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RESPOSTAS DO ESTUDO DIRIGIDO DE EPIDEMIOLOGIA

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RESPOSTAS DO ESTUDO DIRIGIDO DE EPIDEMIOLOGIA 
1)Indicadores epidemiológicos
Este assunto ainda será explicado em sala de aula oportunamente
2) Definições de Epidemiologia
“O estudo da distribuição e determinantes dos estados e eventos relacionados à saúde em populações e a aplicação desse estudo no controle de problemas de saúde”
“A Epidemiologia estuda a ocorrência de doenças em populações, suas causas determinantes, e as medidas profiláticas para o seu controle ou erradicação.”
“Ciência que estuda o processo saúde-doença na sociedade, analisando a distribuição populacional e os fatores determinantes do risco de doenças, agravos e eventos associados à saúde, propondo medidas específicas de prevenção, controle ou erradicação de enfermidades, danos ou problemas de saúde e de proteção, promoção ou recuperação da saúde individual e coletiva, produzindo informação e conhecimento para apoiar a tomada de decisão no planejamento, na administração e na avaliação de sistemas, programas, serviços e ações de saúde.”
“Estudo da distribuição e determinantes de estados ou eventos ligados à saúde (incluindo doença), e a aplicação desse estudo para o controle de doenças e outros problemas de saúde”
3) Compreensão de Saúde e Doença no viés Epidemiológico
	Processo saúde-doença
Conceito de saúde:
OMS (1992): Define saúde como “O completo estado de bem-estar físico, mental e social, e não simplesmente a ausência de enfermidade”. Tal conceito tem uma profunda relação com o desenvolvimento e expressa a associação entre qualidade de vida e saúde da população.
Doença: É qualquer perturbação ou anormalidade observada no funcionamento orgânico do indivíduo ou no seu comportamento, quer no seu aspecto intelectual, quer do ponto de vista moral e social, de tal forma que lhe afete notavelmente aquele estado de bem-estar geral sugestivo de saúde
Em Medicina Veterinária, o conceito de Saúde Animal é um processo resultante de complexas interações entre a exploração animal e o meio ambiente natural e econômico-social. Isso na busca por alcançar em forma sustentável, altos índices de produtividade e de acesso aos mercados, aceitáveis para a sociedade e compatíveis com as exigências do mercado. A capacidade de atingir estes padrões é a Saúde Animal, como tal um processo em permanente equilíbrio.
4) O que é vigilancia sanitária e vigilancia epidemiológica ?
	Saúde pública veterinária de acordo com a Organização Mundial de Saúde, é a soma de todas as contribuições para o completo desenvolvimento físico, mental e bem-estar social do homem. O médico veterinário contribui para a saúde pública, atuando na prestação de serviços de saúde e cuidados aos animais de estimação, na proteção do bem-estar animal, na investigação biomédica e segurança alimentar (1), contribuindo para proteção e promoção da saúde humana. Sob o ponto de vista econômico, sua participação é também relevante pelo impacto das zoonoses tanto sobre a saúde humana quanto animal. As ações em saúde refletem os interesses comuns e indicam oportunidades de interações desejáveis entre a medicina veterinária e humana.
	O termo “Vigilância” surgiu no contexto da saúde publica no final de século XIX, com o desenvolvimento da microbiologia e de saberes sobre a transmissão das doenças infecciosas, e está historicamente relacionado aos conceitos de saúde e doença vigentes em cada época e lugar, às práticas de atenção aos enfermos e aos mecanismos adotados para impedir a disseminação das doenças.
	Evolução do conceito de vigilância em saúde “O estudo epidemiológico de uma enfermidade, considerada como um processo dinâmico que abrange a ecologia dos agentes infecciosos, o hospedeiro, os reservatórios e vetores, assim como os complexos mecanismos que intervêm na propagação da infecção e a extensão com que essa disseminação ocorre” (Raska, 1966).
	“Entende-se por vigilância epidemiológica um conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos” (Lei 8080, 1990)
	Entende-se por vigilância sanitária um conjunto de ações capaz de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde, abrangendo: I. o controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente, se relacionem com a saúde, compreendidas todas as etapas e processos, da produção ao consumo; e II. o controle da prestação de serviços que se relacionam direta ou indiretamente com a saúde.” (Lei 8080, 1990).
	Os sistemas de vigilância em saúde são medidas importantes na promoção da saúde coletiva. As abordagens a respeito das zoonoses devem ser por meio de programas de vigilância que incluam os animais domésticos e selvagens, assim como a população humana, isso permite conduzir medidas eficazes de controle, além disso, médicos e veterinários são profissionais que devem interagir e desempenhar o papel de reconhecer, relatar focos e manter a comunicação entre as classes dos profissionais de saúde, ampliando, por conseguinte os conhecimentos sobre hospedeiro e agentes infecciosos com potencial zoonótico (3). De acordo com King & Knabbaz (7) ações e respostas efetivas para os problemas de saúde pública que envolvem a inter-relação homem-animal-ambiente e a existência de infecções transmitidas pelos animais, insetos, água e alimentos, bem como as doenças resultantes de toxinas, e o uso indiscriminado de antibióticos, exigem uma forte ligação entre a saúde humana e animal, entre clínicos, pesquisadores, laboratoristas e demais servidores da área de saúde pública.
	Vigilancia epidemiológica As primeiras intervenções estatais no campo da prevenção e controle de doenças, desenvolvidas sob bases científicas são do início do século XX, e consistiram na organização de grandes campanhas sanitárias com vistas ao controle de epidemias que comprometiam a atividade econômica, como a febre amarela, peste e varíola (25). Passou a ser aplicada ao controle das doenças transmissíveis na década de 50, para designar uma série de atividades subseqüentes à etapa de ataque da campanha de erradicação da malária. Originalmente, significava “a observação sistemática e ativa de casos suspeitos ou confirmados de doenças transmissíveis e de seus contatos”. Tratava-se, portanto, da vigilância de pessoas, com base em medidas de isolamento ou quarentena, aplicadas individualmente e não de forma coletiva.
A Vigilância Epidemiológica é definida como um conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos” (Lei 8.080/90)
5) Importância do médico veterinário na Epidemiologia
O papel e a importância do Médico Veterinário na Saúde Pública
06/Jun/2011
O termo Saúde Pública pode gerar muitas discussões quanto à sua definição estando associado de modo equivalente a denominações como "Saúde Coletiva", "Medicina Social / Preventiva / Comunitária", "Higienismo", “Sanitarismo". Em geral, a conotação veiculada pela instância da "Saúde Pública" costuma se referir a formas de agenciamento político/governamental (programas, serviços, instituições) no sentido de dirigir intervenções voltadas às denominadas "necessidades sociais de saúde" (PAIM, 1980). Desta forma, a Saúde Pública pode ser considerada como um domínio genérico de práticas e conhecimentos organizados institucionalmente em uma dada sociedade, dirigidos a um ideal de bem-estar das populações (em termos de ações e medidas que evitem, reduzam e/ou minimizem agravos à saúde, assegurando condições para a manutenção e sustentação da vida) (SABROZA, 1994).
No Brasil, a História da Saúde Públicanos revela a pouca importância que vários governos tiveram em relação à mesma. Somente na década de 50, no então governo Getúlio Vargas, é que houve a criação do Ministério da Saúde e no final da década de 80, a criação do Sistema Único de Saúde (SUS), após o término da ditadura militar e abertura democrática do Estado. Desta forma, o SUS que está vigente no Brasil até o momento, é considerado na sua concepção teórica e magnitude como um dos sistemas de saúde pública mais completo do mundo, contemplando seus usuários com simples imunizações, realizadas em Unidades Básicas de Saúde (UBS), até transplantes de órgãos/tecidos, realizados em hospitais de alta complexidade públicos e/ou privados, servindo de modelo para outros países. Porém, na prática apresenta dificuldades em sua aplicabilidade por inúmeras razões que podem ser originárias dos campos político, econômico, social, cultural e educacional.
Com a criação do Sistema Único de Saúde (SUS) por intermédio da Constituição Federal de 1988 e sua conseqüente regulamentação pela Lei Orgânica da Saúde (Lei 8.080/90) no início da década 90, houve a descentralização das ações de saúde pública como um todo com a conseqüente municipalização da Vigilância Sanitária, Vigilância Epidemiológica e Ambiental. Desta maneira os municípios passaram a assumir as atividades anteriormente desenvolvidas pelo estado. Aqueles que não possuíam profissionais no quadro se obrigaram a adquiri-los seja por meio de concursos ou contratos, nesse momento houve um incremento bastante expressivo na contratação de profissionais Médicos Veterinários. Desta forma, o Artigo 200 (da Constituição Federal de 1988) e o 6° (da Lei Orgânica Saúde 8080 de 1990) destacam as ações da Saúde Pública, entre elas a Vigilância Sanitária (VISA) e a Vigilância Epidemiológica, as quais o Médico Veterinário pode desempenhar por sua formação profissional. Seguem Artigos abaixo:
Pelas definições mencionadas na legislação torna-se difícil separar as ações da vigilância sanitária, epidemiológica, ambiental e da saúde do trabalhador, pois trata-se de um mesmo grupo de ações inter-relacionadas, visando à promoção, prevenção e controle dos riscos e agravos à saúde. Vários modelos técnico-organizacionais da medicina preventiva englobam todas estas ações mencionadas anteriormente como Vigilância em Saúde.
A Medicina Veterinária com os seus saberes tem um alcance em todas estas áreas, pois o homem faz parte de um ecossistema onde vivem os animais e em constante relação com estes, sendo agente passivo e ativo, réu ou vítima, na transmissão de agravos e doenças. É neste ambiente em que o homem busca sua alimentação, cria animais, produz, transforma e consome alimentos, bens e serviços e onde está exposto a todo tipo de riscos à saúde decorrente, por diversas vezes da sua ação antrópica ou, da relação que tem com o meio em que vive. Tudo isto faz com que o papel do Médico Veterinário seja importante na sociedade e na ciência (RAMOS, 2008).
Desta forma, as ações do Médico Veterinário na Saúde Pública podem ser desenvolvidas em diversas áreas, tais como:
- fiscalização de estabelecimentos de interesse a saúde de bens de consumo: indústria, distribuição/comércio e consumo de alimentos tais como, cozinhas industriais, hipermercados, supermercados, refeitórios, açougues, abatedouros de animais (SIM, SIP e SIF), bares, lanchonetes, ambulantes, e congêneres;
- fiscalização de estabelecimentos de interesse a saúde – serviços: seja nas relacionadas a atividades veterinárias (hospitais, clínicas, consultórios, laboratórios de análises clinicas e de biotecnologia, estabelecimentos de diagnóstico por imagem, cemitérios, drogarias veterinárias, pet-shops e outras formas de comércio animal, no uso e prescrição de medicamentos sob controle especial), como em outras atividades não veterinárias (hospitais, controladoras de pragas, saneantes domissanitários, farmácias e drogarias, da indústria de correlatos e cosméticos, de saneamento ambiental);
- fiscalização zoosanitária em imóveis comerciais ou residenciais, atendendo às denúncias de maus tratos aos animais e de irregularidades no saneamento ambiental;
- manejo da fauna sinantrópica (incluindo o controle integrado de vetores e roedores e o manejo populacional de cães e gatos);
- fiscalização da implantação do plano de gerenciamento de resíduos de serviços de saúde,animal ou humana, para os resíduos de origem biológico, da destinação de cadáveres e carcaças, dos produtos químicos, físicos ou inertes;
- ação integrada com a vigilância epidemiológica em surtos alimentares e outros agravos, transmissíveis ou não, no controle de zoonoses emergentes e re-emergentes, nas campanhas de imunização;
- desenvolvimento e execução de programas zoosanitários, junto às Unidades de Saúde e nas comunidades;
- participação no Controle Social do SUS – através da sua inserção junto aos Conselhos de Saúde e Conferências de Saúde em todas as esferas (local, distrital, municipal, estadual e nacional).
O Médico Veterinário atuante na área Saúde Pública, quando passa a ocupar um cargo de gestão, pode contribuir de forma significativa para a consolidação do SUS, através de sua participação ativa em:
- Comissões Intergestores Bi (CIB) e Tripartite (CIT);
- Secretarias de Saúde, coordenando atividades de Vigilância em Saúde e de Centros de Controle de Zoonoses;
- diversos níveis do controle social do SUS;
- discussão e elaboração de políticas públicas de saúde (controle e prevenção de enfermidades, como: raiva, leptospirose, toxoplasmose, leishmaniose, tuberculose, dengue, influenza aviária, entre outras);
- discussão e elaboração de leis, normas, regulamentos de interesse à saúde humana e ambiental;
- política de resíduos de serviços de saúde;
- comissões técnicas específicas referentes à saúde humana, animal e meio ambiente (podendo servir de elo entre os diferentes serviços públicos que direta ou indiretamente contribuem para a Saúde Pública);
- implantação e aprimoramento técnico-científico de projetos e programas na área de saúde humana e animal, visando à prevenção, promoção e recuperação da saúde;
Tendo em vista todas as ações que o Médico Veterinário desempenha na Saúde Pública, torna-se imprescindível a inserção deste junto aos Núcleos de Apoio à Saúde da Família – NASF, que faz parte da Atenção Primária à Saúde, um dos pilares do SUS.
Desta forma, o profissional Médico Veterinário deve estar apto a trabalhar em equipes multidisciplinares, com diferentes saberes e atuar intersetorialmente, com diversos níveis, intra e extra-institucionais, e com a sociedade civil organizada.
A importância do profissional Médico Veterinário tem que ser mostrada à população, pois ela normalmente o vê somente como Clínico, principalmente na área urbana. Comumente o profissional que atua diretamente numa das diversas áreas dentro da saúde pública é inquirido do porquê estar atuando em Vigilância Sanitária de Alimentos, por exemplo. Como podemos atribuir culpa a população pela desinformação se até mesmo os gestores públicos dos três níveis de governo (municipal, estadual e federal), muitas das vezes, desconhecem o papel do Médico Veterinário na Saúde Pública? O reconhecimento deste profissional como ator nesta importante área social é de todos (Sistema CFMV, CRMVs, Sociedades, Federações, Associações, comunidade e também dos profissionais em seus trabalhos diários, inclusive participando do controle social da saúde nos conselhos de saúde nas diferentes esferas: municipais, estaduais e federal).
Trabalhos educativos e informativos a respeito da atuação do Médico Veterinário na área de Saúde Pública são de suma importância para a divulgação da inserção deste profissional nesta área, principalmente para gestores públicos (Governantes e Secretários de Saúde, Agricultura e Meio Ambiente). Além disso, trabalhos desta natureza junto aos Conselhos de Saúde, Meio Ambiente e Agricultura das diversas esferas, são importantes para que os conselheiros ajudassem na divulgação das ações desenvolvidaspelo Médico Veterinário, direta ou indiretamente na Saúde Pública, em todos os segmentos da sociedade civil organizada e para a população como um todo.
Importante ressaltar que durante o período de formação dos profissionais Médicos Veterinários não é dada a devida importância para a área de Saúde Pública, que pode ser constatada dentro das grades curriculares apresentadas por diferentes cursos de graduação de diferentes instituições de ensino superior do nosso país. Além disso, as disciplinas ofertadas apresentam conteúdos de forma fragmentada não permitindo que haja uma interação/consolidação dos mesmos para uma formação adequada na área. Desta forma fica notório que a própria classe acaba tendo uma formação acadêmica fragmentada e por conseqüência deficitária que não permite compreender o vasto campo de atuação que o Médico Veterinário possui dentro da Saúde Pública.
A formação do Médico Veterinário está muito focada na clínica (principalmente de pequenos animais) ou na produção animal (de acordo com o perfil regional) de forma bastante técnica e pouco articulada com as demais disciplinas que compõe o currículo básico de formação do Médico Veterinário. Desta forma, as grades curriculares da grande maioria dos cursos de graduação de Medicina Veterinária do nosso país concentram esforços em direcionar a maior carga horária para disciplinas relacionadas a estas duas áreas clássicas de atuação do Médico Veterinário. Além disso, a maior parte dos cursos de graduação não disponibiliza disciplinas de estágios curriculares obrigatórios específicas na área de Saúde Pública, dificultando, ainda mais, a criação da cultura da saúde pública como uma importante área de atuação do Médico Veterinário dentro dos próprios cursos de graduação. Este entendimento deve ser trabalhado inclusive entre os profissionais formados (principalmente com aqueles que atuam em clínicas e produção animal) reforçando a importância desse profissional como agente de saúde junto à sociedade.
Este quadro poderia ser alterado através de uma maior articulação e interação entre as disciplinas dos cursos de graduação, pois muitos aspectos da Saúde Pública estão inseridos tanto nas disciplinas de produção quanto nas de clínicas. Além disso, fazer um trabalho de base junto aos coordenadores de cursos de graduação e docentes de forma que os projetos político-pedagógicos dos cursos de Medicina Veterinária pudessem formar o Médico Veterinário generalista contemplando tanto os aspectos das Ciências Agrárias quanto das Ciências da Saúde. Desta forma, se constata a necessidade de inserção nas ementas das disciplinas (tanto nas específicas da área da saúde, quanto nas demais) sobre legislações vigentes, regulamentos e políticas públicas na área de saúde, visando o interesse dos acadêmicos para esta área de atuação profissional.
Geralmente, os acadêmicos de Medicina Veterinária direcionam sua formação para a área clínica, e quando saem para o mercado de trabalho se deparam com a realidade de que existe a possibilidade de atuarem em funções dentro de Serviços de Saúde. Neste momento, percebem que não estão preparados para atuarem nos cargos pretendidos.
No ano de 2004 a ANVISA (Agência Nacional e Vigilância Sanitária), realizou um censo no país para ter uma idéia de quantos profissionais atuavam na área de saúde. Foram constatados que havia 32 mil profissionais da área da saúde atuando, assim distribuídos:
• 10 mil eram de nível superior (destes 2,5 mil eram Médicos Veterinários);
• 22 mil eram de nível médio;
Dos 32 mil a nível nacional, 16 mil trabalhavam com Vigilância Sanitária de Alimentos, 8 mil com Saúde do Trabalhador e 11 mil com Controle de Vetores e Zoonoses.
No Paraná havia 626 profissionais de nível superior sendo que 266 eram Médicos Veterinários correspondendo a 42% do total.
Frente ao exposto podemos perceber que existe um mercado de trabalho promissor dentro dos serviços de Saúde Pública para o Médico Veterinário nos órgãos públicos das diferentes esferas de governo. Desta forma, é fundamental que os profissionais tenham uma formação holística afinada com as Ciências da Saúde que possibilite sua inserção no mercado de trabalho, interagindo com a sociedade e correspondendo com as expectativas da mesma.
O Médico Veterinário, entre os profissionais da área da saúde (dos 14 existentes – ver Quadro 1, anexo), é o profissional que por sua formação teórica e prática possui capacidade de garantir a qualidade dos produtos, desde a produção da matéria-prima no campo até a mesa do consumidor final. Sob o ponto de vista da interação homem-animal, o Médico Veterinário além de garantir a segurança e qualidade alimentar, prevê o bem-estar dos animais, respeitando a hierarquia e direito de cada um dentro do meio em que vivemos.
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-80342007000100002&lng=en&nrm=iso
6) Objetivos da Epidemiologia
O objetivo da epidemiologia são as relações de ocorrência de saúde-doença em massa, envolvendo um número expressivo de seres humanos, agregados em sociedades.
Estuda:
o meio no qual se desenvolve a doença;
 o mecanismo de transmissão das doenças;
o risco de que surjam novos casos;
as medidas preventivas necessárias para o controle da doença
	Em relação à Epidemiologia Veterinária os objetivos são voltados adar condições de proceder o manejo higiênico-sanitário, para manter a saúde dos homens e animais, proporcionar criações saudáveis e zootecnicamente econômicas, atenção quanto ao manejo e fatores ambientais, no que tange a reprodução animal, na produção, no crescimento e doenças; reduzir o número de patógenos ambientais. -Aplicação da Epidemiologia: 
-Informações sobre a situação de saúde da população;
-Determinação das freqüências;
-Estudo da distribuição dos eventos;
-Diagnóstico dos problemas de saúde
-Investigação sobre os fatores que influenciam;
-Avaliar o impacto das ações propostas para alterar a situação;
Nível Coletivo:
-Planejamento em saúde
Nível individual:
-Fundamentar decisões e condutas
-Diagnóstico clínico
- Prescrições
-Objetivos Específicos:
-Identificar o agente causal ou fatores relacionados à causa dos agravos à saúde;
-Entender a causa dos agravos à saúde;
-Definir os modos de transmissão;
-Definir e determinar os fatores contribuintes aos agravos à saúde;
-Identificar e explicar os padrões de distribuição geográfica das doenças;
-Estabelecer os métodos e estratégias de controle dos agravos à saúde;
-Estabelecer medidas preventivas;
-Auxiliar o planejamento e desenvolvimento de serviços de saúde;
-Prover dados para a administração e avaliação de serviços de saúde
-Determinar a evolução da enfermidade no tempo e no espaço;
-Quantificar a contribuição dos determinantes (fatores associados) da enfermidade na apresentação e disseminação da mesma;
-Responder a questões de causalidade de enfermidade e/ou determinar os grupos de animais com alto risco de enfermidade;
 -Proporcionar os elementos essenciais de atuação aplicáveis, com alternativas para lutar contra a enfermidade e preveni-la através da avaliação epidemiológica e econômica de sua possível efetividade.
 7) Exemplo de doenças infecciosas estudada pela Epidemiologia (por sua importância zoonótica)
Tuberculose, Brucelose, Cisticercose, Febre Aftosa, Cisticercose, Hidatidose, Criptococose, Esporotricose, Raiva, Mormo, Hantavirus, Leptospirose, Listeriose, Salmonelose, Doença de chagas, Carbúnculo Hemático, Leishmnaniose, Doenças transmitidas por mircrorganismos nos alimentos, toxinfecções alimentares, doenças transmitidas por carrapato, Giardíase,etc
8) Aspectos não infecciosos estudados em Epidemiologia Veterinaria
Metais pesados, Dioxinas, agrotóxicos
9) Compreensão do Modelo Biomédico e do Modelo Processual( História Natural da Doença compreensão dos aspectos pré patógenicos e patogênicos) e da aplicação das medidas preventivas 
Modelo Biomédico
O conceito de doença abordado a partir de duas perspectivas:
Patologia – Valoriza o mecanismo causadordas doenças.
Infecciosas;
Não-infecciosas.
Clínica Médica – Privilegia uma abordagem terapêutica de sinais e sintomas.
Crônicas;
Agudas
Doenças Infecciosas:
Doença do homem ou dos animais que resulta de uma infecção (OPS/OMS, 1992),
Patógeno – O agente etiológico é um ser vivo;
Infecção – Penetração e desenvolvimento ou multiplicação de um patógeno no organismo;
Doença Transmissível – causada por agente infeccioso específico que se manifesta pela transmissão de uma pessoa ou animal infectados ou de um reservatório a um hospedeiro suscetível (OPS, 1983);
Doença Contagiosa – causada através de contato direto com os indivíduos infectados.
Doenças Infecciosas - Propriedades:
Infectividade – Capacidade de penetrar e se desenvolver ou se multiplicar no novo hospedeiro;
Patogenicidade – Uma vez instalado no organismo, produz sintomas em maior ou menor proporção;
Virulência – Produz casos graves ou fatais;
Imunogenicidade – Induz a imunidade no hospedeiro.
Doenças Não-infecciosas:
Não se relaciona a invasão do organismo por outros seres vivos parasitados;
Agentes etiológicos de natureza inanimada. Ex.: radiações, poluentes químicos do ar, álcool, fumo, drogas, etc.;
Maioria Crônicas;
Acidentes, envenenamentos, mortes violentas, etc.;
Suscetibilidade implica em geral uma gradação;
Período de latência para doenças não-infecciosas crônicas é em geral bastante longo.
Modelo Processual
História Natural das Doenças (HND)– Conjunto de processos interativos que criam estímulo patológico no meio ambiente, passando pela resposta do homem ao estímulo, até as alterações que levam a um defeito, invalidez, recuperação ou morte (Leavell & Clark, 1976).
O modelo biomédico descreve a cadeia epidemiológica das doenças evidenciando as características do agente patogênico, do hospedeiro suscetível e do ambiente, descrevendo também as formas de transmissão das enfermidades. A principal crítica a esse modelo é que ele engloba apenas a dimensão individual e não trata a doença do ponto de vista social, não relacionando os fatores sociais e não notando as inter-relações entre saúde e condições de vida.
O segundo modelo, o processual, denominado de História Natural das Doenças, foi desenvolvido por Leavell e Clark (1976) e se propunha criticar a teoria monocausal oriunda da bacteriologia. É particularmente útil para estudar a evolução clínica de um agravo, servindo como base para a propor medidas preventivas. Os autores designaram de História Natural das Doenças ao conjunto de processos interativos que cria o estímulo patológico no meio ambiente, ou em qualquer outro lugar, passando pela resposta do indivíduo ao estímulo até as alterações que levam à recuperação, deficiência, invalidez, ou morte. O modelo processual permite o entendimento, além de enfermidades infecciosas, de processos e mecanismos de doenças crônicas não transmissíveis.
Segundo Nunes (2000) este modelo explicativo tornou-se mais dinâmico e abrangente do que o anterior, ao serem incorporados princípios da ecologia e a idéia de multicausalidade. O autor aponta as críticas feitas à História Natural das Doenças, salientando que mesmo se buscando neste modelo compreensivo uma contextualização envolvendo o âmbito social, econômico e cultural, não se conseguiu alcançar um dimensionamento específico do social, já que fatores dessa natureza não aparecem como um mecanismo explicativo.
10) Conceitos fundamentais em Epidemiologia ( A MAIORIA DESTES CONCEITOS JÁ FORAM COMENTADOS, MAS SERÃO REPASSADOS OPORTUNAMENTE)
Endemia: É a presença contínua de uma enfermidade ou de um agente infeccioso dentro de uma zona geográfica determinada; pode também expressar a prevalência usual de uma doença particular numa zona geográfica. O termo hiperendemia significa a transmissão intensa e persistente e holoendemia, um nível elevado de infecção que começa a partir de uma idade precoce e afeta a maior parte da população, como, por exemplo, a malária em algumas regiões do globo.
Endotoxina: Toxina encontrada no interior da célula bacteriana, mas não em filtrados livres de célula de bactéria intata. As endotoxinas são liberadas pela bactéria quando sua célula se rompe.
Enzootia: Presença constante ou prevalência usual da doença ou agente infeccioso na população animal de uma dada área geográfica.
Epidemia: É a manifestação, em uma coletividade ou região, de um grupo de casos de alguma enfermidade que excede claramente a incidência prevista. O número de casos que indica a existência de uma epidemia varia com o agente infeccioso, o tamanho e as características da população exposta, sua experiência prévia ou falta de exposição à enfermidade e o local e a época do ano em que ocorre. Por decorrência, a epidemicidade guarda relação com a freqüência comum da enfermidade na mesma região, na população especificada e na mesma estação do ano. O aparecimento de um único caso de doença transmissível que durante um lapso de tempo prolongado não havia afetado uma população ou que invade pela primeira vez uma região requer notificação imediata e uma completa investigação de campo; dois casos dessa doença associados no tempo ou no espaço podem ser evidência suficiente de uma epidemia.
Epidemia por fonte comum (sinônimos: epidemia maciça ou epidemia por veículo comum): Epidemia em que aparecem muitos casos clínicos dentro de um intervalo de tempo igual ao período de incubação clínica da doença, o que sugere a exposição simultânea (ou quase simultânea) de muitas pessoas ao agente etiológico. O exemplo típico é o das epidemias de origem hídrica.
Epidemia progressiva (sinônimo: epidemia por fonte propagada): Epidemia na qual as infecções são transmitidas de pessoa a pessoa ou de animal a animal, de modo que os casos identificados não podem ser atribuídos a agentes transmitidos a partir de uma única fonte.
Epidemiologia: Estudo da distribuição e dos determinantes da saúde e da doença em populações e sua aplicação para a prevenção e o controle das doenças e problemas de saúde.
Epidemiologia analítica: Aspecto da epidemiologia voltada à busca de causas e efeitos relacionados à saúde. Usa grupos de comparações, provendo bases de dados com o objetivo de quantificar associações entre exposições e efeitos, assim como para testar hipóteses a respeito de relações causais.
Epizootia: Ocorrência de casos de natureza similar em população animal de uma área geográfica particular que se apresenta claramente em excesso em relação à incidência normal.
Grupo de risco: Conjunto das pessoas que têm, em comum, excesso de risco, ou seja, exposição ao fator de risco além do grau a partir do qual pode ocorrer a doença.
Grupo exposto: Grupo de indivíduos com contato com determinado fator relacionado ao agravo à saúde que está sendo focalizado.
Hipótese: Conjecturas com as quais se procura explicar, por tentativa, fenômenos ocorridos ou ocorrentes. Serão científicas à medida que responderem a problemas colocados cientificamente, e mais: se afirmarem relações entre variáveis e se forem abertas à refutação.
História natutural da doença: Descrição que inclui características das fontes de infecção, distribuição da doença segundo os atributos das pessoas, tempo e espaço, distribuição e características ecológicas do(s) reservatório(s) do agente; mecanismos de transmissão e efeitos da doença sobre o homem.
Hospedeiro: Organismo simples ou complexo, inclusive o homem, que é capaz de ser infectado por um agente específico.
Imunidade: Resistência usualmente associada à presença de anticorpos que têm o efeito de inibir microrganismos específicos ou suas toxinas responsáveis por doenças infecciosas particulares.
Imunidade ativa: Imunidade adquirida naturalmente pela infecção, com ou sem manifestações clínicas, ou artificialmente pela inoculação de frações ou produtos de agentes infecciosos ou do próprio agente morto, modificado ou de uma forma variante.
Imunidade de rebanho (sinônimo de imunidade coletiva): Resistência de um grupo ou população à introdução e disseminaçãode um agente infeccioso. Essa resistência é baseada na elevada proporção de indivíduos imunes entre os membros desse grupo ou população e na uniforme distribuição desses indivíduos imunes.
Imunidade passiva: Imunidade adquirida naturalmente da mãe ou artificialmente pela inoculação de anticorpos protetores específicos (soro imune de convalescentes ou imunoglobulina sérica). A imunidade passiva é pouco duradoura.
Imunodeficiência: Ausência de capacidade para produzir anticorpos em resposta a um antígeno.
Imunoglobulina: Solução estéril de globulinas que contém os anticorpos normalmente presentes no sangue do adulto.
Imonoprofilaxia: Prevenção da doença através da imunidade conferida pela administração de vacinas ou soros a uma pessoa ou animal.
Incidência: Número de casos novos de uma doença ocorridos em uma particular população durante um período específico.
Infecção: Penetração, alojamento e, em geral, multiplicação de um agente etiológico animado no organismo de um hospedeiro, produzindo danos a este, com ou sem aparecimento de sintomas clinicamente reconhecíveis. Em essência, a infecção é uma competição vital entre um agente etiológico animado (parasita sensu lato) e um hospedeiro; é, portanto, uma luta pela sobrevivência entre dois seres vivos, que visam à manutenção de sua espécie. 
Infecção aparente (doença): Infecção que se desenvolve acompanhada de sinais e sintomas clínicos.
Inflamação: Resposta normal do tecido à agressão celular por material estranho; caracteriza-se pela dilatação
Infecção hospitalar: Infecção que se desenvolve em um paciente hospitalizado, ou atendido em outro serviço de assistência, que não padecia nem estava incubando no momento da hospitalização. Pode manifestar-se também como efeito residual de uma infecção adquirida durante hospitalização anterior ou, ainda, manifestar-se somente após a alta hospitalar. Abrange igualmente as infecções adquiridas no ambiente hospitalar, acometendo visitantes ou sua própria equipe.
Infecção inaparente: Infecção que cursa na ausência de sinais e sintomas clínicos perceptíveis.
Infectividade: Capacidade do agente etiológico de se alojar e multiplicar no corpo do hospedeiro.
Infestação: Entende-se por infestação de pessoas ou animais o alojamento, desenvolvimento e reprodução de artrópodes na superfície do corpo ou nas roupas. Os objetos ou locais infestados são os que albergam ou servem de alojamento a animais, especialmente artrópodes e roedores.
Pandemia: Epidemia de uma doença que afeta pessoas em muitos países e continentes.
Parasita: Organismo, geralmente microrganismo, cuja existência se dá a expensas de um hospedeiro. O parasita não é obrigatoriamente nocivo ao seu hospedeiro. Existem parasitas obrigatórios e facultativos; os primeiros sobrevivem somente na forma parasitária e os últimos podem ter uma existência independente.
de capilares e mobilização de defesas celulares (leucócitos e fagócitos).
Mortalidade - Variável característica das comunidades de seres vivos, refere-se ao conjunto dos indivíduos que morreram num dado intervalo de tempo.
Coeficiente de mortalidade - Relação entre a freqüência absoluta de óbitos e o número dos expostos ao risco de morrer. Pode ser geral, quando inclui todos os óbitos e toda a população da área em estudo, e pode ser específico por idade, sexo, ocupação, causa, etc... 
Letalidade - Entende-se como o maior ou menor poder que uma doença tem de provocar a morte das pessoas.Obtém-se a letalidade calculando-se a relação entre o número de óbitos resultantes de determinada causa e o número de pessoas que foram realmente acometidas pela doença, com o resultado expresso em percentual. A letalidade da escabiose é nula, e a da raiva é de 100%, havendo uma extensa gama de porções intermediárias entre esses extremos. 
Coeficiente de letalidade - Coeficiente resultante da relação entre o número de óbitos decorrentes de determinada causa e o número de pessoas que foram realmente acometidas pela doença, expressando-se sempre em percentual. È um indicador útil para avaliar a virulência de um determinado bioagente. 
Morbidade – Variável característica das comunidades de seres vivos, refere-se ao conjunto dos indivíduos que adquiriram doenças num dado intervalo de tempo. Denota-se morbidade ao comportamento das doenças e dos agravos à saúde em uma população exposta. 
Coeficiente de morbidade – Relação entre o número de casos de uma doença e a população exposta a adoecer. Discriminado em coeficiente de incidência e coeficiente de prevalência. Muito útil para o objetivo de controle de doenças ou de agravos, bem como para estudos de análise do tipo causa/efeito. 
Coeficiente de Morbidade  =   Nº de casos de uma doença  x  10n
                                                                População                                          
Prevalência – Casuística de morbidade que se destaca por seus valores maiores do que zero sobre os eventos de saúde ou não-doença. É termo descritivo da força com que subsistem as doenças nas coletividades. 
Coeficiente de prevalência – Coeficiente que mede a força com que subsiste a doença na coletividade. Expressa-se como a relação entre o número de casos conhecidos de uma dada doença e a população, multiplicando-se o resultado pela base referencial da população, que é potência de 10, usualmente 1.000, 10.000 ou 100.000.                       
CMP  =   Nº de casos conhecidos de uma dada doença  x  1.000
                                          População
Incidência – Termo que em epidemiologia traduz a idéia de intensidade com que acontece a morbidade em uma população. 
Coeficiente de incidência – Constitui medida do risco de doença ou agravo, fundamentalmente nos estudos da etiologia de doenças agudas e crônicas. É a razão entre o número de casos novos de uma doença que ocorre em uma coletividade, em um intervalo de tempo determinado, e a população exposta ao risco de adquirir referida doença no mesmo período, multiplicando-se o resultado por potência de 10, que é a base referencial da população.
                                                    nº de casos de uma nova doença, ocorridos em 
 determinada comunidade, em certo período de 
 tempo          x 10n            
 Coeficiente de Incidência  =   ________________________________________________
                                                               nº de pessoas expostas ao risco de adquirir a
                                                                           doença no referido período
 
Esperança de vida – É o termo técnico utilizado em estatística vital para designar “O número médio de anos que ainda restam para serem vividos pelos indivíduos que sobrevivem até a idade considerada, pressupondo-se que as probabilidades de morte que serviram para o cálculo continuem as mesmas”. 
Mortalidade infantil – Termo para designar todos os óbitos de crianças menores de 1ano, ocorridos em determinada área, em dado período de tempo. 
Mortalidade neonatal – Referente aos óbitos de menores de 28 dias de idade (até 27 dias). Sinônimo: mortalidade infantil precoce.   
Mortalidade pós-neonatal – Compreende os óbitos ocorridos no período que vai do 28dia de vida até o 12 mês, antes de a criança completar 1ano de idade. Sinônimo: mortalidade tardia.

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