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DIREITOS FUNDAMENTAIS- slides

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TEORIA GERAL DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
1. DISTINÇÃO ENTRE DIREITOS FUNDAMENTAIS E DIREITOS HUMANOS
2. CLASSIFICAÇÃO DE DIREITOS FUNDAMENTAIS
		- Direitos Individuais e coletivos (art. 5)
		- Direitos Sociais (arts. 6 e 193 e seg.)
		- Direitos de Nacionalidade (art. 12)
		- Direitos Políticos (arts. 14 a 17)
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3. CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
- Universalidade
- Inalienabilidade
- Imprescritibilidade
- Irrenunciabilidade
- Relatividade ou limitabilidade
- Historicidade
OBS: O direito fundamental à vida, por ser mais importante que os outros direitos fundamentais, tem caráter absoluto não se admitindo qualquer restrição? 
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4. GERAÇÕES OU DIMENSÕES DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
O lema da revolução francesa corresponde às gerações de direitos fundamentais: liberdade,
igualdade e fraternidade.
- Direitos de Primeira Geração: 
	São os direitos civis (liberdades públicas) e políticos
	
- Direitos de Segunda Geração: 
	Impõe ao Estado prestações positivas. O Estado tem o dever de atuar de forma a proporcionar o bem-estar social.
	Os direitos fundamentais que têm por finalidade reduzir as desigualdades são os direitos sociais, econômicos e culturais. 
- Direitos de Terceira Geração 
	São exemplos desses direitos: direito ao meio ambiente, direito do consumidor, qualidade de vida, utilização e conservação do patrimônio histórico-cultural, direito de comunicação, direito à paz 	
- Direitos de Quarta Geração
	São direitos relativos informática, biociência, alimentos transgênicos, sucessão dos filhos gerados por inseminação artificial, acontecimentos ligado à engenharia genética.
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5. EFICÁCIA VERTICAL E HORIZONTAL DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
ESTADO
		VERTICAL
INDIVÍDUOS
As relações entre os indivíduos e o Estado apresentam eficácia vertical, porque 
satisfação do direito decorre entre o Poder Público e o indivíduo 
ESTADO 
 	 VERTICAL
INDIVIDUO INDIVÍDUOS
 HORIZONTAL
A eficácia horizontal é a aplicação dos direitos fundamentais nas relações travadas entre
particulares. 
Ex: Será que alguém pode deixa de oferecer emprego a outrem por motivo
de cor, raça, origem?
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LEITURA DE TEXTO EM SALA E RESOLUÇÃO DE QUESTÕES
Texto: Eficácia dos direitos fundamentais nas relações privadas. Andrey Borges de Mendonça e Olavo Augusto Vianna Alves Ferreira. Leituras complementares de direitos constitucional. Organizador: Marcelo Novelino
1 – O que é eficácia horizontal dos direitos fundamentais?
2 – Para os autores os direitos fundamentais devem ser utilizados nas relações privadas? Fundamente.
3 – Para os autores de que forma se concebe a eficácia dos direitos fundamentais nas relações privadas?
4 – Qual a posição atual do STF acerca do tema?
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MÓDULO III
Os alunos deverão responder, de forma manuscrita, as seguintes indagações:
1) O QUE CONSISTE O DIREITO INDIVIDUAL? 
2) O QUE CONSISTE O DIREITO COLETIVO? 
3) QUEM SÃO OS DESTINATÁRIOS DOS DIREITOS E GARANTIAS INDIVIDUAIS? 
4) QUAIS SÃO OS CRITÉRIOS ADOTADOS PARA DEFINIR O INÍCIO DA VIDA, CUJA
TUTELA É CONSAGRADA PELA CONSTITUIÇÃO FEDERAL? 
5) O QUE CONSISTE O PRINCÍPIO DA IGUALDADE?
6) O QUE CONSISTE O PRINCÍPIO DA LEGALIDADE?
Preparação Prévia - leitura: 
	Leitura obrigatória: capítulo 3 do livro de Alexandre de Moraes.
	Leitura complementar: segunda parte, título II, capítulos I a V do livro de José Afonso da Silva.
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6 - ART. 5º, §3º - DIREITOS FUNDAMENTAIS E TRATADOS INTERNACIONAIS 
	Art. 5, § 3º: Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais.
					
					Art. 1º ao 250 da CF + TIDH aprovados com quorum 
					EC.
					TIDH NÃO aprovados com quorum de EC
					
					
					LO, LC, MP, Decretos Legislativos, Resoluções
						(art. 59 da CF)
				
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7 - DESTINATÁRIOS DOS DIREITOS E GARANTIAS INDIVIDUAIS
	- art. 5º, caput: 
	Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade (...).
		Apesar de a CF falar em estrangeiros residentes, a maioria da doutrina e o STF entendem que todo ser humano é destinatário dos dir. individuais.
		JAS faz interpretação literal da CF, e diz que estrangeiros não residentes seriam destinatários dos dir. fundamentais, por conta dos tratados internacionais.
		- Os direitos enunciados e garantidos pela constituição são de brasileiros, pessoas físicas e jurídicas.
	
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Julgue os itens seguintes:
	1) Historicamente, os direitos que hoje se conhecem como fundamentais surgiram como limitações à ingerência abusiva do Estado na esfera da vida individual; esses direitos essencialmente ligados à defesa da liberdade, são os que atualmente se denomina direitos de primeira geração (ou de primeira dimensão).
	2) Os direitos individuais e sociais fundamentais e os econômicos, previstos na Constituição Federal, têm em comum determinar o dever de o Estado abster-se de agir, deixando livre a economia privada.
	3) Os estrangeiros não-residentes estão alijados da titularidade dos direitos fundamentais entre nós.
	4) Os direitos fundamentais são relativos e históricos, pois podem ser limitados por outros direitos fundamentais e surgem e desaparecem ao longo da história humana.
	5) Quando previstos em tratados e convenções internacionais, os direitos fundamentais são equivalentes às emendas constitucionais 
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Julgue os itens seguintes:
	6) Os direitos fundamentais de segunda geração são aqueles que traduzem liberdades positivas, reais ou concretas, de sorte a materializar o princípio da igualdade; ao passo que os direitos de terceira geração materializam poderes de titularidade coletiva atribuídos genericamente a todas as formações sociais, consagrando o princípio da solidariedade.
	
	7) Em determinadas situações, como em casos ao amparo de excludentes de ilicitude previstas no Código Penal (CP), é juridicamente lícito suprimir a vida de outrem, muito embora o direito à vida seja fundamental e não haja previsão constitucional expressa dessa possibilidade de restrição.
	8) A Constituição Federal de 1988 garante apenas aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à propriedade. Nesse sentido, a autoridade policial poderá determinar o ingresso em imóvel de estrangeiro, que não resida do País, sem que sejam observadas as limitações constitucionais 
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9 - DIREITOS INDIVIDUAIS EM ESPÉCIE 
	Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
	(...)
	Os direitos individuais e coletivos declarados no 78 incisos do art. 5º estão ligados aos valores elencados no caput: vida, liberdade, igualdade, segurança e propriedade 
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1 – DIREITO A VIDA
	
	A proteção constitucional dada ao direito à vida tem dupla acepção: (a) direito a permanecer vivo; (b) direito a uma vida digna 
	Teorias do início da Vida:
	- Fecundação ou concepção: a vida humana começa desde a concepção, ou seja com a fecundação do óvulo com o espermatozóide.
	- Nidação: quando ocorre a fixação do zigoto no útero materno (7º ao 10º dia de gestação).
	- Formação do Sistema Nervoso Central: o dado fundamental é a capacidade neurológica de sentir dor e prazer que ocorre por volta do 14º dia após a concepção.
	- Capacidade de o feto existir sem a mãe: entre a 24ª e 26ª semanas da gestação.
	 A CF prevê pena de morte em caso de guerra declarada: art. 5º, XLVII, “a” e art. 84, XIX 
		XLVII
- não haverá penas: 
		a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX
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Violabilidade do direito à vida:
	Ex1: aborto
	- Aborto necessário: para salvar a vida da gestante 
	 
						 - excludente de ilicitude prevista no CP
	 
	- Aborto sentimental: gravidez que resulta de estupro 
	- Legalização do aborto:
	Teses contrárias:
	- o aborto viola o direito à vida do feto, portanto viola o art. 5º, caput.
	Teses favoráveis:
	- a legalização do aborto é uma questão de saúde pública. Adotada pela França;
	- princípio da igualdade entre homens e mulheres: a mulher tem direito de decidir sobre o aborto, uma vez que não existem métodos contraceptivos 100% seguros;
	- princ. da igualdade entre mulheres ricas e pobres. Aquelas têm acesso a clínicas mais seguras;
	
	Ex2- Aborto dos fetos anecefálicos ( ADPF nº 54)
	
	Ex3: eutanásia
	
	Ex4: testemunha de Jeová 
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2 – DIREITO À PRIVACIDADE
		Art. 5º, X: são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das 	pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de 	sua violação.
		Art. 5º, XII: é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de 	dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução 	processual penal. 
		Art. 5º, XI: a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem 	consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar 	socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial.
	
É um direito que abrange: intimidade, vida privada, honra e imagem, protegendo, por ex. direito de imagem, sigilo de dados, interceptação das comunicações e a inviolabilidade do domicílio.
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2.1.Proteção da imagem 
	Em regra, a violação à imagem é considerada ilícita (art. 5º, X)
 
 	 
	 - Exceções admitidas pela jurisprudência:
	a) radar eletrônico;
	b) câmeras de segurança: será considerada prova lícita quando grava um crime. As imagens cotidianas estão protegidas por sigilo e não podem ser usadas sem que a pessoa dê o seu consentimento;
	c) notícia publicada dentro de um contexto jornalístico;
	d) matérias de interesse público histórico didático-científico ou cultural.
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2.2 - Proteção à vida privada/intimidade (art. 5º, X, XII)
	
	2.2.1Gravação clandestina 
	 
	Consiste em uma gravação ambiental pessoal ou telefônica feita por um dos interlocutores sem o conhecimento dos demais.
	Em regra, uma gravação clandestina é ilícita (art. 5º, X, da CF). 
	 
	Exceções admitidas pela jurisprudência (STF):
	
	a) utilização pelo réu em sua defesa no processo penal 
		direito a privacidade x direito liberdade
	b) legítima defesa. Ex.: uma gravação feita contra um seqüestrador, chantagista, estelionatários
	c) gravações feitas contra agentes públicos. Ponderação entre o direito a privacidade do agente público e os princípios que regem a administração pública, sobretudo os princípios da moralidade e da publicidade. 
	
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QUESTÃO
	
	
(Magistratura/SP 176.º): Ocupante de cargo público grava magneticamente ligação telefônica contendo ameaça de seqüestro de familiar seu, caso impeça determinada empresa de participar de concorrência que envolve interesse econômico. Assinale a alternativa aplicável.
	a) Poderia ser praticada com autorização do Ministério Público. 
	b) A atitude dependia de autorização judicial.
	c) Inexistiu ilicitude no seu procedimento. 
	d) Todas as alternativas estão incorretas
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	2.2.2. Sigilo de dados:
 
	Engloba basicamente 3 espécies: 
	- Sigilo Bancário: dados bancários de uma pessoa, como por exemplo, extrato de conta corrente.
	
	A LC 105/01 permite que o Fisco tenha acesso ao sigilo bancário. No RE 389.808, DJE de 10.05.2011, o STF entendeu que somente juiz e CPI podem quebrar sigilo bancário. Existem várias ADIs questionando a matéria
	 - Sigilo Fiscal: declarações oriundas de imposto de renda
	 - Sigilo de dados telefônicos: registro de ligações telefônicas (registros da conta telefônica)
	Em regra, esses dados são invioláveis (art. 5º, X). No entanto, a quebra desses sigilos será legitima dependendo da autoridade que determinou a violação.
	Quem pode determinar a quebra destes sigilos?
	a) juiz
	b) CPI (art. 58, §3º da CF) 
			§ 3º - As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes 		de investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros 			nos regimentos das respectivas Casas (...).
	 -
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2.2.3 Interceptação Das Comunicações (art. 5º, XII)
		Art 5º, XII: é inviolável o sigilo da correspondência e das 	comunicações telegráficas, de dados e das comunicações 	telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas 	hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de 	investigação criminal ou instrução processual penal.
		Protege basicamente 4 formas de comunicação: epistolar, telegráfica, dados e telefônica.
		Interceptação: Consiste na intromissão ou interrupção de uma comunicação por parte de um terceiro sem o conhecimento de um ou de ambos interlocutores.
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1 - Correspondência (ou epistolar): carta, telegramas. 
		Em regra a violação de correspondência é ilícita (art. 5º, XII)
Exceções admitidas pela jurisprudência:
a) suspeita fundada de delito por um dos presos pelo Diretor do Presídio; 
b) tráfico de animais por sedex (os Correios descobriram, em Foz do Iguaçú, e violaram as correspondências)
c) segurança pública ou de saúde pública 
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2 - Telefônicas: 
	A CF traz, ela própria, requisitos para interceptação das comunicações telefônicas: 
	
		XII – (...) salvo, no último caso, por ordem judicial, nas 	hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins 	de investigação 	criminal ou instrução processual penal.
	1) ordem judicial;
	2) nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer (lei 9296/96)
	3) para fins de investigação penal e processual. 
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Cláusula da Reserva de Jurisdição: 
	Consiste em confinar ao âmbito do Judiciário a prática de certos atos que impliquem restrição a direitos individuais especialmente protegidos.
 
	Assim, somente o juiz pode determinar a prática destes atos. 
	Quando uma matéria está submetida a cláusula de reserva de jurisdição nenhuma outra autoridade, nem mesmo CPI, pode determinar a quebra. 
	Para o STF existem 3 hipóteses de matérias submetidas a Cláusula de Reserva de Jurisdição:
	
	1- art. 5º, XII, da CF – interceptação telefônica;
	2 - art. 5º, XI, da CF – violação de domicílio;
	3 - art. 5º, LXI, da CF – prisão, salvo em flagrante delito.
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JULGUE O ITEM A SEGUIR:
	Considere a seguinte situação hipotética. Luciana, maior e capaz, foi noiva de Abílio durante algum tempo e, em comum acordo com ele, engravidou. Após o nascimento da criança, no entanto, Abílio, vergonhosamente, não reconheceu o filho. Luciana, representando a criança, pretendia ajuizar ação de investigação de paternidade em face de Abílio e sabia, por meio de amigos, que ele andava aconselhando-se com algumas pessoas acerca desses fatos. Por essa razão, Luciana ajuizou medida cautelar para a produção de prova e requereu que fosse autorizada a interceptação das comunicações telefônicas de Abílio. O juiz de direito reputou relevantes os argumentos de Luciana e deferiu o pedido, evidentemente sem a oitiva da parte contrária, para não frustrar a diligência. Nessa situação, em face da autorização judicial, a degravação das conversas telefônicas de Abílio poderá ser validamente usada como prova na ação de investigação de paternidade.
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2.3. INVIOLABILIDADE DOMICILIAR 
		Art. 5º, XI da CF: a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo 	penetrar sem consentimento do morador,
salvo em caso de flagrante delito ou 	desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial.
	A casa é asilo inviolável. Para alguém nela penetrar, precisa do consentimento do morador ou ordem do juiz (expedida durante o dia), salvo em caso de flagrante delito, desastre ou para prestar socorro. 
	Assim:
	- Com consentimento: qualquer pessoa pode entrar seja dia ou noite e não é necessário que todos moradores consintam, apenas um consentindo é suficiente.
	
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	- Sem consentimento do morador: a CF trata de duas situações distintas:
	1 - situações emergenciais – permitida a invasão a qualquer hora do dia ou da noite:
	- flagrante delito
	- prestar socorro
	- desastre 
	2 - determinação judicial: caso de cumprimento de mandado judicial. Não pode ser cumprido a noite (proteção ao período de descanso). 
	O que é dia? Existem dois critérios: 
	- 1º critério - cronológico (tradicional): utilizado por José Afonso da Silva que compreende o período de 6 horas da manhã e 18 horas
	- 2º critério - físico astronômico: sol nasceu é dia, sol se pôs é noite. Dia período que compreende a aurora e o crepúsculo. 
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	Conceito de Casa
	A casa compreende: escritório, consultórios, estabelecimentos comerciais e industriais, compartimentos habitados.
	Questões já discutidas pela jurisprudência:
	Quarto de hotel entra no conceito de casa? Sim, se estiver habitado, com um hospede. Já o saguão do hotel não entra no conceito. Da mesma forma a recepção do consultório.
	Supermercado: a sala do gerente entra no conceito de casa, já a parte de livre acesso ao público não entra no conceito.
	Boleia de caminhão: entra no conceito de casa, quando o caminhoneiro passa a noite.
	Carro entra no conceito de casa? No STF ou no STJ não há decisão. Mas se a pessoa estiver dormindo dentro do carro, pode-se considerar como casa.
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JULGUE O ITEM A SEGUIR:
	Considere a seguinte situação hipotética: Bernardo exercia sua atividade profissional na própria residência, para economizar custos. Ele tornou-se suspeito de haver cometido estelionato e crime contra a ordem tributária e, no curso do inquérito policial, uma equipe de policiais compareceu ao endereço do suspeito para procurar provas do crime, aonde chegou em torno de 17h. Bernardo, no entanto, não permitiu o ingresso dos policiais no escritório. A equipe de investigação, embora não dispusesse de ordem judicial, entendeu que o lugar havia sido desnaturado como casa, devido à atividade profissional de Bernardo, e, por isso, entrou contra a vontade dele, para a busca de provas. Nessa situação, foi correto o entendimento da equipe de investigação, pois realmente o local onde Bernardo trabalhava não estava ao abrigo da proteção constitucional à casa.
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3 - DIREITO À IGUALDADE (Princípio da Igualdade)
			art. 5º, caput: todos são iguais perante a lei, sem distinção 		de qualquer natureza. 
Possui 2 vertentes:
		- igualdade formal: igualdade perante a lei
		- igualdade material: tratar desigualmente os desiguais, na medida de sua desigualdade.
		O princípio da igualdade visa impedir distinções, discriminações, preconceitos.
		Todavia, a expressão “sem distinção de qualquer natureza” não impede a lei de estabelecer distinções, desde que sejam compatíveis com o princípio da igualdade.
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	Ex: Um edital de concurso pode estabelecer critérios de admissão com base no sexo, altura, idade?
		R: Sim. Para que seja válido o critério adotado, deve-se verificar se o elemento discriminador está a serviço de um fim constitucionalmente protegido. Deve-se verificar, ainda, se o critério escolhido é objetivo, razoável, proporcional. Se o critério for preconceituoso, arbitrário, discriminatório, o fim será inconstitucional.
		
		De acordo com o STF: O edital de concurso público, em face do art. 7º, XXX, CF/88, pode estabelecer critérios de admissão com base no sexo, na altura, na idade, etc., desde que preenchidos os seguintes requisitos:
		(a) previsão legal anterior; 
		(b) justificados pela natureza das atribuições a serem exercidas (Sum. 683, STF).
	Sum. 683 O limite de idade para a inscrição em concurso público só se legitima em face do art. 7º, XXX, da Constituição, quando possa ser justificado pela natureza das atribuições do cargo a ser preenchido.
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	Como forma de tentar atingir a igualdade material existem, também, as AÇÕES AFIRMATIVAS OU DISCRIMANÇÃO POSITIVAS.
		Ex: - cotas raciais em universidades
 - vagas reservadas para deficientes físicos
		- curso pré vestibular específicos para pessoas de baixa renda e afro descendentes
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	 (Juiz de Direito/PA – 2002) Um órgão da administração direta federal publicou edital de concurso público para preenchimento de cargos públicos de agente de segurança e de técnico em informática, exigindo dos candidatos a ambos os cargos altura mínima de 1,65 m e idade inferior ou igual a 35 anos. Além disso, para os candidatos ao cargo de agente de segurança, exigiu diploma de curso superior em direito, enquanto, para os de técnico em informática, diplomação em programação de computadores. Previu ainda o edital critérios de concorrência em caráter regional, de maneira que a ordem de classificação dos candidatos seria efetuada de acordo com a opção de região territorial que fizessem. Alguns candidatos, inconformados com os termos do edital, interpuseram contra este ação direta de inconstitucionalidade (ADIn), enquanto outros entraram com mandado de segurança, visando impugnar requisitos constantes no edital.
	Acerca da situação hipotética acima descrita, bem como da jurisprudência, da doutrina e da legislação pertinentes, julgue os itens que se seguem.
	1) Por não haver motivos para indeferimento liminar do pedido de ADIn, o STF, seguindo sua linha jurisprudencial, deverá julgar a ADIn, declarando a inconstitucionalidade do edital do concurso, tendo em vista as diversas ofensas ao texto constitucional nele contidas.
	2) Para provimento de qualquer cargo público, a exigência de altura mínima, nos termos da jurisprudência do STF, é considerada ofensa aos princípios constitucionais da isonomia e da razoabilidade.
	3) A fixação de limite de idade em concurso público tem sido aceita pela jurisprudência do STF, desde que se mostre compatível com o conjunto de atribuições inerentes ao cargo a ser preenchido e seja estabelecido em lei.
	4) A jurisprudência do STF tem por válida a fixação de critérios de concorrência em caráter regional em editais de concurso público, de maneira que, se essa linha de entendimento for seguida, a impugnação a essa exigência editalícia não encontrará amparo no Poder Judiciário.
	5) A exigência de diplomação em direito para provimento do cargo de agente de segurança pode implicar séria ofensa aos princípios constitucionais da razoabilidade e proporcionalidade, aplicáveis à administração pública
	
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DIREITOS LIGADOS À LIBERDADE:
4 – LIBERDADE DE EXPRESSÃO DE PENSAMENTO 
	
			IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o 			anonimato;   
			V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao 			agravo, além da indenização por dano material, moral ou à 			imagem;  
			Como forma de reação ao regime anterior a CF/88 assegurou, entre seus direitos individuais, a liberdade de expressão do pensamento.
			Assim, a liberdade de expressão e de manifestação de pensamento não pode sofrer nenhum tipo de censura de natureza política, ideológica e artística. 
			Em alguns casos a manifestação do pensamento pode atingir direitos de terceiros. Assim, a CF/88 protege a liberdade de manifestação do pensamento, mas veda o anonimato, assegurando o direito de resposta proporcional ao agravo, além de indenização material e moral 
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	OBS 1: Disque denúncia. A denúncia anônima não é prova lícita no processo, na medida em que a CF/88 veda o anonimato. Mas, a denúncia anônima não impede a averiguação preliminar,
necessária, pela autoridade. As provas colhidas com a averiguação serão admitidas no processo. 
	OBS 2: Bilhetes Apócrifos (sem assinatura). De acordo com o STF podem ser aceitos quando:
	(a) constituir o próprio corpo de delito do crime; 
	(b) produzido pelo próprio acusado (ex: bilhete com pedido de resgate de seqüestro).
	OBS 3: Marcha da maconha - STF julgou legítimo o movimento: liberdade de expressão e de reunião.
*
	
	
OBS: Conforme entendimento do STF com base nos princípios da vedação do anonimato, os escritos apócrifos não podem justificar, por si sós, desde que isoladamente considerados, a imediata instauração da “persecutio criminis”, salvo quando forem produzidos pelo acusado, ou ainda, quando constituírem eles próprios o corpo de delito. Essa afirmativa está correta?
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5- LIBERDADE DE CONSCIÊNCIA E DE CULTO 
	Art. 5º, VI da CF: é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias.
		 Art. 5º, VII  da CF: é assegurada, nos termos da lei, a prestação de 		 assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva.
	Desde o advento da República, foi instaurada a separação entre a Igreja e o Estado. O Brasil tornou-se um Estado laico, leigo, não confessional, secular, devendo manter-se absolutamente neutro.
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	OBS: - Símbolos Religiosos em Locais Públicos – de acordo com a jurisprudência é manifestação cultural.
	 - Feriados Nacionais - O feriado é previsto para comemorar data cultural (art. 215, § 2º, CF/88). Também possui caráter cultural.
			Art. 215. O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais 		e acesso às fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização 		e a difusão das manifestações culturais. 
			(...)
			§ 2º - A lei disporá sobre a fixação de datas comemorativas de alta 		significação para os diferentes segmentos étnicos nacionais 
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5.1- ESCUSA DE CONSCIÊNCIA
	
			Art. 5º, VIII da CF: ninguém será privado de direitos por motivo de crença 		religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para 		eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir 		prestação 	alternativa, fixada em lei.
		A escusa de consciência é uma possibilidade de alegar o imperativo de consciência para se eximir de certas obrigações (art. 5º, VIII, CF/88). No entanto, a Constituição determina que deve ser cumprida prestação alternativa, fixada em lei.
		A prestação alternativa fixada em lei não tem cunho sancionatório. Tem objetivo de assegurar a escusa de consciência.
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	São exemplos de obrigações legais imposta a todos: 
		- serviço militar obrigatório
		- voto
		- participação no júri
		Se não existir lei fixando prestação alternativa, a pessoa poderá alegar a escusa de consciência amplamente, sem poder ser punida por isso. Nesse sentido, esse dispositivo tem eficácia contida, uma vez que há o direito integral que poderá ser restringido posteriormente por lei.
		Se houver recusa a obrigação legal imposta a todos e a prestação alternativa fixada em lei, poderá ser imposta sanção (art. 15, IV, CF/88): suspensão dos direitos políticos. 
			Art. 15
		 	IV: suspensão de direitos políticos, por recusa de cumprir 			obrigação a todos impostas ou prestação alternativa.
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7. EXPRESSÃO DA ATIVIDADE INTELECTUAL, ARTÍSTICA, CIENTÍFICA E DE COMUNICAÇÃO 
	Art. 5º, IX da CF: é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença.
	
			A liberdade de expressão da atividade intelectual não pode sofrer nenhum tipo de censura de natureza política, ideológica e artística. 
			Lei ordinária pode regulamentar as diversões e espetáculos, classificando-os por faixas etárias a que não se recomendem, bem como definir locais e horários que lhes sejam inadequados. 
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	8 – LIBERDADE DE REUNIÃO DE ASSOCIAÇÃO 
 
	A reunião e a associação possuem dois pontos em comum: 
(a) pluralidade de participantes; 
(b) fim previamente determinado.
	Aspectos Principais:
	A) LIBERDADE DE REUNIÃO
	A liberdade de reunião esta prevista no art. 5º, XVI, CF/88. 
			Art. 5º XVI – todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao 		público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião 		anteriormente convocada para o mesmo local, sendo exigido apenas prévio aviso à 		autoridade competente.
	Não é necessária a autorização prévia do Estado 
	É necessário o prévio aviso à autoridade competente, que tem a finalidade de: 
	1- não frustrar outra reunião;
	2- que a autoridade tome as providências necessária relacionadas à segurança pública, desvio do trânsito etc.
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B) LIBERDADE DE ASSOCIAÇÃO (art. 5º, XVII a XXI)
			Art. 5º
			XVII: é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter 				paramilitar.
			XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, 			independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente 		convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade 			competente;
			XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar;
			XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de 			autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento;
			XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades 		suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado;
			XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado;
			XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para 		representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente
	
		Finalidade lícita: A ilicitude não está ligada somente às normas de direito penal, vez que a ordem jurídica pode reprovar determinados comportamentos sem chegar ao ponto de resultar-lhes uma sanção de natureza penal.
		Característica paramilitar: Tal requisito é verificado quando as associações, com ou sem armas, se destinam ao treinamento de seus membros a finalidades bélicas. Salienta-se, porém, que a nomenclatura de seus postos, a utilização ou não de uniformes, por si só não afasta de forma absoluta o caráter paramilitar de uma associação, devendo-se observar a existência de organização hierárquica e o princípio da obediência.
*
Preparação Prévia	
	
	Os alunos deverão responder, de forma manuscrita, as seguintes indagações:
	1 - O que significa a expressão habeas corpus?
	Quem tem legitimidade para impetrar habeas corpus?
	2 - O que é o mandado de segurança?
	3 - Qual a importante inovação da CF de 1988, relativamente ao mandado de segurança?
	4 - O que significa a expressão "direito líquido e certo"?
	5 - Qual diploma legal regula o mandado de segurança?
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DA PROTEÇÃO CONSTITUCIONAIS DAS LIBERDADES
SEMINÁRIO DE DEREITO CONSTITUCIONAL II
	Tema: Remédios Constitucionais e art. 5º, 
1 – Dividir a sala em 5 grupos
2 – Valor 10,0 (peso: 2) = 5,0 pontos parte escrita + 5,0 pontos apresentação individual
3 – Parte estrita: mínimo de 15 e máximo de 35 laudas, abordando os aspectos abaixo.
4 – Apresentação e entrega nos dias:
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GRUPO 1
	HABEAS CORPUS
	Analise do HC abordando:
- origem
- conceito e finalidade
- legitimidade ativa
- legitimidade passiva
- hipótese e espécies
- possibilidade de supressão
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GRUPO 2
HABEAS DATA 
Analise do HD abordando:
- origem
- conceito e finalidade
- legitimidade ativa
- legitimidade passiva
- procedimento: Lei 9507/97
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GRUPO 3
Analise da AÇÃO POPULAR abordando: 
- origem
- conceito
- finalidade
- legitimidade ativa
- legitimidade passiva
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GRUPO 4
Análise do MANDADO DE INJUNÇÃO, abordando:
- origem
- conceito e finalidade
- legitimidade ativa
- legitimidade passiva
- hipóteses
- efeitos da decisão
*
GRUPO 5 – 
Análise do MANDADO DE SEGURANÇA, abordando:
- origem
- conceito e finalidade
- legitimidade ativa
- legitimidade passiva
- hipóteses e espécies
*
Grupo 6:
Análise do DIREITO DE PETIÇÃO e DIREITO DE CERTIDÃO abordando:
- origem
- conceito e finalidade
- legitimidade ativa
- legitimidade passiva
- hipóteses
- efeitos da decisão
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Grupo 7:
- Análise do art. 5º, parágrafo 2º e 3º da CF, abordando:
Princípio da não tipicidade constitucional dos direito fundamentais
Incorporação do tratados internacionais de direitos humanos no ordenamento jurídico brasileiro
Posição hierárquica dos tratados internacionais no nosso ordenamento (abordagem do Pacto de San José da Costa Rica em face da Constituição Federal)
Existe a possibilidade denúncia de um tratado internacional que versa sobre direitos humanos?
*
- GRUPO 8:
Análise do parágrafo 4º do art. 5º :O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal 
Internacional a cuja criação tenha manifestado adesão, abordando:
Existe ofensa ao princípio da soberania?
Situações em que o TPI pode ser acionado
Principais aspectos do Estatuto de Roma, abordando necessariamente:
 - Princípio da complementaridade
 - Princípio da intervenção mínima
 - Diferença entre entrega de nacionais e extradição
 - Previsão de pena de prisão perpétua e a CF/88
	
	 
*
Preparação Prévia - V
	Os alunos deverão responder, de forma manuscrita, as seguintes indagações:
	1 - No que consistem os direitos de primeira, segunda e terceira geração?
	2 - Que espécies de direitos e garantias fundamentais constam da CF de 1988?
	3 - Quais são os direitos sociais assegurados pela CF de 1988?
	4 - Em que consiste o direito à liberdade de associação sindical?
	Preparação Prévia - leitura: 
	Leitura obrigatória: capítulo 5 do livro de Alexandre de Moraes.
	Leitura complementar: segunda parte, título VI, capítulo III, item III do livro de José Afonso da Silva.
*
DOS DIREITOS SOCIAIS
CONCEITO
		Os direitos sociais, como dimensão dos direitos fundamentais do homem, são prestações positivas estatais, enunciadas em normas constitucionais, que possibilitam melhores condições de vida aos mais fracos, direitos que tendem a realizar a igualização de situações sociais desiguais. (José Afonso da Silva).
		Surgiram na tentativa de resolver uma profunda crise de desigualdade social que se instalou no mundo no período pós-guerra. Estão fundados do princípio da solidariedade humana. Representam direitos de 2ª geração.
		Apresentam-se como prestações positivas a serem implementadas pelo Estado e tendem a concretizar a perspectiva de uma ISONOMIA SUBSTANCIAL E SOCIAL na busca de melhores condições de vida.
		Trata-se de um desdobramento do Estado Social de Direito (Bem Estar Social) e possui como documentos marcantes a Const. Mexicana de 1917 e a Const. de Weimar de 1919 e a CF do Brasil de 1934.
*
PREVISÃO CONSTITUCIONAL
			Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o 	lazer, a 		segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a 	assistência aos 		desamparados, na forma desta Constituição. 
ABRANGÊNCIA
		Os direitos sociais são direitos subjetivos. Não são meros poderes de agir, como ocorre nas liberdades públicas, mas sim poderes de exigir constituindo, assim, verdadeiros “direitos de crédito”. 
	
SUJEITO PASSIVO
		
	- Sempre o Estado, uma vez ser este o responsável pelo atendimento dos direitos sociais.
	- Eventualmente, essa responsabilidade poderá ser partilhada com outro grupo social, como a família em relação ao direito à educação previsto no art. 205 da CF.
	De acordo com a maioria da doutrina são normas de eficácia limitada, programáticas, pois necessitam de programas governamentais para serem efetivados, não obstante a previsão do §1º do art. 5º. (Para maioria da doutrina é considerada uma exceção à aplicabilidade imediata que só serviria para os direitos individuais).
PROTEÇÃO JUDICIAL DOS DIREITOS SOCIAIS
		- ADIn por omissão (art. 103, § 2º, da CF)
		- Mandado de Injunção (art. 5º, LXXI, da CF)
*
DIREITOS SOCIAIS EM ESPÉCIE:
1. DIREITO À EDUCAÇÃO
	
		Art. 205 - A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e 	incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, 	seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
		Art. 208 - O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de:
		I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, 	assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso na idade 	própria; 
		O art. 205 contém uma declaração fundamental, que combinada com o art. 6º, eleva e educação ao nível dos direitos fundamentais do homem; aí se afirma que a educação é direito de todos, realçando-lhe o valor jurídico, com a cláusula a educação é dever do Estado e da família (art. 205 e 227).
		A educação básica (dos 4 aos 17 anos) é obrigatória e gratuita. Assim, um menor pode se valer do seu direito, através de ação judicial competente, para compelir o Estado a proporcionar o direito.
	OBS: Súmula 12 STF: A cobrança de taxa de matrícula nas Universidades Federais viola o art. 206, IV da CF.
		Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
		IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
*
2. DIREITO À SAÚDE 
	Art. 196 - A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.
	Art. 197 - São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado.
	Art. 198 - As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes:
*
			A CF declara ser a saúde direito de todos e dever do Estado, garantindo mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos a ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação, serviços e ações que são de relevância pública (Arts. 196 e 197).
			Visando a execução das políticas públicas a CF instituiu um sistema único de saúde – SUS, que compreende todas as ações e serviços públicos de saúde numa rede REGIONALIZADA E HIERARQUIZADA com prioridade em atividades preventivas, sem prejuízo das atividades assistenciais. (art. 198)
			Não obstante a atribuição do poder público, a CF faculta a assistência à saúde à iniciativa privada (art. 199), de forma que instituições privadas poderão participar de forma complementar do sistema único de saúde. 
			Art. 199 - A assistência à saúde é livre à iniciativa privada.
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3. DO DIREITO DO TRABALHO – art. 7º 
3.1 DIREITO À SEGURANÇA NO EMPREGO
			Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à 		melhoria de sua condição social:
			I - Proteção da relação de emprego contra despedida arbitrária ou sem justa causa, 		que preverá indenização compensatória, entre outros direitos, impedindo a dispensa 		sem motivo socialmente relevante.
			II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário;
	 		III - fundo de garantia do tempo de serviço;
IV - salário mínimo , fixado em lei, nacionalmente
unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;
V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho;
3.2 DIREITOS SOCIAS DO TRABALHADOR:
			- Direitos constitucionais dos trabalhadores urbanos e rurais: CF, art. 7º:
			- Trabalhadores domésticos: Art. 7º, Parágrafo único - São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos previstos nos incisos IV, VI, VIII, XV, XVII, XVIII, XIX, XXI e XXIV, bem como a sua integração à previdência social.
*
4. DIREITO À MORADIA
	O direito à moradia significa ocupar um lugar como residência; ocupar uma casa, apartamento etc. Tal direito já era reconhecido como uma expressão dos direitos sociais por força mesmo do disposto no art. 23, IX, segundo o qual é da competência da União, Estados, Distrito Federal e municípios “promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de saneamento”. Aí já se traduzia um poder-dever do Poder Público que implicava a contrapartida do direito correspondente a tantos quantos necessitem de uma habitação. Essa contrapartida é o direito à moradia que a EC-26, de 14.2.2000, explicitou no art. 6º.
		Segundo Pedro Lenza, dele deriva a impenhorabilidade do bem de família.
		OBS: O STF entendeu que o bem de família do FIADOR pode ser penhorado ( art. 3º, VII da Lei 8009/90 (RE 407.688; AI 576.544 – AgR), pois pelo próprio direito à liberdade, ninguém é obrigado a ser fiador, assim, se assumiu este encargo terá que arcar com as responsabilidade.
		
		Além do fiador, para o STF também não afeta o direito à moradia as demais ressalvas feitas à impenhorabilidade pela Lei 8.009/90 – art. 3º: direitos tributários relativos a imóveis e contribuição condominial.
*
MÓDULO VI
Preparação Prévia - VI
	
Os alunos deverão responder, de forma manuscrita, as seguintes indagações:
1 - O que é nacionalidade?
2- Quais as formas de aquisição de nacionalidade primária?
3- Quais as formas de aquisição de nacionalidade secundária?
4- Quem a CF brasileira considera brasileiros natos?
5- De que espécies pode ser a naturalização?
6- Quem a CF brasileira considera brasileiros naturalizados?
Preparação Prévia - leitura: 
Leitura obrigatória: capítulo 6 do livro de Alexandre de Moraes.
Leitura complementar: segunda parte, título IV, capítulos I, II e III do livro de José Afonso da Silva. 
*
DIREITOS DA NACIONALIDADE
CONCEITOS CORRELATOS
- Nacionalidade – vinculo jurídico-político que liga um determinado indivíduo a um Estado
- Povo – elemento humano do Estado (conjunto de pessoas que fazem parte do Estado)
- População – conjunto de residentes no território ( nacionais e estrangeiros) 
- Cidadania – nacionais em pleno gozo dos direitos políticos
*
2 – ESPÉCIES DE NACIONALIDADE
				 - ius soli (ius loci)
				
- ORIGINÁRIA 
(primaria, involuntária)
				 - ius sanguinis
- ADQUIRIDA por estrangeiros ou apátridas (heimaltos)
(secundária, voluntária)
OBS: 
- CONFLITO POSITIVO: mais de uma nacionalidade (POLIPÁTRIDA)
- CONFLITO NEGATIVO: sem nacionalidade (APÁTRIDA). Intolerável pela sociedade, principalmente pela Declaração Universal de Direitos Humanos (1948). Todos têm direito de ter vinculo da nacionalidade e usufruir dos direitos da nacionalidade 
*
3 – Brasileiro nato
- critério adotado: para parte da doutrina o BR adotou, como regra geral, o ius soli, Para uma outra parte, adotou o critério misto ou híbrido
a - ius soli – art. 12, I, “a”:
		
			 Art. 12. São brasileiros: 
			 I - natos:
			 a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais 		 estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país;
*
b - ius sanguinis + serviço do Brasil – art. 12, I “b”
			Art. 12. São brasileiros:
			I - natos:
			b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe 			brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da 			República Federativa do Brasil;
*
c - ius sanguis + registro: art. 12, I “c”, 1ª parte
 			Art. 12. São brasileiros: 
			I - natos:
			c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe 			brasileira, desde que sejam registrados em repartição 			brasileira competente ou venham a residir na República 			Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de 		atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira; (redação dada 		pela EC – 54/2007)
OBS: o registro deve ser feito em repartição consular ou embaixada.
*
d - ius sanguinis + opção confirmartiva: art. 12, I, “ c”
 
(NACIONALIDADE POTESTATIVA)
 			Art. 12. São brasileiros: 
			I - natos:
			c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe 			brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira 		competente ou venham a residir na República Federativa do 		Brasil e optem, em qualquer tempo, 	depois de atingida a 		maioridade, pela nacionalidade brasileira; (redação dada pela EC – 54/2007)
*
4 – BRASILEIRO NATURALIZADO
	- tácita (ou grande naturalização) – art. 6º, §4º da Const. de 1891.
			 1 - ordinária (art. 12, II, “a”)
	- expressa 
			 2 - extraordinária ou quinzenária (art. 12, II, “b”)
   
    
Requisitos:
	. manifestação de vontade
	. aquiescência estatal – poder executivo ( Ministro da Justiça)
	. discricionariedade estatal (salvo na quinzenária)
*
1 – ORDINÁRIA
			Art. 12. São brasileiros:
	       		II - naturalizados: 
			a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos 		originários de países de língua portuguesa apenas residência por um ano 		ininterrupto e idoneidade moral;
- NA FORMA DA LEI: ESTATUTO DO ESTRANGEIRO – Lei 6815/80
			Art. 112. São condições para a concessão da naturalização: 
			I - capacidade civil, segundo a lei brasileira;
			II - ser registrado como permanente no Brasil
			III - residência contínua no território nacional, pelo prazo mínimo de 			quatro anos, imediatamente anteriores ao pedido de naturalização
			IV - ler e escrever a língua portuguesa, consideradas as condições do 			naturalizando;
			V - exercício de profissão ou posse de bens suficientes à manutenção 			própria e 	da família
			VI - bom procedimento;
			VII - inexistência de denúncia, pronúncia ou condenação no Brasil ou 			no exterior por crime doloso a que seja cominada pena mínima de 			prisão, abstratamente considerada, superior a 1 (um) ano; e
 			VIII - boa saúde.
	
*
 - Estrangeiros originários de países que falam a língua portuguesa (art. 12,II, “a”, 2ª parte e Lei 6.315/1980)
			Art. 12. São brasileiros:
	       		II - naturalizados: 
			a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, 		exigidas aos originários de países de língua portuguesa 		apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade 		moral;
Requisitos:
- residência por 1 ano
- idoneidade moral
Países que falam língua portuguesa: Portugal, Moçambique, Angola, Guiné Bissau, Açores, Cabo Verde, Príncipe, Goa, Gamão, Dio, Macau, e Timor.
*
2 – EXTRAORDINÁRIA – art. 12, II, “b”
- estrangeiros de qualquer nacionalidade
- residentes por 15 anos ininterruptos
- sem condenação penal
			Art. 12. São brasileiros
			II - naturalizados: 
			b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na 		República Federativa do Brasil há mais de quinze anos 			ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a 		nacionalidade brasileira. 	
*
3 – RADICAÇÃO PRECOCE 
	Art. 115. O estrangeiro que pretender a naturalização deverá requerê-la ao Ministro da Justiça, declarando: nome por extenso, naturalidade, nacionalidade, filiação, sexo,
estado civil, dia, mês e ano de nascimento, profissão, lugares onde haja residido anteriormente no Brasil e no exterior, se satisfaz ao requisito a que alude o artigo 112, item VII e se deseja ou não traduzir ou adaptar o seu nome à língua portuguesa. 
	§ 1º. A petição será assinada pelo naturalizando e instruída com os documentos a serem especificados em regulamento. 
	§ 2º. Exigir-se-á a apresentação apenas de documento de identidade para estrangeiro, atestado policial de residência contínua no Brasil e atestado policial de antecedentes, passado pelo serviço competente do lugar de residência no Brasil, quando se tratar de: 
	I - estrangeiro admitido no Brasil até a idade de 5 (cinco) anos, radicado definitivamente no território nacional, desde que requeira a naturalização até 2 (dois) anos após atingir a maioridade; 
- estrangeiros admitidos no Brasil nos primeiros 5 anos de vida
- manifestação pela naturalização após a maioridade
*
4 – CONCLUSÃO DE ENSINO SUPERIOR 
		II - estrangeiro que tenha vindo residir no Brasil antes de atingida a 	maioridade e haja feito curso superior e	estabelecimento nacional de ensino, 	se requerida a naturalização até 1 (um) ano depois da formatura
Requisitos:
- art. 115, §2º, I do EE
- estrangeiros que venham a residir no país antes da maioridade;
- façam curso superior em estabelecimento nacional;
- requeiram naturalização até um ano após a formatura 
*
- QUASE NACIONALIDADE – cláusula de reciprocidade – art. 12, §1º ( portugueses) 
			§ 1º   Aos portugueses com residência permanente no País, 			se houver reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos os 		direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta 		Constituição. 
- Os portugueses podem requerer a naturalização (art. 12, II, 2ª parte) ou continuar estrangeiros mas com os mesmos direitos atribuídos aos brasileiros)
*
- DIFERENÇA ENTRA BRASILEIROS NATOS E NATURALIZADOS:
	A lei não pode impor diferenças. As diferenças existentes foram impostas pela Constituição.
 - Extradição: art. 5º LI
	- nato: nunca são extraditados
 - crime comum antes da naturalização
	- naturalizados: 
 - tráfico de drogas
OBS: - expulsão: art. 65 do EE: estrangeiro que atentar contra segurança nacional ou procedimento torne nocivo a conveniência ou interesses nacionais.
	 - deportação: ligado aos casos de entrada e estada irregular no território
	 - banimento: envio compulsório de brasileiros ao estrangeiro
*
Cargos privativos de brasileiro naturalizado:
				- presidente e vice 
				- presidente da câmara
				- presidente do Senado
				- ministro do STF
				- carreira diplomática
				- oficial das forças armadas
				- ministro do Estado de Defesa
*
- Atividade nociva ao interesse nacional (art. 12, §4º,I)
		4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:
		I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude 	de atividade nociva ao interesse nacional;
- Conselho da República – art. (6 cidadãos natos)
- Propriedade de empresa jornalística e de radiofusão sonora e de imagens ( art. 222)
		Art. 222. A propriedade de empresa jornalística e de radiodifusão sonora e de 	sons e imagens é privativa de 	brasileiros natos 	ou naturalizados há mais de 	dez anos, ou de 	pessoas jurídicas constituídas sob as leis 	brasileiras e que tenham sede no País. (Redação 	dada pela 	Emenda 	Constitucional nº 36, de 2002)
*
PERDA DA NACIOANLIDADE:
		§ 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do
		brasileiro que:
		I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude 	de atividade nociva ao interesse nacional;
 		II - adquirir outra nacionalidade, salvo no casos: 
 		a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei
		estrangeira; 
		b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao 	brasileiro residente em estado estrangeiro, como condição para 	permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis; 
*
1. Assinale a opção em que nenhum dos cargos é privativo de brasileiro nato:
A) Ministro das Relações Exteriores, Oficial das Forças Armadas, Advogado-Geral da União;
B) Presidente do Senado Federal, Ministro do Supremo Tribunal Federal, embaixador;
C) Procurador-Geral da República, Ministro do Tribunal de Contas da União, Ministro do Superior Tribunal de Justiça;
D) Ministro de Estado, Advogado-Geral da União, membro da carreira diplomática;
E) Presidente da República, Vice-Presidente da República, Presidente da Câmara dos Deputados.
2. Entende-se por extradição:
A) o ato por meio do qual um indivíduo é entregue por um Estado a outro, a fim de ser submetido a processo e punição;
B) o ato por meio do qual um indivíduo é entregue por um Estado a outro, em virtude de haver sido acusado da prática de crime militar ou político;
C) o ato por meio do qual um indivíduo é entregue por um Estado a outro, sob acusação de cometimento de tráfico internacional de tóxicos;
D) a expulsão de estrangeiro que, no Brasil, tenha cometido crime hediondo.
*
3. Pode ser extraditado o brasileiro naturalizado, em caso de crime comum praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei. Essa afirmativa:
A) mostra-se incompleta, porque não só o brasileiro naturalizado como também o nato pode ser extraditado;
B) mostra-se compatível com o que dispõe a Constituição Federal, no capítulo dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos;
C) mostra-se incompatível com esse mesmo capítulo;
D) mostra-se incorreta, porque pouco importa o momento da prática do crime comum, se antes ou após a naturalização;
E) mostra-se incorreta, porque a prática de crime comum não autoriza a extradição.
4. (Defensor Público da União – 2007) A nacionalidade, vínculo jurídico que faz da pessoa um dos elementos componentes da dimensão pessoal do Estado, distingue-se da cidadania, condição pela qual um indivíduo possui o gozo e o exercício dos direitos políticos. Há diferentes formas e critérios de aquisição da nacionalidade. Com relação à condição de nacional e de estrangeiro a ser submetido ao processo de naturalização, julgue os itens seguintes.
4.1) A nacionalidade do indivíduo pode ser originária ou adquirida. No Brasil, não há distinção de direitos em razão do tipo de nacionalidade. 
*
5. (Delegado de Polícia Federal – 2002) O art. 15 da Declaração Universal dos Direitos do Homem (ONU – 1948) prescreve o direito à nacionalidade, tema acerca do qual os Estados soberanos são livres para conferir-lhe disciplina legal. A propósito da condição jurídico-constitucional de brasileiros e estrangeiros, à luz da Constituição da República vigente, julgue os seguintes itens.
5.1) A extradição, processo de entrega de um indivíduo por um Estado a pedido de outro para, neste, responder processo penal ou cumprir pena, não se aplica ao brasileiro nato. 
5.2) Os cargos de policiais federais são privativos de brasileiros natos. 
5.3) O naturalizado por sentença judicial definitiva não poderá perder a nacionalidade brasileira, ainda que venha a praticar atos terroristas em território nacional. 
*
	Questões de revisão
1. Segundo a Constituição Federal de 1988 (CF), o sigilo das comunicações
telefônicas
a) poderá ser violado, por ordem judicial ou administrativa, para instrução processual de ação de improbidade administrativa.
b) é absolutamente inviolável.
c) poderá ser violado, por ordem de ministro de Estado, para instrução de processo administrativo disciplinar.
d) poderá ser violado, por ordem judicial, para fins de investigação criminal.
2. Assinale a opção correta com relação ao sigilo bancário.
a) A quebra do sigilo bancário pode ser determinada diretamente pelo Tribunal de Contas da União.
b) A quebra do sigilo bancário está submetida à chamada reserva de jurisdição, podendo somente os juízes determiná-la e, ainda assim, de forma fundamentada.
c) Conforme a lei complementar que rege a matéria, constitui quebra ilegal de sigilo bancário a comunicação, às autoridades competentes, da prática de ilícitos administrativos, mesmo quando do fornecimento de informações sobre operações que envolvam recursos provenientes de qualquer prática criminosa.
d) As comissões parlamentares de inquérito poderão determinar a quebra de sigilo bancário sem a interferência do Poder Judiciário, desde que o façam de forma fundamentada. 
*
3. A inviolabilidade de domicílio, assegurada pelo art. 5º, XI, da Constituição Federal,
a) pode ser suprimida por Emenda à Constituição.
b) pode sofrer restrição na vigência do estado de defesa, que permite a busca e apreensão em domicílio, sem autorização judicial.
c) prevê a possibilidade de ingresso em domicílio, a qualquer tempo, mediante ordem judicial.
d) prevê a possibilidade de ingresso em domicílio para prestação de socorro. 
4 - Segundo previsão expressa da Constituição Federal, os tratados internacionais sobre direitos humanos, em que a República Federativa do Brasil for parte, equivalerão, na ordem interna,
a) às emendas constitucionais, desde que aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros. 
b) às leis ordinárias, porque sempre deverão ser aprovados, em cada Casa do Congresso, em dois turnos, por maioria simples os votos dos respectivos membros.
c) aos Decretos Regulamentares, por serem atos praticados exclusivamente pelo Presidente da República, enquanto Chefe de Governo, sem a participação do Congresso Nacional. 
d) às sentenças estrangeiras, porque devem ser previamente homologados pelo Superior Tribunal de Justiça.
*
5. De acordo com a CF, todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade. No que diz respeito aos direitos e garantias fundamentais previstos na CF, assinale a opção correta.
a) É admitida a interceptação telefônica por ordem judicial ou administrativa, para fins de investigação criminal ou de instrução processual penal.
b) O duplo grau de jurisdição, no âmbito da recorribilidade ordinária, não consubstancia garantia constitucional.
c) Os direitos fundamentais não são assegurados ao estrangeiro em trânsito no território nacional.
d) Como decorrência da inviolabilidade do direito à liberdade, a CF assegura o direito à escusa de consciência, desde que adstrito ao serviço militar obrigatório 
*
6- (OAB-Unificado-2008-1) No que diz respeito aos direitos fundamentais, assinale a opção correta.
a) São gratuitas as ações de habeas corpus, habeas data e o mandado de injunção.
b) O mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por qualquer partido político.
c) É parte integrante da liberdade de associação, a possibilidade de suspensão das atividades da associação, por decisão judicial.
d) O direito de qualquer brasileiro propor ação popular é previsto constitucionalmente.
OBS: art. 5º:
	LXXVII: - são gratuitas as ações de "habeas-corpus" e "habeas-data", e, na forma da lei, os atos necessários ao exercício da cidadania 
	XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente;
	XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar;
	XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento;
	XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado;
	XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado;
	XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente;
	
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7. Assinale a opção correta com relação ao sigilo bancário.
a) A quebra do sigilo bancário pode ser determinada diretamente pelo Tribunal de Contas da União.
b) A quebra do sigilo bancário está submetida à chamada reserva de jurisdição, podendo somente os juízes determiná-la e, ainda assim, de forma fundamentada.
c) Conforme a lei complementar que rege a matéria, constitui quebra ilegal de sigilo bancário a comunicação, às autoridades competentes, da prática de ilícitos administrativos, mesmo quando do fornecimento de informações sobre operações que envolvam recursos provenientes de qualquer prática criminosa.
d) As comissões parlamentares de inquérito poderão determinar a quebra de sigilo bancário sem a interferência do Poder Judiciário, desde que o façam de forma fundamentada. 
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