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Mais-Valia é um conceito fundamental da economia política marxista, que consiste no valor do trabalho não pago ao trabalhador, isto é, na exploração exercida pelos capitalistas sobre seus assalariados. Marx, assim como Adam Smith e David Ricardo, considerava que o valor de toda a mercadoria é determinado pela quantidade de trabalho socialmente necessário para produzi-la. Sendo a força de trabalho uma mercadoria cujo valor é determinado pelos meios de vida necessários à subsistência do trabalhador (alimentos, roupas, moradia, transporte, etc.), se este trabalhador trabalhar além de um determinado número de horas, estará gerando não apenas valor correspondente ao de sua força de trabalho (que lhe é pago pelo capitalista na forma de salário), mas também um valor a mais, um valor excedente sem contrapartida, denominado por Marx de mais-vala. É desta fonte (de trabalho não pago) que são tirados os possíveis lucros dos capitalistas (industriais, comerciantes, agricultores, banqueiros, etc.), além da renda da terra, dos juros, etc. Enquanto a taxa de lucro – a relação entre a mais-valia e o capital variável ( salários) – define o grau de exploração sobre o trabalhador. Para Marx a mais-valia é dividida entre Absoluta e Relativa. Produção de mais-valia absoluta é um modo de incrementar a produção do excedente a ser apropriado pelo capitalista. Consiste na intensificação do ritmo de trabalho, através de uma série de controles impostos aos operários, que incluem da mais severa vigilância a todos os seus atos na unidade produtiva até a cronometragem e determinação dos movimentos necessários à realização das suas tarefas. O capitalista obriga o trabalhador a trabalhar a um ritmo tal que, sem alterar a duração da jornada, produzem mais mercadorias e mais valor. Quando esse método encontra os limites da extração da mais-valia absoluta: resistência da classe operária e deterioração de suas condições físicas o segundo caminho, a extração da mais-valia relativa, é que fez do capitalismo o modo de produção mais dinâmico de todos os tempos, transformando continuamente seus métodos de produção e introduzindo incessantemente inovações tecnológicas. Pois é apenas através da mudança técnica que o tempo de trabalho socialmente necessário de determinados bens pode ser reduzido. Aumentos na produtividade resultantes e novos métopdos de produção, nos quais o trabalho morto sob a forma de máquinas assume o lugar do trabalho vivo, reduzem o valor dos bens individuais produzidos. REPRODUÇAO SIMPLEs A repetição periódica do processo de produção torna necessário que uma parte do produzido se converta em meios de produção, isto é, em elementos de um novo processo. A simples conservação da riqueza de uma sociedade exige que os meios de produção consumidos num período dado, digamos em um ano, sejam substituídos por igual quantidade dos produtos elaborados nesse lapso de tempo, os quais passam a funcionar como os meios de produção renovados. No capitalismo, a reprodução significa a reprodução periódica como capital do valor inicialmente desembolsado e incrementação repetida do mesmo, ou seja, a produção constantemente renovada de mais-valia. Se o capitalista utiliza toda a mais-valia que obtém no seu consumo pessoal, consagrando-a unicamente à satisfação das suas necessidades e da respectiva família, o processo de produção repete-se na mesma escala anterior. Se do valor total do produto elaborado composto por c + v + p extrairmos o p para o consumo individual do capitalista, só sobrará para investir de novo, como capital, c + v, isto é, um equivalente do valor-capital adiantado para o processo anterior. Nesse caso, estamos em presença de uma reprodução simples. Reprodução de capital composta. A acumulação de capital é a característica particular do modo de produção capitalista. Neste processo não há espaço para a reprodução simples, onde tudo que é fabricado é utilizado para o consumo. A reprodução ampliada é processo obrigatório para acumulação de capital, ou seja, a forma de produção em que parte do que é produzido é reinvestido em capital constante e variável. Na reprodução ampliada os capitalistas precisam inovar constantemente em ciência e tecnologia para aumentar a produtividade através da exploração da força de trabalho, da qual dependem, mas com o objetivo de realizar suas mercadorias em menor tempo e por um preço mais baixo, podendo assim obter mais-valia em maior escala, e dessa forma ampliar sua participação no mercado, tornando-se mais competitivo. Com o objetivo de obter cada vez mais lucro, o capitalista produz uma super acumulação de capital não tendo oportunidade de empregá-lo lucrativamente. Essa grande massa de capital que não pode ser valorizado embaraça o processo de acumulação que se encarrega de eliminar o excedente através da desvalorização desse capital. A acumulação do capital depende da exploração da força de trabalho. Quanto maior é a exploração da mão de obra, maior será o lucro do capitalista. valia, como se dá.
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