Buscar

SLIDES OBRIGAÇÕES PROF LORENA BOENTE

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

FACULDADE MAURICIO DE NASSAU 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM DIREITO 
 
DIREITO DAS OBRIGAÇÕES 
 
Professora: Lorena Boente
E-mail: lorenaboente@yahoo.com.br
1
1
INFORMAÇÕES INICIAIS
OBS: O material de estudo aqui apresentado através de SLIDES e resumos de aula foi elaborado com o objetivo de orientar o aluno no acompanhamento das aulas e entendimento da disciplina Direito das Obrigações.
	No presente material de estudo utiliza-se do conhecimento dos mais renomados autores civilistas, tais como: CARLOS ROBERTO GOLÇALVES; ORLANDO GOMES; RODOLFO PAMPLONA E PABLO STOLZE; FLÁVIO TARTUCE; SÍLVIO VENOSA; SILVIO RODRIGUES; MARIA HELENA DINIZ; PAULO LUIZ NETTO LÔBO, dentre outros.
	*ressalta-se que este material de estudo não deve ser fonte única de estudo, devendo o aluno complementar o estudo do curso direito das obrigações com livros de doutrina e COM a jurisprudência pátria dos tribunais.
2
I UNIDADE
1.DIREITO DAS OBRIGAÇÕES: INTRODUÇÃO
1.1 EVOLUÇÃO HISTÓRICA
3
3
 
 2. DIREITO DAS OBRIGAÇÕES: CONCEITOS, ELEMENTOS E SUJEITOS DA OBRIGAÇÃO
4
2.1 CONCEITO DE OBRIGAÇÃO
Definição da doutrina clássica contemporânea:
Washington De Barros Monteiro - a obrigação é “a relação jurídica, de caráter transitório, estabelecida entre devedor e credor e cujo objeto consiste numa prestação pessoal econômica, prática ou negativa, devida pelo primeiro ao segundo, garantindo-lhe o adimplemento através de seu patrimônio.” 
Pablo Stolze e Rodolfo Pamplona Filho – a obrigação é a “ relação jurídica pessoal por meio da qual uma parte (devedora) fica obrigada a cumprir, espontânea ou coativamente, uma prestação patrimonial em proveito da outra (credor).” 
Cristiano Chaves de Farias e Nelson Rosenvald – “ relação jurídica transitória, estabelecendo vínculos jurídicos entre duas diferentes partes denominadas credor e devedor, respectivamente, cujo objeto é uma prestação pessoal, positiva ou negativa, garantido o cumprimento, sob pena de coerção judicial. 
5
6
6
7
8
9
3. DISTINÇÃO ENTRE DIREITOS OBRIGACIONAIS E DIREITOS REAIS
O DIREITO REAL:
- Os Direitos Reais integram o Direito das Coisas
- Recai sobre a coisa, direta e imediatamente, vinculando-a a seu titular e conferindo-lhe o direito de sequela e o direito de preferência, podendo ser exercido contra todos (erga omnes).
O DIREITO OBRIGACIONAL:
- Os Direitos obrigacionais, pessoais ou de crédito compõem o Direito das Obrigações.
- Confere ao credor o direito de exigir do devedor determinada prestação.
10
Os Direitos Reais DIFEREM dos Direitos Obrigacionais:
a) Quanto ao objeto.
-	Os Direitos Reais incidem sobre uma coisa.
Os Direitos Obrigacionais exigem o cumprimento de determinada prestação.
b) Quanto ao sujeito.
-	No Direito Real, o sujeito passivo é indeterminado.
Nos Direito das Obrigações, o sujeito passivo é determinado ou determinável.
c) Quanto à duração.
-	Os Direitos Reais são perpétuos.
Os Direitos das Obrigações são transitórios.
11
d) Quanto à formação.
-	Os Direitos reais só podem ser criados pela lei.
Os Direitos das Obrigações podem resultar da vontade das partes .
e) Quanto ao exercício.
-	Os Direitos Reais são exercidos diretamente sobre a coisa.
Os Direitos das Obrigações exige uma figura intermediária que é o devedor
f) Quanto à ação.
-	Nos Direitos Reais, a ação pode ser exercida contra quem quer detenha a coisa
-	Nos Direitos das Obrigações, a ação somente é dirigida contra o sujeito passivo.
12
4. OBRIGAÇÕES NATURAIS OU IMPERFEITAS
	OBRIGAÇÕES CIVIS ‡ OBRIGAÇÕES NATURAIS
	OBRIGAÇÃO CIVIL:
é aquela que encontra respaldo no direito positivo, podendo seu cumprimento ser exigido pelo credor, por meio de ação.
- Possui todos os elementos das obrigações, sujeitos (ativo e passivo), objeto e vínculo, ou seja, a obrigação é PERFEITA, EXIGÍVEL.
	
13
OBRIGAÇÃO NATURAL:
-	IMPERFEITA, porque não é exigível.
	O Código Civil Brasileiro refere-se à obrigação natural nos seguintes dispositivos:
 	O art. 882, por exemplo, trata da irrepetibilidade da prestação da 	obrigação natural.
	 	No mesmo sentido, o art. 814, caput trata da dívida de jogo ou aposta.
 O art. 564, III estabelece a irrevogabilidade por ingratidão as 	doações que se fizerem em cumprimento de obrigação natural.
 
 
 
14
Art. 882 do CC/2002:
“Não se pode repetir o que se pagou para solver dívida prescrita, ou cumprir obrigação judicialmente inexigível.”
Art. 814,caput do CC/2002:
	“ As dívidas de jogo ou aposta não obrigam a pagamento; mas não se pode recobrar a quantia, que voluntariamente se pagou, salvo se foi ganha por dolo, ou se o perdente é menor ou interdito.”
Art. 564, III, do CC/2002:
	“ Não se revogam por ingratidão:
	III- as que se fizerem em cumprimento de obrigação natural.”
15
15
OBRIGAÇÃO CIVIL ‡ OBRIGAÇÃO NATURAL
OBRIGAÇÃO CIVIL
16
OBRIGAÇÃO NATURAL
CONSTITUI RELAÇÃO DE FATO (E NÃO DE DIREITO).
17
OBRIGAÇÃO NATURAL
18
OBRIGAÇÃO NATURAL
19
19
5. PRINCÍPIOS DO DIREITO DAS OBRIGAÇÕES
Os princípios assumem um papel de grande importância na atual codificação privada brasileira.
-	Os princípios são regramentos básicos aplicáveis a um determinado instituto jurídico, no caso em questão, ao Direito das Obrigações, e, (aos contratos, como sendo um exemplo deste Direito obrigacional).
-	Os princípios podem estar expressos na norma, mas não necessariamente.
20
São considerados princípios do Direito das Obrigações:
a) PRINCÍPIO DA AUTONOMIA DA VONTADE E DA AUTONOMIA PRIVADA.
	PRINCÍPIO DAAUTONOMIA DA VONTADE – as pessoas têm ampla liberdade de contratar. Têm as partes a faculdade de celebrar ou não contratos, sem qualquer interferência do Estado. Podem celebrar contratos nominados ou fazer combinações, dando origem a contratos inominados.
	obs: Flávio Tartuce filia-se à parcela da doutrina que propõe a substituição do velho e superado PRINCÍPIO DA AUTONOMIA DA VONTADE pelo PRINCÍPIO DA AUTONOMIA PRIVADA.
21
PRINCÍPIO DA AUTONOMIA PRIVADA
	Segundo o autor Flávio Tartuce, conceitua-se o princípio da autonomia privada como:
	“ um regramento básico, de ordem particular – mas influenciado por normas de ordem pública – pelo qual na formação do contrato, além da vontade das partes, entram em cena outros fatores: psicológicos, políticos, econômicos e sociais. Trata-se do direito indeclinável da parte de autorregulamentar os seus interesses, decorrente da dignidade humana, mas que encontra limitações em normas de ordem pública, particularmente nos princípios sociais contratuais.”
22
b) PRINCÍPIO DA FUNÇÃO SOCIAL DOS CONTRATOS
-	Um princípio de ordem pública – art. 2035, parágrafo único do CC/2002 – pelo qual o contrato deve ser, necessariamente, interpretado e visualizado de acordo com o contexto da sociedade.
- art. 421 do CC/2002: “ A liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função social do contrato.”
23
c) PRINCÍPIO DA FORÇA OBRIGATÓRIA DO CONTRATO (pacta sunt servanda)
- “ O contrato é lei entre as partes.”
	Obs: O princípio em questão está mitigado ou relativizado, sobretudo pelos princípios sociais da FUNÇÃO SOCIAL DO CONTRATO e DA BOA-FÉ OBJETIVA.
24
d) PRINCÍPIO DA BOA-FÉ OBJETIVA
-	As partes devem atuar com retidão durante as tratativas, a celebração e a execução dos contratos.
-	A boa-fé objetiva está relacionada com os seguintes deveres anexos:
	- dever de cuidado em relação à outra parte negocial;
	- dever de informar a outra parte sobre o conteúdo do negócio;
	- dever de agir conforme a confiança depositada;
	- dever de lealdade e probidade;
	- dever de colaboração ou cooperação;
	- dever de agir com honestidade;
	- dever de agir conforme a razoabilidade, equidade e a boa razão.
25
e) PRINCÍPIO DA RELATIVIDADE DOS EFEITOS CONTRATUAIS
- Os contratos só afetam as relações jurídicas
das partes, não atingindo terceiros.
26
6.FONTES DAS OBRIGAÇÕES
As obrigações podem surgir da lei ou da vontade entre as partes (contratos, declarações unilaterais de vontade e dos atos ilícitos).
Têm-se como fontes das obrigações:
a) A LEI; 
b) OS ATOS ILÍCITO E ABUSO DE DIREITO;
c) OS ATOS UNILATERAIS;
d) CONTRATOS;
e) OS TÍTULOS DE CRÉDITO.
27
6.1 ESTUDO DOS ATOS UNILATERAIS COMO FONTES DO DIREITO OBRIGACIONAL
O Código Civil consagra expressamente os seguintes atos unilaterais como fontes obrigacionais:
a) PROMESSA DE RECOMPENSA (arts 854 a 860 do CC);
b) GESTÃO DE NEGÓCIOS (arts 861 a 875 do CC);
c) PAGAMENTO INDEVIDO (arts 876 a 883 do CC);
d) ENRIQUECIMENTO SEM CAUSA (arts 884 a 886 do CC).
28
a) PROMESSA DE RECOMPENSA
Enuncia o art 854 do CC/2002 que:
“ aquele que, por anúncios públicos, se comprometer a recompensar, ou gratificar a quem preencha certa condição ou desempenhe certo serviço, contrai obrigação de cumprir o prometido.”
b) GESTÃO DE NEGÓCIOS
-	Há uma atuação sem poderes.
-	Há no caso em questão um quase contrato.
-	O gestor, que age sem mandato, fica diretamente responsável perante o dono do negócio e terceiros com quem contratou. 
-	 O gestor não tem direito a qualquer remuneração pela sua atuação.
29
c) PAGAMENTO INDEVIDO
De acordo com o art 876 do CC/2002:
“ todo aquele que recebeu o que não lhe era devido fica obrigado a restituir, a obrigação que incumbe àquele que recebe dívida condicional antes de cumprir a condição.”
d) ENRIQUECIMENTO SEM CAUSA
	Determina o art 884 do CC/2002 que:
	“ aquele que, sem justa causa, se enriquecer à custa de outrem, será obrigado a restituir o indevidamente auferido, feita a atualização dos valores monetários.”
30
O CC/2002 veda expressamente o enriquecimento sem causa nos seus arts 884 a 886.
Esta inovação importante está baseada no princípio da eticidade, visando ao equilíbrio patrimonial e à pacificação social.
De acordo com o Direito Civil Contemporâneo não se admite qualquer conduta baseada na especulação, no locupletamento sem razão.
Obs : Toda situação em que alguém recebe algo indevido visa ao enriquecimento sem causa.
31
7. CLASSIFICAÇÃO DAS OBRIGAÇÕES
32
33
34
35
36
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
46
47

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais