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GUIA DE ESTUDOS - 4 Ética e Cidadania

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Ética e Cidadania
UNIDADE 4
1
Para início de conversa
Olá querido (a) aluno (a), tudo bem? Bem-vindo (a) à disciplina de Ética e Cidadania.
Esta disciplina conforme você pode ver no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), está dividida em 
quatro unidades. 
Na primeira unidade estudamos a visão básica da Filosofia com seus princípios e funções, através do en-
tendimento dos conceitos dos principais filósofos, a construção dos princípios, a construção das teorias e 
seus principais fundadores no mundo ao longo do tempo e na atualidade. Sendo apresentado também os 
principais filósofos brasileiros e as suas contribuições para a sociedade brasileira e finalizaremos a uni-
dade discutido a Filosofia contemporânea ou filosofia atual e os principais representantes na atualidade.
Na segunda unidade faremos uma Introdução à ética e moral, em que será discutido a interação do ho-
mem na sociedade, o conceito de ética e como este conceito se incorpora no comportamento da socieda-
de e como está relacionada com a moral. Vamos falar das principais doutrinas éticas e como adaptá-las 
na sociedade moderna.
Na unidade 3 o foco da discussão foi a construção dos conceitos de Cidadania, como se originou, como 
evoluiu ao longo do tempo, quais as ideologias associadas e qual o conceito aplicado atualmente.
Agora vamos à unidade 4, a última, com as discussões referentes ao povo brasileiro, sua constituição e 
evolução, a importância dos movimentos sociais, a diversidade étnica, racial e religiosa e os debates em 
torno deste assunto e por fim finalizaremos com as discussões sobre a cidadania contemporânea.
orientações da disciPlina
Em cada unidade você encontrará links e vídeos que deverão ser assistidos no momento indicado no Guia 
de Estudo. Estes irão complementar, além do Guia de Estudo, o livro texto a fim de ampliar ainda mais o 
seu conhecimento acerca do tema tratado em cada unidade.
Ao final de cada unidade você deverá realizar as atividades que constam no Ambiente Virtual de Aprendi-
zagem (AVA) como o questionário da unidade 4.
Vamos começar?
2
cidadania no Brasil e seUs desdoBraMentos
raízes do Povo Brasileiro 
Você estudou em História e Geografia, no Ensino Médio, a origem do povo brasileiro e os períodos que a 
nossa sociedade passou para chegar aos dias atuais, mas para completar o entendimento de cidadania e 
ética no nosso dia a dia é preciso relembrar.
A história do Brasil tem três períodos bem marcantes: 
•	 Período Colonial 
•	 Período Imperial 
•	 Período Republicano
A partir de agora você terá um resumo sobre os referidos períodos. 
Para resUMir
•	 Período colonial 
Ocorreu desde 1532 a 1822, e foi marcado por significativas alterações da sociedade anterior à coloniza-
ção, a sociedade indígena. Em 1530 o rei de Portugal determinou a Martin Afonso de Souza povoar todo o 
território brasileiro, expulsar os invasores e iniciar o cultivo de cana-de-açúcar no Brasil.
Começando a importante fase de exploração das terras, extração de matérias primas, doutrinação dos 
indígenas e inclusão dos negros sob regime de escravidão para consolidar a economia a base da agricul-
tura no país.
A Fase do Açúcar teve seu auge entre os séculos XVI e XVII, proporcionou muito lucro à Portugal e o po-
voamento da colônia, a miscigenação entre negros, índios e colonizadores começou a formar os primeiros 
‘filhos da diversidade’ do Brasil.
Uma outra importante fase deste período foi o Ciclo do Ouro durante o século XVIII, principalmente em 
Minas Gerais, Mato grosso e Goiás. A figura dos Tropeiros, os responsáveis pelo abastecimento de ani-
mais de carga, alimentos (carne seca, principalmente) e outros mantimentos se tornou uma figura muito 
importante da época.
Também nesta época existiram importantes revoltas e conflitos sociais em função principalmente das 
explorações exageradas dos colonizadores portugueses. 
Conheça algumas mais marcantes descritas pelo portal Brasil (2009):
3
•	 Guerra dos emboabas: Ocorreu em Minas Gerais, os bandeirantes queriam ser os únicos a 
explorarem o ouro nas Minas, sem precisar pagar nenhum imposto para a colônia, queriam exclusivi-
dade na exploração do ouro nas minas que encontraram. Entraram em choque com os paulistas e esse 
confronto durou dois anos (1707 a 1709);
•	 Guerra dos Mascates: Ocorreu em Pernambuco entre 1710 e 1711, na capitania de Pernambu-
co, cujo motivo foi a disputa de poder político entre as cidades de Olinda e Recife entre a aristocracia 
açucareira de Olinda e os comerciantes portugueses de Recife chamados de mascates;
•	 inconfidência Mineira: Os inconfidentes mineiros liderados por Tiradentes queriam o Brasil livre 
de Portugal, ocorreu em 1789, mas foi logo descoberta pelo Rei de Portugal e os líderes condenados.
GUarde essa ideia!
É IMPORTANTE destacar que a escravidão e o latifúndio, importantes elementos do período colonial, são 
elementos fundamentais para o entendimento da cidadania brasileira atual.
•	 Período iMPerial 
Estendeu-se de 1822 até 1889 e foi considerado um importante período de transição política marcante 
para a História do Brasil. Este período foi dividido ainda em Primeiro Reinado, Período Regencial e Segun-
do Reinado.
Segundo Cláudio Fernandes (2016), o Primeiro Reinado foi o momento em que o Brasil deixou a condição 
de colônia para ser elevado a condição de Reino Unido de Portugal e Algarves, proporcionando assim o 
começo dos primeiros passos para a formação da política, das leis e da regulamentação da sociedade 
brasileira. Enquanto isso, vários países vizinhos ao Brasil já tinham adotado o modelo republicano. Em 
1822, D. Pedro, filho de D. João VI, optou por permanecer no Brasil e declarou o país independente de 
Portugal, tornando-se o primeiro imperador, sob o título de D. Pedro I.
Mas só tivemos as regulamentações iniciais do que seriam as instituições do Império na Carta Constitu-
cional de 1824, que declarou a primeira constituição do Brasil, mesmo que ainda dominada por Portugal
Já no Período Regencial, D. Pedro I saiu do trono, por volta de 1830, o governo do Brasil ficou sob a 
responsabilidade de regentes. As regências foram decisivas na formação da nova configuração política 
para o Império, inclusive conter as mais diversas revoltas que queriam a liberdade do país. Segundo a 
pesquisadora Fernanda Guimarães Correia (2016): 
As constantes e violentas lutas políticas durante o Império refletiam mais a necessidade de manutenção 
do poder local do que uma ânsia de participação política. A Farroupilha (1835), a Cabanagem (1835), a Sa-
binada (1837) e a Balaiada (1838) são exemplos de conflitos que, embora populares, não tinham propostas 
claras perante a questão da escravidão e da extensão dos direitos civis para toda a sociedade.
O Segundo Reinado durou de 1839 a 1889, foi marcante principalmente pelas diversas transformações 
econômicas e culturais e sociais, como revoltas, conflitos que insistiam na libertação do brasil de Portu-
gal. Os movimentos republicano e abolicionista, se tornaram tão intensos e geraram pressões múltiplas, 
que D. Pedro II foi exilado e foi Proclamada a República pelo Marechal Deodoro da Fonseca. 
4
Em 1888, ocorre a abolição da escravatura, segundo a pesquisadora Fernanda Guimarães Correia (2016) 
afirma que mesmo que tenha acabado a escravidão, os direitos civis de liberdade individual não tiveram 
grande peso no processo histórico brasileiro.
•	 Período rePUBlicano 
Se iniciou em 1889 e foi dividido em diversas fases: 
•	 República Velha
•	 Era Vargas
•	 República Populista
•	 Ditadura Militar 
•	 Nova República
A República Velha (1889 – 1930) determinou a criação da primeira constituição republicana, com um go-
verno bem marcado pela economia ligada à agricultura, a famosa política do “café com leite” e terminou 
com a revolução de 1930.
Com a Revolução de 1930 ocorre a queda do poder oligárquico e a crescente urbanização do país e juntos 
trouxeram à cena manifestações em prol da ampliação dos direitos civis e políticos para todaa sociedade 
(CORREIA, 2016).
A Era Vargas (1930-1945) foi marcada pela Revolução Constitucionalista de 1932. Getúlio adotou diversas 
medidas de expansão da economia com metas de industrialização e desenvolvimento, onde o trabalhador 
nacional era fator principal na construção do futuro da nação. 
No entanto, em 1945, o Exército derrubou o presidente para consolidar a República Populista (1945-1964), 
quem se tornou presidente foi o general Eurico Gaspar Dutra que criou a quinta Constituição Brasileira. 
Esta Constituição foi marcante por determinar os poderes do Executivo, Legislativo e Judiciário. Teorica-
mente também preservava os direitos sociais já adquiridos pelas demais constituições e acrescentando 
os direitos civis e políticos, com exceção do direito à greve para os cidadãos.
Mas de forma muito intensa e com uma postura nacionalista e com o apoio de diversos movimentos 
sociais, em 1950, Getúlio vence as eleições presidenciais, no entanto, os embates políticos foram se tor-
nando tão intensos que em 23 de agosto de 1954, 27 generais exigem publicamente a renúncia de Vargas, 
que no dia seguinte comete suicídio (PORTAL BRASIL, 2009).
Entra Juscelino Kubitschek na presidência em janeiro de 1955 com a promessa de realizar a famosa frase 
“cinquenta anos em cinco”. Em seguida Jânio Quadros, se elege, mas logo renuncia, inicia-se uma crise 
política e social. As tropas em Minas Gerais e São Paulo saem às ruas. No dia 9 de abril, é decretado o Ato 
Institucional Número 1 (AI-1), que cassa mandatos políticos e tira a estabilidade de funcionários públicos 
iniciando a Ditadura Militar (1964-1985) elegendo como presidente o marechal Humberto de Alencar 
Castello Branco foi eleito presidente (PORTAL BRASIL, 2009). 
5
O mais marcante da ditadura foram as promulgações dos Atos Institucionais, que suspenderam os direitos 
políticos dos cidadãos.
Em 1968, é decretado pelo então presidente o marechal Arthur da Costa e Silva, o Ato Institucional Nú-
mero 5 (AI-5), que fechou o sistema político e ampliou a repressão da ditadura.
Em 1969, o general Emílio Garrastazu Médici assume a presidência. Esta época é marcante em relação à 
repressão e a severa política de censura nos meios de comunicação e expressão.
Em 1978, Ernesto Geisel acaba com o AI-5, começando os primeiros passos para a democracia, Geisel co-
loca o general João Batista Figueiredo para a sucessão e este decreta então a Lei da Anistia e restabelece 
o pluripartidarismo, estabelecendo as bases para a Nova República. 
Em 1984, cresce o movimento “Diretas Já” com milhares de pessoas nas ruas pedindo eleições diretas 
para presidente. A Câmara dos Deputados, elege Tancredo Neves que morre antes de assumir e o vice, 
José Sarney assume o governo, que institui Constituição de 1988 utilizada até os dias de hoje. A Nova 
República iniciou em 1985 e funciona até os dias atuais, consolidando no Brasil o Estado democrático e 
a república presidencialista.
Em 1989, Fernando Collor de Mello vence as primeiras eleições diretas, no entanto, depois de dois anos 
de uma gestão muito turbulenta economicamente o Congresso Nacional instaura uma CPI cujas conclu-
sões levam ao pedido de impeachment, mas Collor renunciou antes. Um importante movimento social 
desta época de reinvindicações foi “Caras Pintadas”. O vice-presidente Itamar Franco assume e implanta 
o Plano Real junto com o então ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, que se elegeu presiden-
te em 1994 e foi reeleito em 1998 (PORTAL BRASIL, 2009). 
Em 2002, Luiz Inácio Lula da Silva é eleito presidente da República e reeleito em 2006. Seguindo pela sua 
precursora Dilma Rousseff eleita em 2010 e 2014. 
Caro (a) aluno (a), percebam o quanto foi turbulenta a criação da sociedade Brasileira, não é verdade?
Foram necessárias diversas revoluções, movimentos, conflitos, modelos presidenciais. Faça uma breve 
reflexão sobre os tópicos a seguir:
Para refletir
•	 Nossa sociedade teve uma base de criação muito influenciada por agentes externos como os 
negros, os portugueses colonizadores e todos os imigrantes que construíram suas histórias neste país. 
•	 O fato do Brasil ter sido reconhecido como reino associado de Portugal demorou muito para acon-
tecer (1815), mas efetivamente a cidadania brasileira só foi criada após a Independência do Brasil 
e a Constituição de 1824. Nesta época a definição de cidadania era confundida com nacionalidade, 
naturalização e integração do estrangeiro e do liberto na construção da nação.
6
•	 Na Constituição de 1824 os cidadãos brasileiros formavam, então, uma “Nação livre, e indepen-
dente, que não admite com qualquer outro laço algum de união ou federação, que se oponha à sua 
Independência”. Tal Constituição ampliava os direitos políticos do povo, mas ainda havia uma cultura 
marcada pelos longos anos de colonização;
•	 A Constituição de 1891 e a primeira república refletiam a frequente imprecisão do termo cidada-
nia, muitas vezes aplicado como sinônimo de nacionalidade.
•	 Desde a República, a cidadania enfrentou inúmeras limitações, sendo que em alguns momentos 
da história do Brasil ela simplesmente deixou de existir.
•	 Quando a Constituição foi promulgada em 1988, o exercício da cidadania se tornou presente. 
Quer entender melhor sobre a história do nosso país? 
veja o vídeo!
Acesse o vídeo, pois é muito interessante e tem a duração de 
dezoito minutos e treze segundos. Clique aqui para assistir.
diversidade cUltUral, Étnica e reliGiosa
Prezado (a) estudante, vivemos em sociedades altamente diversas e dinâmicas, para conviver com pesso-
as que têm opiniões, religião, cor e cultura diferentes e é preciso entender essa diversidade e as neces-
sidades de cada indivíduo.
Essas diversidades e necessidades precisam ser descritas e conceituadas nas leis de cada país, para 
serem respeitadas pelos seus indivíduos. Mas, como bem sabemos, não é sempre que os interesses e 
necessidades são respeitados, assim começam os conflitos, guerras e lutas pelos direitos dos mais opri-
midos. 
Assim surgiu a Declaração Universal sobre a Diversidade Cultural, de 2002, e ela começa afirmando que 
deve ser reafirmado os compromissos para a execução e realização plena dos direitos humanos e das 
liberdades fundamentais proclamadas na Declaração Universal dos Direitos Humanos e os Pactos Inter-
nacionais dos direitos civis, políticos e aos direitos econômicos, sociais e culturais
E ainda de acordo com a Declaração da UNESCO afirma 
(...) que a ampla difusão da cultura e da educação da humanidade para a justiça, a liberdade e a paz são 
indispensáveis para a dignidade do homem e constituem um dever sagrado que todas as nações devem 
cumprir com um espírito de responsabilidade e de ajuda mútua.
https://www.youtube.com/watch?v=sq0xzNWk8Kc
7
GUarde essa ideia!
A Declaração Universal sobre a Diversidade Cultural esclarece que a diversidade se manifesta na origi-
nalidade e na pluralidade de identidades que caracterizam os grupos e as sociedades que compõem a 
humanidade (Unesco, 2002, art. 1º): 
No Artigo 4 da Declaração os Direitos Humanos, são determinadas ou garantidas o direito à diversidade 
cultural, que deve ser defendida como uma ação ética dos cidadãos, até poderia dizer que defender a 
diversidade cultural seria o mesmo que respeitar à dignidade humana. 
A mesma declaração discrimina que todos os cidadãos devem respeitar os direitos humanos e as liber-
dades fundamentais dos demais em cada sociedade, principalmente os direitos de cada um, incluindo as 
minorias. Também reforça que nenhuma pessoa pode se utilizar de a diversidade cultural para denegrir, 
violar ou infringir os direitos humanos já garantidos por lei em cada país, nem muito menos determinar 
uma cultura única a ser seguida.
Desde da origem do homem que algo ou alguém é cultuado como Deus, seja o sol, a lua os animais, um 
ser superior, Buda, Maomé, ou seja, as religiões foram criadas pelo homem e, portanto, fazem parte da 
cultura humana. Cada religião tem sua moral, seuscostumes, suas regras, sua lei, suas linguagens, cada 
pessoa que segue esta ou aquela religião têm formas diferentes de acreditar, de celebrar e de rezar. 
Temos em nossa sociedade inúmeras religiões (cristã, evangélica, espírita, candomblé, islamismo) advin-
das da diversidade religiosa presente no Brasil, que precisam ser conhecidas e respeitadas dentro da sua 
especificidade.
As religiões não produzem guerras, “entretanto o preconceito existe e se manifesta pela humilhação 
imposta àquele que é diferente, outras vezes o preconceito se manifesta pela violência” (URI, 2007, p.4).
Quando observamos o conceito de preconceito é um conceito a priori, pré-estabelecido antes de análise, 
estudo e reflexão. Nesse sentido pode-se enquadrar como preconceito:
•	 O medo do diferente;
•	 A discriminações socialmente propagada;
•	 Opiniões distorcidas.
Na superação do preconceito e da discriminação cultural, étnica e religiosa instaurada por séculos em 
nossa sociedade devemos refletir sobre o papel de cada cidadão no contexto brasileiro na busca da fra-
ternidade universal.
Infelizmente, apesar de todas as leis e acordos, estes ainda são insuficientes para minimizar preconceitos 
e violações dos direitos de cada um em sociedade.
Devemos, portanto, promover continuamente o exercício da cidadania plena, com liberdade, igualdade e 
garantia de direitos humanos para TODOS.
8
visite a PáGina 
Quer saber mais sobre a DECLARAÇÃO UNIVERSAL SOBRE A 
DIVERSIDADE CULTURAL? Clique aqui para acessar.
MoviMentos sociais
Para o pesquisador Paulo Silvino Ribeiro (2016) e Maria da Glória Gohn (2015) o conceito de movimento 
social se refere à uma ação coletiva de um grupo organizado que objetiva alcançar mudanças sociais por 
meio do embate político, conforme seus valores e ideologias dentro de uma determinada sociedade e de 
um contexto específicos, permeados por tensões sociais.
Os movimentos surgem, geralmente, a partir de uma opressão de um grupo social ou classe social que 
reivindica igualdade de direitos...ora somos da mesma espécie, da mesma estrutura corporal, nos dividi-
mos entre regiões de um mesmo planeta, a cor da nossa pele é apenas uma alteração da pigmentação, 
por que então não devemos ter direitos iguais?
Então, vamos refletir a respeito de algumas indagações feitas por muitos de nós.
Para refletir
•	 Se um branco passa em uma calçada, por que um negro ou índio ou japonês não pode passar?
•	 Se você frequenta sua igreja, por que o outro não pode frequentar um centro espírita, uma mes-
quita ou um terreiro?
•	 Se você se considera heterossexual, por que o outro não tem direito de expressar seu gênero, 
sendo homossexual, transexual ou bissexual?
Você pode pensar, mas Deus não deixa, é feio, minha cultura não tem isso, minha religião proíbe, são 
anomalias genéticas ou é mais complicado do que como está sendo colocado.
Não, não é!
Lutamos muito para gerar direitos iguais perante os povos para que todos possam conviver em harmonia, 
já falamos sobre a história da filosofia, da cidadania, da ética, dos direitos e deveres... é preciso começar 
a erradicar nossos preconceitos.
A Declaração Universal dos Direito Humanos já diz :
Todo ser humano tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidas nesta Declaração, 
sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, idioma, religião, opinião política ou de outra 
natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição.
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ue000115.pdf
9
A nossa Constituição reforça.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros 
e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segu-
rança e à propriedade, nos termos seguintes: 
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição; 
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos 
religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias.
Nosso país é laico, ou seja, não tem religião, nossa sociedade é de origem mista, não temos uma raça 
única e sim a mistura de diversas raças, nesse sentido como nosso dever, devemos seguir a lei e respeitar 
o próximo.
Se não é respeitado os nossos direitos, determinados na lei, devemos reivindicar, seja através da luta por 
um algum ideal ou pelo questionamento de uma determinada realidade. 
O pesquisador Alain Touraine (1976) dizia que:
Para se compreender os movimentos sociais, mais do que pensar em valores e crenças comuns para a 
ação social coletiva, seria necessário considerar as estruturas sociais nas quais os movimentos se mani-
festam. Assim, os movimentos sociais fariam explodir os conflitos já postos pela estrutura social geradora 
por si só da contradição entre as classes, sendo uma ferramenta fundamental para a ação com fins de 
intervenção e mudança daquela mesma estrutura.
Assim, faz parte da sociedade a existência dos movimentos sociais. Este são meios de expressão de um 
grupo, de manifestação popular e de reivindicação das minorias, excluídos ou à margem da sociedade. 
Podemos citar como alguns exemplos de movimentos:
•	 O movimento da causa operária;
•	 O movimento negro (contra racismo e segregação racial);
•	 O movimento estudantil;
•	 O movimento de trabalhadores do campo;
•	 O movimento feminista;
•	 Movimentos ambientalistas;
•	 Luta contra a homofobia;
•	 Separatistas;
•	 Movimentos sindicais;
•	 Movimentos socialistas;
•	 Movimentos comunistas, entre outros. 
No Brasil, o Diretas já, MST, caras pintadas, CNBB, UNE, UBES, CUFA são alguns exemplos de movimen-
tos. Em sua maioria com uma organização muito bem desenvolvida, pessoas muito engajadas, que conti-
nuamente promovem manifestações públicas e que sistematicamente atuam para alcançar seus objetivos 
políticos, sociais e econômicos.
10
Quer entender melhor os movimentos sociais no Brasil?
Acesse este excelente artigo do pesquisador Alexsandro M. Medeiros que explica com detalhes o funcio-
namento, quais são e a estrutura dos movimentos sociais no país.
visite a PáGina 
Clique aqui para acessar.
veja o vídeo!
Quer ver as imagens dos novos movimentos sociais pelo 
mundo? Clique aqui e veja esse vídeo bem curto de sete 
minutos. 
cidadania conteMPorÂnea
Toda a evolução da humanidade demonstra o quanto a cidadania é uma constante ferramenta do cidadão 
de luta e conquista de direitos e pela garantia daqueles que já existem. 
Vivemos em um mundo globalizado, temos o direito de ir e vir para qualquer lugar do planeta por sermos 
livres. Ao longo do tempo conquistamos a liberdade, a autonomia, o voto, o direito de reivindicar nossos 
direitos como consumidor, eleitor, produtor de bens, empresário. Mas os problemas sociais continuam a 
afligir muitos dos cidadãos desse planeta.
Muitos direitos já conseguidos em muitas revoluções, discussões, e leis, devem ser cada vez mais disse-
minados através da educação formal, seja nas escolas, entre as famílias ou pelos meios de comunicação. 
Todos os dias vemos nos jornais problemas com violência, habitação, saúde, educação e outros direitos 
básicos, como resolver?
Assim o debate contemporâneo deve se basear no quanto os homens já sofreram para conquistar direitos 
essenciais para garantir a qualidade de vida e a luta não pode parar!
Deve se tornar cada vez mais frequente na vida cotidiana este tema tão importante da vida em sociedade:
•	 Violações/cumprimento dos direitos humanos;
•	 Igualdade/ Desigualdade social;
•	 Marginalização dos mais pobres;
•	 Fome, miséria;
•	 Sucateamento da saúde pública;
http://www.portalconscienciapolitica.com.br/ci%C3%AAncia-politica/movimentos-sociais/
https://www.youtube.com/watch?v=-BVkwarQrAI
https://www.youtube.com/watch?v=-BVkwarQrAI
11
•	 Guerras religiosas;
•	 Refugiados de guerra;
•	 Novas tecnologias;
•	 Mudanças climáticas;
•	 Poluição.Estes assuntos mostram que a cidadania exige mais do que o simples ato de votar ou de pertencer a uma 
sociedade política. Cabe, portanto, à sociedade civil em conjunto com os representantes que elegemos 
(vereadores, deputados, senadores e presidente) trabalharmos para uma atuação legítima dos cidadãos. 
Nisso consiste a essência da cidadania atual, participe você também caro (a) aluno (a) nas discussões da 
sua rua, do seu prédio, da sua casa, leia sobre os problemas existentes na sua cidade, mas não fique só 
olhando, reivindique e faça seu papel de cidadão na construção de uma sociedade mais justa, ética e que 
todos possam ter seus direitos plenamente realizados.
Quer saber mais sobre a Ética e Cidadania no mundo contemporâneo, leia o texto da professora Dalva 
Aparecida Garcia que explica com detalhes a sociedade atual sob o olhar da globalização. 
visite a PáGina
Clique aqui para acessar.
veja o vídeo!
Veja esse resumo muito interessante sobre o Brasil, os direitos 
e as minorias, reflita sobre o vídeo e sua participação na nossa 
sociedade. Clique aqui para assistir.
 
acesse o aMBiente virtUal
Agora, você deve ir ao Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) e realizar as atividades referentes ao 
conteúdo aprendido nesta última unidade, você deve realizar o questionário e a atividade contextualizada, 
fique atento as datas do cronograma da disciplina!
Caso tenha alguma dúvida você deve entrar em contato com o (a) tutor (a) para que as esclareça. 
Bons estudos!
http://www.planetaeducacao.com.br/portal/artigo.asp?artigo=835
https://www.youtube.com/watch?v=7yrzfJsTlyg
12
referências BiBlioGráficas
FERNANDES, Cláudio. Brasil Império. Disponível em: <http://brasilescola.uol.com.br/historiab/brasil-
-monarquia.htm> Acesso em 20 dez. 2016
GOHN, Maria da Glória.  Conselhos gestores e gestão pública.  Revista Ciências Sociais  Unisinos, Rio 
Grande do Sul, v. 42, n. 1, p. 5-11, jan/abr. 2006. Acesso em 01/09/2015.
Período republicano teve início em 1889, com a proclamação da República pelo Marechal Deodoro. Dispo-
nível em:<http://www.brasil.gov.br/governo/2009/11/brasil-republica> Acesso em 20 dez. 2016
RIBEIRO, Paulo Silvino. “Movimentos sociais: breve definição”; Brasil Escola. Disponível em <http://bra-
silescola.uol.com.br/sociologia/movimentos-sociais-breve-definicao.htm>. Acesso em 21 de dezembro de 
2016.
http://brasilescola.uol.com.br/historiab/brasil-monarquia.htm
http://brasilescola.uol.com.br/historiab/brasil-monarquia.htm
http://www.brasil.gov.br/governo/2009/11/brasil-republica
http://brasilescola.uol.com.br/sociologia/movimentos-sociais-breve-definicao.htm
http://brasilescola.uol.com.br/sociologia/movimentos-sociais-breve-definicao.htm

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