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AULA 04 PAT

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Direito do Trabalho II – Profª Me.Roseméri Simon Bernardi
Aula 04 – PAT
O PAT - Programa de Alimentação do Trabalhador instituído pela lei n° 6321/76 visa incluir o trabalhador num programa de alimentação, incentivando o empregador através de benefícios fiscais.
	
A adesão ao Programa de Alimentação ao Trabalhador (PAT) proporciona ao empregador dedução no imposto de renda da empresa. A alimentação fornecida através deste programa não tem natureza salarial, como dispõe expressamente o art. 6° do Decreto 5/91 e implicitamente o art. 3° da Lei n° 6.321/76. Assim, também entende a jurisprudência majoritária, consagrada na OJ n° 133 da SDI-I do TST. 
	O empregador poderá descontar até 20% do custo da refeição do salário do empregado (art. 2°, § 1°, do Dec. 5/91). Esta é uma faculdade. Mesmo que não o faça, o benefício não terá natureza salarial. Cada adesão tem validade de 12 meses e, para tanto, deve ser efetuada entre o 1° dia de janeiro e o dia 31 de março do ano, limitada a vigência a 31 de dezembro do mesmo ano. Todavia, a Portaria Interministerial 5/99 do TEM, art. 3°, estabeleceu vigência indeterminada. Ficam aprovados os programas automaticamente com a apresentação e registro do formulário oficial na ECT (art. 4° da Portaria 1/92).
- Empregada doméstica não pode fazer parte do PAT.
- para fazer parte do PAT basta ter um funcionário. 
AUXÍLIO ALIMENTAÇÃO. PAT. INTEGRAÇÃO. O Decreto n° 05/91, que regulamentou a Lei n° 6.321/76, estabeleceu no art. 6° que a parcela paga in natura, por empresa inscrita no programa de alimentação do trabalhador, não tem natureza salarial, não se incorporando à remuneração do trabalhador para quaisquer efeitos. TRT/RJ – Processo: 00456.2002.058.01.00.1 – Rel. Juiz José Antonio Teixeira da Silva. DJ/RJ 25/09/2004.
	A adesão ao PAT pode ser feita pelas empresas que fornecem alimentação in natura ou através de tíquete (bônus de pequena circulação).
	Algumas empresas fornecem tíquete refeição e tíquete alimentação. Aquele corresponde à uma refeição (almoço ou jantar) e este a um bônus de circulação restrita aos supermercados, englobando todas as refeições. A soma dos dois não pode ultrapassar 20% do salário do empregado para fins de desconto.
Bibliografia: CASSAR, Vólia Bomfim. Direito do Trabalho. 4ª Ed. Niterói: Impetus, 2010, p. 781.
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PAT – PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO DO TRABALHADOR
É facultada à empresa a adesão ao PAT – Programa de Alimentação do Trabalhador. 
Entretanto, o referido programa proporciona vários benefícios para as empresas, nas áreas tributária e de pessoal. 
O PAT tem como objetivo melhorar o estado nutricional dos trabalhadores, promovendo sua saúde e prevenindo as doenças profissionais. 
A concessão de alimentação através do PAT, ainda que gratuita, não integra o salário do empregado, para fins das legislações do trabalho e previdência social. 
Nesta Orientação, você terá todas as informações necessárias à opção pelo PAT e ao correto desenvolvimento do programa. 
Também destacamos no nosso trabalho os seguintes pontos: 
– As pessoas jurídicas fornecedoras e prestadoras de serviços de alimentação coletiva deverão recadastrar-se no período de 2-1 a 31-3-2008 e as pessoas jurídicas beneficiárias, no período de 1-4 a 31-7-2008; 
– O recadastramento das pessoas jurídicas fornecedoras e beneficiárias do PAT será efetuado por meio eletrônico, utilizando o formulário constante da página do MTE – Ministério do Trabalho e Emprego na internet (www.mte.gov.br/pat) e as prestadoras de serviços de alimentação terão que imprimir e encaminhar o formulário, juntamente com documentação especificada, à Coordenação do PAT; 
– O não-recadastramento no PAT no prazo estipulado implicará o cancelamento automático do registro ou inscrição; 
– As empresas fornecedoras e prestadoras de serviços de alimentação coletiva do PAT, bem como as pessoas jurídicas beneficiárias na modalidade autogestão deverão possuir responsável técnico pela execução do PAT. 
1. ADESÃO AO PROGRAMA 
A adesão da empresa ao PAT consistirá na apresentação de impresso próprio para esse fim adquirido na ECT – Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos ou por meio eletrônico utilizando o formulário constante da página do MTE na internet (www.mte.gov.br). 
O formulário, devidamente preenchido, quando encaminhado, deverá ser postado ao DSST – Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho, instruído com os seguintes elementos: 
a) identificação da empresa beneficiária; 
b) número de trabalhadores beneficiados por Unidade da Federação; 
c) número de refeições maiores e menores; 
d) tipo de serviço de alimentação e percentuais correspondentes (próprio, fornecedor, convênio e cesta básica); 
e) número de trabalhadores beneficiados por faixas salariais; 
f) termo de responsabilidade e assinatura do responsável pela empresa. 
1.1. COMPROVANTE DE ADESÃO 
O comprovante de registro, recibo destacável do próprio formulário, deverá ser conservado na contabilidade da empresa. 
Caso a empresa tenha extraviado o comprovante de participação no PAT, pode obter a 2ª via, bastando enviar solicitação via fax: (0**61) 225-0173, e-mail: pat@mte.gov.br ou correspondência, para o endereço: Esplanada dos Ministérios, Bloco F – anexo B – sala 107 – CEP: 70059-900 – Brasília-DF, contendo CNPJ e Razão Social da empresa e os anos sobre os quais deseja informação (até 1998 renovação anual, a partir de 1999 validade por tempo indeterminado). 
1.2. NÚMERO MÍNIMO DE TRABALHADORES 
A empresa poderá participar do PAT com a quantidade mínima de 1 trabalhador contratado. 
1.3. PRAZO PARA APRESENTAÇÃO 
A adesão ao PAT pode ser efetuada a qualquer tempo e terá validade por prazo indeterminado a partir da data de registro do formulário na ECT, ou através da página eletrônica no MTE. 
O PAT pode ser cancelado em qualquer época por iniciativa da empresa beneficiária ou pelo MTE, em razão da execução inadequada do Programa. 
1.3.1. Recadastramento 
A regra é não haver a necessidade de as empresas inscritas ou que venham a se inscrever no PAT terem que adotar, anualmente, qualquer procedimento junto ao Órgão Gestor do Programa de Alimentação, no sentido de apresentar seus formulários de inscrição. 
Entretanto, no ano de 2008, as pessoas jurídicas fornecedoras, prestadoras e beneficiárias do PAT deverão recadastrar-se. 
As inscrições efetuadas durante esse período terão efeito retroativo a 1-1-2008. 
A cópia do comprovante de recadastramento deverá ser mantida nas dependências da empresa, à disposição da Fiscalização Federal. 
Cabe ressaltar, ainda, que a empresa deverá informar, anualmente, na RAIS – Relação Anual de Informações Sociais, se participa ou não do PAT. 
1.3.1.1. Fornecedoras e Prestadoras de Serviços de Alimentação Coletiva 
O recadastramento das pessoas jurídicas fornecedoras e prestadoras de serviços de alimentação coletiva deverá ser efetuado no período de 2-1 a 31-3-2008. 
1.3.1.2. Empresas Beneficiárias 
Já o recadastramento das pessoas jurídicas beneficiárias deverá ser efetuado no período de 1-4 a 31-7-2008. 
1.3.1.3. Forma de Recadastramento 
O recadastramento das pessoas jurídicas fornecedoras e beneficiárias do PAT será efetuado por meio eletrônico, utilizando o formulário constante da página do MTE na internet (www.mte. gov.br/pat) e as prestadoras de serviços de alimentação terão que imprimir e encaminhar o formulário, juntamente com documentação especificada, à Coordenação do PAT. 
1.3.1.4. Fiscalização 
A cópia do comprovante de recadastramento deverá ser mantida nas dependências da empresa, à disposição da Fiscalização Federal. 
1.4. APROVAÇÃO DO PAT 
Os Programas de Alimentação do Trabalhador são automaticamente aprovados com a apresentação e registro do formulário oficial na ECT, ou por meio eletrônico. 
1.5. CONSERVAÇÃO DOS DOCUMENTOS 
A cópia do formulário e o comprovante de postagem ou o comprovante de adesão via internet devem ser mantidos nas dependências da pessoa jurídica, matriz e/ou filiais, à disposição da fiscalizaçãofederal do trabalho. 
A documentação relacionada aos gastos realizados com o PAT e aos incentivos dele decorrentes será mantida à disposição da fiscalização federal do trabalho, para fins de exame e confronto com os registros fiscais e contábeis. 
2. PARTICIPAÇÃO DO TRABALHADOR 
O objetivo do PAT é o de proporcionar ao trabalhador de baixa renda, assim considerado aquele que recebe até 5 salários mínimos mensais, alimentação adequada à preservação de sua saúde. 
Os trabalhadores de renda mais elevada também podem ser incluídos no Programa, desde que esteja garantido o atendimento da totalidade dos trabalhadores de baixa renda, independentemente da duração da jornada de trabalho. 
O benefício concedido aos trabalhadores que percebam até 5 salários mínimos não poderá, sob qualquer pretexto, ter valor inferior àquele concedido aos de renda mais elevada. 
2.1. EXTENSÃO DO PROGRAMA 
A lei dispõe que o PAT abrangerá apenas os trabalhadores contratados pela empresa beneficiária. 
No entanto, a empresa poderá estendê-lo a empregados de subempreiteiras que lhe prestem serviços. 
Isto porque, perante a legislação do Imposto de Renda, não deixará de fazer jus ao incentivo fiscal a empresa empreiteira que desenvolva Programa de Alimentação abrangendo seus trabalhadores empregados, bem como os que para ela trabalham no mesmo canteiro de obras, embora indiretamente contratados, via subempreiteira, observadas as condições e limites fixados em lei. 
2.1.1. Empregados Demitidos ou Suspensos 
As empresas beneficiárias do PAT poderão estender o benefício aos empregados que forem dispensados no período de transição para um novo emprego, limitada a extensão a 6 meses, contados da dispensa. 
O benefício também poderá ser estendido, por um período de 5 meses, aos empregados que estejam com contrato suspenso para participação em curso ou programa de qualificação profissional. 
2.1.2. Empregados Afastados das Atividades 
Nos casos de afastamento do trabalho, para o gozo de benefícios (acidente do trabalho, auxílio-doença e licença-maternidade), o recebimento da utilidade/alimentação não descaracteriza a inscrição da empresa no Programa. 
Isto porque, subentende-se que o benefício, nesta situação em especial, não é obrigatório, porém como o PAT é um programa de saúde, o Ministério do Trabalho e Emprego recomenda a continuidade do benefício sendo que é uma época em que a pessoa está mais necessitada de uma alimentação de qualidade. 
2.1.3. Empregados Demitidos Após Receber o Benefício do PAT 
Caso o funcionário seja demitido logo após receber o benefício alimentação, a empresa poderá efetuar descontos dessa antecipação por ocasião de rescisão do contrato de trabalho. 
2.2. CONTRIBUIÇÃO DO EMPREGADO 
A participação do trabalhador no PAT está limitada a 20% do custo direto da refeição, ou seja, o empregador poderá descontar do salário do empregado até 20% do referido custo. 
Nada impede que a empresa não proceda ao desconto, assumindo a totalidade do custo. 
2.2.1. Incidências 
A parcela paga in natura pela empresa, em virtude do Programa de Alimentação aprovado pelo Ministério do Trabalho e Emprego, não tem natureza salarial, não se incorpora à remuneração paga para quaisquer efeitos, não constitui base de incidência da contribuição previdenciária ou do FGTS e nem se configura como rendimento tributável do trabalhador. 
3. EXECUÇÃO DO PROGRAMA 
Para a execução do PAT, a pessoa jurídica poderá manter serviço próprio de refeições, distribuir alimentos, inclusive não preparados, bem como firmar convênios com entidades que forneçam ou prestem serviços de alimentação coletiva. 
O benefício concedido ao trabalhador não poderá ser dado em espécie (dinheiro). Independente da modalidade adotada para o provimento da refeição, a pessoa jurídica beneficiária poderá oferecer aos seus trabalhadores uma ou mais refeições diárias. 
3.1. MODALIDADES ADOTADAS PELO PAT 
Dentro do Programa existem várias modalidades: 
– Serviço Próprio – A empresa prepara a alimentação do seu trabalhador no próprio estabelecimento; 
– Administração de Cozinha – Uma outra empresa (terceirizada) produz a alimentação dentro do refeitório da empresa; 
– Alimentação-Convênio – Chamado de tíquete-alimentação. Onde o funcionário o utiliza para comprar os alimentos no supermercado; 
– Refeição-Convênio – Chamado de tíquete-refeição, o funcionário poderá usar para almoçar/jantar/lanchar em qualquer restaurante credenciado ao PAT; 
– Refeições Transportadas – Uma outra empresa prepara a alimentação e leva até os funcionários (no caso comum, a marmita); 
– Cesta de Alimentos – A empresa compra cestas de alimentos de empresas credenciadas ao PAT e fornece aos seus funcionários. 
A empresa poderá também fazer um convênio com um restaurante, para que seus funcionários recebam a alimentação, isso poderá ocorrer desde que as duas sejam cadastradas no PAT. 
3.2. FORNECIMENTO DE CUPONS, TÍQUETES, CARTÕES ELETRÔNICOS OU MAGNÉTICOS 
A empresa participante do PAT poderá fornecer a seus trabalhadores cupons, tíquetes, cartões eletrônicos, magnéticos ou outros oriundos de tecnologia adequada, que permitam a aquisição de refeições ou de gêneros alimentícios em estabelecimentos comerciais. 
Nesse caso, a empresa participante deve orientar seus empregados sobre a correta utilização dos referidos documentos, além de garantir que o valor destes seja suficiente para atender às exigências nutricionais do Programa. 
3.2.1. Prova da Entrega dos Documentos 
Deverá ser exigida de cada trabalhador uma declaração acusando o recebimento dos cupons, tíquetes ou cartões, na qual deverão constar a numeração e a identificação da espécie dos documentos entregues. 
Essa declaração deverá ser mantida à disposição da fiscalização federal do trabalho. 
3.3. EMPRESA PRESTADORA DE SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO COLETIVA 
Os tíquetes, cupons, cartões eletrônicos, magnéticos ou outros oriundos de tecnologia adequada são administrados por empresa prestadora de serviços de alimentação coletiva e garantem a aquisição de refeições em restaurantes ou estabelecimentos similares (refeição-convênio) ou a aquisição de gêneros alimentícios em estabelecimentos comerciais (alimentação-convênio). 
Cabe à empresa prestadora de serviço de alimentação: 
a) garantir que os restaurantes e outros estabelecimentos por ela credenciados se situem nas imediações dos locais de trabalho; 
b) garantir que os documentos de legitimação para a aquisição de refeições ou gêneros alimentícios sejam diferenciados e regularmente aceitos pelos estabelecimentos credenciados, de acordo com a finalidade expressa nos mencionados documentos; 
c) reembolsar, ao estabelecimento comercial credenciado, os valores dos documentos de legitimação, mediante depósito em conta bancária expressamente indicada para esse fim; 
d) cancelar o credenciamento dos estabelecimentos comerciais que não cumprirem as exigências sanitárias e nutricionais e, ainda, que por ação ou omissão concorrerem para o desvirtuamento do PAT, através do uso indevido dos documentos de legitimação ou outras práticas irregulares, especialmente: 
– a troca do documento por dinheiro em espécie ou por mercadorias, serviços ou produtos não compreendidos na finalidade do PAT; 
– a exigência de qualquer tipo de ágio ou a imposição de descontos sobre o valor do documento de legitimação; 
– o uso dos documentos de legitimação que lhes forem apresentados para qualquer outro fim que não o de reembolso direto junto à prestadora do serviço, emissora do documento, vedada a utilização de quaisquer intermediários. 
3.4. ATUALIZAÇÃO DO REGISTRO 
A empresa beneficiária ou prestadora de serviços de alimentação coletiva registrada no PAT deve atualizar os dados constantes de seu registro sempre que houver alteração de informações cadastrais, sem prejuízo da obrigatoriedade de prestar informações, anualmente, ao Ministério do Trabalho e Emprego por meio da RAIS – Relação Anual de Informações Sociais. 
3.5. FORNECEDORAS DE ALIMENTAÇÃO COLETIVA 
Outra forma de executaro Programa é através da contratação de empresas fornecedoras de alimentação coletiva, que se encarregam de fornecer a alimentação. 
Considera-se empresa fornecedora de alimentação coletiva aquela que: 
a) possui cozinha industrial e fornece refeições preparadas transportadas; 
b) fornece alimentos in natura embalados para o transporte individual (cesta de alimentos); 
c) administra a cozinha da contratante. 
3.5.1. Credenciamento do Fornecedor 
Quando a empresa participante do Programa optar por convênio com terceiros, deve certificar-se de que estes encontram-se registrados no PAT. 
As empresas fornecedoras ou prestadoras de serviços de alimentação coletiva devem ser registradas no PAT – Programa de Alimentação do Trabalhador, encaminhando o formulário próprio e documentação específica ao Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho, por intermédio da Delegacia Regional do Trabalho local. 
Para esse efeito, deverá ser utilizado formulário próprio.
4. CANCELAMENTO DO PAT 
Será cancelado o registro da pessoa jurídica fornecedora ou prestadora de serviços de alimentação coletiva que: 
a) deixar de cumprir obrigações legítimas de reembolso à rede de estabelecimentos comerciais junto a ela credenciados; ou 
b) deixar de garantir a emissão de documento de legitimação impresso em papel, quando esta modalidade estiver estabelecida em contrato com a empresa beneficiária. 
4.1. NÃO-RECADASTRAMENTO 
Como já foi mencionada no item 1.3.1, a regra é que não haja a necessidade dessas empresas se recadastrarem, anualmente, junto ao Órgão Gestor do PAT. 
Entretanto, excepcionalmente, no ano de 2008, para as empresas beneficiárias, fornecedoras e prestadoras de serviços de alimentação coletiva do PAT, o não-recadastramento implicará o cancelamento automático do registro ou inscrição. 
5. VALOR NUTRITIVO DA ALIMENTAÇÃO 
Os parâmetros nutricionais para alimentação do trabalhador deverão observar os seguintes dados:
a) as refeições principais (almoço, jantar e ceia) deverão conter de 600 a 800 calorias, admitindo-se um acréscimo de 20% (400 calorias) em relação ao VET – Valor Energético Total de 2.000 calorias por dia e deverão corresponder à faixa de 30-40% do VET diário; 
b) as refeições menores (desjejum e lanche) deverão conter de 300 a 400 calorias, admitindo-se um acréscimo de 20% (400 calorias) em relação ao VET de 2.000 calorias por dia e deverão corresponder à faixa de 15-20% do VET diário; 
c) as refeições principais e menores deverão seguir a seguinte distribuição de macronutrientes, fibra e sódio: 
	Refeições 
	Carboidratos 
(%) 
	Proteínas 
(%) 
	Gorduras Totais
(%) 
	Gorduras Saturadas
(%) 
	Fibras 
(g) 
	Sódio 
(mg)
	Desjejum/lanche 
	60 
	15 
	25 
	<10 
	4-5 
	360-480 
	Almoço/jantar/ceia 
	60 
	15 
	25 
	<10 
	7-10 
	720-960 
d) o percentual protéico-calórico (NdPCal) das refeições deverá ser de no mínimo 6% e no máximo 10%. 
As empresas fornecedoras e prestadoras de serviços de alimentação coletiva do PAT, bem como as pessoas jurídicas beneficiárias na modalidade autogestão deverão possuir responsável técnico pela execução do programa. 
As empresas beneficiárias deverão fornecer aos trabalhadores portadores de doenças relacionadas à alimentação e nutrição, devidamente diagnosticadas, refeições adequadas e condições amoldadas ao PAT, para tratamento de suas patologias, devendo ser realizada avaliação nutricional periódica destes trabalhadores. 
Os cardápios deverão oferecer, pelo menos, uma porção de frutas e uma porção de legumes ou verduras, nas refeições principais (almoço, jantar e ceia) e pelo menos uma porção de frutas nas refeições menores (desjejum e lanche). 
5.1. CESTAS BÁSICAS 
As quotas das cestas básicas de alimentos devem corresponder aos valores diários citados nas letras “a” e “b” do item 5. 
Entretanto, quando a distribuição de gêneros alimentícios constituir-se em um benefício adicional às refeições mencionadas, os índices de NdPCal deste complemento poderão ser inferiores a 6%. 
6. INCENTIVO FISCAL 
A participação no PAT concede à empresa tributada com base no lucro real dedução do Imposto de Renda devido, a título de incentivo fiscal.
7. DESVIRTUAMENTO DO PROGRAMA 
A empresa não pode suspender, reduzir ou suprimir o benefício do PAT a título de punir o empregado, tampouco utilizar o Programa como forma de premiação, ou para qualquer outro objetivo que desvirtue sua finalidade. 
8. FISCALIZAÇÃO 
O Auditor Fiscal do Trabalho, ao verificar a situação da empresa quanto à operacionalização do PAT, além das medidas inerentes à ação fiscal, deverá adotar as seguintes providências: 
a) quando a empresa não for inscrita no Programa e fornecer alimentação a seus trabalhadores, prevalece o disposto no artigo 458 da CLT, que determina que, além do pagamento em dinheiro, compreende-se no salário, para todos os efeitos legais, dentre outras, a alimentação, ou outras prestações in natura que a empresa, por força do contrato ou do costume, fornecer habitualmente ao empregado. 
Nesta hipótese, a empresa será informada sobre os benefícios, os procedimentos para adesão e a operacionalização adequada do PAT; 
b) quando a empresa está inscrita no Programa, como beneficiária ou fornecedora/prestadora de serviço de alimentação coletiva, deve ser verificada sua adequada execução, como disciplinado na legislação. 
8.1. NOTIFICAÇÃO POR CANCELAMENTO DE INSCRIÇÃO/ REGISTRO 
As Chefias de Inspeção do Trabalho deverão emitir notificação informando a abertura de processo administrativo e concedendo o prazo de 10 dias para a apresentação de defesa sempre que houver proposta de cancelamento da inscrição no PAT de empresa beneficiária ou do registro de empresa fornecedora/prestadora de serviços de alimentação coletiva. 
Decorrido o prazo para a apresentação de defesa pelas empresas, a Chefia de Inspeção do Trabalho encaminhará à Coordenação-Geral do PAT os casos que forem constatados de reiterada prática irregular de execução do Programa, bem como aqueles onde as empresas não tenham demonstrado interesse em exercer defesa. 
A Coordenação-Geral do Programa de Alimentação do Trabalhador analisará a documentação constante do processo e proferirá decisão quanto ao cancelamento da inscrição de empresa beneficiária ou registro de empresa fornecedora/prestadora de serviços de alimentação coletiva, publicando a decisão no Diário Oficial da União. 
8.2. DESCREDENCIAMENTO 
A empresa descredenciada poderá solicitar nova inscrição no Programa através do órgão regional, mediante a comprovação do saneamento das irregularidades havidas, inclusive a liquidação de possíveis débitos junto à Receita Federal, INSS e MTE (FGTS), devendo o pedido, após instruído, ser encaminhado à Coordenação-Geral do Programa de Alimentação do Trabalhador, para apreciação. 
9. RESPONSÁVEL TÉCNICO 
As empresas fornecedoras e prestadoras de serviços de alimentação coletiva do PAT, bem como as pessoas jurídicas beneficiárias na modalidade autogestão deverão possuir responsável técnico pela execução do PAT. 
O responsável técnico do PAT é o profissional legalmente habilitado em Nutrição, que tem por compromisso a correta execução das atividades nutricionais do programa, visando à promoção da alimentação saudável ao trabalhador. 
FUNDAMENTAÇÃO LEGAL: Medida Provisória 2.164-41, de 24-8-2001; Decreto 5, de 14-1-91 (DO-U de 15-1-91); Decreto 3.048, de 6-5-99 – Regulamento da Previdência Social (RPS); Portaria Interministerial 5 MTE-MF-MS, de 30-11-99; Portaria Interministerial 66 MTE- MF-MS-MPS-MDS, de 25-8-2006; Portaria 3 SIT, de 1-3-2002; Portaria 8 SIT, de 16-4-2002; Portaria 15 SSST, de 24-11-93; Portaria 34 SIT-DDSST, de 7-12-2007; Portaria 61 SIT, de 28-10-2003; Portaria 193 SIT-DSST, 5-12-2006; Instrução Normativa 3 SRP, de 14-7-2005 – artigos 752 ao 758; Instrução Normativa 30 SIT, de 17-10-2002. 
EMENTÁRIO - PAT
AUXÍLIO-ALIMENTAÇÃO. COPEL. INTEGRAÇÃO À REMUNERAÇÃO. ORIENTAÇÃO JURISPRUDENCIAL Nº 413 da SBDI I do C. TST. A ajuda alimentaçãofoi paga em dinheiro até dezembro de 1996, sem descontos sobre os salários; não houve prova de inscrição no PAT àquela época; e não se observa a existência de Acordos Coletivos afastando a natureza salarial da parcela em tal período. Assim, com amparo no art. 458 da CLT e Súmula nº 241 do C. TST, o benefício tinha caráter salarial, não sendo possível a alteração posterior de sua natureza em relação aos empregados que já o recebiam, sob pena de ofensa ao art. 468 da CLT. A situação em análise enquadra-se na hipótese de que trata a Orientação Jurisprudencial nº 413 da SBDI I do C. TST (AUXÍLIO-ALIMENTAÇÃO. ALTERAÇÃO DA NATUREZA JURÍDICA. NORMA COLETIVA OU ADESÃO AO PAT. A pactuação em norma coletiva conferindo caráter indenizatório à verba "auxílio-alimentação" ou a adesão posterior do empregador ao Programa de Alimentação do Trabalhador "PAT" não altera a natureza salarial da parcela, instituída anteriormente, para aqueles empregados que, habitualmente, já percebiam o benefício, a teor das Súmulas nº 51, I, e 241 do TST). TRT-PR-01787-2012-303-09-00-3-ACO-29070-2013 - 7A. TURMA. Relator: UBIRAJARA CARLOS MENDES. Publicado no DEJT em 19-07-2013.
NATUREZA JURÍDICA DO VALE-REFEIÇÃO. Existem situações em que a alimentação, nas mais diversas formas em que pode ser concedida, não configura salário-utilidade. Dentre elas, destacam-se: a) comprovação da adesão do empregador ao PAT; b) existência de norma coletiva prevendo o caráter indenizatório da parcela; c) quando não for concedida gratuitamente, ou seja, quando o empregador efetuar descontos mensais no holerite do trabalhador. Isso porque, nessas hipóteses, o fornecimento da alimentação caracteriza condição viabilizadora do desenvolvimento das atividades laborais, e não retribuição pela prestação dos serviços. No caso, os demonstrativos de pagamento comprovam que a reclamada procedia ao desconto de valores a título de "vale refeição", o que desnatura o caráter salarial do fornecimento, já que se torna ausente a gratuidade da prestação. Recurso ordinário da reclamada a que se dá provimento, no particular, para afastar a determinação de integração da parcela à remuneração. TRT-PR-35488-2012-041-09-00-4-ACO-28184-2013 - 7A. TURMA. Relator: BENEDITO XAVIER DA SILVA. Publicado no DEJT em 16-07-2013.
ESTUDO DIRIGIDO 
PAT – PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO DO TRABALHADOR
1. Qual o número mínimo de funcionários que a empresa precisa ter para se filiar ao PAT? 1
2. O que é necessário para a inscrição da empresa no PAT? Preencher o formulário
3. O que é necessário para a manutenção do credenciamento no PAT? nada
4. Qual é a participação do trabalhador no PAT? Comer, podendo ser descontado até 20% do salário.
5. Quais são as modalidades adotadas pelo PAT? Item 3.1 
Empresa mesmo prepara a comida, administração de cozinha de uma outra empresa, ticket alimentação, convenio, marmitas, e cestas de alimentos. 
6. Quais são os encargos sociais incidentes sobre as prestações em in natura fornecidas ao empregado via PAT? Nenhuma, não incide encargo social. 
7. O PAT permite a concessão do benefício em dinheiro? Não. Dinheiro é salario. 
8. Há algum incentivo para a empresa se cadastrar no PAT? Sim pode abater o IR se for lucro real.
9. Em que hipóteses pode ocorrer o cancelamento do PAT? Item 4 
10. Ocorrendo o descredenciamento de uma empresa o que é necessário para ser credenciada novamente? É menos prejuízo não se cadastrar novamente.

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