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HIPERCORTISOLISMO (SD. DE CUSHING) - Exógeno: condição resultante da exposição prolongada e excessiva de glicocorticoide. - Endógeno: hiperprodução crônica de cortisol. - mais comum em adultos entre 41,4 anos, com predomínio no sexo feminino. • Etiologia: SC ACTH-dependente: - ocorre quando o hipercortisolismo se origina da secreção excessiva de ACTH. - 80-90%: adenoma hipofisario secretor de ACTH. Restante, secreção ectópica de ACTH. Doença de Cushing: microadenoma <10mm hipofisario secretor de ACTH. Inicio: 20 e 40 anos, mulheres, progressão lenta. Sd. do ACTH ectópico: secreção ectópica de ACTH. Mais prevalente sexo masc, entre 40 e 60 anos. Pode se originar de diversos tumores, mas a causa mais comum é carcinoma pulmonar de cel pequenas. Sd. do CRH ectópico: mto rara e difícil de ser diagnosticada. Maioria secundaria a carcinoides brônquicos, carcinoma prostático. SC ACTH-independente: Distúrbios adrenais: distúrbios adrenais primários causados por adenoma, ou menos comum carcinoma produtor de cortisol. - Carcinoma: adrenocorticais (20%).; suspeito quando tumor adrenal for >6cm e/ou cursar com hipercortisolismo associado a hiperandrogenismo; mais comum em mulher, com picos na infância, adolescência e final da vida. - Adenomas: lesões pequenas <3cm e unilaterais; tendem a cursar com hipercortisolismo de inicio mais gradual e menos intensidade; maior frequência em torno dos 35 anos, mais comum em mulheres. - Hiperplasia adrenal micronodular bilateral: doença adrenal nodular pigmentada primaria, pode ocorrer isolada ou associada ao complexo de carney; predomina mulheres; caracterizado por pequenas gland adrenais com múltiplos e pequenos nódulos pigmentados, bilaterais. Produção de cortisol pode ser variável, sendo frequentemente cíclica ou periódica. Acomete indivíduos <30 anos. Presença de lesões cutâneas pigmentadas tipo sardas em face. - Hiperplasia adrenal macronodular primaria: uni ou bilateral, com macronodulos adrenais; acomete mais mulheres, entre 50 e 60 anos. • Aspectos clínicos: Ganho de peso, letargia, fraqueza, irregularidades menstruais, perda da libido, hirsutismo, acne, estrias cutâneas purpuricas, miopatia proximal, disfunção erétil e distúrbios psiquiátricos. • Alterações bioquímicas: 30-40% DM 20-30% toleracia alterada a glicose Dislipidemia (aumento dos TG e LDLc, redução HDLc) • Diagnóstico: Inicio: descartar uso de corticoides. Endógena: confirmar hipercortisolismo e definir a etiologia. Confirmação hipercortisolismo: teste de supressão com dexametasona em baixas doses, dosagem do cortisol salivar ao final da noite e medida do cortisol livre urinário. Teste de supressão com dexametasona: adm 1mg dexametasona as 23h VO, com dosagem do cortisol sérico na manha seguinte as 8h. Valor de CS <1,8 microgramas/dl descarta hipercortisolismo, e valor >5microgramas/dl altamente sugestivo. Dosagem cortisol livre urinário: dosagem do cortisol livre urinário analisando amostra urinaria de 24h. Dosagem cortisol salivar fim da noite: deve ser coletado entre 23h e meia noite. Cortisol salivar >350ng/dl diagnostico bastante provável, mas se for <150ng/dl improvável.
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