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PERIOPERATÓRIO 
PERIOPERATÓRIO 
Refere-se aos eventos ocorridos durante todo o período cirúrgico, 
desde o preparo para a cirurgia até a recuperação dos efeitos 
temporários da cirurgia e anestesia, refere-se aos seguintes períodos: 
 
 Pré-operatório: Tem início no momento em que se 
identifica a necessidade de uma intervenção cirúrgica e 
termina com a transferência do cliente a mesa de cirurgia. 
Pode ser dividido em: Mediato: até 24 horas antes da 
cirurgia e imediato 24 horas antes da cirurgia. 
 
 Trans-operatório: Tem início no momento em que o 
paciente é transferido para o leito da sala de cirurgia e 
termina quando o paciente é admitido na sala de 
recuperação anestésica (RPA) ou enfermaria. 
 Pós-operatório: Tem início com admissão no setor de RPA 
e termina após avaliação na unidade de internação ou no 
consultório médico. Pode ser classificado como: 
 Imediato: Da admissão do paciente na sala de RPA até as 
primeiras 24h pós operatórias; 
 Mediato: Período que vai de 24 a 48 horas de pós 
operatório; 
 Tardio: A partir de 48horas de pós-operatório e persiste 
enquanto o indivíduo necessitar de atenção especial. 
CUIDADO DO PACIENTE NO PERÍODO PRÉ-
OPERATÓRIO 
 Avaliação basal do paciente antes do dia da cirurgia através 
da entrevista pré-operatória(consulta de enfermagem) que 
inclui: 
 Exame físico 
 Avaliação emocional 
 História anestésica prévia 
 Identificação de alergias 
 Avaliação e possibilidades de problemas genéticos que 
possam interferir na cirurgia 
 Assegurar que os exames necessários foram realizados 
CUIDADO DO PACIENTE NO PERÍODO PRÉ-OPERATÓRIO 
 
 Fornecer educação pré-operatória (a respeito da educação da cirurgia e 
cuidados pré-operatórios). 
 
 Dia da cirurgia: Ensino do paciente revisto, identidade do paciente e 
sítio cirúrgico verificados, consentimento informado verificado. 
 
 PREPARAÇÃO PARA A CIRURGIA: 
 Consentimento informado: Decisão autônoma do paciente sobre 
submeter-se a um procedimento cirúrgico não-emergencial, com base na 
natureza da condição, nas opções de tratamento e nos riscos e benefícios 
envolvidos. 
 
 
CUIDADO DO PACIENTE NO PERÍODO PRÉ-OPERATÓRIO 
 
 Esse consentimento por escrito protege o paciente contra a cirurgia 
não-autorizada e protege o cirurgião contra ações de uma operação 
não-autorizada. 
 O paciente assina pessoalmente o consentimento se ele tiver idade 
legal ou for mentalmente capaz. 
 O consentimento é necessário nas seguintes circunstâncias: 
procedimentos invasivos, como incisão cirúrgica, biópsia, citoscopia 
e paracentese; procedimentos que exigem sedação e/ou anestesia; 
um procedimento não cirúrgico, como arteriografia, que comporta 
risco mais discreto para o paciente; procedimentos que envolvam 
radiação. 
 
RISCO CIRÚRGICO 
 Toda possibilidade de perigo ou dano que ocorre com um 
paciente candidato à cirurgia. 
 Fatores de risco atribuídos ao paciente: condições físicas: 
idade, sexo 
 Estado clínico: Afecção responsável pela indicação cirúrgica, 
estado nutricional, afecções clínicas associadas, alergias a 
medicamentos; condições emocionais. 
 Preparo pré-operatório: tabagismo, etilismo, uso de 
medicamentos. 
PRINCIPAIS EXAMES LABORATORIAIS PRÉ-OPERATÓRIOS 
 Hemograma completo: eritrograma, leucograma e plaquetas; 
 Glicemia: glicemia de jejum; 
 Eletrólitos: sódio e potássio; 
 Função hepática: TGO(transaminase glutâmico-oxalacética) e TGP 
(transaminase glutâmico pirúvica); 
 Coagulograma: contagem de plaquetas, TS(tempo de sangramento), 
TC(tempo de coagulação), TP(tempo de protrombina), TTPA(tempo de 
tromboplastina parcial ativada) controle do tempo de sangramento e 
coagulação sanguínea; 
PRINCIPAIS EXAMES LABORATORIAIS PRÉ-OPERATÓRIOS 
 Função renal: uréia e creatinina; 
 EAS: urina (pesquisa de elementos e sedimentados anormais na urina); 
 PPF: parasitológico de fezes. 
 
 EXAMES COMPLEMENTARES: 
 Função cardíaca: ECG, ecocardiograma 
 Função respiratória: prova de função respiratória (espirometria) 
 Outros: ultra-som, tomografia, raio x, ressonância magnética. 
FATORES DE SAÚDE QUE AFETAM NO PERÍODO PRÉ-
OPERATÓRIO 
 Estado Nutricional e Hídrico: A nutrição ótima, é um 
fator essencial na promoção de cura e resistência à 
infecção e a outras complicações cirúrgicas. 
 Ao exame do estado nutricional e hídrico devemos avaliar: 
obesidade, desidratação, subnutrição, hipovolemia, perda 
de peso distúrbios hidroeletrolíticos, desnutrição, 
deficiência em nutrientes específicos, anormalidades 
metabólicas. 
AVALIAÇÃO DAS NECESSIDADES NUTRICIONAIS 
 Índice de massa corporal 
 Perímetro da cintura 
 Valores de albumina 
 
 Qualquer deficiência nutricional, como a desnutrição 
deverá ser corrigida antes da cirurgia de modo que a 
proteína suficiente esteja disponibilizada para a 
reparação tissular. 
Uso de Álcool e Drogas 
 Alcoolismo crônico- observar desnutrição 
 Abstinência do álccol- delírium tremens – previsto 72h após 
a abstinência do álcool. 
 
 Estado respiratório: a meta para pacientes cirúrgicos 
potenciais é a função respiratória ótima. 
 Ensino sobre exercícios respiratórios 
 Incentivo a fisioterapia respiratória 
 
 Doenças obstrutivas crônicas - Avaliação criteriosa da 
condição pulmonar 
 Fumantes: Parar de fumar 2 meses antes ou no 
máximo 24h antes (devido a reatividade aumentada da 
via aérea, depuração muco ciliar diminuída, bem como 
as alterações fisiológicas do sistema cardiovascular e 
imune. 
 Estado Cardiovascular: 
 Hipertensão arterial descontrolada: contra-indicado 
 Doença cardiovascular aumenta o risco de complicações. 
Necessário assegurar um bom funcionamento 
cardiovascular para satisfazer as necessidades de 
oxigenação, hídrica e nutricionais. 
 Funções Hepáticas e Renais: 
 Fígado: biotransformação dos compostos anestésicos. 
 Rins: Excreção de medicamentos anestésicos e seus 
metabólicos. 
 Cirurgia contra-indicada: Nefrite aguda, IRA com disúria ou 
anúria. Exceção: medida salvadora ou necessária para 
melhorar a função urinária (uropatia obstrutiva). 
 Função Endócrina: 
 Diabetes: Risco de hipoglicemia (ingestão insuficiente e 
administração excessiva de insulina) ou hiperglicemia 
(devido ao estresse cirúrgico que aumenta o risco de infecção); 
meta: glicemia em menos 200/dl. 
 Função Imune: Determinar a existência de alergia: 
medicamentosa, látex, transfusões de sangue, agentes de 
contraste, alimentícia. 
 
Avaliar imunossupressão: 
 Terapia com corticosteróide/antiinflamatório 
 Transplante renal 
 Radioterapia 
 Quimioterapia 
 Distúrbios que afetam o sistema imune: AIDS, leucemia, 
etc. 
Uso prévio de medicamentos 
 Possibilidades de intervenção medicamentosa 
 Exemplos: 
 Corticosteróides (predinisona)....colapso cardiovascular-
interrompido forma súbita. 
 Diurético (hidroclorotiazida)....depressão respiratória 
resultante de um distúrbio eletrolítico associado. 
 Fenotiazinas (clorpromazina)....aumenta a ação hipotensora 
do anestésico. 
 Tranquilizantes (diazepan)....pode provocar ansiedade, 
tensão e até convulsões quando retirado de forma súbita. 
 Antibióticos (eritromicina)....combinado ao relaxante 
muscular curariforme, a transmissão nervosa é 
interrompida e pode resultar em apnéia pela paralisia 
respiratória. 
 Anticoagulantes (warfarin)....pode aumentar o risco de 
sangramento no intra-operatório e pós-operatório. 
 Anticonvulsivantes (fenitoína)....necessário aplicar por via 
EV no período intra e pós-operatório 
 Inibidoresda monoamina oxidase (sulfato de 
fenelzina)....Pode aumentar a ação hipotensora dos 
anestésicos. 
 Antiinflamatório-AAs....distúrbio de coagulação 
 Obs: medicamentos a base de ervas: efeitos sobre a 
coagulação e interação com outros medicamentos: 
equinácea, éfedra, alho, ginkgo, ginseng, valeriana, etc. 
 
 CONSIDERAÇÕES A CLIENTES ESPECIAIS 
 Pacientes Idosos: Podem estar associados doenças 
crônicas concomitantes aquelas em que o motivo leva ao 
procedimento cirúrgico. O risco está no número e a 
gravidade dos problemas de saúde coexistente e a 
natureza e duração de procedimentos operatórios. 
 O cliente idoso apresenta menor reserva fisiológica, onde as reservas 
cardíacas são menores, as funções hepáticas e renais estão deprimidas 
e a atividade gastrintestinal está reduzida. Podem apresentar 
limitações sensoriais, como visão e audição diminuídas e sensibilidade 
tátil reduzida. 
 
 A artrite pode afetar a imobilidade e condutas devem ser realizadas 
para a redução de pressão em protuberâncias ósseas. Com a 
diminuição do tecido adiposo, o cliente idoso torna-se mais susceptível 
a alterações da temperatura. 
 Pacientes Obesos: A obesidade aumenta o risco e a gravidade das 
complicações associadas à cirurgia, como por exemplo, as deiscências 
e infecções de ferida cirúrgica. 
 O peso avantajado é um fator complicante devido a dificuldade de 
cuidar. 
 Em decúbito dorsal o cliente obeso respira mal, o que aumenta o 
risco de hipoventilação e complicações pulmonares pós operatórias. 
 Além disso, a distensão abdominal, a flebite e as doenças 
cardiovasculares, endócrinas, hepáticas e biliares ocorrem mais 
prontamente nos pacientes obesos. 
DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM 
 Ansiedade relacionada à experiência cirúrgica e ao 
resultado da cirúrgica; 
 Medo relacionado à ameaça percebida do procedimento 
cirúrgico e a separação do sistema de apoio; 
 Déficit de conhecimento dos procedimentos e protocolos 
pré-operatórios e expectativas perioperatórias e 
ausência das complicações pré-operatórias. 
 
 
Procedimentos e Metas: 
 As principais metas pré-operatória para o cliente 
cirúrgico podem incluir o alívio da ansiedade, medo 
diminuído, conhecimento aumentado das expectativas 
pós-operatórias. 
EDUCAÇÃO PRÉ-OPERATÓRIA DO PACIENTE: 
 A cada paciente é ensinado enquanto um indivíduo, 
considerando como única as suas necessidades. 
 
 EDUCAÇÃO PRÉ-OPERATÓRIA DO PACIENTE 
 
 1-Respiração Profunda, Tosse e Espirômetros de 
Incentivo: A meta quanto a promoção da tosse é 
mobilizar as secreções de forma que elas possam ser 
movidas. Quando uma respiração profunda é feita antes 
da tosse, o reflexo da tosse é estimulado. Se o paciente 
não tosse efetivamente, atelectasia, pneumonia e outras 
complicações pulmonares. 
 2-Mudança de decúbito e Movimentação Ativa do Corpo: 
As metas são melhorar a circulação, prevenir a estase 
venosa e contribuir para uma ótima função respiratória. 
 
EDUCAÇÃO PRÉ-OPERATÓRIA DO PACIENTE 
 
 3-Controle da dor: Ao paciente é assegurado que a medicação estará 
disponível, no pós operatório, para alívio da dor. 
 4- Controle Cognitivo: As estratégias de conhecimento podem ser úteis 
para o alívio da tensão, para a superação da ansiedade e para obtenção 
do relaxamento. EXEMPLOS: 
 Imaginação: O paciente é encorajado a concentrar-se em uma 
experiência agradável ou em uma cena repousante. 
 Distração: O paciente é encorajado a pensar em uma estória agradável 
ou recitar o seu poema favorito. 
 Auto -sugestão otimista: Recitação de pensamento otimista (Eu sei 
que tudo sairá bem) é sugerida. 
 
PRESCRIÇÃO DE ENFERMAGEM NO PRÉ-OPERATÓRIO 
 1-Nutrição e Hidratação: O propósito da suspensão dos 
alimentos antes da cirurgia é evitar a aspiração. 
 Jejum: As restrições dependem da idade e do tipo de 
alimento ingerido. 
 12h- Cirurgias do trato gastrointestinais; 
 08h- Ingestão de alimentos gordurosos; 
 04- Ingestão láctea; 
 02h- Líquidos leves. 
PREPARO INTESTINAL 
 
 Os enemas não são comumente prescritos, a menos que 
o paciente vá se submeter a uma cirurgia abdominal 
pélvica. 
 Os objetivos desta preparação são permitir a 
visualização satisfatória do sítio cirúrgico e evitar o 
trauma do intestino e a contaminação do peritônio por 
fezes. 
PREPARAÇÃO DA PELE NO PRÉ-OPERATÓRIO 
 A meta da preparação da pele no pré-operatório é 
diminuir as fontes bacterianas sem lesar a pele. 
 O horário do banho deve ser o mais próximo possível da 
cirurgia e a finalidade é reduzir o risco de contaminação 
da pele da ferida cirúrgica. 
 È preferível que a pele no local e à volta da região a ser 
operada não seja tricotomizada. Se o pêlo deve ser 
removido, os cortadores elétricos são usados para a 
remoção segura de pêlo imediatamente antes da cirurgia. 
PRESCRIÇÕES DE ENFERMAGEM NO PRÉ-OPERATÓRIO IMEDIATO 
 Vestir camisola hospitalar apropriada; 
 Cobrir a cabeça com um gorro; 
 Remover próteses dentárias (podem gerar obstrução respiratória); 
 Remover joias, bijuterias, piercings, maquiagem e cabelos de náilon; 
 Roupas íntimas devem ser retiradas; 
 Orientar para urinar imediatamente antes da cirurgia, a fim de 
promover a continência durante a cirurgia abdominal baixa e tornar 
mais acessíveis os órgãos abdominais; a sondagem deverá ser feita 
somente em sala cirúrgica. 
Prescrições de enfermagem no pré-operatório imediato 
 
 Administrar medicação pré-anestésica “perante a chamada da sala de 
cirurgia”. Por provocar sonolência e tonteira, as grades do leito ou da 
maca deverão estar elevadas. 
 Medicações pré-anestésica: 
 Barbitúricos/Tranquilizantes Sedação e indução do sono- barbitúricos 
(fenobarbital); benzodiazepínicos (diazepan/Midazolam). 
 Opiáceos: Reduzir a quantidade de anestésico geral necessário, 
morfina e a meperidina (demerol). Altas doses podem causar 
hipotensão, náuseas, vômitos, constipação e distensão abdominal. 
Prescrições de enfermagem no pré-operatório imediato 
 
 Anticolinérgicos: reduzir as secreções de trato respiratório 
e para prevenir ou tratar o grave reflexo de retardamento 
do batimento cardíaco durante a anestesia atropina é 
frequentemente prescrita; deve ser utilizada com cautela 
nos pacientes com glaucoma, tireotoxicose, hiperplasia 
prostática ou algumas formas de doença do coração. 
REGISTRO PRÉ-OPERATÓRIO 
 Pode ser realizado através de roteiro pré-operatório 
(checklist). O prontuário completo acompanha o paciente 
à sala de operação. 
 O consentimento informado é também afixado, assim 
como todos os resultados laboratoriais e evoluções de 
enfermagem. 
 Qualquer observação de última hora não usual, que 
possa ter influência sobre a anestesia ou cirurgia, é 
colocada na parte anterior do prontuário em um local de 
evidência. 
CUIDADOS COM O PACIENTE NO PERÍODO INTRA-
OPERATÓRIO 
 Ao se colocar o paciente na posição cirúrgica, alguns aspectos 
fundamentais devem ser lembrados: 
 Evitar contato de partes do corpo do paciente com as superfícies 
metálicas da mesa cirúrgica; 
 Posicioná-lo de modo funcional e seguro, a fim de prevenir 
distensões musculares, evitar compressão de vasos, nervos e 
saliências ósseas, e facilitar a dinâmica respiratória; 
 Possibilitar livre fluxo das infusões venosas e a adaptação dos 
eletrodos para a perfeita avaliação intra-operatória. 
 CUIDADOS COM O PACIENTE NO PERÍODO INTRA-
OPERATÓRIO 
 
 Da mesma maneira, ao se retirar o paciente da posição cirúrgica, 
alguns pontos precisam ser observados: 
 Manusear o paciente anestesiado com movimentos firmes e lentos,pois 
a mudança repentina de posição pode levar à queda da pressão 
arterial; 
 Ao se retirar o paciente da posição ginecológica, deve-se ter o cuidado 
de descer, alternadamente as pernas, a fim de prevenir o afluxo rápido 
de sangue para os membros inferiores, podendo causar a mesma 
situação acima referida; 
 Observar o posicionamento correto das infusões e drenagens. 
PREVENINDO LESÃO POR POSICIONAMENTO DO PACIENTE 
 
 As articulações em hiperextensão, as artérias 
comprimidas ou a pressão sobre nervos e proeminências 
ósseas, geralmente resultam em desconforto apenas 
porque a posição deve ser sustentada por um longo 
período. Os fatores a considerar incluem: 
 O paciente deve ficar na posição mais confortável possível, 
quer dormindo, quer acordado; 
 O campo operatório deve estar adequadamente exposto; 
 
PREVENINDO LESÃO POR POSICIONAMENTO DO PACIENTE 
 
 Uma posição incômoda, pressão indevida sobre uma região do corpo 
ou uso de estribos ou tração não devem obstruir o aporte vascular; 
 A respiração não deve ser prejudicada por pressão dos braços sobre o 
tórax ou por uma camisola que comprime o pescoço ou o tórax; 
 Os nervos devem ser protegidos contra a pressão indevida. O 
posicionamento inadequado de braços, mãos, pernas ou pés podem 
provocar lesão grave ou paralisia. 
 Os suportes de braço devem ser bem acolchoados para evitar a lesão 
nervosa irreparável, principalmente quando é necessária a posição 
de trendelemburg; 
 
 
 PREVENINDO LESÃO POR POSICIONAMENTO DO PACIENTE 
 
 As Precauções para a segurança do paciente devem ser 
observadas, em particular no caso de pacientes magros, 
o paciente precisa da contenção suave antes as indução 
no caso de agitação. 
POTENCIAL DE CONTAMINAÇÃO 
De acordo com o Ministérioda Saúde nº 930 de 
agosto de 1992, as cirurgias podem ser 
classificadas em: 
Cirurgias Limpas: São aquelas realizadas em 
tecidos estéreis ou passíveis de descontaminação, 
na ausência de processo infeccioso e inflamatório 
ou falha técnica grosseira, cirurgias eletivas e sem 
drenagem, cirurgias em que não ocorrem 
penetração nos trato digestivo, respiratório e 
urinário. Ex: Artroplastia de quadril, cirurgia 
cardíaca, cirurgia vascular, procedimentos 
ortopédicos eletivos. 
 Cirurgias Potencialmente Contaminadas: Realizadas Em 
tecidos colonizados por flora microbiana pouco numerosa ou 
em tecido de difícil descontaminação, ausência de processo 
infeccioso e inflamatório e com falhas discretas no trans 
operatório, ocorre penetração no trato digestivo, respiratório 
ou urinário sem contaminação significativa. Ex: cirurgia de 
intestino delgado (eletiva), cirurgias biliares (sem obstrução 
biliar), feridas traumáticas limpas (até 10h após 
traumatismo), cirurgia cardíaca com extra corpórea e 
prostatectomia. 
 
 Cirurgias Contaminadas: Realizadas em tecidos colonizados 
por flora bacteriana e cuja descontaminação seja difícil ou 
impossível, bem como aquelas que tenham ocorrido falhas 
técnicas grosseiras, ausência de supuração local. Ex: 
cirurgia de colon, desbridamento de queimaduras, cirurgias 
bucal, fraturas expostas, feridas traumáticas com mais de 
10h. 
 
Cirurgias Infectadas: São todas as intervenções 
cirúrgicas realizadas em qualquer tecido ou órgão 
em presença de processo infeccioso (Supuração 
local) tecido necrótico, corpos estranhos e feridas 
de origem suja. Ex: cirurgia de reto e ânus com 
pus, cirurgia abdominal com presença de pus e 
conteúdo de colon. 
CAUSAS POSSÍVEIS DE INFECÇÃO NO SÍTIO 
CIRÚRGICO: 
Severidade da doença, contaminação do ambiente, 
e da equipe da S.O., presença de corpo estranho no 
local após o fechamento, material implantado, 
precariedade da técnica cirúrgica. 
LIMPEZA EM CENTRO CIRÚRGICO 
 Os ambientes hospitalares estão em áreas críticas, semi-
críticas e não críticas. O centro cirúrgico é considerado área 
crítica. Requer controle de fluxo de pessoal e material e 
determinaçoes específicas para os procedimentos de limpeza. 
 Limpeza de Área Restrita –CC 
 Limpeza Terminal; 
 Limpeza Preparatória 
 Limpeza Operatória 
 Limpeza Concorrente 
 
 PRECAUÇÕES PADRÃO: 
 São medidas de proteção que devem ser tomadas por todos os 
profissionais de saúde, quando prestam cuidados aos pacientes ou 
manuseiam artigos contaminados, independentemente de presença 
de doença transmissível comprovada. Consiste em: 
 -Lavagem das mãos 
 -Uso de luvas de procedimento retirando-as após prestar 
assistência; 
 
 
 Lavar as mãos após a retirada das luvas; 
 Uso de avental co contato de sangue e fluídos; 
 Manuseio correto de material perfuro-cortante; 
 Manuseio correto de artigos e roupas contaminadas; 
 Descontaminação de superfícies, ambientes, artigos e 
equipamentos; 
 Proteção facial (máscara, óculos). 
DIMENSIONAMENTO DE 
PESSOAL NO CENTRO CIRÚRGIO 
 O cálculo do número de profissionais de Enfermagem pode 
ser determinado com base no número de salas de cirurgia e 
leitos de recuperação pós anestésica. Em geral, há 
necessidade de um enfermeiro para cada três salas e de um 
auxiliar ou técnico de enfermagem por sala, sempre a cada 
turno de trabalho (Brasil,1988). Convém levar em conta o 
horário de funcionamento do CC, bem como a demanda e o 
porte das cirurgias que ali são realizadas.

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