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sociologia da educação aula 01

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Aula 1: Introdução. Sociologia da Educação: Uma Visão Crítica
Nós acreditamos que você, que tem a oportunidade de estudar, deve ser reflexivo e buscar respostas às questões através das ciências. O bom profissional não elabora qualquer resposta aos problemas que surgem, mas reflete a partir de teorias científicas, que podem elucidar a realidade para que a solução seja encontrada.
O papel da Universidade em nossa vida é nos ajudar a superar a interpretação corriqueira dos fatos, ou seja, sair do senso comum. O senso comum é uma forma de pensar coletiva e que tem o seu valor. Todos nós temos um senso comum. No entanto, partir sempre dele é negar outras formas de refletir e de pensar, inclusive o pensamento científico.
Sendo assim, nesta primeira aula tentaremos estudar e explicar o que são as Ciências Sociais. Bem, Ciências Sociais é o nome que se dá a um ramo da Ciência que estuda os aspectos sociais do mundo, isto é, a vida social de indivíduos e grupos humanos incluindo as ciências da Antropologia, Economia, História, Linguística, Ciências Políticas, Sociologia entre outras.
Sabemos que a característica fundamental da condição humana é a capacidade de conhecer e de construir compreensão sobre os meios e processos necessários para a organização e a facilitação do ato de viver. O conhecimento, produto da atividade consciente do pensamento, estabelece a natureza social do ser humano e o condiciona à sua história e à sua cultura.
A capacidade de conhecer desenvolveu a vida social. E a vida em grupos, por sua vez, ampliou o próprio conhecimento humano. Esse é o círculo virtuoso que trouxe o ser humano aos dias de hoje, por meio de um processo histórico milenar que só poderia ocorrer em grupo, em sociedade. Sua resultante pode ser denominada de cultura: o homem, ao conhecer, compartilhar e registrar o produto de sua atividade pensante constrói cultura, estabelecendo este longo fio processual tecido pela capacidade cognitiva humana ao longo da História. Nós somos seres socioculturais.
Sociologia 
É uma das ciências humanas que estuda a sociedade, ou seja, estuda o comportamento humano em função do meio e os processos que interligam os indivíduos em associações, grupos e instituições. Enquanto o indivíduo na sua singularidade é estudado pela Psicologia, a Sociologia tem uma base teórico-metodológica, que serve para estudar os fenômenos sociais, tentando explicá-los, analisando os homens em suas relações de interdependência. Compreender as diferentes sociedades e culturas é um dos objetivos da sociologia.
Antropologia 
É a ciência preocupada em estudar o Homem e a Humanidade de maneira totalizante, isto é, abrangendo todas as suas dimensões. A divisão clássica da Antropologia distingue a Antropologia Cultural da Antropologia Biológica. Cada uma destas, em sua construção, resguardou diversas correntes de pensamento. Origem etimológica: deriva de anthropos (homem/pessoa) e (logos - razão/pensamento).
Ciência política 
É o estudo da política - dos sistemas políticos, das organizações e dos processos políticos. Envolve o estudo da estrutura (e das mudanças de estrutura) e dos processos de governo - ou qualquer sistema equivalente de organização humana que tente assegurar segurança, justiça e direitos civis. 
Os cientistas políticos podem estudar instituições como corporações ou empresas, uniões, ou sindicatos, igrejas, ou outras organizações cujas estruturas e processos de ação se aproximem de um governo, em complexidade e interconexão.
Tendo em vista que a Antropologia é toda realidade individual ou coletivamente produzida pela inteligência humana que caracterize e seja distintivo de um grupo ou de um povo em um espaço físico do mundo ou na história. Fala-se em cultura, portanto, quando se fala na música popular, na culinária, em um estilo de vida, na língua falada, na língua escrita ou outras produções distintivas de um grupo, de uma sociedade ou de um povo.
Tendo em vista a Sociologia, para definir algo como social, devemos considerar toda realidade própria de grupos ou sociedades em que não houver emprego de violência e que não for caracterizadora ou distintiva de um grupo ou de um povo. Social é aquilo que mantém os homens integrados, coesos em grupos ou sociedades por ser produto da vida coletiva, contrariando assim a ideia de que os homens seriam seres sociais por natureza. Em rigor, essa definição quer dizer que os homens são sociais devido à educação que recebem, isto é, à educação que os faz agirem como seres sociais específicos de um grupo ou sociedade.
O objeto definidor e esclarecedor do político, de acordo com a Ciência Política, é a violência e tudo aquilo que se refere ao seu emprego entre os homens em sociedades. De todas as tarefas existentes em sociedades, três são as tarefas políticas, ou seja, três são as tarefas que dependem do emprego da violência: executar, legislar e julgar. Logo, as três instituições políticas básicas, porque diretamente expressivas dessas tarefas: Poder Executivo, Poder Legislativo e Poder Judiciário, políticos são todos os seus componentes.
Os primeiros sociólogos construíram conceitos voltados para a tentativa de interpretar, por critérios científicos, a realidade social.
Como veremos no vídeo sobre a Ilha das Flores, dirigido por Jorge Furtado e indicado como atividade, o progresso na produção levou à criação de grandes centros industriais em cidades que não tinham condições de suportar a intensa migração do campo para a cidade por populações em busca de trabalho.
As pessoas se aglomeravam de maneira desorganizada em habitações precárias e insalubres. Vemos o aparecimento de mendigos, ladrões e aventureiros, ambientes assolados por violência, fome e doenças. Surge daí a questão social. Como explicar os problemas sociais e mudar a vida coletiva?
Os intelectuais são instigados a encontrar soluções fundamentadas no conhecimento científico. O conhecimento científico das ciências que estudavam os fenômenos naturais era o que faltava para tratar os fenômenos sociais, acreditavam os intelectuais.
Houve busca de soluções? Sim! A busca de uma ciência que correspondesse a uma Física Social, como viria a chamá-la Augusto Comte. O positivismo, neste caso, exige que o cidadão se caracterize como: a busca nos próprios fenômenos das suas explicações e não em entidades sobrenaturais.
Com base na Lei dos Três Estados, Augusto Comte elaborou a classificação das ciências, de acordo com o aparecimento histórico de cada uma e o progressivo abandono da imaginação teológica e da especulação metafísica no conhecimento.
Definição de Positivismo segundo Comte: corrente Filosófica que marca nossa existência e nossa educação. “Tudo é relativo, eis o único princípio absoluto”.  Para Comte, o método positivista consiste na observação dos fenômenos, subordinando a imaginação à observação.
Para Augusto Comte, os fenômenos sociais seriam derivados do que dizia ser a natureza gregária dos homens.
Desde meados do século XIX, como consequência da filosofia de Augusto Comte - chamada de positivismo, foi feita uma separação entre Filosofia e ciências positivas (matemática, física, química, biologia, astronomia, sociologia). As ciências, dizia Comte, estudam a realidade natural, social, psicológica e moral e são propriamente o conhecimento. Para ele, a Filosofia seria apenas uma reflexão sobre o significado do trabalho científico, isto é, uma análise e uma interpretação dos procedimentos ou das metodologias usadas pelas ciências e uma avaliação dos resultados científicos. A Filosofia tornou-se, assim, uma teoria das ciências ou epistemologia (episteme, em grego, quer dizer ciência).
A tradição filosófica, sobretudo a partir do século XVIII (com a filosofia da Ilustração) e do século XIX (com a filosofia da história de Hegel e o positivismo de Comte), afirmava que do mito à lógica havia uma evolução do espírito humano, isto é, o mito era uma fase ou etapa do espírito humano e da civilização que antecedia o advento da lógica ou do pensamento lógico, considerado a etapa posteriore evoluída do pensamento e da civilização. Essa tradição filosófica fez crer que o mito pertenceria a culturas “inferiores”, “primitivas” ou “atrasadas”, enquanto o pensamento lógico ou racional pertenceria a culturas “superiores”, “civilizadas” e “adiantadas”. Essa separação temporal e evolutiva de duas modalidades de pensamento fazia com que se julgasse a presença, em nossas sociedades, de explicações míticas (isto é, as religiões, a literatura, as artes) como uma espécie de “resíduo” ou “resto” de uma fase passada da evolução da humanidade, destinada a desaparecer com a plena evolução da racionalidade científica e filosófica.
Hoje, porém, sabe-se que a concepção evolutiva está equivocada. O pensamento mítico pertence ao campo do pensamento simbólico e da linguagem simbólica, que coexistem com o campo do pensamento e da linguagem conceituais. Duas linhas de estudos mostraram essa coexistência, embora essas duas modalidades de pensamento e de linguagem sejam não só diferentes, mas também, frequentemente, contrárias e opostas.
Período do positivismo: inicia-se no século XIX com Augusto Comte, para quem a humanidade atravessa três etapas progressivas, indo da superstição religiosa à metafísica e à teologia, para chegar, finalmente, à ciência positiva, ponto final do progresso humano. Comte enfatiza a ideia do homem como um ser social e propõe o estudo científico da sociedade: assim como há uma física da Natureza, deve haver uma física do social, a sociologia, que deve estudar os fatos humanos usando procedimentos, métodos e técnicas empregados pelas ciências da Natureza.
A concepção positivista não termina no século XIX com Comte, mas será uma das correntes mais poderosas e influentes nas ciências humanas em todo o século XX. Assim, por exemplo, a psicologia positivista afirma que seu objeto não é o psiquismo enquanto consciência, mas enquanto comportamento observável que pode ser tratado com o método experimental das ciências naturais.
A sociologia positivista (iniciada por Comte e desenvolvida como ciência pelo francês Emile Durkheim) estuda a sociedade como fato, afirmando que o fato social deve ser tratado como uma coisa, à qual são aplicados os procedimentos de análise e síntese criados pelas ciências naturais. Os elementos ou átomos sociais são os indivíduos, obtidos por via da análise; as relações causais entre os indivíduos, recompostas por via da síntese, constituem as instituições sociais (família, trabalho, religião, Estado etc.).
Essa visão otimista também foi desenvolvida na França pelo filósofo Augusto Comte, que atribuía o progresso ao desenvolvimento das ciências positivas. Essas ciências permitiriam aos seres humanos “saber para prever, prever para prover”, de modo que o desenvolvimento social se faria por aumento do conhecimento científico e do controle científico da sociedade. É de Comte a ideia de “Ordem e Progresso”, que viria a fazer parte da bandeira do Brasil republicano. No entanto, no século XX, a mesma afirmação da historicidade dos seres humanos, da razão e da sociedade levou à ideia de que a História é descontínua e não progressiva.
Cada sociedade tendo sua História própria em vez de ser apenas uma etapa numa História universal das civilizações. A ideia de progresso passa a ser criticada porque serve como desculpa para legitimar colonialismos e imperialismos (os mais “adiantados” teriam o direito de dominar os mais “atrasados”). Passa a ser criticada também a ideia de progresso das ciências e das técnicas, mostrando-se que, em cada época histórica e para cada sociedade, os conhecimentos e as práticas possuem sentido e valor próprios, e que tal sentido e tal valor desaparecem numa época seguinte ou são diferentes numa outra sociedade, não havendo, portanto, transformação contínua, acumulativa e progressiva. O passado foi o passado, o presente é o presente e o futuro será o futuro.
Como afirma Pérsio Santos de Oliveira na introdução do seu livro Sociologia da Educação: ninguém escapa da educação. Em casa, na rua, na igreja ou na escola, de um modo ou de muitos, todos nós envolvemos pedaços da vida com ela: para aprender, para ensinar, para aprender e ensinar. Para saber, para fazer, para ser ou para conviver, todos os dias misturamos a vida com a educação. Com uma ou com várias: educação? Educações.
E já que pelo menos por isso sempre achamos que temos alguma coisa a dizer sobre a educação que nos invade a vida, por que não começar a pensar sobre ela com o que uns índios uma vez escreveram? Há muitos anos nos Estados Unidos, Virgínia e Maryland assinaram um tratado de paz com os Índios das Seis Nações. Ora, como as promessas e os símbolos da educação sempre foram muito adequados a momentos solenes como aquele, logo depois os seus governantes mandaram cartas aos índios para que enviassem alguns de seus jovens às escolas dos brancos.
Os chefes responderam agradecendo e recusando. A carta acabou conhecida porque alguns anos mais tarde Benjamin Franklin adotou o costume de divulgá-la aqui e ali. Eis o trecho que nos interessa: “... Nós estamos convencidos, portanto, que os senhores desejam o bem para nós e agradecemos de todo o coração. Mas aqueles que são sábios reconhecem que diferentes nações têm concepções diferentes das coisas e, sendo assim, os senhores não ficarão ofendidos ao saber que a vossa ideia de educação não é a mesma que a nossa. ...Muitos dos nossos bravos guerreiros foram formados nas escolas do Norte e aprenderam toda a vossa ciência.
Mas, quando eles voltavam para nós, eles eram maus corredores, ignorantes da vida da floresta e incapazes de suportarem o frio e a fome. Não sabiam como caçar o veado, matar o inimigo e construir uma cabana, e falavam a nossa língua muito mal. Eles eram, portanto, totalmente inúteis. Não serviam como guerreiros, como caçadores ou como conselheiros. Ficamos extremamente agradecidos pela vossa oferta e, embora não possamos aceitá-la, para mostrar a nossa gratidão oferecemos aos nobres senhores de Virgínia que nos enviem alguns dos seus jovens, que Ihes ensinaremos tudo o que sabemos e faremos, deles, homens.”
Existe a educação de cada categoria de sujeitos de um povo; ela existe em cada povo, ou entre povos que se encontram.
Existe entre povos que submetem e dominam outros povos, usando a educação como um recurso a mais de sua dominância.
Da família à comunidade, a educação existe difusa em todos os mundos sociais, entre as incontáveis práticas dos mistérios do aprender; primeiro, sem classes de alunos, sem livros e sem professores especialistas; mais adiante com escolas, salas, professores e métodos pedagógicos.
A educação pode existir livre e, entre todos, pode ser uma das maneiras que as pessoas criam para tornar comum, como saber, como ideia, como crença, aquilo que é comunitário como bem, como trabalho ou como vida.
Ela pode existir imposta por um sistema centralizado de poder, que usa o saber e o controle sobre o saber como armas que reforçam a desigualdade entre os homens, na divisão dos bens, do trabalho, dos direitos e dos símbolos.
A educação
A educação é, como outras, uma fração do modo de vida dos grupos sociais que a criam e recriam, entre tantas outras invenções de sua cultura, em sua sociedade. Formas de educação que produzem e praticam, para que elas reproduzam, entre todos os que ensinam e aprendem, o saber que atravessa as palavras da tribo, os códigos sociais de conduta, as regras do trabalho, os segredos da arte ou da religião, do artesanato ou da tecnologia que qualquer povo precisa para reinventar, todos os dias, a vida do grupo e a de cada um de seus sujeitos, através de trocas sem fim com a natureza e entre os homens, trocas que existem dentro do mundo social onde a própria educação habita, e desde onde ajuda a explicar - às vezes a ocultar, às vezes a inculcar - de geração em geração, a necessidade da existência de sua ordem.
Seja uma sociedade indígena ou uma sociedade moderna, todas têm alguma forma de educação. Observando a história vemos que as ciências sociais surgem como partedo projeto iluminista. Surgiram com base na crença de que é possível progredir, melhorar as condições de vida de toda a sociedade. Todas as proposições do Iluminismo são de natureza progressista, universalizante, inclusiva. Nesse sentido, havia uma ideologia em expansão que dava sentido à prática da ciência em geral e da social em particular: afirmação crescente da liberdade, da afluência, do bem-estar, da convivência pacífica, da democracia.
Pensamento aparentemente simples, mas que contém uma ideologia otimista e revolucionária. De uma maneira geral, acreditava-se na capacidade de intervenção humana, e não de Deus, para a melhoria das condições materiais e ideais de vida. No seio desse movimento — no qual a modernização era um processo, mas também um projeto — diversos argumentos ganharam força:
Igualdade crescente, cidadania, nação, industrialismo etc. Tais argumentos forneceram o arsenal de que se valeram as ciências sociais. Ao longo do tempo essas crenças e ideias tornaram-se mais e mais disseminadas, até se tornarem uma espécie de lugar-comum ou uma "naturalidade". Nesse contexto surgiram projetos políticos e intelectuais de transformação social.
No início da era moderna, as diferenciações que a sociedade estabeleceu entre o mercado e o Estado, a filosofia e a ciência, tiveram consequências intelectuais e materiais definitivas na organização social. É verdade que a expansão vertiginosa das comunicações na virada dos séculos XVIII e XIX transformou de forma revolucionária a vida da sociedade e tornou possível muitas das conquistas da era moderna (alfabetização, diálogo, opinião pública, democracia etc.), mas, não será verdade também que vivemos uma nova era de transformações, que o incremento novamente vertiginoso das comunicações traz novas potencialidades emancipadoras?
Parece que, se quisermos preservar a especificidade do conhecimento científico diante de outras formas de conhecimento, será impossível abrir mão do recurso à razão, da busca da generalização e da aposta na universalização. É nesse sentido que gostaria de mencionar um dos conceitos da ciência social que me parecem, hoje, mais sugestivos da promessa de radicalização do projeto modernizante e emancipacionista das ciências sociais. Refiro-me ao conceito de cidadania.
Enquanto as demais ciências seguem o caminho progressivo e levam à frente o ideal modernizante, as ciências sociais parecem mergulhar mais fundo na busca pela verdade. Os ideais modernizantes tornaram-se alvo de crítica feroz e, sem eles, os próprios críticos não sabem como legitimar sua inserção como cientistas. Essa legitimação parece se dar muito mais mediante uma adesão explícita a um credo particular, de natureza política, religiosa ou hedonístico. Claro que há exceções, mas esse não é o contexto para discorrer sobre elas. Hoje alguns cientistas  sociais falam no chamado fim das grandes narrativas — que, na verdade, se torna inteligível através de alguma nova grande narrativa — deixa as ciências sociais sem especificidade. A saída do reencantamento do mundo, embora plenamente legítima como opção pessoal, não pode, infelizmente, salvar a ciência social.
Hoje, demandas por cidadania expressam muito mais claramente a tensão entre demandas por igualdade e por diferença, ou melhor, evidenciam os dilemas da inclusão versus exclusão que a mística do Estado nacional tendia a ocultar. Se, durante décadas, assistimos ao avanço da cidadania, evidenciar a igualdade, incluindo no consumo do acervo comum de direitos, camadas cada vez mais amplas da sociedade, hoje ele explicita também, com vigor crescente, demandas pelo direito à diferença.
Não se espera dos cientistas sociais a clarividência, ou melhor, a alquimia de fundir logicamente noções e dilemas. Contudo, é legítimo esperar que eles logrem formular o velho dilema de maneiras novas e originais, de forma a não retroceder no tempo — ameaça idêntica a que enfrentam os computadores na virada do milênio. Esperemos também que a novidade do direito à diferença não nos tente a abrir mão da velha luta pelo direito à igualdade.
Esse é um problema, uma ameaça, melhor dizendo, que se insinua perigosamente no encolhimento do estado como no século XX, no recrudescimento da exclusão social e, ouso dizer, no interior das ciências sociais — no descuido das questões gerais, no abandono das generalizações que, logicamente, não excluem o estudo de casos e causas particulares, mas não podem, de qualquer forma, se confundir inteiramente com esses últimos.
	 1a Questão (Ref.: 201603480500)
	 Fórum de Dúvidas (2)       Saiba  (1)
	
	Analise as afirmativas abaixo e assinale a que está incorreta:
		
	
	É uma ciência que busca compreender as diferentes sociedades.
	
	É uma ciência que trabalha com métodos quantitativos e qualitativos.
	
	A sociologia estuda e analisa o comportamento social e suas implicações.
	
	A Sociologia tem uma base teórica metodológica, que serve para estudar os fenômenos sociais;
	 
	É uma ciência que estuda o individuo na sua singularidade.
	
	 Gabarito Comentado
	 Gabarito Comentado
	
	
	 2a Questão (Ref.: 201603557139)
	 Fórum de Dúvidas (2 de 2)       Saiba  (1 de 1)
	
	O Positivismo aponta a ciência como a solução garantida para o homem moderno. A filosofia ou pensamento científico calcado nos paradigmas de Comte, é:
		
	
	A filosofia somente trabalha com as verdades da ciência. 
	 
	Tudo é determinado pelo meio e o contexto histórico.
	 
	A ciência é um bem e o progresso se estabelece.
	
	A natureza estabelece  e seleciona quem foi escolhido.
	
	A alma programa o cérebro e assim há o limite lógico.
	
	 Gabarito Comentado
	 Gabarito Comentado
	
	
	 3a Questão (Ref.: 201602739424)
	 Fórum de Dúvidas (2)       Saiba  (1)
	
	Das afirmativas abaixo, a única que CORRESPONDE às contribuições da Sociologia da Educação é
		
	
	Impede a análise da escola como grupo social, o que ajuda a sua estrutura interna.
	 
	Esclarece o processo educativo e as relações entre a escola e a sociedade
	
	Ajuda os alunos de menor rendimento e inadaptação escolar a terem melhores resultados
	
	Evita que se misture educação e desenvolvimento social, que devem ser estudados como dos fenômenos em separado.
	
	Explica a influência da personalidade de seus membros nos seus comportamentos na escola.
	
	 Gabarito Comentado
	
	
	 4a Questão (Ref.: 201602739413)
	 Fórum de Dúvidas (2)       Saiba  (1)
	
	Como Sociologia especial, a Sociologia da Educação estuda:
I - a educação como processo social global que ocorre em toda a sociedade.
II - os sistemas escolares, ou seja, o conjunto de uma rede de escolas e sua estrutura de sustentação, como partes do sistema social mais global;
III - a escola como unidade sociológica e a sala de aula como subgrupo de ensino.
Está(ão) correta(s):
		
	 
	todas as sentenças estão corretas.
	
	Somente as sentenças I e II.
	
	somente as sentenças I e III.
	
	somente as sentenças II e III.
	
	todas as sentenças estão erradas.
	
	 Gabarito Comentado
	
	
	 5a Questão (Ref.: 201602747752)
	 Fórum de Dúvidas (2 de 2)       Saiba  (1 de 1)
	
	(SEE/SP, 2009). A Sociologia nasce sob a influência de duas Revoluções: a Industrial e a Francesa. Que aspectos da Revolução Industrial mais influenciaram a formulação de problemas e conceitos pela Sociologia?
		
	
	O crescimento do radicalismo, a situação da classe trabalhadora, a religiosidade popular e o conservadorismo.
	
	O sistema fabril, o conservadorismo, o individualismo e a situação dos trabalhadores rurais.
	 
	O desenvolvimento da ciência, a situação da classe trabalhadora, a religiosidade popular, a tradição e o racionalismo.
	 
	A situação da classe trabalhadora, a transformação da propriedade, a cidade industrial, a tecnologia e o sistema fabril.
	
	A religiosidade,as mudanças na família, o individualismo e a transformação da propriedade.
	
	
	
	
	 6a Questão (Ref.: 201602935126)
	 Fórum de Dúvidas (2)       Saiba  (1)
	
	"O seu surgimento [da sociologia] ocorre num contexto histórico específico, que coincide com os derradeiros momentos da desagregação da sociedade feudal e da consolidação da civilização capitalista". (MARTINS, Carlos B. (1990) O que é Sociologia. 26. ed. São Paulo: Brasiliense, p. 10). 
São eventos e fatos históricos importantes que contribuíram para o surgimento da sociologia, EXCETO:
		
	
	Revolução Francesa
	
	Iluminismo
	 
	A Revolução Russa
	
	A constituição do proletariado enquanto classe social
	
	Revolução Industrial
	
	 Gabarito Comentado
	
	
	 7a Questão (Ref.: 201602737866)
	 Fórum de Dúvidas (2)       Saiba  (1)
	
	Para evitar a tentação de transformar os preceitos do método em "receitas de cozinha", o estudante deve treinar constantemente a "vigilância epistemológica", ou seja:
		
	
	deve treinar as técnicas de entrada no campo simbólico dos espaços públicos
	
	deve treinar sua esperteza no estudo dos conceitos pré-científicos
	
	deve treinar o uso constante da razão e da emoção no mundo simbólico
	
	Nenhuma das respostas estão corretas
	 
	deve treinar constantemente a vigilância epistemológica
	
	 Gabarito Comentado
	
	
	 8a Questão (Ref.: 201602960343)
	 Fórum de Dúvidas (2)       Saiba  (1)
	
	Por Sociologia pode-se afirmar:
		
	
	É a ciência que estuda a mente e os processos mentais, no que se relaciona ao comportamento do homem e de outros animais
	
	É o estudo restrito da política - dos sistemas políticos, das organizações e dos processos políticos.
	
	É a ciência preocupada em estudar o Homem e a Humanidade de maneira totalizante, isto é, abrangendo todas as suas dimensões.
	
	É a ciência que estuda o conjunto de fenômenos naturais e humanos que constituem aspetos da superficíe da Terra, considerada na sua distribuição e relações recíprocas
	 
	É uma das ciências humanas que estuda a sociedade, ou seja, estuda o comportamento humano em função do meio e os processos que interligam os indivíduos em associações, grupos e instituições.
	1a Questão (Ref.: 201603557168)
	 Fórum de Dúvidas (2 de 2)       Saiba  (1 de 1)
	
	O estado metafísico, que é considerado uma das fases da sociedade humana por Auguste Comte, caracteriza-se , como:
		
	 
	Interpretação do mundo através de conceitos e ideias abstratas, verdadeiras, imutáveis e absolutas.
	
	É o grau mais elevado e definitivo do conhecimento na evolução humana.
	
	Tenta explicar a natureza e a sociedade, racionalmente, estabelecendo as suas leis e regras. 
	
	Trabalha somente com as explicações míticas.
	
	É a busca pelo conhecimento teológico.
	
	 Gabarito Comentado
	 Gabarito Comentado
	
	
	 2a Questão (Ref.: 201603278592)
	 Fórum de Dúvidas (2 de 2)       Saiba  (1 de 1)
	
	Sobre o positivismo é correto afirmar que:
		
	
	Foi um conhecimento que conviveu harmonicamente com as explicações teológicas.
	
	Também foi chamado de organicismo, por defender a necessidade de haver o incremento das organizações populares como sindicatos, movimentos populares e eclesiais de oposição a ordem vigente.
	 
	Derivou do "cientificismo", isto é, da crença na capacidade da ciência em oferecer progresso e felicidade à humanidade.
	
	corrente de pensamento sociológico, para a qual a sociologia deveria contrariar e substituir os conhecimentos da física, da química e da biologia.
	
	Tem como base do pensamento a dúvida e poder absoluto da razão humana como fonte de conhecimento da realidade.
	
	 Gabarito Comentado
	 Gabarito Comentado
	
	
	 3a Questão (Ref.: 201602739420)
	 Fórum de Dúvidas (2)       Saiba  (1)
	
	Das afirmativas abaixo, a única que NÃO CORRESPONDE às contribuições da Sociologia da Educação é
		
	
	Esclarece o processo educativo e as relações entre a escola e a sociedade.
	 
	Ajuda os alunos de menor rendimento e inadaptação escolar para que obtenham melhores notas.
	
	Permite que se compreenda o papel da educação na sociedade e em seu desenvolvimento.
	
	Explica a influência da escola no comportamento e na personalidade de seus membros.
	
	Analisa a escola como grupo social e sua estrutura interna.
	
	 Gabarito Comentado
	
	
	 4a Questão (Ref.: 201603352265)
	 Fórum de Dúvidas (2 de 2)       Saiba  (1 de 1)
	
	A Sociologia nasce sob a influência de duas Revoluções: a Industrial e a Francesa. Que aspectos da Revolução Industrial mais influenciaram a formulação de problemas e conceitos pela Sociologia?
		
	
	A religiosidade, as mudanças na família, o individualismo e a transformação da propriedade.
	
	O crescimento do radicalismo, a situação da classe trabalhadora, a religiosidade popular e o conservadorismo.
	
	O sistema fabril, o conservadorismo, o individualismo e a situação dos trabalhadores rurais.
	
	O desenvolvimento da ciência, a situação da classe trabalhadora, a religiosidade popular, a tradição e o racionalismo.
	 
	A situação da classe trabalhadora, a transformação da propriedade, a cidade industrial, a tecnologia e o sistema fabril.
	
	
	
	
	 5a Questão (Ref.: 201603418976)
	 Fórum de Dúvidas (2 de 2)       Saiba  (1 de 1)
	
	"O papel da Universidade em nossa vida é nos ajudar a superar a interpretação corriqueira dos fatos, ou seja, sair do senso comum. O senso comum é uma forma de pensar coletiva e que tem o seu valor. Todos nós temos um senso comum. No entanto, partir sempre dele é negar outras formas de refletir e de pensar". Identifique a única expressão abaixo que significou (e ainda significa) um rompimento com o senso comum.
		
	
	"É melhor um pássaro na mão do que dois voando"
	
	"Em briga de marido e mulher, ninguém mete a colher"
	
	"Isso é do tempo em que se amarrava cachorro com linguiça"
	 
	"A terra gira em torno do sol"
	
	"Deus é amor"
	
	
	
	
	 6a Questão (Ref.: 201603264087)
	 Fórum de Dúvidas (2)       Saiba  (1)
	
	"O pastor Miguel Brum me contou que há alguns anos esteve com os índios do Charco paraguaio. Ele formava parte de uma missão evangelizadora. Os missionários visitaram um cacique, um gordo quieto e calado, escutou sem pestanejar a propaganda religiosa que leram para ele na língua dos índios. Quando a leitura terminou, os missionários ficaram esperando. O cacique levou um tempo. Depois, opinou: - Você coça. E coça bastante, e coça muito bem. E sentenciou: - Mas, onde você coça não coça." (Galeano, Eduardo. Livro dos abraços, p. 28.) Podemos associar esta pequena estória ao objeto de estudo de qual das ciências sociais?
		
	
	História política.
	 
	Antropologia cultural;
	
	Biologia cultural;
	
	Ciência política;
	
	Economia;
	
	 Gabarito Comentado
	 Gabarito Comentado
	
	
	 7a Questão (Ref.: 201603391097)
	 Fórum de Dúvidas (2)       Saiba  (1)
	
	A partir das afirmativas abaixo, a única que NÃO CORRESPONDE à função da Sociologia da Educação é:
		
	 
	Ajuda os alunos de menor rendimento e inadaptação escolar terem melhores resultados.
	
	 Visa esclarecer o processo educativo e as relações entre a escola e a sociedade.
	
	 Pretende analisar a escola como grupo social, bem como sua estrutura interna.
	
	Pretende permite que se compreenda o papel da educação na sociedade e em seu desenvolvimento.
	
	
	
	
	 8a Questão (Ref.: 201602935095)
	 Fórum de Dúvidas (2 de 2)       Saiba  (1 de 1)
	
	O positivismo foi uma diretriz filosófica criada por Comte em meados do séculoXIX. 
Assinale a ÚNICA característica abaixo que não pertence ao positivismo comtiano:
		
	 
	A aproximação com o tradicional foi especialmente forte em Comte, que apostava na possibilidade do conhecimento metafísico, que ele considerava uma forma de pesquisa fundamental e necessária;
	
	A classificação e hierarquização das ciências, da mais simples até a mais complexa;
	
	Defendia uma "sociocracia" dirigida por cientistas para a unificação, conformidade e progresso de toda a humanidade.
	
	A Lei dos Três Estados, em que ele divide a evolução histórica e cultural da humanidade em três fases, de acordo com seu desenvolvimento;
	 
	A defesa da reforma da sociedade, com mudanças intelectuais, morais e políticas destinadas principalmente a restabelecer a ordem na sociedade capitalista industrial;

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