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UNIVERSIDADE DO MINHO ESCOLA DE ECONOMIA E GESTÃO DEPARTAMENTO DE ECONOMIA CURSO DE LICENCIATURA EM ECONOMIA ANO LECTIVO 2002-2003 1º SEMESTRE CADERNO DE APOIO 1 9 PROGRAMA DETALHADO 9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS GERAIS 9 REGIME DE AVALIAÇÃO 9 TEXTOS DE APOIO PARA O CAPÍTULO I EQUIPA DOCENTE: • LINDA GONÇALVES VEIGA GABINETE 2.36 TELEFONE: 253604568 E-MAIL: linda@eeg.uminho.pt Horário de atendimento: quinta-feira das 15h às 17h • ORLANDO PETIZ PEREIRA GABINETE 2.12 TELEFONE 253605513 E-MAIL: orlandop@eeg.uminho.pt Horário de atendimento: quarta-feira das 11h às 13h ECONOMIA PÚBLICA LINDA GONÇALVES VEIGA ECONOMIA PÚBLICA, 2002/03 ORLANDO PETIZ PEREIRA 1 UNIVERSIDADE DO MINHO ESCOLA DE ECONOMIA E GESTÃO DEPARTAMENTO DE ECONOMIA CURSO DE LICENCIATURA EM ECONOMIA ANO LECTIVO 2002-2003 1º SEMESTRE DOCENTES LINDA GONÇALVES VEIGA ORLANDO PETIZ PEREIRA GABINETE 2.36 2.12 TELEFONE 253604568 253605513 E-MAIL linda@eeg.uminho.pt orlandop@eeg.uminho.pt HORÁRIO DE ATENDIMENTO Quinta-feira das 15h às 17h Quarta-feira das 11h às 13h PROGRAMA DETALHADO I: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ECONOMIA PÚBLICA 1.1. O SECTOR PÚBLICO NUMA ECONOMIA MISTA 1.2. O SECTOR PÚBLICO NUMA PERSPECTIVA HISTÓRICA E INTERNACIONAL 1.3. CAUSAS DO CRESCIMENTO DO SECTOR PÚBLICO II: RAZÕES PARA A INTERVENÇÃO PÚBLICA 2.1. EFICIÊNCIA ECONÓMICA 2.1.1. CONCORRÊNCIA PERFEITA E O ÓPTIMO DE PARETO 2.1.2. TIPOS E INSTRUMENTOS DE INTERVENÇÃO PÚBLICA ECONOMIA PÚBLICA LINDA GONÇALVES VEIGA ECONOMIA PÚBLICA, 2002/03 ORLANDO PETIZ PEREIRA 2 2.1.3. AS FALHAS DO MERCADO 2.1.3.1. CONCORRÊNCIA IMPERFEITA 2.1.3.2. MONOPÓLIOS NATURAIS 2.1.3.3. BENS PÚBLICOS 2.1.3.4. EXTERNALIDADES 2.1.3.5. BENS MISTOS 2.1.3.6. BENS DE MÉRITO VS BENS CONDENÁVEIS 2.1.3.7. RECURSOS DE PROPRIEDADE COMUM 2.2. A EQUIDADE 2.2.1. MEDIDAS DE DESIGUALDADES 2.2.2. CRITÉRIOS REDISTRIBUTIVOS 2.2.3. REDISTRIBUIÇÃO E EFICIÊNCIA 2.3. A ESTABILIZAÇÃO E CRESCIMENTO ECONÓMICO III: PROVISÃO PÚBLICA E DECISÃO COLECTIVA 3.1. O PROBLEMA DA DECISÃO COLECTIVA 3.1.1. REGRAS DE DECISÃO COLECTIVA 3.1.2. TEOREMA DA IMPOSSIBILIDADE DE ARROW 3.2. DIFICULDADES NA REVELAÇÃO DA PROCURA 3.3. DISTORÇÃO FISCAL 3.4. BUROCRACIA 3.5. ELEIÇÕES E GRUPOS DE PRESSÃO 3.6. CICLOS POLÍTICO ECONÓMICOS IV: REGRAS OU PODER DISCRICIONÁRIO 4.1. INCONSISTÊNCIA DINÂMICA DOS PLANOS ÓPTIMOS 4.2. INCERTEZ QUANTO AO MODELO RELEVANTE 4.3. INCERTEZA E CONFLITO REDISTRIBUTIVO 4.4. DISTORÇÕES POLÍTICAS V. ANÁLISE DAS POLÍTICAS DE INTERVENÇÃO PÚBLICA EM PORTUGAL 5.1. GASTOS SOCIAIS 5.1.1. SAÚDE 5.1.2. EDUCAÇÃO 5.1.3. HABITAÇÃO LINDA GONÇALVES VEIGA ECONOMIA PÚBLICA, 2002/03 ORLANDO PETIZ PEREIRA 3 5.2. AJUDAS ECONÓMICAS 5.2.1. PROGRAMAS DE AJUDA ECONÓMICA EM PORTUGAL 5.2.2. O SISTEMA DE PENSÕES DE SEGURANÇA SOCIAL 5.2.3. O SEGURO DE DESEMPREGO 5.2.4. PROGRAMAS DE LUTA CONTRA A POBREZA: O CASO DO RENDIMENTO DE INSERÇÃO SOCIAL 5.3. INTERVENÇÃO MACROECONÓMICA O MATERIAL DE APOIO ÀS AULAS ELABORADO PELOS DOCENTES SERÁ DISPONIBILIZADO NO SEGUINTE ENDEREÇO DA INTERNET: HTTP://WWW.EEG.UMINHO.PT/ECONOMIA/LINDA/ENSINO.HTML REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: ALBI, EMILIO ET AL (2000), ECONOMÍA PÚBLICA I: FUNDAMENTOS PRESUPUESTO Y GASTO- ASPECTOS MACROECONÓMICOS, ARIEL ECONOMÍA, BARCELONA. BARBOSA, ANTÓNIO S. PINTO (1997): ECONOMIA PÚBLICA, MCGRAW-HILL DE PORTUGAL, ALFRAGIDE. CORONA, JUAN, DÍAZ, AMÉLIA (2000), INTRODUCCIÓN A LA HACIENDA PÚBLICA, ARIEL ECONOMÍA, BARCELONA. CULLIS, JOHN E JONES, PHILIP (1998): PUBLIC FINANCE AND PUBLIC CHOICE, 2ª EDIÇÃO, OXFORD UNIVERSITY PRESS, NEW YORK. MUSGRAVE, RICHARD A. E MUSGRAVE, PEGGY B. (1989), PUBLIC FINANCE IN THEORY AND PRACTICE, 5ª ED., MCGRAW-HIL. ROSEN, HARVEY S. (1999), PUBLIC FINANCE, 5ª ED., IRWIN MCGRAW-HILL. STIGLITZ, JOSEPH (2000), ECONOMICS OF THE PUBLIC SECTOR, 3ª ED., W. W. NORTON & COMPANY, NEW YORK. REGIME DE AVALIAÇÃO A avaliação de conhecimentos será efectuada por exame final, sem consulta. A avaliação reger-se-á pelo estabelecido no Regulamento sobre Inscrições, Avaliação e Passagem de Ano (RIAPA) da Universidade do Minho. LINDA GONÇALVES VEIGA ECONOMIA PÚBLICA, 2002/03 ORLANDO PETIZ PEREIRA BIBLIOGRAFIA POR CAPÍTULOS I: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ECONOMIA PÚBLICA 1.1 O SECTOR PÚBLICO NUMA ECONOMIA MISTA 1.2 O SECTOR PÚBLICO NUMA PERSPECTIVA HISTÓRICA E INTERNACIONAL 1.3 CAUSAS DO CRESCIMENTO DO SECTOR PÚBLICO BIBLIOGRAFIA BÁSICA: TEXTO 1: ELEMENTOS DE APOIO ÀS AULAS ELABORADOS PELOS DOCENTES. TEXTO 2: ALBI, EMILIO ET AL (2000), CAP. 1 “EL ESTUDIO DE LA ECONOMÍA PÚBLICA”, PP. 3-12. TEXTO 3: ALBI, EMILIO ET AL (2000), CAP. 6 “GASTO PÚBLICO: EQUIDAD Y EFICIENCIA”, PP. 223-238. LINDA GONÇALVES VEIGA ECONOMIA PÚBLICA, 2002/03 ORLANDO PETIZ LICENCIATURA EM ECONOMIA UNIVERSIDADE DO MINHO 1 EVOLUÇÃO DA DESPESA PÚBLICA (%PIB) 0 10 20 30 40 50 60 70 1870 1913 1920 1937 1960 1980 1990 1996 Projecção 2001 Anos % Média Alemanha EUA R. Unido Suécia Portugal Notas: (1) A média diz respeita aos seguintes países: Austrália, Áustria, Canadá, França, Alemanha, Itália, Irlanda, Japão, Nova Zelândia, Noruega, Suécia, Suíça, UK e EUA. (2) A fonte para os valores referentes à média, Alemanha, EUA, RU e Suécia foi Tanzi e Schuknecht (2000). (3) As fontes para Portugal foram Santos, J. Albano (1984) para 1960 e OCDE Economic Outlook (2000) para os restantes anos. LINDA GONÇALVES VEIGA ECONOMIA PÚBLICA, 2002/03 ORLANDO PETIZ LICENCIATURA EM ECONOMIA UNIVERSIDADE DO MINHO 2 Despesa do Estado em percentagem do PIB (1999) Fonte: OECD in figures 2001. 0 10 20 30 40 50 60 Canadá Japão EUA Alemanha Austria Bélgica Dinamarca Espanha Finlandia França Grécia Holanda Irlanda Itália Noruega Portugal R.U. Suécia LINDA GONÇALVES VEIGA ECONOMIA PÚBLICA, 2002/03 ORLANDO PETIZ LICENCIATURA EM ECONOMIA UNIVERSIDADE DO MINHO 3 GOVERNMENT SECTOR, 1999 General government final consumption expenditure % of GDP Current general government revenue % of GDP Current general government expenditure % of GDP Total Health (1998) Education Social security transfers Net saving of general government % of GDP Net lending of general government % of GDP Government employment % total employment Australia 33.3ª 31.9ª 18.2ª 5.9 4.3 8.0ª 1.4ª 0.8ª - Austria 47.3 47.3 19.8 5.8 6.0 18.6 -0.1 2.1 - Belgium 48.2 48.0 21.4 7.9 4.8 15.7 0.3 -0.7 - Canada 43.4ª 42.5ª 19.9ª6.6 5.4 12.6ª 0.8ª 0.9ª 18 Czech Republic 38.9ª 37.0ª 19.8 6.6 4.5 12.3ª 1.8ª -3.7ª - Denmark 54.9 52.4 25.5 6.8 6.5 17.5 2.5 3.1 - Finland 48.7 46.4 21.5 5.3 6.3 17.9 2.2 1.8 24 France 48.1 48.5 23.7 7.2 5.8 18.4 -0.4 -1.8 - Germany 44.5 44.8 19.0 7.9 4.5 18.9 -0.3 -1.4 13 Greece 50.2 48.3 15.0 4.7 3.5 15.8 1.9 -1.8 - Hungary 29.8ª 29.8ª 21.4 5.2 4.5 13.6ª - - - Iceland 38.2ª 34.3ª 22.1ª 7.0 5.1 6.9ª 3.9ª 0.5ª - Ireland 34.5 29.3 14.0 4.8 4.5 10.2 5.1 1.9 15 Italy 44.9 44.6 18.0 5.6 4.6 17.3 0.2 -1.9 - Japan1 31.6ª 30.0ª 10.2ª 6.0 3.6 14.6ª 1.6ª -10.4ª - Korea 26.1ª 17.1ª 11.0ª 2.3 4.4 3.2ª 8.9ª 1.9ª 4 Luxembourg 45.0 38.0 17.5 5.4 4.2 15.1 7.0 4.4 - Mexico 19.4ª 17.0ª 10.4ª 2.8 4.5 1.4ª 2.4ª 0.8ª - Netherlands 44.2 43.2 23.1 6.0 4.3 12.6 1.0 1.0 - New Zealand1 40.5b 36.4b 14.7b 6.2 6.2 16.1b 4.1b 2.0b - Norway 51.0 43.9 21.2 7.1 6.6 15.5 7.2 4.9 - Poland 41.5ª 39.6ª 15.4 4.2 5.8 17.3ª 2.0ª -2.3ª - Portugal 38.6 38.3 19.8 5.2 5.8 11.7 0.4 -2.0 15 Republic Slovak 53.8ª 56.3ª 21.5ª - - 12.5ª -2.5ª -4.9ª - Spain 37.2 35.9 17.3 5.4 4.7 12.4 1.3 -1.2 16 Sweden 56.9 55.1 26.9 7.0 6.8 18.9 1.9 1.5 - Switzerland1 34.4ª 34.2ª 13.6 7.7 5.4 11.9ª 0.2ª -1.3ª - Turkey1 15.2 2.9 - 9 United Kingdom 39.3 37.8 18.5 5.6 4.2 13.5 1.5 1.3 - United States1 32.8 b 32.7 b 15.2 b 6.1 5.2 12.6 b 0.2 b -0.5 b 15 Notes: - not available. 1. According to the 1968 System of National Accounts (SNA). a. 1998. b. 1997. Sources: OCDE in figures, 2001 LINDA GONÇALVES VEIGA ECONOMIA PÚBLICA, 2002/03 ORLANDO PETIZ LICENCIATURA EM ECONOMIA UNIVERSIDADE DO MINHO 4 EXPLICAÇÕES PARA O CRESCIMENTO DOS GASTOS PÚBLICOS DO LADO DA PROCURA Explicação Conteúdo essencial Autores Lei de Wagner I: reestruturação da sociedade A passagem de uma sociedade tradicional para uma sociedade industrializada complexa deu origem à substituição de actividades privadas por intervenção pública: oferta de bens públicos essenciais, regulação económica, correcção das externalidades e administração dos monopólios naturais. Wagner (1877/90) Bird (1971) Lei de Wagner II: procuras elásticas por bens sociais O crescimento do rendimento real estimula a expansão dos gastos em certos bens cuja procura é elástica em relação ao rendimento: educação, saúde e redistribuição, entre outros. Wagner (1877/90) Bird (1971) Efeitos deslocamento Os gastos crescem descontinuamente devido a convulsões sócias, após as quais o nível de gastos não volta ao seu nível inicial. Peacock e Wiseman (1961) Redistribuição do rendimento Os gastos públicos associados à redistribuição tendem a crescer por duas razões: concorrência entre os partidos por votos num contexto de distribuição desigual e extensão do voto às camadas mais desfavorecidas da população Downs (1957) Romer e Rosenthal (1979) Meltzer e Richard (1981) Grupos de interesse Grupos de pressão organizados pressionam ao aumento de determinadas despesas que favorecem os seus interesses e cujos custos se distribuem a toda a população. Buchanan e Tullock (1962) Cameron (1978) Becker (1983) Ilusão fiscal Os custos de informação, a distribuição temporal dos impostos e a complexidade do sistema fiscal reduzem a percepção do preço a pagar pelos bens públicos. Buchanan e Wagner (1977) Oates (1995) LINDA GONÇALVES VEIGA ECONOMIA PÚBLICA, 2002/03 ORLANDO PETIZ LICENCIATURA EM ECONOMIA UNIVERSIDADE DO MINHO 5 EXPLICAÇÕES PARA O CRESCIMENTO DOS GASTOS PÚBLICOS DO LADO DA OFERTA Explicação Conteúdo essencial Autores Preços relativos e procura inelástica O baixo crescimento da produtividade do sector público acompanhado de aumentos salariais semelhantes aos registados no sector privado estimulam o crescimento dos custos relativos da produção de bens públicos. Quando a procura por estes bens é relativamente inelástica, os gastos públicos tendem a aumentar em termos nominais. Baumol (1967) Beck (1981) Pommerehne e Schneider (1982) Ciclos político económicos A proximidade das eleições pode estimular políticas de gastos contra-ciclicas, especialmente se não existem controlos fortes a estes comportamentos oportunistas. Frey e Schneider (1981) Burocraria I: maximização do orçamento Os burocratas têm preferência por orçamento elevados e tiram partido da assimetria de informação para imporem a sua vontade a legisladores relativamente pouco informados. Niskanen (1971) Romer e Rosenthal (1979) Burocracia II: funcionários públicos como eleitores Os burocratas são eleitores e favorecem medidas que mantenham ou aumentem o peso do sector que os sustenta. Bush e Denzau (1977) Frey e Pommerehne (1982) Cameron (1978) Castles (1982) Ideologia do partido dominante Governos de ideologia de esquerda tendem a aumentar os gastos públicos mais que governos de ideologia de direita. Cameron (1978) Castles (1982) Centralização do poder político A descentralização pode aumentar ou diminuir os gastos. Tarschys (1975) Brennan e Buchanan (1978) Oates (1985) Orçamentos incrementalistas Com frequência os orçamentos são elaborados com base nos valores do ano anterior, sendo apenas questionado o montante do aumento. Wildavsky (1964)
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