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Diagnóstico Ambiental Material Teórico Responsável pelo Conteúdo: Profa. Ms. Nilza Maria Coradi de Araújo Revisão Textual: Profa. Ms. Selma Aparecida Cesarin Diagnóstico Ambiental: Caracterização dos meios Físico, Biótico e Antrópico 5 • Diagnóstico Ambiental da Área de Influência • Os Fatores Ambientais: Meio Físico, Meio Biológico e Meio Antrópico • Detalhamento dos Fatores Ambientais • Considerações Finais · Nosso objetivo é tratar especificamente do que compõe o diagnóstico ambiental. O diagnóstico ambiental tem como objetivo conhecer o grau da qualidade ambiental do ambiente. É, portanto, construído a partir da avaliação dos componentes e fatores ambientais que o compõem. O resultado do diagnóstico servirá de referência para análise de alterações antrópicas potencialmente geradoras de impactos ambientais e para a elaboração de prognóstico sobre alterações futuras da qualidade ambiental (Philippi, 2014). Fique atento às atividades propostas e aos prazos de realização e de entrega. Ressalto que é de suma importância que vocês faça logo as atividades. Assim, poderemos sanar as dúvidas bem como evitar problemas técnicos que sempre ocorrem quando se deixa as atividades para a última hora. Estudem o material didático, façam anotações e, se necessário, pesquisem outros materiais além do que é fornecido. Não deixem de ler e assistir os vídeos e conteúdos no material complementar. Diagnóstico Ambiental - Caracterização dos meios Físico, Biótico e Antrópico 6 Unidade: Diagnóstico Ambiental - Caracterização dos meios Físico, Biótico e Antrópico Contextualização O diagnóstico ambiental é uma parte central do Estudo de Impacto Ambiental – EIA – de projetos e de qualquer análise de qualidade dos sistemas ambientais. De acordo com o manual para elaboração de EIA (SMA, 1992), no diagnóstico devem ser descritos e analisados os fatores ambientais. O plano de trabalho para o diagnóstico ambiental deverá atender os termos de referência específicos para o projeto que está em análise, concentrando-se nos fatores ambientais relevantes dos meios físico, biológico e antrópico, considerando também os planos e programas de governo existentes e a legislação. O diagnóstico ambiental será o componente central e trataremos mais especificamente dos fatores ambientais relevantes dos meios físico, biológico e antrópico, itens necessários para elaboração de um diagnóstico ambiental. No diagnóstico ambiental, é necessário expor as interações dos fatores ambientais, físicos, biológicos e sócio econômicos, indicando quais os métodos adotados para a sua análise, com o objetivo de descrever as inter-relações entre os componentes bióticos, abióticos e antrópicos dos sistemas que serão afetados pelo empreendimento. É comum se questionar a validade do estudo de impacto ambiental; para alguns empreendedores, ele representa um entrave à aprovação de projetos que poderiam contribuir para um desenvolvimento econômico. Para outros, representa um mecanismo para tornar mais ecologicamente corretos projetos impactantes, que devem ser discutidos em um contexto mais amplo. No entanto, esse instrumento foi um grande avanço em relação às políticas ambientais, obrigando a pensar nos aspectos ambientais nos estágios mais preliminares de um projeto. É um importante instrumento de gestão, viabilizando, em longo prazo, empreendimentos e evitando erros que trariam custos ambientais e econômicos relevantes. Além disso, o estudo de impacto ambiental torna o processo de licenciamento mais transparente, o que permite que diferentes agentes sociais possam se envolver com o processo de desenvolvimento e gestão da sua região. 7 Diagnóstico Ambiental da Área de Influência No diagnóstico ambiental, deverão ser apresentadas a descrição e análise dos fatores ambientais e as interações entre eles para fazer a caracterização da área de influência antes da implantação do empreendimento. Os fatores ambientais englobam as variáveis suscetíveis de sofrer direta ou indiretamente os efeitos das ações executadas na fase de planejamento, implantação e operação do empreendimento. No diagnóstico ambiental, é necessário expor as interações dos fatores ambientais, físicos, biológicos e socioeconômicos indicando quais os métodos adotados para a sua análise, com o objetivo de descrever as inter-relações entre os componentes bióticos, abióticos e antrópicos dos sistemas que serão afetados pelo empreendimento. Os Fatores Ambientais: Meio Físico, Meio Biológico e Meio Antrópico Os fatores ambientais que estudaremos a seguir constituem itens considerados básicos para a elaboração de um diagnóstico ambiental. O grau de detalhamento desses fatores dependerá das características do empreendimento e da relevância dos fatores, dependendo da localização e dos critérios adotados pela equipe responsável pelo estudo. Fatores Ambientais – Meio Físico O meio físico representa o substrato físico onde a vida se desenvolve. Os aspectos físicos a serem abordados serão os necessários para a caracterização do meio físico, de acordo com o tipo e porte do empreendimento, considerando as características da região. Os principais fatores físicos são: o clima e as condições meteorológicas da área do projeto, a qualidade do ar na região, os níveis de ruído, as formações geológicas da área do empreendimento, as formações geomorfológicas da área, os solos da região, os recursos hídricos, a qualidade das águas e os usos da água. Fatores Ambientais – Meio Biológico O meio biológico consiste no conjunto de plantas e de animais e nas suas inter-relações envolvendo troca de matéria e energia. São os ecossistemas naturais, a flora e a fauna. Como no meio físico, os fatores que deverão ser abordados no meio biológico serão aqueles que caracterizam tal meio, de acordo com o tipo do empreendimento, levando-se em conta as características da região. Os principais fatores biológicos são: os ecossistemas terrestres, aquáticos e os de transição existentes na área de influência do empreendimento. 8 Unidade: Diagnóstico Ambiental - Caracterização dos meios Físico, Biótico e Antrópico Fatores Ambientais – Meio Antrópico O ser humano faz parte do reino animal e poderia ser incluído na fauna do meio biológico, mas, devido à sua enorme capacidade de produzir modificações relevantes no meio natural, merece ter um domínio próprio específico, chamado de meio socioeconômico ou antrópico. Como no meio físico e no biológico, para a caracterização do meio antrópico serão abordados os aspectos necessários para caracterizar esse meio segundo o tipo de empreendimento e as características da região. O meio antrópico tem uma característica mais peculiar se comparado aos meios físico e biológico, por envolver os seres humanos e suas relações. A caracterização do meio antrópico pode seguir duas linhas: uma que considera a população existente na área atingida pelo empreendimento e outra que apresenta as relações próprias da região, que são indiretamente afetadas pelo empreendimento. Entre os principais aspectos, são necessários: a dinâmica populacional da área de influência do projeto, o uso e a ocupação do solo com informações representadas no mapa, o nível de vida, a estrutura produtiva e de serviços, a organização social da área de influência do empreendimento. Detalhamento dos Fatores Ambientais Neste tópico, faremos uma completa descrição e análise dos recursos ambientais e das interações que ocorrem na área de influencia dos projetos, de modo a visualizarmos a situação ambiental da área, levando em consideração as peculiaridades dos diversos fatores que englobam o sistema ambiental para permitir o entendimento da dinâmica das interações existentes entre os meios físicos, bióticos e socioeconômicos. Os dados necessários podem ser obtidos juntoàs instituições governamentais e privadas, levantamentos bibliográficos e complementadas por levantamentos em campo. Faremos, agora, o detalhamento dos meios físicos, bióticos e socioeconômicos. Meio Físico No diagnóstico ambiental, devemos apresentar os principais dados do meio físico da área de influência do empreendimento, com textos descritivos, representações tabulares e gráficas. Seguem os principais dados do meio físico. 9 Características Climáticas Dentro das características climáticas devemos incluir: · Classificação climática; · Análise das condições meteorológicas, incluindo a temperatura do ar (máxima, média e mínima), pluviosidade (índices mensais e anuais, delimitando os períodos secos e chuvosos), umidade, direção dos ventos e evaporação; · Balanço de radiação e balanço hídrico do solo; · Condições meteorológicas em grande escala, favoráveis à formação de concentrações extremas de poluentes; · Avaliação da frequência em que as condições meteorológicas ocorrem e que são favoráveis à formação de fortes concentrações de poluentes, incluindo a frequência de ocorrência; · Parâmetros meteorológicos necessários para avaliar transferência média mensal e semanal de água para a atmosfera e demais componentes hídrico do solo (escoamento e infiltração); · Caracterização da rede de estações e postos meteorológicos. Qualidade do Ar Caracterização da qualidade do ar na região, incluindo: · Referência de concentrações de poluentes atmosféricos; · Composição química das águas pluviais. Se necessário realizar medições complementares de poluentes atmosféricos para complementar as existentes, se realizado, os critérios deverão ser justificados. Os métodos de medição deverão ser indicados sempre. Ruido O ruído deverá ser caracterizado na área de influência, devendo incluir: · Mapeamento de ruído de fundo; · Índices de ruído atual e projeção dos níveis de ruído após a implantação do empreendimento. Geologia Fazer toda a caracterização geológica da área que vai receber o empreendimento, incluindo: · Avaliação litoestratigráfica, um esboço estrutural e condições geotécnicas dos solos e rochas; · Mapa Geológico com o perfil geológico em escala. 10 Unidade: Diagnóstico Ambiental - Caracterização dos meios Físico, Biótico e Antrópico Geomorfologia Para a caracterização geomorfológica, devemos incluir: · Descrição topográfica das áreas de estudo (planalto, planície, depressão); · Posição da área se dentro do vale ou bacia hidrográfica (baixo, médio, alto, vale, cabeceiras, margens); · Qual é o relevo dominante (planície, colinas, cristas etc.); · Se há presença de pontos muito elevados na região (picos, morros, serras, cristas etc.); · Qual relevo é dominante na região (colinas, planícies, fluvial etc.); · Posicionamento da área em relação aos principais relevos (encosta, topo, sopé etc.); · Classificação das formas de relevo em relação à sua origem (Formas fluviais, litorâneas etc.); · As dinâmicas do relevo, se há erosão ou assoreamento, área com propensão a inundações, áreas sujeitas à erosão eólica etc. e sua relação com as atividades propostas no empreendimento; · Mapas geomorfológicos com indicação dos corpos hídricos. Solos Caracterização dos solos que podem ser atingidos pelo empreendimento, inclui: · Mapa pedológico em escada adequada com definição de classe, perfil, textura e profundidade; · Extensão e distribuição das unidades de solos; · Descrição da aptidão agrícola. Recursos Hídricos A caracterização dos recursos hídricos deve considerar as bacias e as sub-bacias hidrográficas da área e potencialmente atingidas pelo projeto. Neste item, devemos considerar: Hidrologia Superficial Informação dos parâmetros hidrológicos por meio de séries históricas de dados. Se não houver dados disponíveis, poderão ser realizadas observações fluviométricas e sedimentométricas por um período mínimo de um ciclo hidrológico completo. 11 Essa caracterização inclui: · Rede hidrográfica com identificação da localização do empreendimento, características físicas da bacia hidrográfica e estruturas hidráulicas existentes; · Balanço hídrico das áreas de estudo; · Parâmetros Hidrológicos Pertinentes; · Produção de sedimentos na bacia e seu transporte nas calhas fluviais. Hidrogeologia Realizar a descrição dos aquíferos com uma descrição sumária e um levantamento detalhado. Este levantamento deverá conter: · Localização, natureza, geometria, litologia e demais aspectos geológicos do aquífero, alimentação do aquífero, fluxo e descarga; · Profundidade dos níveis das águas subterrâneas; · Quais as condições de exploração, incluindo a localização e os tipos de captação, as quantidades utilizadas e quais regimes de bombeamento em cada captação. Oceonografia Física Fazer a configuração da linha costeira da área de estudo e a descrição das propriedades físicas das águas incluindo: temperatura, salinidade, correntes e marés. Qualidade das Águas Fazer a descrição completa da qualidade das águas e os métodos utilizados para a determinação da composição físico-química e bacteriológica dos recursos hídricos superficiais, subterrâneos, estuarinos e marinhos. Usos da Água Classificação dos principais usos das águas na área do empreendimento, incluindo as utilizações, as demandas atuais e as futuras, qualitativos e quantitativos e a análise da disponibilidade e exportações. Os seguintes itens e usos deverão ser identificados: abastecimento doméstico e industrial, geração de energia, irrigação, pesca, navegação, recreação, diluição dos despejos domésticos e industriais. 12 Unidade: Diagnóstico Ambiental - Caracterização dos meios Físico, Biótico e Antrópico Meio Biológico No diagnóstico ambiental, devemos apresentar os principais dados do meio biótico da área de influência do empreendimento, incluindo os ecossistemas terrestres, aquáticos e de transição, apresentando as principais características da fauna e da flora, permitindo uma análise da estrutura e função ecológica dos elementos vivos. Ecossistemas Terrestres Para fazer a caracterização e análise dos ecossistemas terrestres, devemos incluir: · Mapeamento da área de estudo com descrição da cobertura vegetal, identificação dos extratos vegetais e mapeamento da densidade da vegetação; · Identificação das espécies, inclusive as ameaçadas de extinção, as espécies de interesse econômico e científico, mapeando sua área de ocorrência. · Identificação de indicadores vegetais de umidade, qualidade do ar e alterações no solo; · Descrição das relações fauna e flora na área do projeto, incluindo os seguintes elementos em relação à fauna: mapeamento da área com a identificação das espécies animais presentes, identificando seus territórios e a diversidade específica, localização das fontes de alimentação, abrigos e as áreas territoriais das espécies, dos locais de reprodução e desenvolvimento das crias, dos produtos necessários para a construção de ninhos das espécies, principalmente as raras, as ameaçadas de extinção, as que possuem valor econômico e dos vetores e reservatórios de doenças. Ecossistemas Aquaticos Fazer a caracterização e análise dos ecossistemas aquáticos da área de influência do projeto, incluindo os seguintes procedimentos: · Mapear as populações aquáticas (algas, plantas vasculares, zooplancton, bentos etc.); · Caracterizar os sistemas marinhos, regiões estuarinas, ambientes lóticos e ambientes lênicos; · Identificar o estado trófico dos corpos de água estudados com a apresentação dos elos das cadeias tróficas; · Identificar as espécies vegetais e animais raras e em risco de extinção, dos vetores e reservatórios de doenças e mapear a ocorrências destas espécies; · Catalogar as espéciesanimais e vegetais que possam servir de indicadores biológicos das alterações ambientais. 13 Ecossistemas de Transição Os ecossistemas de transição localizados na área de influência do empreendimento devem ser analisados segundo os critérios utilizados para os ecossistemas aquáticos e terrestres, mas com ênfase no seu papel regulador. São incluídos nesses ecossistemas os banhados, manguezais, brejos, pântanos etc. Meio Antrópico A caracterização do meio antrópico deverá abranger, como no meio físico e no biológico, as áreas afetadas de forma direta e indireta pelo projeto. A caracterização tem a finalidade de demonstrar os efeitos sociais e econômicos decorrentes da implantação e operação do empreendimento e as inter-relações próprias do meio passíveis de alterações relevantes decorrentes dos efeitos do projeto. Entre os aspectos que devem ser abordados, inclui-se: Dinâmica Populacional Descrição do processo histórico de ocupação, taxa de crescimento demográfico e vegetativo da população urbana e rural, descrição da população economicamente ativa e ocupada por segmento econômico; · Caracterizar a economia dos municípios e do potencial para o desenvolvimento econômico regional, apresentar dados demográficos regionais e do município; · Fazer a caracterização de todo sistema viário abrangendo rodovias, ferrovias, hidrovias e aeroportos; · Caracterizar os sistemas de transmissão e distribuição de energia elétrica e os sistemas de telecomunicações; · Classificar os municípios envolvidos segundo o IDH (índice de desenvolvimento humano) e o IDS (índice de desenvolvimento social); · Descrever todo patrimônio arqueológico da região, as comunidades tradicionais, os assentamentos rurais e urbanos, inclusive os conflitos, se houver; · Caracterizar as atividades agropecuárias, industriais, extrativista mineral, comércio e serviços envolvidos na geração de renda dos municípios e caracterizar a economia da região; · Caracterizar a economia formal e informal e estabelecer a relação de troca existente entre a economia local, regional e nacional, apresentando a destinação da produção local e sua importância na economia; · Identificar e descrever os índices relativos aos serviços de saúde pública como natalidade e mortalidade infantil; mortalidade materna; imunizações e as principais doenças e causas. 14 Unidade: Diagnóstico Ambiental - Caracterização dos meios Físico, Biótico e Antrópico Uso e ocupação do solo A caracterização do uso e ocupação do solo inclui: · Mapeamento das áreas rurais, urbanas e de expansão urbana, áreas com valor histórico, cultural, paisagístico e ecológico; · Identificação do zoneamento com indicação dos usos residenciais, comerciais, serviços, indústrias e públicos; · Descrição de toda a infraestrutura, incluindo sistema viário, portos, aeroportos, rede de abastecimento de água e saneamento etc.; · Caracterização de toda a estrutura fundiária, áreas de colonização ou ocupadas. Nível de Vida Estrutura Ocupacional O conhecimento do nível de vida da população localizada na área de abrangência do empreendimento é de suma importância e sua caracterização inclui: · Identificação da população economicamente ativa, com dados da população total, urbana, rural e sexo; · A população por setor econômico, distribuição de renda, índices de desemprego e as relações de trabalho por setor econômico. Educação · Informações sobre o ensino urbano e rural, caracterizando a rede de ensino pública e particular com recursos físicos e humanos, índice de evasão, repetência e aprovações, índices de alfabetização por faixa etária, cursos profissionalizantes existentes e supletivos, programas de educação informal, alfabetização etc. Saúde Para a caracterização da saúde, é necessário: · Coeficiente de mortalidade geral e infantil, os índices de mortalidade por doenças infecciosas e parasitárias, de mortalidade por doenças não diagnosticadas; · Informações sobre a estrutura institucional, os programas de saúde no âmbito governamental e privado; · Informações sobre a susceptibilidade, a expansão de doenças como esquistossomose, malária, febre amarela e parasitoses em geral. 15 Alimentação · Informações sobre o estado nutricional da população, os hábitos alimentares da população envolvida, sistema de abastecimento dos alimentos, qual a produção local, natural e cultivada, a produção que chega de outras localidades e estados e os programas de alimentação. Lazer, Cultura e Turismo · Principais atividades de lazer da população, áreas de lazer mais utilizadas, centros sociais e urbanos, informações turísticas e sua importância como fonte de renda na região; · Manifestações culturais (danças, musicas, festas, tradições etc.), monumentos de valor cultural, histórico e natural; · Caracterização dos meios de comunicação: jornais locais e regionais de circulação diária, semanal, quinzenal e mensal, rádio e televisão regionais. Segurança Local e Regional · Informações sobre toda a estrutura da segurança, incluindo a infra-estrutura policial e judiciária, corpo de bombeiros, estrutura de proteção ao menor e ao idoso, sistema de defesa civil etc. Moradia · Caracterização das condições habitacionais nas cidades e zona rural, valor do aluguel e venda dos imóveis e sua evolução. Estrutura de Produção, Serviços e Organização Social · Fatores de produção, empregos e nível tecnológico por setor, relações entre a economia local e regional; · Análise das forças e tensões sociais, grupos e movimentos comunitários, lideranças comunitárias, forças políticas e sindicais atuantes, associações. 16 Unidade: Diagnóstico Ambiental - Caracterização dos meios Físico, Biótico e Antrópico Considerações Finais O estudo de impacto ambiental passa por etapas que fazem parte do conteúdo final do documento como: descrição do projeto, descrição do meio ambiente, que faz parte da área de influência do empreendimento, avaliação e determinação dos impactos, colocação das medidas preventivas, mitigadoras e compensatórias e um plano de monitoramento. Para a elaboração de um estudo de diagnóstico ambiental, é necessário, em primeiro lugar, definir quais os limites da área de influência do projeto. Essa definição é feita em discussões técnicas com toda a equipe multidisciplinar, baseando-se em avaliações preliminares do alcance territorial de cada impacto. A área por onde pode espalhar a poluição do ar, por exemplo, depende da direção e velocidade dos ventos predominantes, do relevo etc. A poluição hídrica já é bem distinta da poluição do ar, pois está diretamente ligada aos corpos d água. Portanto, a área de influência será uma integração de cada elemento do projeto. De qualquer maneira, as razões da escolha dos limites da área que deverá ser estudada deve ser claramente explicada e discutida. O importante é deixar claro que o conhecimento do meio onde o empreendimento vai ser implantado é que vai permitir a identificação das alterações possíveis dos aspectos ambientais em função do projeto. Mas, por conta da enormidade de aspectos que podem ser incluídos na descrição da área de influência, os órgãos ambientais tem apresentado temos de referência muito úteis, que indicam aos empreendedores e aos elaboradores de estudos de impactos ambientais quais os elementos do meio ambiente que devem constar na descrição por serem imprescindíveis para o estudo de cada empreendimento. Mas tratamos, dos principais deles de uma forma bem completa. É comum questionar a validade do estudo de impacto ambiental; para alguns empreendedores, ele representa um entrave à aprovação de projetos que poderiam contribuir para um desenvolvimento econômico. Para outros, representa um mecanismo para tornar mais ecologicamente corretos projetos impactantes,que devem ser discutidos em um contexto mais amplo. No entanto, esse instrumento foi um grande avanço em relação às políticas ambientais, obrigando a pensar nos aspectos ambientais nos estágios mais preliminares de um projeto. É um importante instrumento de gestão, viabilizando em longo prazo empreendimentos e evitando erros que trariam custos ambientais e econômicos relevantes. Além disso, o estudo de impacto ambiental torna o processo de licenciamento mais transparente, o que permite que diferentes agentes sociais possam se envolver com o processo de desenvolvimento e gestão da sua região. Podemos concluir que de forma completa, o que é e como se elabora um diagnóstico ambiental, parte central do estudo de impacto ambiental e demos os subsídios necessários para tal. Na próxima unidade, trataremos de forma mais ampla do Diagnóstico Ambiental como parte de um Estudo de Impacto Ambiental, ou seja, abordaremos os conceitos e métodos para a elaboração de um Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e do Relatório de Impacto Ambiental (RIMA). 17 Material Complementar Para se aprofundar no tema proposto nessa unidade, leia os dois artigos disponíveis abaixo: Leitura: CÂMARA, João Batista Drummond. Governança Ambiental no Brasil: Ecos do Passado. REVISTA DE SOCIOLOGIA E POLÍTICA V. 21, Nº 46: 125-146 JUN. 2013. Disponivel em: http://www.scielo.br/pdf/rsocp/v21n46/08.pdf Sites: MARTINS, I. C. M., SOARES, V. P., SILVA, Elias e BRITES, R.S. Diagnóstico ambiental no contexto da paisagem de fragmentos florestais naturais “ipucas” no município de Lagoa da confusão, tocantins. Disponivel em: http://www.scielo.br/pdf/rarv/v26n3/a05v26n3 18 Unidade: Diagnóstico Ambiental - Caracterização dos meios Físico, Biótico e Antrópico Referências BRAGA, B. et al. Introdução Engenharia Ambiental. 2ª Ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005 BRASIL. Caderno de Licenciamento Ambiental, Ministério do Meio Ambiente. Brasilia, 2009. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/estruturas/sqa_pnla/_arquivos/ ultimo_caderno_pnc_licenciamento_caderno_de_licenciamento_ambiental_46.pdf> Acesso em: 10 out. 2014. BRASIL. Manual Para Elaboração de Estudos para o Licenciamento com Avaliação de Diagnóstico Ambiental. 2014. Disponível em: <http://www.cetesb.sp.gov.br/userfiles/ file/dd/Manual-DD-217-14.pdf> Acesso em: 01 out. 2014. ______. Roteiro Básico para a Elaboração de estudo de Impacto Ambiental. Manual de Orientação — Estudos de Impacto Ambiental — EIA; Relatório de Impacto Ambiental – RIMA da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo. CÂMARA, João Batista Drummond. Governança Ambiental no Brasil: Ecos do Passado. REVISTA DE SOCIOLOGIA E POLÍTICA V. 21, Nº 46: 125-146 JUN. 2013. Disponivel em: <http://www.scielo.br/pdf/rsocp/v21n46/08.pdf>. Acesso em: 10 out. 2014. MARTINS, I. C. M., SOARES, V. P., SILVA, Elias e BRITES, R.S. Diagnóstico ambiental no contexto da paisagem de fragmentos florestais naturais “ipucas” no município de Lagoa da confusão, tocantins. Disponivel em: <http://www.scielo.br/pdf/rarv/v26n3/a05v26n3> Acesso em: 10 out. 2014. PHILIPPI, A. Saneamento, Saúde e Ambiente. Barueri: Manoele, 2014. PILGER, R. R. Administração e Meio Ambiente. 156 p. Curitiba: Ed. InterSaberes, 2013. 19 Anotações
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