grave, leve e gravíssima.
Poder Hierárquico
É o poder de escalonar, estruturar ou organizar os quadros da Administração. É o escalonamento no plano vertical dentro de uma mesma pessoa jurídica. 
Consequências do poder hierárquico:
1 – Dar ordens – o superior hierárquico tem poder de comando sobre os hierarquicamente subordinados, e esses subordinados tem o dever de cumprir as ordens dadas.
2 – Fiscalização – o superior hierárquico pode fiscalizar as atividades dos subordinados para que sigam as diretrizes por ele traçadas.
3 – Revisão dos atos – o superior hierárquico pode rever os atos praticados pelos seus subordinados.
4 – Delegação ou avocação de competência 
O chefe pode delegar funções ao subordinado, ou seja, transferir a execução de alguma tarefa, nunca transfere a titularidade daquela tarefa.
A decisão é sempre temporária e revogável a qualquer tempo. Já a avocação é chamar para si alguma função de competência do subordinado, é medida excepcional e temporária e deve ser justificada.5 – Punir e aplicar sansão
Poder Disciplinar
1 – Poder Disciplinar
Deve apurar uma infração administrativa do subordinado hierárquico, estando apurado, deve aplicar sanção.
É a prerrogativa que a Administração tem para uma vez deparando-se com uma infração administrativa, apurá-la e aplicar a devida sanção administrativa. Trata-se de poder / dever do superior hierárquico no tocante à apuração da infração, pois, neste caso o seu poder é vinculado. Entretanto, na escolha da sanção aplicável à infração, seu poder é discricionário, ou seja, o superior hierárquico fará juízo de oportunidade e conveniência quanto às opções dadas pela lei sempre respeitando o Princípio da Proporcionalidade sob pena de invalidade da sanção aplicada.
2 – Poder Normativo – gênero / competência da administração
- Normas Originárias / Primárias – LEI EM SENTIDO AMPLO – nasceram do Poder Legislativo, art. 59 da CF.
Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de:
I - emendas à Constituição;
II - leis complementares;
III - leis ordinárias;
IV - leis delegadas;
V - medidas provisórias;
VI - decretos legislativos;
VII - resoluções.
Parágrafo único. Lei complementar disporá sobre a elaboração, redação, alteração e consolidação das leis.
- Normas Derivadas – normas complementares às normas originárias. Complementam uma lei pré-existente. Feita pela Administração.
DECRETO – exclusivo do chefe do poder executivo. Instrumento, dentro contém o regulamento. Decreto Regulamentar, ato infra-legal.
DECRETO AUTÔNOMO – Art. 84 da CF – não precisa de lei pré-existente. Norma originária. Somente o Presidente. Somente nos casos em que a própria CF menciona na alínea a) e b) do Art. 84 da CF.
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:
VI - dispor, mediante decreto, sobre:
a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; 
 b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;
Parágrafo único. O Presidente da República poderá delegar as atribuições mencionadas nos incisos VI, XII e XXV, primeira parte, aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da República ou ao Advogado-Geral da União, que observarão os limites traçados nas respectivas delegações.
É o poder que dispõe a Administração Pública de, por meio de atos normativos infra-legais, complementar uma lei pré-existente para que ela tenha maior efetividade no dia a dia da Administração Pública. A Administração Pública edita atos normativos gerais e abstratos para a fiel execução da lei.
Os atos normativos são normas derivadas ou secundárias e podem ser editadas por diversos órgãos ou autoridades administrativas da Administração direta ou indireta.
Foi introduzido na CF pela Emenda 32/2001. Trata-se de norma primária ou originária porque não precisa da lei pré-existente, ou seja, ele não complementa lei alguma, ele nasce somente para tratar das hipóteses previstas no art. 84, VI, alíneas a) e b) da CF.
PODER REGULAMENTAR – é espécie do gênero Poder Normativo, é o poder que cabe exclusivamente ao chefe do Poder Executivo para regulamentar uma lei pré-existente para sua fiel execução. Esse poder regulamentar se materializa por meio de Decreto Regulamentar. O Decreto é a forma, a “moldura”, regulamento é o conteúdo, a normatização.
O Decreto Regulamentar também é norma derivada ou secundária.
Não cabe Decreto Autônomo que não seja para tratar de:
Organização e funcionamento da Administração Pública Federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de Órgão Público.
Extinção de função ou cargo público quando vagos.
3 – Poder de Polícia
CTN – Art. 78, poder de polícia.
Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou a abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. 
Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando desempenhado pelo órgão competente nos limites da lei aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder.
É a prerrogativa que o Estado tem para compatibilizar os interesses público e privado em busca do bem estar social. O poder de polícia condiciona, restringe ou limita o uso de bens, o exercício de direitos individuais ou atividades praticadas pelo particular em nome do interesse público.
03/09/2012
FORMAS DE PODER DE POLÍCIA:
Forma Preventiva – que limitam ou condicionam o uso de bens, o exercício de direitos ou atividades.
Ausência prévia da Administração Pública – “ALVARÀ”
ALVARÁ – Licença – Ato administrativo vinculado --- todos os requisitos --- direito subjetivo --- A Administração Pública não pode negar.
Autorização --- Ato administrativo discricionário --- oportunidade e consciência --- autoriza quem quiser.
Forma Repressiva – fiscalização e aplicação de:
- auto de infração
- multa
- interditar
- recolher as mercadorias
ATRIBUTOS DO PODER DE POLÍCIA:
Em regra o Poder de Polícia é discricionário.
Auto-executividade: em regra também é auto-executório. Prisão legal. Medida de urgência.
Coercibilidade: O ato é imperativo.
Atos Administrativos
Ato ≠ Fato --- Fato = acontecimento da natureza = ex: morte
Fato Jurídico = Morte → abre sucessão
Fato Administrativo = morte de um servidor público = vacância do cargo
Fato Administrativo não repercute na Administração.
Ato = Manifestação de vontade de Administrador.
Conceito: é toda manifestação de vontade do Estado, ou de quem o represente, ex: concessionária ou permissionária, que agindo nessa qualidade tenha por fins imediatos criar, modificar ou atingir direitos ou impor obrigações aos Administradores ou a si próprio para satisfazer o interesse público sob regime jurídico de Direito Público, sendo complementar a lei, sujeito a controle de legalidade pelo Poder Judiciário.
10/09/2012
Elementos ou requisitos dos Atos Administrativos: C O N F F (Lei Ação Popular nº 4717/65)
Competência
Toda competência é definida em Lei. É o poder legal atribuído ao agente público para o desempenho das atribuições específicas do seu cargo. A competência é sempre prevista em Lei. Ela é um elemento vinculado do ato administrativo.
Características da competência: 
Ela é de exercício obrigatório, é um dever, é um encargo;
Ela é irrenunciável;
Ela é intransacionável, não pode ser objeto de transação;
Imodificável por vontade do agente;
Imprescritível, não prescreve pelo não uso;
Ela é improrrogável.
Regra geral, a competência pode ser delegada salvo nos casos de impedimento legal.
Quando não é permitida a delegação de competência.
Matéria de competência exclusiva do agente público;
Quando se tratar de decisão de recurso administrativo;
Edição de atos normativos.
Delegação de Competência: é atribuir a um outro agente o poder de realizar determinado ato.
- Características da Delegação de Competência:
A delegação pode ser feita para agentes ou órgãos subordinados do delegante e também para os não subordinados, pode haver delegação mesmo quando não exista subordinação hierárquica;
A delegação é sempre de parte da competência;
Deve ser sempre por prazo determinado;
É sempre um ato discricionário e revogável a qualquer momento;
A responsabilidade pelo ato praticado é do delegante, ou seja de quem recebeu a delegação.
Avocação de Competência: avocar é chamar para si a competência do subordinado hierárquico:
- Características da Avocação:
Sempre temporária;
É uma medida excepcional;
Avocação deve ser devidamente fundamentada.
Objeto
Nada mais é do que o conteúdo doato.
Motivo
Motivo do Ato, o porquê do Ato, causa para o Ato (observando os pressupostos de fato e de direito).
- Pressupostos de Fato
- Pressupostos de Direito 
MOTIVAÇÃO: é a fundamentação, a explicação, a justificativa. Faz parte do elemento forma do ato administrativo.
Motivo ≠ Motivação
Não sendo feito a motivação o Ato é nulo, pois não cumpriu a forma.
Exceção que não precisa de Motivação:
Exoneração “ad nutum” (sem justificação) somente cabe aos cargos em comissão. Caso seja motivado o ato, deve ser verdadeiro, em razão da Teoria dos motivos determinantes, para validação dos atos. 
TEORIA DOS MOTIVOS DETERMINANTES
Atos vinculados / atos discricionários: motivação = Princípio da transparência / Princípio da Legalidade.
Teoria dos motivos determinantes: Quando a Administração Pública motiva o ato administrativo mesmo que a lei não exija motivação o ato só será válido se os motivos forem verdadeiros e legítimos, uma vez declarado o motivo a administração fica à Lei vinculada e o ato somente será válido se estes motivos declarados como seu fundamento for compatível com a realidade dos fatos, ou seja, verdadeiros, legítimos e com a norma jurídica.
Forma
Em regra devem ser por escrito, da forma escrita. Existem também os gestuais e verbais. Ela é um elemento vinculado. Não respeitado a forma, o ato é nulo.
Se a forma é prevista como essencial, a lei permite que o ato seja por contrato verbal.
Finalidade
Todo ato administrativo tem uma finalidade geral, que é o interesse público, e também uma finalidade específica, ou seja, o resultado do ato. Caso seja desrespeitado qualquer destas finalidades o ato é nulo e comete desvio de finalidade.
VÍCIO DE COMPETÊNCIA:
- Quando o agente não é competente para o Ato administrativo.
- Quando ele extrapola a sua competência (excesso de poder).
Excesso de Poder – vício do Ato administrativo quanto ao elemento competência. 
CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS
Quanto a Liberdade de Escolha: atos vinculados/atos discricionários.
	Elementos
	Ato Vinculado
	Ato Discricionário
	competência
	V
	V
	Objeto
	V
	D
	Motivo
	V
	D
	forma
	V
	V
	finalidade
	V
	V
Somente no Objeto e no Motivo que há Juízo de Valor, que leva o nome de mérito, que só ocorrerá no ato administrativo.
Ato vinculado - a Administração não tem margem alguma de decisão, pois a Lei previamente determinou o único comportamento possível a ser adotado sem que ocorra a situação escrita na Lei. Não há juízo de valor. Não há liberdade para análise da conveniência ou oportunidade da prática do ato preenchidas às exigências legais, o administrador é obrigado a praticar o ato nele todos os elementos são vinculados.
Ato Discricionário - é aquele em que o administrador tem uma certa liberdade de escolha nos termos e limites da Lei, quanto ao conteúdo, ou seja, o objeto e a escolha dos motivos, neste ato discricionário a valoração e o motivo do objeto é feita segundo a oportunidade e conveniência, esse juízo de valor que incide sobre o motivo e objeto é denominado mérito do ato administrativo.
Quanto ao efeito: ato interno e ato externo.
Ato Interno: o ato interno é aquele que produz efeitos apenas dentro da administração, ex: uso de uniforme.
Ato Externo: é aquele que produz efeito dentro e fora da administração, ex: horário de funcionamento de uma repartição.
Quanto aos destinatários: os atos podem ser geral ou individual
Ato geral: é aquele que atinge a coletividade como um todo, possui generalidade e abstração. (limite de velocidade de uma viatura);
Ato individual: atinge um destinatário determinado, uma pessoa específica.(nomeação a um cargo)
Quanto à manifestação de vontade:
Ato simples: é aquele que se aperfeiçoa como uma única manifestação de vontade;
Ato composto: é o que se aperfeiçoa com duas manifestações de vontade que acontece dentro do mesmo órgão;
Ato complexo: é aquele que se aperfeiçoa com duas manifestações de vontade que acontece em órgãos distintos, por exemplo, nomeação do presidente do banco central, são dois órgãos que nomeiam, um depende do outro.
Quanto ao Resultado
Ato Enunciativo – é aquele que atesta ou reconhece situação de fato ou de direito do particular. Ex: certidão, atestado, parecer, etc.
Ato Constitutivo – é aquele que cria / modifica ou extingue direitos do administrado. Ex: permissão, autorização, aplicação de penalidade.
Ato Declaratório – é aquele que apenas reconhece um direito já existente do particular. Ex: admissão, licença, anulação e etc.
Quanto ao Conteúdo
PODE SER:
1 – Licença
É o Ato Administrativo pelo qual a Administração autorizaa prática de uma atividade ou o exercício de direitos do particular.
2 – Autorização
É o Ato Administrativo Discricionário ou Precário pelo qual a Administração permite que o particular desempenhe determinada atividade, ou permite o uso privativo de bem público que sem essa prévia autorização não seria legalmente permitidos.
3 - Permissão
É o Ato Administrativo Discricionário e Precário pelo qual o poder público permite a utilização privativa de público no interesse predominante do particular. Ex: permissão de colocação de mesas de bar na calçada.
Precário = pode revogar a qualquer momento, é discricionário. Sem direito à indenização.
ATRIBUTOS DO ATO ADMINISTRATIVO: PATI
Presunção de Legitimidade (sempre presunção relativa ou “júris tantun”)
Todo Ato Administrativo presume-se que foi praticado de acordo com a lei e com a realidade dos fatos. Presume-se legal e verdadeiro. Entretanto trata-se de presunção relativa que pode ser desfeito tanto pela própria Administração ao anular um Ato viciado quanto pelo particular, por meio de algum tipo de impugnação. A presunção de legitimidade gera um ônus da prova ao particular que deverá provar que o Ato não é legítimo.
Auto Executoriedade
Somente são Auto Executórios os Atos:
- previstos em lei
- se tratar de medida urgente
Significa a oportunidade de a Administração Pública implementar materialmente seus Atos Administrativos, sem que necessite previamente recorrer ao Poder Judiciário para pedir autorização. Este atributo não é previsto para todos os Atos Administrativos. Somente para os previstos em lei ou quando se trate de medida urgente.
Tipicidade
Significa que para cada Ato que a Administração Pública vá praticar deve existir uma figura legal correspondente previamente definida na lei.
Imperatividade
É o atributo pelo qual a Administração Pública impõe com força coercitiva os seus Atos, independente da vontade do particular. É um atributo ligado à Auto Executoriedade. É a imposição da multa, é imperativo e auto-executório.
Já a cobrança, em caso de não pagamento pelo particular não se reveste de Auto Executoriedade nem imperatividade.
Extinção dos Atos Administrativos
Cumprimento dos Efeitos
Desaparecimento do Sujeito ou do Objeto
Ex: Morte da pessoa nomeia-se nova pessoa. Tombamento de uma casa.
Renúncia do Titular do Direito
Ex: Não quero mais colocar as mesas na calçada.
Cassação do Ato Administrativo
Contraposição
Pratica-se um Ato e em seguida outro Ato que anula o primeiro. Ex: nomeação, exoneração.
Caducidade
Você praticou um Ato perfeito, depois sobreveio uma norma jurídica que torna aquele Ato incompatível, anulando-o.
Anulação
O Ato é ilegal --- Administração Pública --- “ex tunc” + Poder Judiciário
Revogação
O Ato é legal --- conveniência + oportunidade.
A Administração Pública acha que ela não deve manter o Ato, ela Revoga.
Só a Administração Pública é que tem que analisar o mérito. “ex nunc”.
Súmula 346 do STF
A Administração Pública pode declarar a nulidade dos seus próprios Atos.
Súmula 473 do STF
A Administração Pública pode anular os seus próprios Atos, quando eivados de vícios que o tornam ilegais, porque eles não se originam direitos, ou revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, rejeitados os direitos adquiridos e resalvada em todos os casos de apreciaçãojudicial.
Atos que não podem ser Revogados:
1 – Os Atos vinculados.
2 – Os que geraram direitos adquiridos.
3 – Os que já esgotaram os efeitos. 
19/09/2012
Formas de Prestação da Atividade Administrativa
Centralizada = centralização administrativa → órgãos públicos ou agentes públicos → Administração Direta.
A prestação da atividade administrativa centralizada ou chamada Centralização Administrativa ocorre quando a Administração Direta presta por meio de seus órgãos públicos ou agentes públicos.
Descentralizada = descentralização administrativa → entes da Administração Indireta ou por particulares.
A Descentralização Administrativa ou Prestação Descentralizada se da quando o Estado desempenha suas atividades por meio de outras pessoas, com vistas a buscar maior eficiência na prestação. A Descentralização pressupõe a existência de duas pessoas jurídicas distintas:
O Ente Federativo titular do serviço e a entidade da Administração Indireta ou o particular que receberá a atribuição.
A Descentralização pode ser feita de duas formas:
1 – Por Outorga
É a transferência por lei da titularidade e da execução do serviço público a uma entidade da Administração Indireta. É sempre por prazo indeterminado.
2 – Por Delegação
É a transferência do serviço público por contrato ou Ato unilateral ao particular para que preste por sua conta e risco. Aqui somente se transfere a execução, a titularidade permanece com a Administração Direta.
Entre os Entes da Administração Direta e Administração Indireta não existe subordinação hierárquica. Existe vinculação. A Administração Direta apenas controla a finalidade da Administração Indireta.
Controle Finalistico ou Supervisão Ministerial – controla o que a Administração Direta faz sobre a Administração Indireta.
26/09/2012
Formas de Prestação da Atividade Administrativa (continuação)
Desconcentração = É a distribuição interna de competências dentro de uma mesma pessoa jurídica. Ocorre tanto na Administração Direta como na Administração Indireta.
Órgãos Públicos
Os Órgãos Públicos são centros de competência especializados em determinada matéria. Os Órgãos Públicos não possuem personalidade jurídica própria, eles integram a estrutura de uma pessoa jurídica, são resultado da técnica de organização administrativa denominada desconcentração. Eles são um centro de competência exercido pelos agentes públicos.
Um Órgão Público, mesmo tendo CNPJ próprio, não pode entrar numa ação judicial nem no polo ativo e nem no passivo.
EXCEÇÔES: Nunca no polo ativo, somente no passivo.
1 – Defesa de suas prerrogativas funcionais.
2 – Os Órgãos de Defesa do Consumidor podem entrar em juízo nas Ações Coletivas, segundo o CDC ele tem legitimidade para isso, na defesa do consumidor.
Características dos Órgãos Públicos
 
- Não tem personalidade jurídica.
- Integram a estrutura de uma pessoa jurídica.
– Sua criação e extinção são feitas somente por lei.
– Não tem capacidade para representar em juízo a pessoa jurídica que integram.
– Somente podem entrar em juízo excepcionalmente na defesa de suas prerrogativas funcionais e os Órgãos de Defesa do Consumidor podem entrar em juízo nas Ações Coletivas.
Relação ESTADO X AGENTE (três teorias)
1 – Teoria do Mandato
Pela Teoria do Mandato, o Estado concede poderes ao agente por meio de um contrato de mandato. O Agente Público seria mandatário do Estado. Esta teoria não é aceita no Brasil.
2 – Teoria da Representação (trata o Estado como um incapaz, precisa de um tutor)
Pela Teoria da Representação o agente seria uma espécie tutor ou curador do Estado. O Estado seria um incapaz. Esta teoria não é aceita porque o Estado é titular de direitos e obrigações, ou seja, ele é capaz.
3 – Teoria da Imputação ou do Órgão
Pela Teoria da Imputação ou do Órgão presume-se que a pessoa jurídica manifesta a sua vontade por meio dos seus Órgãos que são parte integrante dela, de modo que quando o agente que compõe esse órgão se manifesta é como se o próprio Estado estivesse se manifestando, o ato do agente é imputável à Administração. Esse poder conferido ao agente para manifestar a vontade do Estado decorre da lei. Esta é a teoria aceita pelo nosso ordenamento jurídico.
Classificação dos Órgãos Públicos
1 – Quanto à Posição Estatal
Os Órgãos são:
Órgãos Independentes – são aqueles que decorrem diretamente do texto da CF. Eles representam os três poderes.
- Presidência da República
- Câmara / Senado (Congresso)
- STF / Tribunais Superiores
Os Órgãos Independentes não tem subordinação com ninguém.
Órgãos Autônomos – são aqueles abaixo dos Independentes que estão na cúpula da Administração e são Órgãos que tem autonomia administrativa, financeira e técnica, porém, são subordinados aos independentes.
Órgãos Superiores – eles são dependentes hierarquicamente dos Autônomos e dos Independentes. Eles têm autonomia administrativa financeira. São órgãos de direção, controle ou decisão.
Órgãos Subalternos – não têm autonomia nenhuma, são Órgãos de mera execução e são subordinados a todos os anteriores.
2 – Quanto à Estrutura
Simples – um só centro de competência, mas tem divisões internas.
Composto – dividido internamente. Tem várias divisões, sub-órgãos.
3 – Quanto à Atuação funcional
Singular ou Unipessoal – a decisão decorre de um único agente. Ex: Juiz da Vara.
Colegiado – as decisões devem ser tomadas de forma coletiva. Ex: as câmaras dos tribunais.
Serviços Pùblicos
3 critérios
Critério subjetivo: pessoa = órgãos/ entidades adm
Critério subjetivo: atividade=
Critério formal: o que importa é o regime jurídico, somente é servido publico aquele prestado sob regime jurídico de direito publico.
Corrente essencialista:o que se leva em conta a atividade que é prestada, satisfazendo as necessidades básicas da população.
Corrente formalista: ela conjuga o critério objetivo e o critério formal, é aquele comodidade material e que seja prestada sob regime de direito publico.
A doutrina majoritária é aceita a corrente formalista .
Conceito de serviço publico;
Toda atividade material que a lei atribui ao estado para que a exerça diretamente ou por meio de seus delegados, com o objetivo de satisfazer concretamente as necessidades coletivas, sob regime jurídico total ou parcialmente publico 
Classificação;
a)Serviços próprios: são os serviços públicos propriamente ditos, são as prestações que representem comodidades materiais prestadas a população desempenhadas sob regime jurídico de direito publico direta ou indiretamente pelo poder publico.
Serviços impróprios: são atividades de interesse publico prestadas por particulares com a autorização do poder publico.
 A) Serviços gerais ou uti universi: indeterminados/ indetermináveis , indivisíveis, remunerados através de impostos.
 B) Serviços individuais: ou uti singuli, são prestados a beneficiários determinados/ específicos, divisíveis, e sua forma de remuneração é feita por meio de taxa ou tarifa,(transporte, energia elétrica, agua, telefonia).
Serviços administrativos: são os usados nas atividades internas da administração.
Serviços sociais: são os dispostos no art 6º da CF,( transporte, educação, lazer e saúde)
Serviços comerciais ou industriais: são aquelas atividades prestadas pelo estado com intuito lucrativo.(Bancos caixa, Banco do Brasil, Petrobrás). 
Principios do serviço Publico adequado(lei 8987/95) concessões
Principio da generalidade: os serviços públicos devem ser prestados de maneira erga omnes, para todos.
Principio da segurança: os serviços públicos não podem colocar em risco a segurança da população.
Principio da atualidade: as atividades prestadas pelo estado devem se utilizar as técnicas mais atuais.
Principio da modicidade: o preço cobrado pelas serviços públicos devem ser módicos, mais barato possível.
Principio da cortesia: o serviço publico deve ser prestado de maneira cortez, educada
Principio da continuidadedo serviço público: De maneira contínua, sem interrupção, a interrupção no serviço publico só é permitida no art.6 § 3 º,I, por questões técnicas ou questão de segurança.
II, é permitida a interrupção, caso não pague pelos serviços, desde que previamente avisado.
Competência adm:
Da união: art 21, e 22
Estados: art.25
Municípios: art.30
DF: art.32
Principio da predominância do interesse.
Restrição ou Intervenção do Estado na propriedade privada 17/10/2012
Art.186 CF.
Obs: Todas a modalidades de intervenção tem como fundamento a supremacia de interesses públicos e o cumprimento da função social.
Seis modalidades de intervenção:
Limitação Adm: é a modalidade de intervenção na propriedade privada mediante a qual o Estado impõe determinações de caráter geral , abstratas, incidentes sobre proprietários indeterminados. Por exemplo: não poder construir na orla da praia prédios de mais de 10 andares, ordem dada para proprietários indeterminados, pelo Estado. Ela não gera direito a indenização, justamente por uma determinação geral, a limitação afeta o caráter absoluto do direito de propriedade.
Requisição Adm: è a modalidade de intervenção na qual o estado em caso de perigo público eminente, pode requisitar bens moveis e imóveis ou de serviços dos particulares como indenização ulterior se houver dano.
Militar serve assegurar a soberania e segurança interna do país
Civil; a requisição feita para assegurar a vida, a saúde os bens da coletividade, no caso de inundações, catástrofes, etc.
Ocupação temporária: é a modalidade de intervenção pela qual o Estado requisita bens e imóveis dos particulares necessários a prestação de serviços públicos ou realização de obras públicas. Cabe indenização se houver prejuízo.
Servidão Adm: é a modalidade de intervenção do Estado na propriedade privada com a finalidade de permitir a execução de uma obra publica ou a prestação de um serviço público, tem natureza jurídica de direito real de gozo ou fruição, não gera direito a indenização salvo se comprovado efetivo prejuízo. Na servidão a um relação , existe a coisa dominante que será o serviço publico ou uma obra publica e a coisa serviente que será o imóvel do particular necessário a prestação do serviço ou execução da obra.
Caraterísticas da servidão; é um direito real de gozo e fruição,
Perpetuidade; isto é deverá existir enquanto existente o interesse público que a originou, ela incide somente sobre imóveis, e a indenização somente se o proprietário comprovar o efetivo prejuízo.
Formas de constituição da servidão;
Por lei, exemplo, servidão ao redor de aeroportos, servidão de terrenos marginais, servidão de colocação de placas de ruas.( não precisa registrar em cartório).
Por acordo entre as partes: poder publico e proprietário do imóvel, feito mediante escritura publica levado ao registro de imóveis.
Por decisão judicial; a sentença deve ser registrada no registro de imóveis.
24/10/2012
Tombamento: art.216 CF
Tombamento provisório ; se inicia com a notificação ao proprietário do bem.( precedida de um parecer de órgão técnico). Essa notificação gera efeitos para o tombamento definitivo.
Tombamento definitivo: Ele ocorre no final do procedimento provisório onde há uma inscrição no livro do tombo. O livro do tombo paisagístico e arqueológico, das belas artes, das artes aplicadas, e livro do tombo histórico.
Modalidades de tombamento: 
Tombamento de oficio: é o tombamento de bens públicos. Objeto do tombamento: moveis , imóveis, materiais, imateriais, públicos e privados.
Tombamento voluntário: o proprietário pede o tombamento, ele anui por escrito a manifestação para o poder publico.
Tombamento compulsório: notificação do poder publico ao proprietário do imóvel. Impugnar em 15 dias. Vai haver um novo parecer do conselho consultivo. Se o conselho entender que não tem valor histórico, e cultural não será tombado.se caso houver valor ai sim sera tombado.
Poderá o proprietário pedira recurso junto ao prefeito, governador ou presidente.se der provimento então sim não será tombado.se caso não der provimento. A transcrição do imóvel junto ao cartório, será para dar publicidade e direito de preferencia junto ao poder publico.
Efeitos: traz o dever de conservação do bem, impondo ao proprietário obrigações de fazer, não fazer, ou suportar.
O proprietário deverá manter o bem, dentro de suas características originais, caso ele não tenha dinheiro, ele deve comunicar ao poder publico pela não manutenção, podendo o poder publico por sua conta, ou desapropria.
Fica vedada de destruir , demolir, mutilar o bem.
O proprietário ele não pode sem previa autorização, pintar restaurar, reparar, junto ao poder publico.
Em caso de urgência, o poder publico, ele poderá fazer obra de conservação, independemente de autorização do proprietário.
Caso o proprietário queira vender o imóvel deverá assegurar o direito de preferencia ao poder publico. A venda poderá ser cancelada caso não respeite essa regra. Multa de 20% do valor da venda. 
O proprietário se sujeita constante fiscalização do poder publico.
Efeitos com relação aos imóveis vizinhos ao bem tombado.
Não podendo atrapalhar a visibilidade do imóvel. Não poderá colocar anúncios ou cartazes em bens tombados atrapalhando sua visibilidade.
Servidão legal segundo Maria Helena Diniz.
Desapropriação: é a transferência da propriedade particular compulsoriamente para o poder público ou para seus delegados por razões de utilidade pública, necessidade pública ou interesse social, em regra mediante pagamento de prévia e justa indenização salvo, exceções constitucionais, em que o pagamento será por títulos da dívida pública ou títulos da dívida agraria.
Diplomas legais: DL 3365/41 normas gerais
 Lei 4132/62 desapropriaçao por interesse social
 Lei 8629/93 desapropriação rural
 LC 76/93 desapropriação rural para reforma agrária.
Pressupostos: 
Utilidade Pública : quando a desapropriação é conveniente ao poder público, embora não seja imprescindível para sua utilidade.
Necessidade Pública: como por exemplo uma calamidade pública.
Interesse social: para atingir um interesse social.
Objeto da desapropriação: todos os bens de valor econômico , móveis, imóveis, corpóreos, incorpóreos, públicos, e privados.
Os direitos autorais não podem ser desapropriados.
Desapropriação de bem público: os bens públicos podem ser desapropriados, para isso seria necessário a obediência de uma hierarquia federativa.
Modalidades de Desapropriação 
Desapropriação comum ou ordinária(art. 5 º xxI V) DL 3345/41 e L 4132/62
Procedimento:
2 fases
Fase declaratória: declaração expropriatória, manifestando o interesse naquele bem determinado. Somente as pessoas políticas/adm direta, são legitimidos para faze-lo.
Pode ser por um decreto do chefe do executivo.
Efeitos da declaração expropriatória: 
O poder publico pode penetrar no imóvel independentemente da concordância do proprietário.
Ela fixa o estado do bem para fins de fixação da indenização. 
Inicio do prazo de caducidade, intervalo de tempo entre a declaração e a efetivação da declaração, por acordo, ou por do ingresso da ação desapropriatória.
Caducidade: prazo 5 anos
Interesse social: 2 anos.
Fundamento de utilidade publica: 5 anos. Não havendo a desapropriação neste período a declaração perde seu efeito. Poderá o poder publico emitir uma nova declaração.
Fase executória: é a fase que o poder público começa a executar tal desapropriação. Adm direta, adm indireta delegatários podem colocar em prática a desapropriação. Pode ser administrativa ou judicial.
Administrativa, quando há acordo entre poder publico e proprietário se efetiva por meio de uma escritura pública.
A judicial por meio 
Desapropriação sancionatória ou extraordinária 
Por descumprimento da função social da propriedade urbana( recebe em titulo da divida publica)
Por descumprimento da função social da propriedade rural (art. 182, 34, CF), L 10257/01,art. 184 e 191 CF, L 8629/93.(recebe em titulo da divida agraria)
Confiscatória( não há indenização)
 
Judicial: Poder público propõe ação judicial de desapropriação, pelo rito ordinário. Polo ativo: a. direta, adm direta, adm indireta, ou delegatários.
Polo Passivo: Proprietário
MP: Fiscal da lei ( obrigatório)
Contestação: vícios processuais, impugnação do preço.
Sentença: indenização prévia, paga antes da transferência do bem, justa, no valor real do bem, em regra em dinheiro.
Requisitos da imissão provisória na posse:
Declaração de urgência.= 120 dias para se imitir, prazo esse improrrogável.
Depósito do valor arbitrado pelo juiz
Indenização:
Valor venal atual
Danos emergentes e lucros cessantes
Juros compensatórios, só incidem quando o pedido de imissão provisória da posse, antecipação da posse. Sumula 618 STF 12% ao ano. 
Juros moratórios, atraso por pagamento, art.100 CF, 6% ao ano.
Correção monetária
Honorários advocatícios
Custas e despesas processuais.
Institutos da desapropriação
Tredestinação: desvio de finalidade da desapropriação. 
Tredestinação lícita: há desvio de finalidade, porém continuando com finalidade pública.
Tredestinação ilícita; há desvio de finalidade, para fins particulares.
Consequências:
Retrocessão: pede anulação da apropriação ao bem por ter desvio de finalidade, pedindo a retrocessão. Sendo um direito real.
Direito de extensão: pede durante o processo a extensão da parte inútil, sem valor econômico da propriedade a ser desapropriada, sendo uma desapropriação total.
Desapropriação por zona: quando há uma grande obra na região, que pode valorizar a região, e a mesma é cercada de favelas, pode o poder publico desapropriar toda a região.
Desapropriações Sancionatórias
Por descumprimento da função social= art. 184,185 e 186 da CF
Da propriedade rural;
Competência exclusiva da união, desapropria por interesse social para reforma agrária.
Títulos da dívida agrária: resgatáveis em até 20 anos.
Benfeitorias úteis e necessárias pagas em dinheiro.
Não podem ser desapropriadas a pequena e média propriedade rural, peq. 1 a 4 módulos fiscais, media 4 a 15 módulos fiscais.
O imóvel rural não pode ser desapropriado, quando cumpre a função social estabelecido no art. 186 da CF.
Por descumprimento da função social da propriedade urbana: município=art. 182, § 4º CF,Lei 10257/01(Estatuto da cidade).
O imóvel urbano cumpre a função social quando estiver dentro do regulamento do Plano diretor , obrigatório para mais 200 mil pessoas, área de aglomeração urbana, pertencente a uma regia metropolitana, área de interesse turístico, área de grande impacto ambiental, etc.
Precisa de lei específica determinando o parcelamento a edificação, ou a utilização compulsória do imóvel.
O proprietário é notificado(caso não cumpra a função social) , para apresentar um projeto, edificação, ou utilidade ao bem.
 Se o mesmo não cumprir a lei, o município fará um iptu progressivo no tempo= alíquota máxima de 15% ao ano de IPTU, durante 5 anos.
Chegando na desapropriação de fato.
Será pago em títulos da divida publica em até 10 anos.
Confiscatória . art. 243 da CF
Perde o imóvel sem pagamento de indenização, por plantar planta psicotrópicas, sem autorização do ministério da saúde.( poder publico).
Desapropriação Indireta
Esbulho: mediante esbulho o poder publico toma o bem do particular, cabendo ao particular entrar com uma ação de desapropriação indireta do bem esbulhado.
Juros compensatórios.
Esgota o conteúdo econômico do bem
Responsabilidade Civil do Estado 14/11/12
Evolução: Teoria da irresponsabilidade do Estado
Teoria da responsabilidade Subjetiva do Estado CC 1916
Ação /omissão 
Dolo/culpa
Nexo causal
Dano/ resultado lesivo
Teoria da culpa administrativa ou culpa anônima 
Falta do serviço(faute du service)
O serviço há falta quando:
De forma atrasada
Ineficiente
Não foi prestado
 É usada essa teoria somente nos casos de omissão.
Teoria da responsabilidade civil objetiva CF 1946, art 37 § 6º da CF 1988
O estado responde mesmo que conduta seja licita ou ilícita.( fundamento, principio da isonomia).
Duas são as modalidades dessa teoria:
Teoria do risco integral, não admitindo excludentes.
Teoria do risco administrativo, caso de materiais bélicos, substancias nucleares, dano ambiental.
Culpa exclusiva da vítima
Culpa exclusiva de terceiro.
Caso fortuito e coisa maior.
Existem sociedade de economia mista, prestadora, que presta atividade econômica.
Pessoas publicas de direito privado.
Concessionarias e permissionários. 
Açao judicial= STF e STJ= 3 anos
Objetiva s/dolo/culpa
Ação regressiva=subjetiva, dolo/culpa, imprescindível.
Bens públicos: Pessoa jurídica de direito publico
 Pessoa jurídica de direito privado, prestadora de serviços públicos
Quanto a destinação: bens comuns ao uso do povo, de forma normal. No caso de forma anormal é preciso uma permissão , ou autorização de uso.
Bens de uso especial: são os bens que Estado utiliza para a prestação de serviços públicos, destinados a coletividade ou para serviços do próprio poder publico.
Desafetação: a perda da destinação publica., os bens são inalienáveis. 
Bens dominicais
EX: terras devolutas, terrenos de marinha,
Características dos bens públicos:
Oas bens públicos são inalienáveis,relativamente, 
Requisitos para a alienação: bem desafetados
Autorização Legislativa
Licitação , com

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