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AULA 01 SALÁRIO E REMUNERAÇÃO

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AULA 01 - SALÁRIO e REMUNERAÇÃO – Profa Me Roseméri Simon Bernardi
Leitura indicada:
CASSAR, Vólia Bomfim. Direito do Trabalho. 5ª Ed. Niterói: Impetus, págs.758 em diante.
MARTINS, Sergio Pinto. Direito do Trabalho. 25ª ed. São Paulo: Atlas, págs. 211 em diante.
NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Iniciação ao Direito do Trabalho. 33ª ed. São Paulo: LTr, págs. 331 em diante.
ETMOLOGIA
Origem: Remuneração - recompensar 
Salário deriva do latim salarium. Esta palavra vem de sal, do latim salis; do grego, hals. 
O sal era a moeda oferecida pelos romanos para pagar seus domésticos e soldados das legiões romanas. Posteriormente foram sendo empregados outros meios de pagamento de salários, como óleo, animais, alimentos, até passar-se à utilização da moeda.
Pecúnia também deriva do latim pecunia, cognato de pecus que significa boi. O boi, assim como o sal, o óleo e o metal eram moedas de troca na antiguidade.
HISTÓRIA
ESCRAVIDÃO - inexistia recompensa pelo trabalho humano. O escravo era considerado coisa, objeto. O trabalho era tido como coisa aviltante e de responsabilidade dos escravos.
SERVIDÃO – também na servidão não havia salário, ou seja, retribuição pelo trabalho prestado aos senhores feudais.
REVOLUÇÃO FRANCESA (1789) – nasce o sistema assalariado, sem disciplinamento. 
O salário variava de acordo com a lei de oferta e procura. Contra esta tendência:
		* Manifesto Comunista
		* Encíclica Rerum Novarum	
TRATADO DE VERSALHES (1919) - O salário passa a ser disciplinado internacionalmente como forma de socialização, de valorização e retribuição do trabalho humano, bem como de subsistência do trabalhador e de sua família.
CONCEITO: SALÁRIO é a contraprestação mínima devida pelo empregador ao seu empregado em face da relação de trabalho existente.
Obs: Não há conceito de salário na CLT. (ver artigo 457 da CLT)
 “Salário é a totalidade das percepções econômicas dos trabalhadores, qualquer que seja a forma ou meio de pagamento, que retribuam o trabalho efetivo, os períodos de interrupção do contrato e os descansos computáveis na jornada de trabalho”. AMAURI MASCARO NASCIMENTO
Segundo LUCIANO MARTINEZ “As principais expectativas e anseios do trabalhador terminam no momento em que lhe são outorgadas, de modo integral e correto, e por força do ajuste firmado, as verbas retributivas da sua força laboral. Fala-se em expectativa porque o empregado, crendo em promessa retributiva futura, antecipa seu trabalho na esperança de conquistar, ao final de um período de espera, os meios que lhe garantam a subsistência própria e familiar. Trata-se de um ato de fidúcia do operário, que oferece seu empenho e ânimo em troca de um retorno pecuniário patronal”.
“Salário é a contraprestação devida pelo empregador em face do serviço desenvolvido pelo empregado.” MOZART VICTOR RUSSOMANO
SINÔNIMOS DE SALÁRIO: 
Vencimentos – funcionários públicos;
Soldo – militares;
Ordenado – trabalho intelectual;
Salário – trabalho físico e não intelectual;
Honorários – profissionais liberais;
Subsídios – parlamentares, magistrados;
Estipêndio – exército (antigamente)
Provento – aposentados;
Côngrua – chefes religiosos, tais como o padre e o bispo
NATUREZA JURÍDICA DO SALÁRIO:
Existem quatro correntes principais para classificar o salário:
A primeira corrente considera o salário como o PREÇO do trabalho, pois antigamente o trabalho era equiparado à mercadoria. Atualmente não há mais justificativa para sua aplicação.
Para a segunda vertente, o salário é uma INDENIZAÇÃO paga ao empregado como compensação pelas energias despendidas. Todavia, a indenização visa reparar dano causado ou repor uma nocividade e o trabalho não causa dano.
A terceira posição entende que o salário tem natureza ALIMENTAR, pois essencial para o trabalhador sobreviver. Na verdade, o salário não tem apenas natureza alimentar, mas também atinge outros fins, como habitação, higiene, transporte e educação. Sob outro aspecto, pode o trabalhador receber salário e não depender dele para sobreviver.
A última corrente, majoritária, afirma que a natureza jurídica do salário consiste no dever de retribuição, em razão do caráter sinalagmático, comutativo e oneroso do contrato. Assim, o trabalho é a prestação e o salário a CONTRAPRESTAÇÃO.
Há ainda, uma quinta corrente, da qual é adepta Vólia Bomfim Cassar, de que, algumas vezes, o salário é devido mesmo quando não há trabalho, como ocorre nos primeiros quinze dias da doença e do acidente, no aviso prévio não trabalhado, nas férias, nos dias de feriados, e por isso, esta corrente defende que a natureza jurídica do salário é, na verdade, de DIREITO do empregado ao respectivo pagamento em virtude da existência do contrato de trabalho.
Verbas que integram o salário: (CLT, art. 457, § 1º)
A importância fixa estipulada;
Comissões;
Percentagens;
Gratificações ajustadas;
Abonos;
Diárias de viagem que excedam de 50% do salário percebido.
Salário in natura (CLT, art. 458)
Verbas que não integram o salário:
Indenizações;
Gorjetas;
Prêmios
Diárias que não excedam de 50% do salário percebido; (CLT, art. 457, § 2º)
Ajudas de custo;
Benefícios e complementações previdenciárias;
Recolhimentos sociais e parafiscais;
Pagamentos de direitos intelectuais e outros pagamentos não considerados salário por lei.
	O salário pode ser ajustado por hora, dia, semana, quinzena ou mês, compreendendo além do pagamento das horas normais efetivamente trabalhadas o descanso semanal correspondente. (v. artigo 459 da CLT).
	O salário é devido não só pela execução do contrato de trabalho, mas também quando o empregado se encontra à disposição do empregador. (v. art. 4° da CLT).
CLT, art. 460 – Na falta de estipulação do salário ou não havendo prova sobre a importância ajustada, o empregado terá direito a perceber salário igual ao daquele que, na mesma empresa, fizer serviço equivalente, ou do que for habitualmente pago para serviço semelhante.
Prazo para pagamento. O pagamento do salário mensal deve ser efetuado o mais tardar até o 5º dia útil do mês subseqüente ao vencido, salvo critério mais favorável previsto em documento coletivo de trabalho da respectiva categoria profissional.
REMUNERAÇÃO – a soma do salário contratual devido com outras vantagens e/ou adicionais percebidos pelo empregado, em decorrência do exercício de suas atividades (CLT, art. 457).
“Remuneração é o conjunto de prestações recebidas habitualmente pelo empregado pela prestação de serviços, seja em dinheiro ou em utilidades, provenientes do empregador ou de terceiros, mas decorrentes do contrato de trabalho, de modo a satisfazer suas necessidades básicas e de sua família”.
SERGIO PINTO MARTINS
“Remuneração será, pois, o gênero do qual o salário é uma espécie – dentre outras – que irá compor a totalidade dos ganhos do empregado”. EVERALDO GASPAR LOPES DE ANDRADE.
“Remuneração é a soma do pagamento direto com o pagamento indireto, este último entendido como toda contraprestação paga por terceiros ao trabalhador, em virtude de um contrato de trabalho que este mantém com seu empregador”. VÓLIA BOMIM CASSAR
Remuneração = salário + gorjetas
		 (diretamente) (terceiros) 	ver art. 457 da CLT
GORJETA 
É a importância espontaneamente dada pelo cliente ao empregado (facultativa) assim como a importância cobrada pela empresa do cliente, como adicional nas contas, sendo destinada à distribuição aos empregados.
A gorjeta é tão antiga quanto a própria civilização e sempre esteve ligada à generosidade ou à corrupção. Em português, gorjeta deriva do termo arcaico gorja, que significa garganta, local por onde a bebida escorre. Por isso, quando se entrega a gorjeta a alguém também se utiliza a Expressão “é para molhar a garganta”, “é para a cervejinha”. Relaciona-se ao ato de beber.
A gorjeta diferencia-se da gratificação, pois a gorjeta é paga pelo clientee a gratificação paga pelo empregador. Vólia Bomfim Cassar, no entanto, entende que o cliente só paga a gorjeta em virtude do serviço prestado e teria natureza de gratificação.
Segundo Sergio Pinto Martins, a natureza jurídica da gorjeta é de doação, já que não é obrigatória.
As gorjetas se classificam em:
PRÓPRIAS - é a gorjeta dada pelo cliente facultativamente ao empregado, em linha direta, sem a intermediação do empregador.
IMPRÓPRIAS - cobradas na nota de serviço e pagas pelos clientes e posteriormente rateadas entre os empregados.  (sistema utilizado no Brasil)
Preceitua o Enunciado 354 do TST:
 “As gorjetas, cobradas pelo empregador na nota de serviço ou oferecidas espontaneamente pelos clientes, integram a remuneração do empregado, não servindo de base de cálculo para as parcelas de aviso prévio, adicional noturno, horas extras e repouso semanal remunerado”.
	O empregador, ao recolher o INSS, o FGTS, ao pagar o 13° salário e as férias, deve considerar como base de cálculo não só o salário (pago diretamente pelo empregador), mas também as pagas indiretas, somando-as.
 	A doutrinadora Vólia Bonfim Cassar esclarece que apesar de o legislador ter sido expresso a respeito da integração das gorjetas “para todos os fins”, a jurisprudência abrandou estes efeitos, por entender excessivamente oneroso para o patrão. Assim as parcelas pagas habitualmente por terceiros, como as gorjetas, gueltas, comissões, taxa de serviço, etc, integram o salário para alguns fins, tais como férias FGTS, 13° salário e INSS.
	Na forma da Súmula n° 354 do TST as gorjetas, mesmo que pagas habitualmente, não integram o adicional noturno, as horas extras, o repouso semanal remunerado e o aviso prévio.
	A Súmula se baseou na interpretação literal das palavras utilizadas pelo legislador. Quando a lei se referir à remuneração como base de cálculo da parcela, o pagamento de terceiro integrará o salário. Quando a lei utilizar as expressões “salário” ou “dia normal de trabalho” ou “hora normal”, a gorjeta não integrará. Veja a seguir os exemplos.
	A CLT determinou que o pagamento das férias deve ser efetuado de acordo com a “remuneração” devida na época da concessão:
Art. 142. O empregado perceberá, durante as férias, a remuneração que lhe forma devida na data da sua concessão (grifo nosso).
	De forma diferente se referiu ao pagamento da hora extra, do adicional noturno e do aviso prévio, pois aponta o salário ou a hora normal como parâmetro e não a remuneração.
Conclusão: o empregador, ao recolher o INSS, o FGTS, ao pagar o 13° salário e as férias, deve considerar como base de cálculo não só o salário (pago por ele diretamente), mas também as parcelas pagas por terceiros (indiretas), MESMO QUE NÃO SEJAM HABITUAIS, somando-as. Desta forma as gorjetas integram a base de cálculo do INSS, FGTS, 13° salário e férias.
	A Lei 13.419/2017, de 13/03/2017, alterou o artigo 457 da CLT para disciplinar o rateio, entre empregados, da cobrança adicional sobre as despesas em bares, restaurantes, hotéis, motéis e estabelecimentos similares.
“Art. 457.  ...................................................................
§ 3º  Considera-se gorjeta não só a importância espontaneamente dada pelo cliente ao empregado, como também o valor cobrado pela empresa, como serviço ou adicional, a qualquer título, e destinado à distribuição aos empregados.
§ 4o  A gorjeta mencionada no § 3o não constitui receita própria dos empregadores, destina-se aos trabalhadores e será distribuída segundo critérios de custeio e de rateio definidos em convenção ou acordo coletivo de trabalho.
§ 5o  Inexistindo previsão em convenção ou acordo coletivo de trabalho, os critérios de rateio e distribuição da gorjeta e os percentuais de retenção previstos nos §§ 6o e 7o deste artigo serão definidos em assembleia geral dos trabalhadores, na forma do art. 612 desta Consolidação.
§ 6o  As empresas que cobrarem a gorjeta de que trata o § 3o deverão:
I - para as empresas inscritas em regime de tributação federal diferenciado, lançá-la na respectiva nota de consumo, facultada a retenção de até 20% (vinte por cento) da arrecadação correspondente, mediante previsão em convenção ou acordo coletivo de trabalho, para custear os encargos sociais, previdenciários e trabalhistas derivados da sua integração à remuneração dos empregados, devendo o valor remanescente ser revertido integralmente em favor do trabalhador;
II - para as empresas não inscritas em regime de tributação federal diferenciado, lançá-la na respectiva nota de consumo, facultada a retenção de até 33% (trinta e três por cento) da arrecadação correspondente, mediante previsão em convenção ou acordo coletivo de trabalho, para custear os encargos sociais, previdenciários e trabalhistas derivados da sua integração à remuneração dos empregados, devendo o valor remanescente ser revertido integralmente em favor do trabalhador;
III - anotar na Carteira de Trabalho e Previdência Social e no contracheque de seus empregados o salário contratual fixo e o percentual percebido a título de gorjeta.
§ 7o  A gorjeta, quando entregue pelo consumidor diretamente ao empregado, terá seus critérios definidos em convenção ou acordo coletivo de trabalho, facultada a retenção nos parâmetros do  § 6o deste artigo.
§ 8o  As empresas deverão anotar na Carteira de Trabalho e Previdência Social de seus empregados o salário fixo e a média dos valores das gorjetas referente aos últimos doze meses.
§ 9o  Cessada pela empresa a cobrança da gorjeta de que trata o § 3o deste artigo, desde que cobrada por mais de doze meses, essa se incorporará ao salário do empregado, tendo como base a média dos últimos doze meses, salvo o estabelecido em convenção ou acordo coletivo de trabalho.
§ 10.  Para empresas com mais de sessenta empregados, será constituída comissão de empregados, mediante previsão em convenção ou acordo coletivo de trabalho, para acompanhamento e fiscalização da regularidade da cobrança e distribuição da gorjeta de que trata o § 3o deste artigo, cujos representantes serão eleitos em assembleia geral convocada para esse fim pelo sindicato laboral e gozarão de garantia de emprego vinculada ao desempenho das funções para que foram eleitos, e, para as demais empresas, será constituída comissão intersindical para o referido fim.
§ 11.  Comprovado o descumprimento do disposto nos §§ 4o, 6o, 7o e 9o deste artigo, o empregador pagará ao trabalhador prejudicado, a título de multa, o valor correspondente a 1/30 (um trinta avos) da média da gorjeta por dia de atraso, limitada ao piso da categoria, assegurados em qualquer hipótese o contraditório e a ampla defesa, observadas as seguintes regras:
I - a limitação prevista neste parágrafo será triplicada caso o empregador seja reincidente;
II - considera-se reincidente o empregador que, durante o período de doze meses, descumpre o disposto nos §§ 4o, 6o, 7o e 9o deste artigo por mais de sessenta dias.” (NR)
O QUE NÃO É SALÁRIO:
Salário ≠ Complementação de Aposentadoria
Não se confundem salário e complementações de aposentadoria. Os benefícios e as condições contratuais previstas nos estatutos, regulamentos e planos de benefícios das entidades de previdência privada não integram o contrato de trabalho, nem a remuneração dos participantes. (CF, art. 202, § 2º)
Salário ≠ Complementações Previdenciárias
Não se confundem salário e complementações previdenciárias. Estas são pagamentos que o empregador efetua ao empregado para cobrir a diferença entre o que ele receberá da previdência social e o que ganharia caso estivesse em serviço. Há várias formas, como a complementação do 13º salário, a complementação do auxílio-doença e as complementações das aposentadorias. Surgiu essa figura porque os benefícios previdenciários, via de regra, são em valores menores que o salário.
Salário ≠ Recolhimentos Parafiscais
São diferentes as figuras de salário e dos recolhimentos parafiscais de natureza tributária.Estes são pagamentos que o empregador faz ao Poder Público como parte das suas obrigações fiscais. É o caso do salário-educação, que de salário tem apenas o nome e não a natureza.
Salário x direitos autorais e de invenção
O salário não se confunde com os direitos autorais ou os direitos de invenção, que são aqueles em razão de um invento feito por determinada pessoa.
Descoberta ≠ Invento
Descoberta não tem característica de criação, mas de constatação. Ex: Pedro Álvares Cabral descobriu a América.
O invento envolve a criação de algo novo ou para novo uso.
A invenção pode ser de serviço, livre ou de empresa ou estabelecimento.
Na invenção de serviço, o empregado faz a pesquisa, mas o invento é de propriedade do empregador, que paga salário ao empregado pelo serviço prestado. A patente é do empregador, que pode explorar livremente o invento.
Na invenção livre, o empregado é o único proprietário do invento.
Na invenção de empresa ou de estabelecimento, vários empregados fazem o trabalho, não podendo ser indicado o responsável pela invenção. Neste caso entende-se que o proprietário da empresa é o dono da invenção.
Salvo de houver expressa disposição contratual em contrário, a retribuição pelo trabalho limita-se ao salário ajustado.
De acordo com a Lei nº 9.279, de 1996, que regula direitos e obrigações relativos à propriedade industrial, “a invenção e o modelo de utilidade pertencem exclusivamente ao empregador quando decorrem de contrato de trabalho cuja execução ocorra no Brasil e que tenha por objeto a pesquisa ou a atividade inventiva, ou resulte esta de natureza dos serviços para os quais o empregado foi contrato”. (art. 88), caso em que, “salvo expressa disposição contratual em contrário, a retribuição pelo trabalho a que se refere este artigo, limita-se ao salário ajustado.” (art. 88, § 1º).
Acrescente-se que “pertencerá exclusivamente ao empregado a invenção ou modelo de utilidade por ele desenvolvida, desde que desvinculado do contrato de trabalho e não decorrente da utilização de recursos, meios, dados, materiais, instalações ou equipamentos do empregador”. (art. 90).
O empregado, dono da patente, poderá conceder ao empregado inventor participação nos lucros da exploração da patente. Mas estes valores não se incorporam ao salário do empregado. (v. lei 9279/96, art. 89)
HABITUALIDADE
A jurisprudência mostra que um dos requisitos para se considerar se determinada verba tem ou não natureza salarial é a habitualidade.
	Ocorre que não há nenhum dispositivo legal que delimite o que vem a ser habitual ou quando que ela se caracteriza. Desta forma o conceito de habitualidade do fornecimento da utilidade, capaz de caracterizar o salário in natura, ficará ao talante do julgador
SALÁRIO COMPLESSIVO - Pagamento, em única rubrica, de diversas parcelas do contrato de trabalho. Este procedimento é vedado no nosso atual ordenamento pátrio, sendo a parcela paga considerada apenas salário. 
	
	O Enunciado 91 do TST considera ilegal o salário complessivo:
“Nula é a cláusula contratual que fixa determinada importância ou percentagem para atender englobadamente vários direitos legais ou contratuais do trabalhador.”
EXERCÍCIO. Considera-se salário complessivo: 
a) Pagamento, em única rubrica, de diversas parcelas do contrato de trabalho.
b) Pagamento discriminado das verbas trabalhistas.
c) Pagamento com atraso.
d) Pagamento com complementos de atrasados salariais.
PERIODICIDADE - A periodicidade do pagamento da remuneração irá depender de certos critérios objetivos previstos na lei.
O salário pode ser ajustado por hora, dia, semana, quinzena ou mês, sendo vedada estipulação superior a 1 (um) mês. (ver CLT, art. 459)
RECIPROCIDADE - A relação de emprego é sinalagmática, ou seja, há direitos e deveres recíprocos. O empregador tem que pagar os salários em função dos serviços prestados pelo empregado. O empregado tem a obrigação de prestar serviços para receber os salários correspondentes.
ESSENCIALIDADE – O salário é elemento essencial da relação de emprego. Ex: trabalho voluntário
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO – aula 01 (não precisa entregar)
Qual a origem da palavra salário?
Indique 4 sinônimos de salário.
Qual a diferença entre salário e remuneração? 
Conceitue salário complessivo.
Quais as verbas integram o salário?
Quais verbas não integram o salário? 
Uma verba que não integra o salário pode vir a integrar o salário? Em que hipótese?
8. Com qual periodicidade por ser estipulado o salário?
9. Qual o prazo para o pagamento do salário?
10. Quais os direitos do empregado em relação à invenção e/ou descoberta que realizar? 
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