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ANÁLISE DO FILME QUANTO VALE OU É POR QUILO

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ANÁLISE DO FILME QUANTO VALE OU É POR QUILO
	O filme todo é intercalado em cenas do período colonial e do período atual, e enfatiza a permanência na nossa atualidade do nosso passado escravista e a desigualdade econômica e social na nossa sociedade. Durante o filme é feita uma analogia do nosso período escravista com a exploração do marketing social, nos mostrando que mesmo depois de tantos anos o negro ainda é tratado como uma mera mercadoria.
	Nos nossos estudos em sala temos visto sobre o conceito da mais-valia que basicamente define a desproporção do valor pago pela força de trabalho e o valor do trabalho produzido. Em uma das situações do filme temos Lucrécia, uma escrava de pouco mais de cinquenta anos que desejava comprar sua carta de alforria que o valor era de trinta e quatro mil réis, Maria Antônia era uma senhora que fazia pequenos negócio e investimentos, propôs a Lucrécia que comprasse sua carta de alforria e em troca trabalharia durante um ano para lhe devolver o dinheiro ali investido com juros, Maria Antônia fez as contas e visou que teria um lucro significativo para este investimento. Nesta história do filme temos um grande exemplo da Mais-Valia no período escravista.
	Temos visto recentemente nos nossos estudos em sala a sociedade colonial Brasileira, mais conhecida como Brasil colônia que nos trouxe africanos para serem escravizados e trabalharem nas lavouras e minas da colônia, no filme vemos o marketing social, onde está sendo produzido um vídeo para um comercial de uma organização, durante a produção é dito que doar é um instrumento de alívio e poder na consciência, após isso eles começam uma seleção de crianças para participar do vídeo, a seleção é feita de maneira fria e extremamente comercial, onde as crianças são tratadas como meras mercadorias assim como foi no comércio escravista durante o período colonial.
	Uma das histórias do filme mostra no período atual a construção de um novo presidio, que está sendo construído com fins capitalistas, para gerar renda local, pois os visitantes gastarão dinheiro com alimentos e transporte, é feita uma analogia do sistema carcerário com o navio negreiro onde a burguesia mantinha os escravos alimentados para utilizarem de sua mão de obra, enquanto no período atual o estado os mantem em sistema carcerário para gerar renda local e utilizar de mão de obra barata quando os detentos entrarem em regime semiaberto. “O que vale é ter liberdade para consumir, essa é a verdadeira funcionalidade da democracia”, esta frase foi dita pelo personagem de Lázaro Ramos nesta cena, para enfatizar o sistema capitalista que foi estudado em sala. Durante todo o filme vemos cenas sobre o comércio de escravos, porém percebe-se que no período atual há tanta exploração quanto no período colonial.
	O filme nos mostra que assim como no período colonial atualmente na sociedade contemporânea vivemos como antes, porém, pode-se dizer que de forma mais “civilizada”, a burguesia continua sendo a classe dominadora da sociedade, negros e pobres ainda vivem em condições muitas vezes desumanas, o racismo ainda está impregnado na nossa cultura, mesmo que de forma maquiada, e não precisamos do filme para saber que estamos muito longe de alcançar a igualdade racial, de gêneros e econômica, porém eles nos mostra isso escancaradamente. 
Jaqueline Alves Pereira / RA: D0747I-1

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